Você está na página 1de 1

DOR COM ARDOR O PAVOR DO CLAMOR

Antes eu estivesse tomado de volúpia


A estar nesta decadência contingente
A melindrar num estado de ausente e
de isento de desorientado mausoléu
Pervertido na causa nobre que leva ao Céu
Obcecado pelo Bem e apaixonado pelo Mal
Cônscio, plenamente consciente, de seu Si

Antes eu atentasse contra minha vontade


A surrupiar minha vontade livre de liberdade
Pásmica lembrança dos vinte e poucos anos
de grandes orgias bacanais festivais drogas e álcool
Responsável no estudo e no trabalho que lhe era duro
Obsidiado pela força do Desejo intenso de Ser-aí
na imediatidade de sua autoconsciência em si e para si

Antes eu sustente tudo o que eu pense desta forma


bastante delinquente e proletária que me fixa na coleira
Do sistema que mais abomino e que causar terror a todos
Ah, sim, camarada, eu sempre te chamarei de camarada
e nós sempre usaremos Vermelho por correr de nosso sangue a cor
Mais destoante do crepuscular flutuar em meio a deuses gregos
Imbuídos da sagacidade e da externação necessárias para suprassumir
— minha dor. — que ardor. — este teu pavor. — termina meu clamor.

G R TISSOT
13, Jul 2021
2:00 am

Você também pode gostar