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1. Introdução ........................................................................................................................... 1
4. Conclusão ......................................................................................................................... 13
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1. Introdução
A psicologia busca lidar com essa nova demanda, contribuindo para a atenção em saúde do
idoso. A avaliação neuropsicológica tem um papel muito importante diante dessa realidade,
fornecendo subsídios para o diagnóstico precoce e promovendo medidas de intervenção que
podem retardar a deterioração cognitiva.
A avaliação neuropsicológica pode ser definida como um exame detalhado e objetivo das
funções cognitivas (processos mentais como memória, atenção, habilidades visuoespaciais,
linguagem, etc), que tem como objetivo identificar as possíveis consequências de doenças,
lesões, disfunções que possam estar relacionadas com o comportamento e o desempenho
cognitivo dos indivíduos. Normalmente, a avaliação érealizada pelo psicólogo utilizando
baterias que envolvem mais de um teste para avaliar cada habilidade.
1.1.Objectivos do trabalho
1.1.1. Objectivo geral
1.2.Metodologia do trabalho
A metodologia é um instrumento de diretrizes que orientam a investigação científica, ou seja,
um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e
resolver problemas de aquisição objectiva do conhecimento de uma maneira sistemática, Gil
(1999). A realização desse trabalho teve como suporte metodológico:a técnica bibliográfica.
a) Técnica bibliográfica
Segundo Gil (1999), esta técnica explica um problema fundamentando-se apenas nas
contribuições secundarias, ou seja, nas informações ou dados extraídos em livros de leitura
corrente de referencias de diversos autores que versam sobre o tema seleccionado para o
estudo.Esta técnica tem a ver com o facto de que para a nossa pesquisa consultamos livros
científicos relacionados com o tema e com as teorias usadas.
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2. Debate conceprual
Neuropsicologia é a ciência dedicada a estudar a expressão comportamental das disfunções
cerebrais, segundo a definição de Muriel D. Lezak. O conceito de Neuropsicologia para Luria
(1981) é a ciência cujo objetivo específico é a investigação do papel dos sistemas cerebrais
individuais nas formas complexas da atividade mental. E para Lezak (apud AMBRÓZIO,
RIECHI 2005, p.3) “Ciência dedicada a estudar a expressão comportamental das disfunções
cerebrais.”
2
3. Avaliação Neuropsicológica
A avaliação neuropsicológica (ANP) é um proce- dimento de investigação que se utiliza de
entrevistas, observações, provas de rastreio e testes psicométricos para identificar rendimento
cognitivo funcional e investigar a integridade ou comprometimento de uma determinada função
cognitiva.
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as disfunções funcionais por meio da estrutura cerebral, e sim as disfunções funcionais pela
avaliação das respostas do sujeito a determinados testes e escalas que têm em seus resultados
as respostas esperadas para cada um (LEZAK, 2004, p.15).
A avaliação neuropsicológica é um
tipo bastante complexa de avaliação
psicológica, porque exige do profissional
não apenas uma sólida fundamentação em
psicologia clínica e familiaridade com a
psicometria, mas também especialização e
treinamento em contextoem que seja
fundamental o conhecimento do sistema
nervoso e de suas patologias.
No processo de avaliação Lezak (2004) explicita em dois tipos de questões, as questões
diagnósticas e as questões descritivas, a primeira busca entender as queixas do paciente e seus
principais sintomas, enquanto a segunda busca entender como esses sintomas tem se
manifestado (LEZAK, 2004, p. 100). De modo geral, a primeira é focada na identificação do
problema e a segunda no desenvolvimento deste. Em neuropsicologia o profissional deverá
estar preparado para entender o comprometimento neurológico e diferenciá-lo de um
comprometimento devido causas emocionais. Nesse sentido, fica claro que uma avaliação
neuropsicológica não irá dar um diagnóstico neurológico, mas contribuir para o processo de
diagnóstico juntamente com outros profissionais (LEZAK, 2004, p. 101).
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v. Avaliação com foco para os aspectos legais, gerando informações e documentos sobre
as condições ocupacionais ou incapacidades mentais de pessoas que sofreram algum
dano cerebral ou doença, afetando o sistema nervoso central. (MIOTTO, 2012;
MÄDER-JOAQUIM, 2010).
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subsídios individuais que contribuem para o auxílio do tratamento (CAMARGO,
BOLOGNANI e ZUCCOLO, 2008).
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necessário estabelecer parâmetros técnicos, onde instrumentos como: entrevistas, a observação,
e principalmente os testes psicológicos ajudam identificar problemas presentes na criança, por
exemplo, no que diz respeito a aprendizagem.
3.2.1.1.Testes utilizados
Estão relacionados a seguir alguns testes utilizados na avaliação neuropsicológica,
descrevendo-se, de maneira sucinta, as potencialidades de cada teste ou bateria como
instrumento de ajuda na investigação neuropsicológica.
a) Inteligência
O teste WPPSI5 (do inglês Wechsler Preschool and Primary Scale of Intelligence - Escala de
Inteligência Wechsler para Pré-Escolares e Primário) é uma versão para crianças menores das
escalas Wechsler, permitindo avaliar a inteligência de crianças entre 4 e 6,5 anos. É constituída
por seis subtestes verbais e cinco de natureza manipulativa. Normalmente, a aplicação de cinco
subtestes de cada uma das subescalas (verbal e de execução) é suficiente para uma análise
fidedigna. A escala também permite recolher algumas informações sobre a organização do
comportamento da criança.
b) Memória
Para esta função, são utilizados instrumentos que avaliam a capacidade de aprendizado de
funções de memória, como, por exemplo, o Teste de Aprendizado Auditivo Verbal de Rey
(Rey Auditory Verbal Learning Test - RAVLT) e o Teste de Aprendizado Visual de Desenhos
de Rey (Rey Visual Design Learning Test - RVDLT). Os testes que envolvem aprendizado,
isto é, a repetida exposição ao material a ser recordado, são mais sensíveis para detectar
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prejuízos de memória do que testes apresentados somente uma vez. No teste de Aprendizado
Auditivo Verbal de Rey (Figura 3), lê-se a lista de palavras para o examinando, pausadamente,
cinco vezes consecutivas. Após cada uma das vezes em que são apresentadas as 15 palavras, o
sujeito deve fazer a evocação do material, sem precisar seguir a mesma ordem de apresentação.
O WRAML (do inglês Wide Range Assessment of Memory and Learning Short Form) é um
instrumento psicométrico destinado a avaliar a capacidade de aprender e memorizar ativamente
vários tipos de informação em pacientes na faixa etária de 5 a 17 anos (memória visual,
aprendizado verbal, memória para histórias).
c) Linguagem
Um dos testes mais utilizados para a avaliação da linguagem é o Boston Naming Test, que
utiliza figuras de objetos para avaliar a capacidade de reconhecimento e nomeação. É
empregado em crianças com dificuldades de compreensão ou produção de palavras ou material
verbal escrito. Pode ser usado a partir dos 6 anos de idade. Também são utilizados o Teste de
Fluência verbal (FAS, do inglês Verbal Fluency), testes de compreensão, como o Teste de
Token, compreensão de textos, escrita e leitura.
Em muitas das crianças com lesão cerebral, encontram-se alterados os canais formais de
expressão e comunicação com o meio. Sendo assim, o profissional por vezes precisa criar
estratégias a fim de que a criança possa se comunicar e, então, interagir e melhor entender o
que se passa com ela. Devemos auxiliar a criança a nos mostrar seu potencial e a comunicar-
se utilizando recursos que lhe possibilitem compreender o que está sendo solicitado, a
representar o que compreende e/ou quer realizar (através de gestos, mímicas, fala, expressão
gráfica ou ação)
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O Bayley II1 é um teste destinado à avaliação do desenvolvimento de crianças nas idades de 1
a 42 meses. O teste é dividido em três escalas: motora, mental e de comportamento, com
quociente de desempenho para cada área. As três escalas são consideradas complemen tares,
tendo cada uma sua importância na avaliação da criança. A escala mental avalia aspectos
relacionados com o desenvolvimento cognitivo e com a capacidade de comunicação
(capacidade de discriminar formas, atenção, habilidade motora fina, compreensão de
instruções, nomeação, resolução de problemas e habilidades sociais).
A escala motora avalia o grau de coordenação corporal (aspectos como sentar, levantar,
caminhar, subir e descer escadas) e motricidade fina das mãos e dedos. A escala
comportamental permite avaliar aspectos qualitativos do comportamento da criança durante o
teste, tais como atenção, compreensão de orientações, engajamento frente às tarefas, regulação
emocional, entre outros. O material do teste é atraente e de fácil utilização. Também existe o
Bayley Infant Neurodevelopment Screener BINS, que é uma versão simplificada, usada para
triagem de desenvolvimento em crianças de 3 a 24 meses, assim como o Denver II.2
Entender o funcionamento cognitivo tornou-se cada vez mais essencial, principalmente por ter
uma sociedade que a população adulta idosa cresce cada vez mais. Sabendo que a avaliação
neuropsicológica norteia dados bem objetivos para uma apre sentação clínica, a compreensão
de diferentes especificidades tornou-se necessidade.
1
Bayley N. Bayley Scales of Infant Development. 2nd ed. San Antonio: Psychological Corporation; 1993
2
Frankenurg WK, et al. Denver II. Denver (CO): Denver Developmental Materials, Inc.; 1996.
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episódica, atenção no processamento e em outras áreas. Segundo Raz (2005 APUD
CAMACHO, 2012) as diferenças relacionadas à idade não são claras e o envelhecimento
cognitivo não pode ser compreendidos, como déficit ou ser usado como critério.
É por este motivo que o paciente deve ser informado sobre como ocorre avalia ção
neuropsicológica, que pode também ser realizada antes da consulta. Estabelecer um rapport,
dar oportunidade ao paciente para ficar mais à vontade com a avaliação e poder compreender
que é simples e para seu próprio benefício. O uso dos instrumentos como os testes
neuropsicológicos é decisivo para avaliação e deve ser flexível, e adequar-se a pessoa
examinada de acordo com sua cultura e história pessoal.
Segundo Camacho (2012, p. 665) “a aplicação de uma prova do domínio socioafetivo como a
Escala de Depressão Geriátrica pode ativar emocionalmente o paciente e enviesar resultados
uma prova de memória imediatamente ulterior”. Por este motivo, é essencial respeitar e utilizar
os instrumentos para avaliação neuropsicológica adequados para cada paciente e ter o domínio
do uso de cada instrumento. Hipóteses serão levantadas na entrevista de forma que será
perceptível o estado emocional e físico do paciente.
Inúmeros fatores influenciam no desempenho cognitivo de cada pessoa, como saúde, genótipo,
variáveis afetivas e outras, e esses são pontos responsáveis pelo declínio que os idosos adultos
experienciam. Com isso, o psicólogo deve se inquietar e levantar inúmeras hipóteses. O último
momento da avaliação, a entrega dos resultados, os relatórios são tão importantes quanto a fase
da entrevista, administração, a escolha dos instrumentos da avaliação.
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No trabalho com adultos idosos o relatório será apresentado, presencialmente, nas sessões será
discutido os pontos fortes, as limitações cognitivas e seu perfil. Neste momento o paciente é
ativo na devolução não será apenas uma entrega de resultados, o paciente fica livre para falar
do processo, e saber como pode aplicar a sua vida os testes aplicados na avaliação
neuropsicológica.
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de linguagem na organização do córtex cerebral. Esse tipo de avaliação auxilia no diagnóstico
diferencial das queixas mnêmicas/cognitivas, já que examina o funcionamento neurológico,
visando corroborar e detalhar a repercussão das lesões e disfunções relacionadas ao
comportamento e cognição.
A avaliação pode ser composta por testes, de forma geral, testes psicométricos e outros que
ajudem o examinando a fazer tarefas que desenvolvam o uso das funções isoladas. A
interpretação dos dados é feita a partir da análise quantitativa, mas principalmente qualitativa
na execução dos testes (CARAMELLI; BARBOSA, 2002).
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4. Conclusão
A avaliação neuropsicológica não se limita ao que se abordou neste estudo, pelo contrário, a
temática é tão ampla, quanto complexa e necessária, e mais pesquisas devem ser exploradas
para novas publicações do assunto. Portanto, o neuropsicólogo escolhe seus instrumentos
baseado na sua experiência e treinamento específico, mas deve ter consciência de que os testes
não são absolutos. A interpretação dos resultados exige conhecimento de aspectos cognitivos
e afetivos, assim como de fatores que possam interferir em uma tarefa.
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5. Referências bibliográficas
Adams W, Sheslom D. WRAML Manual. Wilmington, DE: Jastak Associates; 1990. 14.
De Renzi E, Vignolo LA. The Token Test: a sensitive test to detect disturbances in aphasic.
Brain. 1962
Kaplan E, Goodglass H, Weintraub S, editors. Boston Naming Test. Philadelphia: Lee &
Febiger; 1983
Luria AR. Fundamentos de neuropsicologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo;
1981.
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