ABSTRACT
The entrance again competitive in the market, the products substitutes' threat, the rivalry of
the competitors already existent, the power of the customers' bargain and of the suppliers,
they are aspects that should never be unknown for a company, sees the importance of your
positioning more and more in an atmosphere competitive. In that perspective this article
intends to analyze Cabral & Sousa, distributing company of nutritious products of the areas
Southwest, South and West of Bahia, according to the vision of the Five Forces of Porter and
the Model of the Chain of Value. For that, bibliographical researches were accomplished and
of field, this through a questionnaire, for rising of data of the section, diagnosing the
competitive strategies in vigor. In that way, this work points significant contributions for the
local economy, subsidizing the study of Marketing.
A entrada de novas empresas numa indústria traz diversas condições que podem afetar
positiva e negativamente o setor, como nova capacidade, recursos substanciais, os preços
podem cair ou os custos dos envolvidos inflacionarem, reduzindo, assim, a rentabilidade. A
ameaça de entrada em uma indústria depende das barreiras de entrada existente justamente
com a reação esperada pelo entrante para os concorrentes já existentes. Segundo Porter (1986,
p. 25) seis são as principais barreiras de entrada, mas a seguir destacamos as que encaixam no
estudo realizado:
Economias de escala: referem-se à diminuição dos custos unitários de produção à
medida que o volume absoluto por período aumenta. A entrante deve está consciente do risco
e dificuldade que irá enfrentar e deverá atuar de forma igualitária às empresas já existentes ou
ingressar em pequena escala, sujeitando-se as desvantagens de custo.
Diferenciação do produto: as empresas já atuantes no mercado conseguiram
desenvolver e estabelecer suas marcas, com esforço, tempo no mercado, serviço ao
consumidor, dentre outras variáveis, criando um sentimento de lealdade do consumidor para
com a marca envolvida. A empresa entrante deve atuar de forma a desvencilhar o consumidor
à marca e investir na nova marca.
Acesso aos canais de distribuição: a distribuição dos produtos é sem duvida, uma
condição determinante e atuante que as empresas enfrentam para conquistar e estabelecer-se
no mercado. As novas empresas, considerando o fato que os canais de distribuição lógicos já
estão sendo atendidos pelas empresas já atuantes, devem encontrar e criar condições para que
os canais, varejo e atacado, aceitem o seu produto concedendo-lhe espaço, por meio de
descontos de preço, intensiva ação publicitária, entre outros.
A rivalidade existente entre as empresas na indústria ocorre em virtude da disputa por
posição no mercado, sendo conseqüência da interação de vários fatores estruturais. Na
maioria das indústrias, as empresas são mutuamente dependentes, a estratégia desenvolvida
por uma, logo é igualada pelos rivais.
Os custos de mudança, que são baseadas pelo comprador em grande parte no preço e
serviço, resulta numa concorrência intensa pelas indústrias no sentido de atender as
expectativas do consumidor nessas variáveis.
No que diz em relação ao número de concorrentes no setor, algumas empresas podem
chegar a acreditar que fazem movimentos sem ser notado, pelo fato da probabilidade de
divergência entre elas ser grande.
A existência de produtos substitutos oferecidos pela indústria acirra a competição
entre as empresas no setor. A consequência básica para a indústria, é que os substitutos
reduzem os retornos potenciais, colocando um teto nos preços que as empresas fixam com
base em seu lucro esperado.
Os produtos substitutos que exigem maior atenção são aqueles que (1) estão sujeitos
a tendências de melhoramento do seu “trade-off” de preço-desempenho com o
produto da indústria, ou (2) são produzidos por indústrias com lucros altos. No
último caso, muitas vezes os substitutos entram rapidamente em cena se algum
desenvolvimento aumenta a concorrência em suas indústrias e ocasiona redução de
preço ou aperfeiçoamento do desempenho. (PORTER, 1986, p. 40)
3 CADEIA DE VALOR
Outra abordagem que pode ser utilizada pela empresa para obter vantagem
competitiva perante os seus concorrentes é a Cadeia de Valor, que “consiste em uma síntese
de atividades executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar um
produto” (KOTLER, 2006, p. 26). Esse processo tem o objetivo de identificar maneiras pelas
quais se podem criar mais valor para o cliente.
Infra-estrutura da empresa
ATIVIDADE DE
MARGEM
Desenvolvimento de tecnologia
Aquisição
MARGEM
ATIVIDADES PRIMÁRIAS
4 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS
Após a análise das forças competitivas e suas causas básicas, a empresa deve
identificar os seus pontos fortes e fracos em relação ao setor. Ela deve assumir um
posicionamento estratégico quanto as causas básicas de cada força competitiva. De acordo
com Porter (1986, p. 45), “uma estratégia competitiva efetiva assume uma ação ofensiva ou
defensiva de modo a criar uma posição defensável contra as cinco forças competitivas.”
A estratégia de posicionamento vai agir como defesa contra tais forças ou como a
decisão de posições na indústria onde estas forças sejam mais fracas. Enquanto essa é uma
maneira de defesa, existe a estratégia para assumir uma posição ofensiva, no caso de
influenciar o equilíbrio. “Esta postura é determinada para fazer algo mais do que
simplesmente enfrentar as forças propriamente ditas; ela visa alterar suas causas” (PORTER,
1986, p. 45).
Segundo Porter (1986, p. 46), a evolução da indústria traz todas as mudanças nas
fontes estruturais da concorrência. Essas modificações devem ser aproveitadas através da
escolha de uma estratégia apropriada ao novo equilíbrio competitivo antes que os rivais a
identifiquem.
5 DEFININDO O SETOR
Nos canais de distribuição, em que um produto embalado chega ao seu destino final -
o consumidor - o atacado apresenta-se como um agente intermediário no escoamento da
produção industrial, pois é através dele que os pequenos e médios varejistas negociam os
produtos que chegam a milhões de lares.
Segundo Cobra (1993, p. 298), “atacadista é toda pessoa física ou jurídica que vende a
varejista e a outros comerciantes, e/ou a indústrias, instituições e usuários comerciais, mas
que não realiza venda em grandes quantidades ao consumidor final”.
Os atacadistas diferem dos varejistas em vários pontos:
Em geral, essa diferença é caracterizada pelo volume de vendas, pelo tipo de cliente e
pelo tratamento que o governo exerce em cada um deles. Os atacadistas, assim como os
varejistas, devem tomar decisões quanto aos mercados alvo, ao sortimento de produtos e
serviços, ao preço, à promoção e também à localização.
De acordo com Kotler (2006, p. 518), há cinco tipos de atacadistas: atacadistas
comerciais (distribuidores ou estabelecimentos intermediários), atacadistas de serviço
completo (como atacadistas comerciais e distribuidores industriais), atacadistas de serviço
limitado (como atacadistas pegue e leve, volantes, intermediários, abastecedores, cooperativas
de produtores e mala direta), corretores e agentes (incluindo representantes dos fabricantes,
representantes de vendas, compradores e agentes comissionados), atacadistas especializados
(cooperativas agrícolas, depósitos e terminais de petróleo e empresas de leilão). Outros tipos
são filiais de vendas de fabricantes e de varejistas, que fazem as operações no atacado entre
fabricantes e compradores, sem a intermediação de atacadistas.
No Brasil, este setor sempre terá uma importante função como intermediador
estratégico da indústria no atendimento de canais de distribuição de menor porte (varejistas e
supermercados) em um país de extensão continental. Assim, o atacado cresce a cada ano,
acompanhando o próprio ritmo de crescimento do país, ou seja, cada dia surge novos bairros
nas grandes metrópoles e novos povoados que acabam se tornando pequenas cidades,
formando um mercado potencial.
De acordo com os dados da Revista Distribuição (maio/2009), o crescimento do
atacado em 2008 foi de 8,5% com relação a 2007, com um faturamento de R$ 120,8 bilhões.
O gráfico seguinte contém a evolução do faturamento dos anos de 2000 a 2008:
Fonte: ABAD/Nielsen
Dos 120,8 bilhões de reais faturados pelo setor em 2008, levando-se em consideração
o faturamento com base na sede da empresa, a participação das regiões se divide em Sudeste
(61%), Nordeste (17%), Sul (10%), Norte (5%) e Centro Oeste (7%). Tendo como base de
análise o faturamento no destino de vendas, os Estados do Sudeste (40,9%) e Nordeste (29%)
tiveram presença mais significativa, seguidos pelo Sul (12,8%), Centro Oeste (10,3%) e Norte
(7%).
Fonte: ABAD/Nielsen
Fonte: ABAD/Nielsen
Segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD, maio/2009)
o faturamento do atacado na Bahia em 2008 chegou a R$ 1,429 bilhão. O Estado é o primeiro
no ranking da Região Nordeste e conta com uma carteira de clientes de mais de 105,6 mil
clientes ativos.
Vitória da Conquista é o terceiro maior município da Bahia e se destaca no setor
atacadista com as seguintes empresas: Atacadão, Apoio Logístico, Cabral & Sousa, Concord,
Elo Distribuidora, Garra Distribuidora, Komine Distribuidora, Líder Distribuidor, Atacadão
Pontual.
Esses atacadistas se classificam em quatro principais funções, que determinam o
sistema de distribuição:
Atacado de Autosserviço: Forma de atacado em que o empresário varejista vai até
a loja e, à maneira do consumidor de autosserviço, separa os produtos e os coloca
no carro, pagando na saída.
Atacado de Balcão: A modalidade mais antiga de atacado, em que o varejista vai
até o depósito, faz as suas compras entregando a lista a um atendente e as leva em
veículo próprio.
Operador Logístico: É a empresa que além de fazer a distribuição física do
produto, como qualquer outro distribuidor, também executa a movimentação e a
armazenagem das cargas para a indústria, que não precisa manter depósito na
determinada região em que atua o seu operador logístico.
O atacado enfrenta consideráveis desafios, como por exemplo, a resistência de seus
clientes ao aumento de preços, seguidos da maior exigência de serviços diferenciados. Assim,
Os atacadistas vêm enfrentando pressões competitivas cada vez maiores nos últimos
tempos. Têm se defrontado com novas fontes de concorrência, clientes mais
exigentes, novas tecnologias e maior quantidade de programas de compras diretas da
parte de grandes compradores empresariais, institucionais e varejistas. O resultado é
que foram obrigados a aprimorar suas decisões estratégicas sobre mercados-alvo e
posicionamento e sobre mix de marketing – sortimentos de produtos e serviços,
preços, promoções e localização. (KOTLER, 2003, p. 354)
6 ANÁLISE DA EMPRESA
6.1 Histórico
A Cabral & Sousa foi constituída no ano de 1976. Na época, o nome era Cabral &
Silva Ltda. O quadro administrativo inicial era composto por Manoel Cabral, Idalício Silva,
Zorilda Cabral e Noêmia Oliveira. Com as mudanças bruscas no setor econômico, que
abalava diretamente a conjuntura econômica da empresa, houve a necessidade de que se
paralisassem as atividades por um curto período. Em 1988 a então Cabral & Silva recomeça
suas atividades. O nome “Silva” fora substituído por “Sousa”. A nova formação
administrativa ficou com Manoel Cabral, Maria de Fátima e Antonio Alves Cabral, que deram
início à atual Cabral & Sousa e estão juntos até os dias atuais.
Atualmente a empresa conta com um quadro funcional de 160 funcionários
distribuídos na Matriz e Filial, ambas localizadas em Vitória da Conquista, na avenida Régis
Pacheco. Sua área de atuação abrange 160 cidades localizadas nas regiões Sudoeste,
Recôncavo e Extremo Sul da Bahia. A Cabral & Sousa possui no seu cadastro 5.000 clientes
ativos distribuídos em sua área de atuação. O seu MIX de produto é composto por 3.000 itens
dos quais os seus principais fornecedores são: Cory, Adams, Doces Jazam, Fraldas Sapeka,
Hypermarcas, Papel Higiênico Fofinho, Colgate Palmolive, Embaré, Biscoistos Naga, Fraldas
Maxfral, Vinhos Pérgola e Doces Confirma.
O processo de pré-venda é realizado por um vendedor que segue o roteiro de visita
semanal aos clientes, no caso das vendas externas, observando e apontando as necessidades de
reposição e as possibilidades de positivar um novo produto. Essa etapa não acontece no caso
da venda a balcão, em que o vendedor faz o contato via telemarketing, levantando
informações das necessidades de compra. Toda força de venda da Cabral & Sousa é
informatizada, os seus profissionais visitam os clientes em seus estabelecimentos enviando os
pedidos à empresa via internet, e depois passa pelo processo de separação, conferência e
embarque.
A empresa Cabral & Sousa têm uma equipe composta de 20 pessoas para realizar o
pós-venda. Após o vendedor realizar a venda, a equipe é direcionada para os pontos para
realizar arrumações de pontas de gôndolas e abordagens aos clientes para observar a sua
satisfação e logo após é emitido um feedback a empresa .
A logística da Cabral & Sousa é dinâmica e estruturada. O produto chega até a loja
Filial onde é direcionada para a área de armazenagem. A empresa conta com uma frota
própria de 16 veículos e 12 veículos terceirizados.
6.2 Missão
Ampliar sua área de atuação no cenário baiano e manter um crescimento cada vez
maior na qualidade dos serviços prestados.
6.4 Valores
As evidências percebidas através dos dados obtidos pelo levantamento, pela técnica de
questionário, bem como, o embasamento na literatura consultada permitem que se conclua a
importância da análise das principais abordagens de Michael Porter e outros autores, no que
diz respeito às estratégias de marketing.
Com base no estudo realizado constatou-se que o desenvolvimento do setor atacadista
e distribuidor de Vitória da Conquista vêm acompanhando as taxas de crescimento anuais do
setor. Porém, segundo dados do IBGE (junho/2009), o comércio (atacadista e varejista) teve
uma taxa negativa de 6,0%, em relação à participação no PIB. Nas empresas estudadas, houve
uma queda no faturamento, que pode ser justificada pela crise financeira mundial - as notícias
sobre a crise e desemprego no país, acabaram gerando uma redução no consumo - e/ou pela
entrada de um concorrente potencial no cenário abordado – verificado na diminuição do
volume de vendas, ou seja, a maior disputa pela mesma fatia do mercado.
Entretanto, com o aumento da concorrência, a estratégia adotada por parte das
empresas no setor foi explorar essas mudança, aumentando seus investimentos e criando
parcerias com novos fornecedores e, em conseqüência, expandindo o mix promocional para
conquistar novos mercados, visando o aumento da rentabilidade que se manteve estável
durante esse período.
REFERÊNCIAS
KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
______. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
Revista Distribuição. 364 Maiores Empresas do Atacado Distribuidor. São Paulo: Editora
Brasileira de Comércio, 19 ed., 2009 – Anual.