Você está na página 1de 5

,O presente trabalho caracteriza-se como relato da experiencia de prática

pedagógicas na sala de aula no processo de alfabetização para os acadêmicos


de Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins. O referido trabalho
proporciona uma relação entre a universidade e o professor de alfabetização,
qualificando os futuros professores e inserindo na realidade a qual irão fazer
parte.

No ano de 2020, ao meio de uma pandemia recebi pela primeira vez um


convite desafiador para fazer um relato de experiencia aos acadêmicos do
curso de pedagogia, no primeiro momento veio o medo, mas ao mesmo tempo
o desejo de contribuir, pois seria uma forma auxiliar os acadêmicos a essa
realidade escolar, que futuramente será o seu local de trabalho. No momento
de angustia, conversei com alguns colegas, o quais me incentivaram a aceitar
o convite, pois seria uma troca de experiencia favorável tanto para os
acadêmicos, como para mim.

Buscando coragem para aceitar, refletir sobre alguns compartilhamentos de


minha prática nos encontros de professores, o quais foram aceitos e elogiados
professores de outras unidades escolares. Além disso, trouxe a memória
momentos vividos na sala de aula com estagiários de outras universidade, os
quais sempre deixavam algo de bom e levavam também para a sua vida
acadêmica e profissional.

Com tudo isso, chego a conclusão que tudo isso poderia contribuir de forma
significativa contribuído na reflexão sobre a minha prática pedagógica, pois ao
fazer um paralelo entre a teoria e prática, consigo perceber a importância de
continuar buscando conhecimento para que a minha prática possa ser
significativa para os meus alunos, mas também para os futuros professores.

Como o objetivo de contribuir significativamente na vida dos acadêmicos, pois


poderão ter uma visão sobre o contexto escolar, aprender sobre a realidade na
sala de aula e além disso fazer uma conexão entre a teoria e a prática
pedagógica. Baseado no que dito anteriormente procurei buscar fatores
importantes na sala de aula e no processo de alfabetização. Neste momento
surgiram ideias, mas não alcançava o objetivo principal, que era levar a
realidade da sala de aula para a universidade. Foi neste momento que busquei
os meus questionamentos nos primeiros anos na sala de aula, e as minhas
maiores angústias, que não eram poucos. Trago na lembrança questões como:
Qual o melhor método? Como alfabetizar? Qual a importância da teoria? Como
ajudar o meu aluno com dificuldade? Por onde começar?. Seguindo o caminho,
percebi que deveria partir da relação entre a teoria e prática, pois a sala de
aula é um laboratório de nossos questionamentos e são respondidos através
de teóricos, para ser aplicados de maneira significativa na sala de aula.

Organizei o roteiro apresentando os teóricos da educação, como Emília


Ferreiro, Magda Soares, Artur Gomes de Moraes, Isabel Solé, Luciana Piccoli,
os quais norteiam toda a minha prática na sala de aula, seguindo então para o
ambiente alfabetizador, no qual o aluno é protagonista. Apresentando o
caminho a ser percorrido, consciência fonológica, sistematização da escrita,
estratégias metodológicas e vivencias da sala aula. Um outro assunto que
relatei aos acadêmicos foi a importância de se saber o que os nossos alunos já
conhecem sobre a escrita e como fazer as intervenções para que avance.
Basicamente, trouxe a minha sala de aula, com as evidências dos avanços e
como chegamos até esses avanços significativos.

Entre todos os assuntos, o que considerei de maior importância para os


acadêmicos, a importância de diagnosticar o nível de compreensão da escrita e
a partir desse momento procedimentos pedagógicos para estimular e orientar
as crianças a continuarem progredindo na construção do sistema de escrita
alfabética. Pois durante a minha prática pedagógica, realizei muitos
diagnósticos, mas não sabia qual o caminho a percorrer, quais as atividades
deveriam ser realizadas e quais interversões.

No decorrer da caminhada surgiram novos convites para conversar com outros


acadêmicos, e a apresentação sofreu algumas alterações, pois durante a
primeira apresentação tivemos alguns questionamentos e apontamentos, dos
acadêmicos e do professor da universidade tais como: Qual a diferença entre
trabalhar com crianças que nunca frequentaram a escola e as que passaram
pela educação infantil? Qual a melhor metodologia? Como trabalhar com
alunos com necessidades especiais? Como trabalhar com alunos que fazem
trocas de letras? Partindo deste pressuposto, ao organizar o roteiro pensei nos
questionamentos e necessidades deles.
Neste momento, pensei no que tinha mudado na minha prática, partindo dos
questionamentos e quais as atividades tinha desenvolvido com relação a
consciência fonêmica e a construção da escrita e os resultados.

Neste momento trago a memória uma observação feita pelo o professor


Wagner, ao seguinte texto, o qual foi produzido no final do primeiro ano, depois
de ter se trabalhado várias histórias e a estrutura do texto. Para começa a
atividade recordamos que uma história tem personagens, local e está dividido
em início, meio e fim. Então no primeiro momento fizemos o esqueleto da
história de cada aluno, pois era uma atividade individual.

Neste esqueleto eles tinham que responder as seguintes questões: Onde


aconteceu? Como estava o tempo? Quais os personagens? O que fizeram?
Em a cada etapa da história, eles escreviam e ilustravam.

A Rebeca viu cinco borboletas, cada uma de uma cor, laranja, azul escuro,
rocha e azul claro.
Depois de algumas, considerações o texto ficou assim:,

Onde chamou atenção para o til na palavra laranja, isso proporcionou ali um
desejo de observar mais as produções e fazer uma análise mais detalhado. É
claro que tivemos outras intervenções do professor, o qual estava atento a
cada detalhe de minha apresentação. Posso dizer que cada uma delas
contribuíram para a minha prática pedagógica e me fizeram acreditar ainda
mais que a teoria e prática precisam andam juntas para quer possamos tem um
ensino de qualidade.

Com as intervenções feitas pelo professor Wagner, passei a fazer novas


intervenções na minha sala de aula para que os meus alunos avançassem com
mais segurança no sistema de escrita alfabética, entre elas posso citar a
importância de trabalhar os sons nasalados com mais intencionalidade. Teve
um fato que o professor citou, que em toda a minha prática nunca tinha
aplicado na minha sala de aula com relação a troca do l com u, como na frase
do exemplo a seguir. A atividade foi realizada após uma contação de história
sobre a borboleta, nela temos troca de letras na palavra borboleta, a palavra
virou, foi escrita com l no final.

Quando me deparo com esta troca, tenho usado a estratégia da ação, toda vez
que na palavra tem o sentido de uma ação, no final é a letra u e não l. Tenho
percebido o resultado com mesmo alunos na hora de fazerem registro. Quando
me perguntam se é com l ou u, pergunto é uma ação? E eles mesmo já
respondem, então é com u.
Sendo assim, acredito que ambos os lados estão sendo beneficiados com
estes momentos de trocas entre a universidade e a sala de aula, pois tenho
aprendido muito a cada encontro, e o mais importante meus alunos estão tendo
a oportunidade de continuarem aprendendo. Ao participar destes momentos só
me motiva a oferecer cada vez mais o meu melhor aos meus alunos.

O contato com a Universidade, levou-me a ter um outro olhar para a sala de


aula e para a universidade, pois os encontros trouxeram para a minha vida uma
inesquecível experiência, que me fez crescer como pessoa e como professora
alfabetizadora, pois acredito ainda mais que não se desenvolve alfabetização
sem um bom fundamento teórico e intervenções com mais intencionalidade na
minha prática. Além de desafiar a continuar estudando para que a minha sala
continue sendo um laboratório onde a teoria e a prática caminham lado a lado.

Você também pode gostar