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MÓDULO 5 – DIREÇÃO DEFENSIVA

UNIDADE 5 – DISTÂNCIA DE SEGURANÇA, HIDROPLANAGEM OU AQUAPLANAGEM

Objetivos:

• Apresentar ao aluno (a) aspectos relacionados a distância de segurança no trânsito.


• Explanar sobre cada tipo de distância de segurança no trânsito.
• Apresentar conceito e aspectos de hidroplanagem ou aquaplanagem.

Olá, iniciamos agora mais uma etapa de nossos estudos. Neste momento, iniciaremos a
leitura e discussão sobre aspectos importantes relacionados a distância de segurança no
trânsito, bem como trataremos do tema hidroplanagem ou aquaplanagem. Vamos lá!

Distância de Segurança no Trânsito

Vamos conhecer alguns pontos básicos, não apenas os que envolvem questões de
segurança no trânsito, mas também os métodos de prevenção de acidentes em colisões. Muitos
acidentes são ocasionados por motoristas que dirigem “colados” ao veículo da frente.

Mantendo uma distância segura, você observará com mais atenção os sinais e intenções do
condutor que vai à sua frente, podendo assim, ao avistar algum tipo de perigo, tomar as decisões devidas
e com tempo hábil para evitar um acidente.

Classificação das Distâncias

As distâncias são classificadas em:

• Distância de seguimento;
• Distância de parada;
• Distância de reação;
• Distância de frenagem ou freagem.

Distância de Seguimento

Também conhecida como distância de segurança, é a distância prevista a ser respeitada em


relação a um veículo que transita à sua frente.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 72


Para manter uma distância de seguimento segura entre o seu veículo e o que está à sua
frente, o motorista deve usar a técnica dos dois segundos, observando o outro veículo e marcando
um ponto fixo de referência na estrada (uma árvore, placa de sinalização, poste e outros). Se o
veículo for maior, acrescentar um segundo para cada três metros.

Caro aluno, para manter uma correta distância de seguimento atente-se as dicas abaixo:

a. Avistar um ponto de referência, uma árvore, uma placa ou qualquer outro objeto fixo que
possa ser visto de longe.
b. Começar a contagem no exato momento em que a traseira do veículo da frente estiver
passando pelo ponto de referência.
c. Terminar a contagem no momento em que você estiver passando pelo ponto de referência.

Levando em consideração as orientações acima, se ao passar com o veículo pelo ponto de


referência o condutor já tiver terminado a contagem, isso significa que ele está mantendo uma
distância segura. Caso o condutor, ao passar pelo ponto de referência, não tenha terminado a
contagem, significa que a distância de seguimento entre o seu veículo e o da frente não é segura.
Nesse caso, deve ser aumentada a distância entre ambos.

Distância de Parada

É a distância que o veículo percorre desde o momento em que o perigo é visto até a imobilização
completa desse veículo. A distância de parada deve situar-se dentro da distância de seguimento,
ou seja, a distância de parada deverá ser sempre menor que a distância de seguimento, para evitar,
dessa forma, uma colisão.

Distância de Reação

É a distância percorrida pelo veículo desde o instante em que o perigo é visto pelo condutor
até o momento em que ele toma a atitude de parar (pisar no freio).

Considerando uma velocidade de 40 km/h, temos que:


1 Km = 1.000 metros
1 hora = 60 minutos = 3.600 segundos
¾ de segundo = 0,75 segundos

Portanto, um veículo que está se deslocando a 40 Km/h, ele se desloca a 40 Km/h = 40.000
metros/3.600 segundos, ou seja, estará se deslocando a uma velocidade de 11,11 metros/segundo
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Se o tempo de reação de uma pessoa normal é de ¾ de segundo, te mos:11,11 m/s X 0,75
segundos = 8,33 metro.

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Em condições normais, o tempo médio de reação do motorista é de 0,75
segundos a 1 segundo, variando de pessoa para pessoa. Assim, verifica-se que,
a uma velocidade de 40 km/h, considerando o tempo de reação do condutor, ele
irá percorrer uma distância de 8,33 metros antes de começar a parar.

Distância de Frenagem
É a distância que o veículo percorre desde que é acionado o mecanismo do
freio até a parada total do veículo. Esta distância estará, portanto, relacionada
diretamente ao tipo de via, tipo de pneu do seu veículo, o tipo de freio, as condições
do pavimento, se existe algum detrito ou água na pista, a velocidade em que se está
trafegando, etc. Vemos então que são inúmeras as variáveis que influenciam na sua
distância de frenagem.

FIQUE ATENTO (A)!

A Distância de Reação (DR) somada à Distância de Frenagem (DF) resulta na


Distância de Parada (DP) que deverá ser menor que a Distância de Segmento (DS) para que
não haja choque como veículo da frente.
Ex.: DR + DF = DP< DS

Aquaplanagem ou Hidroplanagem

Consiste na perda da aderência dos pneus com o solo por causa de uma
camada de água que se interpõe entre eles, de tal forma que o veículo perde a
aderência e desliza sobre a água e fica, assim, desgovernado.

A falta de aderência do pneu com a pista faz com que ele derrape e o
condutor perca o controle do veículo, pois para acontecer a aquaplanagem ou
hidroplanagem dos pneus basta haver uma combinação da velocidade, com a
calibragem dos pneus, o tipo de pista, a quantidade de água na pista e os “sulcos”
dos pneus.
Figura 1 - Aquaplanagem

• Pneus

É indispensável ressaltar que seja feita revisão periódica no veículo. Para


os pneus, a também é a mesma, pois seu mal-uso e a postergação de sua troca
podem fatores diretos relacionados a ocorrência de acidentes. Não esqueça que
grande número de vítimas fatais de acidentes no trânsito é ocasionado pelo mal
estado dos pneus.

Quando se trata da motocicleta, estar com os pneus gastos ou com baixa


calibragem é um risco real para uma aquaplanagem. Dizemos isso pois, em
condições inadequadas, os pneus não conseguem drenar a água da pista rápido
o suficiente, permitindo que o pneu gire sobre a água e não sobre o solo.

Figura 2 - Composição Pneu

DICA: Reduza a velocidade com pista molhada e, antes de passar por uma poça
d’água.
Conheça as principais partes de um pneu, clicando AQUI!

Principais partes de um pneu:

a. Carcaça de lonas: normalmente é composta de cordonéis de rayon, de


nylon ou de aço e constitui a parte resistente do pneu.
b. Talões: são constituídos inteiramente de arames de aço de grande
resistência e têm por finalidade manter o pneu acoplado ao aro.
c. Banda de rodagem: é a parte do pneu que entra diretamente em contato
com o solo. Seus desenhos, criteriosamente estudados, objetivam
proporcionar boa aderência ao solo, estabilidade e segurança ao veículo.
d. Flancos: são compostos de uma mistura especial de borracha que
proporciona alto grau de flexibilidade e têm por objetivo proteger a carcaça
de lonas contra os agentes externos.
e. Sulcos: são frisos existentes na banda de rodagem que servem para o
escoamento da água, em caso de chuva, evitando a aquaplanagem, e
que proporcionam um aumento da área de atrito entre o pneu e o solo.

Pressão do Ar

O pneu com baixa pressão terá sua área de contato com o solo alterada.
Isso provoca um desgaste acelerado e irregular da banda de rodagem na área
dos ombros do pneu, reduzindo assim a sua durabilidade e aumentando o
consumo de combustível. Além disso reduz a superfície de atrito com o solo, o
que torna perigosa a direção do veículo.

Figura 3 - Pneu com pressões distintas


Verificação das Pressões

Vejamos agora como proceder para verificar a pressão de um pneu:

• A calibragem deve ser verificada semanalmente ou, no máximo, a cada


15 (quinze) dias;
• Antes de empreender viagens longas, faça a checagem das pressões;
• A checagem da pressão de inflação deve ser feita sempre com os pneus
frios;
• Um pneu de passeio, dependendo do percurso percorrido e da velocidade
a que foi submetido, demora entre uma e duas horas para esfriar.

Tipos de Pneus

Os pneus mais conhecidos são os diagonais (ou convencionais)e os radiais


que atualmente é o mais utilizado. Os pneus radiais diferem dos convencionais
devido aos cordéis têxteis serem colocados paralelamente no sentido perpendicular
ao movimento da roda ou no sentido radial. Já nos pneus diagonais os cordéis
têxteis são colocados cruzados, no sentido diagonal da circunferência.

A vantagem do pneu radial, além de uma maior durabilidade, que por ser
mais macio que o convencional, reage melhor a buracos, meio-fio e passagens de
nível; prolongando desta forma sua vida útil, sendo mais seguro, pois em curvas a
sua banda de rodagem não perde contato com o solo, e as chances de estourar
são menores (em caso de furo ele vai esvaziando).

Figura 5 – Tipos de Construção


Balanceamento

Quando as rodas do veículo ficam desbalanceadas elas danificam os pneus,


diminuem em milhares de quilômetros sua vida útil e provocam um indesejável
desconforto ao dirigir.

O dano mais comum quando as rodas estão desbalanceadas é o desgaste


acentuado e irregular em pontos alternados do pneu.

Existem dois tipos de balanceamento: o estático e o dinâmico.

• O balanceamento estático se dará quando cada ponto da circunferência da


roda tiver o mesmo peso do seu ponto oposto.
• O balanceamento dinâmico se dará quando os pontos opostos de cada lado
da mesma roda tiverem o mesmo peso.

Caro (a) aluno (a), você sabe quando deve realizar o balanceamento?

Quadro 1 – Realização do balanceamento

A cada troca de pneu


Por ocasião dos rodízios
Ao primeiro sinal de vibração
Após ter efetuado reparo no pneu ou na câmara de ar
Quando cair em buracos fundos

Rodízio

Para aproveitar o potencial total do pneu, o rodízio ou revezamento deve ser


feito com intervalos de 10.000 km. O rodízio serve para compensar a diferença em
desgaste, permitindo aumento de quilometragem e eficiência, proporcionando uma
boa estabilidade, especialmente em curvas e freadas, tornando assim mais segura
sua jornada ao volante.

Os pneus devem ser trocados de acordo com o quadro abaixo. Para um maior
entendimento observe ainda a legenda que o acompanha.
Figura 6 - Tração

IMPORTANTE: para os pneus radiais, utilizar apenas os indicativos


demonstrados no item 3 da figura acima.

Alinhamento

O alinhamento é indicado pelo fabricante do veículo para oferecer uma


maior eficiência de rolamento e melhor dirigibilidade. Qualquer alteração que ocorra
nas especificações de alinhamento, ocasionada por impacto, trepidação,
compressão lateral e desgaste dos componentes da suspensão, poderá provocar um
desgaste irregular e prematuro dos pneus. Para que você entenda melhor a
importância do alinhamento, conheça algumas de suas especificações:

• Caster

É o ângulo de inclinação para frente (negativo) ou para trás (positivo) do pino


mestre ou do braço de suporte do eixo na parte superior, com relação a um plano
vertical. O caster é responsável pela estabilidade direcional do veículo. O caster
desigual faz com que a rodas puxe para um lado, provocando um desgaste irregular
do pneu. O caster excessivo origina- rá um desgaste total e prematuro do pneu.

• Camber

O camber é determinado pela inclinação da parte superior da roda, para


dentro ou para fora do veículo em relação a um plano vertical. A cambagem pode
ser positiva ou negativa. Se o camber for positivo, o desgaste será no ombro externo
do pneu; e se for negativo, o desgaste será no ombro interno do pneu.

Quando se deve realizar o alinhamento?

• a cada troca de pneus;


• quando os pneus tiverem apresentando desgaste excessivo na área do
ombro;
• quando um pneu tem maior desgaste que o outro;
• trepidação das rodas dianteiras; vibração do carro;
• volante duro;
• veículo tende para direita ou para esquerda.

Como evitar a aquaplanagem ou hidroplanagem

Caro aluno, o que fazer para evitar a hidroplanagem ou aquaplanagem?

Em caso de ocorrência de hidro ou aquaplanagem algumas medidas são


eficientes e diminuem o risco para o condutor e demais usuários da via, atente-
se:

• Em dias de chuva, reduza a velocidade e esteja atento para o


tipo de pavimento da via;
• Não freie bruscamente;
• Aumente a distância de seguimento;
• Calibre corretamente os pneus;
• Respeite o limite do pneu do seu veículo, que é de 1,6 mm de
profundidade dos sulcos da banda de rodagem;
• Identifique o tipo de pista e adapte a velocidade de acordo
com as condições que se apresentarem;
• Nunca “lave” seu veículo em poças d’água, pois a grande
maioria dos acidentes ocorre nessas condições.

Chegamos ao final de mais uma etapa de nossos estudos. Caso tenha


ficado com dúvidas, entre em contato conosco. Até breve!

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