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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

_ __ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE


TAGUATINGA/DF

Gabriela, brasileira, solteira, desempregada, RG nº XXX, CPF nº XXX,


residente e domiciliada a Rua xxx, nº xxx, Taguatinga Distrito Federal, CEP
xxx, endereço eletrônico xxxxx@xxxx, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado com procuração
anexa, com escritório no endereço xxxxxxxxxx, nº xxxx, Taguatinga/DF, com
fulcro na Lei 1 1.804 /2008, propor a presente.

AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS

Em face de Tomás, brasileiro, empresário, solteiro, natural do Rio de


Janeiro, portador do Rg nº xxxx, inscrito no CPF nº xxxx, residente e
domiciliado á Rua xxxx, nº xxx, Bairro xxxxx, cidade (UF), CEP xxxxx, com
endereço eletrônico xxx@xxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos.

I - DOS F AT OS

A requerente e o requerido se conheceram no ano de 2019, quando o


mesmo por ser um prospero empresário visitava Brasília semanalmente
para tratar de negócios. Desde então passaram a namorar e a Autora
passou a frequentar todos os lugares com o Demandado, que sempre a
apresentou como sua namorada.

Após algum tempo, a autora engravidou do Demandado. Este, ao


receber a notícia, se recusou a reconhecer o filho, dizendo que o
relacionamento estava acabado, que não queria ser pai naquele momento,
razão pela qual não reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria
contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da
criança, que deveria ser criada pela Autora sozinha.

A Autora ficou desesperada com a reação do Réu, pois quando da


descoberta da gravidez estava desempregada e sem condições de custear
seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, conforme
atestado por seu médico, era de risco.

Como sua condição financeira também não permitia custear as


despesas necessárias para a sobrevivência da futura criança, a Autora
necessita de ajuda financeira do Demandado para suprir suas necessidades
gravídicas, o demandado, por outro lado, possui plena suficiência
econômica para tal, vivendo com boas condições financeira.
A autora possui um farto acervo probatório, como conversas por
aplicativos de mensagens, fotografias, declarações de amigos e
documentos que são suficientes para demonstrar a paternidade do Réu,
conforme juntados aos autos.

É de imperiosa justiça a obtenção dos valores que permita cobrir


despesas hospitalares, médicas e todas outras decorrentes do período de
gravidez, sendo observado, por certo, o binômio necessidade da
Requerente e possibilidade econômica do Requerido.

Dessa forma, não restando outra escolha, intenta a presente ação


de alimentos gravídicos para ver suas necessidades e a de seu filho sejam
atendidas.

II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

II.I DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

É garantida àqueles que não tiverem condições de arcar custas a


concessão do benefício da gratuidade, conforme art. 1º, § 2º, da lei
n. 5.478/1968 c/c caput do art. 98, do Código de Processo Civil.

Pois bem, a Autora é pessoa hipossuficiente, não possuindo


condições econômicas para arcar com as despesas do processo, sem
prejuízo de seu próprio sustento e da criança que hora gera.

Assim, diante da condição da Autora, requer a concessão do


benefício da gratuidade de Justiça.

II.II DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA NO MÉRITO

Os alimentos gravídicos compreendem ''os valores suficientes para


cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela
decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação
especial, assistência médica e psicológica, exames complementares,
internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e
terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz
considere pertinentes'' (art. 2º, da lei n.11.804/2008).

Com todo o arcabouço probatório juntado aos autos, fica evidente


os indícios da paternidade e, portanto, o dever de prestar os alimentos.
Reitera-se que o pedido se funda no direito à vida do feto, sendo
imprescindível a concessão dos alimentos para um bom período de
gestação, certo que a Autora não possui condições de arcar sozinha com
os custos dada sua situação econômica.
Chama-se atenção ao fato de que, mesmo após o nascimento, os
alimentos deverão continuar a serem prestados, sendo convertidos em
pensão alimentícia em favor do menor.

Nesse sentido, o art. 6º caput e parágrafo único, da lei n.


11.804/2008 irá instituir que;

Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará


alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança,
sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte
ré.

Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos


ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma
das partes solicite a sua revisão.

Devendo o procedimento ser regulado pela referida lei e,


subsidiariamente, pelo CPC, conforme estabelece seu art. 11º (lei n.
11.804/2008).

Ficando comprovado os indícios de paternidade, a necessidade da


Autora dos alimentos para sua boa gestação e a possibilidade econômica
do Requerido, requer a concessão imediata dos referidos alimentos no
valor de R$ 2.500 (dois mil e quinhentos reais).

III - DA FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

A prestação de alimentos em nosso ordenamento jurídico é


revestido de proteção especial, dada sua importância para a sobrevivência
de quem o pede.

Por ser uma necessidade atual, a fim de suprir com a falta de forma
imediata, é imprescindível a fixação de alimentos provisórios no valor de
2.500 (dois mil e quinhentos reais) ou no importe que o Juízo achar justo e
pertinente, sempre observando o binômio necessidade x possibilidade
presentes no art. 1.694, §1º do código Civil.
IV- DOS PEDIDOS

Diante todo o exposto, requer a parte autora:

a) a citação do réu para, querendo, responder à ação sob pena de incidir


os efeitos da revelia; no prazo de 5 de (cinco) conforme disposto no art.7º
da Lei nº 11.804/2008.
b) a produção de provas por todos os meios em direito admitido, mormente
prova documental;

c) intimação do Ministério Público para acompanhamento do feito;

d) a concessão do benefício da Gratuidade de Justiça.

e) antecipação de tutela com a observância do binômio: necessidade da


requerente e possibilidade do requerido;

f) no mérito, a fixação de alimentos gravídicos com a procedência do


pedido formulado pela autora;

g) a conversão dos alimentos gravídicos em pensão alimentícia para o


menor após o seu nascimento;

h) a condenação do réu em custas e honorários advocatícios;

Da se a causa o valor de R$ 30.000 (trinta mil reais), nos termos do art.


292, inciso III, do Código de Processo Civil.

Nestes termos,

Pede e Aguarda deferimento,

Local, data, ano

ADVOGADO

OAB

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