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Resenha: capítulo um de Por uma arquitetura, de Le Corbusier

Fernando Oliveira de Paiva

CORBUSIER, L. Por uma arquitetura. São Paulo : Perspectiva, 1994.

A obra de Le Corbusier se consolida durante o período marcado pela 2° Grande Guerra e todas
as mudanças culturais e tecnológicas que essa época trouxe.

A destruição das cidades na Europa traria além de uma revisão da moral afim de evitar as
catástrofes de outra guerra, uma nova visão sobre a arquitetura e o urbanismo que
reconstruiria estas cidades(CORBUSIER, 1994 ).

No capitulo um a obra Por uma arquitetura, de Le Corbusier, propõe uma nova concepção da
arquitetura, mais sintonizada com a tecnologia e o espírito da época. Uma nova proposta de
casa em consonância com a era industrial uma “máquina de morar “(CORBUSIER, 1994).

Ao usar com ironia o termo “boa sociedade “, Le Corbusier afirma que o mundo não está tão
avançado como acreditamos. E segue denunciando a arquitetura fruto do deslumbramento
com ícones de uma sociedade ultrapassada “um verdadeiro palácio existe nas imagens
registradas durante uma viagem de núpcias aos países dos príncipes, dos cardeais, dos doges
ou reis “(CORBUSIER, 1994).

Em um tom exagerado o autor tece elogios aos engenheiros “os engenheiros são viris e
saudáveis “ao mesmo tempo que faz criticas a outros arquitetos de sua época “os arquitetos
são desocupados, faladores ...” (CORBUSIER, 1994). Ao mesmo tempo que exalta a arquitetura
em si.

Le Corbusier busca através da análise das inovações tecnológicas, o carro, o avião, o


transatlântico, extrair os conceitos de uma nova arquitetura em acordo com seu tempo,
propondo uma arquitetura em serie (CORBUSIER, 1994).

Apesar das questões levantadas por Le Corbusier sobre a arquitetura colocarem em pautas
importantes em discussão, como o problema do acesso a acesso a moradia e a necessidade de
romper com tradições na arquitetura que remetam a formas de organização social
antidemocráticas, o autor também comete equívocos. Como ao menosprezar a individualidade
do usuário final na edificação, chegando a declarar que “grande parte da infelicidade atual da
arquitetura e devido ao cliente “(CORBUSIER, 1994).

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