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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS


INSTITUTO DE FÍSICA
CENTRO DE TECNOLOGIA – CTEC
ENGENHARIA DE PETRÓLEO

CIRCUITOS ELÉTRCOS RESISTIVOS

Jennifer Mikaella Ferreira Melo


Joyce Kelly França Tenório
Talita Alves Dias Brasil

Professora Maria Tereza de Araújo

Maceió
2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS


INSTITUTO DE FÍSICA

Jennifer Mikaella Ferreira Melo


Joyce Kelly França Tenório
Talita Alves Dias Brasil

CIRCUITOS ELÉTRCOS RESISTIVOS

Relatório apresentado à
Universidade Federal de
Alagoas, curso de Engenharia
de Petróleo, referente ao quarto
experimento realizado na
disciplina de Laboratório de
Física 2, sob orientação da Profª
Maria Tereza de Araújo, como
critério avaliativo da mesma
disciplina.

Maceió
2017
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA ..........................................................04

2. OBJETIVOS ...................................................................................06

3. MATERIAL UTLIZADO .............................................................06

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ...................................06

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................08

6. CONCLUSÃO ...............................................................................13

7. REFERÊNCIAS ............................................................................13
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1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

 Corrente elétrica e resistência


A corrente elétrica é constituída por cargas elétricas em movimento ordenado
causado por uma tensão - diferença de potencial. A unidade de intensidade de corrente é
denominada ampère (A). [1] A resistência de um material está associada à passagem de
corrente pelo mesmo - materiais diferentes podem dificultar ou facilitar a passagem de
corrente. A resistência pode ser medida aplicando uma diferença de potencial entre dois
pontos de um condutor e observando a corrente resultante. Sua unidade de medida é o
ohm (Ω). A lei de Ohm relaciona tensão, resistência e corrente. [2]

Lei de Ohm: 𝑈=𝑅.𝑖

 Associação de resistores
Em qualquer associação de resistores, denomina-se resistor equivalente aquele
que, submetido à mesma tensão que a associação, é atravessado pela mesma corrente
que atravessa a associação. Entende –se por resistência da associação a resistência do
resistor equivalente. [1] A associação pode ser em série, paralela ou mista – uma
combinação de associação em série e em paralelo.

 Associação de resistores em série


Os resistores estão associados em série quando são ligados em sequência, sendo
percorridos pela mesma corrente, como mostra a figura 01.
Figura 01: Associação em série. (NICOLAU; TODELO, 2005)

A tensão na associação é igual à soma das tensões em cada resistor. A tensão em


cada resistor em particular é proporcional à resistência do mesmo uma vez que o valor
da corrente é igual para todos eles. [1]
U =U 1 +U 2 +U 3
U 1 ¿ R 1 . iU 2 ¿ R2 . iU 3 ¿ R3 .i

 Associação de resistores em paralelo


Os resistores são associados em paralelo quando são ligados aos terminais,
ficando submetidos à mesma tensão, como pode ser observado na figura 02.
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Figura 02: Associação em paralelo. (NICOLAU; TODELO, 2005)

A corrente do circuito é dividida pelos resistores associados. As correntes em


cada resistor são inversamente proporcionais às respectivas resistências e a tensão é a
mesma para todos eles.
i=i 1 +i 2 + i3
U U U
i 1= i2 = i 3=
R1 R2 R3

 Associação de resistores mista


Associações mistas são associações compostas por resistores ligados em série e em
paralelo, como mostra a figura 03.
Figura 03: Associação mista. (NICOLAU; TODELO, 2005)

 Curto-circuito
Um curto ocorre quando um resistor é ligado por um fio condutor de resistência
elétrica nula, como esquematizado na figura 04.
Figura 04: Curto-circuito. (NICOLAU; TODELO, 2005)

A corrente deixará de passar pelo resistor, pois será desviada pelo fio de
resistência nula e o resistor deixará de funcionar.
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 Potência

A potência elétrica é a medida da energia elétrica consumida em um intervalo de


tempo. Sua unidade é o joule/segundo, que recebe o nome de watt (W). A potência
elétrica dissipada por um resistor é dada por
P=U . i

2. OBJETIVOS
Observar o comportamento de circuitos resistivos em série, paralelo e misto a cerca
de diversas características na tensão, corrente e potência elétrica, no relacionamento
entre os componentes e no curto circuito.

3. MATERIAL UTLIZADO

 Uma fonte de alimentação variável


 Cinco fios para ligação (banana-banana)
 Dois instrumentos de medidas (Amperímetro, Voltímetro e Ohmímetro)
 Três lâmpadas de 6 V – 0,22 A
 Uma placa para o circuito com soquetes e conexões

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

4.1. Circuito em Série

 Montou-se o circuito conforme o esquema descrito na figura 5.

Figura 5 :Circuito em Série (Acervo pessoal)


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 Com a fonte desligada, ajustou-se o botão de corrente para um valor máximo de


até 1 A.
 Com botão de ajuste da tensão na posição 0 (zero), ligou-se a fonte;
 Aumentou-se a tensão gradativamente até o ponto em que se observava a
emissão de luz nas lâmpadas. Os valores obtidos foram os valores mínimos para
o funcionamento do circuito, os quais foram anotados na Tabela 1.
 Determinou-se a potência elétrica usada para manter o circuito em
funcionamento e procurou-se visualizar a luminosidade das lâmpadas nesta
situação. Observou-se também no botão de variação de tensão da fonte, o curso
(giro do botão) que necessitou usar para manter esta alimentação.
 Ajustou-se o valor da tensão (máximo de 6 V) observando o brilho das
lâmpadas. Realizaram-se novas medidas de tensão e corrente na entrada e em
cada uma das lâmpadas. Comparou-se os valores obtidos com os anteriores.

4.2. Circuito em paralelo

 Montou-se o circuito conforme o esquema descrito na figura 6.

Figura 6: Circuito em paralelo


 Com a fonte desligada, ajustou-se o botão de corrente para um valor máximo de
até 1 A.
 Com botão de ajuste da tensão na posição 0 (zero), ligou-se a fonte;
 Aumentou-se a tensão gradativamente até o ponto em que se observava a
emissão de luz nas lâmpadas. Os valores obtidos foram os valores mínimos para
o funcionamento do circuito, os quais foram anotados na Tabela 1.
 Determinou-se a potência elétrica usada para manter o circuito em
funcionamento e procurou-se visualizar a luminosidade das lâmpadas nesta
situação. Observou-se também no botão de variação de tensão da fonte, o curso
(giro do botão) que necessitou usar para manter esta alimentação.
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 Ajustou-se o valor da tensão (máximo de 6 V) observando o brilho das


lâmpadas. Realizaram-se novas medidas de tensão e corrente na entrada e em
cada uma das lâmpadas. Comparou-se os valores obtidos com os anteriores.

4.3. Circuito Misto

 Montou-se o circuito conforme o esquema descrito na figura 7.

Figura 7: Circuito misto

 Com a fonte desligada, ajustou-se o botão de corrente para um valor máximo de


até 1 A.
 Com botão de ajuste da tensão na posição 0 (zero), ligou-se a fonte;
 Aumentou-se a tensão gradativamente até o ponto em que se observava a
emissão de luz nas lâmpadas. Os valores obtidos foram os valores mínimos para
o funcionamento do circuito, os quais foram anotados na Tabela 1.
 Determinou-se a potência elétrica usada para manter o circuito em
funcionamento e procurou-se visualizar a luminosidade das lâmpadas nesta
situação. Observou-se também no botão de variação de tensão da fonte, o curso
(giro do botão) que necessitou usar para manter esta alimentação.
 Ajustou-se o valor da tensão (máximo de 6 V) observando o brilho das
lâmpadas. Realizaram-se novas medidas de tensão e corrente na entrada e em
cada uma das lâmpadas. Comparou-se os valores obtidos com os anteriores.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 Associação de resistores em série


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Os valores mínimos necessários para o funcionamento do sistema em série estão


expostos na tabela 1.

Componentes Corrente Tensão Potência (W)


elétrica (A) elétrica (V)
Circuito + Fonte de alimentação 0,13 1,61 0,2093

Tabela 1: Valores de tensão, corrente e potência mínimas para um circuito em série.

Após aumentar a tensão na fonte, foram medidos valores de corrente e tensão e


posteriormente calculada a potência correspondente a cada lâmpada. Os valores se
encontram na tabela 2.

Componentes Corrente elétrica Tensão elétrica Potência (W)


(A) (V)
Lâmpada 1 0,21 1,26 0,2646
Lâmpada 2 0,21 1,25 0,2625
Lâmpada 3 0,21 1,35 0,2835
Fonte de alimentação 0,21 3,85 0,8085

Tabela 2: Valores de tensão, corrente e potência para um circuito em série.

Como podemos observar, os valores encontrados foram correspondentes com o


esperado, visto que a corrente se manteve a mesma e a tensão na fonte é igual à soma
das tensões em cada lâmpada. Esse era o comportamento previsto para uma associação
em série no referencial teórico.
Observações:
a) Quando se apaga uma lâmpada (desliga-se) o que ocorre com as demais?
Ao apagar uma lâmpada, todo o circuito se apaga, pois, como este está ligado em
série, estamos impedido a passagem de corrente por todas as lâmpadas, já que o
caminho da corrente é um só.
b) Faça um curto circuito em uma lâmpada e observe o que ocorre no circuito

A lâmpada na qual o curto é efetuado se apaga, pois a corrente deixa de passar


pela mesma, tomando o caminho do fio condutor de resistência nula. Como não
bloqueamos a passagem de corrente – apenas desviamos seu caminho – as outras
lâmpadas permanecem acesas.

 Associação de resistores em paralelo


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Os valores mínimos necessários para o funcionamento do sistema em paralelo


estão expostos na tabela 3.
Componentes Corrente Tensão Potência (W)
elétrica (A) elétrica (V)
Circuito + Fonte de alimentação 0,44 0,65 0,286

Tabela 3: Valores de tensão, corrente e potência mínimas para um circuito em paralelo.

Após aumentar a tensão na fonte, foram medidos valores de corrente e tensão e


posteriormente calculada a potência correspondente a cada lâmpada. Os valores se
encontram na tabela 4.

Componentes Corrente elétrica Tensão elétrica Potência (W)


(A) (V)
Lâmpada 1 0,31 2,50 0,775
Lâmpada 2 0,31 2,50 0,775
Lâmpada 3 0,31 2,49 0,7719
Fonte de alimentação 0,93 2,52 2.3436

Tabela 4: Valores de tensão, corrente e potência para um circuito em paralelo.

Como podemos observar, os valores encontrados foram correspondentes com o


esperado, visto que a corrente na fonte é equivalente à soma das correntes em cada
lâmpada e a tensão na fonte se manteve igual nas lâmpadas. Esse era o comportamento
previsto para uma associação em paralelo no referencial teórico.
Observações:
a) Quando se apaga uma lâmpada (desliga-se) o que ocorre com as demais?
Ao apagar uma lâmpada, todas as outras permanecem acesas, pois, como a
corrente percorre caminhos diferentes para cada lâmpada, o bloqueio da passagem de
corrente em uma não interfere as outras. Na realidade, o que se observa é que o brilho
das outras duas lâmpadas se torna mais intenso. Isso se dá porque a nova corrente que
passa pelas mesmas é maior, uma vez que o mesmo valor de corrente de 0,93 agora será
dividido por dois (e não por três como anteriormente) pois apenas duas lâmpadas
permanecem associadas em paralelo.(Figura 9)
b) Faça um curto circuito em uma lâmpada e observe o que ocorre no circuito

Ao provocar um curto, todas as lâmpadas se apagam. Isso acontece porque a


corrente é desviada para o fio condutor de resistência nula antes mesmo de chegar às
lâmpadas associadas em série. Como não há corrente passando nas lâmpadas, elas não
acendem.
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Figura 9: Resultado obtido ao desligar uma das lâmpadas associadas em paralelo.

Fonte: Acervo pessoal.

 Associação de resistores mista

Os valores mínimos necessários para o funcionamento do sistema misto estão


expostos na tabela 5.
Componentes Corrente Tensão Potência (W)
elétrica (A) elétrica (V)
Circuito + Fonte de alimentação 0,27 2,53 0,6831

Tabela 5: Valores de tensão, corrente e potência mínimas para um circuito misto.

Após aumentar a tensão na fonte, foram medidos valores de corrente e tensão e


posteriormente calculada a potência correspondente a cada lâmpada. Os valores se
encontram na tabela 6.

Componentes Corrente elétrica Tensão elétrica Potência (W)


(A) (V)
Lâmpada 1 (série) 0,34 3,01 1,0234
Lâmpada 2 (paralelo) 0,18 0,85 0,153
Lâmpada 3 (paralelo) 0,18 0,85 0,153
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Fonte de alimentação 0,34 3,86 1,3124

Tabela 6: Valores de tensão, corrente e potência para um circuito misto.


Como pode ser observado, os valores encontrados foram correspondentes com o
esperado. Na lâmpada associada em série, a corrente se manteve a mesma da fonte e nas
lâmpadas associadas em paralelo, a corrente é uma média desse valor. Em relação à
tensão, nas lâmpadas associadas em paralelo ela se mantém a mesma e podemos
observar que a tensão da fonte é correspondente à soma da tensão da associação em
série com a tensão da associação em paralelo.
Observações:
a) Quando se apaga uma lâmpada (desliga-se) o que ocorre com as demais?
Ao apagar uma lâmpada em paralelo, todas as outras permanecem acesas, pois,
como foi dito anteriormente, a corrente percorre caminhos diferentes para cada lâmpada
e o bloqueio da passagem de corrente em uma não interfere as outras. Ao apagar a
lâmpada associada em série, todo o circuito se apaga, pois desligar a lâmpada
corresponde a abrir o circuito e impedir a passagem de corrente.

b) Faça um curto circuito em uma lâmpada e observe o que ocorre no circuito


Ao realizar o curto circuito na lâmpada em paralelo, as duas lâmpadas em
paralelo se apagam, pois a corrente passa pelo fio de resistência nula e o brilho da
lâmpada associada em série fica mais intenso. Isso ocorre devido a fato de que a
corrente encontra um novo caminho, sem passar pelas lâmpadas em paralelo .
Já ao realizar o curto circuito na lâmpada em série, o brilho das lâmpadas em
paralelo aumentou, pois a corrente elétrica que antes passava na lâmpada em série
encontra um novo trajeto (de menor resistência) e deixa de passar por a mesma.

6. CONCLUSÃO

A partir da realização das etapas relatadas acima foi possível identificar e


reconhecer as diferentes configurações dos circuitos, paralelo, em série e misto e com
isso, o comportamento da corrente elétrica e diferença de potencial para cada um deles.
Por exemplo, o fato da corrente elétrica se dividir na associação em paralelo e a
diferença de potencial se dividir na parte em série.
Na etapa do curto circuito, foi observada com clareza a preferência que a corrente
elétrica possui em passar onde a resistência é menor, na associação em série, por
exemplo, quando realizado o curto circuito em uma lâmpada (conectando um fio nos
terminais de uma das lâmpadas) a corrente buscou outro caminho e apenas esta lâmpada
foi apagada.Outro comportamento de grande importância observado foi o da
distribuição da potência e a luminosidade das lâmpadas na configuração mista.
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7. REFERÊNCIAS

[1] NICOLAU; TODELO, Física Básica, 2ª Ed. Editora Atual, 2005.


[2] HALLIDAY, D. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo, vol 3. 9ª Ed. LTC

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