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Servos Notáveis da Bíblia “Ora a fé é o firme fundamento...” (Hb. 11.

1)

A Bíblia conta a história de personagens, que eram homens notáveis. Sobre todas as coisas amaram ao
Senhor. Deixaram exemplo de vida. Heróis da fé, que foram usados pelo Senhor como instrumentos
valorosos. Selecionamos cinquenta deles. Certamente existem outros. Buscaremos registrar os seus
feitos, como viveram e o que podemos certamente aprender com eles.
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe: Porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb. 11:6).

026 – Daniel, Profeta e Estadista


Proeminente entre os exilados judeus na Babilônia, Daniel obteve dupla distinção, o de ser profeta e
também estadista. Prosperou sob monarcas Babilônicos e Medo-Persas. Juntamente com Ezequiel foi
profeta durante o cativeiro. Escrito para Israel e trata das profecias ligadas ao tempo do fim; é
conhecido como Apocalipse do Velho Testamento. É um livro que interessa muitíssimo a igreja fiel,
porque as profecias são o relógio de Deus para os servos que olham e buscam saber “a que hora
estamos da noite”. Um esboço revela a dupla divisão que mostra os primeiros seis capítulos como
história, e os últimos seis como profecia. Daniel era atento às profecias; “No ano primeiro do seu
reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta
Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Dn. 9:2).

Jerusalém é Tomada (Capítulo 1)


No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor a Jerusalém e a cercou. “E o
Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus...” (Dn.
1:1-2). Ele dá ordens que trouxessem alguns dos filhos de Israel, a saber, mancebos: (1) da linhagem
real e dos nobres; (2) sem defeito algum; (3) formosos; (4) instruídos; (5) sábios; (6) entendidos; (7) que
tivessem habilidade. Filhos do rei, perfeitos, que tivessem forma bela, que fossem educados,
doutrinados, com conhecimento, discernimento, destros naquilo que faziam e hábeis. Foi levado o que
de melhor tinha em Judá. Destaque para o versículo 8 “E Daniel assentou no seu coração não se
contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe
dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar”. Daniel era definido diante do Senhor. Não se
contaminou com a mesa farta do rei. Não pecou. E assim, esteve em condições para ser usado
poderosamente nas mãos do Senhor.

O Sonho Escapado (Capítulo 2)


Nabucodonosor teve um sonho, e o sonho lhe escapou (esqueceu). Ficou perturbado. Mandaram
chamar os sábios, os magos e requereu deles o sonho que lhe escapara, bem como a sua interpretação.
Se não lhe relatassem seriam despedaçados (caráter tirânico do homem sem Deus). Saiu o decreto e
quando foram buscar Daniel e seus amigos para serem mortos, Daniel fala avisada e prudentemente
pedindo tempo para que pudesse dar a interpretação pois os sábios e os magos eram pobres para
resolver o problema que atormentava o rei, “Não há ninguém na terra que possa declarar a palavra ao
rei...a coisa que o rei requer e difícil...” (Dn. 2:10-11). Daniel reúne com seus companheiros e o Senhor
lhe revela o mistério. “Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite. Então Daniel louvou o
Deus do céu” (Dn. 2:19). Levado à presença do rei, relata o sonho e a sua interpretação. Uma grande
estátua, cuja cabeça era de ouro (Império Babilônico), o peito e os braços de prata (Império Medo
Persa), o ventre e as coxas de cobre (Império Greco Macedônio) e os seus pés parte de ferro e parte de
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barro (Império Romano). Estamos, nos nossos dias, nos pés da estátua, ferro e barro (reino dividido).
Mas uma pedra rolará, esmagará a estátua, destruirá o poder gentílico para dar inicio a um novo
Império, o reino do Senhor Jesus. O rei engrandeceu a Daniel e confessou: “...Certamente o vosso Deus
é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos...” (Dn. 2:47).

Fornalha de Fogo Ardente (Capítulo 3)


Uma imagem é levantada no campo de Dura. Tinha aspectos impressionantes de grandeza, com trinta
metros de altura e três de largura. Todos tinham que adorá-la, prostrando-se diante dela. O poder
ecumênico visa congregar todos debaixo da sua bandeira; movimento baseado no poder do homem, na
riqueza, na aparência, na idolatria. Qualquer que não se prostrasse e adorasse a imagem seria lançado
dentro da fornalha de fogo ardente. Os três companheiros de Daniel não cometeram tal abominação.
“Quando ouvirdes o som... vos prostareis, e adorareis a imagem...” (Dn. 3:10). O som ecumênico e o
poder maligno já são visto por toda parte. Ananias, Misael e Azarias são tipo do povo de Israel que será
lançado na fornalha de fogo ardente (Grande Tribulação, no tempo do fim). Uma ameaça é feita: “... E
quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Dn. 3:17). A resposta dos servos: “...Não
necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que
pode nos livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei” (Dn. 3:16-17). O rei ficou
furioso. Mandou aquecer a fornalha sete vezes mais. Os três são lançados na fornalha e para surpresa
veem-se quatro. O Senhor mandou o seu anjo para livrar os seus servos, pois confiaram no Senhor.

O Sonho da Árvore (Capítulo 4)


O rei Nabucodonosor tem outro sonho. Após os magos e os advinhos não terem conseguido interpretá-
lo, Daniel é chamado à presença do rei, que lhe relata o sonho, “... vi uma árvore no meio da terra, cuja
altura era grande; crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu,
e foi vista até aos confins da terra” (Dn. 4:10-11). Havia exortação ao rei para que se acertasse ou seria
reduzido a um animal do campo. Houve um prazo de doze meses para que o rei se arrependesse. E veio
o juízo de Deus sobre ele “... passou de ti o reino” (Dn. 4:31). A árvore tinha características semelhantes
à torre de Babel. Ambas queriam tocar no céu. A ordem é “...Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos...”
(Dn. 4:14).

Banquete de Belsazar (Capítulo 5)


Belsazar era neto de Nabucodonosor. Era governador da Babilônia. A festa pagã de Belsazar é tipo do
mundo sem Deus, que não se dá por avisado diante dos seus juízos. Temos os exemplos de Noé,
Sodoma e Gomorra, e Nínive. O mundo, hoje, faz exatamente o que fez Belsazar em sua festa:
embriagar-se com o vinho e no pecado, profana e debocha das coisas sagradas de Deus. O juízo estava
por vir. “Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam...Então se mudou o
semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram...” (Dn. 5:5-6). Buscando apoio no homem, os
adivinhos, os magos, os astrólogos, nada puderam fazer. Daniel é chamado. Ele pertencia ao reino, mas
não estava na orgia do reino. Homem amadurecido que mantinha estreita comunhão com o Senhor.
Daniel relembra tudo àquilo que deveria ter servido de lição para o rei, e passa a interpretação da
misteriosa escrita: MENE, MENE, TEQUEL, PERES, UFARSIM. MENE: Contou Deus o teu reino e o
acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e
deu-se aos Medos e aos Persas. As outras palavras não foram interpretadas. Não continham mensagem
para o rei. Assim, o rei Dario, desviando o curso do rio Eufrates, entrou na cidade e ocupou o reino. A
cabeça de ouro deu lugar ao Império de prata, com Dario.

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Daniel na Cova dos Leões (Capítulo 6)
Daniel é colocado por Dario em posição de destaque “...havia nele um espírito excelente...” (Dn. 6:3).
Assim, seus adversários procuravam achar ocasião contra, para difamá-lo “...ele era fiel, e não se
achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn. 6:3). O rei Dario caiu num laço de lisonja, próprio do homem
sem Deus, e assinou um edito idealizado para condenar Daniel. Durante trinta dias, quem fizesse uma
petição a qualquer outro deus, ou qualquer homem, senão ao rei, seria lançado na cova dos leões.
Daniel é lançado na cova da morte como o Senhor Jesus, lançado na sepultura. O rei fica aflito, perdeu
o sono, por causa de Daniel. Foi tirado da cova dos leões “...porque crera no seu Deus” (Dn. 6:23),
fazendo Dario reconhecer o Deus de Daniel como o único digno de louvor e adoração. Daniel foi
poupado por ter uma vida de comunhão com o Senhor.

A Visão dos Quatro Animais (Capítulo 7)


Começam os capítulos proféticos. Daniel se achava no reinado de Dario. Teve a visão. Daniel viu
“quatro ventos que combatiam no mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros,
subiam do mar” (Dn. 7:3-4). “As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, nações e
línguas” (Ap. 17:15). O mar é tipo das nações, os ventos são tempestades, guerras, e quatro, são
impérios, quatro bestas, quatro feras, quatro animais, quatro reis, que procuram dominar pela força
bruta, animalesca, pela opressão, guerras e mortes. Primeiro animal era como um leão. Tinha asas
como águias, que foram cortadas. Simboliza o Império Babilônico. “Já um leão subiu da sua ramada, e
um destruidor das nações...” (Jr. 4:7). Segundo animal era um urso, que representa a Medo Pérsia, o
peito de prata, “tendo na boca e três costelas” (Dn. 7:5), três províncias conquistadas pela força
(tríplice aliança: Média, Líbia e Babilônia). Terceiro animal era um leopardo, império de cobre, Grécia.
Quatro asas, mostrando a rapidez das conquistas de Alexandre, o Grande. Quatro cabeças, refere-se a
divisão do seu reino entre quatro generais, por ocasião da sua morte prematura (33 anos): Síria, Egito,
Macedônia e Ásia Menor. A bestialidade é a característica do governo gentílico. O leão devora, o urso
abraça e esmaga, o leopardo salta sobre a presa. Quarto animal, diferente, espantou Daniel. Tinha
dentes grandes de ferro e tinha dez pontas. A imagem de Nabucodonosor mostrava as pernas de ferro,
Império Romano. Dez pontas, dez reis, que governarão numa aliança e quando “ponta pequena”
(versículo 8) se manifestar; o anti Cristo, o homem da perdição, que só terá seu abatimento com a
aparição do Filho do homem. Os governos deste mundo não melhorarão; até que o ancião de dias (o
Senhor Jesus) tome deles o governo e a pedra esmiuçará tudo. “... por um tempo, tempos e metade do
tempo...” (Dn. 7:25), três anos e meio, ou quarenta e dois meses, ou 1260 dias, fala do período da
grande tribulação. O domínio gentílico sobre os judeus findará com a organização do quarto império
sob dez reis. Destes dez reis, um alcançará primazia e desafiará o Messias na sua vinda, com intenção
de destruir os judeus. Neste exato momento, o Messias estabelecerá o juízo e implantará o seu reino
eterno e “... todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Dn. 7:27). Ao findar a visão, Daniel
espantado diz “... mas guardei estas coisas no meu coração” (Dn. 7:28).

A Visão de um Carneiro e um Bode (Capítulo 8).


Daniel se achava em Susã, capital da Pérsia. As palavras “duas mil e trezentas tardes e manhã” (Dn.
8:14) e “no último tempo da ira... tempo do fim” (Dn. 8:19), são relacionadas ao período da grande
tribulação. Daniel vê um carneiro (versículo 3) que estava diante do rio, tinha duas pontas, altas, mas
uma era mais alta que a outra; dava amarradas para o ocidente, para o norte e para o sul. O carneiro
representa a Média (versículo 20), governada por Dario, que depois de morto foi substituído por Ciro, o
persa, que foi maior do que ele e as amarradas simbolizam o domínio que ele teve em todas as
direções. O bode peludo (versículo 5) representando a Grécia, que vinha “sem tocar no chão”
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(versículo 5), mostrando a rapidez dos conquistadores, na pessoa de Alexandre, o Grande. Desejava
ardentemente ter domínio absoluto do mundo e morreu com apenas trinta e três anos, vítima de
álcool. Trata-se uma luta entre o carneiro e o bode, com vitória do bode, que na sua força a ponta
quebrada (morre Alexandre) e quatro pontas sobem no seu lugar (quatro generais). Destes surge ponta
muito pequena que estende o seu domino para a “terra formosa” (versículo 9), a Palestina. Referência
a Antíoco Epifanes, que pelas suas atrocidades tornou-se tipo da besta, que tirou o sacrifício e
profanou o santuário. Matou cem mil judeus, num período de cativeiro prolongado. No altar do
Senhor, espargiu sangue de porco, tendo-o imolado ali mesmo, profanando o tipo do cordeiro imolado
no Egito para livrar Israel. Daniel busca entender a visão (versículo 15), Gabriel é enviado para fazê-lo
entender o que “há de acontecer no último tempo da ira” (Dn. 8:19). Assim, com os judeus de novo em
sua pátria (profecia cumprida em 14 de maio de 1948), reedificarão o templo, sacrificarão, e nesta
ocasião “se levantará um rei, feroz de cara, e será entendido em adivinhações” (Dn. 8:23), à
semelhança de Antioco Epífanes, com intento de destruir o povo santo, mas “uma pedra sem mãos”,
sem interferência do homem o quebrará. Deus agirá. “... Tu, porém, cerra a visa, porque só daqui a
muitos dias se cumprirá” (Dn. 8:26).

As Setenta Semanas (Capítulo 9)


Mostra o exemplo de como se deve orar e como Deus responde oração. No versículo 2 Daniel estava
lendo o livro de Jeremias 25:11, término do cativeiro. Acompanhamento da profecia. Conscientizar o
povo em sair da Babilônia. Ele estava com 88-89 anos. Era a ação da misericórdia de Deus (366 anos
antes de Ciro) “meu ungido”. Nós vivemos o momento da misericórdia de Deus, preparo para a saída.
Daniel faz confissão de pecados. Clamor. Mau cheiro do pecado. Perfume de Jesus (Sangue, o Espírito
Santo). Versículos 15-19, Cidade de Jerusalém (eternidade). Oração. Saber o que quer. Versículos 20,
resposta da oração, sacrifício da tarde (igreja). Manhã (Israel). Instrução. Homem mui amado (segredo
do Senhor). Abraão, amigo (segredo). Futuro do povo. Setenta semanas. Ele foi fiel ao Senhor setenta
anos. Tempo dos judeus. Versículo 24, “extinguir a transgressão”, sacrifício de Jesus. “dar fim aos
pecados”, perdão por quem não tinha pecado. “trazer justiça eterna”, arrebatamento da Igreja. “selar a
visão, a profecia”, conhecemos em parte. “ungir os santo dos santos”, socorro de Jesus a Israel. Assim,
em resumo, podemos considerar:
Primeiro período: São semanas de anos, e cada semana representa 7 anos, 49 anos ao todo. Muros
reedificados. Tempos trabalhosos. (Artaxerxes, o langânimo).
Segundo período: São 62 semanas, ou 434 anos, até ser tirado o Messias (a crucificação de Jesus).
Terceiro período: São 1 semana ou 7 anos. Este é o último período referente aos judeus no panorama
mundial, “é o tempo do fim”. Aliança judaica com o anticristo na metade da semana (3 ½) aliança é
violada. Jesus e a igreja na glória. Asas da abominação “Quando virdes a abominação” (Mt. 24:15).
Idolatria do anticristo. A pedra sem mão vem e Jacó é livrado.

Fim do Tempo (Capítulos 10 a 12)


Daniel já estava muito velho, mas ainda servindo no palácio de Ciro, rei da Pérsia. Os três últimos
capítulos são um só e mostram o fim do tempo. Deus está interessado em revelar seus mistérios aos
seus servos, e assim notificou-os a Daniel.

Capítulo 10 trata-se “duma guerra prolongada”, que viria sobre Israel, a Grande Tribulação. “O príncipe
do reino da Pérsia”, referência a anjo das potestades do mal, e foi necessário da ajuda do Arcanjo
Miguel, encarregado de lutar pelo povo de Israel. A visão de Daniel é idêntica a que João teve do
Senhor Jesus Glorificado na ilha de Patmos. As expressões “e eis que uma mão me tocou”, “Daniel,

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homem mui amado”, “não temas”, “são ouvidas as tuas palavras, e eu vim por causa das tuas palavras”,
pois, os céus se movem quando orações fervorosas sobem ao trono de graça. O final do capítulo
mostra, através dos dois impérios da Pérsia e da Grécia, aquilo que sucederá ao povo de Deus no tempo
do fim.
Capítulo 11, no verso 2 “Ainda três reis estarão na Pérsia”. Cambises-Pseudo, Smerdis e Dario, e ainda
um quarto, Xerxes I. O verso 3 fala de um rei, valente, Alexandre, o Grande. Até o verso 35 trata das
guerras entre o rei do sul (Ptolomeu do Egito) e do rei do norte (Seleuco, rei da Síria). Após a lembrança
de Antíoco Epifanes, o capítulo passa através do verso 36 a tratar do tempo do fim. A pessoa descrita
nos versos 36-45 é a que manifestará “no tempo determinado” e trata-se do anticristo. Enquanto este
“tempo de ira” se aproxima, o tempo da graça se abrevia. Necessário é que trabalhemos
incansavelmente para o grande Rei enquanto é dia, a noite vem. Deus revelou tudo a Daniel, para
mostrar o quanto ele era amado. Revelar seus segredos aos servos fieis é a prova do seu grande amor.
Capítulo 12 encerra o livro revelando a Grande Tribulação e o livramento de Israel; mesmo assunto
tratado em Apocalipse 12. Os vencedores terão as mesmas armas, o Sangue do Cordeiro, a Palavra e o
amor do Senhor. Verso 7, o homem de linho, comunica a Daniel que estas coisas sucederão. Depois de
“um tempo, tempos e metade de um tempo”, 1260 dias, a Grande Tribulação. No verso 11, trinta dias
somados aos 1260 refere-se ao período em que as nações serão julgadas mediante a maneira com que
tratarem o povo de Deus neste mundo. Dois sinais (verso 4) antecedem a vinda do Senhor: Velocidade
e desenvolvimento da ciência. Para Daniel era distante em anos estes fatos, difícil de entender, ainda
que em tempos angustiosos a Obra seria realizada, “nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios
entenderão”.

Ensino e Lições
Podemos resumir o Livro de Daniel em duas palavras: FIDELIDADE e CONHECIMENTO. Desde jovem, sua
vida se caracterizou por ser fiel ao Senhor, com sujeição e obediência. Era um homem de oração,
profundamente interessado nas profecias. Ao definir-se por não se contaminar e andando passo a
passo com Deus, toma conhecimento das revelações relacionadas ao tempo do fim; o nosso tempo.
O Senhor tem desejo de revelar seus segredos aos seus servos fiéis. Não é diferente conosco, pois o
Deus de Daniel é o nosso Deus. A Obra a qual participou Daniel é a Obra em que estamos. Assim, temos
o privilégio de viver os instantes proféticos que antecedem a vinda do Senhor Jesus. Enquanto esse
momento não chega, trabalhemos, dia e noite, sabendo que breve, mui breve, estaremos para sempre
na glória com o Senhor.
“E disse-me: Não temas, homem mui desejado, paz seja contigo” (Dn. 10:19).

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