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Curso de Graduação em Engenharia Elétrica

Disciplina: Laboratório de Física I


Prática nº: 04
Professor: Ricardo Carrasco Carpio.
Campo do Professor
Valor: ____ pontos Data de Entrega: __/__/____ Nota : _________

Movimento bidimensional II

Alunos: 1 – Isabel Ramos Henriques Oliveira Nº 6722


2 – Michael Cruz e Silva Nº 7605
3 – Natália Rodrigues de Melo Nº 8357
4 - Robson Roncally Beirigo Nº 8392

Formiga, 23 de Setembro de 2011


Resumo:
O movimento circular uniforme é um movimento bidimensional, resultante de dois movimentos
acelerados nas direções x e y. Neste movimento, o módulo da velocidade (V) é constante e, devido à
variação da direção do vetor velocidade, há aceleração, denominada aceleração centrípeta ac.

Introdução:
O movimento circular uniforme (MCU) é o movimento no qual o corpo descreve a trajetória
circular, podendo ser uma circunferência ou um arco de circunferência. A velocidade escalar permanece
constante durante todo o trajeto e a velocidade vetorial apresenta módulo constante, no entanto sua
direção é variável. A aceleração tangencial é nula (at = 0), porém, com a aceleração centrípeta não
ocorre o mesmo, ou seja, a aceleração não é nula (a c ≠ 0). A direção da aceleração centrípeta, em cada
ponto da trajetória, é perpendicular à velocidade vetorial e aponta para o centro da trajetória. O módulo
da aceleração centrípeta é escrito da seguinte forma: ac = v2/r, onde r é o raio da circunferência descrita
pelo móvel.
Um corpo que descreve um movimento circular uniforme passa de tempo em tempo no mesmo
ponto da trajetória, sempre com a mesma velocidade. Assim, podemos dizer que esse movimento é
repetitivo, e pode ser chamado de movimento periódico. Nos movimentos periódicos existem dois
conceitos muito importantes que são: frequência e período.
Frequência: é o número de voltas que o corpo efetua em um determinado tempo (f = 1/ T).
Período: é o tempo gasto para se completar um ciclo (T = 1/ f).
Ao observar a definição de período e de frequência podemos dizer que o período é o inverso da
frequência.

Objetivo:
Estudar o movimento bidimensional, nesse caso o movimento circular uniforme (MRU).

Materiais e Métodos:
Materiais:
01 aparelho rotacional projetável;
 01 régua;
 01 cronômetro;

Métodos:
Deitou-se o conjunto sobre o retroprojetor. Focalizaram-se as indicações existentes no disco (a
frequência de giro do motor foi controlada através do potenciômetro).

1. Observaram-se os pontos A e B. Anotaram-se os valores referentes às suas menores


distâncias ao centro do disco.
2. A partir dos raios das circunferências descritas pelos pontos A e B, calculou-se a
distância da e db, percorridas por estes pontos ao darem uma volta completa.

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3. Ligou-se o aparelho e controlou-se a frequência para obter o movimento que permita uma
boa cronometragem. Denominou-se o movimento executado pelos pontos A e B.
4. Determinaram-se os períodos dos movimentos dos pontos A e B. Calcularam-se as
frequências médias dos pontos A e B e verificou-se a validade da relação entre a
frequência e o período.
5. Determinaram-se as velocidades tangencias médias dos pontos A e B.
6. Verificou-se se o valor da velocidade tangencial do ponto A se altera à medida que o
tempo passa.
7. Observou-se o que aconteceu com o módulo da velocidade, quando um ponto qualquer
varia de posição do centro do disco até a extremidade.
8. Verificou-se se há alteração do vetor tangencial à medida que o tempo passa.
9. Indicou-se em radianos o ângulo descrito pelos raios Ra e Rb ao darem uma volta completa
em torno de si e determinaram-se as velocidades angulares desses mesmos raios.
10. Indicou-se a relação entre velocidades tangencial e angular.
11. Determinou-se a aceleração centrípeta que atua nos pontos A e B.
12. Determinou-se a diferença de fase entre os movimentos dos pontos A e B.
13. Afastou-se a ponteira de uma caneta em linha reta com velocidade constante, do centro da
extremidade do disco. Analisou-se o movimento em relação: um observador localizado
no centro do disco; um observador fixo fora do disco e frontal a ele; um observador fixo
fora do disco e no plano do disco.

Resultados e Conclusõ es:


Resultados

1. A distância do ponto A ao centro do círculo foi de 90 mm, e do ponto B ao centro do


círculo foi de 70 mm.
2. A distância percorrida pelos pontos A e B ao darem uma volta completa é de 2πR.
3. O movimento executado pelos pontos A e B denomina-se Movimento Circular Uniforme
(MCU), devido às velocidades tangenciais e angular existente no movimento.
4. Cronometrou-se um minuto e contou-se quantas voltas completas que os pontos A e B
executavam quando submetidos a uma determinada frequência (OBS: o ponto B estava
submetido à uma frequência menor que o ponto A). Calcularam-se os períodos e as
frequências respectivas dos movimentos executados através da fórmula T = 1/f e f = 1/T.
Os resultados estão relacionados nas tabelas abaixo:

Medidas referentes ao ponto A

Número de voltas Período (s) Frequência (Hz)


71 0,84 1,19
70 0,86 1,16
69 0,86 1,16
70 0,86 1,16
71 0,84 1,19
Média: 70,2 Média: 0,85 Média: 1,17
Tabela 1.

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Medidas referentes ao ponto B

Número de voltas Período (s) Frequência (Hz)


39 1,53 0,65
37 1,62 0,61
37 1,62 0,63
38 1,57 0,64
39 1,53 0,65
Média: 38 Média: 1,57 Média: 0,64
Tabela 2.

Através dos resultados, concluiu-se que quanto maior a frequência menor será o
período e vice- versa, uma vez que estas grandezas são inversamente proporcionais.
5. As velocidades tangenciais médias dos pontos A e B, podem ser calculadas através da
seguinte fórmula:

V = 2πR / T

No ponto A temos:

V = 2π * 0,09 / 0,85 = 0,66 m/s

No ponto B temos:

V = 2π * 0,07 / 1,57 = 0,28 m/s.

6. A velocidade tangencial se altera à medida que o tempo passa, pois estes são
inversamente proporcionais, logo quanto maior for o período menor será a velocidade
tangencial.
7. Se aumentarmos ou diminuirmos o raio, a velocidade irá variar na mesma proporção, isso
é verificado através da fórmula descrita acima, onde estes são diretamente proporcionais.
8. A direção do vetor tangencial altera à medida que o tempo passa, porém o seu módulo é
constante no movimento circular uniforme.
9. Ao dar uma volta completa em torno de C, o ângulo descrito pelos raios Ra e Rb, é de .
Com isso pode-se calcular: W=ΔƟ/Δt ou W=V/R.
10. A relação entre velocidade tangencial, e velocidade angular é proporcional.
11. A aceleração centrípeta no ponto A:

a = 4π2R / T2 = 4π2 * 0,09 / 0,852 = 4,9 m/s2

A aceleração centrípeta no ponto B :

a = 4π2R / T2 = 4π2 * 0,07 / 1,572 = 1,12 m/s2

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12. A diferença de fase entre os movimentos dos pontos A e B deve-se a diferença nos
períodos.
13. Colocando o pincel no centro e puxando em linha reta, o observador não vê uma linha
reta e sim uma circular, pois o movimento é circular uniforme (MCU) .

Conclusão:
Através deste trabalho, é possível percebermos algumas características muito importantes do
Movimento Circular Uniforme (MCU):
1. A trajetória é uma circunferência, ou um arco de circunferência.

2. A velocidade vetorial é constante em módulo e variável em direção e sentido.

3. A aceleração tangencial é nula.

4. A aceleração centrípeta é constante em módulo e variável em direção e sentido. 

A aceleração, no movimento circular, sempre aponta para o interior do círculo, possuindo


uma componente radial (que aponta para o centro, a aceleração centrípeta) e uma componente
tangencial, a aceleração tangencial.
Aceleração centrípeta é responsável pela trajetória circular. Ela sempre aponta para o centro
do círculo. É a única componente da aceleração no caso do movimento circular uniforme.
A aceleração tangencial causa alterações no módulo da velocidade. Qualquer movimento
circular que não seja o movimento circular uniforme apresenta aceleração tangencial.

Bibliografia:
[1] Young e Freedman; Física II.
[2] Disponível em: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2002/circular/parte1.htm

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