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2.2.1 Resumo
O resumo é um tipo de texto que consiste na redução fiel de outro texto,
mantendo suas ideias principais sem repetir os comentários, julgamentos e
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Modelo de Resenha 1
[...] este é um conto que aborda um tema oculto da alma de todo
ser humano: a crueldade. Machado de Assis cria um cenário onde
o recém-formado médico Garcia conhece o espirituoso Fortunato,
dono de uma misteriosa compaixão pelos doentes e feridos, apesar de
ser muito frio, até mesmo com sua própria esposa.
Através de uma linguagem bastante acessível, que não encon
tramos em muitas obras de Assis (*1), o texto mescla momentos de
narração – que é feita em terceira pessoa – com momentos de diálo-
gos diretos, que dão maior realidade à história.
Uma característica marcante é a tensão permanente que
ambienta cada episódio (*2). Desde as primeiras vezes em que
Garcia vê Fortunato – na Santa Casa, no teatro e quando o segue na
volta para casa, no mesmo dia – percebemos o ar de mistério que o
envolve.
Da mesma forma, quando ambos se conhecem devido ao caso
do ferido que Fortunato ajuda, a simpatia que Garcia adquire é exa-
tamente por causa de seu estranho comportamento, velando por dias
um pobre coitado que sequer conhece.
A história transcorre com Garcia e Fortunato tornando-se ami-
gos, a apresentação de Maria Luiza, esposa de Fortunato e ainda com
a abertura de uma casa de saúde em sociedade.
O clímax então acontece quando Maria Luiza e Garcia flagram
Fortunato torturando um pequeno rato, cortando-lhe pata por pata
com uma tesoura e levando-lhe ao fogo, sem deixar que morresse. É
assim que se percebe a causa secreta dos atos daquele homem: o sofri-
mento alheio lhe é prazeroso. Isso ocorre ainda quando sua esposa
morre por uma doença aguda e quando vê Garcia beijando o cadáver
daquela que amava secretamente. Fortunato aprecia até mesmo seu
próprio sofrimento.
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Modelo de Resenha 2
Resenha de Maria Auxiliadora Versiani Cunha,
citada por Eduardo Kenedy.
*1 (Apresentação)
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas.
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.
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*2 (Resumo da obra)
Tais conflitos são universais, constituídos pelos dilemas eternos
que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional: a
conquista da independência em relação aos pais, a rivalidade fraterna,
a construção da identidade e da afirmação e a relação heterossexual
adulta. A dicotomização dos personagens em bons e maus, em boni-
tos e feios, facilita à criança a apreensão desses traços. Ela é levada a se
identificar com o herói bom; não por sua bondade, mas por ser ele a
própria personificação de sua problemática infantil.
Inspirada pelo herói, a criança vai ser conduzida a resolver sua
própria situação, sobrepondo-se ao medo que a inibe e enfrentando
os perigos e ameaças até alcançar o equilíbrio adulto. Assim, o efeito
terapêutico dos contos de fadas está em provocar a mobilização das
ansiedades básicas da criança, tais como o medo de abandono, o de
crescer, o de se lançar sozinha no mundo etc., para depois conduzi-la
à resolução dessas mesmas ansiedades. Bettelheim faz cuidadosa sele-
ção de contos clássicos, tratando-os na ordem aproximada do apare-
cimento na criança dos conflitos neles implícitos.
Dessa maneira, a luta do princípio de realidade contra o princípio
de prazer é vista em “Os três porquinhos”. O problema da rivalidade
entre irmãos, em “Cinderela”. O medo de ser abandonado, em “João e
Maria”. A resolução do complexo de Édipo, em “Branca de Neve”, em
“a Bela e a Fera” e em “João e o pé de feijão”.
Tais conflitos, afirma o autor, concernem unicamente o mundo
interno (ou psicológico) da criança. Não obstante, é apresentado ao
leitor como, ao ajudar uma criança a resolver esses problemas, os con-
tos reforçam sua personalidade, proporcionando maior capacidade de
adaptação ao mundo exterior.
Enquanto as histórias da moderna literatura infantil procu-
ram pintar a vida, ou “cor-de-rosa”, ou exageradamente “tecnológica”,
Bettelheim demonstra como a mensagem dos contos de fadas é radi-
calmente outra, ensinando que, na vida real, é inevitável estar sempre
preparado para enfrentar dificuldades graves. Portanto, a criança é
levada a encontrar no conto a coragem e o otimismo necessários a
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2.2.3 Fichamento
O fichamento é o ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto.
O trabalho de fichamento possibilita ao estudante, além da facilidade na exe-
cução dos trabalhos acadêmicos, a assimilação do conhecimento. De acordo
com diversos autores, o fichamento deve apresentar a seguinte estrutura:
cabeçalho indicando o assunto, a referência completa da obra, isto é, a auto-
ria, o título, o local de publicação, a editora e o ano da publicação. Existem
três tipos básicos de fichamento: o fichamento bibliográfico, o fichamento
temático e o fichamento textual.
O fichamento bibliográfico, como o próprio nome esclarece, caracte-
riza-se como o resumo, resenha ou comentário no qual o autor registra a
ideia tratada no livro. É fundamental a referência completa da obra. Usa-se,
também, para coletânea de artigos ou capítulos de livros, preferencialmente
agrupando-se por área.
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Ficha de leitura
T. Simb
MARITAIN, Jacques.
Revue Thomiste, abril 1938, p. 299.
Na expectativa de uma pesquisa profunda sobre o tema
(da Idade Média até hoje), propõe-se chegar a uma teoria filosófica do
signo e a reflexões sobre o signo mágico.
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Questão 20 – específica
De ordinário, quando se diz que certo termo deve concordar
com outro, tem-se em vista a forma gramatical do termo de refe-
rência. Dúzia, povo, embora exprimam pluralidade e multidão de
seres, consideram-se, por causa da forma, como nomes no singular.
Há, contudo, condições em que se despreza o critério da forma e,
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Síntese
Neste capítulo, discutimos a relação dos procedimentos de leitura e
escrita. Chegamos à conclusão de que as duas são interdependentes, ou seja,
uma boa leitura necessita de boas anotações escritas para auxiliar no domí-
nio do conhecimento que se busca.
Foram trabalhados quatro tipos de estruturas textuais de grande utili-
zação no meio acadêmico: o resumo, o esquema, a resenha e o fichamento.
De modo geral, todos podem ser classificados como resumos, cada um pos-
suindo seus próprios objetivos. Enquanto o resumo tem como meta desta-
car todas as ideias essenciais do texto, o esquema destaca somente as pala-
vras‑chave e a resenha é usada para apresentar e avaliar um determinado
texto. Já o fichamento é um texto de controle pessoal das leituras realizadas
para futuras pesquisas a respeito dos conceitos encontrados e para produção
de novos conhecimentos.
Em determinados momentos, é possível produzir um fichamento com-
pleto, no qual o leitor fará um resumo das ideias essenciais, colocará algu-
mas citações diretas e, ainda, deverá fazer uma análise pessoal dos conteúdos
estudados, no estilo de resenha.
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