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Uso dos porquês

Por que – corresponde a por que motivo ou pelo qual, sendo que, neste sentido, será pronome relativo
e, naquele sentido, será advérbio interrogativo de causa:
Exemplos:
Por que não estudou bastante no dia de hoje? Advérbio interrogativo de causa (Por que motivo
não estudou bastante no dia de hoje?
A avenida por que passas é chamada Murchid Omsi. Pronome relativo (A avenida pela qual
passa é chamada Murchid Omsi.

Por quê – corresponde a por que motivo (advérbio interrogativo de causa), mas ocorre com pausa –
final de oração.
Exemplo:
Tem feito poucas provas por quê?

Porque – conjunção adverbial causal (corresponde a já que), adverbial final (corresponde a para que)
ou coordenada explicativa (corresponde a pois).
Exemplos:
“Aconselharam-me que ordenasse o sobrinho, porque ele já tinha exames de latim e lógica” (já
que- causal).
Fiz-lhe sinal porque se calasse.(para que – final).
“Vamos dormir, porque é tarde” (pois – explicativa).
Obs.: faltam exemplos da conjunção porque sendo usada como conjunção adverbial final, sendo assim,
não deve aparecer em provas.

Porquê – substantivado. Palavra que passou pelo processo de formação das palavras que se chama
derivação imprópria ou conversão. Aparece, normalmente, articulado (determinado por artigo) ou
determinado por pronome, adjetivo. Significa questionamento ou dúvidas.
Exemplo:
Nunca entendi verdadeiramente seus porquês.
O porquê disso ainda não sei.

CUIDADO: Não se deve analisar o uso dos porquês de acordo com estar em pergunta ou resposta, pois
essa análise pode trazer confusão ao aluno. Além de o CESPE-UNB ter elaborado um item na prova da
SGA nível médio afirmando que os porquês possuíam diferentes grafias por pertencerem a classes
morfológicas diferentes: gabarito – CERTO (“CERTÍSSIMO!”).

Um abraço. Professor Ronaldo Silva.

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