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15. TERMOPARES
15.1. INTRODUÇÃO
Se as duas junções estiverem à mesma temperatura a f.e.m, por elas gerada será zero.
Assim, a f.e.m e de um termopar não será afetada se em qualquer ponto de seu circuito
for inserido um metal genérico desde que as novas junções m e n sejam mantidas a
temperaturas iguais, ou seja:
Fig. 15.3 - Lei dos Metais Intermediários: a inserção de um metal Z não altera E
desde que m e n estejam à mesma temperatura T2
A diferença de potencial que aparece nos terminais de um termopar independe do
ponto escolhido para se abrir o circuito par.
Fig. 15.6 - (b) Lei das temperaturas intermediárias. Ilustra-se a dependência E(T) na
curva de calibração para um termopar com a junta de referência em T1 = 0 oC
Assim, se for conhecida a curva de calibração ou a função ETr (T) que relaciona a
f.e.m. E estando a junção de medida à temperatura T e a junta de referência à temperatura
à temperatura Tr , pode-se inferir qualquer outra curva de calibração ETx (T)
relativamente à junta de referência à temperatura Tx.
A Fig. 15.7 ilustra um sistema simples a termopar para medir a temperatura. Nesta
ilustração o circuito termoelétrico consiste da junção de medida p e da junção de
referência q. O instrumento lerá uma tensão proporcional à diferença das temperaturas
entre p e q. Se, por um método qualquer, por exemplo, um termômetro, se determina a
temperatura de q, pode-se, aplicando a lei das temperaturas intermediárias, determinar
através das tabelas padrões (que pressupõem q a 0oC) a temperatura de p.
Fig. 15.7 - Circuito termoelétrico. A junta quente p está a T1 e a fria (q1 e q2) nos
terminais de entrada do instrumento (I). O termômetro lê T2
Fig. 15.11 - Associação de termopares em paralelo. Fornecer o valor médio entre T1,
T 2 e T3
Embora dois metais quaisquer e não similares formam um termopar que fornece
uma f.e.m. quando suas junções estão a uma temperatura diferente, somente uma
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Seus pontos de fusão devem ser maiores que a maior temperatura na qual o termopar
será usado.
Suas f.e.m. devem ser suficientemente grandes para serem medidas com precisão
razoável.
Suas resistências elétricas não devem ter valores tais que limitem seu uso.
Suas f.e.m. devem se manter estáveis durante a calibração e o uso dentro dos limites
aceitáveis.
Suas f.e.m. não devem ser apreciavelmente alteradas por mudanças químicas, físicas
ou contaminação do ambiente.
Eles devem ser fabricados em forma de fios ou de outra forma que permita seu uso sem
grande dificuldade.
FAIXA DE
TERMOPAR TEMPERATURA VANTAGENS DESVANTAGENS
Baixo custo Máxima temperatura em
J atmosferas oxidantes
Ferro-Constantã - 190 a 870oC Adequado para serviço (relativamente à oxidação
contí-nuo até 870oC do Fe) igual a 760oC
Os tubos de proteção
devem ser usados para
temperaturas maiores do
que 480oC
Adequado para atmosferas Especialmente vulnerável a
K oxidantes atmosferas redutoras,
Cromel-Alumel -18 a 1200oC Em altas temperaturas é necessitando substancial
mais resistente mecanica e proteção quando usado
termicamente do que platina
e de maior vida que o ferro-
constantã
Resiste a atmosfera O cobre oxida acima de
T corrosivas 315oC
Cobre-Constantã Aplicável em atmosferas
-190 a 370oC oxidantes e redutores abaixo
de 315oC
Sua estabilidade o torna
utilizável a temperaturas
inferiores a 0oC
Grande potência Estabilidade insatisfatória
E termoelétrica em atmosferas redutoras
Cromel-Constantã Ambos elementos são
-185 a 870oC altamente resistentes à
corrosão e potanto
utilizáveis em ambientes
oxidantes
Não sofre corrosão a
temperaturas inferiores a
0oC
Adequado para atmosferas Contamina-se facilmente
S -18 a 1540oC oxidantes em atmosferas não
Pt, 10% Rh - Pt Opera numa faixa maior do oxidantes
que o tipo K
R - 18 a 1549oC Freqüentemente mais prático
Pt, 13% Rh - Pt
do que pirômetros (não de
contado)
Maior estabilidade do que os Somente existe standard
B tipos R e S O limite superior de
Pt, 30% Rh Resistência mecânica maior temperatura requer isolador
Pt, 6% Rh 870 a 1700oC
Utilizável em temperaturas de alumina e tubo de
maiores do que os tipos R e proteção
S Facilmente contaminável
Não se necessita ajuste de em atmosferas não
temperatura de compensação oxidantes
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se a temperatura de junção
de referência não exceder os
65oC
Fig. 15.13 - União de termopares - (a) por gás, eletricidade e solda a arco voltaico -
(b) por soldagem à resistência, condutores largos - (c) por formação elétrica de
condutores de metais nobres, eletricidade e solda a arco voltaico
QUESTÕES
2. O que é um termopar?
8. Com relação a associação de termopares, quais são e para que são utilizadas?