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e álgebra linear
volume 4
Cálculo com mais de uma
Variável — Equações Diferenciais
Wilfred Kaplan
Donald J. Lewis
Departamento de Matemática
Universidade de Michigan
Authorized translation from English language edition published by John Wiley Gr Sons,
Inc., New York. Copyright © 1971 by John W iley Gr Sons, Inc. AH Rights Reserved.
Tradução autorizada de edição em língua inglesa publicada por John Wiley Gr Sons,
Inc., New York. Copyright © 1971 by John W iley Gr Sons. Todos os Direitos Re
servados .
Título dó original em inglês: "CALCULUS AND LIN EAR ALCEBRA” Volume II.
A 1.® edição deste livro foi coeditada com o Instituto Nacional do Livro/M EC, dentro dc
Programa do Livro-Texto para o Ensino Superior, patrocinada pelo Ministério do Plane
jamento o Coordenação Geral.
Kaplan, Wilfred.
K26c Cálculo e álgebra linear 1 por | Wilfred Ka
plan I e I Donald J . Lew is; tradução coordenada
por Marco Antônio Baupp. Rio de Janeiro, Livros
Técnicos e Científicos, 1974.
V. ilust. 23cm.
Do original em inglês: Calculus and linear
algebra.
Apêndices.
Bibliografia.
1. Cálculo. 2 . Álgebra linear. I . Lewis, Do
nald J . II . Título.
CDD — 17. — 517
512.897
18. — 512.15
51 2 .5
CDU — 517
74-0288 51 2 .8
Nos Vols. 1 e 2 foi dese,nvolvido o Cálculo para uma variável, juntamente com
os vetores no plano e algumas idéias fundamentais relativas aos espaços vetoriais
gerais. Nestes 3.° e 4 .° volumes, desenvolvemos a Álgebra Linear mais extensiva
mente e então aplicamo-la à Geometria, ao Cálculo para duas variáveis e a equações
diferenciais. Êstes tópicos apresentam-se tão intimamente ligados que o assunto em
questão é considerado aqui como um corpo de matemáticas bem definido e firme
mente unido. A Álgebra Linear trata das relações cujas representações gráficas são
lineares: linhas, planos e seus correspondentes em dimensões maiores. Na Geometria,
vemos estas representações gráficas como estruturas no espaço euclidiano ou, mais
generalizadas, no R^. O Cálculo ocupa-se em parte, com relações cujas representações
gráficas são objetos curvos: caminhos (ou trajetórias) e superfícies. O Cálculo Dife
rencial é essencialmente uma ferramenta para a “ linearização” destas relações (através
da diferencial) e seus gráficos (através de linhas e planos tangentes). Uma vez linea
rizadas, as relações e representações gráficas podem ser tratadas pela Álgebra Linear
e pela Geometria. O Cálculo também lida com classes de funções: por exemplo, a
classe de todas as funções contínuas num intervalo ou numa região, a classe de todas
as funções que possuem a enésima derivada contínua num intervalo, a classe de todos
os polinómios, o conjunto de tôdas as funções racionais, o conjunto de tôdas as funções
representáveis por séries de potências num intervalo (funções analíticas) ou o con
junto de soluções de uma equação diferencial linear homogênea num intervalo. Cada
uma destas classes constitui um espaço vetorial, e as idéias da Álgebra Linear de nôvo
encontram aplicações. Talvez, o mais belo exemplo destas aplicações esteja mostrado
na Fig. 13-49, indicando o núcleo e o domínio dos quatro operadores lineares V>
rot e div.
Achamos que as idéias centrais são mais nitidamente expressadas na Geometria,
e esperamos .que os leitores dêste livro possam devotar um tempo adequado ao Cap. 1 1,
no qual a Geometria Euclidiana é estudada em detalhes.
Fazemos a seguir um breve sumário por capítulo dos Vols. 3 e 4 com alguns
comentários.
Volume 3:
Volume 4 :
Pronuncia-se ênuplas.
P R E FÁ C IO IX
Wilfred Kaplan
Donald J. Lewrs
Ann Arbor, 1970
CONTEÚDO
Volume 3
Volume 4
CAP. 12 — CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS
VARIÁVEIS, 1111
Introdução, 1111
1 2 .9 . A Diferencial, 1143
12 -10. Regras de Cadeia, 1151
1 2 .1 1 . Derivada Direcional, 1157
1 2 .1 2 . Diferencial de uma Função Vetorial; Matriz Jacobiana, 1163
1 2 .1 3 . A Regra Geral da Cadeia, 1168
12-14. Funções Implícitas, 1173
^ 2 -1 5 . Teorema da Função Implícita, 1183
1 2 .1 6 . Funções Inversas/ 1189
1 2 .1 7 . Curvas no Espaço, 1196
1 2 .1 8 . Superfícies no Espaço, 1199
12-19. Derivadas Parciais de Ordem Mais Alta, 1207
H 2 .2 0 . Demonstração do Teorema Sôbre Derivadas Parciais Mistas, 1210
12- 21 . Fórmula de Taylor, 1215
1 2 .2 2 . Máximos e Mínimos de Funções de Duas Variáveis, 1221
112-23. Multiplicadores de Lagrange, 1230
M 2 -2 4 . Demonstração do Teorema Sôbre Máximos e Mínimos
Locais, 1233
112-25. Alguns Resultados mais Profundos Sôbre Continuidade, 1238
Introdução
Começamos nosso estudo do Cálculo com a linha reta. No decorrer
dêste estudo, a reta e a função linear correspondentes tiveram um papel cen
tral. A derivada de uma função de uma variável está estreitamerite rela
cionada com uma função linear, aquela função cujo gráfico é a reta tan
gente ao gráfico da função dada.
O Cálculo das Funções de Várias Variáveis está igualmente baseado
nos ‘'objetos lineares” : retas, planos e suas generalizações para dimensões
mais elevadas. Nos capítulos precedentes desenvolvemos a Álgebra e a
Geometria necessárias para trabalhar com êstes objetos lineares. Agora
passaremos a relacioná-los com o Cálculo. Veremos que derivadas apro
priadas (derivadas parciais) podem ser introduzidas, através das quais po
demos encontrar retas e planos tangentes para os gráficos correspondentes.
O próprio conjunto das derivadas forma uma matriz que podemos considerar
como a matriz representativa de uma transformação linear. Esta transfor
mação linear pode ser considerada como uma boa aproximação para a
transformação, geralmente não linear, representada por nossa função (ou
funções) de várias variáveis.
O relacionamento está sugerido esquemàticamente na Fig. 12-1. Lá,
temos uma transformação não linear / de em R^. Por tal transformação,
cada sólido retangular no espaço x corresponde a um sólido curvilíneo no
espaço y\ as faces planas do sólido retangular correspondem às superfícies
curvas no espaço y\ as arestas do sólido correspondem a curvas no espaço
y. Pelo Cálculo, obteremos uma transformação linear
(< = 1, 2, 3),
3-1
1112 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
y = Ax,
Diz-se que um conjunto E é conexo por caminhos se, para cada dois
pontos P\ e P 2 cm se puder encontrar um caminho r = r(/) (r = O P \
a ^ t < by inteiramente contido em JF, tal que r(a) = OPi, t{b) = OP 2f
isto é, cada dois pontos em E podem ser unidos por um caminho em E. A
Fig. 12-5(a) mostra um conjunto conexo por caminhos; a Fig. 12-5(b) mos
tra uma conjunto E formado de duas partes e, por conseguinte, não conexo
por caminhos.
Fig. 12-5. (a) Conjunto conexo por caminnos e (b) conjunto não conexo por caminhos
Por umã região aberta (ou domínio), queremos dizer um conjunto não
vazio que é aberto e conexo por caminhos: por exemplo, o plano xy inteiro,
o interior de um quadrado, o interior de um círculo, um semiplano (Fig.
12-4), os pontos entre dois círculos concêntricos (faixa angular ; Fig. 12-6)
ou um conjunto como na Fig. 12-5(a).
As regiões abertas são análogas aos intervalos a < x < b (onde a pode
ser — CO, 6 pode ser oo), e, na maior parte deste capítulo, nossas funções
serão definidas em regiões abertas. As análogas aos intervalos fechados
na reta são as regiões fechadas limitadas no plano. Por exemplo, um cír
culo é uma região fechada limitada, como o é um quadrado. As regiões
fechadas limitadas serão consideradas adiante na Seç. 12-22. Elas não são
necessárias para as partes iniciais deste capítulo.
Devido às analogias mencionadas, iremos, de fato, ocasionalmente
referir-nos aos intervalos (a, b) no eixo x como regiões abertas e aos inter
valos fechados como regiões fechadas limitadas. Também, uma vizinhança
de Xo de raio p será o intervalo aberto (xc — p, Xo + p). Estas definições
são coerentes com aquelas para o plano.
z =- - - u = \/v^ —
X y ’
(b)
Fig. 12-8. (a) A função z = e (b) suas curvas de nível
(a) (b)
Fig. 12-10. (a) A função z = xy q (b) suas curvas de nível
Para a função z = sen {x — y), cada curva de nível é definida por uma
equação sen (x — y) = c. Para cada c entre — 1 e 1, inclusive, obtém-se
uma infinidade de retas paralelas, como sugere a Fig. 12-11. Como a fi
gura mostra, o gráfico da função é uma superfície ondulada como a super
fície do oceano. De fato, esta função está relacionada à propagação de
ondas. Se se substituir y pelo “tempo” t, a função se torna z = sen (x —t)
e descreve a propagação de uma onda pelo eixo x (Probl. 10 adiante).
1118 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
(a) (b)
Fig. 12>12. (a) A função z = \j{x^ + y^) e (b) suas curvas de nível
PROBLEMAS*
1. Para cada um dos seguintes conjuntos no plano xy^ faça um esboço e descreva o inte
rior. Em cada caso, o conjunto consiste de todos (;c, y) que satisfazem à desigual
dade (ou desigualdades) dada(s):
(a) x + í / > 1. (b) x - y < 2 . (c) W > 1.
(d) 2x2 + 1/2 > 1. (e) x2 + t/2 > 0. (f) (x - 1 )2( 1/ - 2)2 > 0.
(g) ^ - í/ > L 2x + t/ > 0, X + 3í/ > 2.
(h) 2x + 1/ > 5, —X -h 4i/ > 0, 4x — í/ > 7.
2. Para cada um dos seguintes conjuntos no plano xy, faça um esboço e enuncie se o
conjunto é aberto, conexo por caminhos ou uma região aberta. Em cada caso, o
conjunto consiste de todos (x,;^) que satisfazem à desigualdade (ou desigualdades)
dada(s):
(a) x2 + t/^ < 4. (b) 3x2 + 2t/2 < 1.
(c) [*2 + y 2 _ _ 2)2 + y2 _ 1] 0. (d) 0 < y < X^.
(e) f2 < COS 6 (em coordenadas polares). (f) f 2 < 1-
(g) COS t/ > 1. , (h) x2 -f eí' > 1, 1/ — sen X < 0.
3. (a) Demonstre: a união de dois conjuntos abertos é aberta.
(b) Demonstre: a interseção de dois conjuntos abertos é aberta.
(c) A união de duas regiões abertas é necessàriamente uma região aberta?
(d) A interseção de duas regiões abertas é necessàriamente uma região aberta?
(a) /(O). (b) /(a ). (c) /(3 a ). (d) / ( v + a). (e) /(2 v ).
9. Para uma das funções dadas, diga quando o domínio é aberto e quando é uma região
aberta:
(a) z = y -h x~^, (b) z = In \xy\. (c) z = I n x y . (d) z =
12-3. FUNÇÕES DE TRÊS OU MÀIS VARIÁVEIS 1121
10. Para a função z = sen {x — t) (veja Fig. 12-11), vê-se o movimento ondulatório consi
derando z como uma função de x para vários valores fixos de t. À medida que t
aumenta, vê-se a onda mover-se pelo eixo x. Faça o gráfico de z como uma função
de X para cada um dos seguintes valores de /: 0, tt/S, tt/4, Stt/S, 'tt/2, mostrando tôdas
as curvas num gráfico no plano xz. Por estas curvas, diga se a onda está se movendo
para a esquerda ou para a direita, à medida que t aumenta. Consegue-se um exemplo
físico grosseiro sacudindo-se uma corda comprida que esteja amarrada numa das ex
tremidades. Outros exemplos são a transmissão do som e da luz.
Um par de funções
u = /(.r, Í/), Ü= g(x, y)
definidas num conjunto E no plano xy, pode ser considerado como uma
transformação do plano xy no plano wv, como sugere a Fig. 12-15. A trans
formação associa um par (w, v) a cada (x, y) em E, ou podemos dizer que
ela associa um vetor w = ui + vj a cada vetor r = jci + yy Daí, a trans
formação pode ser interpretada como uma função vetorial:
w = F(r).
w = Ar.
u = — 1/^, V = ^xy
Estes são equivalentes a uma função vetorial r = F(r), como na Seç. 3-10.
Semelhantemente, um terno de funções
u = F(x) (12-42')
12-6. OPERAÇÕES COM FUNÇÕES 1125
u = >4x,
i h • • • 9m
j=l
Cada tal transformação linear está definida em todo o Vn. Sua imagem
é um conjunto em Vmy mas não precisa ser todo o Vm.
/x2 - y2 2x - 3y\
A = (
\x + 3y 3xy )
O caso geral é
■• • ••
A = h
\a ,i( x i,. . . , x„) Ogpi^V • •
Podamos abreviá-lo de muitas maneiras:
A = = (aij{x)) = A(x).
PROBLEMAS
(a) Ache {u, v) para cada uma das seguintes escolhas do ponto (x, y): (0, 0), (0, tt).
12-6. OPERAÇÕES COM FUNÇÕES 1127
4. Para vetores u no plano, seja f(u) = [u (l + j)]u. Avalie f(i), fQ), f(2i — j), Í(a:í + >^j).
5. Para vetores u no plano, seja f(u) = 3(u u)i + (u u)2j. Avalie f(i), f(2i),fQ),f(i—j),
6. Para vetores u no plano, seja f(u) = 3u + 2u'‘. Avalie'f(i), fQ), f(2i + 3j),f(;d+ >^j).
8. Para / real, seja F(r) = cos /i + sen tj + ík. Avalie F(0), F(7t/ 2), F(t ).
9. Para vetores v no espaço, seja F(v) = v i + v v. Avalie F(i), F(2í), F(i — j + 2k),
F(xi -hy} + zk).
10. Para vetores v no espaço, seja F(v) = v x i • (i+ i). Avalie F(i), F(i + j), F(k), F{xi -|-
+ y}-h zk).
11. Para vetores v em V2 seja F(?) = Fv, onde Ache F(i + j), F(2i - j).
< :>
F(0), F(xi + yi).
(a) Avalie F(0), F(i), FQ), F(3i + 7j). (b) Qual é a imagem de F?
( 2/2 /3\
I. Avalie /á(0), A{\), — 1).
0 t;
15. Sejam f{x^ y^ = x — y, g{x, y) = xy, A(jc, y) =x^ + y ’^, F(u, v) = — v. Ache expressões
para cada uma das funções compostas:
(a) F\f[x, y), g(x, y)]. (b) F[f(x, y), h{x, y)].
(c) F[h(x, y), f{x, y)]. (d) F{f{x, y), f(x, y)].
16. Para os vetores u e v no plano, sejam f(u) = (u • u)i-|- (u u)j, g(v) = 2v + 3v‘‘.
(a) Ache uma expressão para g[f(u)].
(b) Ache uma expressão para f[g(v)].
1128 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
se (:c - + (j - yòf < onde ó = ejl, pois (x — XoY + (:»'- Jo)’' <
< = eV4 implica | x — Xo| < e/2 e \y — yo\ < í/2, de modo que |x —
- ^o| + b - Jo| < (€/2) -H (e/2) =.e.
Agora podemos formular os teoremas básicos sobre funções contínuas,
como na Seç. 2-7. A ordenação dos teoremas está em concordância com
essa seção.
e escolhemos ó" > 0 tão pequeno que |g(F) — g(Po) | < para d(F, Fo) <
< ó". Finalmente, seja ô o menor entre ó' e ó". Para d(F, Fo) < 5, po
demos então concluir que
| / ( P ) - / ( P o ) | < íi lg(P)-g(Po)í<^i.
e portanto, que o ponto (w, v) = (f(F), g(F)) fica na região quadrada espe
cificada acima, de modo que (w, v) também fica dentro da vizinhança de
Qo de raio ói. Portanto, |F ( m, v) — F(uo, Vo) | < e ou
y\ g(^> y ) ] = / ( ^ > y) + g (^ y)
f{x,y)>c, {x, y) em D
lim fíF) — c
P-^Po
são dados no Probl. 8 adiante. Como foi observado antes, não precisamos
de tais limites para a teoria neste texto.
Classes de Funções Contínuas de Várias Variáveis. Entre as funções
de duas variáveis x o y, estão aquelas que dependem somente de x ou sò-
mente de y: por exemplo, z = z = cos;'. Em geral, se z = f{x ) e / ,
como uma função de x, é contínua para a < x < b, então / , como uma
função de X c y, é contínua para a < x < b, — oo < > ^ < oo, isto é, / é
contínua numa faixa como na Fig. 12-20. Esta afirmativa segue-se imedia
tamente da definição de continuidade. As curvas de nível de tal função
são as retas verticais x = const.
Partindo de funções contínuas conhecidas de uma variável e usando
repetidamente o processo dos Teoremas B e C, podemos construir novas
xyz
w =
\ — 7? —
f(x, y) = lim + - J - )
n-^oo \x^ {x + 1)^ {x + 2)y {x -h n)y/
define uma função (a Função Zeta generalizada) para 0 < x < 1 , ^ > 1.
(Isto pode ser demonstrado.)
Do Teorema B resulta que a reunião de todas as funções contínuas
numa dada região aberta D no plano xy forma um espaço vetorial, vendo-se
fàcilmente que êste é de dimensão infinita. Outros espaços vetoriais de
funções ocorrem naturalmente: todas as polinomiais em (x, y), todas as
polinomiais trigonométricas em (x, y), tôdas as polinomiais em (;c, y) de grau
no máximo n. As funções contínuas racionais numa região aberta dada
também formam um espaço vetorial.
Efeito de Fixar Variáveis. Observamos acima que uma função de uma
variável dá origem a uma função de duas variáveis. Reciprocamente, de
uma função F (x,y) podemos, fixando y num valor particular, obter uma
função de x. Assim, se F(x, y) = cos xy, então, para y = 2, F torna-se a
função cos 2x. Se F é contínua em (xo, ;vo), então F(x, yò) é contínua em x
no ponto Xo e F{xq, y) é contínua em y no ponto yo, como resulta imedia
tamente da definição de continuidade. (A recíproca desta afirmação é
falsa; veja Probl. 13 adiante.) Em geral, de F(xi, ..., Xn) obtemos, por
êste processo, funções tais como
Se F é contínua em (xi°, ..., Xn°), estas são contínuas em x\^, e (x:i®, X2°),
respectivamente.
PROBLEMAS
1 . Dos resultados estabelecidos no texto, deduza onde as seguintes funções são contínuas:
(a) 2 = + 3íÇí/ + if . (b) z = (x2 + í/3)5
_ + í/2
~ ^- y
2x -f 3y
d ^ + y^
2 • (e) z = In {2 x + 3 y). (f),=
2. Cada uma das seguintes funções de (x,y) deve ser avaliada com um ên o de no má
ximo 0,001 para x = y = um número de casas decimais para x g y que
assegure esta exatidão.
(a) 2* + 3 y . (b) 5x - y . 1
(c)
x + y «7
4. (a) Pode o ponto (xq, yo) do Teorema do Valor Intermediário para f(x, y) ser único?
(b) Formule e demonstre o teorema para uma função de três variáveis.
5. (a) Seja F(w, v) = (u^ + luv 4- v3)/«v, f(x, y) = ( x - y y - + l, g(x, y) = x‘^ - 3xy - 4 / .
Determine as regiões abertas no plano xy para as quais a função G(x, y) = F(f(x,y\
S(Xyy)) é definida.
(b) A função G(x,y) é contínua na região aberta 0 < 4;^ < ^?
6. (a) Seja F(u, v) = («^ — uv v)/(wv — v), f ( x , y ) = (sen x)/(y - 1), g (x,y) = x 3y.
Determine as regiões abertas no plano xy para as quais a função (7(jc, y) =
= F ( f ( x , y \ g(x,y)) é definida.
(b) A função G(Xyy) é contínua nos pontos (tt/2, 1), (tt, 2), (57t/ 2 , 2), ( ~ 37t,'ir)? Ex
plique.
7. (a) Demonstre: se /(x ) é contínua numa região aberta D de Fn, então, para cada c
real, o conjunto de x em Z> para os quais /(x ) > c é um conjunto aberto de
(b) Seria a mesma conclusão válida para x em /) para os quais /(x ) < c?
8. Mostre que cada função z = f ( x ,y ) não tem limite quando (x, y) -> (0, 0):
/\ /IX ^+. íy;
^ -h t/22 ‘ ^(b)^^ = o +
. t/22 ' (c)
^ ^ ^ = lõ-;—
xf 2*
9. Seja z = f(x^ y) = y(x^ + y^)/[y^ + (x- + y ‘^)“]. Mostre que / tem limite 0 quando
(x, y) se aproxima de (0, 0) num raio (x = a t, y = bt), mas / não tem limite 0 quando
(x, y) —►(0,0). (Sugestão. Ache a curva de nível na qual / = |. )
12-8. DERIVADAS PARCIAIS 1137
t l l . (a) Seja / uma transformação contínua de uma região aberta de em R ”^. Demons
tre: para cada conjunto aberto E em o conjunto de todos os P para os quais
f(P ) está em £ é um conjunto aberto.
(b) Demonstre a recíproca do resultado da parte (a), isto é, se / é uma transformação
de uma região aberta de £ ” em e, para cada conjunto aberto £ em R ”^, o
conjunto de todos os pontos P para os quais f(P) está em £ é aberto, então / é
contínua em todo o seu domínio.
(c) Seja / uma transformação contínua de uma região aberta de em £ ”*. A
imagem de cada conjunto aberto contida no domínio de / é necessàriamente um
conjunto aberto em Mostre que, se a imagem de uma região aberta é aberta,
então a imagem é uma região aberta.
12. (a) Demonstre o análogo do Teorema C para funções vetoriais: se F(v) e f(u) são
tais que a função composta F o f é definida numa vizinhança de Uq, f é contínua em
Uo e F é contínua em Vq = f(uo), então F o f é contínua em uq.
(b) Mostre que o Teorema C, como formulado e demonstrado na Seç. 12-7, é um
caso especial da parte (a). {Sugestão. Use o fato de que uma função vetorial é
contínua se, e somente se, as funções componentes forem contínuas.)
+13. (a) Seja f{ x ,y ) = xyl{x- + y-) para {x,y) 7 ^ (0 ,0 ),/(0 ,0) = 0. Mostre que f{x,
é contínua para todo a:, / ( a-q, y) é contínua para todo y mas f{x, y) não é contínua
em (0,0). Aqui, xq e yo são números reais arbitrários.
(b) Seja f(x, >•) = sen (xly) para ; ^ > 0 e 0 < x < 7r>'e suponha que / tenha valor 0
para todos os outros (x, y). Mostre que f(x, >^o) é contínua para todo a“, / { xq, y)
é contínua para todo y, mas / é descontínua em (0, 0).
14. Mostre que o conjunto caracterizado por 1 — ;c^ — A : > 3 é o conjunto vazio.
df dz
fxi^o>yo)’ -xi^o>yo)> ^(^o.yo).
Plano tangente
( |3 \ por por | £
Xdxfy dx dy.
\díJ/x oy
Para achar as derivadas parciais de uma função dada por uma equação
pode-se aplicar as regras usuais para funções de uma variável tratando-se
tôdas as variáveis independentes, exceto uma, como constantes.
12-8. DERIVADAS PARCIAIS 1139
2x + 2z |5 = 0, daí ^ — —X í
dx dx z
dz dz
2w -h 2z — = 0 daí
z
Estas relações são válidas para tôda função z = f(x , y) que seja derivável
em relação a x e a e que satisfaça à equação dada.
Pela Fig. 12-22, é claro que as duas derivadas parciais fx{xo,yo) e /y(xo,
yo) dizem respeito somente ao comportamento de z = /(x, y) ao longo das
duas retas y = yo e x == xo. Assim, as derivadas parciais podem existir
mesmo se / fôr definida somente nas duas retas. As derivadas parciais
parecem não dizer nada a respeito do comportamento de / ao longo de uma
reta oblíqua, tal como a linha interrompida na Fig. 12-21. Ver-se-á que,
dependendo de outras hipóteses a respeito de / , podemos usar as derivadas
parciais para achar a razão de variação de z ao longo de tal reta (a derivada
direcional; veja Seç. 12-11 adiante).
Plano Tangente. Observamos acima que, no plano y = yo, sl reta com
inclinação fx(xo,yo) é tangente à seção de nossa superfície pelo plano. Há
um enunciado semelhante para a seção de nossa superfície pelo plano x =
= Xo. O plano tangente a uma superfície num ponto Po pode ser definido
como o plano que contém as retas tangentes em Po a todas as curvas na su
perfície passando por Po. Mas se existe um plano tangente, então (sendo
êle um plano), êle é determinado por apenas duas retas contidas nêle. Se
usarmos as duas retas tangentes nos planos y = yo o x = xo, então seremos
levados à seguinte equação para o plano tangente em Po:
yo) = 0 yo) ~
no qual sua derivada em relação a x existe. Mas então essa derivada deve
ser 0, isto é, /x(xo, y o ) = 0. Anàlogamente, f y ( x o , y o ) = 0 . O caso de um
mínimo é tratado da mesma maneira.
Para o Ex. 5 anterior, V f = 2 x i + l y y O único ponto no qual V / é
0 é (0, 0). Portanto, êste é o único ponto no qual um máximo ou um mí
nimo local pode ocorrer. Vimos anteriormente que há um mínimo local
no ponto.
Num máximo ou mínimo local, a equação do plano tangente (12-81)
(se houver um) torna-se
= Zn.
Z - Z o = V f- {t -
V / = grad / = ( / * , , . . . , f j = + ••• +
onde Cl = (1, 0, 0), e2 = (0,1, 0), .... Assim, para f(x , y, z).
11« CALCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAP. U
V / = /x l + Ai +>ík-
Os máximos e mínimos locais são definidos para f{xi, xr„) como acima
para/(x,_y) e o Teorema 1 e sua demonstração permanecem válidos: num
máximo local de f{x\, x:„), g r a d / = 0 (contanto que tôdas as derivadas
parciais existam no ponto). Á Eq. (12-81) tem uma generalização em fun
ção de um “hiperplano tangente” (veja Seç. 11-13), mas não discutimos
isto aqui.
PROBLEMAS
1. Ache dzjdx e dzjdy:
(a) z = 2x + i y . (b) 2 = 5x - l y . (c) z = x2 -
(d) z = 3*^ -I- (e) 2 = 2 x^y. (f) 2 = xy3
#■
2. Das curvas de nível de y dadas na Fig. 12-23, estime as seguintes derivadas parciais:
12-9. A DIFERENCIAL 1143
( a ) / , ( l , 0). ( b ) / , ( l , 0). ( c ) / , ( 0, l ) .
( d ) / ,( 0, l ) (e) / , ( - ! , - 1 ). (f) / , ( - ! , - 1 ).
3. Ache o plano tangente no ponto pedido:
(a) z = - 1/2 c m ( 2 ,1, 3). (b) z = 3xy em (l, 2, 6).
(c) z = \n{x y) eih'(2 , — 1 , 0). (d) z — cos y em(0, tt, — 1 ).
12-9. A Diferencial
dy = f \ x ) Ax ou dy = f'{x) dx
Portanto,
A ;^= /(2 + A x, 3 4 - A y ) - / ( 2 , 3) =
= 13Ax + 12Ay + (Ax)^ -h 6Ax Ay -f 2(Ay)^ -f Ax(Ay)^
A soma dos têrmos lineares é 2,5. A soma dos outros é 0,09. Assim, po
demos escrever
Az ^ 13Ax 4- 12Ay,
de modo que
= a + 0) {Ax 0).
df df dz dz
df= ^A x^^A y ou dz = - A x + — Ay,
ox oy ax oy
onde df/dx e df/dy são funções de x e Outras notações são usadas para
a diferencial:
d f= ^ h + ^ k , df = ^ d x + ^ d y ,
OX oy ox oy '
df df
^ - *o) + ^ (</ - !/o) (em(xo, yo)).
dz = V f • dtj
Assim, / é aproximada, perto de (xo, 3^0), por uma função linear cujo gráfico
é um plano no espaço. Vimos, na Seç. 12-8, que êste plano é o plano tan
gente à superfície z = f ( x , y ) em (xo, >^o, ^o). A relação (12-92) pode ser
usada para calcular valores de / aproximadamente.
EXEMPLO 2 Avalie (2,01)^*^^ Fazemos z = x^. Então,
z - - 2 -h 0 ,0 3 7 7 = 2 ,0 3 7 7 .
Já que pi e p 2 são contínuas em (0, 0), resulta do Torema C (Seç. 12-7) que
o lado direito da equação é contínuo em (jco, >^o). Já que f(x , y) é igual a
f(xo, yo) mais o lado direito, / deve ser contínua em (xo, >^o).
TEOREMA 4. Seja z = f(x , y) definida na região aberta D e sejam
dzjdx, dzjdy contínuas em D. Então, f é diferenciável em D.
DEMONSTRAÇÃO. Sejam /l(x, y) = <t>{x, y), fy{x, y) = \p{x, y), de mo
do que (f) c são contínuas em D. Então, podemos escrever
f i ^o + h , y o + k) - f{ x o , yo) =
Á
______ w___
(xo, yo) Txo + h, vo)
•xo^-h r , ^ xo+ h n
/ <^{x, yQ + k) dx = h ^ j - J <j>(x, y^ + k) dx^ = hq^{h, k) ,
onde qi(h, k) é a. média de <t>no segmento de (xo, yo + k) a (xo -|- //, yo k).
Mas 0 é contínua em D, Então, para h q k suficientemente perto de 0, po-
1148 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
onde /?i(A, k) e p 2(hy k) são contínuas em (0,0) e têm valor 0 em (0,0). Assim,
finalmente,
Notamos que as diferenciais dadas aqui são as mesmas que aquelas obtidas
no Cálculo Elementar, com ;c e considerados como funções de t, por
exemplo. A razão disto é dada na seção seguinte.
TEOREMA 5. Seja f diferenciável na região aberta D e seja d/* = 0
em D, Então, f é idênticamente constante em D.
12-9. A DIFERENCIAL 1149
dw = f ^ d x + fy dy + dz.
PROBLEMAS
2. Sabe-se que uma certa função z =f(x,y) tem as seguintes propriedades: /(0, 0) = 1,
/(l, 1) = 3, A 2, 3) = 5, A (0 ,0) = 2, fy (0 ,0) = - 1, / , ( ! .1) = 5, /^(l, 1) = - 2,
/x ( 2 ,3) = 2, /y (2 ,3) = 0. Avalie aproximadamente:
J(c) z = x / y em (3 ,2 ).
1 em (l, 1 ).
♦(d) 2 =
< + !/
4. Avalie aproximadamente:
6. (a) Demonstre: se F(x,y) e G(x,y) têm derivadas parciais contínuas numa região
aberta D e Fx(x, y) = G^ix, y), Fy{x, y) ==Gy{x, y) em D, então F{x, y) = G(x, y ) +
-h C, onde C é uma constante.
(b) Ache tôdas as funções z = F(x, y) tais que dz/dx = 2xy, dzjdx = x^ para todos
os
(a) /( * . y) = ^y^, todos os {x, y). (b) /( * , y) = In (** + y*), {x, y) j í (O.-O).
(a) Mostre que dzjdx e dz/dy existem para todos os (x, y),
(b) Mostre que / é descontínua em (0, 0).
dy _ dy du
dx du^dx
é de muita valia. Esta regra tem análogas para funções de várias variáveis.
Para z = f{x, y), onde x = x{t) e j = y ( t\ a regra dá
dz dy (12-100)
dy dt ^
ou, em linguagem vetorial.
— = Vf • (12-100')
dt ^ dt
dz dx dy
dt ^ dt dt
Az = ^ A x + + ^yp2i
+ + ( 12- 101)
Aí dx Aí ^ dy At ^ At ^ At
Podemos considerar aqui Ajc = x(t + Ar) — x(t) como sendo expresso em
função de Ar, e A;; como sendo expresso em função de Ar. Assim, pi e p^
tornam-se funções de Ar, contínuas para Ar = 0 e iguais a 0 para êste valor.
Logo, se aproximarmos Ar de 0 em (12-101), obteremos
,, , dz dzdx dz dy dx ^ dy ^
^ ^^ dt dxdt dy dt dt dt
dz = ^ d x + ^ d y . ( 12- 102)
dx dy
dz
= senf fy cos t.
dt
dz ^ dC dz du dz dv (12-103)
dx dx du dx dv dx
dz ^ dG dz du dz dv ^ (12-104)
'ày dy du dy dv dy ’
dz du +
— 1 1
— dv ^1
(12-105)
ou dv
dc = ^ à x + ^ à y =
ox oy
_ / ^ dv \ A , / ^ ^ A _
“ \d u dx dv dx) ^ Vaw dy dv d y ) ^
—^ d u + ^ d v
ou ov
Assim, (12-105) procede. A demonstração de que G tem uma diferencial
é deixada para a Seç. 12-13 (Teorema 9).
^ —f _i_ Y — 4- • dz _
^ ^ I ^ "T
ax “ " 0x " 3x dy - “ ay 9?/
dz = C) — -f- 2í; —
:r-
dz o , o
= 2 u - ---- h 2ü — -)
dx di dx 9y 9y
dz = 2udu + 2v dv
dw „ dx ^ dy ^ dz „ du „ dx dy dz ^
dt ^ dt ^ dt ^ dt dt ^ dt ^ dt ^ dt *
à (f + g) = d f+ d g , d (f - g) = d f - dg,
d ( fg ) = fd g + gdf, d 0 = l t £ ^ ,
PROBLEMAS
1. Sejam x { t \ y{t), u [t\ v(0 deriváveis para a < t < b. Aplique uma regra de cadeia
para achar dz/dt em cada um dos seguintes casos:
5. Seja z = F(u, v), « = 2x — 3;^, v = x + 2y, de modo que z pode também ser expressa
em X e e seja F derivável para todos u, v.
(a) Sq Zx + Zy = 0, mostre que z^ — 3z^, = 0.
(b) Se Zy — Zy ?= 0, mostre que Zx + 3zy = 0.
dx „
g'(«) = cosa + FySena,
ds
VuF
Outras notações são e V»F onde v é qualquer vetor não nulo na dire
ção de u, de niodo que u = v/| lv| | e
V
V„F = V„F = VF ■
llvll
V„F = (i - 2j) • = V5 .
V „ F = ( i - 2 j ) - ^ ^ = 0.
As curvas de nível de F são linhas retas, como mostra a Fig. 1*2-28, e o ve
to r gradiente V F é perpendicular à curva de nível em cada ponto. Esta
é a razão pela qual VFtem componente 0 na direção de um vetor ao longo
da reta.
-4
1".
t = a
s=0
Fig. 12-28. Curvas de nível e vetor gra Fig. 12-29. Derivada direcional ao longo
diente para F{x, y) = x — 2y de uma curva
vW) = F , | + • ( | ‘ + |- i)
Ora,
dx. dy , —
— 1 H— —1 = T = c o sai + $cn a j >
ds ds
dF
= VF • T = V jF
ds
— = V F = VF • — = VF • T.
ds " llvll
V F' u = V„F^
onde u é o vetor unitário cos ai + sen aj. Agora, deixemos que a varie
de 0 a 27t, de modo güe, quando u estiver representado por um segmento
12-11. DERIVADA DIRECIONAL 1161
V P' VP
\ m \ .
são as equações de uma reta através de (xi°, ..., Xn^) na direção do vetor
unitário u = (wi, ..., Wn). Verifica-se, como acima,’ que
1162 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
Vj^F = VF • U.
O vetor gradiente aponta na direção da maior razão de crescimento de F
e seu comprimento dá a derivada direcional naquela direção.
PROBLEMAS
2. Seja F(x, 3^) = x^ — 2>^. Ache dFjcls ao longo da curva dada no ponto especificado,
se s aumenta com /:
(a) Em (1, 3), na curva x = y = 3eK
(b) Em (0,0), na curva x = / cos / sen /.
5. Seja V o espaço vetorial de tôdas as funções deriváveis numa região aberta dada D
no plano xy. Seja W o espaço vetorial de tôdas as funções vetoriais (campos veto
riais) u = u(x,>^) =/(x,>^)i -h g ( x , y ) i em D.
(a) Mostre que a equação u = V F define uma transformação linear de V em fV,
(b) Mostre que V obedece às leis:
V(FG) = F V G + GVF,
V(F») = nP^-^VF, n = 1, 2,...
100 + 2cl,
100 - 7c/2 ’
onde d\ é 3. distância de uma parede externa, dy a de uma parede interna adjacente;
aqui, T está em graus Celsius, d\ e í/j estão em metros. Uma pessoa está de pé a 2
metros de cada uma destas paredes. Em que direção deve ela começar a mover-se
para esquentar-se?
Seja uma função vetorial y = F(x) = (Fi(x), ..., Fm(x)) definida numa
região aberta D de com valores em Km.
Dizemos que F é diferenciável em x° ou que F tem uma diferencial em
x°, se x° está em Z) e
AF -- A Ax
ou
y = F (x) ^ A x -h b
X* = X — X®, y* = y — y^.
y* = Ax*
(ou r) iixiao;en?
Fig. 12-31. A diferencial como uma transformação linear aproximando uma transformação
geral dada
e, em geral,
3^
= ........ V ) = ^ ( . T
^ ^ (x ) ^ (x )
a.vi ,0x„
(12-123)
dF
= (f)L -
Escreve-se também simplesmente F* ou y* para a matriz jacobiana, de modo
que
dF = F^(x^^)dx ou dy = y^{x^"')dx.
+ g - * .= d F ,.
11é6 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAP. 12
dF = = dy
u = X* — y*, o = 2xy.
A m atriz jacobiana é
/2x - 2y \
l 2y 2 x) '
1 ) 0 ’
ou, em componentes,
Para dy = 0, du — 4dx e dv = 2dx, de modo que (du, dv) está numa reta de
inclinação i no plano «v; para dx = 0 , du = — 2dy, dv = 4dy, de modo
que (du, dv) está numa reta de inclinação — 2 no plano uv (veja Fig. 12-31).
12-12. DIFERENCIAL DE UMA FUNÇAO VETORIAL 1167
í/l = + ^2 ^ - ^3 ^ = ^2> ^ 3 ) ,
!/2 = - 3 X2^ + X32 = X2, X3) .
Então,
dF,= 2x3, —- = «
2x2, ^h =
= —2x.3 5
3 xi 3 X2 3X3
= 2xj,
9F2
- _
— = —6x0,
dF2 = 2 x.3 •
0Xi 3 X2 3x3
2x2 ^^3
6x, 2x, )
Em (xj,X2,X3) = (1,3,1),
6 - 2'
< -1 8
- 2/
/í/.Y,'
6
(1 í/v.>
18 2/ \2 -1 8
Por conseguinte,
//'W X
\gmj
Portanto, é o nosso vetor velocidade f\f)\ + Semelhantemente, para
n = \ e m geral {m funções de uma variável), digamos = M t),
i = 1, ..., m, a jacobiana é o vetor coluna (/^(/), . . . , / {t)\ que pode ser
interpretado como o vetor velocidade para um caminho em um espaço de
dimensão m. Quanto a w = 2 (veja Seç. 3-11), podemos, mostrar que
este vetor é um vetor tangente ao caminho.
dF = AF Ax = Ax , (12-130)
F , = y , = y „ u ,. (12-131)
t = = (12-131')
iè i ^ ’
EXEMPLO 1 Seja y = (yi, 72) = F(x), [onde x = (jci, JC2)], definida como
uma função composta f° g pelas equações:
f2u^U2'^ — 2 — 2u^^u. \
7u VSuj^^u.2^ + 15Wi %2
( sen +
^senx2 ^2 % ^ senx2)
2x, sen X2 — COS X2 x^^ co s X2 + x^ senx2/
1170 CALCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAF. 12
•= (-i X - â
/3 4 2\
* • < * > = (5 -1 e> =
yx ~ Yu^^v^w^x •
<S)
Fig. 12-32. Uma cadeia de espaços vetoriais
veis físicas. Uma vez que estas variáveis estejam determinadas, conhece-se
X e um outro conjunto de variáveis que forma o vetor w é também determi
nado, e assim por diante. Os exemplos poderiam ser a temperatura, humi
dade, velocidade do vento, pressão barométrica às 7 horas da manhã como
o primeiro conjunto de variáveis x; elas, por sua vez, determinam a quanti
dade de neve e gêlo em certas estradas às 8 horas da manhã, um outro con
junto de variáveis físicas qué forma o vetor w; então w conduz (de maneira
menos previsível) à presença de numerosíssimas trilhas sôbre a neve nas
estradas às 8h 30min da manhã, o vetor v. Semelhantemente, v conduz
a u, a quantidade de neve e gêlo na estrada às 9 horas da manhã e u con
duz a y, a taxa de ocorrência de acidentes em várias estradas entre 9 e 10
horas da manhã. Agora, perguntamos o que acontecerá se x mudar ligei
ramente, isto é, se for substituído por x + dx. Então, cada vetor da ca
deia também muda ligeiramente. Cada mudança é obtida da anterior na
cadeia, multiplicando-se pela matriz jacobiana apropriada:
dy = ABCD dx
PROBLEMAS
1. Ache a matriz jacobiana para cada uma das seguintes transformações. Enuncie as
dimensões implicadas em cada caso:
1172 ca lcu lo d if e r e n c ia l de fu n çõ es de VARIAS VARIAVEIS CAF. 12
3. Para a transformação dada, ache a matriz jacobiana e determine seu pôsto. [Obser--
vação, O pôsto de uma transformação linear dá a dimensão da imagem. Portanto,
numa região onde a matriz jacobiana tem pôsto r, espera-se que a transformação não
linear dada tenha uma imagem de dimensão r: para r = 0, um ponto; para r = 1 ,.
uma curva; para r = 2, uma superfície, e assim por diante. Isto pode ser inteiramente
justificado com base no Teorema da Função Implícita (Seç. 12-14).]
4 . Para cada transformação, ache todos os pontos em que a matriz jacobiana exista e
tenha pôsto menor do que o pôsto máximo.
(«)gx(Xo) = (J ; W =( l - l )
fuK) = ( J _l )
0
/I 0 r
1 íu(«o) = ( 2 1 0
2 0/ \3 0 - 2^
(d) y = (uj/«2, «2/«3> «3/«i)> “ = (*i® + *2^ - *3>*1*2*3. *1^*2 + *2%) é (1.1. !)•
+ xy^ + —1 = 0
Em geral, dizemos que uma função y = f(x), a < x < b era definida impli
citamente por uma equação
F{x, y) = 0 .
se
F(x,/(x)) = 0, a < x < b.
F ix ,y ,z ) = Q (12-140)
se tivermos
Z = - VI - +
Isto im plica em
9z X y_
J
9x z z
(12-142)
para todo (x, y) em Di, Isto implica que a derivada do membro da esquer
da desta equação com relação ã x é 0, Pela regra da cadeia, concluímos
que
F. + F , | = 0
F^ dx + Fydy F^dz = () y
d f= d z= - y d x - ^ d y ^
P(xi........^„) = 0 >
que pode definir uma função Xn = f(x i, •••, ^n-i) implicitamente. Mediante
hipóteses análogas, obtêm-se fórmulas para derivadas como segue:
Aqui, as Fx% são avaliadas em (xu Xn) com Xn = f( x i, ..., Xn-i). Quando
n — 2, estamos considerando uma equação F(x, y) = 0 c a fórmula torna-se
dx
Portanto,
a(F, G) ^
9( ^ y) G,
9(F, G) 9(F, G)
dx 9( m . y) 9(x, u) (I2-.145')
du 9 (F G) du 9(F, G ) '
9( ^ y) ^(x,y)
EXEMPLO 2 + xu — xy -h = 0, xy -h — tiv = 0 .
Encontramos que
m O) 2r 4- u — y —X
= 2.r‘“ -h 4xy — 2 í/~ + xu -f 2yu,
d{x, y) tj x + 2yf
d(F, G) X — X
= x^ + '2xy — AT.
d(u, ij) -c X + 2y
(X A*“ + 2xy — XV
Ihi 2a“ H- 4xy — 2|/“ + xu H- 2yu
F^fu -h Fu — O. (12-149)
f —
— —F
* X“^F
^ U• (12-149')
F —
/2 x 4- M — y -^ \
•^x + 2yf ’
A !/ X - J
e portanto,
/d x/d u dx/dv\ /2 x + u — y —X \ “ ^ / X 2ü \
\d y /d u dy/dv) V y X 4- 2 y) V— V —u )
-1 ( x + 2y X \( ^
~ (2x2 + 4xy -- 2y^ 4- xu 4- 2yu) \ —y 2x u — yl \ — V —u.
Aqui, n = 2, m = 3, Também,
lis o CALCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAP. 12
^ ■- ( l : l) ’
d {F ^ ,F 2 )_ \3 -5
d é tF , = = 1.
9(xi, X2) |2 -3
9(Fi .F2) -1 5
9(«i. 1 -3
% = 2,
dui m ,p 2 ) 3 -5
9(^1. ^2) 2 -3
/ - 3 5\
e assim por diante. Também verificamos que F , tem inversa I 2 3/
/ "--1
I 2 --5>
5\
e que ^ \ j 4
4 2V) '
/-3 5 W -1 2 -5 \_ /-8 -1 4 -2 5 \
" “ “ V-2 3/ V 1 4 2/ V -5 -8 -1 6 /'
da qual deduzimos
% = _25. | a = - 5 . . . „
0t/o du- du-^
=a:)^
Isto é.
^1 = “ 2- “ 3) = - 8 u i - 14«2 - 2 5 u3
^ = /2 (« 1. «2> «3) = - 5 « i - 8m2 - I6 IÍ3.
12.14. FÜNÇÕES IMPLÍCITAS 1181
2xdx + 2y dx + 2xdy + 6y dy = Oy
2x + 2t/
dx 2x 4- 6y
Logo,
dy X+ y
dx ^ ^ + 3y
1 +1 1
/ '( l ) = -
1 +3
1182 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
y\'i
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Fig. 12-33. A solução aproximada da equação x‘^ -h 2xy -i- —6 = 0
1,5 + 0 J5
^ “ 1,5 + 3(0,75) “ “ ’ •
— X ±: \ / l 8 — 2x^
y =
-X + V l8 - 2x2
y=/W = -3<x<3.
mando as diferenciais), de modo que, desde que a matriz relevante seja não
singular, pode-se sempre resolvê-las.
Aqui consideramos sòmente o caso mais simples de uma equação com
duas incógnitas, que escrevemos como
F(x, y) = 0. (12-150)
cujo gráfico está em D, com /(jco) = 70, e que satisfaz à Eq. (12-150).
Além disso, um número positivo q pode ser escolhido de modo que o grá
fico de (12-151) fique no conjunto
\y-yo\<v
^ /(^))
F /x ,f(x ))'
DEMONSTRAÇÃO. Colocamos
Fy(x, y)
F s= -F y g -
Ora, Fy(xo, yo) 7^ 0, Suponhamos, para ser específico, que Fy{xo,yo) > 0.
Então, por continuidade, Fy{x, 7) > 0 numa vizinhança de (a:o, 70). Por
tanto, podemos escolher ò e 7] tão pequenos e positivos que a região retan
gular fechada
12-15. FUNÇÕES IMPLfCITAS 1185
^ < g(^ y) em £ .
y - yo = H x - Xo)
— = F + F — = F . + AF = ~ F 2 + AF = F (X - p)
F(x,f(x)) = 0
Visto que g é contínua em (jco, J o), |^(^, y) - Jo)| < c para (jc, y)
suficientemente junto de (:vo, jo); assim, a expressão entre colchêtes é posi
tiva e dFjdx > 0. Portanto, a própria F é positiva ao longo da reta, para
X > Xo t X suficientemente perto de Xo- Mas isto significa que o gráfico
de / deve estar abaixo da reta, isto é,
ou
f(x) - f{Xo)
< g(xo, yo) + €
X-Xo
f(x) - fjxp)
> g{xo, yo) - e
X — Xn
x-^Xq+ X — Xq
y)
f'{x) = g{x, y ) = -
Pyix, y)
PROBLEMAS
^ ^ ~ —2u; = 0.
1188 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
, se xyzt — «2 + 1 = 0.
w ( t) ,_
uv — vw = 0,
(0 duldy.so
-h uv — V — 1 = 0.
/») / Í 2 . \ e í— ^ - !/ COS ü - sen !/ = 0,
\d u /^ \9t; Ju Ise n x — t/ sen u + x cos t; + cos 1/ = 0.
^“^ ( 3 5 2 í - 1 > 2 ,; - 3 ,4 .
, ache para i = 3 ,4 , / = 1 ,2 .
—1 1 3 6/
'6 .2 3 4 5>V
1 0 1 1 2 I ;ache , paia i = 1 ,2 ,3 , / = 4, 5.
.5 1 3 0 2>/
'4 2 1 2 1 7\
1 0 2 -1 0 5 1, ach e^ ^ j , para i — 2 , 3 , 5, / = 1 ,4 ,6 .
.6 1 1 5 2 3/
3. (a) Para o sistema do Probl. 2(a), suponha que (xi®, X2®, X3®, X4®) seja (0 ,0 ,0 ,0 ) e
ache xi, X2 aproximadamente para X3 = 0,5, X4 = 0,2.
(b) Para o sistema do Probl. 2(b), suponha que (xi®, X2 ®, X3 ®, X4 ®) seja ( 2 , 1,3,5) e
ache X3 , X4 ajproximadamente para x i = 2,2, X2 = 0,9.
t(c) Para cada uma das equações seguintes, mostre que o Teorema da Função Implí
cita não é aplicável em (0,0) e descreve a natureza do gráfico próximo a (0,0):
Equações da forma
f { x , y) - u = 0, g{x, y) - V = 0y (1 2 -1 6 0 ')
veremos que estamos realmente tratando com duas equações implícitas com
quatro incógnitas e que estamos tentando resolvê-las para duas das incó
gnitas, a saber, x c y. Por conseguinte, o Teorema da Função Implícita é
relevante para êste caso. Para aplicar o teorema, selecionamos um ponto
(^0, Jo) no qual f c g são definidas e supomos
como sugere a Fig., 12-35. Assim, (xo,yo, Wo, Vo) é um conjunto de valores
que satisfaz a ambas as Eqs. (12-160'). Supomos que /, g e suas derivadas
parciais satisfazem às condições de continuidade usuais na vizinhança de
(•Xo, yo)- Então, como na Seç. 12-14, a condição essencial é que o jacobiano
H 90 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
^{FyF,)
3(x, y)
WyF2) -1 fy
d(p 9( m . y) 0 gy ^ gy
du djFyF^) 9(/.g) 9(/.g)
d{x:y) 9(x, y) 9(x, y)
e assim por diante. Observamos que («o, vo) não aparece em (12-162).
O raciocínio estende-se a um sistema de n equações:
giixv •. ., -t„) - Uj = 0, i = 1, . . . , n
u = g(x)
para x uma região aberta Do de Kn, com valores também em K„. Temos
du = gxrfx
I dx, dx„ ^f ^
^ ... ^ / \ d x .
dx,
e pode ser resolvida univocamente, desde que a matriz n por n g, seja não
singular no ponto considerado [condição (12-164)]. A solução é
dx — du. (12-165)
Xu = gx ^ = Ux 1. (12-166)
M = gW
1192 CALCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAF. 12
dx
du {du/dx)
u = B x,
X = B~^u.
9(/. g) 9(«. v) 2 -5
= 7.
d{x, y) d(x, y) 1 1
x = y ( « + 5v), y = y ( - u + 2t>).
Assim,
B- = i ( 1 5\
7 \ - l 2/
12-16. FUNÇÕES INVERSAS 1193
M -h 5ü =
r = ± , 6 = cos~^ - = sen~^ — .
r r
Todavia, conseguimos muitos valôres de r e 0 para cada x c y. Para obter
expressões unívocas, devemos restringir r c 0 {c x, y correspondentemente),
por exemplo, fazendo com que r > 0 e —7r < f l < 7r. (A restrição está
de acordo com o Teorema da Função Implícita, que fornece uma solução
única sòmente numa vizinhança de um ponto dado.) Observamos final
mente que as retas 0 = constante, r = constante correspondem às retas e
aos círculos concêntricos no plano xy^ como na Fig. 12-37.
r '"ní •”
i?=7I
r d0
dr
W
r
e TT
1
Fig. 12-37. Transformaçào associada com coordenadas polares
PROBLEMAS
1. Para cada uma das seguintes transformações, ache o determinante jacobiano da trans
formação e da transformação inversa:
W ^ = -2
x^ + 2 ^ + y
(g) u = xyZy V = x^y — xy^, w = x^ — xz'^
(h) u = X COS y — ZyV = xSQny 2z, w = x^ z^.
2. Para cada uma das seguintes transformações, ache as equações lineares que se apro
ximam da transformação e as equações lineares que se aproximam da transformação
inversa próximo ao ponto dado:
(a) Como no Probl. l(e), próximo de = 0, >> = 1.
(b) Como no Probl. l(f), próximo de a: = 1, 3; = 0.
(c) Como no Probl. l(g), em a: = 1, >^ = 1, z = 1.
(d) Como no Probl. l(h), em = 1, 3^= 0, z = 1,
3. (a) Sejam as equações do Probl. l(e) usadas para definir coordenadas curvilíneas
Xy y no plano wv. Esboce as retas x = const., y = const. e suas imagens para
várias escolhas das constantes.
(b) Proceda como na parte (a) com as equações do Probl. l(f).
u = ax + by, v = cx dy
5. Sejam r, 6 coordenadas polares no plano xy. Mostre que a área da porção do plano
xy definida pelas desigualdades
^0 ^ ^ ^ ^0 + ^0 ^ ^ ^ ^0 +
onde ro > Oy dr > Oy 0 ^ dd < 27T, é r* dr ddy onde t* é um valor apropriado entre
/*o e ro + dr. Portanto, para dr pequeno, a área é aproximadamente ro dr dd.
1196 CALCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
6. Mostre, com base no significado geométrico do determinante jacobiano, que, nas coor
denadas cilíndricas r, 6, z, o volume da porção do espaço para o qual
onde ro > 0, fiír > 0, 0 < < 2tt, dz > 0, é dado aproximadamente (para dr, dd, dz
pequenos) por tq dr dO dz e justifique por um esboço (veja Probl. 5).
Í7. Ache um resultado análogo àquele do Probl. 6 para coordenadas esféricas (Seç. 11-20).
onde todas as funções são definidas e contínuas num dado intervalo. Estas
equações definem, então, um caminho no espaço (Fig. 12-38). Pode-se
r = OF = xi -h yj + ;rk,
então a Eq. (12-170) poderá ser substituída por uma equação vetorial
r = F(t). (1 2 -1 7 0 ')
12-17. CURVAS NO ESPAÇO 1197
X= -h a r, y = hr, z = cr^ (1 2 -1 7 T )
= i + j -h k - } - ' t ( í - f j + 2 k ).
à ô - u = 0, P ^Yi =0,
Em geral, diz-se que um plano passando pela reta tangente é um plano tan-
gente à curva no ponto Pi. Assim, uma curva tem um número infinito
de planos tangentes em cada ponto.
Pode-se definir o comprimento de arco s para um caminho no espaço
exatamente do mesmo modo que para um caminho no plano (Seç. 4-27).
Tomando o limite de poligonais inscritas, obtemos
dx dx jds \ dx dy __ 1 dy dz _ 1 dz
ds d t! dt ||v|| d f ~d^~~ llvll dt ’ ds llvll dt
„ dx, dy , d z, 1
(12 -1 7 4 )
P i ô * F ( /i) = 0 . (1 2 -1 7 5 )
(x — 1) -I- (y — 1) -f 2(;s — 1) = 0 ou X y 2z = 4.
Cada reta passando por Fi no plano normal é chamada reta normal ao ca
minho no ponto; equivalentemente, podemos definir uma reta normal como
uma reta passando por Pi perpendicular à reta tangente.
^ y)r (1 2-180)
e que era razoável chamar êste plano de plano tangente à superfície no ponto
{x u y u zi), onde zi = f{ x u y i).
Uma superfície no espaço pode ser também definida por uma equação
como mostramos agora. Seja Pi\ (xi, y\, z\) um ponto que satisfaz à
equação; suponhamos que F tenha uma diferencial numa vizinhança de P\
e que V F não seja 0 em Fi. Se, por exemplo, Fz{xuyuZi) então o
Teorema da Função Implícita (Seçs. 12-14 e 12-15) implica que, pelo menos
numa vizinhança de Fi, o gráfico de (12-182) coincide com o gráfico de
uma função derivável z = /(x, y), de modo a obtermos uma superfície
(12-180). Agora, suponhamos que um caminho derivável r = (p{t)\-[-
+ + X(0k esteja na superfície (12-182) e passe em F i quando t = h.
Suponhamos também que o vetor velocidade
x(t)] = 0
V • V F = 0.
VF • P^P = 0,
z = ± VQ —
e devemos usar o sinal + para o ponto (2, 2,1). Neste ponto, encon
tramos que
dz —X -y
= -2 , ^ = = -2
dx V9 - dy V 9 - x2 - £/2
1202 CALCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAF. 12
z — I = —2(x — 2) — 2(y — 2) ou 2x 2y z = 9
como antes.
No ponto P2 : (3, 0, 0), Fz é achada como sendo 0 e não podemos re
solver para z como uma função derivável de x c y. Neste ponto, poderíamos
resolver para x: x = y /9 — e proceder como antes com a ajuda
das derivadas parciais dxjdy, dxjdz. Tratando a equação implicitamente
(não resolvendo para uma letra) podemos evitar esta dificuldade e obter
o plano tangente num ponto geral da superfície; todavia, (12-184) mostra
(como o faz o Teorema da Função Implícita, veja Seç. 12-14) que pelo inenos
uma derivada parcial de F deve diferir de 0 a fim de que possamos garantir
que o plano esteja determinado.
Observação. Para uma função F, tendo um vetor gradiente contínuo,
cada superfície de nível de F tem uma equação
F(x, y,z) = c.
F{x, y) = c
contenham o ponto F i: (xi, yi, z\) e que ambas tenham os planos tangentes
em Pi como acima. Então, ambas as superfícies são muito bem aproxi
madas, próximo a Fi, por seus planos tangentes em Fi e, se êstes planos
não forem coincidentes, êles devem interceptar-se numa reta L. Por isso,
esperamos então que as superfícies se interceptem numa curva e também
que a reta L seja tangente à curva em Fi. De fato, se existir uma curva
como a descrita, sua reta tangente deve estar em ambos os planos tangentes
12-18. SUPERFÍCIES NO ESPAÇO 1203
como acima, e portanto, deve ser a reta L. A condição para que os planos
tangentes não coincidam é que os vetores normais VF, VG sejam linear
mente independentes em Pi, isto é, que a matriz
(F . Fy F ,\
( 12- 186)
Vg , Gy gJ
tenha pôsto 2 em (xi, yi, zi), e assim, que pelo menos um menor de ordem
dois seja não nulo.
Se, por exemplo,
/o ou ^ , . 0 .
9 ( * . y)
X y — z = 0, = 1
(1 1 -U
V2 0 0/
i i k
V F X VG = 1 1 -1 = - 2 j - 2k.
2 0 0
onde — c o < í / < c x > , — o o < v < o o . Uma representação análoga é pos
sível para superfícies no espaço:
PROBLEMAS
.
1 Para cada um dos seguintes caminhos no espaço, ache a reta tangente e o plano normal
no ponto dado e desenhe:
(a) X = COS ^ = sen /, r = / (hélice) para / = tt/4.
(b) X ^ t, y = t^, z = í + para / = 1.
(c) X = COS t, y = sen r, r = cos / para t = ir/4.
(d) X = U y = z — e~^ para / = 1.
(e) x = t ^ - \ - h y = 3 z = 2+ / em (1,3, 2).
(f) X = Sen“^t, y = Cos“^t, z = 3, — 1 < / < 1, em (0, tt/2, 3).
2. Para cada uma das seguintes superfícies no espaço, ache o plano tangente e a reta
normal no ponto dado. Desenhe também a superfície perto dêste ponto:
PROBLEMAS 1205
3. Mostre que, perto do ponto dado, as superfícies se interceptam numa curva, ache a
equação da reta tangente para a curva e desenhe:
(a) 2x + y z = 4, x^ y"^ + z^^ = 3 em (1, 1,1).
(b) X -{- y -h z = 1, x^ + y^ — = 0 em (1 ,0 ,1 ).
(c) = 3, + 2x^ = 2 em (1 ,1 ,1 ).
(d) — ^ = 0, — z = 0 em (1 ,1 ,1 ).
4. Para um caminho r = f(/), a < / < ^ no espaço, suponha que a velocidade v = f'(0
e aceleração a = f" (0 existam para a < t < b. Se, para um t particular, êstes ve
tores são lineramente independentes, então o plano que passa pelo ponto correspon
dente com o espaço-base Env (v, a) é denominado plano osculador da curva no ponto.
Êste é um plano tangente à curva e pode ser considerado como o plano tangente mais
próximo à curva perto do ponto.
(a) Mostre que o plano osculador tem a equação P \P y x a = 0.
(b) Ache V, a e o plano osculador para o caminho do Probl. l(a) no ponto dado.
(c) Proceda como na parte (b) usando o caminho do Probl. l(c).
Í6. Curvatura de um caminho no espaço. Tenha f(/) derivadas até terceira ordem para
a < t < b e seja v = f'(/) 9^ 0 para a < t < b. Seja v = | |v| |T = (dsldt)T e seja
dT/ds 7^ 0 para a < t < b.
(a) Mostre que T -d T jd s = 0, e portanto, se pode escrever
^ = kN, k > 0
ds
^ = kN, ^ = _ kT + tB,
ds ds ds
7. Movimento sob uma fôrça central. Suponha que uma partícula P de massa m se mova
no espaço sob a influência de uma fôrça F atuando na direção que se afasta de um
centro fixo O, distinto de P, de modo que F == (ç{t)ÕP, Seja r = ÕÍP, v = dridt.
Admita tôda a derivabilidade necessária. Observe também o resultado do Probl. 5.
d
(a) Mostre que —r- (r x v) = 0, de modo que r x v = h, onde h é um vetor cons*
at
tante.
(b) Mostre por (a) que, se h 0, P se move num plano fixado passando por O.
(c) Mostre por (a) que, se h = 0, então P se move numa reta fixada passando por
O, (Sugestão, Escreva r = rR, onde r = | |r| | e mostre que dRIdt = 0.)
8. Sejam as funções (12-187) definidas e deriváveis numa região aberta D do plano uv,
fu 8u
(
fo St Á®/
I (observe a transposição) pôsto
2. Considere as equações como definindo uma transformação de D em R \ Seja
P i: z ò a imagem de (wi, vi), de modo que x \ = / ( « i, v i) ,...
11. As equações x = (2 + cos u) cos v, >> = (2 + cos u) sen u são equações paramétricas
para a superfície de um toro no espaço.
(a) Proceda como no Probl. 9(a), usando
12-19. DERIVADAS PARCIAIS DE ORDEM MAIS ALTA 1207
12. As equações a: = 3 cos w sen v, = 2 sen « sen v, z = cos v são equações paramétricas
para a superfície de um elipsóide no espaço.
(a) Proceda como no Probl. 9(a), usando
13. Seja dada uma superfície na forma paramétrica pelas Eqs. (12-187). Um caminho
na superfície pode então ser especificado dando « e v como funções de de modo que,
finalmente, x, y e z tornam-se funções de t. Mostre, admitindo tôda a derivabilidade
necessária, que a reta tangente a tal caminho fica no plano tangente correspondente
do Probl. 8(c).
(12-190)
f x y — fy x ^ (12-191)
e assim por diante. Por causa de (12-191), a ordem de derivação não impor
ta para funções regulares, isto é, por exemplo.
dh dh dh
dy dx^ dx dy dx dx^ dy
Deve-se observar que a regra (12-191) precisa ser provada somente para
funções de duas variáveis, pois uma vez que isso tenha sido feito, resulta
que
du — jL2 ^ 1 (12-192)
dt
dH
y) = y) = ^ (^’!/)* / l 2 = /x y > Í22 = fvv '
Para enfatizar as variáveis que são tidas como constantes, escreve-se, por
exemplo,
de modo que
V 'V = V ^ = — + —
dx^ ^ 9y2 ^ 0z2 ’
de modo que
^ er‘ af íif
^ f f
9x2 9y2 0^2
fxv(x,y) =f yx{x,y) em D.
0 = - U ^ ',V 'W
ou
Kyf = \xf.
Kyf
fxyi^O’ yo) = v) = lim ^2
- lim
fyxi^O’ Vo) = lim ^ ^2 •
PROBLEMAS
4. Mostre que cada uma das seguintes funções é uma solução da equação do calor (12-192);
a e A: são sempre constantes não nulas.
oT-axVt
(a) sen a x . (b) cos a{x + y). (c) - — — , a =
Vt
5. A equação biarmônica
VJ=V^(VJ) = 0
Í^
0x^
+ 29x^^dy^ + ^
9í/^
= 0.
6. A equação da onda
(b) Mostre, de maneira geral, que toda função de forma u ~ f( x — ct) ou da forma
14 = f( x + ct) é uma solução, contanto que / seja aproximadamente derivável.
7. A Equação de Poisson
é importante na teoria da gravitação. Ache uma solução para cada um dos seguintes
casos:
8., Mostre que as soluções das seguintes equações numa região aberta dada formam um
espaço vetorial:
(a) Equação de Laplace em 2 dimensões.
(b) Equação do calor para k fixado.
(c) Equação biarmônicá’ em 2 dimensões (Probl. 5).
(d) A equação da onda (Probl. 6) para c fixado.
9. Mostre que, para g dado, as soluções da Equação de Poisson (Probl. 7) numa dada
região aberta Z), se existir alguma, formam uma variedade linear no espaço vetorial
de tôdas as funções definidas em D.
10. Tenha / derivadas contínuas até a segunda ordem numa região aberta que inclui o
quadrado de vértices (0,0), (1,0), (0,1), (1,1) e tenha / um zero em cada vértice. Mos
tre que f^y tem um zero dentro do quadrado.
11. Demonstre: se / tem derivadas contínuas até segunda ordem pára todos os (jc,>^) e se
fxy = 0, então / pode ser expressa como a soma de uma função de e uma função de
y. {Sugestão, Aplique o Teorema 12 com xq = 0, = 0» = y-)
13. Regras de cadeia. Sejam z = F(w, v), u = f{x^ y)y v = g{x, y \ de modo que z =
= F [f{X yy\ ^(x, y)]. Demonstre, segundo hipóteses apropriadas:
0^Z — p , p / du dv . du d v \ . p dv dv
(b )
dx dy ““ 0:c du dy ^ dy d x ) ^ "" 0x dy
+
d^u 02ü
^ d x d y ^ d x d y
12-21. FÓRMULA DE TAYLOR 1215
Para uma função / de uma variável, a Fórmula de Taylor pode ser escri
ta como:
f"(a)
f{x) = f{a) + { x - a )f’{a) + {x - + ■■■ + {x - a f ^ - ^ +
( 12- 210 )
com
Portanto, /x(0, 0) = cio, /»(0,0) = Coi, fzJlfi, 0) = 2c2o, fxviO, 0) = cn, e assim
por diante. Em geral, •
0’‘+»/
(0,0) = rlslc„,
0y*
de modo que
+ f
nlL 0 x " ^ \l/ ^0x”- i dy - ■ " 0y"J
onde todas as derivadas parciais são avaliadas em (0, 0). Esta é a Série
de Taylor de f(x , y) com centro (0, 0). Pode-se mostrar que a representação
é válida para muitas funções comuns em regiões apropriadas. Não conti
nuaremos a falar mais aqui sobre êste tópico mas antes, consideraremos a
aproximação polinomial que êle sugere. Escrevemos
( 12- 212)
/ (^ . y) = Po(^> í/ ) + • • • + P n (^ . !/ ) + • (12-213)
Esta será a nossa Fórmula de Taylor para funções de duas variáveis^ contanto
que demos uma representação para o resto Rn.
TEOREMA 14. Seja /{x^y) definida e tenha derivadas contínuas até
a {n + Xyésima ordem numa região aberta D que inclui a origem (0, 0).
Seja {x, y) um ponto de D tal que o segmento de reta de (0, 0) a {x, y)
fique em D. Então, a Fórmula de Taylor (12-213) é válida, onde
n+l
1 /n + 1 \ 0"+y
R. = (12-214)
(n + s
;^a\/r ii^+l-r (p^. py)
Idj^dy'
está em analogia direta com a fórmula (12-210) para fánções de uma variável.
Notamos dois casos especiais do Teorema 14:
n = 0: f(x, y) = / ( 0 ,0) + \iy) + yfyijix, yy),
n = 1: f(x, y) = / ( 0 ,0) + ^ ,(0 ,0 ) + yf^O, 0) +
+ + y%y{p-x,yy)l
g{ t ) =f { t x , t y \ 0 < t< l.
Como t varia de 0 a 1, {tx^ ty) move-se de (0, 0) para (jc, y) sobre o segmento
de reta que une êstes pontos; portanto, / é definida em todos êstes pontos
e g é definida para 0 < t < 1. Pela Regra da Cadeia,
Portanto,
r= 0
g"(0)
g(l) = g(0) + g'(0) + ^ + ••• + ní (n + 1)1
Mas g(l) = /(x , yX g(0) f=/(0, 0), = k!pk(x, y) para k = 1,..., n como
acima e por (12-215) g^"^^^\ij)/{n + 1)! é igual a i?n, como dado em (12-214).
Portanto, (12-213) procede.
= l = 1+ cos oc,
/„ = -e'> cos X = -fy y , = - e ‘'senx.
Então, /
Se (jc, y) estiver bastante perto de (0, 0), os primeiros três termos à direita
darão uma boa aproximação de / ; esta é, de fato, uma aproximação do
gráfico de z = f(x , y) pelo gráfico do plano tangente em (0, 0, 1) ou a apro
ximação de .A/ = f ( x , y ) —/(O, 0) por df.
Rí = y) + y) + */)• (12-216)
para uma escolha adequada de ju, 0 < ju < 1. Também colocamos qi{0,0 )=
= (l/2!)/».(0,0) e, por continuidade de /,» , concluímos que gi(x, ;>') é con
tínua em (0, 0). Um raciocínio análogo aplica-se a Ç2, qa- Portanto, Ri
pode ser escrito como em (12-216) onde qi, qa, qz são contínuas em (0, 0).
Resulta que tôdas as três funções são limitadas em uma determinada vizi
nhança de (0,0), digamos | 1 < K /3, / = 1,2, 3 para uma constante apro
priada K. Se escrevermos x — r cos 6, y = r sen 6, então nesta vizinhança.
12-21. FÓRMULA DE TAYLOR 1219
= \^( 9 i + <j-2 COS 9 scn^ + ^aSen^í)! < i^(\qi\ + Iq^] + Iflal), < Ki^.
e“ = l + u + |^ + g(«),
onde o resto g{ü) satisfaz a |g(w)| < k\ u\ ^ para alguma constante k [veja
o último parágrafo da Seç. 6-12], Podemos agora escrever
(2x -h
= 1 + 2x + 3y + + g(2x + 3y).
21
Se colocarmos g{2x + 'òy) = R 2{x, y), então saberemos que, para | 2a: +
+ 3y\ < c [portanto, uma vizinhança de (0, 0)],
g2x+3» = i + 2x + 3 y + + y).
PROBLEMAS
1. Siga o método do Ex. 2 para obter uma Fórmula de Taylor .para a função dada em
(0, 0) com o valor dado para n (nào se exige nenhuma expressão detálhada para o
resto).
1 7)i+i+kp
^ il/lW 0x* dyi 0Z*
(b) Com base no resultado de (a), escreva a fórmula de Taylor para /(jc, y, z) para
/f = 1.
(c) Estenda os resultados das partes (a) e (b) a / ( j c i , Xk) e a if > 0 geral.
EXEMPLO 1 A função
z = - 3 ^ + 3xy - = f(x, y)
é tal que
f{x,0)=-^, m y )= -y \
^ (0, 0). Então, existe um mínimo local (de fato, absoluto) em (0,0). A
função e suas curvas de nível estão representadas nas Figs. 12-46 e 12-47.
As curvas de nível são elipses.
Fig. 12-46. z = 2;c“ + 3y“ Fig. 12-47. Curvas de nível da função da Fig. 12-46
Q x - 2 y = 0, -2 a+ 6 í/ = 0.
para valôres diferentes de c. Pelas regras da Seç. 6-5, elas são elipses, pos
sivelmente degeneradas. Pode-se, de fato, rotaciohar os eixos de 45®, como
na Seç. 6-5, para obter a nova equação
2x'2 + 4t/'2 Z i: c.
Esta equação mostra logo que as curvas são elipses. Também, em função
das novas coordenadas, nossa função é dada poi
z = 2x'2 4- 4y'2
12-22. MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS 1227
Assim, como no Ex. 2, existe um mínimo local (de fato, absoluto) na origem.
A função e suas curvas de nível estão desenhadas nas Figs. 12-48 e 12-49.
As figuras também mostram os novos eixos coordenados x' e y \
EXEMPLO 4 f(x , = — 3jc^ + Ixy — 3y^. Esta é a função do Ex. 3
com os sinais trocados. Portanto, as curvas de nível são elipses como na
Fig. 12-49 (com os valores de / multiplicados por — 1) e / tem um máximo
relativo em (0, 0).
Por êstes exemplos, é claro que para uma função quadrática geral
- 4AC<0,
1228 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
fss = 6 x - 4 y - 2 , = -4 x, = -4 .
da Fig. 12-50
1230 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
A função g{t) tem derivada — sen í + cos í, e portanto, g tem pontos crí
ticos em / = 7t/4 q t = 5ir/4. Nestes pontos, g tem valores V 2 e —\ / 2 ,
respectivamente. Também, g "(0 = ~ sen t — cos t e = —^ 2 ,
^"(5 t /4) = y/2 Logo, g tem um máximo local em ir/4 e um mínimo local
em 57t/4. Esta informação é suficiente (como mostra a Seç. 6-1) para asse
gurar-nos de que achamos o máximo e mínimo absolutos de g, e portanto,
d e / ; / tem seu mínimo absoluto de — V 2 em ( — V 2 /2 , -- V 2/2), seu má
ximo absoluto de \ / 2 em ( \/2 /2 , \/2 /2 ). A função e suas curvas de nível
estão representadas nas Figs. 12-50 e 12-51.
V / + XVg = 0. (12-230)
9/ r.
g{x, y) = 0 (12-231)
1 -f 2Xx = 0, 1 -h 2 \y — 0, -f = 1
| í , x | i = 0, | í + x |£ = o. ^ + = g{x, y,z) = 0.
dx dx oy oy oz oz
(12-232)
Achamos fàcilmente que existem dois pontos nos quais / pode ter um má
ximo ou um mínimo local, a saber, ( ± 3/V 26, ± 2/V 26, ± 2 / \ / ^ ) . Por
tanto, / tem um máximo absoluto de 13/V26 e um mínimo absoluto de
- 1 3 /V ^ .
O método também se estende para o caso de várias condições laterais,
por exemplo, para f{x, y, z) com condições laterais
V/ + Al Vg -h Ag Vh = 0. (12-234)
M = g(^> y) = ^
Tít
f(x, y) > / ( 0 ,0) + - A + y2) paj^ X — rcos^i, y — rsení^j
Zi
?7Z
f{x, y) < / ( 0 ,0) - -^(x2 + !/2) para x = rco s0^, y = rs&nd^,
contanto que 0 < + >^^ < 62^ Então, / não pode ter nem um máximc
local nem um mínimo local em (0, 0).
PROBLEMAS 1235
PROBLEMAS
{2. (a) Por complementar de um conjunto E em i?”, queremos dizer o conjunto de todos
os pontos de que não estão em E. Mostre: se £" é aberto, então o complemen
tar de £ é fechado; se E é fechado, então o complementar de £ é aberto.
(b) Mostre que o complementar da união de dois conjuntos é a interseção de seus
complementares.
(c) Mostre que a interseção de dois conjuntos fechados é fechada.
(d) Pede um conjunto E em R^ ser tanto aberto como fechado?
(a) z = 3x + 4 y ,x ^ + <1.
(b) z = 5 x + I2y, *2 + < 1,
(c) z = 3x2 + 2 i/ 2, x 2 + y 2 < 1 .
(d) z = x 2 - y^, x 2 + y 2 < 1
1236 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
(g) z = H- 2xy + 3y^ + 4x + 6^, —2 < x < ( ) , —l < t / < 0 [veja Probl.
3(g)].
(h) z = x^ — 2 x y y^ — 2x 2 y , 0 < x < 2, 0 < y < 2 [veja Probl. 3(m)],
5. Mostre que se — 4AC = 0 mas A 9^ 0, então a função z = Ax^ + Bxy -f- Cy^
tem um máximo ou mínimo local em (0,0), mas também tem outros pontos críticos.
Discuta a natureza das curvas de nível.
7. Método dos mínimos quadrados. Para interpolar-se dados {x{, >»j), / = n por
êste método, seleciona-se uma fórmula y = (fix^ai, dependendo de k parâ
metros « 1, e tenta-se escolher otu ak de modo que o êrro quadrático total
8. Em Mecânica, diz-se que uma partícula P se move num campo de forças conservativas
se a fôrça F que age em P depender sòmente da posição e
F = -JÍU ,
$9. Use o método dos Multiplicadores de Lagrange para localizar todos os máximos e
mínimos locais e também para achar o máximo e mínimo absolutos:
(A - X í)x - 0, ||x||2 - 1,
onde A ■■= (aij). Então, as soluções são dadas pelos valôres X e os vetores, x, onde
X é um autovalor de ^ e x é um autovetor associado, tomado com módulo 1.
1238 CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 12
= -Po (12-250)
e Po está em E.
Observação. A condição (12-250) é interpretada como em tôdas as
definições de limite: para cada € > 0, existe um K tal que d{Po, P^j) =
= 1|PüPn^ I I < í para k > K,
DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA / , Já que E é um conjunto
fçchado e limitado, podemos encerrar E num círculo e, por conseguinte,
também num retângulo Po* a < x < b, c < y < d. Dividimos agora Po
em quatro retângulos unindo os pontos médios dos lados opostos, como
na Fig. 12-52. Pelo menos um dêstes quatro retângulos deve conter Pn
para um número infinito de valôres de n. Escolhemos um tal retângulo:
dl < X < bi. Cl < X < dl, dividimo-lo em quatro retângulos da mesma
maneira e de nôvo selecionamos um dos quatro que contenha Pn para uma
infinidade de n, e assim por diante. Dêste modo, obtemos uma seqüência
infinita de retângulos
12.25. ALGUNS RESULTADOS MAIS PROFUNDOS SOBRE CONTINUIDADE 1239
d =d i -
Cí
a = ai bi b X
Fig. 12-52. Demonstração do Teorema de Weierslrass-Bolzano
Visto que J(Po) é definida, ela é um número real finito; resulta que B deve
ser limitado superiormente, e portanto, que Znj^ converge para z*. Assim,
f(Po) = z* Q z* deve ser o máximo absoluto de /.
^0 ■ ^0
llÇ n /o ll < llÇ n /n J I + IK/oW < V2 + ^2 = «O'
IfiQnJ - f { P o ) \ < Y
Também | | Pni,Po | | < 5q/2 < 6o, de modo que, da mesma maneira,
Conseqüentemente,
I f i P n J - f i Ç n J l = lUiPnJ-fiPo)] + Í/ W ~ / ( Ç n ,) ] l <
Isto contradiz nossa escolha das seqüências {Pn}, {Ôn}* Portanto, a con
clusão do teorema deve ser verdadeira: para cada e > 0, existe um 6 > 0
tal que P, g em £ e | | PQ | | < 6 implicam |/(P) —f{Q) 1 < e.
2
i-1
norma-♦o 1—1
onde Xi-^ < < X{,
Seja dado um e positivo e seja €i = ej{b — a). Já que / é contínua em
[a, b] e [a, b] é um conjunto fechado e limitado, podemos escolher b de
modo que ry em [a, è] e ] ^ — ry | < ô implicam |/(^) —/ ( t?) | < €i. Agora
escolhemos uma subdivisão de norma menor que ô. Então em cada subin-
tervalo x j , / tem seu máximo M i em algum e seu mínimo rtii em
algum rji*. Já que nossa norma é menor que ô, | ^i* — rji* | < ô, e por
tanto, \Mi — mi\ < €i. Já que rrii < Mi, podemos escrever Mi — /w» <
< €i. Por conseguinte,
2 AiX - 2 = 2 • 2 -a)=€.
i=l i= l i= l i= l
e que
2 / ( |,) A ,x - f f { x ) d x < €
i=l
OU
im iig iv i) )
2í=i
Conseqúentemente, por (12-253),
^ 2 2
e ( 12-252) está demonstrada.
Continuidade da Integral. Como uma outra aplicação da continuidade
uniforme, consideramos uma integral
J F(x,y)dx.
Para cada y fixado, temos uma integral definida usual que, pela hipótcie
da continuidade, tem um valor. Êste valor depende do y escolhido. Por
exemplo.
yXy 1 ^ - 1
e“^dx =
-0 y 0 y
para y 9^ 0. Para j = 0, o valor é 1. Gostaríamos de mostrar que, quando
F{Xy y) é contínua em (x, y), o valor da integral I F(x, y) dx é uma função
, a
continua de y,
TEOREMA M. Seja F contínua no retângulo E: a < x < b, c < y <
< d. Então,
g(y) = Ja F{x, y) dx
define uma função continua para c < y < d.
PROBLEMAS 1245
para (xi, >^i), (X2, y 2) cm E c separados por uma distância menor que 6.
Portanto, para — >^2! < 5 , temos
lg (y i) - g (« / 2 )l = | / í ’( * . f y^) dx
PROBLEMAS
5. . Ache ô(e) de modo que |/(jti) —f{ x 2 ^\ < t para \x\ ^ xt\ < ô se:
6, Demonstre: se |/'W 1 < K para a < x < b, então |/íx i) - A x 2 )\ < e para \xi —
- JC2 I < elK.
10. Demonstre: se fp(y) é contínua para c < y < d, <p(y) > a para c < y < d e F to j')
é contínua para a < x < <p{yX c < y <d^ então
g(y) = f F (x,y)dx
Z = f{x, y)
2miA,A< V<
i= l i= l
É plausível que se as regiões Ri forem tomadas suficientemente pequenas,
então ambas as somas podem ser tornadas tão próximas de V quanto dese
jarmos, isto é, esperamos
Aqui, o inf e o sup referem-se a todos os valôres das somas obtidas de tôdas
as subdivisões possíveis de R. Mostraremos que, para unia função contínua
z = f { x , y ) e uma região R que satisfaça a hipóteses razoáveis, o inf e o
sup existem e são iguais. O valor comum é a integral dupla de / sôbre R
e escrevemos
///(«{x, y)dxdy
mas é importante distinguir esta da integral iterada, que discutiremos em
seguida. Escreve-se também simplesmente S f ix, y) dA^ com apenas um
R
sinal de integral, já que o dA indica estar-se tratando de uma integral bidi
mensional. Para f > 0 , 2 i integral dupla pode ser sempre interprotada como
o volume da região sólida correspondente. Contudo, a integral dupla tem
outras aplicações, inclusiye aquelas para as quais / tem sinal variável.
13.1. A INTEGRAL DUPLA 1249
que era razoável associar volume à região sólida sob a superfície z = f ( x , y),
para {x,y) em R, pela fórmula
V= J A{x)dx (13-11)
fi.,y)dydx. (13-15)
^ 0 seri®
Assim, paira* o caso considerado, a integral dupla pode ser substituída por
úma integral iterada.
Mostrar-se-á que o procedimento ilustrado é válido sempre que R fôr
uma região entre duas curvas:
onde <pi e (p2 são contínuas em [a, b] [veja Fig. 13-3(a)]. Para uma tal região
R, temos a integral iterada
I I f{x,y) dyd x.
a
Se / é contínua em R, então a integral iterada existe. Em muitos casos,
os métodos do Cap. 4 (e tabelas de integrais) permitem-nos avaliar a integral
exatamente.
Fig. 13-3. Regiões para integrais iteradas, (a) Região para a Eq. (13-16); (b) região
para a Eq. (13-16')
Para uma região como a da Fig. 13-3(a) e uma função não negativa f,
a integral iterada e a integral dupla dão, ambas, o volume da região sólida
13-1. A INTEGRAL DUPLA 1251
J J f(^> y ) d A = j
J f{x, y) dy dx (13-17)
R a <p\(x)
com nenhuma hipótese acêrca do sinal de /.
Uma discussão semelhante aplica-se ao caso de uma região R do tipo
onde ypi e ^2 são contínuas em [c, d]. A Fig. 13-3(b) mostra uma região
destas. Uma integral dupla de uma função / sobre R pode ser avaliada
como uma integral iterada:
Notamos que a região R da Fig. 13-1 poderia ser descrita ou por desi
gualdades da forma (13-16) ou por desigualdades da forma (13-16'). Então,
para esta região, podemos usar ou (-13-17) ou (13-17') para avaliar a integral
dupla. Podemos usar ambas as maneiras para checar um cálculo.
EXEMPLO 1 Seja / (x, y) = + y^ para 0 < x < l , 0 < y <2, como
na Fig. 13-4. Então, o volume V abaixo da superfície z = f ( x , y ) é dado
por
V = f j f(x, y)dA
R
=r í ) I« * = -f ’ (D ! * = f '
Anàlogamente, por (13-17'),
I/
*^0 ^ 0
dxdy = f (^
‘ 'o ' ^
-I- x y A I
•X= 0
dy
Para esta região R, a fórmula (13-17') não pode ser aplicada, já que R não
pode ser descrita por desigualdades da forma (13-16'), pois fixado y, x não
está confinado a um só intervalo.. Para tais casos, pode-se tentar decompor
R em vários pedaços, para cada um dos quais aplica-se uma fórmula da
forma (13-16'), somando-se depois os resultados.
Em geral, para (13-17), precisamos de uma região R como a da Fig.
13-3(a), descritível por (13-16); aqui, cada reta x = const. = k, a < k < b,
encontra R em um único segmento. Para (13-17'), precisamos de uma re
gião R como a da Fig. Í3-3(b), descritível por (13-16'); aqui, cada reta
y — const. = k, c < k < d, encontra R em um único segmento.
Para uma região R como a da Fig. 13-7, nem (13-17) nem (13-17') são
aplicáveis. Poderíamos, com algum esforço, decompor R em um número
de partes, a cada uma das quais se aplicaria uma das fórmulas (13-17) e
(13-17'). Alternativamente, pode-se procurar um método numérico direto
para calcular a integral dupla de / sobre R. Com esta finalidade, racio
cinamos que, para uma subdivisão suficientemente fina de i^, a integral
dupla deveria ser aproximadamente igual a
M [(^i. ^i) em f i j
i=l
já que, para cada /, nii Ai A < f( ^ i, r]^) Ai A < Mi A^ A. Mais precisamen
te, esperamos que
2 -
PROBLEMAS
/ / f{^>y)dydx. / / f(^>y)dxdy.
•'1/2 •'o •'o *'o
„i - n/T-Tí 1 -\/r:íí
(c) f f f(x ,y )d y d x . (d) J ___ f ( x , y ) d y d x .
•'n *‘'^a0
•'0 •'o
r^l /.O
/ / f(^<y)d^dy. / f(x ,y )d y d x .
*'o V-I *^0 * ' l - x
^1 ^'77-x/2
(g) / / f{x ,y )d y d x . J / f(x ,y)d yd x .
•'o *^Sin-^x
4. Avalie, intercambiando a ordem de integração:
0 X Vx2+^
«'tt/2 ^__________
(b) I j COS 2y V l — seil^ ^ í^Í/» 0 <
5. (a) Avalie ^ ^Ci 2í/)/io Q^de R é o quadrado 0 < j c < 2 , 0 < > > < 2 , subdividindo
H
A em 4 qiu^drados iguais e avaliando a soma correspondente 2 /(Ç í,
para escolhas adequadas dos (ff, r?,:).
(b) Proceda como na parte (a) usando 16 quadrados iguais ao invés de 4.
6. Avalie j y (x^ — y) dx dy, onde A é a região fora do quadrado de vértices (1, 0), (1,
H
2), ( — 1, 2), ( — 1, 0) e dentro do quadrado de vértices (3, 0), (d= 3, 6), ( — 3, 0), sub
dividindo R em quadrados de lado 1 e avaliando a soma correspondente 2 /( f f , tjí,)A íA
para escolhas apropriadas de (ff, rji,),
7. Seja R a região da Fig. 13-7. Use a subdivisão nessa figura para avaliar numèri-
camente:
/ / / ( « . » ) dA
^ K A i A = KA < <LA =
i= l i= l i= l
isto é, se I indica o valor da integral dupla, então para todo e > 0, existe
um b > 0 tal que
/ / y ) d A - s u p ^ mi AiA, (13-24)
i= l
i= l
Portanto, sup A,>4} é pelo menos igual a /. Por (13-25), o sup é no
máximo igual a /, e portanto, deve ser igual a /.
Podemos concluir agora, como para a integral definida, que j y f(x , y)
R
dA é O único número I tal que
i= l i= l
para todas as subdivisões de R,
TEOREMA 4. Seja R dada pelas desigualdades
/ J
O-i P i( x)
f(x ,t/)d y d x = /i.
JJ a *^(pi (a;)
fi^> y) dy dx.
Ji = \A
Já que nossa norma é menor que ò, a última soma difere da integral dupla
por no máximo e. Portanto, isto permanece válido para a integral iterada.
Mas a integral iterada é um número fixo que não depende de e. Portanto,
ela é igual à integral dupla, e (13-26) fica provada. {
Da mesma maneira, demonstra-se que, para uma região apropriada R,
como na Fig. 13-6,
jjf(^y)^=J f y)^y-
a (y)
/ / / ( ^ . «/) = J J / ( ^ . !/) ^ + / /
R R' R"
r f / ( x , y ) d A = lim (13-28)
norma—>0
R ^-1
onde cada subdivisão de R é formadá de retângulos Ri de lados AiX,
A iy(i = ! , . . . , « ) como na Fig. 13-10 e de outras sub-regiões {despre
zadas na soma) tocando as curvas da fronteira y = <Pi{x), y = (P2{x),
a < X < b.
Uma demonstração para o caso da Fig. 13-10, isto é, de (13-28) será
apresentada na próxima seção.
Integração de Funções Contínuas por Partes. Seja R como no Teorema 1.
Dizemos que uma função f , definida em R, é contínua por partes em R se
existir uma subdivisão de R em regiões i^i, . , Rk Q para cada / existir uma
função contínua na região fechada Ri tal q u e /(:r, j^) = fi{ x ,y ) dentro
de Ri, Por exemplo, a função / definida por
1264 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
/ / = j j f id A + j j fj^dA.
R R, R,
Pode-se verificar que a integral dupla pode inclusive ser obtida como
um limite como no Teorema 2. A discussão é análoga àquela da Seç. 4-30.
Regiões Mais Gerais de Integração. Até aqui aesenvolvemos a teoria
apenas para uma região contornada por uma única curva simples e fechada C.
Com modificações mínimas, tudo que temos feito pode ser estendido a uma
região R contornada por um número finito de caminhos simples, fechados
e suaves por partes, como na Fig. 13-12. A integral dupla sobre tal região
pode ser também representada como uma soma de um número finito de
integrais sobre regiões 5 i , . . . , 5*, cada uma das quais é contornada por
um único caminho simples, fechado e suave por partes. O processo de
decompor R em tais regiões é sugerido pela Fig. 13-12.
Fig. 13-12. Região R contornada Fig. 13-13. Região para integral dupla
por várias curvas
13-3. INTEGRAL DUPLA COMO LIMITE 1265
^ M ià ^ A - M = «•
i=l i=l i=l i=l
Mas sabemos que
e que
2 nii àiA < 2 fiè i, Vi) AjA < Y j Mí A^A.
i=l i=l
1266 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAP. 13
lim
normar->0 ^
= ff y) ^
onde [xj^u xj] é o intervalo x para a sub-região em questão (veja Fig. 13-14);
pode acontecer que nenhum segmento paralelo ao eixo x seja permitido.
iP2(x)
O mesmo raciocínio se aplica a cada Ri do tipo (3). Cada /?, do tipo (1) é
um retângulo de diâmetro menor que ò + (à/2), que é menor que 3e/8.
Cada Ri do tipo (4) está contida num retângulo de base menor que ò e altura
menor que (Ó/2) + (e/4) + (í/4) e logo, seu diâmetro é menor do que
(% - % ) ( f + j ) + (»2 - % )(|- + j ) + ■ ■ ■ + ( » » - + j) =
Existem estimativas semelhantes para a área total das regiões dos tipos (3)
e (4); em cada caso, a área total é menor do que {b — á)e. Isto explica a
razão pela qual, ao computar numèricamente a integral dupla, podemos
ignorar as contribuições de sub-regiões que tocam nas curvas-fronteira
y = (p\(x), y = (p2Íx). De fato, seja K o máximo de \f{ x , y) | em R, Então,
na soma Ayy4, os têrmos que surgem destas sub-regiões têm valor
absoluto total menor que K vêzes sua área to ta l; portanto, ao todo, menor
que 3Ke{b — d). Para e suficientemente pequeno, êste número é despre
zível num cálculo que busque uma determinada exatidão. Portanto, a
Eq. (13-28) fica estabelecida. Observação semelhante se aplica às sub-
-regiões que se encontram com as retas x = a, x = b. Para a região geral R
limitada por um caminho simples, fechado e suave por partes C, a contri-
1268 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES PE VÁRIAS VARlAVEIS CAP. 13
PROBLEMAS
1 . Justifiaue as desigualdades:
(a) 0 < J J (,v2 + y 2) < 30 onde ^ é o retângulo 0 < * < 1 , 0 < y < 3
PROBLEMAS 1269
(b) < JJ áA < onde Jl é a região 0 < * < 1, 0 < y < 1 + *2.
R
ff
'^0 ‘'0
f(t)g (v -t)d td v = ff
‘'0 •'0
f(t)g(u) du dt.
J j g(x>y)dA = j j g(x,y)dydx =
(a?)
(13-40)
Í—1
Seja dada agora uma região R em função de. coordenadas polares r,
6 pelas desigualdades
a < 6 <P, pi{6) < r < p^iO), -(1 3 -4 1 )
onde pi(6) e P 2 (6) são contínuas para a ^ 0 ^ ^ , l 3 — ot:^ 2ir, eO ^ p i(0 ) <
< P20)> exceto talvez para P i ( a ) = pzCoc), P i 0 ) = P 2 0 ) (veja Fig. 13-15).
Então, por analogia com a Fig. 13-10, subdividimos a região R em regiões Ri
com a ajuda de raios e arcos circulares, como na Fig. 13-15. Se não le
varmos em conta aquelas regiões que tocam as fronteiras r =Pi{0), r = P2(0),
então, cada Ri tem área
A^A = r^AifA^O,
onde n* é a média dos raios interno e externo de Ri, como na Fig. 13-16
(Probl. 3 adiante).
13-4. INTEGRAIS DUPLAS EM COORDENADAS POLARES 1271
i= l
Esta tem a mesma forma que a soma em (13-40), com A{y substituído por
A,r, A{X por A^0 e a função g(x, y) pela função rF(r, 0). A condição “nor
m a —» 0” em (13-40) é equivalente a “ valor máximo de | AiX 1 + A,_y \ 0”,
e portanto, toma-se “ valor máximo de I A,r | 1A ^ \ -» 0 ” que, por seu
turno, implica “norm a—>0” para as subdivisões de R na Fig. 13-15. Por
tanto, (13-40) permite-nos escrever
cos^e 2 se n 2 ^ \^ ^ 9t7
= 4, l ã - ^ ------------4— j ‘® = — •
= - |[ \ / 2 - M n ( l + V2)].
Observação. Uma vez que temos uma integral iterada, como na ex
pressão do meio em (13-42), podemos esquecer que r, 0 são coordenadas
polares e podemos tratar a integral exatamente como se fosse em x e
A região de integração pode ser representada como na Fig. 13-20. Quando
esta região é do tipo apropriado, pode-se também* integrar na outra ordem.
Fig. 13-20. Região de integração para (13-42), com r, d representados como coordenadas
retangulares
para (u, v) numa região Ruv no plano uv. Sob condições adequadas em H
e G. estas equações descrevem transformações contínuas biunívocas de R^y
sôbre uma região Rxy no plano xy, como na Fig. 13-21 (veja Seç. 12-16).
As retas u = const., v = const. em R^v tornam-se curvas em Rxy com auxílio
das quais associamos coordenadas curvilíneas (w, v) aos pontos de Rxy. No
caso de coordenadas polares, a região Ruv é tipicamente como na Fig. 13-20
e Rxy como na Fig. 13-15; as retas w = const., v = const. são as retas
r = const., 6 = const., que se tornam os raios e os círculos da Fig. 13-15; as
equações de transformação (13-50) são as equações x = r cos 9, y = r sen 9
u = 3
A,A = y) (13-51)
«=«' Ajü,
0(w, v) v — v'
fd A ,^ = f f F rd A ,, = f f ^ '''F i r , e ) r d r d 0 .
/ /
íirff
N a Seç. 11-17 apresentamos uma demonstração de (13-51) para o caso em
que a transformação (13-50) é linuar; o caso de coordenadas polares foi
tratado no Probl. 5 ao fim da Seç. 12-16.
Para uma demonstração de (13-51) ou de (13-52), deve-se recorrer a
textos sobre Cálculo Avançado, por exemplo, a Seç. 5-14 do livro de
W. Kaplan, Advanced Calculus, Addison-Wesley, Reading, Mass., 1955.
Podemos deduzir (13-51) intuitivamente da seguinte maneira: próximo a
um ponto determinado (uo, vo), H t G podem ser aproximadas por funções
lineares, de modo que nossa transformação é dada aproximadamente por
(xQ-^aAu-i-bAv, yo-¥cAu+dAv)
(xQ-^aAu, yo-¥cAu)
(xQ+bAv, yo+dAv)
• (xQ,yo)
portanto, sua área aproxima A,y4. Logo, é razoável que A^A seja dada
como em (13-51).
EXEMPLO X = t/2 — v2, y = 2uv em 1 < u < 2, _ l < v < l .
Aqui, descobrimos que a região é, como na Fig. 13-23, limitada por
quatro arcos parabólicos (Probl. 4 adiante).
vA
J_____ L
= 4 J" J '
PROBLEMAS
(e) J J / d A , f ( r , 6) = cos (9, fí: 0 < ^ < 77/2, 1 < r < 1 + sen
R
(h) J J f d A , f{r, 6) = e^, R-.O < 6 < Stt, é / 2 < r < (faça um gráfico dá
R região R)
2 . Ache o volume do sólido com a ajuda de coordenadas cilíndricas r, 6, z:
(a) O cilindro sólido: 0 < r < a , 0 < 6 < 2ir, 0 < z < h,
(b) O cilindro sólido de altura h cuja base é a região encerrada pela cardióide r == a
(1 + COSB).
(c) O volume da região abaixo do plano z = 2 + jc + ^ para -]r = 1.
(d) O volume abaixo do plano z = 2 — x — y para ^2 < \
(e) O volume do cone sólido acima da superfície z^lh^ = (x^ + y^)la^ e abaixo do
plano z = h, para x^ y'^ < a^.
(f) O volume do toro obtido pela rotação, em tôrno do ebco z, da região circular no
plano x z com centro em {b, 0, 0) e raio a, onde 0 < c < ó.
3. Mostre geomètricamente que a região R{ da Fig. 13-16 tem área Aj-r Lfi, onde
Vi* é a média dos raios dos dois arcos circulares.
4. Mostre que o Exemplo da Seç. 13-5 leva ao gráfico da Fig. 13-23.
5. iSeja a transformação- a: = 3« — v, y = u -\'2v dada em R^^,: 0 < w < l , 0 < v < l .
Mostre que a região correspondente Rxy no plano xy é um paralelogramo e avalie
J J ^xy dA^y
J J x^ydA^y^
/ / / / ,. o„ / / / /(x, y, z) dx dy dz (13-60)
1278 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
Estas integrais (para n '> 2 ) são chamadas integrais múltiplas. Nesta seção,
estudamos a integral tríplice. A integral múltipla «-dimensional pode ser
estudada da mesma maneira, com o «-volume substituindo o volume comum
(veja Seç. 11-16; veja também o Probl. 10 ao fim da Seç. 13-7).
Para a integral tríplice (13-60), consideramos r*na função w = f { x , y, z)
definida numa região R do espaço xyz. Por analogia com a integral dupla,
quando / ^ 0, podemos interpretar a integràl como o volume (de quatro
dimensões) abaixo da "superfície” w = f ( x , y , z ) no espaço xyzw. Assim,
somos forçados a passar para o espaço tetradimensional para esta inter
pretação. Um modêlo fácil de se compreender é o de massa e densidade.
Imaginamos f como densidade, em unidades de massa por unidade de vo
lume. Então, (13-60) dá a massa total do sólido que ocupa a região R.
Uma cuidadosa discussão de regiões R apropriadas para integrais trí
plices conduz-nos a uma área de alguma complexidade. Não tentamos tal
discussão aqui e procedemos intuitivamente. Estamos a pensar no objeto
sólido típico que temos em volta de nós: uma nesa, uma cadeira, um edi
fício, uma ponte, a Terra inteira. Em cada caso, estamos tratando com
uma região fechada, limitada, cuja fronteira parece ser formada por um
número finito de superfícies; cada superfície limitante é suave, exceto quanto
a um número finito de arestas e cantos onde^ se juntam as porções suaves.
Exemplos matemáticos típicos são: uma esfera sólida ou uma bola, um
cilindro sólido (limitado por três superfícies suaves que se ajustam ao longo
de dois círculos), um cubo sólido (limitado por seis superfícies suaves que
se ajustam ao longo de 12 arestas), um toro sólido (limitado por uma super
fície suave), uma casca esférica entre duas esferas concêntricas (limitada por
duas superfícies suaves). Referir-nos-emos a cada uma destas regiões como
a uma região sólida *'standard"\ Uma classe bastante importante destas
últimas consiste daquelas regiões R que, para escolha adequada de coorde
nadas no espaço, são definidas pelas desigualdades
a<x<b, <jPi(x) <y < y) < z < (13-61)
z = \p2(x,y)
y = <Pi(x)
Fíg. 13-24. Região típica para integral tríplice
j j ['p2Í^>y) - ! / ) ]
J J J f{x, y, z) d V = inf ( 2 M, A, v ) ;
IIIR
í2 "^1
'■1=1
'
onde nti é agora o mínimo absoluto de / em R{. Sucede que o Valor I da
integral tríplice é aquêle único número tal que
2m ,A iV <Z<2M iA ,V
i=l 1=1
para tôdas as subdivisões de R.
Além do mais, a integral tríplice pode ser obtida por um processo de
limite como o da Integral de Riemann:
Somos assim levados à regra básica: para uma região definida por
(13-61), como na Fig. 13-24,
J j J /(*. y ,z )d V = J J J f{x, y, z) dz dy dx. (13-63)
fl a (ar)
Uma demonstração estrita pode ser dada como na Seç. 13-2* Ao aplicar
(13-63), deve-se notar que qq b são o menor e maior valores de x no sólido,
e são o menor e o maior valores de^ no corte de R por um plano
X = const. e yl/\{x,y) e yl/2{x,y) são o menor e maior valores de z em R,
para x c y fixos. Existem fórmulas análogas para os casos nos quais R é
representável por fórmulas como (13-61), mas com os papéis de jc, e z
permutados, como por exemplo:
a <z<b, <pi(z) < y < <P2(z), 4^^{y, z) < x < xP^iy, z).
Existem 6 casos ao todo (correspondentes às 6 permutações xyz, zxy, yzx,
xzy, zyx, yxz). Para algumas regiões, duas ou mais diferentes represen
tações podem existir. Tem-se então a opção de duas ou mais diferentes
ordens de integração.
Para todos os casos, deve-se operar de fora para dentro. Em (13-63),
a variável externa é x, 2l variável imediata é e a variável interna é z. Para
estabelecerem-se limites para uma integral típica, deve-se resolver qual va
riável deve ser a externa, qual a imediata e qual a interna. Deve-se então
seguir estas etapas em ordem:
Etapa 1. Ache os valores menor e maior da variável externa; se estes
valôres forem a q b, respectivamente^ e a variável externa fôr x, poder-se-á
então escrever
f{ ...) d . . . d . . . dx\.
////<
Etapa 2. Considere a variável externa fixada num valor, determinando
um corte da região sólida; determine os valôres menor e maior da variável
imediata nesse corte. Se ;c é a variável externa e a variável imediata é y,
então os valôres menor e maior de y são (p\{x) e respectivamente, e
pode-se escrever agora
^ ^ .5 (P2(x)
J J J/(. . ) d z d y d x .
a (pi(x)
Etapa 3, Finalmente, fix e a variável externa e a variável imediata em
valôres típicos, restringindo consequentemente a atenção aos pontos da região
numa Unha reta; determine os valôres menor e maior da variável interna nessa
reta. Se x é a variável externa, y a variável imediata, então z é a variável
interna e os valôres menor e maior de z na reta .v ^ const., r ^ const. são
1282 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAP. 13
0 0 0
=JJ0 Tg 2;
Z— l
z=0
dy dx=
= JJ x^e^ Tg J x ^ Tg ~ ^ l e ^ y —k
^ ld y d x = dx=z
"'0 0 0 y=0
.h
= f x^^ Tg ^ l{e^ — l) dx = — Tg l{e^ — 1).
6 dy dz =
= j J . M 2 + “ ;L ..
Neste exemplo, podem ser usadas todas as 6 ordens. Naturalmente que os
limites de integração mudam quando mudamos a ordem da integração.
EXEMPLO 3 Seja R o hemisfério x^ + y^ + z^ < 1, y > 0, como na
Fig. 13-27; então,
rr r •v T ^ pyjl-x^—
ri rV'i--x^ V 1 -X 2 -2z^
-JJJ iJ _ ,/r :p fo f( x ,y ,z ) d y d z d x
=-v r^
R R, R-i
4. Para uma região R como em (13-61),
r c r (p2Íx) 2 i x, y)
i i i y>^)dV = j j J f(x, y, z) dz dy dx =
a *^<pi ix) {x, y)
norma—>0
onde para a última soma, R é subdividida por planos perpendiculares aos eixos
coordenados em paralelepípedos retangulares Ri (/ = ! , . . de arestas
/^iX, à.iy, ^iZ e outras sub-regiões que tocam a fronteira de R e que são despre
zadas na soma.
As seguintes propriedades adicionais serão discutidas na Seç. 13-8 mas,
por conveniência, também as arrolamos aqui.
5. {Teorema do valor médio para integrais tríplices.) Para algum
( t 17, D em R,
iiÍ f{ x ,y ,z )d V ^ iii^ ix ,y ,z )d Y
R, R
z = \p 2 ( r ,d )
e= a A ; r ^ '1 ,
Fig. 13-28. Região para integral tríplice em coordenadas Fig. 13-29. O elemento de
cilindricas volume para coordenadas
cilíndricas
Esta fórmula é aplicável não sòmente a uma região como a da Fig. 13-28
mas também a uma região “ standard” arbitrária Rxyz.
Para coordenadas esféricas p, <p,6 (Seç. 11-20),
X sen (p cos 0, y = psca<p sen 6, z = p cos <p
e prosseguimos por um raciocínio análogo. Começamos com uma regiãc
“ standard” R como na Fig. 13-30:
a < 0 < ^, gi(d) <(p < g2(0), Yi<p, 0) < p < 6)
P = h2(<P, 0)
arestas A,p, p / sen <p/ A^0, p /' Ai<p, onde p /, p /', cp/ são valores médios
adequados de p e ^ em R{. Portanto, esperamos
AiV = p',pr sencp; A,p A,cp A,0, (13-72)
e, no limite (como na Seç. 13-3),
^^^ -iS f.{j2ie) ^h2(q>y e)
I
I I /(^» = \ I I /(psencp COS0,.. .)p^sêíKp dp dcp d0t
R (13-73)
e, mais geralmente, para uma região "standard” arbitrária Rxyz^
onde X = pi(u, v, w), y = piiu. v. h»), z = paiu, v. w) e F(u, v, iv) = f(p i(u ,
V, M»),.. .)• Para discussão desta fórmula, deve-se recorrer a textos sôbre
Cálculo Avançado, por exemplo, o Cap. 5 do livro de W. Kaplan já citado.
Para coordenadas cilíndricas, tomamos u = r, v = d, w = z e descobrimos
que o jacobiano é r. Para coordenadas esféricas tomamos u = p, v = 6 ,
w = <p c descobrimos que o jacobiano é — p2 sen <p (Probl. 8 adiante). Ob
temos assim (13-71) e (13-74).
EXEMPLO 1 Seja fipc.y, z) = 4xy. Seja R a região cilíndrica x^+ y^ ^ 1,
0 ^ z ^ 1. Então, R é dada em coordenadas cilíndricas pelas desigualdades
0 < í <27 t, 0 < r < l , 0 < z < l
EXEMPLO 2 Seja / (x, y, z) = Seja R a região esférica x^+ y^+ z'^ < 1.
Então, R é dada em coordenadas esféricas pelas desigualdades < tf < 2tt
0 < (p < 77-, 0 < p < 1 e
27T 1 4_7*2
f f f -h -h z^) dV = f f f 4- Z^)r dz dr d0
X ‘'o *^0 •'o
|^=4-r2
r ( ) drd0
u ‘'o ' ^ ' U=o
drdB
.2'7t / ^6 /4 _ ,2 )4 \ ir= l
13-7. INTEGRAIS EM COORDENADAS CILÍNDRICAS E ESFÉRICAS 1289
Í
2'7T 'tt/4 1
I I (p^sen^ (jp cos^ 0 + p^sen^ çpsen^ ff)p^sen(p dp d(p dd~
u /o ^
^2ir 'ir/4 ^1
=J J J pHén^ (p dp d(p dd-
*'0 *^0 *^0
«'Tt/4 w( 4 V 5 - 5)
= jf = —
JJJ
^
~ J J
‘'0 *f'7/4 " J gi((p)
t
p ^ p^ sQ n cp d p dcp d d .
PROBLEMAS
13 5 -2í. «4■* ^ X
1
(a) r •r'2 ‘'4r e^dxdydz (^) fí í
•'1 •'2 *{)
dz dx dy.
l ^1 „ l—x ^~\/(x~l)-—x'^
m ____ lsen (x í/)d zd x d y , W I I x^ dy dz dx.
(b) J J J sen* í dV, J?: 0 < f < 1 - COS2«, 0 < 0 < V2, 0 < 2 < 1.
R
(c) j y j * dV, jR: 0 < r < e ^ , 0 < ^ < 7T, 0 < z < rsen^.
R
(c) JJJ P COS (<p H- ^) dV, H : 0 < p < l , 0 < ^ < tt/ 2, 0 < <p < $.
R
(d) JJJ e-P sené/ dV, K: 0 < p < 1 , 0 < ^ < 27t, 0 < cp < tt/4 .
1292 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
10. Para achar o /i-volume de uma /i-esfera sólida B em i?" podem-se tomar coordenadas
escolhidas de tal modo que B seja dada pela desigualdade x \ Xj? < a^. Se
guindo o raciocínio da Seç. 13-1, obteremos a fórmula
v = f f(x „ )d x „ ,
a _<7r/2
/ - x,2)(-D/2 dx, = f COS- e dJ9^.
-a *^0
Portanto, V = com
f*'rr/2
= 2^n-l I COS^dde.
‘'o
Use agora tabelas de integrais e o valor conhecido de 02 (o Que é 0i?) para mostrar que
^n / 2^ ^ l . 2 . . . , se /I é par,
11. Avalie:
(a) ff f f dx 2 dx^ dx^, onde R é s . região 0 < < a, 0 < x^/b < 1 —
R
x-t/a, 0 < Xg/c < 1 — x-j^/a — x^/b, 0 < x ^ / d < 1 — x ^ / a — x ^ / h — Xg/c,
^R
A AA = f(xo,yo) (13-83')
diam. d e /?—♦() A
\0üAJ?
||A »V A rea
Oüà A
/ / /(^> y) ^ = / / ^ (13-84)
13-8. OUTRAS PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS MÚLTIPLAS 1297
Então, f {x, y) = 0 em R,
DEMONSTRAÇÃO. Seja (xo, yo) um ponto de R, seja AR uma região
em R que contenha (xo, yo). Então, pelos Teoremas 8 e 9,
0 < í f f(x ,y )d A , j f f{ x ,y ) d A < í f f{x ,y )d A
^R Ai? R
J f f ( x , y)dA - 0.
\R
Segundo (13-83'), concluímos agora:
/ / / ( * > y) dA
^R
= 0.
jf(xo> yo)
\ o u o/ = ãel^R -> 0 M
1298 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
Logo, / (x, = 0 em R.
o teorema estabelece: se a massa total é 0, então a densidade é sempre 0.
Observação 3. Existe mais uma questão em relação à massa e à densi
dade. É muito natural começar com a definição de densidade mencionada
acima: densidade é o limite de massa dividida pela área, Se, para uma dada
distribuição de massa em R, descobre-se que, por esta definição, existe uma
densidade contínua h = f { x , y), então a massa total deve ser a integral dupla
de / sobre R, A demonstração fica como exercício (Probl. 12 a seguir.).
PROBLEMAS
7. Demonstre o Teorema 8.
13.9. ÁREA DE SUPERFÍCIE 1299
8. Uma distribuição de massa no quadrado R do Probl. 5 é tal que para cada região
circular de centro (jto, JFo) e raio ro em R, a massa em é kro^ (4xo^ + ro^, onde k
é uma constante positiva. Ache a densidade / .
9. Seja f ( x , y) contínua em R: a < x < b, c < y < d, seja F(x, y) = v) dv du
em R, Demonstre:
I ^XQ+h ^vo+k
/ / f(x>y)dydx =
= F{xo + h,yo + k ) - F(*o + h, y^) - F{Xo, yo + k) + F(a^, y^).
02F 02F dentro de R.
(b) /( * . y) = dy dx dxdy
02F F{xq + h, yo + h) - FjXf, + h, y^) - F ( iq , j/p + fe) + F ( % yp)
(c) dy dx I™
dentro de R (veja Seç. 12-20).
10. (a) Para uma região sólida sob uma superfície z = F(x» y), (x, y) numa região R^^,
pode-se introduzir o conceito de densidade ô como massa por unidade de vo
lume. Mostre que, se a densidade é dada como uma função de x e de ^ somente,
ô = / ( x , y), então é razoável obter-se a massa total do sólido como
AÍq = f f f / ( ^ ’ y’^)dV.
área de = ^ ^ x V F J + fJ + 1
Para sub-regiões i?» bastante pequenas, a área //* seria uma excelente apro
ximação à área da superfície acima de Conseqüentemente, é razoável
tomar-se o Umite das somas (quando existe) como a área total da superfície:
l|u X v|| + F / -f 1
Portanto, podemos escrever (13-91) como segue:
PROBLEMAS
S = JJ y c / + Í g / + 1 rdrdff.
(b) Mostre que, em coordenadas cilíndricas, uma equação z = G(r), a < r < b y 0 < ^ < 2 t ,
descreve uma superfície de revolução e, segundo (a), a área de sua superfície é
S= Ç VG,2 + l r d r .
A= V Ã JT Ã JT Ã J-
(Sugestão. Mostre que A 2 e A^ relacionam-se com as componentes do vetor
j ^ 2 X KP z )
4. A rea da superfície para superfícies em forma paramétrica. Na Seç. 12-18, assinala-se
que, sob determinadas hipóteses, as equações
(*) * = /(u , v), y = g{u, v), z = h(u, v), (u, ü) êm
13-10. OUTRAS APLICAÇÕES DAS INTEGRAIS MÚLTIPLAS 1303
podem ser consideradas como equações paramétricas de uma superfície no espaço xyz.
Próximo a um ponto determinado («o» vo), raciocinamos, como na dedução de (13-91),
que a transformação (♦) pode ser aproximada por equações lineares dx = du-\-f^ dv,
As equações lineares transformam um retângulo de lados du, dv num paralelogramo
cujos lados, pròpriamente orientados, representam os vetores wi du^ W2 dv, onde
+ gui + h jí, W2 = fj + gj + /i„ k
(veja Probl. 8 ao final da Seç. 12-18). Então, o paralelogramo tem área dudv || Wj x Wg ||.
(a) Mostre que o raciocínio descrito conduz à seguinte fórmula para a área da super
fície;
= /j \ 0(u, v))
L = f V [x 'it)V + [y '{t)V d t.
(b) As equações x = a sen ç? cos 0, y = a sen sen 9, z = a cos ç?, 0 < ç? < ir, 0 <
< 9 < l T y são equações paramétricas de uma superfície esférica de raio a\ aqui,
os parâmetros ç?, 9 são coordenadas esféricas, como na Seç. 11-20. Mostre que,
em função das coordenadas esféricas, a área de uma porção da superfície esférica
é dada por
i VI + [/'«()]2 A,x
J J 1 dA = f f dA = lim 2 M = ^ de R. (13-100)
R R^
Para uma região R descrita em coordenadas polares pelas desigualdades
a < 0 < j 8 , 0 < r < F{0)y descobrimos que, como na Seç. 13-4,
r r í* í* ^ p P «■'. F(0)
Área de R = j j dA = f f rd rd B = f ^ de-
2
(13-101)
= |j [ [m ?d0.
Êste resultado já foi encontrado na Seç. 7-2.
Da mesma forma, deduzimos que, no espaço,
/ / / Id V = = Volume de R. (13-102)
R R
2 C T ( r „ 7 ,;) A ,A .
i= l
Pela Eq. (13-103), com g{x, y) = x'‘ c F(u, v) = wv, quando a norma tende a
zero, esta soma tem como limite a integral dupla de x ’‘f { x , y) sôbre R.
Portanto, esta integral dupla é o momento desejado:
M;fc. = / / (^ = 0 , 2 , . . . ) . (1 3-104')
Como na Seç. 7-10, estas equações são consideradas como definições dos
momentos.
Centro de Massa. Como na Seç. 7-10, o centro de massa (x, y) é um
ponto no qual tôda massa pode ser colocada e produzir os mesmos pri
meiros momentos Mix e Miy. Portanto,
1306 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
MqX = MqI/ =
OU
X —
/J y) dA ! í yf{x,y)dA
R___________ (13-105)
SSf i ^ ’ y)dA í f f(^’ y)dA
f xdm f yd m
R_____
X = -y = ^ (1 3 -1 0 5 ')
/ dm f dm
R R
Com esta notação, as fórmulas para o centro de massa em várias dimensões
tornam-se todas as mesmas. O conceito mais geral de uma Integral de
Stieltjes permite que se apliquem estas fórmulas tanto a distribuições discretas
de massa quanto à distribuições contínuas e ainda a combinações dos dois
tipos.
Como sugere o caráter universal das fórmulas, o centro de massa tem
uma localização independente do sistema de coordenadas; isto é o que se
demonstra em vários casos no Cap. 7 e as demonstrações se generalizam
imediatamente ao caso de (13-105) ou (13-105').
Momento de Inércia. O momento de inércia de nossa distribuição
plana de massa em torno de uma reta L no plano define-se como o valor
de M 2y, quando são escolhidas coordenadas cartesianas tendo L como o
eixo X . Assim, o momento de inércia em volta de L é
h = ^ 2v = J J í/^ /(*. y ) d A = Ç (1 3 -1 0 6 )
R R
= /x + Mod2, (1 3 -1 0 7 )
= J dm - ZyMoy + = h ~
R
J y^ dm
Mo
Mn J dm
massa total = J J f(x, y, F{x, y)) V[F,{x, y)V + [F^ix, y)]^ + 1 dA. (13-109)
^k v = J !/* ^kz = /
oS s
o centro da massa {x, y, z) é então dado por
M, f Xdm I y dm I zd m
X = • y = z =
Mn
/ dw J* dm J* dm
S S oS
PROBLEMAS
1. Para cada das seguintes regiões no plano xy (com r, d como coordenadas polares),
represente a área como uma integral dupla e avalie:
(a) 1 < í/ < 2, < x < e ^ ( h) I < X y <2, x > 0 , y > 0
(c) 0 < r < sen2 40 (d) I < r < 2, r <
2. Uma massa é espalhada sôbre a região R com densidade f ( x ,y ) . Ache a massa e
o centro de massa para cada um dos seguintes casos:
(a) f ( x ,y ) = W + lyl , fí: o quadrado de vértices ( ± 1 , ± 1 )
(b) f{x , y) = R:x^ + y ^ < l
(C) f{x , y) = (X2 + fi: X > 0 , 1/ > 0 , *2 + j^2 < 1
(d) f{x, y) = V / ( 0, 0) = 0. fi: X > 0 , y > 0 , 1 < x 2 + < 2
3. (a) ... (d) Para cada uma das distribuições de massa do Probl. 2, ache o momento
de inércia em tôm o do eixo x,
4. (a) N a Seç. 7-10, são dadas as seguintes fórmulas:
para massa distribuída sôbre a região a < x < b, 0 < y < f ( x ) com densidade
ô(a:). Deduza estas fórmulas com a ajuda de integrais duplas.
(b) N o Probl. 3 que segue à Seç. 7-12, são dadas as seguintes fórmulas:
S .P ^
Aí„ =
para massa distribuída sôbre a região a < 6 < 0 < r < /(^ ) com densidade
constante ô. Deduza estas fórmulas com o auxílio de integrais duplas e gene
ralize para o caso em que ò depende de 6.
5. Ache o centro de massa da distribuição numa superfície como especificada:
(a) Um hemisfério de raio a com densidade constante.
(b) Um hemisfério de raio a com densidade proporcional à distância do plano dia
metral.
(c) O parabolóide hiperbólico z = xy, 0 < j r < l , 0 < j í < l com densidade ò =
= (1 + + y^y^f\
6, Integrais duplas de funções vetoriais. Seja y = f { x , >^)i + g{x, ;v)j = F(;c, y) uma função
vetorial (ou campo vetorial) definida na região "'standard” R, Sejam f q g contínuas,
de modo que a função vetorial F também seja contínua. Definimos a integral dupla
de F pela equação
/J y) dA = lim 2 ■^i)
íiorm3—
>0 j—1
Como para as funções de uma variável (Seç. 4-31), concluímos que a integral existe
e é igual a
R ' ' R
As propriedades básicas da integral dupla vetorial são agora dedutíveis destas integrais
duplas ordinárias.
1310 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAF. 13
(b) Mostre que se uma distribuição de massa em R tem densidade continua 8 = / ( jc, y \
então o centro de massa é dado pelas equações
OPc = ^ j j f( x ,y )r d A , r = ÕP = xi + yj.
®R
7. Pressão e fôrça. Suponhamos que a pressão p aja normalmente sôbre uma superfície
chata, a qual é uma região R no plano xy, de modo que p = p{x, y).
(a) Mostre que a fôrça total normal à superfície é f f p(x, d A,
H
(b) Como esta fórmula seria modificada para a pressão sôbre uma superfície curva
tal como a superfície de uma esfera?
8. Elipse de inércia. Seja uma massa distribuída na região ''standard” R com densidade
contínua f { x , y). Seja L uma reta que passe pela origem O e seja u = cos a i + sen aj
um vetor unitário ao longo de L.
(a) Mostre que I l = A cos^ a + R cos a sen a + C sen^ a , onde
A = J dm = B = —2 /^^ = —2 j x y dm, C = J dm =
* * + JJJ B
g(*. y. z) d V j + fjf
li
h(x, y, z) d V k.
J / / ( a - F ) d V = a . / / / F dV
R R
para fôrça gravitacional exercida por um sólido de densidade b (x ,y, z) sôbre uma
partícula de massa m na origem (não em R \ onde c é a constante de gravitação.
Ache esta fôrça para uma esfera homogênea de raio a, cujo centro esteja a uma
distância b da origem.
(c) O momento linear de uma partícula de massa m e velocidade v é my. Justifique
y d x -ir x d y
é discutida e mostra-se que ela representa a área envolvida por uma curva
simples e fechada C. Analisamos agora as integrais de linha em geral. Na
seção seguinte veremos que elas estão estreitamente relacionadas com as
integrais duplas.
Seja C um caminho no plano xy dado pelas equações
^ = /W » y= a<t<b, (13-110)
onde f c g têm derivadas primeiras contínuas. Assim, C é um caminho
suave. Permitimos que C cruze a si mesmo, como na Fig. 13-39. Podemos
associar uma orientação a C: a do / crescente ou a do í decrescente. A não
ser que outra maneira seja indicada, escolheremos a orientação de t cres-
*= / v [ f'( u } r + { g '{ u ) fd u .
de maneira que (^i, iji) seja um ponto no caminho entre ti^i e U (Fig. 13-39).
Formamos a soma
J
r P{x, y) dx = lim
norm a-»0._^
^ '^i) (13-111)
/ y) dy ^i) ^iy-
i=l
Mais comumente, considera-se uma soma dè integrais de linha J*P dx e
J"Q dy; escreve-se tal soma como
j Pdx Qdy,
j Pdx + Q dy
c
existe, Se C tem equações paramétricas x = f (/), y = g { t\ a < t < b,
então
j P d x - \ - Q dy = f ^P(x, y ) ^ + Q{x, y) dt, (13-112)
i m i m - /(íi-i)] = i m i)m
i —l izzl
f dt = f P[f{t), g{t)]f{t) dt
F = Pi + Ç j
e interpretamos F como um vetor fôrça agindo sôbre uma partícula mo-
vendo-se no sentido positivo ao longo de C. Em cada ponto (x, y) em C
o vetor P(x. j)i + Q(x, y)j é especificado, de modo que nossa partícula fica
sujeita a uma fôrça que varia com a posição (Fig. 13-40). Escrevemos
também, para uma subdivisão como acima,
= ^^xi + ^^yi, i = l, . . . , n
= l i m 2 F ( í i . ’ni) • V -
i=1
Se tomarmos (^i, em (Xj-i, yi^i), como nos é permitido, então os vetores
fôrça na soma são como na Fig. 13-40. Agora, o produto interno da fôrça
e do deslocamento é o trabalho realizado pela fôrça (admitida constante)
durante o deslocamento (Seç. 1-10). Também, F varia continuamente ao
1316 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
/ p [ / ( f ) , g ( 0 ] / '( í ) * = / P{x.y)dx.
13.11. INTEGRAIS DE LINHA 1317
Portanto,
J F dx = J P dx.
Cj c
Um argumento semelhante se aplica ao têrmo cm dy e o teorema procede.
EXEMPLO 2 Seja C o caminho x = t, y = 1 — t, 0 < r < l . N Sejam
y) = x^y, Q(x, y) = x ^ — y. Então,
= f \ l -t-t^)dt = j.
J Pdx + Qd y
c^
tt/6
Í [4 (^ên2 t )(1 — 2 se h T )2 c o st + (4sén2 ^ _ x _|_ 2 s ê n T )(—2 c o s r )] dr=
^ T J rw. . , d x , dif , 1
= Frpds onde T = c o s a i-h s e n « i = — i -(-- ^ j = --v
^ ' ds ds^ llvll
^ F d x + Ç d^ ou ^Fdx+Çdt/.
c c
As flechas indicam a orientação escolhida (veja Fig. 13-42).
j F^dx + dy + C2 j P2 + Ç2 ^!/ =
c c
= f (^1^1 + dx + (CiÇi + C2Ç2) dy.
c
II. Se C é obtido de C por reversão de orientação, então
^ F dx Q dy — —J F dx + Q dy,
c c
III. Se C é formado de duas partes Ci e Ci, como na Fig. 13-42, então
1320 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
j P dx Ç dy j P dx Ç dy = j P dx Ç dy,
Cj C2 c
Estas propriedades seguem imediatamente de (13-112), por exemplo.
Porque o valor de uma integral de linha não c afetado pela troca de
parâmetros, como no Teorema 13, tendemos a considerar caminhos equi
valentes como sendo o mesmo caminho. Por exemplo, imaginamos um
caminho seguindo um semicírculo de uma extremidade a outra como um
caminho definido, embora não tenhamos especificado o parâmetro; podemos
pensar em comprimento de arco como o parâmetro, ou qualquer t cp{s)
onde ip' > 0 . Freqüentemente se está a trabalhar com um caminho simples
C de um ponto A \ (xo, para um ponto B\ (x^, y{). Escreve-se então
a integral como
I P dx -P O dy ou I P dx O dy
c
e dá-se uma equação para C. Assim, para o Ex. 2, poderíamos escrever
J y‘^ dx — xy d y »
J y^ dx — xy dy = j y^ dx — j dx = l.
Cl c, 1
(Não nos incomodamos em substituir x por t.) Anàlogamente, já que x = 2
ao longo de C 2,
^(2,5) ^5 ^5
I y^dx-xydy= (^xy)dy= (-.2y) dy = - 2 4 .
C2
Ao longo de C3, com orientação revertida, usamos x como parâmetro,
PROBLEMAS 1321
. ( 1 , 2) ,(2,5)
f ij~dx - xy dy = - f t / d x - xy dy
= (1 - X*) dx =
Finalmente,
f y^dx-xydy=-f
( 1,2)
(-xy)dy=f y dy = ~
C<1,2> c; ^
(a) J
c
2 y dx — d y , C: x = I — t, y = 2 + 0 < t < 1.
.V dx y dy
„ ^ , C: X = COS ty y = sen b 0 < í <
+ ?/
2. Ache o trabalho realizado pela fôrça F dada sôbre uma partícula movendo-se no ca
minho C dado:
(a) F - 2i — 5j, C: caminho poligonal de (0, 0) a (1, 1) a (I, 2) a (2, 2).
1322 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÒES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
J ‘ P d x -j- Q d y = J ' P dx + Ç d y
r” r”
= J P(x, CP2 (X)) dx - j P(x, <f-^(x)) dx.
a a
De (13-120) e (13-121),
1324 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VAR1AVE|S CAP. 13
Cs y = (P2(x)
y - <Pi(x)
Fig. 13-45. O caso especial para o Fig. 13-46. O caso geral para o
Teorema de Green Teorema de Green
(13-122)
Podemos agora estender a regra (13-122) a qualquer região R que possa ser
subdividida em regiões R u . . Rk do tipo especial da Fig. 13-45, com o
auxílio de retas a : = constante; veja a Fig. 13-46. De fato, por (13-122)
para o tipo especial de região
-d P \
i = 1 , . . . , fc
ií. ' ’ c.
onde Q é a fronteira de Ri. Se somarmos estas relações para i = 1, . .
as integrais duplas resultam no lado esquerdo de (13-122) e as integrais de
iifiha resultam no lado direito, pois quando somamos duas integrais de linha
em caminhos que têm uma porção em comum, as integrais na parte comum
cancelam-se pela Propriedade II da Seç. 13-11, e somente a integral de linha
ao longo da fronteira externa C permanece. Para a região mais geral espe
cificada no teorema, a fórmula (13-122) segue agora por um processo de
Binke que não tentaremos levar avante. (O resultado que demonstramos
cobre todos os casos de interêsse prático.)
Da mesma maneira demonstramos:
^ xy dx — dy = j j {—6x — x) dA = —7 j j xdA.
C R R
= _ ^V i +
\ 9y 92/ \ 9z dx) \ 9x dy)
13-13. ROTACIONAL E DIVERGENTE 1327
w = rot V = V X V = 9?/ dz
dx 0Z
1 -h •
rot v = _0_
dx dz
K ÈK M.
dx 9?/ dz
' 02F 02F 02F 02F 02F 02F
- { dydz dzdy h i dz dx dx dz dxdy dydx
= 0
pela regra básica sôbre derivadas parciais mistas (Teorema 13, Seç. 12-20).
Sob certas restrições na região D, a recíproca dêste teorema é verdadeira:
se rot V = 0 em D, então v é um campo gradiente em D, O resultado é
particularmente válido quando D é todo o ou quando D é o interior de
1328 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
um sólido convexo tal como uma esfera ou um cubo, mas não é válido para
o interior de um toro. Mais discussão sobre êste ponto e uma demons
tração da recíproca no caso bidimensional serão apresentadas nas seções
seguintes.
A condição de que v = / i + gj + Ak seja um campo gradiente é equi
valente à condição de que / dx + gdy + h dz seja a diferencial de uma
função F. De fato, quando / = dFjdx, g = dFIdy, h = dFjdz, podemos
escrever
f d x + g dy + h d z = ^ d x + ^ d y + ^ d z = dF^
ox ay oz
e, reciprocamente, se dF ~ f dx g dy + h dz, então (pelo Teorema 2,
Seç. 12-9),/ = dF jdx, g = d F jd y , h = dF ldz. Assim, podemos reenunciar
o Teorema 15 e sua recíproca (subentendidas as restrições em D) como segue:
A expressão f {x, y, z) dx + g(x, y, z) dy + h{x, y, z) dz é a diferencial dF
de uma função F em D se, e somente se.
d f 0g 0g dh , 0/ dh
^ = — • (13-130)
dydx ’ dz dy dz dx
Referimo-nos a uma expressão f d x + g d y + h dz que é a diferencial
dF de uma função F como uma diferencial exata,
EXEMPLO 3 Se a e 6 são constantes, a expressão
{ay -f- bz) dx -h (3x + 2z) dy -f- (2 y + x) dz
é uma diferencial exata se, e sòmente se,
a = 3, 2 = 2, b=l.
Assim, a condição é a = 3, & = 1. Com estas escolhas, temos
(3 y z)dx (3x + 2z) dy + {2y x) dz = dF
ou
{3y dx -f- 3x dy) + {zdx x dz) -f {2z dy 4- 2y dz) = dF.
Òbviamente, podemos tomar
F = 3xy -h xz -1- 2yz + const.
Em geral, a função F é determinada a menos de uma constante. De
fato, a adição de uma constante a F não tem efeito sobre dF e, se dF\ = dF2,
então d(Fi — Ffi = 0, de modo que V(Fi — Ff) = 0 em D e, por conse
guinte, pelo Teorema 5 da Seç. 12-9, F\ — F2 é constante.
EXEMPLO 4 Mostre que
e‘^^^{y 4- 2x^yz) dx 4- dy 4- x^ye^^^ dz
é uma diferencial exata e ache a função F para a qual ela é a diferencial.
As condições (13-130) tornam-se
13-13. ROTACIONAL E DIVERGENTE 1329
2x^z) =
-4- + 2x^z), = x^e^^^
e^^^(3x^y -h 2x^yz) = e^^^(3x^y -j- 2 x^t/z)
e portanto, são satisfeitas por todos os (x, y, z), É difícil ver o que F é.
Contudo, podemos raciocinar:
9jP
— = x 3y e ^ ^
óz
de modo que F = mais (não necessàriamente uma constante) uma
função cuja derivada em relação a z seja 0, isto é, uma função (p{x, y):
F = xye^^^ + q){x, y).
As condições
= + 2x^yz), = xe*
9x
tornam-se
9(p
+ 2x^yz) + — = e^'^^{y + 2x^yz), xe'X'^Z ^
ox
Assim, d<pjdx = 0, dipjdy = 0 e é realmente uma constante:
F{x, y, z) = xye^^^ + c (c = const)
Podemos particularizar o Teorema 15 e a subseqüente discussão para
campos vetoriais em isto é, para o campo plano v = / ipc, y)i + g(x, y)\.
Assim, V não tem componente z e as componentes jc e de v dependem
somente de x q y. Concluímos de novo que se v é um campo gradiente:
v = / Í 4 - g j = VF = f i + | ^ i
> J k
d d d
rot V =
dx dy dz Vax dy)
y) g (^ . y) 0
9y 9x (13-131)
Como antes, (13-131) implica (13-132) apenas numa região aberta apropriada
D no plano xy (z pode ser completamente ignorada). A condição sôbreD
é que ela seja simplesmente conexa (Seç. 7-4; veja Seç. 13-14).
EXEMPLO 5 Mostre que {2x + ?^y) dx + (3x + 4y) dy é uma diferencial
exata dF e ache F. Verificamos que a condição (13-131) é satisfeita:
A ^ + 3 j ) = | ; ( 3 < + 4„) = 3.
divv = |^ ( - ! , ) + ^ W = 0.
divv = V • V = ( A i + + A k) . + v_k)
V = 4. + Z i ^ -
\ du dz / V dx ) V dx du J
dv^ dvo
d iv V =
dx^ dX2
O conceito tem aplicações importantes na teoria cinética dos gases, com n
da ordem de 10^^!
Divergente de um Gradiente. Se v = onde F tem derivadas até
segunda ordem em D> entãò
d iv V = d iv grad F = f (f:) + f
d x \d x / dy\dy) dz\dz)
„ = - r = ^ i - È j
ds ds
de modo que n seja um vetor normal unitário ao longo do caminho apon
tando para o exterior P, como na Fig. 13-48. Então,
„, = v n = e ^ + F ^ = » - T = „ ,.
^ü„ds = JJ d iv v d A . (1 3 -1 3 5 )
c R
Esta fórmula é válida para todo campo vetorial plano que satisfaça às con
dições exigidas de continuidade. A Eq. (13-135) é conhecida como o teorema
da divergência no plano.
13.T3. ROTACIONAL E DIVERGENTE 1333
/•
div V = lim-
(aro.Vo)
Assim, o divergente é um limite de fluxo por unidade de área, novamente
uma idéia física e geométrica básica (veja o Probl. 3 adiante).
Gradiente, Rotacional, Divergente e Laplaciano como Transformações
Lineares. Cada uma das quatro operações arroladas pode ser aplicada aos
elementos de um espaço vetorial apropriado para dar uma transformação
linear dêsse espaço vetorial em outro espaço vetorial. Por exemplo, supo
nhamos que U seja o espaço vetorial de tôdas as funções escalares em D
que tenham derivadas continuas de tôdas as ordens e que V seja o espaço
vetorial dc todos os campos vetoriais em D cujas componentes tenham deri
vadas parciais contínuas de tôdas as ordens. Então,
V transforma í/ em K
lo t transforma V cm V
div transforma V cm U
transforma U cm U
Cada uma destas transformações é linear (Probl. 9 adiante). Observamos
que = div grad f de modo que é o produto das duas transformações
lineares div e grad.
Como para qualquer transformação linear, indagamos agora pelo núcleo
e imagem de cada uma destas transformações. Para uma região D, tal
como o interior de uma esfera (ou de um círculo em duas dimensões), podem
1334 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAP. 13
>
O
>
Cd
c
Cd
a
PROBLEMAS 1335
ser feitas as seguintes afirmações em face de nossa discussão ou, pela última
das afirmações, em face de teoria mais avançada:
A imagem de V é o conjunto dos campos gradientes, e isto é o núcleo
de rot (portanto, o,mesmo que campos irrotacionais).
A imagem de rot é o conjunto dos campos solenoidais, e isto é o núcleo
de div.
o núcleo de é o conjunto das funções harmônicas em D.
A imagem de e C/ e a imagem de div é U.
Tôdas estas relações estão sugeridas no diagrama da Fig. 13-49.
PROBLEMAS
1. Avalie pelo Teorema de Green:
(a) {a-^x -I- h-^y) dx + (02^ + dy, a^, constantes, C arbitrário.
c
(^)
c ^
= JJ
R
( ^ /* (veja Probl. 12).
C R
'•> C
-«!■)*=íJ R
(b) Estenda o resultado de (a) para um campo geral v e caminho C e mostre que,
quando C é fechado e encerra uma região v •n é a razão líquida de perda
c
de fluido em R, Conclua dêste resultado que o fluido é incompressível se, e
somente se, div v = 0.
(c) Tenha o fluido densidade Ò — Ô(x, y, í). Suponha que C encerre R, de área A,
Mostre que é a razão líquida de perda de massa de R^ Suponha que
R se reduza a um ponto (xq, y d Para concluir que
lim 4" íô v • n ds
diâm. de if-^0 A^
é a razão de decrescimento da densidade em (jtq, yd* Conclua que
^ + div (ôv) = 0.
8. Mostre que cada uma das seguintes é uma diferencial exata dF e ache F:
(a) (2x + y) dx {2y X + z) d y + { y — 2z) dz*
(b) (6z — 1/ 4- 2z) dx 4- ( — — x — z) d y 4- (2x — í/ 4- 2z) dz,
(c) (x* - 2y) dl + (y2 _ 2x) d y.
(d) (seihxt/ 4- xy cos xy) dx 4- cos xy dy,
(e) (e* + 2xy) dx + (x^ + iseray) dy.
(f) (1 + In X + e*) dx + (xe'' + sec^ y) dy.
9. Demonstre que cada uma das seguintes operações é uma transformação linear, como
foi descrito ao fim da Seç. 13-13:
10. Mostre que v é solenoidal e ache w de modo que rot w = v: {Sugestão, Suponha
= 0.)
(a) V = xi + yj — 2zk (b) v = (x^ 4- y^)k,
11. Seja «(x, >^)i — v(x, >^)j um campo vetorial solenoidal e irrotacional na região aberta D;
suponha que u, v tenham derivadas parciais contínuas até a segunda ordem.
(a) Mostre que (duldx) = {dvidy) e (duldy) = — (dv/dx).
(b) Mostre que « e v são harmônicas em D.
[As equações em (a) chamam-se Equações de Cauchy-Riemam. Existe uma vasta lite
ratura referente às funções que as satisfazem. Elas são discutidas em livros sôbre
funções de uma variável complexa.]
12. Demonstre, segundo hipóteses adequadas:
(a) V ( / g ) = / V g + g V /.
(b) V - ( / v ) = / ( V - v ) + ( V / - v ) .
(c) div (u X v) = v • rot u — u • rot v.
0P
(13-140)
dx
Afirmamos também que se (13-140) permanecer válida e D fôr simplesmente
conexa, então P dx -\- Q dy é uma diferencial exata. Nesta seção estabe
lecemos êste último resultado, explicamos por que é necessária a conexão
simples é mostramos como F pode ser encontrada a partir de P e g .
Definição. Sejam P{x,y) e Q(x,y) definidas e contínuas na região
aberta D, Dizemos que a integral de linha J ' P dx + Q dy é independente
do caminho em D sc o valor da integral de linha depender apenas dos pontos
terminais e não do caminho determinado que liga êstes pontos terminais,
isto é, se
=f !/(^)]
pela regra da cadeia (Seç. 12-10, Teorema 6). Então,
t-b
J P d x + Ç d y - F[x{t), y{t)] = p(xv */i) - yol
Íi^o>yo)
O valor obtido não depende do caminho C. Portanto, fica provado o teo-
rema.
13-14. DIFERENCIAIS EXATAS E INDEPENDÊNCIA DO CAMINHO 1339
EXEMPLO 1
' ( 2 .8 ) ^(2,8) ( 2 ,8 )
^ { x „ y , ) = P{x„y,l
^ Pdx -r Q dy = 0 (13-143)
P dx Q dy = F í/x 4 Q dy + j P dx Ç dy=.
c ct cf
= Pdx + Q dy - Pdx -h Q dy
Sm P d x + Ç d y ^ £ P d x + Ç d y . (13-144)
C4
O mesmo resultado é válido quando C3 e C4 não forem simples ou cruza-
rem-se uma infinidade de vêzes, como é mostrado em textos avançados.
Aceitando êste resultado, concluímos de (13-144), que a integral de linha
J* P dx + Qdy independe do caminho em D.
TEOREMA 20, Suponhamos que P{x, y) e Q(x,y) tenham derivadas
parciais primeiras contínuas na região aberta D, Se a integral de linha
J ' P d x + Qdy é independente do caminho em D, então
dP dç _
dy dx
isto é, rot (Fi + Q}) = 0 em D,
DEMONSTRAÇÃO. Pelo Teorema 18, existe uma função F tal que
P==dFldx, Q = d F l d y . Então,
dP 02F d^F
dy dx ' dx dx dy
Já que todas as derivadas são contínuas, sabemos quQ d^^F/dxdy =d^Fldydx
(Teorema^ 13 na Seç. 12-20). Portanto, d P / d y = d Q j d x em D,
Chegamos agora ao principal teorema da seção. Os teoremas até aqui
não fizeram referência ao tipo de região D. No teorema que se segue, exi
gimos que D seja simplesmente conexa, isto é, que D não tenha /'buracos”,
como sugere a Fig. 13-53(a). Uma região que não é simplesmente conexa
é chamada multiplamente conexa; ela é duplamente conexa quando tem um
"buraco” , triplamente conexa quando tem dois "buracos”, e assim por diante.
Para as nossas finalidades, podemos definir uma região aberta D como sim
plesmente conexa quando todo caminho C simples e fechado em D forma a
fronteira de uma região fechada e limitada R contida em D. Esta proprie
dade é òbviamente verdadeira para a região da Fig. 13-53(a). Não é válida
para b q c, já que, nestes casos, para algumas escolhas de C, não podemos
1342 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARlAVElS CAP. 13
Fig. 13-53. Regiões abertas simplesmente conexas e mültiplamente conexas, (a) Sim
plesmente conexa; (b) duplamente conexa; (c) tríplamente conexa
K -P
dx ’ dy
Observação. Em linguagem vetorial, o teorema diz: se rot ( P i+ ô j) = 0
num domínio D simplesmente conexo, então P i + ÔJ = VP em T>. Os
Teoremas 20 e 21 afirmam de modo geral: em domínios simplesmente co
13.14. DIFERENCIAIS EXATAS E INDEPENDÊNCIA DO CAMINHO 1343
C ^ ^ dy)
^ Pdx + Ç d y = 0
e dP j d y — õ Q l d x para todo (x, y), -Nossa região D é todo o plano xy; não
há "buracos” , e D é simplesmente conexa. Portanto, P dx + Qd y = dF,
Por (13-142), tomamos
f (a?i ,Vi)
2xy^e^^^ d x -h + x “^y) d y
u),0)
1344 CÁLCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
í/l) = (1 -h
y=0
—•'nf dy =
EXEMPLO 3 P= -y
-h y^ Q = x^ + y 2*
Aqui,
-x 2 y2 -
dx 2\2
(x2 + y^)
^y (x^ + y ^
F(^V yi) = I 2 ^ 2- - -
F(x„y,) = T g - i ^
Ae.en
(b) I y dx X d y , C: x = , y = 0 < f < 1.
^<0.17)
(d) I y d x + x d y em qualquer caminho C que se escolher.
•/r11,0,)
,7
^(3,2) ^(3,5)
(e) J'
7u)
2xy dx + dy. (f) f
7o,o)
e^y ( xy -f 1) dy.
2. Verifique a exatidão e, quando a expressão fôr exata, ache as funções que tenham as
seguintes diferenciais dadas:
(a) + 3 x ‘^y^) d x + {Sx^y"*^ -|- e^) d y (b) cos {x + 2 y ) d x + 2 cos (x + 2 y ) d y
(c) y d x - x d y (d) e^ (l + sen2 y) d x + 2e^ seny cos y d y
(e) - y ) d x + {3xy * + x^) d y (f) {x^ + xy^) d x + (x^y + y^) d y
(g) sen y d x + xe^ cos y d y (h) y sen (xy) d x + x sen (xy) d y
y dx — X dy -y d x + (x -l)d y
(•) ---- T2----^ 0^ (X - 1)2 + y2
x dx y dy
(k) (1) e^^^’y \ F , d x + F ^ d y )
+ yY
1346 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS CAP. 13
3. (a) Seja R uma região limitada por duas curvas fechadas, simples e suaves por partes
Cl e C2 como na Fig. 13-56. Suponha que P t Q tenham derivadas parciais'
primeiras contínuas numa região aberta que contenha R. Mostre que
dx + Ç d y - ^ P d x - \ - Q dy'=-
Cl
(b) Estenda o resultado da parte (a) para uma região limitada por diversas curvas
Cl»...« Cfi*
(c) Mostre que s t R é como na Fig. 13-56 e d Q /d x = d P / d y em R, então
J j div \ dA VJ^cls»
R C
É natural supor-se haver uma fórmula análoga para um campo vetorial v
no espaço:
JJ/divvdV= J J (13-150)
= 1 + 1 + 1 = 3.
1348 CALCULO INTEGRAL DE FUNÇÕES DE VARIAS VARIAVEIS CAF. 13
(13-151)
Esta é uma expressão útil para o volume (veja a Seç. 11-15). Para uma
região sólida retangular R: ai ^ x ^ «2» J - ^ 2» cj ^ z ^ C2 (Fig.
13-58) podemos verificar (13-150) diretamente. Na superfície-fronteira
f f v „ d S + f f ü„ dS ■= ÍT
Cl 6i
[v^{02, y, z) - u,(oi, y, z)] dy d z =
S,
^^2 ^02 0^ CCC
. . l l =
Resultados semelhantes aplicam-se às superfícies § 3: y = é §^rt/ = i?2
às superfícies § 5: z = e z = Cg. Somando-se as integrais para todas
as seis superfícies, resulta
dS
J/
d iv V = lim (13-152)
diâm. deAfí—>0 AV
d iv (ôu) -f = 0. (13-153)
ot
Esta é a equação da continuidade da Mecânica dos Fluidos.
f f v„dS = f f f div v d V ^ f f f ( 3 - 2 + 5) d V ^ e V ,
g R R
j J y z d S = j j y dx dy,
S Rxv
onde Rxy é a região + y'^ < l, x > 0, y > 0, Descobrimos fàcilmente
que a integral dupla é igual a de modo que o teorema fica verificado.
PROBLEMAS
1. Avalie /J ®°de S é a superfície-fronteira da região sólida R dada, v é o campo
S
vetorial dado, n é a normal exterior unitária à superfície:
(a) R: -h < 1; v = xy^ + + xyk.
(b) R: o tetraedro de vértices (0, 0, 0), (1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1); v = jc^í+
+ xzj + xyk,
(c) R: o sólido retangular 0 < jc< 1 , 0 < y < 2 , 0 < z < 3 ; y = cos y i +
+ sen j + ze^ k.
(d) R: o elipsóide sólido + 3>-2 + < 1; v = + xyi 4- z^k.
2. Seja v um campo vetorial diferenciável no espaço tal que para cada superfície esférica §
espaço. Sejam § j e §2 Porções de duas superfícies esféricas, cada uma tendo C como
borda (Fig. 13-62). Seja definido um vetor unitário normal n em apontando no
sentido do afastamento do centro, e, en\ § 2* apontando no sentido da aproximação
do centro. Mostre, pelo Teorema da Divergência, que
JJ
§1
( v) • n dS =
§2
( rot \ ) • n d S
y' = 2x + COS X
f'{x) = F[x,f{x)]
para todos os x no intervalo em que / é definida. Diz-se que uma tal função
/ é uma solução da equação diferencial (14-10). Por exemplo, a função
y = — — 2x — 2 é uma solução da Eq. (14-11/) já que
y = — x^ — 2 x — 2, í/' = —2x —2 = y
y' = (14-12)
y=JF{^) dx + C
1356 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
OU por
y = G{x) + Cy (14-13)
onde G(;c) é uma integral indefinida de F no intervalo a < x < b. Por
exemplo, podemos tomar
Fig. 14-1. Soluções de y = F{x) Fig. 14-2. Campo de segmentos lineares deter
minados pela equação y' = F(x, y)
— J xe^ dx + C — xe^ — C.
Para a equação geral / = F(x, y), não temos uma tal fórmula simples
que dê tôdas as soluções. Contudo, podemos dar um significado gráfico
à equação, e daí, ver por que esperar soluções. Seja F dada numa deter
minada região aberta D no plano xy. Então, em cada ponto (x, y) de D,
a Eq. (14-10) dá um valor correspondente de y', isto é, conhecemos a incli
nação da tangente a uma solução muito embora não conheçamos a solução.
Desenhemos um pedacinho desta Veta tangente próximo a (x, v) e repitamos
o processo em muitos pontos de D. O resultado é uma configuração a
da Fig. 14-2. Chamamos a esta configuração de campo de segmentos li
neares, Enquanto F comportar-se razoàvelmente, as inclinações dêstes
segmentos lineares variam gradualmente à medida que se varia o ponto
(x, y). Então, os próprios segmentos lineares sugerem curvas suaves que
os têm como tangentes; cada uma destas curvas é, aproximadamente, uma
solução da equação diferencial (14-10). Algumas curvas são mostradas na
Fig. 14-2. É plausível que deva haver uma destas curvas através de cada
ponto de D. Isto é precisamente o que nos diz o Teorema da Existência.
O processo gráfico corresponde a um bem conhecido experimento físico;
quando se coloca limalha de ferro sobre uma placa de vidro horizontal e
depois se coloca um ímã sob a placa, cada fio de limalha se alinha de acordo
com o campo de forças magnéticas. Então, os fios de limalha formam um
campo de segmentos lineares e pode-se fisicamente observar as curvas que
(14-15)
y iiv ) ^
y" = y" = xy' - y^ y'" = xcosy - yy
y<-> = F{x)
= a bt - mg»
dy bt^
^~dt ^ ~
bt^ ^2
my = — + (a - ^ g ) ^ + ^2’
y =
d‘^x dx ^ dv d^u dx
(1 4 -1 7 )
'd ê ^ ^ ~ d t -d F = ^ d i - « -
dx
=
dt
dt
(14-17')
^ = 3z — 5 x w + usení,
dt
dw o
= 3z - y.
dt ^
Para a maioria das finalidades, uma forma como (14-17') é preferível a uma
forma como (14-17) (que envolve derivadas de ordem mais alta que a pri
meira ordem). Êste processo leva-nos à forma normal para equações dife
renciais simultâneas:
f = F(m ). (14-18')
Êste raciocínio mostra que (14-18) ou (14-18') podem ser tomadas como a
forma básica para o estudo de equações diferenciais ordinárias.
Quando os vetores em (14-18') são tridimensionais, podemos inter
pretar a equação fisicamente em função do movimento de um fluido no
espaço. Para um tal movimento, existe uma velocidade v = dxjdt em cada
ponto, em geral, variando com o tempo; a equação diferencial descreve
esta configuração variável. As soluções da equação diferencial são sim
plesmente os caminhos das partículas do fluido. Quando F depende so
mente de X , não de t, a equação torna-se
(14-18")
O sistema especial (14-15'), esperamos uma solução única com valores iniciais
dados de yi, . . yn para x = Xq. Dêste modo, pela maneira que yi, . . ., y,,
foram definidos, (14-15) deveria ter uma solução única com valores iniciais
dados de y, y \ . . , em x = Xo. Esta última afirmação é exatamente
o Teorema de Existência para (14-15), como foi formulado acima. Assim,
vemos que há realmente apenas um Teorema de Existência básico necessário
e que êle pode ser enunciado para (14-18) [ou, em linguagem vetorial, para
(14-18')]. Enunciamos agora formalmente o teorema para um sistema de
equações de primeira ordem.
TEOREMA DE EXISTÊNCIA. Sejam as funções /^(xi, ..., x.^, t) (/ = 1,
. . n) definidas numa região aberta D no espaço de dimensão {n+ 1)
(no qual Xi, . ., x,„ t são as coordenadas). Sejam estas funções contínuas
e tenham derivadas parciais primeiras contínuas em relação a X\, Xn
em D. Então, para cada ponto (xi®, . . ., x.^^, tj) em D, existe um con
junto de funções
= /i(í)> i = 1 ,..., n, \t - t ^ K h
m (z = 1, . . . , n)
gi(^o) = (i = 1 , . . . , n)
então fi(t) = gi(t) para i = ,,n na parte comum aos dois intervalos.
Para uma demonstração do Teorema de Existência, veja o Cap. 12 de
Ordinary Differential Equations, de W. Kaplan (Addison-Wesley, Reading,
Mass., 1958).* Para vários casos especiais, as demonstrações serão dadas
à proporção que êstes forem sendo discutidos.
PROBLEMAS
1. Seja y = f { x ) uma função derivável definida pela equação dada. Ache a equação
diferencial de primeira ordem satisfeita por esta função.
2. Ache uma equação diferencial de segunda ordem satisfeita pela função y = f { x ) dada:
3. Cada uma das seguintes equações contém uma constante arbitrária c. Mostre qu e
para cada c, sujeita às restrições dadas, a equação define uma função y = f ( x ) e que,
para cada ponto (ato, 7 o) na região aberta D especificada, existe exatamente uma tal
função cujo gráfico passa através do ponto; desenhe várias destas funções. Ache
uma equação diferencial de primeira ordem satisfeita por estas funções.
(c) 7 = tg (jc + c), D : todos os (x, 7 ). (d) 7 = In (;c + c), D : todos os {x, 7 ).
Observação. Cada uma das equações ( a ) , Cf) chama-se prim itiva da equação dife
rencial correspondente.
Uma partícula de massa m move-se numa reta, o eixo x, sujeita a uma fôrça F que
depende do tempo t, com o especificado, com as condições iniciais dadas. Ache a
posição no instante h . Neste problema, k, 0 3 , b são constantes positivas e v = d x id t.
(a) ( d x / d t ) = y , { d y / d t ) — —4 x ; x = cos 2 í, y = —2 s e n 2 í.
(b) ( d x / d t ) = 2 x — y , ( d y / d t ) = y; x = e \ y =
7. Escreva com o um sistema de equações diferenciais de primeira ordem em forma norm al:
(a) y" = e*"' - y . (b) y" = + y'^-
^y ~ F { xq, yo) A x .
e os valôres x:o, Xi, X2, . . . são escolhidos arbitràriamente (como uma se
qüência crescente ou decrescente). Escolhendo-os bem juntos, geralmente
melhoramos a exatidão; contudo, ao fazer assim, passamos também a pre
cisar de um número de etapas correspondentemente maior para cobrir um
dado intervalo. - O processo no seu todo chama-se integração numérica por
etapas da equação diferencial. O método produz a seqüência de pontos
(xo, >^o), (xi, j^i), . . .; ligando-se os pontos sucessivos, obtemos uma linha
quebrada que aproxima nòssa solução. Para uma demonstração de que,
sob hipóteses apropriadas sôbre F, o êrro na aproximação em um dado
intervalo pode tornar-se tão peqUeno quanto se queira, referimos a Intro-
duction to Numerical Analysis, de F. B. Hildebrand (McGraw-Hill, N.Y.,
1956), especialmente ao Cap. 6 .
1366 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
y = - 2 -f 6x)/9.
T ab ela 14-1.
í/" = !/ -
dz
= y - ^
dx dx
Tabela 14-2.
X y
0 ,0 1 ,0 0 0 0 ,0 0 0 0 ,0 0 0 0 ,1 0 0
0 ,1 1 ,0 0 0 0 ,1 0 0 0 ,0 1 0 0 ,0 9 0
0 ,2 1 ,0 1 0 0 ,1 9 0 0 ,0 1 9 0 ,0 8 1
0 ,3 1 ,0 2 9 0 ,2 7 1
dx^ „ / X . . .
y i = yo + - ^ ),
!/2 = i/i + (14-21)
y» = !/o + 2
i= l
y = yo + f F { x ) d x . (14-22)
1368 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
Se / (x) é a solução da equação diferencial y' = F(x) tal que / (xo) yo,
então f '( x ) = F(x), de modo que
PROBLEMAS
4. Para cada um dos seguintes sistemas de equações de primeira ordem, ache uma solução
aproximada por integração por etapas e compare-a com a solução exata dada:
5. Resolva por inte|ração por etapas e compare com a solução exata dada:
(a) y" = — y, começando em ;c = 0, = 0, = 1, usando à x = 0,5 e continuando
até ;c = 3; a solução exata é y = sen a:.
(b) y ' = y^^ — COS X — cos^ X , começando em x = 0, >^ = 1, y = 0, com Ax = 0,5
e confinuando até x = 3; a solução exata é = cos x.
(c) y '" = y y ' + y " — y , começando em x = 0, y = l, / = 1,y " = 1,usando
Ax = 0,5 e continuando até x = 2; a solução exata é y = e^.
(d) = xy' — 4y 24, começando em x = 0, y = 0, y' = 0, y" = 0, y'" = 0,
usando Ax = 0,2 e continuando até x = 1; a solução exata é >^ = x'^.
^ y) (14-30')
dx Q{x, y)
e portanto, como uma equação da forma y' = F(x, y). Pode-se também
dividir (14-30) por P{x, y) dy para obter a equação:
dx Ç{^>y)
(14-30")
dy y) = G{x, y).
Podemos considerar esta como uma equação de primeira ordem para x
como uma função de y. Realmente, é mais simples trabalhar com a forma
(14-30), que trata x e na mesma base. Ver-se-á que, para muitas destas
equações, as soluções são dadas por uma equação da forma:
H{x, y) - c. (14-31)
Para cada c, esta é uma equação implícita (Seçs. 3-8 e 12-14), que define
certas funções y = f { x ) e também certas funções x = g{y)\ sob hipóteses
razoáveis, estas funções são soluções da equação diferencial correspondente
(14-30') ou (14-30"). Mais geralmente, consideramos como uma solução
de (14-30) tôda função y = f{ x ) ou x = g(y) que satisfaça (14-30) identi
camente em algum intervalo. Através de (14-31), estas funções são dadas
geomètricamente como cuivas de nível da função H (Seç. 12-2).
1370 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
P{x, y) = 0 e Ç(x, y) = 0,
nem (14-30') nem (14-30") têm significado. Tais pontos são chamados
pontos singulares da Eq. (14-30); o mesmo têrmo é usado para pontos nos
quais uma ou ambas dentre P Q Q são descontínuas. Ao resolver equações
da forma (14-30), tem-se freqüentemente razões para multiplicar ou dividir
a equação por uma função v(x, >’) (o fator integrante). Esta operação pode
introduzir novos pontos singulares [onde v(x, v) = 0 ] ou remover, por cance
lamento, pontos singulares aparentes. A operação pode também introduzir
soluções estranhas a (14-30). Realçaremos estas dificuldades, quando signi
ficativas, em conexão com os exemplos.
EXEMPLO 1 y dx x dy = 0 . A equação é a mesma que d{xy) — 0.
Portanto, as soluções são dadas por
xy = Cf
dy ^ y dx x
dx x’ dy y
não têm significado. Em todos os outros pontos, pelo menos uma das duas
formas é usável e as soluções são dadas, respectivamente, por y = cjx ou
X = cjy através de tais pontos. Note-se que temos duas soluções que passam
através do ponto singular, mas apenas uma solução através de cada outro
ponto.
y dx — xdy
= 0.
Isto é o mesmo que d{x!y) = 0 e, por conseguinte, as soluções são dadas por
y
^ = C,
uma família de linhns retas passando pela origem (Fig. 14-7). Ao dividir
por y, introduzimos pontos singulares ao longo da reta == 0 , o eixo x.
Contudo, = 0 é uma solução da equação original. Portanto, devemos
também incluir esta como uma solução, e temos agora tôdas as retas pas
sando pela origem. A origem mesma é um ponto singular da equação
original.
-y dx + xdy
= 0 ou
e portanto.
1372 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS pftDINÁRIAS CAP. 14
1 = C.
X
dx dy
----------- ^ = 0, d(ln X — \n y) = 0, In X — In ^ = c.
X y
l n ^ = c, ^ =
y y X =: C y .
As passagens são válidas somente para x > 0 e 7 > 0; para x < 0, deve-se
substituir In x por In (— x), para j < 0 deve-se substituir In y por In (— y);
contudo, ,a equação única x = Cy cobre todos êstes casos. Para x == 0 ou
3^ = 0 , têm-se as soluções especiais retas observadas acima.
dP
em X). (14-32)
^y dx
dy = dx
(x,0) Ax,y)
Í(0 ,0)
Pdx + Q dy I
(x,0)
Pdx -j- Ç dy^
(x^y)
#r
IP ^
_ ^ (4 ^ m + l^ m + 3 ) — ^ f^^j^rn+2y7n+2^
ou
PROBLEMAS 1375
x^y^ + x^y^ ~ c.
PROBLEMAS
2. Mostre que a equação é exata, ache a solução geral e ache a solução que satisfaça às
condições iniciais dadas:
(a) 2xij d x 4 - x~ dij = 0 ; a: = 1 , i/ = 2 (b) c-' d x + xe^ dij = 0 ; a = l , ij = 0
(c ) (2 a + 3 i/ ) d x + ( 3 a 4- 4 i/ ) d y = 0; a = 2, y = —1
(d) (4 a — 5 y ) d x 4- { 2 y — 5 a) d y = 0; x = 3, y = 4
(e) 2xe^'~ sen y d x + (e^' cos y — sen y) d y = 0; a = 0, y = —tt/ 4
(c) Demonstre: s& a(x), 0 ( x \ y ( x ) e y ' { x ) são contínuas para a < x < b ^ y { x ) 9 ^0
em (a, b \ então a equação (equação linear em y)
[a{x)y -h /Ô(a:)] dx + yW d y = 0
+5. Seja D o plano xy menos a origem, de modo que D não seja simplesmente conexa.
Mostre que a equação diferencial
- y d x + xdy _
satisfaz ao Teste de Exatidão em D, mas não existe uma função H tal que dH = { — y
dx + X dy)l(x^ + y'^) em tôda a D (veja a Seç. 13-14).
J 6 . Seja \f/(z) uma função tal que yp' seja contínua e não tenha zeros para — 0 0 < z < 0 0 .
Mostre que as funções H {x , y ) e H i(x , y ) = \l/[H(x, y)] têm as mesmas curvas de nível.
Compare as equações diferenciais para os dois conjuntos de curvas de nível. [Observa-
vação, Êste resultado mostra que a representação das soluções de uma equação dife
rencial na forma H {x , y ) = c não é única. Pela mesma razão, o fator integrante não
é único.]
Diz-se que uma equação que pode ser escrita nesta forma tem variáveis
separáveis. Notamos que uma equação de forma
(14-41)
14-4. EQUAÇÕES COM VARIÁVEIS SEPARÁVEIS 1377
EXEMPLO 1 y d x + x^dy = 0.
Solução. Separamos as variáveis dividindo por x ‘^y, de modo que
Ijix^^y) é o fator integrante:
dx du dx rdu 1 ,
= 0,
/ —----f- In 1/ = c.
X
Para < 0, devemos substituir Inj; por In (— y). Podemos evitar esta
complicação escrevendo
í» = i„
/
- 4- In = 0, y = ± ce l / x
X
^ = ^ =xdx, { y ^ ± iy ,
r dy r 1 y — 1 x^
( —5---- r = xdx, ir ^ n - ------ = — + c,
J - 1 J 2 y
t / ++ l 2 ’
y - 1
C ef (C = e^^))
y + 1
1
(14-43)
1- '
du 1
/ ^2 _ 1 " I
1 y - 1
In^^-----^ - - l n C = -ln
í/ + 1 2 C{y + 1) / xdx =
, X- - !/ _ 1 - (ij/x) ev/xy.2
y =
x+y I + iy/x)’ ^ 1/2 (f)'
x ^ + v - g(v) = 0,
dv
+ ^ = 0.
V - g(v) X
, 1-V 1-2v-v^
XV/ +. V = y / = —
1 ——V , XV = ----------- V =
1 ü 1 -h V I + v
r,^ ^ d v + f ^ = 0, iln^' + 2ü-l - \ n x = Oy
J v^ -h 2v — 1 J X 2
+ 2 t> — 1 = "Y , í/^ + 2xy — x^ = c.
PROBLEMAS
(a) f { x ) = k x (b) f ( x ) =
(c) f { x ) = k x {b - x) (d) f { x ) = k x ‘^(b - x)
4. Resistência do ar. Um corpo caindo contra a resistência do ar está sujeito a uma força
que depende principalmente da velocidade, de m odo que a Segunda Lei de Newton
leva a uma equação diferencial dvjdt = /( v ) , onde v é a velocidade (medida positi
vamente para baixo) e / é o tempo. Discuta o tipo de variação da velocidade com o
tempo para cada das seguintes escolhas á Q f \ g , a , m & b são sempre constantes positivas.
5. O Teorema de Existência (Seç. 14-1) não se aplica à equação y' = em pontos (;co, 0),
já que a função y^!^ não tem uma derivada contínua para y = 0. Ache as soluções,
desenhe e mostre que a unicidade das soluções é violada ao longo do eixo x.
7. Seja dada uma família de curvas no plano, formando a solução geral de uma equação
diferencial y ' = F{x, y ) numa região aberta D. Diz-se que uma segunda família de
curvas em D forma o conjunto de trajetórias ortogonais da primeira família se em cada
ponto {x, y ) a curva da primeira família através do ponto fôr ortogonal à curva da
segunda família através do ponto. Pela Geometria Analítica, as retas perpendiculares
têm inclinações m \ q m 2 = — 1/wi. Portanto, uma curva y = f { x ) da segunda fa
mília satisfaz à equação y ' = — \!F{x, :^) em cada ponto sôbre seu gráfico e assim,
as trajetórias ortogonais formam a solução geral da equação diferencial y ' = — 1/F
{x, y ) em D (pelo menos, onde F ^ 0). Pode-se também escrever a equação dada na
forma P{x, y ) d x + Q{x, y ) d y = 0, e então a equação das trajetórias ortogonais é
— Q(x, y ) d x + P (x , y ) d y = 0; assim, u = Pi -f Qj é substituída por u H = — Qi + Pj.
(Qual é o significado geométrico de u?) Observamos que a primeira família é também
a família de trajetórias ortogonais da segunda família. Exemplos importantes de
trajetórias ortogonais são os conjuntos de retas paralelas aos eixos coordenados e as
curvas r~= const. q 6 = const. nas coordenadas polares (de fato, as trajetórias orto
gonais são muitas vêzes as bases para coordenadas curvilíneas no plano).
Para cada uma das equações diferenciais abaixo, enuncie a equação diferencial
para as trajetórias e ache sua solução geral. Também desenhe as soluções da equação
dada e as trajetórias ortogonais:
(a) y' = (b) y' = + I [c) y dx + x d y = 0. (d) y dx — x d y = 0.
(e) x^dy + y d x = 0 - (f) (x + y ) d x + { x - y) d y = 0 .
1382 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
Mostre que existem constantes positivas K i, K 2 tal que G(y ) < K \ { y — y{^ e G{ y) <
< K 2 Íy 2 — y ) para y i < y < y 2 , ^ portanto, conclua que g ( y ) é m onótona estritamente
crescente para — 00 < 3; < 00 com limite + 00 quando y y 2 — , limite — co quando
y y i + . Agora, use o fato de que f ( x ) =
}9. Suponha que P (x , y ) e Q(x , y ) tenham derivadas primeiras contínuas para todos os
(x, y ) e que P e Q sejam homogêneas de grau n, de m odo que P (tx , ty) = t^P{x, y),
Q{tx, ty) = t^Q(x, y). Mostre que a equação P d x y Q d y = 0 pode ser escrita na
forma y ' == g ( y lx ) e que ( x P + yQ)~^ é um fator integrante para a equação.
chama-se linear. Sempre que s(x) 0, podemos dividir por í (a:) para ob-
termos uma equação da forma
y' + r i^ y = 9 (^ )- (14-50)
y = (14-52)
y = v{x)e (14-53)
Substituição em (14-50) dá
v{x) = dx + C)
y= J q^x'jjp(x)dx ^ (14-54)
y' + p{^)y = 9 (^ )
y' + y t g x = 0.
/— y
f tg xdx = 0, In — — In cos %= 0, y = c cos x,
e portanto, ^
y' + pif)y = 0-
y= c i/ i( x ) j
PROBLEMAS
2. Seja a uma constante não nula. Para cada uma das seguintes escolhas de q{t'), veri
fique se a equação linear x '{t) + a x { t ) = q{t) tem uma solução particular ;c*(/) como
dada, de m odo que a solução geral seja x = x * {t) + ce~^^. {k, b q o) são sempre cons
tantes não nulas, P { t ) é um polinómio de grau n > 0.)
3. (a) Seja q{t) contínua para / > 0 e seja a uma constante. Mostre que a solução da
equação x' + a x = q com valor inicial ao para / = 0 é
.V = í (}iu) d u + .v,,c
‘^0
.V = r (j{t - V) dv +
7. Para uma partícula que se m'ova ao longo de uma reta (o eixo x ) contra um atrito pro
porcional à velocidade, e sujeita a uma fôrça elástica — k'^x e a uma fôrça externa
F (t), a Segunda Lei de Newton dá a equação diferencial
dt^
-I- ' -h
1 ••• + a.^{x)y'+adx)y= q{x). (14-61)
Admitimos que os coeficientes . . ., a^ix) e o membro do lado direito
q{x) são contínuos num intervalo J. Quando an-u . . úfo são constantes
[ou An, . . /ío são constantes, com An 7 ^ 0, em (14-60)] dizemos que a
' equação tem coeficientes constantes,
EXEMPLOS (0 y" - y =
(//) y"' + x y " - y = Q;
(Ui) 4y*’”’ — 2y'" + y" — 2y' -h y In x.
fM = 0, /-^(X o) = 0 (14-64)
+ • • • + c^yk^\x) = 0 em / , i = 0 , . . . , n - 1. (14-65)
Mas isto implica que
CiVi(x) -h • • • + ^ em y, (14-65')
de modo que Vi(x),. .., va:(x) são funções vetoriais linearmente dependentes.
Reciprocamente, se Vi(x), . .., \k{x) são funções vetoriais linearmente depen
dentes, então (14-65') é válida com ci, .. ., Ck não todos 0. Conseqüente-
mente, (14-65) é válida para / = 0; mas esta é exatamente a relação C\yi{x) +
+ . . . -f Ckyk{x) = 0. Portanto, yiix), . . ., yk(x) são linearmente depen
dentes.
LEMA 2. Sejam y \{ x ),. . yk{x) soluções de (14-63) em J, Se as
funções vetoriais associadas Vi(x), . . ., Va:(-^) são vetores linearmente
dependentes em Vrt para um valor Xo, então Vi(x),. .., Va:(x) são funções
vetoriais linearmente dependentes em J,
Ciyiix) -h • • • + Cj,y^{x) — 0,
de modo que yi(x), .. yk(x) são linearmente dependentes em J e, pelo
Lema 1, também o são Vi (a:), . . V;k(A:).
Observação. A conclusão do Lema 2 q falsa se omitirmos a hipótese
de que y\{x), . . .^yk{x) são soluções de uma equação diferencial linear homo
gênea; veja a observação que segue ao Ex. 2 adiante.
TEOREMA 5. O espaço vetorial do Teorema 4 tem dimensão n.
Portanto, a equação linear homogênea (14-63) tem n soluções linearmente
independentes em J e, se . . ., yu{x) forem n soluções linearmente
independentes em J, a solução geral será dada por
i/iW yÁ^)
Y(x) = -
Vni^)
W{x) = (14-66)
!/i‘”
W{x) = = -2 .
y =
^ / y = 0.
X - 1 í/' + X - 1
Tanto em (1, oo) como em (— oo, 1), W(x) não tem zeros, Então, em
qualquer dêstes intervalos, a solução geral é y = cix + C2e^,
Observação. O Ex. 2 ilustra duas funções yi(x), y 2{x) em (— oo^ oo)
que são tais que as funções vetoriais associadas Vi(x) = {x, 1), V2(x) = e^)
são linearmente dependentes em para um x, a saber, jc = 1: Vi(l) = (1, 1),
Vg(l) = (e, e). Mas Vi(x:), V2(jc) não são funções vetoriais linearmente de
pendentes em (— oo, 00), pois se fôssem, elas seriam linearmente depen
dentes em F2 para cada x fixado, e esta condição falha para x = 0: vi(0) =
= (0, 1), ¥2(0) = (1, 1). Assim, falha a conclusão do Lema 2. Contudo,
yi(x) e y 2(x) não são soluções de uma equação diferencial de forma (14-63)
em todo o intervalo (— °o). Toda dificuldade vem da descontinuidade
em x: = 1, onde o coeficiente de y", na equação como primeiramente dada,
é zero.
TEOREMA 6. Sob as hipóteses do Teorema 3, seja S o conjunto de
todas as soluções de (14-61) em J, seja ^ 0 conjunto de todas as soluções
da equação homogênea associada (14-63) em J, Então, S é não vazio e,
se yp é uma função em S,
§ = {yp + ífC}
Assim, S é uma variedade linear em com espaço base
DEMONSTRAÇÃO. O fato que S é não vazio decorre do Teorema 3
e o de que S é uma variedade linear resulta por Álgebra Linear (Teorema 20,
Seç. 9-13). Em particular, se L é como na Demonstração do Teorema 4,
então S é a imagem inversa de q{x) por L, L tem núcleo 2^, e portanto,
S = {yp +
EXEMPLO 3 y" — y = — 2 sen x, A equação homogênea associada é
y" — y — 0, como no Ex. 1. Sua solução geral é y = C\e^ + C2e'~^, Uma
solução particular da equação não homogênea dada é yp = sen x. Portan
to, a solução geral é
PROBLEMAS
1. Para cada uma das seguintes equações diferenciais, verifique se as funções dadas são
soluções, determine se elas são linearmente independentes e se formam uma base para
o conjunto 3 ^ de soluções:
2. (a) Demonstre: se ^i(x) e y 2Íx) são soluções da equação y ' + a i{x)y + oçf,x)y = 0
em /, então seu wronskiano fV (x ) =« y i( x ) y ' 2 (x ) — y 2 Í x ) y \ { x ) satisfaz à equação
W '{ x ) + a i{ x )W (x ) = 0, de modo que
W{x) =
Conclua: se W tem um zero em J, então lV(x) = 0. {Sugestão. Veja o Teorema 20
na Seç. 10-17.)
se X < 0 ,
se x > 0 .
Mostre que jf'i e y '2 são contínuas em ( — 00 , 00) e que vi(x) = (jiCx), j^'i(x)), V2(x) =
= (7 2 (-^), y ^ ix )) são linearmente dependentes para cada x fixado, mas são funções
vetoriais linearmente independentes em ( — 00, 00).
“ í!/i + • • • + Kí/n = 0 em 7.
Temos então
“ Íí/Í + • • • + = 0 em /.
e obtemos
y'p = « l!/l + • ■• + « n !/n -
+ •• • +
+ <Vn = 0
(14-74)
te-2) + . . . + = 0
+ • • • + «n!/n
Já que ,Vi(x),.. ., yn(x) são uma base para 2^, seu wronskiano
Viix)
W{x) =
•••
, Wiix)
/■= 1 , . . . , n, (14-75)
W(x) ’
onde fVj(x) difere de W(x) por ter 0, . . 0 , q(x) como sua y-ésima coluna.
As funções W(x) e W,(x) são contínuas, de modo que podemos integrar
as Eqs. (14-75) para obter «i(x),. . . , Un(x). Pela maneira com que foram
determinadas as Uj(x), a função (14-73) satisfaz a (14-70) em J. Como es
tamos procurando apenas uma solução, escolhemos apenas uma integral
indefinida ao passar de cada u / para «y.
1400 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
EXEMPLO 1 A equação
e êste não tem zeros em (— oo, c»). Desta maneira, a solução geral do
(14-81) é y = cie^^ + onde ci e C2 são constantes complexas arbitrárias.
Na maior parte das aplicações, ocorrem equações nas quais ao(x), . . .
cin~i(x) e q(x) têm valores reais. Mas, em tais casos, muitas vêzes é conve
niente considerá-las como funções complexas (que têm parte imaginária 0).
Podemos então discutir a solução complexa geral de tal equação real. Das
soluções complexas podem ser então recuperadas as soluções reais (como
aquelas soluções complexas que têm parte imaginária 0).
EXEMPLO 2 y" y = 0. As funções e são soluções e formam
uma base para as soluções complexas, como se verifica. A solução com
plexa geral é
y - = («1 + + (ag +
cos X + g- —e
= ------ —— sen X =
2 2i
PROBLEMAS
(a) y " - 4 y = y, = -h
(b) y " y = cos x, y^ = c o s x + CgSenx.
(c) y " -h 3 y' + 2y = y, = c^e~^ -H
2. Mostre que as funções dadas formam uma base para o conjunto 3 ^ de tôdas as soluções
complexas:
(a) y " + 4y = 0; í/i = y^ =
(b) y " + 4 y = 0; t/i = cos 2x, t/2 = S é n 2 x .
(c) t/" + 2t/' -I- 2í/ = 0; 1/2 =
(d) t/" -h 2 í/' -I- 2t/ = 0; t/i = e~^ cos x, 1/2 = e“^ sen x .
(e) y' iy = 0; y^ =
3. Dem onstre: se a o (x \ . . On^iix) tem valores reais c y = u(x) + /V(x) é uma solução
de L [y] = 0, então ii{x) — iv{x) também é uma solução.
P{D)y = 0 (14-90")
onde
F(A) = í/^,X" + • • • -h «()• (14-91)
+ . . . + ao = 0 (14-92)
é chamada de equação característica associada a (14-90); suas raízes, os
zeros de -P(X), são chamadas de raízes características da Eq. (14-90).
Ora, pela Álgebra, a Eq. (14-92) tem n raízes complexas Xi, . . . , Xn,
algumas das quais podem coincidir, e existe uma correspondente fatoração
de P(X):
P(X) = a,(X - Xi)(A - X2) . . . (A - XJ.
Então, também
P(P) = a , ( p - A,)(D - A2) . . . (D - AJ.
máximo k — 1:
u = bQ-{-b^x • • • -f-
Então,
y = e^^^{bQ b^x -j- • • • +
(14-94)
u{x) + /v(:v) é uma solução complexa de uma equação homogênea com coe
ficientes reais, tanto u{x) quanto v(x) são soluções reais. Aqui, = cos
I x + i sen 2x é uma solução complexa; por conseguinte, tanto cos 2x como
sen 2x são soluções reais. Elas são linearmente independentes já que seu
wronskiano é
cos 2x sen 2x
= 2.
—2 sen2x 2 cos2ac
é a solução geral.
EXEMPLO 4 (D^ — 1)(Z)2 + 4D -t- 5)^;; = 0. As raízes características são
1, — 1, — 2, ± /, — 2 ± /. Procuramos apenas a solução real geral. Já
que são soluções complexas, obtemos as soluções reais
correspondentes cos x, sen x, xe"^^ cos x, sen x. Estas, juntas
com e formam uma base para as soluções reais. A solução real geral é
y = í^ií/iW + • • • + c^í/n(4
+ ••• + = 0. (14-101')
onde jUi = X; — \ n+u • • .,P n = Xat— X^r+i. Derivamos (14-102) kN+i vêzes.
14-10. INDEPENDÊNCIA LINEAR DE SOLUÇÕES 1409
Notamos que
-f • • • + = 0.
^{a+ifi)x _ px i ^tn^x)
não tem zeros em (— oo, oo), pois em um zero teríamos tanto cos j8x = 0
como senj3x = 0, o que é impossível já que cos^jSx + sen^jSx = 1.
_ ^^x _ io^ef^^%tnPx
1410 EQUAÇÕES DIFElfiNCIAIS ORDINARIAS CAP. 14
Consideramos a equação
+ • • • + Oo?/ = (14-110)
yp =
v',e^ + V2e~^ = 0,
=
Resolvemos para encontrar vi' = ^2' = — e portanto, podemos
tomar Vi(x) = e^^l4, V2(jc) = — de modo que
o3ar c3x
v * ) = í- - Y = V
A solução geral [em (— 00, 00)] é
y = + C2e ~ ^ -h ( ^ V 8 ) ,
L[Cifi + C 2 /2 ] = + C 292 *
Ç{D)P(D)y^ = Q(D)q(x) = 0.
A solução geral de
iP - l ) \ D + 2)2y = 0
PROBLEMAS
4. Demonstre: se / i , . . .,fm são funções de valor real no intervalo J que são linearmenie
independentes para escalares complexos, então elas são linearmente independentes
para escalares reais.
5. Demonstre: se u(x) + iv(x) é uma solução complexa de uma equação diferencial líneai
com coeficientes reais L [y] = q{x), onde ^(x) tem valor complexo, então L[u] = Re(<?(x))
e L[v] — Im(^(x)). Portanto, para achar uma solução de L [y\ = ^^co s/8 x ou
sen )3x, pode-se encontrar primeiro uma solução particular y^ de L[y] = e
depois tomar partes reais e imaginárias, respectivamente.
(b) Mostre que se q — eP^ cos ffx, P{D) tem coeficientes reais e P(a + fii) 7 ^ 0, então
uma solução particular é + /3/)j (veja o Probl. 5).
(c) Mostre que se çr = e®* sen ffx, P(D) tem çoeficientes reais e P (a + ffi) 7 ^ 0, então
uma solução particular é Im[e(“+/3‘> /P (a + /3/)].
1414 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
8. ( a ) . . .0) Aplique o m étodo dos coeficientes a determinar para achar y p para as partes
( a ) , . . ( 1 ) do Probl. 2. O deslocamento exponencial será de utilidade em alguns
casos. Para as partes ( g ) , . . . , (i) deve-se primeiro resolver com a função ade
quada na direita, com o no Probl. 5.
11. U se os resultados dos problemas anteriores para achar uma solução particular:
Í12. (a) Aplique o m étodo da fatoração e indução para demonstrar que a solução geral
da equação P (D )y = 0 é dada pela expressão + . . . , de acordo com as
regras da Seç. 14-9. Verifique Jsto primeiro para /i = 1, depois suponha que
isso foi demonstrado para equações de ordem n e escreva a equação de ordem
« + 1 com o (D — X i ) . . . (D — {D — Xn+i) y = 0, Agora coloque (D — Xn+i)
y = u,ÚQ m odo que (D — Xi) . . . ( £ ) — \n )u = 0 e conhecemos a expressão para u.
Ache y da equação y ' — Xn+i y = u e mostre que ela tem a forma enunciada.
(b) Mostre também por indução, com o na parte (a), que a equação P (D )y = 0 tem
uma solução única que satisfaz às condições iniciais X-^o) = 3^0,
N ote que dos valôres iniciais ><jco), . . . , y ^ x o ) são obtidos os valores iniciais
« “- ‘(ato), onde (D - X„+i)>' = u.
O bservação. Os resultados do Probl. 12 fornecem uma nova demonstração do
Teorema da Existência, o Teorema 3 da Seç. 14-6, para equações diferenciais li
neares homogêneas com coeficientes constantes. Os métodos descritos também
se estendem à equação não homogênea.
Existem muitos sistemas que são descritos por uma equação diferencial
linear homogênea de ordem n com coeficientes reais constantes:
+ + OqX = 0. (14-120)
mL -h mgO = 0 (14-121)
m L — ^ -h m n —— h mg^ = 0, (14-1210
dt^ dt
onde h é uma constante positiva. Se A é muito pequeno, de modo que
h} < 4gL, as soluções de (14-121') são dadas por
- mg^i = 0 (14-121")
\3 + 3A2 -h 4A -h 32 = 0 ou (X + 4)(X2 - X + 8) = 0,
Hr
n A. (14-123)
de contorno pode não ter solução, pode ter uma solução única, ou muitas
soluções.
EXEMPLO 3 Mostra-se em Física que uma corda vibrante, como a de
um violino, pode emitir tons puros de freqüência v, onde v é tal que o pro
blema de contôrno
tem uma solução y(x) não idênticamente nula. Cada solução de (14-124)
dá a forma da corda quando emitindo o tom de freqüência p. Em (14-124),
a é uma constante que determina essencialmente a "velocidade do som”
ao longo da corda; L é o comprimento da corda. Também v é uma cons
tante positiva, mas seu valor não é conhecido; devemos achar todos os va
lores possíveis de v para os quais o problema de contôrno (14-124) tenha
uma solução outra que não y{x) = 0.
Ora, a solução geral da equação a Y ' + p^y = 0 é
V , V
y COS — X -h Co sen— X.
a a
f\
0 = c-i, f\ pL ,
0 = Cl COS----- pL
h Cosen----
a ' a
pL tiTra
= riTT-, n - 1,2,...
L ’
------> F ( t )
---------------- ^
----------- -- --------------- ►
Fig. 14-16. Sistema mola-massa
ou
(14-130)
m g + k f + F , = 0. (14-131)
dt^ dt
Seja primeiramente A = 0 ísem atrito), de modo que temos a equação:
(14-132)
Aqui, podemos escrever Ci — A sen 7 , C2 = A COS7 [de modo que /í, 7 são
coordenadas polares do ponto (c2, ci)]. Assim,
Esta equação mostra que o movimento é dado por uma senóide variada em
escala e posição, como na Fig. 14-17. Dizemos que a partícula se move
segundo um movimento harmônico simples. O tempo para um ciclo com
pleto (de um máximo para o seguinte) é chama-se a êste de período
da oscilação. O número /? é chamado de frequência (medida em radianos
por unidade de tempo). O valor máximo x t A, que chamamos de
amplitude da oscilação. Quanto ao pêndulo (Seç. 14-12), a posição de equi
líbrio X — 0 é apenas neutramente estável.
—A ± VA^ — 4k^m
2m
Aqui temos três casos:
I) A^ — 4k^m > 0. As raízes Xi, X2 são reais e distintas. Notamos
que, como m, k e são positivos, nenhuma raiz característica pode ser posi
tiva. Portanto, Xi < 0, X2 < 0 e a solução zero é estável. As soluções
são dadas por x = e ;c se aproxima de 0 quando <».
Uma solução típica é representada na Fig. 14-18. Refirimos-nos ao movi
mento Como decrescimento exponencial A força de atrito (proporcional a A)
é tão grande que as vibrações desapareceram. Em geral, o atrito tem uma
tendência de diminuir ou amortecer as vibrações. Dizemos aqui que o-
movimento é superamortecido,
II) A^ — 4k^m = 0. As raízes Xi, X2 são reais, iguais e negativas e
a solução zero é estável. As soluções têm forma x = Cie^^* + C2té^^ e,
como Xi < 0, elas novamente se aproximam de 0 quando O movi
mento é muito parecido ao da Fig. 14-18. _ Dizemos aqui que as vibrações
a = - — <0, ; 8 = : í^ 5 Z Z _ > o.
2m 2m
14-13. VIBRAÇÕES DE UM SISTEMA MOLA-MASSA 1423
As soluções têm forma x — Cie** cos /3r + C2C“‘ sen = e“‘ A sen (/3r + 7 )
exatamente como para o movimento harmônico simples. O-movimento é
como aquêle da Fig. 14-17 exceto que, porque a < 0, o fator força o
amortecimento gradual das vibrações, aproximando-se de 0 quando <—>•<»,
como na Fig. 14-19 e a solução zero é estável. Chamamos o movimento
de vibração amortecida.
Efeito da Fôrça Externa. Quando temos uma fôrça acionadora externa,
o movimento da partícula é descrito pelo acréscimo de uma solução par
ticular à função complementar. Consideramos apenas o caso de uma fôrça
externa senoidal de freqüência w > 0, isto é, consideramos á equação:
^ + 3 ^ + 2x = 2sen2f.
dt
Pelos métodos das Seçs. 14-9 e 14-11, a solução geral é encontrada como
sendo
d^x
+ 4x = 24sen2t
dfi
Achamos a solução geral como sendo x = Ci cos 2t + C2 sen 2t — 6t cos 2/.
Os primeiros dois têrmos representam um movimento harmônico simples,
não amortecido. Contudo, o último têrmo representa uma oscilação fir
memente crescente em tamanho, e portanto, dominando o movimento para t
grande e positivo, êste têrmo está representado na Fig. 14-20. Temos aqui
um exemplo de ressonância ou vibrações simpatéticas. A fôrça externa tem
1424 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
PROBLEMAS
2. (a) Demonstre: se > 0, então a solução zero de ax” bx' cx = 0 é estável se,
e sòmente se, ^ > 0 e c > 0.
í(b) Demonstre: se a > 0, então a solução zero de ax'" + + cx' + dx = 0 é
estável se, e sòmente se, b > 0, c > 0, d > 0 c bc — ad > 0, ISugestão. Pela
parte (a), tem-se estabilidade precisamente quando o polinómio característico
puder ser fatorado como (X — XiX^X^ + BX -f C) onde Xi < 0, B > 0 e C > 0.
3. (a) Aplique a Segunda Lei de Newton para derivar a equação diferencial (14-121)
para o movimento do pêndulo. (Substitua sen d por $ para |0| pequeno.)
(b) Mostre, com o auxílio da Fig. 14-14 que, se = 0 — ir, de modo que = 0
quando o balanço do pêndulo está acima do apoio, então a equação diferencial
para o movimento é (14-121"), para 6 i perto de 0.
(c) Para o caso da parte (b), mostre que, se .uma fôrça de atrito mh(dOildt) é intro
duzida, então a posição de equilíbrio permanece instável.
PROBLEMAS 1425
(b) Demonstre: se a e /: são como na parte (a), então cos /3/—►0 e sen
> 0 quando / —> oo.
(c) Demonstre: s e a > O e A : é u m inteiro não negativo, então não tem limite 0
quando / —> oo, e portanto, as funções da parte (b) não têm limite 0 quando / -> oo.
8. O Ex. 1 da Seç.14-13 sugere que, em geral, a Eq. (14-134) tem uma solução da forma
a COS w/ + ô sen wf, onde a & h são constantes.
(a) Pela substituição desta expressão na Eq. (14-134), mostre que tal solução existe
—Bhcc - m<o2)
a= b=
(K^ - mío2)2 + ’
10. Mostre que no Caso I da Seç. 14-13 (movimento superamortecido), cada solução não
nula tem no máximo um ponto crítico (onde dx/dt = 0).
11. Vibrações torcionais. Um corpo de massa m quando suspenso por um arame vertical
pode mover-se rotacionando como se o arame fôsse eixo, de modo que o arame fica
torcido ou destorcido. A Mecânica mostra que o movimento é governado pela equação
/ g + c» = o,
onde / e C são constantes positivas e 6 é o ângulo pelo qual o arame foi torcido. Des
creva o movimento para o caso em que 6 = tt/2 e ddjdt = 0 para / = 0.
12. Uma massa de cem quilogramas estica uma mola 5 centímetros sob seu próprio pêso.
Com que freqüência a mola oscilará quando suportando o pêso?
13. Um pêso de 100 g estica uma mola cm 4 cm. Quando o pêso está em equilíbrio,
ela sofre a ação de uma fôrça cujo impacto é uma velocidade de 8 cm/s para baixo.
Mostre que o pêso percorre um distância de 2 cm durante o intervalo de tempo de 0
a ir/8 s antes de começar a voltar. (Aqui use g = 980 cm/s*.)
14. Quando um certo pêso apoiado por uma mola vertical é colocado em movimento,
o período é de 1,5 s. Quando há um adicional de 8 kg, o período torna-se 2,5 s. Qual
o pêso que havia originalmente sôbre a mola?
15. Mostre que para a Eq. (14-131), no Caso III (vibrações amortecidas), a freqüência /3
é menor do que a freqüência do movimento harmônico simples que ocorre quando h
é substituído por 0. Explique fisicamente por que você poderia esperar êste resultado.
16. Mostre que os máximos locais de cos ffí não ocorrem em pontos na curva x =
Mostre que ;r = ^ sen 4/ sen t e represente x{t) em gráfico. Dizemos que o movi
mento é uma modulação de amplitude do movimento x = sen 4/. Em acústica, tais
flutuações chamam-se batimentos. Podem-se experimentar batimentos pondo-se em
vibração dois diapasões de freqüências aproximadamente iguais.
19. Consideramos um circuito elétrico LRC simples como no Probl. 8 que segue à Seç. 14-5.
20. Quando a entrada q{t) em (14-123) é uma função periódica de /, pode-se desenvolver
q{t) numa Série de Fourier, como na Seç. 8-24. Obtém-se uma Série de Fourier
para a resposta encontrando-se uma resposta senoidal para cada têrmo da Série de
Fourier da entrada e somando-se os resultados. Pode-se mostrar que esta série con
verge para uma solução de (14-123). Obtenha uma resposta como uma Série de Fourier
para cada uma das seguintes equações:
„ , . ^ cos n t
X" -h4x= X - I T -
apresenta ressonância.
- ^ = .......... í) (i = 1 , . . . , n) (1 4 -1 4 0 )
EXEMPLO 1 ^ = 3x + 8y + t + 10,
f = . + !, + 2, + 2.
EXEMPLO 2 + 5X2 +
+ 2X2 +
— = - 4 x i + 5X2 + 4:^3.
■ ^ = Ax + q(t). (14-142)
( -5 5 7^
-4 5 4,
Xj = x^ — é , X3 = e*.
^ = A x. (14-143)
dt
dx, _ "
(í = 1 , . . . , n). (14-144)
}=i
Cada solução de (14-143) é uma função vetorial f definida no intervalo J
com valores em Vn, O conjunto de todas as funções vetoriais em J forma um
espaço vetorial V (Seç. 9-16). Já que nossas fímções vetoriais formam um
espaço vetorial, os conceitos de subespaço, base e independência linear
podem ser aplicados; em particular, se xi(0, . . . , Xn(0 estão em V, então
estas n funções vetoriais são linearmente independentes se, e somente se,
CiXi(t) + • • • + C^xjf) = 0 em /
implica Cl = 0 , . . . , Cn = 0.
Observamos que as funções vetoriais em V que são contínuas em J
formam um subespaço de V\ representamos êste subéspaço por C; anàlo-
gamente, as funções vetoriais em V que têm uma derivada contínua em J
formam um subespaço de V, Também, se A(t) é contínua em / , então
a transformação L definida por
Ax
dx-i dxn
L [cjX ^ + CgXg] = + ‘^ 2 - ^ - A xi - A xj = C iL [x i] + C gL ÍX g],
m = 0 (14rl45)
CiXi(ío) + • • • + = 0.
Pelo Teorema 10, a função
x(í) = CiXi(í) + • • • + c*x*(í)
X = CiXi(í) - »- •• • + c„x„(#)
de modo que Xij{t) seja a /-ésima componente da função vetorial xy(/). Po
demos então introduzir a função matricial
= I : (14-146)
W{t) =
^nl(í) •••
EXEMPLO 3
f = 3 , + 8„,
em ( —00, oo)
dy
X = x-^(t) =
y= ?/i(í) =
OU
(:)= Q ’
pois
14-14. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SIMULTÂNEAS 1433
^
= Se5‘ = 4r>‘ + = ít + y.
dt
Anàlogamente, uma segunda solução é x = x^t) = 2e~*, y =
Agora, estas duas soluções são línearmente independentes já que seu wrons-
kíano é
4e’‘ 2e~*
W(t) = = — 6e«
— e-«
ou
X= -f 2 c 2e“ ^ y =
/—2 — 3\
EXEMPLQ 4 (rfx/rfO = I j 4) * ^ E n c o n tr a m o s
soluções linearmente independentes
EXEMPLO 5
/- 5 5 7>
•^ = I —2 2 3 |x em ( —c», 00).
\-4 5 4/
1434 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
S = {Xp rl-
Assim, S é uma variedade linear em com espaço-base 3^.
DEMONSTRAÇAO. Que S é não vazio resulta do Teorema 9. Que
S é uma variedade linear resulta por Álgebra Linear (Teorenia 20 na Seç. 9-13).
De fato, S é a imagem inversa de q por L t L tem núcleo onde X[x] =
= x' — Ax.
EXEMPLO 6 d\
dt
A equação homogênea associada é aquela do Ex. 3. Sua solução geral é
/4e^*\ /2e-‘ \
( at + b \
I, onde a, b, c e
ct d f
d são constantes (coeficientes a determinar). Se substituirmos na equação
diferencial, acharemos que
Para que estas equações sejam válidas para todos os t, devemos ter
d — 3b + Sd 10, 0 = 3g -|- 8 c + 1
c = . fe + d + 2, 0 = fl-|-c-l-2
X p (0 = e a .solução geral é
= C 0 .5 ,)’ - “ <><»•
í^ y ii \
dt ~ \ d t r
dX /2t 3e3» \
d f “ V3#2 -5 se » 5 # /’ °®< < *•
|ir(« )Z (.)l = r ( « ) f + f z
— = — — zz fUt) (
dt du dt \d u /
dx .
-3 - = Ax (14-150)
dt
X = CiXi(í) + t • • + C„X„(í) =
OU
X= x m (14-151)
^ = AX (14-152)
dt
Xo = Xito)e
X~'(to)Xo = c.
Portanto, encontramos c e
dX /3 8\
dt \1 l)
dX ^ /20e^ —26”^
dt \ e
_ /3 8W4e» 2e-‘ \ _ / 2 0 e » -2 e ~ * \
■ ^ ~ \1 l / \ e® —e~V \ 5g® e“v
Vemos que elas são igums. Também det X(jt) = — 6e^, de modo que
X(t) é não singular para todos os t.
Imponhamos condições em t = 0. Achamos fàcilmente que (veja
Seç. 10-12, Ex. l)
x(o)=(í j) , ^ - ( 0 ) = i( ;
f 1 o\
deve ser a matriz fundamental com valor ^ ~ ^ t = 0. Veri
X = X(í) c
x = Jr(r)v(0, (1 4 -1 5 5 )
onde v(l) é uma função vetorial a ser encontrada. Ora, pela regra do pro
duto para funções matriciais,
Esta é a solução a ser satisfeita por v(/) se (14-155) for uma solução da equa
ção não homogênea. Já que X(t) é não singular, obtemos
^ = X -\t)q(tU
V = J X~\t)q{t)dt. (1 4 -1 5 7 )
V = J* X -» q (u ) du, (1 4 -1 5 7 ')
to
1440 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
5 :)
e encontramos que
dx
= 4x — q(r) (14-160)
'di
na qual A = (a,y) e q = ........ q„) são tais que a,y e todos os q,- são de
valor real, dizemos que a equação tem forma real. Para tal equação po
demos procurar as soluções complexas e as soluções reais. Como na Seç.
14-8, a solução real geral pode ser obtida da solução complexa geral simples
mente escolhendo aquelas soluções complexas que são reais; pode-se também
simplesmente tomar a parte real da solução complexa geral. Quando os a,y
são reais, mas q(r) é complexa, podemos escrever
PROBLEMAS
1. Para cada uma das equações diferenciais dadas, verifique se as funções dadas são so
luções em ( — 00, oo) e são linearmente independentes, ache a solução geral e a matriz
fundamental X {t) tal que Jf(0) = /:
7 - 2\ /2e2í\ ( e^\
15 -
-2 2\ /2e3í\ /
=( -1 5
7
- ( -1 0
dx
( \
(2t - t^)e‘
\ l í + 6t - 4t^)e‘l
2, Seja A(t) uma função matricial contínua n por n no intervalo / . Seja X uma matriz
fundamental para a equação dxidt = i4x.
(a) Mostre que, se C é uma matriz constante n por então X (t)C é uma matriz fun
damental se, e sòmente se, C fôr não singular.
(b) Mpstre que, se Y{t) é também uma matriz fundamental, então C pode ser esco
lhida de modo que Y(j) = X(t)C; a saber, C = onde / q é um número
em / . [Sugestão, A A:-ésima coluna de X {t)C é X(j)Ck, onde é o A:-ésimo
vetor-coluna de C]
Observação. Êstes resultados mostram como as diferentes formas da solução
geral de dxjdt = Ax estão relacionadas. Para verificar que x = X{t)c e x = Y{t)c
representam a mesma solução geral, pode-se computar C = X -\ío)Y (to) e Veri
ficar que Y(t) = X(t)C.
3. Üse os resultados do Probl. 2 para mostrar que cada um dos seguintes dá a solução
geral da referida equação diferencial:
_/6e^^+e^ 10e^^ + 2e^\
equação do Probl. l(a).
^ * \ I5e^^ -h 25e^^ -I- 6e^)
!(»■
* = (l5e« + 3 ,- 25.» +
PROBLEMAS 1443
são linearmente independentes, mas, para cada t, os vetores fi(/), faC/) são
vetores linearmente dependentes em
(sen A
sen/ j,
/ COS A
£2 (0 = I senf j,
/s c a t\
f3 (í) = í cos / J
COS t J \s e n t / \sc n t /
/JX dx / 7 3\ /s e n S A
^ d t ~ \ -1 0 - 4 / * ^ \c o s 5 f /*
6. Demonstre: se fi(/),. . . , fjk(/) são definidas em J com valôres em Kn, então as k funções
são linearmente dependentes em relação a coeficientes complexos se, e sòmente se, elas
forem linearmente dependentes em relação a coeficientes reais.
dt
(b) Seja dY jdt — YB, como na parte (a). Escreva o sistema de equações diferenciais
satisfeitas pelos vetores-linha de Y,
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
8. Demonstre: se X {t) é uma matriz fundamental de dxjdt = Ax^ onde A(t) é contínua
em / , então X - \ t ) é continua em J (veja Teorema 18, Seç. 10-13).
9. Demonstre: se A(t), B (t) e dBIdt são funções matriciais n por n contínuas em J com
det ^ jií 0 em / e dxjdt = Ax^ então y = ^(/)x é uma solução de
(.)i(X + Y )= f+ f.
= ■ 'f •
(c) Se X (t) = const., então sua derivada é O.
(d) Se a derivada de X (t) é O, então X (t) = const.
=i f •
Consideramos o sistema
dxi
= S i = 1, • • •, n, (1 4 -1 7 0 )
dt j=l
onde os a^y são constantes. O mais simples é admitir valôres complexos
para iniciar. Quando os são reâis obtemos soluções reais como na
Seç. 14-16. Tôdas as soluções são definidas em (— «>, » ).
Escrevemos as equações na forma matricial:
dx
A = (o.v). (14-170')
X = e^b, (14-171)
Ah = Xb. (14-172)
«n ^\2 flnn
^21 ^22 ^ «2n
= 0. (14-173')
(A — Xl)b = 0, (14-174)
O nA + o„2b2 + • • • + (a»« - = 0.
X= bi X= b.
••• -'In
W(t) =
’n l
A - /3 8\
dt U 1/ ’
Êste é o mesmo que o Ex. 3 da Seç. 14-14. A equação característica é
^ ^ ^ =0 ou — 4 A —5 = 0*
1 1- A
[■(S — 5)x = 0 ( - 2 x + 8y = 0,
ou
llx -I- (1 — 5)y = 0 [ x - 4 y = 0-
c)= rí)
Anàlogamente, para X2 = — 1 obtemos as equações:
(3 -f- l)x + 8y = 0,
í(3 |4 x + 8y = 0»
OU
+ (1 + l)y = 0, [x + 2y = 0*
14-17. SISTEMAS UNEARES HOMOGÊNEOS 1447
_ /4e®‘ 2e~‘ \
- \^ t -e-t)
/- 5 5 7^
dx
-2 2 3 |x .
* \-4 5 41
-5-X 5 7
-2 2 -X 3 = 0.
-4 5 4 -X
—6x + -h 7z = 0>
—2x H- t/ + 3z = Ot
- 4 x -h 5f/ + 3z = 0.
#
A eliminação de z da primeira e da segunda equações ou da segunda e da
terceira dá x — 2>^ = 0. Então, podemos escolher >^ = 1, x = 2 e encon
tramos z = 1 ; as soluções formam o espaço vetorial unidimensional c(2, 1, 1)
e nossa solução é
ou
(1 + li)e^^'
(1 +
^ (-1 +
Agora verificamos que as partes reais e imaginárias desta solução são so
luções e que as três soluções
dx
— = Ax
dt
dx /I —5 \ /6 sen 3 t\
*=V2 0 ;■
( 5cos3f 5sen3t \
cos 3t-I-3sen3í —3 cos 3f + sen3t/
Xp = X(í)Jx-i(í)q(í)ííí-
dx
—r = A x
dt
tem sempre a solução zero x = 0. Diz-se que esta solução é estável se todas
as outras soluções aproximam-se de 0 quando <». Neste caso, as so
luções da equação homogênea são chamadas transientes e cada solução da
equação não homogênea é da forma "solução particular mais transiente"’.
Então, para t positivo e grande, a solução particular domina e pode ser
considerada como o estado permanente. Agora, o Teorema 13 nos dá a
forma geral de uma base para as soluções da equação homogênea. Dessa
informação, concluímos, como na Seç. 14-12, que a solução zero é estável
precisamente quando todos os autovalores de A têm partes reais negativas.
EXEMPLO 2 Discuta o comportamento para t positivo e grande das
soluções da equação
X +
-1 -A 1 1
-1 -2 -A 2 = 0 ou A^ 4- 6A2 -I- 13A -h 20 = 0.
-3 1 - 3 -A
Pelo resultado do Probl. 2(b) que se segue à Seç. 14-13, as raízes da equação
característica tôdas elas têm parte real negativa. Portanto, as soluções da
equação homogênea são transientes e, para t positivo e grande, precisamos
sòmente considerar a solução particular.
Para achar uma solução particular, podemos usar aqui coeficientes a
determinar como se segue. Tentamos encontrar uma solução da forma:
PROBLEMAS
dx /I 1\ dx
1 5 1X .
(a) 1X. (b)
~dt ~ \ 4 - 2 ) ~di ” 1 -1 1 )
dx 3 i dx
|x . (d) |x.
(C) dt I 2 2 ]
~dt ~ ( - . 3 1 )
-1 - 1 - r
dx p dx
(e) 2 (f) 2 1
dt dt V
\2 1 “- r -
1/ \() 1 2
2. Para cada uma das seguintes escolhas de A , determine se a solução zero da equação
d x id í = A x é estável. (N ão é ner.?ssárío achar a solução geral.)
-1
2
PROBLEMAS 1453
/-2 1 1\ /-I 0
(c) í 1 -3 iV (d) [ 0 3
V 1 1 -4/ \ 2 0
3. Seja dada a seguinte equação diferencial:
2 r
dt
0 -3 -1
^ 1 4 -2
(a) Mostre que a solução zero da equação homogênea associada é estável.
(b) Ache a solução particular para q(r) = (2, 1, — 8). [Sugestão. Tente x(/) = c,
um vetor Còriíanle.]
(c) Ache uma solução particular para q(/) = ^^(1, 0, 1). [Sugestão. Tente x(/) = e^c.
(d) Ache uma solução particular para q(/) = (0, 3 cos 2r — sen 2/, — 2 cos 2t + sen 2t).
Observação. As partes (b) e (c) mostram que, mesmo quando d= /o) são auto
valores, uma fôrça externa senoidal de frequência u) pode, mas não necessàriamente,
levar à ressonância.
Afo/as acopladas. Seja uma massa m\ suspensa por uma mola. Seja uma segunda
massa /ri2 suspensa da primeira por uma segunda mola (Fig. 14-21). Então, um equi
líbrio será alcançado por gravidade. Suponha que x\, x t meçam os deslocamentos
para baixo destas posições das duas massas como na figura. Se desprezarmos o atrito,
então, por Mecânica, o movimento vertical do sistema é governado pelas equações
diferenciais
(Px^ <PX2
+ *2(*2 - *l). = -*=2(*2 - *l)-
T» . g
J l
TTll k
*=i
m2 ^ i ^ l - '^ 2
dq
+^ = 1 = 1 , - h-
l - l /■1/(LC)
(L C ) o r \& /u
Mostre também que se g é constante e L < 4R^C, então q c h são representadas por
vibrações amortecidas.
Ilustramos o método:
EXEMPLO 1 ^
= 3x A- Sy -j- t 10^
dt
14-19. MÉTODO DE ELIMINAÇAO 145S
du
^ = x + y + 2# + 2.
at
Êste é o mesmo que o Ex. 6 da Seç. 14-14. Escrevemos agora D = d/dt
e usamos a notação de operador como na Seç. 14-9. As equações podem
ser escritas
(D — 3)x — 8 y = t + 10»
(14-190)
- X -I- (D - l)y = 2í -I- 2.
EXEMPLO 2 dx
= - 3i/,
dt
^ = 3íc -I- 4 y .
dt ^
^ = 0 ou — 2A -1 -1 = 0 .
3 4 —A
Multiplicamos (1) por (Z) — 4) e subtraímos de 3 vêzes (2) para obter uma
nova equação:
(2') (D2 - 2D -f l)x = 0.
14-19. MÉTODO DE ELIMINAÇAO 1457
C ) =( J - jo It .K ) '-
EXEMPLO 3
( 1) “ 2*1 + *2.
Êste é o mesmo que o Probl. l(f) que se segue à Seç. 14-16. A equação
característica é
2 - \ 1 0
0 - 3 -X 1 = 0.
-1 -1 3 4 -A
X2 = “h C2te^ +
= —(D^ — D 4- l)x2 = — C 2 e\t + 1) — c ^ e \ t ‘^ + 2t 2),
X3 = (D -h 3)x2 = 4- ^2(4 ^ 4- l)e^ 4 - + 2t)e^.
Portanto, a solução geral é
-1 -t-1
1 t I c.
4 4í 4- 1 4t^ + 2 t j
Esta pode ser verificada como sendo equivalente à solução prévia (veja
Probl. 2 que segue à Seç. 14-16).
EXEMPLO 4
' 1 1 0
dx
-1 3 0 X.
dt
. 1 -1 2
dx 2 0 - 2
dt -1 1 3
1 1
^1 = e^^{ 3 c^ + C2 4 - C3),
— ^2t
e^^{3c^ C2 — C4),
X3 = C3^^^ 4- c ^ e \ X4 = e ^ \ 2 c^ + ^2 4- C3) — c^eK
por exemplo,
(14-200)
k=p \= p '
=(ò -
J U 0 ),
h i K -H • • • -I- tn^nj
l + c -h - ^ n c ^ - h ••• + ^ -h • • •
2! Kl
= Z + íA + ^ í 2 A 2 + . • . • + + ••• (1 4 -2 0 2 )
2! k\
Notamos que
= A{I + íA -h • • •) = A -f tA^ -f • • •?
e^^A = (7 + íA -h • • -)A = A 4- íA2 + • • o
e portanto, que
Ae^^ = e^^A. (14-203)
4 -e ^ ^ = A + ^ 2 í A 2 -1- . . . -I-
dt 2! k\
= A + tA ^+ . . . 4- ^ í*A *= + i
kl
I t A -\- + ] = Ae^^ . ,
k! )=
Portanto, temos a importante regra para a derivada da função exponencial
i,lA .
14-20. APLICÀÇAO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL 14«1
. (14-205)
^ ^h-tU^A ,
e, para h fixado, pela regra da cadeia [veja Probl. 10(h) que segue à
Seç. 14-16],
A (^ h -tu ^ A ) = -I- =
dt
= —O.
dx
— = Ax
dt
X{t) = e^^.
1462 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
X = e*^x(0).
Y(0 =
le^'* b„„e^‘
\ -1
bn
(14-207)
X11
^ -A x
dt
dx
e —-----e~^^Ax = 0,
dt
^d- ( e - x ) = 0,
e ^^x = c = x(0)í
X = ^^x(0).
PROBLEMAS
1. (a ). . . (f) Use o método de eliminação para achar a solução geral de cada uma das
equações do Probl. 5 que segue à Seç. 14-16.
h 1 -2 5 13 ) * -
/-I 7 i\ /1 3 -2 0 -8 \
dx
6 llx. -9 -4 jx .
di
\-l 3 2/ V 6 -1 0 -3 /
(e) A equação do Ex. 4 na Seç. 14-19.
(f) A equação do Ex. 5 na Seç. 14-19.
dx /I 2\ íe^ — \
(*>■*■ = ( 2 + + 2 e -)‘
í2 4 n
dx
(d)- ^ = 2 0 7\x +
\8 9 8/ \f3 + 3f - 57
{4. Demonstre: se >4 é uma matriz diagonal com elementos diagonais Xi, . . . , X», então
é uma matriz diagonal com elementos diagonais
1464 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
j5. Seja A uma matriz diagonal com autovalores distintos Xi , . . X^. Seja ^(X) = det
(XI — A), Seja
Mostre que a matriz JLa;(^) tem 0 em tôdas as posições exceto na kk, onde 1 ocorre.
Portanto, mostre que
= e^^^L^{A) + • • • + e^”'L^(A).
; 6. Seja B uma matriz n por n com autovalores distintos. Então (veja Seç. 10-21) para
alguma matriz U, B — UAU-^, onde A é como no Probl. 4. Mostre que
Lfc(B) = ULj^{A)U~\
e portanto, que
i = l
/I 2 -5 \
í?. Usando o Probl. 6, determine quando 5 = 1 0 —1 4 |.
\0 0 2/
J8. Suponha que C seja uma matriz n por n com X como seu único autovalor. Então,
(C — X/)"* = O (veja Seç. 10-20), e portanto, (C — X/)* = O para k > n. Mostre que
n - l .k
k= 0
2 1 3'
0 2 -5
,0 0 2.
;10. Seja A uma matriz constante n por n com autovalores distintos a \ ^ í f t , . . . , « « /ft,
' X2S+1, . . . , Xn, onde X2«+i,. . . , X„ são reais. Sejam ui, . . . , u^ autovetores de A asso
ciados com a \ + ifiu . . . , as + i0s, sejam U2«+i, . . . , Un autovetores de A asso
ciados com X28+1, . . Xn. Tenham U2s+i,. . . , Un componentes reais; sejam ui = ui' +
+ /ui",. . . , U5 = Us' + /u'%, onde ui ' , . . . , têm componentes reais. Mostre que as
n funções
eA^\cos — senyS^^f u^') = Re */c = 1, . . ., 5
(*) e®*^(senjS^í uj^ + cos ü]^') = Im k = 1 , s
14.21. SISTEMAS LINEARES AUTÔNOMOS 1465
{k= 1 ,.... s)
D
28 + 1»
e também que as funções (**) são exprimiveis como combinações lineares das funções (*)»
de *modo que ambos os conjuntos geram Portanto, as funções são linearmente
independentes em relação a coeficientes complexos. Agora, mostre que isto implica
que elas são linearmente independentes em relação a coeficientes reaist]
11. Demonstre: para tôdas as matrizes quadradas A, é não singular. [Sugestão, e*^ é
uma matriz fundamental de dxjdt = Ax.]
Aqui, A = (oii) e as 0,7 são constantes reais. Já que t não aparece no lado
direito, o sistema é autônomo (Seç. 14-1). Cada solução provê um caminho
X l = X*(f), X j = X 2(í)
“ ^o)’ ^2(0 = - O-
Então, tanto (a:i *(0, ^2*(0) como (xi(t — to), X2(t — ío)) são soluções de
(14-210) e concordam para t = to\ portanto, pela unicidade das soluções,
elas concordam para todos os t. Logo, afora o atraso ou antecipação em
tempo, existe somente um caminho-solução através de cada ponta
no plano.
EXEMPLO 1
dx ^ / I —2 \
= L -4 /
A equação característica é
1- A -2
= 0 ou A2 + 3X 2 0.
3 -4 - A
2 e -^ \/c A
\e - ‘ 3 e -^ /\c J
OU
Notamos que —►0 e X2 —►0 quando / —> <» e que jci —►<» e JC2 ®
quando / — oo. Outras propriedades do gráfico são encontradas com a
ajuda de derivadas, como na Seç. 6-4. Esta solução e aquelas para outras
escolhas de ci, C2 estão desenhadas na Fig. 14-23. As setas apontam no
sentido de / aumentando.
FIg. 14-23. Nó
-I-
X 2 < X i< 0 . (14-213)
^2 = -h
%2 _ ^1^2 "F
Xi ~ + C2k-^e^^^ -h ^
e, já que X2 < Xi, x j x i quando / > co. Isto implica que a solução
se aproxima da origem na direção tangente à solução radial X\ = cihié^^\
X2 = CiA2^^^^; isto está ilustrado na Fig. 14-23.
14-21. SISTEMAS LINEARES AUTONOMOS 1449
EXEMPLO 2
dx
dt - L I - I h
À solução com Ci = 1, C2 = 0 é
Pela regra da Seç. 6-5 (B^ — 4ÀC < 0), esta curva de segundo grau é uma
elipse. Verificamos também pelas equações paramétricas que, à medida
que t aumenta, a elipse é traçada no sentido dos ponteiros do relógio.
O caminho real (14-215) difere do caminho elíptico por causa do fator
À medida que t aumenta, e~^ diminui aproximando-se de 0. Portanto, o
caminho deve mover-se em espiral em direção à origem aproximando-se
dela quando / 00. Pela semelhança dos caminhos, todos os outros ca
minhos são também espirais e obtemos a configuração da Fig. 14-25, cha
mada um foco. A origem é evidentemente um ponto de equilíbrio estável.
14-21. SISTEMAS LINEARES AUTÔNOMOS 1471
EXEMPLO 3
íÈc _ /2 —1 \
- 2/ ’
+ ^2^ = 1.
^ = F (y ) (14-216)
(14-217)
dx
— = Ax, (14-218)
dt
PROBLEMAS
1. (a) Verifique o gráfico na Fig. 14-23 das soluções do £x. 1.
2. Para cada uma das seguintes escolhas da matriz A, ache a solução geralda equação
diferencial dxjdt = A x e diga se se tem um nó, um foco,um ponto de sela ou um centro
e diga se a origem é um ponto de equilíbrio estável.
^ --1 1 }
1474 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
« ( J o ) « (-_ * ; S )'
3. Para cada uma das seguintes escolhas da matriz A, a equação diferencial dx/dt = Ax
ilustra um caso não incluído nos casos de I a IV discutidos no texto. Ache a solução
e desenhe as soluções:
'•'C: í )
4. Para mostrar a semelhança dos gráficos das soluções da Eq. (14-210) demonstre: se
^1 = /i(0 » ^ 2 = Â U ) é uma solução, então, assim o é xi = X2 = kfiit) para
qualquer constante k. Interprete o resultado em função de espaços vetoriais.
5. Para cada um dos seguintes sistemas não lineares, mostre que a origem é um ponto
de equilíbrio, ache o sistema linear aproximador na origem, determine o tipo de confi
guração para o sistema linear e daí, determine se a origem é um ponto de equilíbrio
estável para o sistema não linear dado.
dx2
—3 s e n x i + 4(g^- — 1),
~dT ^ dt
1_ dx2
—5x^ -h 4^2 + XjX2,
dt “ ~df ~
[Sugestão. Veja o Probl. 2(b).|
^ ^ ^1 - ^2 __ -h
dxo _ __________ _
dt I X2 ' dt 1 -f Xj 4- ^2 *
(X - xf
/ ( ^ o ) + / ' ( ^ o ) ( * - * 0) + / " ( * o ) 2!
(X - XoT
(14-220)
n\
Sob condições apropriadas esta série converge p a ra /( a:) num intervalo com
centro Xq.
14-22. SOLUÇÃO POR SÉRIE DE POTÊNCIAS 1475
y = F {x .y ) (Í4-221)
y ' = x + y + ^ , y = 0 para x = 0.
Notamos que é difícil achar uma fórmula geral para o n-ésimo desta série.
1476 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÃRIAS CAP. 14
y (n ) _ j-y (n -2 ) ^ _ 2 )y ^ ” ~3)
, = i + 0, + | - | i + . . ,
y = Co -h CiX -f • • • -h c^x" -h • • •,
de modo que
y ' = Cl H- 2 c2X -I- • • • -h n c^ x ^ ^ + ••
y" = 2c2 + 6C3X -h • • + n(n — l)c„x""2 -|- . . .
Raciocinamos então que o lado esquerdo pode ser arranjado como uma
série de potências em x e que a soma de tal série pode se reduzir a 0 em um
intervalo sòmente se o coeficiente de fôr 0 para cada n (Seç. 8-17). O
coeficiente de x^ é 2c2 + Co e o de x^ é 6cz + 4ci, . . . , de modo que po
demos concluir:
2 c2 -H Cq = 0, 6C3 -h 4 c i = 0, I2C4 -h 7 c2 = 0,
e, em geral,
1
^2 — “ "2 ^0» ^3 “ 0 ^1» ~ 12
e, em geral, há uma fórmula de recorrência:
3n - 5
n ( n - l ) ^n-2 ■
1478 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS CAP. 14
- ( 3 n - 5) - (3 n - 11) -7 -1
Cr, =
n(n - 1) (n - 2)(n - 3) 4 -3 2 - 1 ^0 í
se n fôr ímpar,
_ _ (3 n - 5) ^ -(3 n - 11) -4
n (n — 1) (n — 2)(n — 3) 3 -2
( - l ) ( - 7 ) - . . ( - 3 n + 5)
= 0 .(lV Í x”) +
' n -2
n!
npar
A x I f ; ( - 4 ) ( - 1 0 ) - - - ( - 3 n + 5)
+ C X” ,
' n=3 n!
n impar
( - I f l • 7 ••• (6 fc -5 )
x2'=)-t-
+ .1 (2i)I
i - l ) H • 10 . (6fc - 8)
+ c,(x+ J
(2fc - 1)1
- x y ' - (x2 -
y" = = F(x, y, y')
Daí,
x2yi' + xy{ (x2 - jt2)yi = k(k - l)x* -I- Ci(Jk -I- 2){k + l)x*+2 -I-
-I- c^(k + 4)(lt -I- 3)x*+“ -I- • • • -I- c„(jt -I- 2n)(Jt -I- 2n - l)x*+2» + ■■■ +
-H fcc* -H Ci(k + 2)x*+2 4- C2Ík -I- 4)x*f"''^ -H • • • -H c„(k -t- 2n)x*'*'^" +
+ . . . + **+2 + dX^+4 ^ c2X*+« -I- • • • -I- C,X*+2"+2 + ----- ^
- it2ciX*+2 _ jt2c2X*+< - . . . - it2c„x''+2» _ . . . = Q.
-1
c. =
^ 4(fc + 1)
O coeficiente de + é
= —■ ^n-l