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MOREIRA, Aleziandra de Lara 

[1], BARAN, Kelly Pauline [2]

MOREIRA, Aleziandra de Lara; BARAN, Kelly Pauline. A Importância da Auditoria


Interna para as Organizações. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 03, Ed. 02, Vol. 05, pp. 84-98, Fevereiro de 2018. ISSN:2448-
0959

Contents [hide]
 RESUMO
 1. INTRODUÇÃO
 2. DESENVOLVIMENTO
 2.1 CONCEITOS DE AUDITORIA
 2.2 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA
 2.3 PROCESSO DE AUDITORIA
 2.3.1 Planejamento e Levantamento do Processo
 2.3.2 Programa de Trabalho
 2.3.3 Execução
 2.3.4 Relatório e Conclusão
 2.3.5 Monitoramento das Recomendações
 2.4 IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA
 2.5 A AUDITORIA INTERNA COMO MEIO DE PREVENÇÃO
 2.5.1 Controle Interno
 2.5.2 Erros e Fraudes
 2.5.2.1 Erros
 2.5.2.2 Fraudes
 2.5.3 Contribuição da Auditoria Interna para Redução de Erros e Fraudes nas
Empresas Privadas
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 REFERÊNCIAS

RESUMO

Este trabalho demonstra a importância da Auditoria Interna dentro das


organizações, suas ferramentas auxiliam os gestores para tomada de decisões.
Atualmente ocorrem muito erros e fraudes nas empresas, além de falhas que podem
ocasionar problemas futuros, para que esses riscos sejam avaliados e corrigidos é
necessário alguns controles internos. Devido ao avanço tecnológico e a
competitividade no mercado, é de extrema importância que as empresas busquem
um aprimoramento das suas ferramentas para auxiliar nos Controles Internos, dessa
forma a Auditoria Interna tem um papel muito importante dentro das Organizações
a fim de apoiar a gestão nas tomadas de decisões, além de identificar de que todos
os processos internos e políticas definidas pela empresa estão sendo seguidos e que
as transações realizadas estão refletidas na contabilidade de acordo com os critérios
previamente definidos, minimizando os erros e auxiliando as Organizações para
alcançar seus objetivos. No presente trabalho são tratados alguns conceitos
relacionados à auditoria e sua importância para as organizações, as principais
diferenças entre a auditoria interna e externa, e também a auditoria interna como
meio de prevenção de erros e fraudes nas empresas, adequando os processos e
controles internos e auxiliando a administração para uma gestão eficiente e eficaz,
alcançado os resultados esperados e aumentando a lucratividade.

Palavras-Chave: Auditoria Interna, Controles Internos, Gestão.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho demonstra a importância do papel da Auditoria Interna dentro


da organização como forma de assessoria a gestão para tomada de decisão.

Auditoria Interna é um conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar e


adequar a eficácia dos Controles, e também uma revisão das operações das
empresas, para verificar se ela enquadra as normas pertinentes. Devido ao avanço
tecnológico e a competitividade no mercado, é de extrema importância que as
empresas busquem um aprimoramento das suas ferramentas para auxiliar nos
Controles Internos. Dessa forma a Auditoria Interna tem um papel muito importante
dentro das Organizações a fim de apoiar a gestão nas tomadas de decisões,
minimizando os erros e auxiliando as Organizações para alcançar seus objetivos.  A
auditoria interna tem um papel importante na revisão das operações desenvolvidas
pelas organizações, a fim de assegurar a administração de que as atividades estão
sendo feitas conforme as metas estabelecidas, essa revisão é fundamental para que
a empresa consiga melhorar seus processos adquirindo confiabilidade a sua marca e
credibilidade com seus clientes, ou seja, um setor de auditoria interna é
fundamental em qualquer tipo de empresa, pois a auditoria analisa as informações e
consegue tratar os dados disponíveis transformando em informações para tomada
de decisões, pois são realizados testes que verificam a veracidade dos dados,
levando a administração informações confiáveis que refletem a verdadeira saúde
financeira da empresa.
A metodologia utilizada foi através de pesquisa bibliográfica de livros relacionados a
auditoria, sites relacionados com artigos científicos de auditoria interna, normas
contábeis e revistas da área contábil.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITOS DE AUDITORIA

Auditoria é um conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar e adequar


a eficácia dos Controles, e também uma revisão das operações das empresas, para
verificar se ela enquadra as normas pertinentes.

Conforme Instrução Normativa nº 01/2001 a auditoria contábil abrange o exame dos


registros e documentos e coletas de informações de acordo com procedimentos,
pertinentes ao controle do patrimônio de uma entidade, pretendem obter elementos
comprobatórios suficientes para que possa opinar se os registros contábeis estão de
acordo com os princípios contábeis e se as demonstrações contábeis refletem a
situação da empresa.

Conceitua Franco e Marra (2001, p. 28) que:

A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e


obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionados com o
controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das
demonstrações contábeis deles decorrentes.

Para Hoog e Carlim (2004, p. 49):

A auditoria contábil é a certificação dos elementos da contabilidade com o exercício


da sociedade empresaria, assegurando a credibilidade das informações das peças
contábeis e a integridade do patrimônio, visando a minimização dos riscos
operacionais, fiscais, societários, ambientais, trabalhistas, previdenciários,
sistêmicos do mercado e outros através de técnicas especificas.

A auditoria interna trabalha na identificação de irregularidades nos processos em


uma organização, essa identificação é fundamental para que a empresa consiga
melhorar seus processos e por consequência agregar qualidade ao seu produto,
confiabilidade a sua marca e credibilidade com seus clientes, ou seja, um setor de
auditoria interna é fundamental em qualquer tipo de empresa, pois a auditoria
analisa as informações e consegue tratar os dados disponíveis transformando em
informações para tomada de decisões, assegurando a qualidade e fidedignidade das
informações, uma vez que são realizados testes que atestam a veracidade dos dados
contábeis e financeiro, levando a administração informações confiáveis que refletem
a verdadeira saúde financeira da empresa.

2.2 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA

A auditoria externa é realizada por auditores independentes, ou seja, que não


possuem vinculo com a empresa auditada, o objetivo principal é examinar as
documentações e demonstrações contábeis para emitir um parecer sobre tais. Para
essa é necessário um profissional formado em ciências contábeis.

Diferente a auditoria externa, a auditoria interna é realizada por profissionais da


própria empresa auditada, não necessariamente da área contábil.

Na auditoria externa o objetivo principal é a veracidade dos dados, na interna o foco


principal é averiguar o nível de segurança dos controles internos da organização,
além de constatar a existência dos mesmos.

Para Crepaldi (2000, p.48):

Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão do


parecer sobre a adequação com que estes representam à posição patrimonial e
financeira, o resultado das operações, as mutações do Patrimônio Líquido e as
origens e aplicações de recursos da entidade auditada consoante as normas
brasileiras de contabilidade (p. 48).

2.3 PROCESSO DE AUDITORIA

O processo de auditoria são as etapas destinadas a examinar a regularidade e


eficiência da gestão administrativa, bem como auxiliar nos aperfeiçoamentos dos
processos e controles internos da empresa. Para alcançar esse objetivo o auditor
deve planejar seu trabalho adequadamente. Basicamente a auditoria interna é
dividida em cinco etapas, conforme figura abaixo:
Figura 1

2.3.1 PLANEJAMENTO E LEVANTAMENTO DO PROCESSO

O planejamento é a etapa fundamental para um ótimo resultado no trabalho do


auditor interno, na fase de planejamento a equipe de auditoria deve documentar seu
planejamento e preparar o programa de trabalho por escrito, o planejamento e
programas devem ser revisados e atualizados sempre que necessário. Ainda na fase
de planejamento da auditoria deve ser feita a análise dos riscos, evidenciando a
possibilidade de não ser obedecido o prazo determinado bem como a possibilidade
de não ser atingida a finalidade a qual o trabalho de auditoria se destina, para isso
deve ser feito alguns levantamentos prévios, como as limitações de comunicação o
volume das operações e a necessidade de contratação de especialistas. Segundo
NBC TA 300 Os Objetivos básicos do planejamento são intes:

 Identificar os problemas da entidade;


 Definir os exames adequados para execução dos trabalhos em tempo
hábil;
 Garantir a uniformidade dos levantamentos, exames e avaliações a serem
realizados pela equipe;
 Dividir as tarefas, para evitar sobrecarga de trabalho.

2.3.2 PROGRAMA DE TRABALHO


É o objetivo final do planejamento, visa definir os meios mais econômicos e
eficientes para se atingir os objetivos da auditoria. A utilização criteriosa do
programa de auditoria permite à equipe avaliar, em campo, sobre a conveniência de
ampliar os exames (testes de auditoria) quanto à extensão e/ou a profundidade,
caso necessário. A programação dos trabalhos de auditoria deverá ser consolidada
em documento contendo os seguintes itens:

 Objeto;
 Objetivos;
 Escopo do exame;
 Avaliação dos riscos envolvidos;
 Procedimentos de auditoria a serem executados;
 Recursos a serem utilizados;
 Tick-mark utilizadas (símbolos utilizados de forma padrão para auxiliar na
verificação das etapas e metas);
 Cronograma detalhado.

O programa de auditoria é uma definição de objetivos, definição de meta e roteiro


de procedimentos detalhados, que tem por objetivo orientar a equipe de auditoria,
também deve estabelecer os procedimentos para a identificação, análise, avaliação e
registro da informação durante a execução do trabalho, de acordo com os itens
citados acima para um ótimo resultado no trabalho da equipe de auditoria.

2.3.3 EXECUÇÃO

Essa fase é comumente chamada de trabalho de campo, é a etapa de aplicação do


Programa de Auditoria, segundo MORAIS, Henrique Hermes Gomes o programa de
compreende as seguintes etapas:

– Reunião de abertura dos trabalhos com o auditado: Para início dos trabalhos é
conveniente que se faça uma reunião da equipe de auditoria com a gestão, para
esclarecer os objetivos do trabalho a ser executado.

– Estudo e avaliação dos controles internos: É o processo para levantamento de


dados sobre a organização dos procedimentos prescritos.

– Aplicação dos programas de auditoria: A preparação do programa deve seguir o


fluxo, prevendo uma consistência natural e lógica da atividade do auditor com o
próprio fluxo da atividade. Podendo ser estruturado de forma a que possa ser:
Específico e Padronizado.

– Registro em papéis de trabalho: No decorrer do trabalho de auditoria, o auditor


obtém através de avaliações, observações que realiza conhecimentos de caráter
contábil, financeiro para no final do trabalho opinar sobre os fatos e situações. Por
isso é importante saber de que forma esses conhecimentos foram adquiridos, pois
são as provas do trabalho realizado.  O conjunto dos elementos escritos pelo auditor
no decurso de seu trabalho constitui o que é chamado de documentos ou papéis de
trabalho, que dão suporte para elaboração do relatório e parecer.

2.3.4 RELATÓRIO E CONCLUSÃO

É o documento que contém a conclusão do trabalho de auditoria expondo os erros,


fraudes ou deficiências verificadas no decorrer da revisão dos procedimentos, e a
linguagem deve ser clara e nítida de forma que a terminologia permita o
entendimento das informações. Esse relatório pode ser entregue de forma parcial
quando a auditoria constatar irregularidades que precisam ser tratados de imediato
pela administração respeitando os princípios da competência e da tempestividade, é
responsabilidade do auditor manter o sigilo das informações, inclusive após o
término do vínculo empregatício, não podendo ser revelado a qualquer pessoa sem
prévia autorização da empresa.

As informações contidas nele quanto aos atos e fatos observados devem reunir
principalmente:

 Contextualização do Trabalho;
 Metodologia;
 Constatações;
 Recomendações;
 Conclusão;
 Anexos (se necessários);
 Apêndices (se necessários).

2.3.5 MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES


É um acompanhamento dos processos com relação às orientações recebidas, a fim
de assegurar que os processos estão sendo realizadas da maneira correta para
prevenção de irregularidades. O Monitoramento completa o ciclo da auditoria, ele
fornece subsídios para o planejamento das próximas auditorias.

2.4 IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA

A auditoria interna tem a finalidade de desenvolver um plano de ação que ajude a


administração a atingir seus objetivos na empresa, o auditor interno deve avaliar os
controles contábeis, financeiros e operacional da empresa, avaliar os riscos e atestar
se está ocorrendo o cumprimento por parte das áreas as normas e políticas de
procedimentos interno, objetivando atestar a integridade e eficácia dos controles.

Devido a expansão das atividades e dos processos e com o avanço tecnológico,


sentiu-se necessidade de dar uma ênfase maior para as normas e procedimentos
internos, pois de acordo com o crescimento das organizações o administrador ou o
proprietário da empresa, não tem condições de supervisionar pessoalmente todas as
etapas das atividades do seu negócio.

O auditor externo também pode emitir o relatório com sugestões para solucionar os
problemas da empresa, detectados no decorrer do seu trabalho de auditoria, porém
ele passa pouco tempo dentro da empresa. Desta forma para melhor atender a
necessidade da administração das empresas é necessário um auditor para executar
sua atividade com mais profundidade, conhecendo melhor as diversas áreas da
organização.

Attie (2006, p.52) explica que:

A importância que a auditoria interna tem em suas atividades de trabalho serve para
a administração como meio de identificação de que todos os procedimentos internos
e políticas definidas pela companhia, os sistemas contábeis e de controles internos
estão sendo efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão refletidas
contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos.

Dessa forma surgiu a auditoria interna, sendo uma ramificação da auditoria externa.
O auditor interno é um funcionário da empresa, mas não deve desenvolver
atividades que possa vir um dia a examinar, para que não interfira em sua
independência. Para um bom controle interno é recomendado à seguinte estrutura
organizacional:

Figura 2 – Fonte: Obra Formação de Auditores Internos, Autor Ibraim Lisboa


Esse modelo de organograma não é a única forma de estrutura de um departamento
de auditoria interna, poderia haver uma ramificação dentro de cada diretoria,
dependendo da função e da dimensão de cada departamento.

Apesar da auditoria externa e interna aplicarem procedimentos semelhantes, elas


são diferentes. A auditoria interna é considerada uma ramificação da auditoria
independente que tem como função atender à necessidade dos administradores em
avaliar e monitorar seus controles internos.

Para os autores Franco e Marra (2011, p 219) a auditoria interna é:

Aquela exercida por funcionário da própria empresa, em caráter permanente. Apesar


do seu vínculo à empresa, o auditor interno deve exercer sua função com absoluta
independência profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao auditor
externo, mas também exigindo da empresa o cumprimento daquelas que lhe cabem.
Ele deve exercer sua função com total obediência às normas de auditoria e o vínculo
de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois sua subordinação à
administração da empresa deve ser apenas sob o aspecto funcional.
Para Crepaldi (2013, p. 65) a auditoria interna:

Constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade,


adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas contábeis,
financeiras e operacionais da entidade. A auditoria interna é uma atividade de
avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações,
como um serviço prestado à administração.

Percebe-se que o vínculo entre o auditor e a empresa auditada, entre outras


características, definirá o tipo de auditoria realizada. Enquanto o auditor externo não
apresenta vínculo empregatício com a empresa, o interno é um funcionário da
mesma.

Crepaldi (2013) apresenta o seguinte quadro comparando o a auditoria interna e


externa quanto a diversos elementos:

Elementos Auditoria Externa Auditoria Interna

Sujeito Profissional Independente Auditor Interno (funcionário)

Exame das demonstrações


Ação e objetivo Exame dos controles operacionais
financeiras

Opinar sobre as Promover melhorias nos controles


Finalidade
demonstrações financeiras operacionais

Recomendações de controle
Relatório principal Parecer
interno

Grau de independência Mais amplo Menos amplo

A empresa e o público em
Interessados no trabalho A empresa
geral

Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista

Números de área coberta pelo exame


Maior Menor
durante um período

Intensidade dos trabalhos em cada área Menor Maior

Continuidade do trabalho Periódico Contínuo

Fonte: Crepaldi (2013, p.77)


O trabalho de auditoria interna realizado nas empresas busca coibir os erros a
ineficiências dos processos e demais irregularidades que possam ser observadas e
trabalhadas pela administração para que a empresa consiga alcançar melhores
resultados.

De acordo com a Resolução CFC 986/03 – NBC T 12 (Normas de Auditoria Interna),


a auditoria interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de
informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de
riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos.

2.5 A AUDITORIA INTERNA COMO MEIO DE PREVENÇÃO

A auditoria interna tem como função, auxiliar e dar garantias aos administradores
quanto às informações geradas pela contabilidade, para certificar de elas estão de
acordo com os aspectos legais, trabalhando na função de melhoras os processos
internos a fim de minimizar os fraudes e erros, para que a empresa consiga adequar
seus processos adquirindo confiabilidade perante o mercado. Dessa forma, pode-se
dizer que sua finalidade é:

 Integridade das informações e registros;


 Verificar eficácia e eficiências dos controles internos;

Com o avanço da globalização passou a existir uma preocupação com o controle


interno dentro das organizações, a fim de prevenir os erros, nesse sentido à
auditoria entra para fazer jus a estes resultados. Diante disto, a auditoria se
apresenta como forma de confirmar a exatidão das informações registradas, a fim
de proporcionar confiabilidade nos dados levantados, possibilitando melhores
tomadas de decisões.

2.5.1 CONTROLE INTERNO

O setor de controles internos tem como responsabilidade tornar os processos da


empresa mais seguros, ágeis e com maior confiabilidade, e dessa forma contribui
com a gestão, uma vez que se tem maior segurança em relação as informações
disponíveis para a tomada de decisão. Seu objetivo é averiguar situações e
documentações em busca de melhoria e adequação dos métodos de trabalho, esta
atividade é diretamente ligada à administração.

Para que a empresa não tenha perdas e ineficiências nos processos as organizações
precisam estar atentas a novos métodos de controle e gestão, havendo a
necessidade da união entre as áreas para o melhor controle das informações da
empresa, com o único objetivo que é alcançar a eficiência e a eficácia em todas as
fases das operações da empresa, sejam elas financeiras ou não financeiras.

Conforme estabelece a NBC TA 315 (RI) Controles internos. A auditoria interna tem
papel fundamental na análise e identificação se os controles internos, suas políticas
assim como os sistemas de gestão estão sendo seguidos conforme as normas
estabelecidas pela empresa e para que ao final do processo de auditoria o auditor
possa emitir sua opinião em relação ao funcionamento dos controles internos.
Apontando as deficiências do setor e sugestões de melhorias.

Para Queiroz (2009, p. 12):

O controle interno é um departamento responsável por definir procedimentos e


medidas para evitar falhas de ordem operacional, acompanhar a execução das
atividades em caráter opinativo, preventivo ou corretivo, buscando evitar erros de
ordem intencional ou não, protegendo assim a fidelidade das informações geradas,
garantindo segurança de forma a fornecer subsídios aos gestores quanto à tomada
de decisão. A auditoria interna por sua vez, faz a revisão, avaliação e
acompanhamento dos controles internos, verificando o melhor cumprimento das
políticas traçadas pela administração e se estão sendo cumpridas as normas
fundamentadas em lei para cada atividade.

No que diz a respeito às atividades do controle interno, podemos dizer é o


departamento que tem um conhecimento geral da empresa, sendo interligado com a
contabilidade, financeiro e áreas correlacionadas. Já a auditoria interna é um
departamento que depende das informações do controle interno, esta focada em
examinar as documentações e tirar suas conclusões com relação ao que foi
verificado, posicionando a gestão quanto à situação da empresa.

2.5.2 ERROS E FRAUDES


2.5.2.1 ERROS

São cometidos involuntariamente, sem intuito de causar dano, ou seja, não


intencional. Segundo Sá (2011, p. 13), “O erro é um vício involuntário, de
escrituração e ou de demonstrações, contábil.”

De acordo com a NBC T12, “o termo erro aplica-se a atos involuntários de omissão,
desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de
registros e demonstrações contábeis, e de transações e operações da Entidade,
tanto em termos físicos quanto monetários”.

2.5.2.2 FRAUDES

Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade e Interpretação Técnica (NBC T11-


IT

03), o termo fraude refere-se “a ato intencional de omissão ou manipulação de


transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis”.

Cunha e Cornachione (2003, p.80), conceituam fraude como:

Qualquer meio usado por uma pessoa com a finalidade de obter uma vantagem
injusta sobre outra pessoa seja por ato ou omissão, por meio de conduta intencional
ou má-fé, ou seja, constitui fraude tanto fazer-se quanto omitir-se de fazer algo,
podendo esta conduta ser intencional, não necessariamente com o intuito de
prejudicar alguém, ou de má-fé, onde a intenção é dolosa ou criminosa.

A diferença entre erro e fraude está no fato de existir ou não a intenção quando da
ação ou omissão do fato.

2.5.3 CONTRIBUIÇÃO DA AUDITORIA INTERNA PARA REDUÇÃO


DE ERROS E FRAUDES NAS EMPRESAS PRIVADAS

Entende-se como empresa privada, a entidade com fins lucrativos. Referente a isso
Fulgêncio (2007, p.251) conceitua empresa privada da seguinte forma: “São
empresas cujo capital é detido na sua maioria pelos agentes econômicos privados, e
cujo objetivo é o lucro.”

Segundo o Instituto Ethos (2005, p. 306):

A função da empresa privada traduz-se no desempenho econômico, o qual constitui


seu fundamento lógico e finalidade. As empresas existem para fornecer bens e
serviços aos seus clientes e excedentes econômicos à sociedade. Essas atividades
demandam um capital que precisa ser coberto pelo lucro alcançado pela empresa. O
objetivo último da empresa é obter lucro, subtraído o custo do capital investido. A
lucratividade é uma necessidade vital da empresa.

Surge a partir desse momento a preocupação de ter um controle interno, para evitar
custos excessivos, ter uma credibilidade no mercado, prestar um serviço de
qualidade, obter um número maior de cliente, e consequentemente maior lucro. A
auditoria interna traz vários benefícios para dentro de uma entidade, por se tratar
de um departamento que tem autonomia em quase todas as áreas a auditoria
interna pode ajudar na tomada de decisões. Maximiano (2000, p.141) afirma que:
“O processo decisório é a sequência de etapas que vai desde a identificação à
colocação em prática da ação ou solução.”

Para o gestor tomar as decisões com segurança é necessário segurança de que


aquela é a melhor opção, para isso a auditoria tem um papel importante para
auxiliar a gestão e julgar a melhor opção nos momentos de insegurança, medos,
incertezas. A respeito do poder de decisão, Chiavenato (1936, p.156), afirma que:
“Decisão é o processo de análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do
curso de ação que a pessoa deverá seguir”.

Para Jund (2001, p.31) a auditoria interna tem uma objetividade para cada setor,
para administração da empresa, ela fiscaliza a eficiência dos controles internos,
opina nas adequações das demonstrações e assegura maior credibilidade dos
registros, aponta falhar na organização administrativa e nos controles internos e
contribui para obtenção de melhores resultados sobre a real situação da empresa.
Para os investidores, contribui para exatidão das demonstrações contábeis que
demonstra a real situação econômica, patrimonial e financeira da empresa. Para o
fisco, permite a exatidão das demonstrações contábeis, e situação geral da empresa.
Para a sociedade, da credibilidade das demonstrações e assegura a veracidade das
informações, garantindo empregos e grau de evolução e solidez da economia
nacional.

Com base nisso, os controles contábeis quando aplicados adequadamente, são


instrumentos de excelência, que transmitem confiabilidade das informações
contábeis, redução de erros e fraudes e consequentemente auxiliam no processo de
tomada de decisões.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo objetivou demonstrar a importância da auditoria interna para as


organizações, foi possível observar que a auditoria tem um papel fundamental
dentro da empresa, para que as empresas continuem crescendo e tendo
credibilidade no mercado. Pois atualmente devido ao avanço tecnológico e
competitividade no mercado é de extrema importância a contribuição da auditoria
interna para melhoria nos processos e segurança nas informações para tomada de
decisão. O setor de auditoria está diretamente ligado a administração fornecendo
maior segurança nas informações e contribuindo para melhor desempenho das suas
atividades.

Do conteúdo utilizado na pesquisa se observou que a auditoria interna tem um papel


muito importante no controle das operações da empresa, sendo responsável pela
identificação de falhas que acarretam perdas e ineficiências na gestão, através da
revisão dos controles internos, auxiliar na melhoria dos processos apontando para a
administração recomendações para que o problema seja tratado, com o objetivo de
melhorar o desempenho sem perda de eficiência e qualidade, sua atuação na
empresa como analista das informações auxilia a administração na obtenção de
informações para a tomada de decisão. Mais que uma auditoria bem planejada
constatou se no decorrer da elaboração deste artigo que é fundamental que o
auditor ao elaborar o relatório de auditoria consiga expressar os resultados
alcançados através dos levantamentos de forma clara, objetiva e coesa, para que a
administração ao ter contato com o relatório consiga entender todos os pontos
apontados e assim destinar o responsável pela implantação dos planos de ação para
tomar as medidas corretivas, a cerca dos pontos levantados na auditoria.

A administração através da auditoria interna tem os meios para aumentar sua


eficiência no mercado, para isso é necessário que a administração entenda a
importância da auditoria interna e estimule o seu trabalho dentro da organização,
auxiliando no planejamento para que o trabalho da auditoria tenha finalidades bem
definidas e seja útil a gestão.

Cada organização tem sua forma de administrar, no entanto o objetivo principal das
empresas privadas é o lucro. E para que isso seja alcançado, requer um alto controle
interno, do qual supervisionem a qualidade e responsabilidade dos executores,
evitando prejuízos desnecessários, melhorando a produtividade, a qualidade,
satisfação dos clientes, responsabilidade social e desenvolvimento dos recursos
humanos.

Dessa forma fica evidenciada a importância da auditoria interna no processo de


gestão das organizações em um ambiente globalizado e cada vez mais competitivo,
uma vez que a globalização e a crescente competitividade do mercado financeiro
tornou a auditoria um mecanismo capaz de fornecer apoio e segurança aos seus
gestores.

REFERÊNCIAS

ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992.

CAMARGO, Afonso. Auditoria de Sistemas de Gestão Integrada: São Paulo,


Person Educaton do Brasil, 2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. NBC TI 01: Da auditoria Interna.


Brasília, 2003

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. NBC TI 01: Da auditoria


Interna. Brasília, 2003

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. NBC P 3 – Normas profissionais


do auditor interno. Brasília, 1995

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil. 2. Ed – São Paulo – S.P – Editora


Atlas, 2011

MELO, Moisés Moura de; SANTOS, Ivan Ramos dos. Auditoria Contábil. 2° edição,
Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 2017.
PORTAL DE CONTABILIDADE; Auditoria interna e sua importância nas
organizações. Disponível
em:<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-
organizacoes.htm> Acesso em 27 de Jul, 2017.

Resolução CFC Nº 986/03, DE 21 de Novembro de 2003. NBC TI – Da Auditoria


Interna

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Manual de auditoria


interna. Disponível em:

<https://www.ufmg.br/auditoria/images/stories/documentos/manual_2a_verso_revi
sado.pdf> Acesso em 29 de Jul, 2017.

[1]
 Aluna. Bacharel em Ciências Contábeis pela FAEC, Cursando Pós-Graduação em
Auditoria e Pericia Contábil FAEL.

[2]
 Orientadora. (Mestranda em Planejamento e Governança Pública na Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Possui especialização em Assessoramento
na Jurisdição Trabalhista pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª
Região (2013), especialização em Direito Tributário pela Academia Brasileira de
Direito Constitucional (ABDConst, 2008) e graduação em Direito – Faculdades
Integradas do Brasil (Unibrasil, 2007). É Assessora Jurídica do Desembargador
Francisco Roberto Ermel no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região e professora
na FAEL nas especializações da área de Direito e de Gestão.

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