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BRASIL IMPERIAL:

Política, Revoltas e
Escravidão
Prof. Alan
Um império que “se pretendia” moderno

• Apesar de se pretender moderno, o Império carregava marcas de um


atraso em sua estrutura.
• Um exemplo era a força do sistema escravista que, em outras Nações
já tinha deixado de existir.

No plano político, havia a presença do


contestado “Poder Moderador” e de um
“Parlamentarismo às Avessas”.
A Política Imperial

• A disputa política, no Império, se marcava pela presença de dois eixos


nem tão distintos assim.

Conservadores Liberais
Mais centralizadores Descentralizadores
“Nada se assemelha mais a
um 'saquarema' do que um
'luzia' no poder”
(Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque)
Revoltas num período de incertezas

O Período Regencial (1831-1840)


também se destaca com as revoltas
regenciais.
A Questão Negra e Escravista

• Esteja atento/a! A questão negra e o escravismo, no Brasil, estão entre


os assuntos mais presentes no Enem.
• Nesse sentido, é fundamental destacar as legislações que tratavam do
caso como:
Lei Feijó (1831)

Lei Bill Aberdeen (1845)

Lei Eusébio de Queiroz (1850)

Lei Rio Branco ou do Ventre Livre (1871)

Lei Saraiva Cotegipe ou dos Sexagenários (1885)


Lei Feijó de 1831

• Eis a tão falada “Lei para Inglês ver”


• Se tratava de uma disposição legal produto do esforço de Diogo Antonio
Feijó, e era a primeira lei a tentar por fim ao tráfico negreiro ao Brasil.

Porém, ela vinha muito mais em face de atender


pressões inglesas pelo fim do tráfico.

Vista apenas para “inglês ver”, porque não era de


fato efetiva.
A Lei Bill Aberdeen, porém, era
inglesa, e determinava que a
Marinha Britânica poderia
apreender e punir navios
negreiros pegos em qualquer
parte do mundo.
Lei Eusébio de Queiroz (1850)

• Eis a tão falada “Lei para Inglês ver”


• Se tratava de uma disposição legal
produto do esforço de Diogo Antonio
Feijó, e era a primeira lei a tentar por fim
ao tráfico negreiro ao Brasil.

Por outro lado, isso fez subir o preço do escravizado no


país, gerando especulação em torno da escravidão
interna.
Exercícios

(ENEM PPL 2015)


Exercícios

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,

a) aboliu a escravidão no território brasileiro.

b) definiu o tráfico de escravos como pirataria.

c) elevou as taxas para importação de escravos.

d) libertou os escravos com mais de 60 anos.

e) garantiu o direito de alforria aos escravos.


Lei Rio Branco ou do Ventre Livre (1871)

• Nesta, estavam livres todas as crianças nascidas de ventre escravo a


partir da publicação da lei.
• Contudo, a criança ficaria com a mãe, escravizada, até os 8 anos de
idade.

Ou tê-la trabalhando
Após o período, a opção era do SENHOR, até os 21 anos de idade
em ser indenizado pelo estado e ter a na fazenda quando,
soltura da criança ou... então, estaria totalmente
livre.
Lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários (1885)

• Fruto de Antônio Saraiva e do Barão do


Cotegipe, a lei estabelecia a libertação de
escravizados com mais de 60 anos.
• Porém, o senhor deveria ser indenizado
com mais 3 ou 5 anos de trabalho,
levando para 65 ANOS!!!!

A expectativa de vida de um escravizado não


chegava a 30 anos!!!!!
Somente em 13 de Maio de
1888, com a Lei Áurea, teve
fim o sistema escravista no
Brasil.
Exercícios

(ENEM digital 2020) Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888


A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor
D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e ela sancionou a lei
seguinte:
Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei
pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º ano da Independência e do
Império.
Princesa Imperial Regente.

Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).


Exercícios

Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)

a) abandono de propostas de imigração.

b) fracasso do trabalho compulsório.

c) manifestação do altruísmo britânico.

d) afirmação da benevolência da Corte.

e) persistência da campanha abolicionista.


A construção do Racismo,
ainda existente, tem sua
gênese na escravidão.
Movimento Negro, de “Esquerda”?

CUIDADO!! O Movimento Negro, no Brasil, em sua história assumiu


diferentes orientações políticas.
Primeira Fase • Nacionalista
(1889-1937) • Orientado à Direita Política

Segunda Fase • Nacionalista


(1945-1964) • Orientado ao Centro e Direita

Terceira Fase • Internacionalista


(1978-2000) • Orientado à Esquerda Política
Exercícios
(ENEM PPL 2012) TEXTO I
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade humana
em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa consciência resulta da
mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de
sofrimento dos herdeiros de escravos.
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 12 out 2011
(adaptado)
TEXTO II
Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores
para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua época. Criou
repercussão internacional para a causa abolicionista, publicando em jornais estrangeiros lidos e
respeitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um
constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim.

COSTA e SILVA, P. “Um abolicionista bom de marketing”. Disponível em www.revistadehistoria.com.br.


Acesso em 27 de jan. 2012 (adaptado)
Exercícios

Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado da:
a) Evolução moral da sociedade.

b) Vontade política do Imperador.

c) Atuação isenta da Igreja Católica.

d) Ineficácia econômica do trabalho escravo.

e) Implantação nacional do movimento republicano.


“Que a Força,
esteja com vocês!”
Prof. Alan
BRASIL IMPERIAL: O ASSUNTO QUE SEMPRE CAI NO ENEM

Parlamentarismo
Poder Moderador às Avessas

Política
O assunto que
sempre cai no ENEM Pretendia
Movimento
Negro
Século XIX e XX ser moderno
Atraso em
Social
sua estrutura
Questão Negra Segundo Reinado
e Escravista Brasil Imperial (1840-1889)
D.Pedro II

Racismo estrutural Leis


Contexto Revolução
Lei Áurea
(1888)
HISTÓRIA NO ENEM Industrial

Período Regencial
(1831-1840)

Cabanagem Pará Balaiada Maranhão Sabinada Bahia Revolta dos Malês Guerra dos Farrapos
(1835-1840) (1838-1841) (1831-1833) Salvador (1835) RS (1835-1845)
Brasil Imperial:
o assunto que sempre
cai no ENEM
1. (ENEM PPL 2014) Passada a festa da abolição, os ex-escravos O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil,
procuraram distanciar-se do passado de escravidão, negando- tinha como meta a implantação do:
se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos
do Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar a) Regime monárquico representativo.
sem remuneração. Quando decidiram ficar, isso não significou b) Sistema educacional democrático.
que concordassem em se submeter às mesmas condições de
trabalho do regime anterior. c) Modelo territorial federalista.
FRAGA, W; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna,
2009 (adaptado). d) Padrão político autoritário.

Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da e) Poder oligárquico regional.


escravidão no Brasil tiveram como característica o(a):

a) Caráter organizativo do movimento negro.


3. (ENEM PPL 2014) Os escravos, obviamente, dispunham
b) Equiparação racial no mercado de trabalho. de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o
que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-
c) Busca pelo reconhecimento do exercício da cidadania. se das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes
interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
d) Estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo.
emprestaram significados próprios às reformas operadas no
e) Entusiasmo com a extinção das péssimas condições de escravismo brasileiro ao longo do século XIX.
trabalho REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 1999.

Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram


2. (ENEM 2014) Respeitar a diversidade de circunstâncias
variadas formas para resistir à escravidão no Brasil. A estratégia
entre as pequenas sociedades locais que constituem uma
de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das
mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis
internas de cada Estado. As leis municipais seriam as cartas de a) Estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro.
cada povoação doadas pela assembleia provincial, alargadas
conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os b) Dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas.
conselhos da experiência. Então, administrar-se-ia de perto,
governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se atingirá de outra c)Limitações econômicas como pressão para o fim do
sorte. escravismo.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937 (adaptado).

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d) Contradições políticas como brecha para a conquista da 5. (ENEM PPL 2013) A cessação do tráfico lançou sobre a
liberdade. escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde
estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre
e) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes os escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade,
africanas. elevados. Era necessário melhorar as condições de vida da
escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra
solução para o problema da mão de obra.
4. (ENEM 2013) A escravidão não há de ser suprimida no COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou
atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção
civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência
talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os
sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução
Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem efetiva desse problema foi o (a):
nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder,
a) valorização dos trabalhadores nacionais livres.
a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha b) busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
2000 (adaptado).
c) desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre
como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual d) incentivo à imigração europeia.

a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra. e) escravização das populações indígenas.

b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações


judiciais.

c) optava pela via legalista de libertação.

d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos


senhores.

e) antecipava a libertação paternalista dos cativos.

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Gabarito
1- [C] 2- [C] 3- [D] 4- [C] 5- [D]

ANOTAÇÕES

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