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A FILOGENIA
A filogenia é o estudo das relações evolutivas dos grupos de seres vivos. Estuda a sequência das
espécies que se sucederam até produzir a espécie que estamos considerando.
Árvores filogenéticas representam padrões e relações de ancestralidade. Elas ilustram a relação
evolutiva entre as espécies. As árvores filogenéticas consideram a evolução dos organismos a partir
de um ancestral comum, e tornam-se essenciais no estudo da evolução.
O atual sistema de classificação dos seres vivos se baseia nos princípios estabelecidos
por Lineu (1758). O sistema de Lineu agrupa os seres vivos em categorias levando-se em conta seme-
lhanças ou diferenças, comparáveis em diversos níveis. Porém o sistema de Lineu não é baseado na
evolução dos organismos. Os biólogos, portanto, usam as árvores filogenéticas para classificar organis-
mos em termos de suas linhagens ancestrais. Elas também são usadas no estudo de espécies extintas.
As árvores filogenéticas ilustram o processo de evolução. Evolução significa transformações e
mudanças nos seres vivos. Essas mudanças ocorrem devido as mutações, que são a fonte primária
da diversidade biológica. Ocorre uma transformação gradual das espécies podendo dar origem a
outras espécies, com o passar de milhares de gerações. Um exemplo de evolução rápida no tempo
ocorre com vírus da gripe que se multiplicam muito rapidamente e podem apresentar novas formas
em pouco tempo.
Na árvore filogenética a evolução é ilustrada pelo seu processo de ramificação. Ao longo do tem-
po, as populações se modificam e formam novas espécies e outras terminam em extinção. Na árvore
filogenética as linhas bifurcam a partir do evento que transformou a espécies em duas (ou mais) novas
espécies.
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BIOLOGIA
Exemplos: CARACTERÍSTICAS HOMÓLOGAS
E ANÁLOGAS
As árvores filogenéticas são construídas base-
adas em qual(is) característica(s) o biólogo tem
interesse em ilustrar e estudar. Essas caracte-
rísticas – físicas, genéticas ou comportamentais
– são traços hereditários que podem ser compa-
Relações filogenéticas entre os deuterostômios rados entre organismos.
No estudo de tais características é determi-
nado se elas são derivadas ou compartilhadas.
Uma característica é compartilhada quando os
dois (ou mais) grupos de seres vivos possuem
tal característica. Uma característica é conside-
rada derivada quando ocorre uma evolução no
grupo de seres vivos, levando a uma bifurcação
na árvore filogenética. Os novos grupos de se-
res vivos, com novas características, evoluem (e
derivam) do ancestral comum recente.
Em termos das características das espécies,
semelhanças anatômicas geralmente sugerem
parentesco. Um sapo e um cachorro possuem
em comum um plano básico de construção do
organismo: são vertebrados (coluna vertebral,
membros anteriores e posteriores, crânio etc).
Fonte: vestibular UFRGS 2005 Como o intuito da árvore filogenética é mos-
trar as relações evolutivas, e preciso determinar
Cada bifurcação representa aquisição de
quais características são homólogas ou análo-
uma característica ausente nos ramos anteriores
gas.
a ele e presente nos posteriores. Por exemplo, o
nó C do cladograma indica o surgimento da no- Estruturas homólogas são usadas como
tocorda e do tubo nervoso dorsal, entre outras base para classificações que refletem relações
características. filogenéticas. São características similares em
seres vivos porque foram herdadas de um an-
Os filogramas possuem muito mais infor-
cestral comum. O intuito é mostrar que diferentes
mação que os cladrogramas. Nos filogramas
organismos tem uma origem evolutiva comum.
o tamanho dos ramos é indicativo de tempo e
representam o tempo evolvido na evolução e di- Por exemplo, dois órgãos são homólo-
ferenciação da espécie. Caso uma espécie seja gos quando têm mesma origem embrionária,
extinta, seu ramo será mais curto que as espé- embora possam ter funções diferentes. Nossos
cies ainda vivas. A altura do ramo será determi- braços são homólogos das patas dianteiras de
nada pelo tempo de existência da espécie. Os todos os mamíferos e também das asas das
ramos das espécies não extintas terminam na aves, pois todos se iniciam de um mesmo broto,
mesma altura, que representa os dias de hoje. na ontogenia.
Admite-se que as nadadeiras pares dos pei-
xes tenham dado origem aos membros dos an-
fíbios e estes aos dos répteis, que, por sua vez,
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BIOLOGIA
originaram os dos mamíferos e das aves. Sendo assim, pode-se dizer que os órgãos homólogos se
originaram, ao longo da filogenia, de um mesmo órgão ancestral.
Não todas as características são homólogas. Dois órgãos são análogos quando têm origem
embrionária diferente, porém executam a mesma função. Exemplos: asas de aves e asas de insetos;
patas dos gafanhotos e pererecas; sistema traqueal dos insetos, brânquias dos animais aquáticos e
pulmões dos vertebrados terrestres. Características análogas NÃO são usadas em árvores filogenéti-
cas, pois não possuem a mesma origem evolutiva.
A árvore ilustra a história evolutiva das espécies que é compartilhada por outras espécies e a par-
te que é única daquela espécie. Cada linhagem compreende ancestrais que são únicos para aquela
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BIOLOGIA
linhagem e ancestrais que são partilhados com outras linhagens, ou seja, ancestrais comuns. Por
exemplo, baseado na imagem a cima vemos que os grupos 1, 2 3, 4 possuem um ancestral em co-
mum. O grupo 1 compartilha somente um ancestral em comum com os grupos 2, 3, 4. Ocorreu uma
bifurcação e os grupos 2, 3, 4 dividem um ancestral que não é comum ao grupo 1.
É importante ressaltar que ordem dos ramos é arbitrária e não ilustra grau de evolução. As seguin-
tes filogenias são equivalentes:
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Filogenia do reino animal, proposto por Hanson. Filogenia do reino animal, de acordo com Hyma
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