O conceito de criança foi construído historicamente, assim como o lado
sentimental, afetivo e emocional. Na era Medieval e Arcaica o lado afetivo era quase que inexistente, sendo que muitos dos artistas retratavam as formas das crianças com características adultas. Percebe-se, que apesar de toda a modernidade, as crianças, em muitas das vezes, são atribuídas afazeres adultos, a ter uma vida adulta, e o trabalho infantil é uma delas. Como, por exemplo, é retratado no curta sobre a Invenção da infância, no qual mostra crianças trabalhando para garantir o sustento da família. Entretanto, é nítido que há recortes de classes entre crianças pobres e ricas, mas verifica-se que a pressão pela vida adulta é vista em ambas as classes. E a realidade é muito mais cruel quando são crianças negras. Desse modo, inserir crianças no trabalho precoce gera impactos psicológicos que, consequentemente, pode afetar a saúde mental ao longo de sua formação, seja profissional, familiar e social. Nesse sentido, o trabalho infantil provoca exclusão em vários sentidos, como, por exemplo, na infância, quando a criança perde a sensação lúdica e divertida de brincar e, na fase adulta, na qual perde oportunidades de trabalho por falta de qualificação profissional. Porém, com o passar dos anos, os direitos das crianças foram sendo cada vez mais fortes, embora por muitas vezes funcione só no papel, já pode ser considerado um grande avanço, já que foram garantidos direitos, tal como, a educação de qualidade, acesso a cultura e não ser obrigado a trabalhar como adulto, etc. Portanto, cabe aos pais e educadores lutarem para que tudo isso não fique apenas no papel. Lutar para conquistar os mesmos direitos a todas as crianças, independente de sua classe social.