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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SÃO JOÃO DEL-REI

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

CONVERSORES CC-CA

Professor Eduardo Moreira Vicente


Sumário
Sumário
1. O inversor básico
2. Inversores de fonte de tensão (VSIs)
3. VSI em ponte completa
4. Técnicas de controle para inversores de tensão

5. Modulação por largura de pulso (PWM)

6. Modulação por largura de pulso simples

7. Modulação por largura de pulso múltipla

8. Modulação por largura de pulso senoidal (SPWM)

9. Outros tipos de modulação PWM

10. Exemplos

11. AVISO
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Introdução

Os inversores são circuitos estáticos (isto é, não têm


partes móveis) que convertem potência CC em potência CA com
a frequência, tensão ou corrente de saída desejada. A tensão de
saída tem uma forma de onda periódica que, embora não-
senoidal, pode, com uma boa aproximação, chegar a ser
considerada como tal.

Há muitos tipos de inversores, classificados de acordo


com o número de fases, com a utilização de dispositivos
semicondutores de potência, com os princípios de comutação e
com as formas de onda de saída.

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Introdução

Os dois principais tipos de inversores são: de fonte de


tensão (voltage source inverters – VSI) e de fonte ideal de
corrente (current source inverters – CSI).

Os inversores (monofásicos e trifásicos) são usados em


muitas aplicações industriais, incluindo: controle de velocidade
para motores síncronos e de indução, aquecimento por
indução, fontes de alimentação para aeronaves, fontes de
alimentação de funcionamento contínuo (uninterruptible power
supplies – UPS) e transmissão em alta tensão CC.

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O inversor básico
O circuito básico, para gerar uma tensão alternada
monofásica a partir de uma alimentação de potência CC, é
mostrado na Figura 9.1. Esse circuito é também conhecido como
inversor em ponte-H, porque usa dois interruptores
semicondutores. Os interruptores S1 e S2 ligam (e desligam) a
fonte CC à carga de modo alternado, o que produz uma forma
de onda retangular de tensão CA.

Fig. 9.1 – Circuito básico de um inversor em meia-ponte.

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O inversor básico
Uma vez que cada interruptor tem terminais positivo e
negativo, a combinação dos dois interruptores fornecem os 4
estados mostrados na Tabela 9.1.

Tabela 9.1 – Estado dos interruptores e valor da tensão na saída.

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O inversor básico
Quando os estados 1 e 3 são repetidos de maneira
alternada, uma tensão de onda quadrada é gerada na carga, como
mostra a Figura 9.2a.
Se os estados 2 e 4, que fazem a tensão na carga ficar em
zero, são usados, obtém-se uma onda em degrau ou uma forma de
onda quase quadrada, como pode ser observado na Figura 9.2b.

Fig. 9.2 – Sequência de comutação para o inversor em meia-ponte:


a) saída em onda quadrada; b) saída em degrau. 7
O inversor básico
A tensão de saída CA retangular do inversor serve para
algumas aplicações. Entretanto, a tensão de saída senoidal é a
forma de onda ideal para muitas aplicações. Dois métodos
podem ser utilizados para tornar a saída o mais próximo possível
de uma senoide.
Um deles consiste em empregar um circuito filtro no
lado da saída do inversor. Esse filtro deve ser capaz de deixar
passar a grande potência de saída do dispositivo, o que significa
ter um tamanho adequado. Isso aumenta o custo e o peso do
inversor. Mais ainda, a eficiência ficará reduzida por causa das
perdas adicionais de potência no filtro.
O segundo método, modulação por largura de pulso
(PWM), usa um esquema de comutação no inversor para
modificar a forma de onda da tensão de saída.
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Inversores de fonte de tensão (VSIs)
O inversor de fonte de tensão (VSI) é o mais empregado.
Nele, a tensão da fonte de entrada CC é essencialmente
constante e independente da corrente drenada pela carga. A
tensão de entrada CC pode vir de uma fonte independente,
como uma bateria, ou pode ser a saída de um retificador
controlado. Um capacitor de valor grande é colocado em
paralelo com a entrada da linha CC para o inversor.

O capacitor garante que os eventos de comutação não


alterem de modo significativo a tensão CC. Ele carrega e
descarrega, de acordo com a necessidade de fornecimento de
uma saída estável. O inversor converte a tensão de entrada CC
em uma onda quadrada CA na saída da fonte.

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Inversores de fonte de tensão (VSIs)
- VSI em meia-ponte
O inversor em meia-ponte, usado para aplicações de
baixa potência, é o alicerce básico dos circuitos inversores. A
Figura 9.3a mostra uma configuração de VSI monofásico em
meia-ponte, que utiliza dois interruptores (S1 e S2) e duas fontes
de alimentação CC. Os diodos D1 e D2 são de retorno.

Fig. 9.3 – Inversor de fonte de tensão em meia-ponte: a) diagrama do circuito. 10


Inversores de fonte de tensão (VSIs)
A Figura 9.3b mostra a forma de onda da tensão de saída com
carga resistiva. Os interruptores passam para o estado ligado e
desligado alternadamente: uma estará ligada enquanto a outra estiver
desligada. No período de 0 a T/2, o interruptor S1 se mantém fechado,
o que faz com que vo = +E. Em T/2, S1 fica aberto e S2, fechado.
Durante T/2 a T, a tensão de saída vo = –E. Entretanto, deve-se tomar
cuidado para não passar ambos os interruptores ao estado ligado
pois, nesse caso, eles produziriam um curto-circuito na fonte CC.

Fig. 9.3 – Inversor de fonte de tensão em meia-ponte: b) formas de onda de saída com carga R.
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Inversores de fonte de tensão (VSIs)
Se a carga for indutiva, a corrente na saída não poderá sofrer
inversão no mesmo instante em que a tensão de saída mudar de
polaridade. Portanto, o diodo de retorno fornecerá um caminho para
que a corrente de carga flua na mesma direção. As formas de onda de
tensão e de corrente com uma carga RL são mostradas na Figura 9.3c.

Fig. 9.3 – Inversor de fonte de tensão em meia-ponte: c) forma de onda com carga RL. 12
Inversores de fonte de tensão (VSIs)
S1 fechada

1º momento – S1 fechada e corrente negativa. 2º momento – S1 fechada e corrente positiva.

Fig. 9.3 – Inversor de fonte de tensão em meia-ponte com carga RL: d) análise de S1 e S2. 13
Inversores de fonte de tensão (VSIs)
S2 fechada

3º momento – S2 fechada e corrente negativa. 4º momento – S2 fechada e corrente positiva.

Fig. 9.3 – Inversor de fonte de tensão em meia-ponte com carga RL: d) análise de S1 e S2. 14
Inversores de fonte de tensão (VSIs)
Nesse circuito, a corrente na saída io fica atrasada em
relação à tensão de saída. Durante o intervalo de 0 a T/2, a
tensão de saída vo fica positiva. Portanto, S1 ou D1 estará
conduzindo nesse intervalo. Entretanto, durante 0 a t1, a
corrente na saída io será negativa, indicando que D1 deve estar
conduzindo. No período t1 a T/2, io ficará positiva e, portanto, S1
deverá estar conduzindo. Em T/2, S1 passará para o estado
desligado e a corrente será transferida para D2. Em t2, D2
passará para o estado desligado e S2, para o ligado, a fim de
assumir o controle da condução de t2 a T. O ciclo então se repete.

A Figura 9.3d mostra os dispositivos conduzindo durante


os diversos intervalos. Observe que os diodos de retorno
conduzem somente quando a tensão e a corrente são de
polaridades opostas.
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Inversores de fonte de tensão (VSIs)
Para o circuito com carga resistiva, temos:

p/ um semiciclo

O valor RMS da tensão de saída é dado por:

A forma de onda da corrente de saída depende da natureza da


carga. Se for resistiva, a forma de onda da corrente será similar à da
tensão e, então:

A potência entregue à carga é:

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Exemplo
Ex. 10.1) O inversor monofásico em meia-ponte, mostrado abaixo, produz
uma onda de saída quadrada em uma carga resistiva. Sabendo que E = 100 V,
d = 50% e a resistência de carga R = 1 Ω, obtenha:

a) Plote as formas de onda para a tensão de saída (vo), as tensões nos SCRs
(vSCR1 e vSCR2) e as fontes de correntes (iS1 e iS2).
b) Determine a tensão direta máxima que o interruptor deve suportar.
c) Determine a corrente média na carga.
d) Determine a corrente média no interruptor.
e) Determine a potência entregue à carga.
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Exemplo

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VSI em ponte completa
- Com carga resistiva

Um VSI em ponte completa pode ser montado com dois


VSIs em meia-ponte. A Figura 9.4 mostra o circuito básico para
um inversor monofásico de fonte de tensão em ponte completa.

Fig. 9.4 – Inversor de fonte de tensão em ponte completa.


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VSI em ponte completa
São necessários quatro interruptores e quatro diodos de
retorno. Os interruptores são passados para os estados ligado e
desligado por pares em diagonal. Assim, ou os interruptores S1 e S4,
ou S2 e S3, vão para o estado ligado em um semiciclo (T/2).
Portanto, a fonte CC fica ligada de maneira alternada à carga,
em direções opostas. Se os pares de interruptores passarem para o
estado ligado em intervalos iguais, a forma de onda da tensão de saída
será uma onda quadrada com um pico de amplitude E, como mostra a
Figura 9.5.

Fig. 9.5 – Sequência de comutação e forma de onda de saída de um inversor em ponte.


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VSI em ponte completa
A sequência de comutação é fornecida na Tabela 9.2.
Tabela 9.2 – Estado dos interruptores e valor da tensão na saída do tipo quadrada.

Uma comparação entre as formas de onda das Figuras


9.5 e 9.3b mostra que as formas de onda da tensão de saída dos
inversores em meia-ponte e ponte completa são idênticas.
Portanto, as mesmas equações podem ser aplicadas.

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VSI em ponte completa
Quando o estado de comutação muda, enquanto se estiver
passando de um estado para outro, ambos os pares de interruptores devem
estar desligados por um curto período. Isso impedirá que ocorra algum
curto-circuito na fonte CC no estado transitório, em que os dois interruptores
podem estar acionados ao mesmo tempo.
Podemos também controlar a tensão CA ao usar um terceiro estado
do interruptor, durante o qual a tensão de saída é zero. A forma de onda da
saída é a onda em degrau mostrada na Figura 9.6.

Fig. 9.6 – Sequência de comutação e forma de onda de saída


de um inversor em ponte: saída em degrau
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VSI em ponte completa
No terceiro estado do interruptor, S1 e S3, ou S2 e S4, se fecham por
um tempo δ, durante o qual vo = 0. A sequência de comutação é fornecida na
Tabela 9.3.

Tabela 9.3 – Estado dos interruptores e valor da tensão na saída do tipo degrau.

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VSI em ponte completa
O valor médio da tensão de saída é dado por:

p/ um semiciclo

O valor RMS da tensão de saída é dado por:

Portanto, a magnitude da tensão de saída poderá ser


modificada através do controle do tempo de atraso de condução
dos interruptores.

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VSI em ponte completa
A Figura 9.7a mostra um inversor de fonte de tensão em ponte que
usa SCRs como interruptores e alimenta uma carga RL. A tensão de saída é
uma forma de onda retangular, com um ciclo de trabalho de 50%. A forma de
onda da corrente na saída tem forma exponencial. Quando a tensão de saída
for positiva, a corrente crescerá exponencialmente. Durante o ciclo seguinte,
quando a tensão de saída for negativa, a corrente cairá exponencialmente.

Fig. 9.7 – Inversor em ponte completa com carga RL: a) diagrama do circuito.
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VSI em ponte completa
A função dos diodos de retorno é fornecer um caminho
de volta para a corrente de carga, quando os interruptores
estiverem desligados.

A corrente de carga começará em um valor negativo e


crescerá exponencialmente. A fonte de corrente CC, nesse
período, é invertida e flui de fato para a fonte CC. Quando a
corrente na saída chega a zero, D1 e D4 passam para o estado
desligado e SCR1 e SCR4, para o ligado. A tensão e a corrente na
saída são positivas e produzem uma potência positiva. A
corrente continua a crescer e alcança o valor máximo em t = T/2,
quando SCR1 e SCR4 passam para o estado desligado.

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VSI em ponte completa
A tensão de saída se inverte, mas a corrente na saída continua a
fluir na mesma direção. A corrente na saída somente pode fluir através
dos diodos D2 e D3, que ligam a fonte CC à carga, o que gera tensão
inversa. A energia armazenada no indutor retorna à fonte CC e a corrente
na saída agora cai de seu valor máximo e chega a zero. Logo que a
corrente de carga parar, SCR2 e SCR3 podem conduzir para fornecer
potência à carga. A corrente alcança seu valor máximo negativo em t = T
e o ciclo se repete.

A Figura 9.7b apresenta as formas de onda de tensão e de


corrente. Também mostrados nas formas de onda estão os dispositivos
que conduzem durante os vários intervalos. Observe, na forma de
onda da fonte de corrente, que esta fica positiva quando os
interruptores conduzem e quando há potência entregue pela fonte.
Mas se torna negativa quando os diodos conduzem e quando há
potência absorvida pela fonte.
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Fig. 9.7 – Inversor em ponte
completa com carga RL: b)
formas de onda com carga RL.

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Exemplo
Ex. 10.2) Um inversor monofásico em ponte completa produz a onda de saída
em degrau mostrada abaixo, para uma carga resistiva. Considere E = 200 V,
d = 50%, δ = 0,05T e resistência de carga R = 2 Ω.

a) Determine a tensão direta máxima que o interruptor deve suportar.


b) Determine a corrente média na carga.
c) Determine a corrente média no interruptor.
d) Determine a potência entregue à carga.

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Técnicas de controle para inversores de tensão

A maioria das aplicações de inversores requer algum


modo de controle da tensão de saída CA. Vários métodos
utilizados para isso podem ser classificados em três grandes
categorias:

 controle da tensão de entrada CC fornecida para o inversor;


 controle da tensão de saída CA do inversor;
 controle da tensão no inversor.

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Técnicas de controle para inversores de tensão
- Controle da tensão de entrada CC fornecida para o inversor

Para um dado padrão de comutação, a tensão de saída


do inversor é diretamente proporcional à tensão de entrada.
Portanto, a variação da tensão de entrada CC fornecida é a
maneira mais simples de controlar a tensão de saída. Se a fonte
de potência for CC, então, o uso de um chopper (conversor CC-
CC) será o método principal para a obtenção de uma tensão CC
variável.

Entretanto, quando a tensão CC advém da tensão CA, o


controle é mais fácil. Basta utilizar retificadores para conseguir
uma tensão de saída CA variável.
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Técnicas de controle para inversores de tensão
- Controle da tensão de saída CA do inversor

Nesse método, a introdução de um regulador CA entre o


inversor e a carga controla a tensão CA e, dessa maneira,
também a tensão de saída do inversor.

- Controle da tensão no inversor

A modulação por largura de pulso (PWM) é o método


mais comum para controlar a tensão. Nela, a tensão de saída é
uma onda modulada por largura de pulso, controlada pela
variação da duração dos pulsos.

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Modulação por largura de pulso simples
Os três métodos mais utilizados para modulação por
largura de pulso enquadram-se nos seguintes grupos:

 modulação por largura de pulso simples;


 modulação por largura de pulso múltipla;
 modulação por largura de pulso senoidal.

Além desses grupos existem outros métodos avançados,


que serão vistos mais adiante.

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Modulação por largura de pulso simples
Nesse método de controle de tensão, a forma de onda da tensão de
saída consiste em um único pulso a cada semiciclo da tensão de saída
requerida. Para uma dada frequência, a largura do pulso tw pode variar, a fim
de controlar a tensão de saída CA. A forma de onda da tensão de saída de um
inversor monofásico em ponte, sem modulação, é mostrada na Fig. 9.8a.

Aqui, os interruptores S1 e
S4 estão ligados em um
semiciclo e S2 e S3, no
outro semiciclo, de modo a
produzir a tensão máxima
de saída. Obtém-se o
controle da tensão com a
variação da fase de S3 e de
S4 em relação a S1 e a S2.

Fig. 9.8 – Formas de onda de saída moduladas por largura de pulso simples: a) sem modulação.
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Modulação por largura de pulso simples
A Figura 9.8b mostra a forma de onda da tensão de saída quando o
intervalo de condução de S3 e de S4 está adiantado por um ângulo δ = 90°.
Essa tensão é obtida com a adição das duas tensões de onda quadrada,
deslocadas em fase uma em relação à outra. A tensão de saída consiste em
pulsos alternados com uma largura de (180° – δ) = 90°.

Fig. 9.8 – Formas de onda de saída moduladas por largura de pulso simples: b) forma de onda modulada.
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Exemplo
Ex. 10.4) A forma de onda da tensão de saída de um inversor
PWM que alimenta uma carga resistiva é mostrada abaixo.
Determine o valor RMS da tensão de saída e também o novo
valor de TON necessário para reduzir a 75% a tensão de saída
RMS.

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Modulação por largura de pulso múltipla
Em vez de reduzir a largura do pulso para controlar a tensão, a saída
do inversor pode ser rapidamente comutada passando para os estados ligado
e desligado por diversas vezes, durante cada semiciclo, para fornecer um
trem de pulsos de amplitude constante. A Figura 9.9 mostra a ideia da
modulação por largura de pulso múltipla.

Fig. 9.9 – Formas de onda moduladas por largura de pulso múltipla: a) m = 2; b) m = 3. 37


Modulação por largura de pulso múltipla
Uma abordagem alternativa de controle da amplitude da
tensão de saída é manter o número de pulsos constante e variar
a largura do pulso tw (ver Figura 9.10).

Fig. 9.10 – Ciclo de trabalho variável com m = 5 fixo.


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Modulação por largura de pulso senoidal (SPWM)

Na modulação por largura de pulso senoidal (sinusoidal


pulse-width modulation – SPWM), a tensão de saída é
controlada pela variação dos períodos nos estados ligado e
desligado, de modo que os períodos ligados (largura do pulso)
sejam mais longos no pico da onda. A Figura 9.11 mostra um
padrão geral de SPWM.

Fig. 9.11 – Padrão de modulação por largura de pulso senoidal.

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Modulação por largura de pulso senoidal (SPWM)

Os tempos de comutação são determinados como na


Figura 9.12.

Fig. 9.12 – Formas de onda moduladas por largura de pulso senoidal: a) M = 1; b) M = 0,5; M=Vm/Vc.

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Modulação por largura de pulso senoidal (SPWM)
vR(t) é uma onda senoidal de modulação de referência, com
amplitude Vm e frequência fm, igual à frequência desejada na saída do
inversor. Uma portadora de alta frequência com onda triangular vc(t),
com amplitude Vc e frequência fc, é comparada à onda senoidal de
referência. Os pontos de comutação são determinados pela interseção
das ondas de vc(t) e de vR(t). A largura do pulso tw é determinada pelo
tempo durante o qual vc(t) < vR(t) no semiciclo positivo de vR(t) e vc(t) >
vR(t) no semiciclo negativo de vR(t).

Os dois parâmetros de controle que regulam a tensão de saída


são a relação de funcionamento do chopper e o índice de modulação.
A relação de frequência fc/fm é conhecida como relação N da
portadora de funcionamento do chopper. Ela determina o número de
pulsos em cada semiciclo da tensão de saída do inversor.

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Modulação por largura de pulso senoidal (SPWM)
A onda portadora e a onda senoidal de referência são mostradas na
Figura 9.13. Observe que o número de pulsos na saída, em um ciclo completo,
é seis. Há também seis ondas portadoras de tensão nesse período. Portanto,
a frequência de repetição do pulso do inversor é a mesma da portadora.

Fig. 9.13 – Formas de onda moduladas por largura de pulso senoidal.


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Outros tipos de modulação PWM
Existem ainda diversos tipos de modulação PWM, cada
qual com uma aplicação / característica distinta.

Fig. 9.14 – Modulação por largura de pulso senoidal modificada.


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Outros tipos de modulação PWM

Fig. 9.15 – Modulação trapezoidal.


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Outros tipos de modulação PWM

Fig. 9.16 – Modulação escada.


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Outros tipos de modulação PWM

Fig. 9.17 – Modulação degrau.


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Planejamento das aulas
As próximas aulas da disciplina seguirão o seguinte cronograma:

 09/11 – AULA 20 – CONVERSORES CC-CA (INVERSOR TRIFÁSICO)


 14/11 – HORÁRIO DISPONÍVEL NO LABORATÓRIO
 21/11 – PROVA PRÁTICA (TURMA A)
 23/11 às 17h – PROVA PRÁTICA (TURMA C)
 23/11 – PROVA PRÁTICA (TURMA B) / ENTREGA DO RELATÓRIO DO
TRABALHO FINAL
 28/11 – APRESENTAÇÃO TRABALHO FINAL EM LABORATÓRIO
 30/11 – APRESENTAÇÃO TRABALHO FINAL (SALA DE AULA)
 05/12 – REVISÃO PARA PROVA 2
 07/12 – PROVA 2
 12/12 – PROVA SUBSTITUTIVA

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Bibliografia
1. Ashfaq Ahmed, Eletrônica de Potência, Prentice Hall, 1ª
edição, 2000. – Capítulo 10

2. Muhammad H. Rashid, Eletrônica de Potência: Circuitos,


Dispositivos e Aplicações, Prentice Hall, 2ª edição, 1999. –
Capítulo 10

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO JOÃO DEL-REI

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

CONVERSORES CC-CA

Professor Eduardo Moreira Vicente

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