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Autos: XX
I – DOS FATOS
A reclamante trabalhou para o banco dinheiro bom s/a, onde exercia cargo de gerente-
geral da agência, com uma rotina de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, com um intervalo
intrajornada de 20 minutos.
Paula foi dispensada de suas atividades sem justa causa no dia 02/03/2018, sendo que
seu salário era a quantia de 8 (oito) mil reais, além de gratificação por exercer cargo de gerência
no importe de 50% sobre o salário
III – DO MÉRITO
A) HORAS EXTRAS
Por exercer cargo de liderança, e sendo demandada responsabilidade demasiada da
reclamante, esta recebia 50% de gratificação por ser gerente-geral, contudo a reclamante pleiteia
o adicional de horas extras
Ocorre que, em virtude do artigo 62, §Ú da CLT, não é devido adicional de horas extras ao
colaborador, em cargo de gerência, que receba gratificação de função de 40% ou mais.
Sendo assim, por não ser cabível o pagamento de tal pleito, como também conforma a
súmula 287 do TST, é indevida a demanda da requerente.
B) DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
PAULA também pleiteou o direito de equiparação salarial, em virtude de seu salário ser
inferior ao de JOÃO PETRÔNIO que é gerente de uma agência de grande porte com atendimento
de pessoas físicas e jurídicas, o que é diferente d agência da reclamante, que somente atende
pessoas físicas.
Sendo assim, não sendo a mesma produtividade em razão de serem agências distintas e
desempenhando atividades diversas, à luz do Art. 461, §1º da CLT é necessária aplicando-se o
Art. 461, §1º da CLT. Tendo em vista o exposto, Paula não faz jus ao direito de equiparação
salarial.
C) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Um ano após ser admitida, Paula foi transferida de São Paulo à Belém, onde fixou
residência familiar e hoje requer o pagamento do adicional de transferência em caráter mensal.
Acontece que a requerente foi transferida em definitivo o que não lhe dá o direito da
incidência do adicional mensal de transferência, conforme Art. 469, § 3º, CLT ou OJ 113 SDI TST.
Frente ao explicitado, e com fundamento no Art. 462 da CLT ou Súm. 342 do TST, é
inviável o pedido da requerente.
Paula pleiteia ainda a multa prevista n artigo 477 da CLT, alegando que houve atraso no
pagamento o qual foi efetivado em 12/03/2018, e a dispensa no dia 02/03/2018.
Verifica-se que, por excluir-se o dia da notificação e incluir o dia de vencimento, de acordo
com o Art. 477, 6º da CLT ou 132 do CC, o último dia do prazo para pagamento era justamente
12/02/2018.
IV – DOS PEDIDOS
Belém/PA, data.
Advogado, assinatura.
OAB /UF.