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Primeira aula: Panorama geral – as próximas aulas terão um roteiro para acompanhamento,
com slides.
Organização de terras – capitanias hereditárias, com linhas imaginárias traçadas da praia para
o interior. Pesquisa mais atual identificou que algumas dessas linhas deveriam ser verticais e
não horizontais.
A partir de 1532, a forma das capitanias hereditárias (15) obedecia a um critério medieval que
era a doação hereditária de terras para indivíduos que possuem uma função militar. Esses
capitães donatários poderiam doar porções dessas terras chamadas de sesmarias. Estas tem
um papel importante porque mostram que um critério medieval influenciando as decisões.
Abaixo do sesmeiro, que era um latifundiário, havia um arrendatário que era o senhor de
engenho, um foreiro (que paga 3% da produção total da terra como foro para o sesmeiro).
Essa lógica da hierarquia, do período colonial, persiste até hoje em muitas regiões. A maior
parte desses indivíduos era de militares. A partir da década de 1550, a colonização com a
expansão do latifúndio já era perceptível.
Esse sistema de capitanias não permite um controle pela coroa portuguesa. Isso leva à criação
de uma administração centralizada, com um Governador Geral, na Bahia. O decreto que criou
o Governo Geral é de 1548.
Até 1620 há um período de apogeu com a exploração do açúcar. Entre 1620 e 1690 há um
período de crise econômica, por razões internas e também globais: as invasões holandesas, no
primeiro caso e as medidas mercantilistas tanto da França com Colbert e da Inglaterra com as
medidas de fechamento dos portos para navios ingleses, de Oliver Cromwell.