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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ BARROSO TOSTES

ALUNO (A): _________________________________________ TURMA: _______


DATA: ___/05/2021. TURNO: Tarde
PROFESSOR DE HISTÓRIA: Elielson Afonso

O Mito e a Filosofia
Mito, do grego mýthos, é uma narrativa tradicional cujo objetivo é explicar a origem e existência das
coisas.
Esse foi o recurso utilizado durante anos para explicar tudo o que existe no Universo. Desta forma,
foram criados mitos para explicar a origem dos homens, dos sentimentos, dos fenômenos naturais,
entre outros.
O mito era considerado uma história sagrada, narrada pelo rapsodo - que supostamente era a
pessoa escolhida pelos deuses para transmitir oralmente as narrativas.
O fato de o narrador advir de uma escolha divina, atribuía ao mito o caráter de incontestabilidade,
pois os deuses eram inquestionáveis.
Importa referir que, além de explicar as origens, a mitologia - o conjunto dessas histórias fantásticas
- desempenhavam um papel moral.
Esse tipo de narrativa era pertinente para responder aos questionamentos até que, a partir do
século VII a.C. as explicações oriundas dessas histórias iam deixando de satisfazer os primeiros
filósofos gregos - os pré-socráticos
Assim, o mundo começava a ser investigado através da razão, priorizando o natural em detrimento
do sobrenatural. Começando a fazer uso da razão, os filósofos não acreditavam nos mitos e exigiam
comprovações.

Surgimento da Filosofia
O surgimento da Filosofia se deu na Grécia, mais precisamente com a formação da pólis - cidade-
Estado grega. Lá, os cidadãos discutiam política em público, tentando chegar à melhor forma de
organização da sociedade.
Isso motivava o uso do raciocínio, da reflexão e a chamada "atitude filosófica". Com o tempo, as
pessoas não discutiam apenas política, mas se indagavam acerca de vários aspectos, o que levou
ao crescimento da investigação.
Desta forma, a transição entre o pensamento mítico e o pensamento racional aconteceu de forma
progressiva. Os filósofos pré-socráticos buscaram nos elementos da natureza a resposta sobre as
origens. Ambos buscam explicar as origens, sendo basicamente essa a característica que os
aproxima.
Diferenças entre o Mito e a Filosofia

Mito Filosofia

Fantástico, imaginário Verdadeiro, real

Sobrenatural Natural

Inquestionável Questionável

Fantasia, incoerência Razão, coerência

Irracional Lógico

A Filosofia e a Ciência
Até a Idade Média não havia diferença entre Filosofia e Ciência. Com o desenvolvimento da análise
e investigação, todavia, surgiram a Matemática, a Química, a Geografia, a Sociologia, enfim, as
diversas áreas científicas. A Filosofia é, assim, a origem para todas as ciências

A filosofia grega pode ser dividida em três etapas: período pré-socrático, socrático e
helenístico.
No período pré-socrático, a Filosofia foi empregada para elucidar a procedência do mundo e das
coisas a sua volta, foi representado pela physis (natureza) que procurava compreender através da
razão a origem e as mudanças que acometeram a natureza e o ser humano ao longo do tempo;
destacou-se nesta fase o filósofo Tales de Mileto.
Já o período socrático apontou para uma modificação a respeito do elemento de pesquisa da
filosofia, que sai da metafísica e caminha em direção ao homem em si.
Este período destacou-se pelo surgimento da democracia que concedeu o direito de paridade a
todas as pessoas que vivessem nas polis - hoje cidades – concedendo-lhes inclusive a faculdade
legal de tomar parte no governo e se necessário sugerir alguma mudança na educação grega já
que as pessoas tinham precisão de saber falar e persuadir as demais.
O período helenístico surgiu após o declínio político das polis e o surgimento de um conjunto de
disciplinas que, além de trabalhar com a natureza e o estudo das leis do raciocínio, procuravam
também dar ênfase a felicidade e a ensinar as pessoas a encontrarem a maneira correta de
direcionarem a própria vida.
Nestes períodos ocorreram vários atos por parte de alguns filósofos que mereceram grande
destaque, tais como: a criação da filosofia humanista por Sócrates, a fundação da Academia de
Atenas por Platão e a doutrinação da lógica e de muitos outros conhecimentos como a metafísica,
a moral e a política por Aristóteles.
ATIVIDADE
1-O que Mito e Filosofia têm em comum?

2-Na Grécia Antiga, “o mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos
astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do
bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das
guerras, do poder, etc.” (CHAUÍ, 2009, p. 34).
A partir do trecho citado e de seus conhecimentos sobre a mitologia grega, assinale a
alternativa correta.
a) O mito não pode ser considerado conhecimento.
b) O mito é a expressão de uma primeira tentativa da consciência humana de explicar a filosofia
pré-socrática, ou seja, o período cosmológico.
c) O mito faz parte da tradição ocidental de cunho escrito. No caso, primeiramente, cada mito foi
escrito e, em seguida, passou a ser narrado pelos poetas.
d) O mito consistia em uma narrativa acerca da origem e do funcionamento do universo, bem como
abordava a origem dos seres humanos, o fundamento dos costumes humanos e a interferência dos
deuses.

3-A utilização de sentimentos humanos para a compreensão dos fenômenos da natureza é


própria do conhecimento.

a) mitológico.
b) filosófico.
c) tecnológico.
d) científico.

4-Tendo em vista as características do mito e da filosofia na Grécia Antiga, relacione as


colunas.

I. Mito.

II. Filosofia.

( ) Pergunta e narra sobre o que era antes que tudo existisse.


( ) Opera, discursivamente, por meio de analogias, metáforas e parábolas.

( ) Exige investigação para responder aos problemas postos pela natureza.

( ) Pergunta e explica como as coisas existem e são agora.

( ) Não se preocupa com as contradições e irracionalidades de seu discurso.

( ) Explica os fenômenos da natureza a partir de causas puramente naturais.

A sequência correta de cima para baixo encontra-se na alternativa:


a) II, I, II, I, II e I.
b) II, II, I, I, II e I.
c) I, I, II, II, I e II.
d) I, I, II, I, II e II.
e) I, II, I, II, I e II.

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