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Duração
5 aulas.
Material:
• lousa;
• computador conectado à internet;
• projetor;
• caderno.
Conteúdo com licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional (CC BY NC 4.0), com possibilidade de cópia e redistribuição em
qualquer suporte ou formato. São permitidas a modificação, a adaptação e a criação para fins não comerciais, com a atribuição do devido crédito. Mudanças devem
ser indicadas, além de um link para a licença.
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Onde realizar
Na sala de informática e em sala de aula.
Como encaminhar
1a aula
1o momento
Nesta aula, sensibilize os alunos para o conteúdo que será abordado na sequência didática.
Para isso, convide-os a comentar suas experiências com cartas pessoais: Elas ainda são usadas? Eles
já enviaram ou receberam alguma carta pessoal? De quem e em qual situação?
Ouça as respostas dos alunos e encaminhe uma conversa para que eles relembrem a estrutura
das cartas pessoais. Espera-se que eles indiquem os elementos que compõem esse gênero textual:
local e data; uma saudação dirigida ao destinatário; o desenvolvimento de um ou mais assuntos;
uma despedida e a assinatura do remetente.
Em seguida, comente que existem outros tipos de carta, por exemplo, a carta aberta, um texto
argumentativo utilizado para fazer reivindicações e mostrar um posicionamento sobre
determinado assunto. Explique que a carta aberta se distingue por sua estrutura, pelo destinatário
(geralmente é dirigida a uma pessoa que exerce uma função pública, ou a uma instituição pública
ou privada) e pela autoria (geralmente é assinada por associações ou instituições públicas e
privadas). A carta aberta é comumente veiculada por meio da internet, o que possibilita que seja
lida por um número maior de pessoas.
Na sequência, proponha a pesquisa em sites de busca na internet da expressão “Carta aberta ao
povo brasileiro”. No resultado aparecerão diversas cartas abertas, escritas por políticos,
associações de empresários, instituições públicas ou privadas, entre outros.
Se preferir, você pode apresentar aos alunos as cartas abertas sugeridas abaixo.
• Carta aberta do povo Munduruku ao povo brasileiro. Disponível em:
<https://terradedireitos.org.br/noticias/noticias/carta-aberta-do-povo-munduruku-ao-povo-
brasileiro/17405>. Acesso em: 24 set. 2018.
• Carta aberta do Tupinambá de Olivença ao povo brasileiro. Disponível em:
<https://indiosnonordeste.com.br/2014/02/15/carta-aberta-povo-tupinamba-de-olivenca-ao-
povo-brasileiro>. Acesso em: 24 set. 2018.
• Carta aberta à população contra o genocídio da população indígena. Disponível em: <https://
ptb.ifsp.edu.br/images/neabi/CARTA%20DE%20REP%E2%94%9C%D0%AADIO.%20POVOS
%20IND%E2%94%9C%D0%9DGENAS.pdf>. Acesso em: 24 set. 2018.
Avalie com os alunos os temas das cartas abertas pesquisadas e escolha coletivamente algumas
delas para o desenvolvimento da atividade. A escolha poderá recair sobre temas que a classe
considere relevantes e façam parte de sua realidade, de modo que a análise seja mais significativa.
2o momento
Organize os alunos em grupos e oriente-os na análise de uma das cartas selecionadas. Solicite
que identifiquem:
1. a quem se destina;
2. a reivindicação apresentada;
3. os argumentos utilizados para defender o ponto de vista explicitado;
4. a autoria da carta.
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Oriente os grupos na hora de registrar, em tópicos, o que observaram. Na próxima aula, eles
deverão apresentar essas observações para os colegas.
2a aula
Nesta aula, proponha aos grupos que mostrem, por meio do projetor, a carta escolhida
apresentando a análise que fizeram do texto. Eles podem se apoiar nos registros produzidos. Após
cada apresentação permita questionamentos e dúvidas.
Na sequência, proponha aos alunos que identifiquem e listem, coletivamente, os elementos que
compõem a carta aberta. Espera-se que eles relacionem:
• o título (“carta aberta ao/à...”);
• a apresentação do remetente e de sua solicitação/reclamação;
• a apresentação dos argumentos que justificam a solicitação/reclamação;
• a conclusão;
• a assinatura ou a identificação do remetente.
Na sequência, chame a atenção dos alunos para os recursos linguísticos que marcam as
relações de sentido entre os parágrafos da carta lida e para os operadores que garantem a coesão, a
coerência e a progressão temática do texto.
Para finalizar a aula, peça que identifiquem as diferenças e semelhanças entre a carta pessoal e
a carta aberta.
3a aula
1o momento
No início da aula, proponha aos alunos que identifiquem possíveis problemas e solicitações
que podem ser pleiteados para a escola: reformas nas instalações, falta de eventos culturais,
desrespeito a regras da escola, falta de estrutura em algum setor, problemas com o descarte de lixo
etc. Peça a eles que façam uma lista dessas demandas.
Depois, solicite que escolham uma das demandas para compor o assunto da carta aberta que
será escrita pela classe. Se preferir, organize uma votação para que os alunos selecionem o tema de
maior interesse da turma.
2o momento
Na sequência, será iniciado o trabalho de elaboração da carta aberta, que será escrita de forma
colaborativa. Para isso, a turma deve sugerir argumentos e soluções para a demanda reclamada e
planejar como as informações serão apresentadas no texto. Avalie a possibilidade de redigir a carta
eletronicamente, em um documento único.
Apresente aos alunos uma carta aberta a ser utilizada como referência para elaborar a carta da
turma. Você poderá ser o escriba ou convidar um ou mais alunos para desempenhar essa função,
alternadamente.
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Para desenvolver o assunto da carta, peça aos alunos que listem os argumentos que podem
justificar o pedido e as soluções propostas, se for o caso. Nesse momento, eles devem refletir sobre
a melhor forma de apresentá-los. Por exemplo:
• a necessidade de ampliar o repertório cultural dos alunos;
• a sujeira que prejudica o meio ambiente na comunidade escolar;
• a necessidade de expressão cultural da comunidade escolar;
• o enriquecimento das relações sociais na escola.
Durante a elaboração do texto, solicite que utilizem expressões que garantam:
• a progressão temática, como: “primeiramente”, “em segundo lugar”, “finalmente”;
• a conexão entre as ideias opostas: mas, porém, entretanto, apesar de etc.;
• a conclusão: enfim, assim, dessa forma, portanto etc.
Se necessário, disponibilize mais uma aula para que os alunos concluam essa atividade.
4a aula
Nesta aula, proponha aos alunos a revisão da carta com base nos seguintes critérios:
• adequação da apresentação do assunto e seu desenvolvimento ao longo do texto;
• clareza dos argumentos e, se for o caso, da proposta de solução ou reivindicação;
• adequação à estrutura do gênero;
• progressão temática;
• clareza de ideias;
• conexão entre as ideias;
• correção ortográfica e gramatical.
Após a revisão, os alunos podem fazer os ajustes que forem necessários. Depois, a carta deverá
ser assinada e digitada (ou digitalizada) para que possa circular. Defina se ela terá uma assinatura
única ou se todos assinarão seus nomes para personalizar a produção coletiva.
5a aula
Nesta aula, os alunos deverão divulgar a carta produzida. Providencie uma cópia para ser
entregue ao destinatário por um representante da turma e outra para ser exposta em um mural da
escola. Caso seja viável, a carta poderá ser afixada em outros locais para ampliar a divulgação do
trabalho.
Para a entrega da carta ao destinatário, oriente o representante da turma para proceder com o
grau de formalidade exigido pela situação.
A carta também poderá ser publicada no blog da escola ou da classe, caso exista, para
possibilitar o acesso por um número maior de pessoas.
Para finalizar a sequência didática, organize um momento para que os alunos avaliem se a
carta aberta gerou alguma resposta ou reação por parte do destinatário. Proponha perguntas como:
A carta aberta cumpriu sua função, informando a todos qual era a reclamação ou pedido da classe?
Vocês conversaram com algum membro da comunidade escolar que tenha lido a carta? Qual foi
sua opinião sobre as reivindicações? Vocês perceberam algum resultado ou receberam uma
resposta formal? Incentive o compartilhamento de opiniões, com o objetivo de promover uma
reflexão consciente sobre o processo.
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Como avaliar
Durante o desenvolvimento da sequência didática, avalie o interesse e o envolvimento dos
alunos de forma contínua. Ao final, proponha uma autoavaliação para que reflitam sobre seu
aprendizado e suas dificuldades. Para isso, peça que respondam às questões:
• Você conseguiu identificar possíveis problemas na comunidade escolar?
• Você participou e opinou na escolha do tema da carta?
• Você fez sugestões na composição do texto?
• O que você achou mais difícil ao elaborar uma carta aberta? E o que achou mais fácil?
• Você considera que a carta aberta é um método eficiente de reivindicar mudanças? Por quê?
Como atividade de avaliação individual, peça aos alunos que escrevam um breve texto em que
apresentem e comentem os elementos composicionais da carta aberta e sua finalidade. Após a
produção do texto, avalie se compreenderam a estrutura e a finalidade do gênero.
Para o professor
A prática escolar de ensino de gêneros do discurso argumentativo: pedagogia da
dessubjetivação, de Luciano Novaes Vidon. Revista de Estudos Linguísticos, n. 42, v. 2, p. 743-55,
maio-ago. 2013. Disponível em: <www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/42/el42_v2
_maio -ago_t14.pdf>. Acesso em: 24 set. 2018.
A leitura do artigo possibilita a reflexão sobre o trabalho com os textos argumentativos em sala
de aula, ao abordar concepções, propostas didáticas e práticas linguístico-pedagógicas a eles
relacionadas.
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