Fecundação
O novo ser comeca com a fecundação. No momento em que um espermatozóide penetra ovulo, forma-
se um ovo humano ou zigoto, célula a partir da qual se desenvolve uma nova pessoa. Todo potencial de
um novo ser concentra-se nessa célula a qual uma vez formada dará início a sua divisão e multiplicação,
isto e, ao milagre do crescimento.
Fertilização ocorre nas trompas uterinas. O encontro do ovulo com espermatozóide so e possível durante
um período muito limitado. Os espermatozóides devem alcançar o ovulo quando este começa sua viagem
pela trompa. Se isso não acontecer, o ovulo vai perdendo vitalidade e morre antes de entrar no útero.
Os espermatozóides, por sua vez, vem de uma longa viagem, impulsionado pelas caudas e recebem ajuda
dos movimentos uterinos pá chegar as trompas e fecundar o ovulo. Das centenas de milhões de
espermatozóides de uma ejaculação normal, apenas alguns milhares penetram nas trompas e alguns
poucos alcancam as imediações do ovulo. Antes de introduzir-se o espermatozóide reconhece o ovulo
como pertencente a sua nova espécie. Esse dinamismo e necessário para que possa ocorrer a penetração.
Fase Germinativa
A fase germinativa, da fecundação até cerca de duas semanas de idade gestacional, o zigoto divide-se,
torna-se mais complexo e implanta-se na parede do útero.
Dentro de 36 horas após a fecundação, o zigoto entra em um período de rápida divisão é duplicação
celular ou mitose.
Setenta e duas horas após a fecundação, ele já se encontra dividido em 16 a 32 células; um dia mais tarde,
contém 64 células. Essa divisão continua até que a célula original tenha se transformado nos 800 bilhões
ou mais de células especializadas que formam o corpo humano enquanto se divide, o óvulo fecundado
também percorre a tuba uterina em direcção ao útero, passagem que dura de três a quatro dias.
Ele adquire a forma de uma esfera preenchida de líquido, o blastocisto, o qual flutua livremente no útero
por um ou dois dias e depois começa a se alojar na parede uterina. Quando a diferenciação celular inicia-
se, algumas das células em torno da borda do blastocisto aglomeram-se em um lado para formar o disco
embrionário, uma massa celular espessa a partir da qual o embrião começa a se desenvolver. Essa massa
já está diferenciando-se em três camadas.
A camada superior a ectoderma, dará origem à camada externa da pele, às unhas, aos pêlos, aos
dentes, aos órgãos dos sentidos e ao sistema nervoso, inclusive cérebro e medula espinal.
A camada inferior o endoderma, dará origem ao aparelho digestivo, fígado, pâncreas, glândulas
salivares e ao aparelho respiratório.
A camada intermediária, o mesoderma, irá desenvolver-se e diferenciar-se em camada interna da
pele, músculos, esqueleto e sistemas excretor e circulatório.
Outras partes do blastocisto começam a se transformar nos órgãos de nutrição e protecção do bebé: a
placenta, o cordão umbilical e o saco amniótico, com sua membrana mais externa, o córion.
Placenta, que tem diversas funções importantes, liga-se ao embrião pelo cordão umbilical. Através
dele a placenta fornece oxigénio e nutrientes para o bebé em desenvolvimento e elimina seus
resíduos. A placenta também ajuda a combater infecções internas e dá ao bebê imunidade a várias
moléstias. Ela produz os hormônios que sustentam a gravidez, prepara os seios da mãe para a lactação
e, posteriormente, estimula as contracções uterinas que irão expelir o bebé do corpo da mãe.
O saco amniótico é uma membrana preenchida de líquido que envolve o bebé em desenvolvimento,
protegendo- o e dando-lhe espaço para se mexer.
O trofoblasto, a camada celular externa do blastocisto (que se torna parte da placenta), produz
diminutas estruturas filamentosas que penetram o revestimento da parede uterina e permitem que o
organismo em desenvolvimento ali se fixe até ser plenamente implantado no revestimento uterino.
Apenas cerca de 10 a 20% dos óvulos fertilizados completam a tarefa crucial de implantação e
continuam desenvolvendo-se. Os pesquisadores agora identificaram um gene chamado HoxalO, o qual
parece controlar se um embrião será efectivamente implantado na parede uterina (Taylor, Arici, Olive e
Igarashi, 1998).
Características
Segunda fase da gestação (2 a 8 semanas), caracterizada por rápido crescimento e desenvolvimento dos
principais sistemas e órgãos corporais.
A fase embrionária, o segundo estágio da gestação, de aproximadamente 2 a 8 semanas, desenvolvem-
se rapidamente os órgãos e os principais sistemas corporais - respiratório, digestivo, nervoso.
Este é um período crítico, no qual o embrião é muito vulnerável às influências destrutivas do ambiente
pré-natal. Um sistema ou uma estrutura orgânica que ainda está desenvolvendo-se no momento da
exposição tem mais chance de ser afectado, Os embriões com defeitos mais graves geralmente não
sobrevivem além do primeiro trimestre de gravidez.
Chama-se aborto espontâneo a expulsão do útero de um embrião ou feto que é incapaz de
sobreviver fora dele.
A maioria dos abortos espontâneos resulta de gestações anormais. O embrião constrói, junto da mãe, um
meio apropriado para crescer e goza de uma certa autonomia, com grande intercâmbio reciproco, cabe
ressaltar que a contribuição nutritiva da mãe chega a placenta e o intercâmbio ocorre sem que o sangue
materno se mescle com o do novo ser.
A autonomia citada nesse período firma-se com o desenvolvimento do coração, que começa a bater no
primeiro mês de vida, impulsionando o sangue pela rede circulatória embrionária e permitindo que seja
oxigenada na placenta, ao mesmo tempo que funciona, o coração continua a modificar a sua estrutura e a
crescer.
Por volta de oito a nove semanas, com a formação básica dos órgãos, excepto os sexuais, e com
aparecimento das primeiras células ósseas, o embrião passa a ser um feto.
Quadro resumo da segunda faze do desenvolvimento
Período embrionário
12-13 Dias Termina o processo de implantação ou nidação
14 Dias Inicia-se o desenvolvimento placentário
A placenta desenvolve-se rapidamente. O cordão umbilical passa a ser a via de intercâmbio
15-20 Dias
entre o embrião e a placenta. Inicia-se o desenvolvimento do tubo neural
O coração do embrião já esta constituído, com suas quatro cavidades, e começa a bater.
Começa a funcionar a circulação infante-placenta materna.
11-28 Dias Todo sangue umbilical passa pelo lóbulo hepático
Inicia-se a formação dos olhos e orelhas.
O embrião tem cumprimento de cerca de de 5mm e cresce em media 1mmpor dia
Esboça-se a coluna vertebral; já é um eixo cartilaginoso. Desenvolvem-se os braços e as
5 Semanas
pernas extremidades
Termina o período embrionário. O novo ser tem um comprimento de 2.5cm a 3cm e pesa um
8 Semanas 1g, os órgãos fundamentais já estão esboçados, exceto os sexuais. Termina o perodo da
organogénese. O embrião adquire as formas características do ser humano e é dominado feto.
Fase Fetal
A Fase Fetal Inicia-por volta da oitava semana da gestação. Durante esse período o novo ser se prepara
e atinge o amadurecimento necessário para funcionar com a capacidade e autonomia exigida pela vida
depois do nascimento.
Os órgãos formados no período anterior agora se diferenciam e desenvolvem-se em termos anatómicos e
funcionais.
Aos quatro meses, formam-se no polo cefálico do tubo neural três engrossamentos que mais tarde vão dar
lugar ao cérebro anterior, médio e posterior, dessa forma o cérebro fica formado.
Por volta do sétimo mês de vida pré-natal, o feto e capaz de sobreviver por si mesmo, ou seja, e viável,
embora um prematuro nessa idade exija cuidados especial. Com consequência, seus sistemas vitais já
funcionam de forma rudimentar ou estão preparados para funcionar sem dependência biológica do corpo
materno.
Neste período surgem na mãe os temores com a relação a proximidade do parto, o medo da
responsabilidade que significa cuidar do filho. O ventre já desenvolvido e um facto concreto e evidente
que impede de fugir do problema. Temores de ter um filho com deformações físicas ou retardamento
mental, surgem acompanhados de fantasias de ter um filho belo e bom que enchera a família de
felicidade. Essas fantasias servem de refúgio para a mulher durante a gravidez.
O trabalho e as relações sexuais começam à decrescer a medida que se aproxima a hora do parto. Em
geral a actividade sexual diminui, embora a clinica tenha demonstrado que ele não causa problemas ou
danos durante a gravidez normal.
E possível conhecer, no feto feminino, o útero e a vagina. Os testículos do feto masculino estão em
posição de descer para o escroto
O cérebro já formado
17-16 Semanas Os movimentos do feto são percebidos pela mãe
Responde aos estímulos exteriores ruídos
Atinge com 24 semanas um cumprimento de 2º cm e pesa por volta de meio quilo
Aumento veloz do peso, acumula gorduras na camada subcutânea que lhe permitirão sobreviver nos
primeiros dias apos o nascimento, ate que a mãe produza leite.
25-28 Semanas O desenvolvimento pulmonar e dos seus órgãos e suficiente para conseguir sobreviver em caso de
nascimento precoce.
Com 28 semanas mede entre 28 e 40 cm e pesa cerca de 1kg
29-38 semanas Aumento rápido do numero de células nervosas e do tamanho do cerebro
O Papel da Mãe
Como o ambiente pré-natal é o corpo da mãe, praticamente tudo que afecta o bem-estar dela, desde sua
dieta a seu humor, pode alterar o ambiente da criança e afectar seu crescimento. Nem todas as ameaças
ambientais oferecem o mesmo risco para todos os fetos. Alguns factores que são teratogénicos
(produzem defeitos congénitos) em alguns casos têm pouco ou nenhum efeito sobre outros. O momento
de exposição a um teratógeno, sua intensidade e sua interacção com outros factores podem ser
importantes, fetos que possuem uma determinada variante de um gene de crescimento, chamado/actor de
crescimento transformador a, tem seis vezes mais risco do que outros fetos de desenvolver uma fenda
palatina se a mãe fumar durante a gravidez, e quase nove vezes mais risco se ela fumar mais do que 10
cigarros por dia (Hwang et ai., 1995). As mulheres que não possuem o alelo anormal e que fumam pelo
menos 20 cigarros por dia têm maior risco de terem filhos com fenda palatina, mas o risco é ainda maior
se o gene anormal estiver presente (Shaw, Wasserman et al.,1996).
Teratogénico Capaz de causar defeitos congénitos.
Nutrição
Durante a gravidez, as mulheres precisam comer mais do que o normal: tipicamente, de 300 a 500
calorias a mais por dia, incluindo proteína extra (Winick, 1981). As gestantes que ganham entre 10 e 21
kg são menos propensas a abortar ou ter bebés natimortos ou com peso natal perigosamente baixo
(Abrams e Parker, 1990).
Exames psiquiátricos sugerem que deficiências nutricionais pré-natais profundas no primeiro ou segundo
trimestre afectam o desenvolvimento cerebral, aumentando o risco de transtornos de personalidade anti-
social aos 18 anos (Neugebauer, Hoek e Suer, 1999).
Apenas recentemente soubemos da importância crítica do ácido fólico (uma vitamina do grupo B) na
dieta de uma gestante. Há algum tempo os cientistas sabem que a China tem a maior incidência mundial
de bebés nascidos com anencefalia e espinha bífida, que são defeitos no tubo neural mas só nos anos de
1980 os pesquisadores relacionaram esse fato com a época da concepção dos bebés. Tradicionalmente, os
casais chineses casam-se em Janeiro ou Fevereiro e tentam engravidar o mais breve possível. Isso
significa que as gravidezes, muitas vezes, se iniciam no inverno, quando as mulheres de zonas rurais têm
pouco acesso a frutas e legumes frescos, fontes importantes de ácido fólico.
Actividade Física
Exercícios moderados não parecem pôr em perigo os fetos de mulheres saudáveis (Carpenter et al.,
1988); uma mulher grávida geralmente pode continuar correndo, andando de bicicleta, nadando ou
jogando ténis. A prática regular de exercício previne constipação e melhora a respiração, a circulação, o
tónus muscular e a elasticidade da pele, todos os quais contribuem para uma gravidez mais confortável e
uma parto mais fácil e seguro.
As actividades de trabalho durante a gravidez geralmente não envolvem riscos especiais. Entretanto,
condições de trabalho exaustivas, fadiga ocupacional e horas de trabalho prolongadas podem estar
associadas com maior risco de nascimento prematuro (Luke et al., 1995).
Consumo de Drogas
Praticamente tudo que uma gestante ingere chega até o útero. As drogas podem atravessar a placenta,
assim como ocorre com o oxigénio, o gás carbónico e a água. A vulnerabilidade é maior nos primeiros
meses de gestação, quando o desenvolvimento é mais rápido. Alguns problemas resultantes da exposição
pré-natal a drogas podem ser tratados se a presença de uma droga for detectada cedo.
Exemplos especifico dos efeitos do uso das seguintes drogas; medicamentos, o álcool, nicotina e cafeina
durante a gravidez
Medicamentos Anteriormente pensava-se que a placenta protegia o feto contra as drogas que a mãe
ingeria durante a gravidez - até o início da década de 1960, quando um tranquilizante, chamado
talidomida, foi proibido depois de ter provocado atrofia ou ausência de membros, graves deformidades
faciais e órgãos defeituosos em cerca de 12 mil bebés. A tragédia da talidomida sensibilizou os
profissionais da medicina e o público para os perigos potenciais de tomar remédios durante a gestação.
Hoje, sabe- se que quase 30 remédios são teratogênicos (Koren, Pastuszak e Ito, 1998).
Nicotina
O fumo durante a gravidez pode aumentar o risco de câncer no bebé. O fumo durante a gravidez parece
ter alguns dos mesmos efeitos que tem o álcool sobre as crianças quando elas chegam à idade escolar:
fraca capacidade de atenção, hiperactividade, ansiedade, problemas de aprendizagem e comportamentais,
problemas perceptivos, motores e lingüísticos, baixos escores de QI, e problemas neurológicos
(Landesman-Dwyer e Emanuel, 1979; Wright et al., 1983). Um estudo longitudinal de 10 anos avaliou
descendentes de 6 a 23 anos de idade de mulheres que disseram ter fumado muito durante a gravidez e
constatou um risco quatro vezes maior de transtornos de conduta nos rapazes, iniciados antes da
puberdade, e um risco cinco vezes maior de dependência de drogas entre moças, iniciada na adolescência,
em comparação com jovens cujas mães não haviam fumado durante a gravidez (Weissman, Warner,
Wickramaratnee Kandel, 1999).
Álcool
Estudos realizados afirmam que um terço de crianças sofre de síndrome alcoólica fetal (SAF), uma
combinação de retardo no crescimento pré e pós-natal, malformações faciais e corporais e distúrbios do
sistema nervoso central. Os problemas relacionados com o sistema nervoso central podem incluir, na
primeira infância, fraca sucção, anomalias nas ondas cerebrais e perturbações do sono; na infância em
geral, lento processamento de informações, pouca capacidade de atenção, inquietude, irritabilidade,
hiperactividade, deficiências de aprendizagem e dificuldades motoras.
Mesmo o consumo moderado de bebidas alcoólicas pode prejudicar o feto, aumentando o risco de retardo
no crescimento (Mills, Graubard, Harley, Rhoads e Berendes, 1984) e no processamento de informações
(Jacobson, Jacobson, Sokol, Martier e Ager, 1993). Quanto mais a mãe bebe, maior o efeito. O consumo
moderado ou excessivo durante a gravidez parece alterar a qualidade do choro de um recém-nascido, um
indicador de sua condição neurocomportamental. (O mesmo ocorre com o tabagismo durante a gravidez.)
As perturbações no funcionamento neurológico e comportamental podem, por sua vez, afetar a interação
social com a mãe, que é vital para o desenvolvimento emocional (Nugent et al., 1996).
Cafeina
Um estudo com controlo de caso demonstrou que a cafeína não tem efeito sobre baixo peso natal,
nascimento prematuro ou retardo no crescimento letal (Santos, Victora, Huttly e Carvalhal, 1998).
Contudo, o consumo de cafeína tem sido associado ao aborto espontâneo (Dlugosz et al., 1996), e quatro
ou mais chávenas de cafés por dia podem aumentar dramaticamente o risco de síndrome de morte súbita
do lactente (Ford et al., 1998).
Outras doenças
Após os 35 anos, existe mais chance de aborto ou parto de natimorto, além de maior tendência para parto
prematuro, crescimento fetal retardado, outras complicações ligadas ao nascimento ou a defeitos
congénitos. Gestantes mais velhas são mais propensas a sofrer complicações e até morte por diabete,
hipertensão ou hemorragia grave. Entretanto, os riscos de gravidez em idade mais avançada parecem ser
menores do que se pensava; a maioria dos riscos para a saúde do bebé não são muito maiores do que para
bebés de mães mais jovens. Com a realização de triagem geral para defeitos fetais entre gestantes mais
velhas, os partos de fetos malformados diminuíram (Berkowitz, Skovron, Lapinskí e Berkowitz, 1990; P.
Brown, 1993; Cunningham e Leveno, 1995; Fretts, Schmittdiel, McLean, Usher e Goldman, 1995). (Os
riscos da gravidez na adolescência são discutidos no Capítulo 12.).
Substâncias químicas, radiação, extremos de calor e humidade e outras ameaças da vida moderna podem
afectar o desenvolvimento pré-natal. As mulheres que trabalham com produtos químicos utilizados na
fabricação de chips semicondutores têm aproximadamente o dobro da taxa de aborto de outras operárias
(Markoff, 1992). Bebés expostos a níveis elevados de chumbo no período pré-natal obtêm resultados
inferiores em testes de capacidade cognitiva quando comparados a bebés expostos a níveis baixos ou
moderados (Bellinger, Leviton, Watermaux, Needleman e Rabinowitz, 1987; Needleman e Gatsonis,
1990). Crianças com exposição pré-natal a metais pesados têm maior incidência de doenças infantis e
menor inteligência do que crianças não-expostas a esses metais (Lewis, Worobey, Ramsay e
McCormack, 1992).
A radiação pode causar mutações genéticas. A radiação nuclear afectou bebés japoneses após as
explosões das bombas atómicas de Hiroxima e Nagasaki (YamazakiSchull, 1990) e bebés alemães após o
vazamento na usina atómica de Chernobil na União Soviética (West Berlin Human Genetics Institute,
1987). A exposição pré-natal à radiação está associada a maior risco de retardo mental, menor diâmetro
da cabeça, malformações cromossómicas, síndrome de Dawn, convulsões e mau desempenho em testes
de QI e na escola. O período crítico parece ser da oitava a décima quinta semanas após a fecundação
(Yamazaki e Schull, 1990).
O Papel do Pai
O uso de cocaína por parte do pai pode causar defeitos congénitos em seus filhos. A cocaína parece ligar-
se ao esperma, e esse esperma com cocaína, então, penetra no óvulo na concepção. Outras toxinas, como
chumbo e mercúrio, podem "ir de boleia" no esperma da mesma maneira (Yazigi, Odem e Polakoski,
1991).
Pais mais velhos podem ser uma causa significativa de defeitos congênitos (Crow, 1993,1994). A idade
avançada do pai (em média no final dos 30 anos) está associada ao aumento de risco de várias doenças
raras, incluindo a síndrome de Marfam (deformidades da cabeça e dos membros) e nanismo (Evans,
1976). A idade avançada do pai também pode ser um factor em cerca de 5% dos casos de síndrome de
Dawn (Antonarakis e Dawn Syndrome Collaborative Group, 1991). Mais células masculinas do que
femininas sofrem mutações, e as mutações podem aumentar com a idade paterna. O tabagismo do pai é
uma influência ambiental prejudicial, a qual tem sido associada a baixo peso natal e maior risco de câncer
na idade adulta (Rubin, Krasilnikoff, Leventhal, Weile e Berget, 1986; Sandler, Everson, Wilcox e
Browder, 1985). Nesse tipo de estudo, muitas vezes, é difícil fazer distinção entre exposição pré-natal à
fumaça e exposição durante a infância, e entre o fumo do pai e da mãe. Para contornar esse problema,
pesquisadores fizeram um estudo em Xangai, China, onde os homens comumente fumam, mas as
mulheres não o fazem. O estudo identificou uma forte conexão entre o tabagismo do pai e o risco de
câncer na infância, principalmente leucemia aguda e linfoma (Ji et al., 1997).
Ultra-som
Amniocentese
Amostragem das vilosidades coriónicas
Embrioscopia
Diagnóstico genético de pré-implantação
Amostragem do cordão umbilical
Exames do sangue materno
Estas técnicas são utilizadas para saber se um bebé está se desenvolvendo normalmente no útero e
algumas condições, anormais podem ser corrigidas através de terapia fetal.
Importância do pré-natal
Uma assistência pré-natal de alta qualidade e realizada desde cedo é essencial para um desenvolvimento
saudável. Ela pode levar à detecção de defeitos e distúrbios e, especialmente quando iniciada cedo e
voltada para as necessidades de mulheres em risco, pode ajudar a evitar a morte da mãe e do bebé, baixo
peso natal e outras complicações de parto.
CONLUSAO
A melhor maneira de prevenir complicações de parto é obter assistência pré-natal desde cedo, a qual pode incluir check-ups
por ultrasom, como está fazendo esta mulher, para acompanhar o desenvolvimento do feto.