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Pesquisa em
Economia
Técnicas de Pesquisa
em Economia
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incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-195-2
CDD 330.072
2015
Editora e Distribuidora Educacional S. A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041 ‑100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Assim, ao final do estudo deste livro, você estará mais preparado para
compreender todo o processo de pesquisa econômica e poderá elaborar um
relatório de pesquisa em qualquer um dos formatos que se faça necessário. Desejo
a você bons estudos.
Unidade 1
MÉTODOS DE PESQUISA EM
CIÊNCIAS SOCIAIS
Objetivos de aprendizagem:
• Entender das técnicas que podem ser empregadas sobre a leitura de obras
que servirão de base para o desenvolvimento da pesquisa.
Introdução à unidade
A Unidade 1 terá como proposta central o estudo dos métodos e técnicas para
a pesquisa em economia. O economista, além de todas as suas competências
técnicas, também é um pesquisador. Por isso, entender do desenvolvimento de
trabalho científico será fundamental para um estudante de Economia, para os
economistas e também para outros indivíduos que tenham interesse sobre esta área
de conhecimento.
Seção 1
(modelos e Hipótese)
Podemos compreender, por meio da figura, que a teoria será a base para
o desenvolvimento da pesquisa e para alcançar os resultados almejados pelo
pesquisador, porém esta não será a única condição para que a pesquisa seja
desenvolvida em todas as suas etapas.
Uma pesquisa irá ter seu princípio em fato observado e ele será objeto da
pesquisa; assim sendo, o autor da pesquisa irá realizar um planejamento para o
desenvolvimento do seu trabalho.
Portanto, cabe, neste momento do estudo, fazer uma reflexão sobre a ciência. Esta
pode ser classificada conforme as áreas de conhecimento e estudos. Assim sendo, temos:
• Básicas – têm por princípio ampliar os conhecimentos das leis gerais relacionadas
à natureza.
• Aplicadas – têm por objetivo estudar fatos e fenômenos específicos (custo – benefício).
Etapas:
a) Estudos Quantitativos
Sob esta ideia, Martins e Theophilo (2012) determinam que durante o processo
de elaboração de um trabalho científico, o pesquisador, dependendo da natureza
das informações, dos dados e das evidências levantadas, poderá desenvolver uma
avaliação quantitativa, ou seja:
• Sumarizar
• Caracterizar
• Interpretar
Estatística descritiva: é uma representação dos dados que tem por objetivo
descrever, resumir, totalizar e apresentar os dados por meio de gráficos, tabelas ou
figuras. Dentro da estatística descritiva temos as seguintes técnicas:
• Distribuição de frequência
• Medidas de dispersão
• Correlações
• Representações gráficas
b) Estudos Qualitativos
Neste tipo de estudo a análise de conteúdo pode ser uma maneira de compreender
de forma qualitativa os dados levantados e, com isso, ter condições de responder
questões de pesquisa, alcançar objetivos e resultados.
I. Artigos científicos
II. Monografias
V. Transcrição de entrevistas
Uma forma diferente em relação à anterior é proposta por Mayring (2002) para
análise de conteúdo. Este autor definiu algumas etapas para análise (APOLLINÁRIO,
2012, p. 165):
Este tipo de pesquisa ou estudo poderá estar submetido à análise teórica e/ou
empírica dos fatos e fenômenos econômicos. Sendo assim, o pesquisador irá coletar
dados e informações ao longo da pesquisa para desenvolver suas observações
e chegar às conclusões que deseja. Todavia, os estudos históricos podem ficar
pautados apenas no relato de dados e informações.
• Qualificação do pesquisador;
• conhecimento do assunto;
• criatividade, perseverança;
• sensibilidade social;
• confiança na experiência;
b) Finalidade da pesquisa
• Realização inédita.
b) Resumo do assunto: esta é a pesquisa que deriva de outra, por esta razão as
características principais são:
a) Pesquisa exploratória
1. Levantamento bibliográfico.
Ainda, é possível dizer que, por ser uma pesquisa peculiar, ela adota um formato de
estudo de caso, colocando em destaque a pesquisa bibliográfica e as entrevistas com
sujeitos que conhecem a respeito do problema pesquisado. A seguir veremos um
exemplo prático que poderá nos ajudar a compreender esse tipo de pesquisa:
Para que a obtenção de dados seja possível, é necessário que sejam realizadas
observações, levantamentos com entrevistas, pesquisas qualitativas e experimentos.
Após a coleta das informações, todos os dados deverão ser analisados e nenhum
deles deverá ser deixado de lado, com o intuito de obter resultados mais precisos.
Já os dados secundários são aqueles que já existem e são utilizados para que
possam ajudar na delimitação de oportunidades e na tomada de decisão. Ainda, é
importante delimitar que esse tipo de dados pode ser interno ou externo. Para que sua
compreensão fique mais clara, segue um exemplo:
Internos: uma empresa de tênis que teve um feedback positivo após veicular na
mídia propaganda sobre o novo produto.
• Delimitação do tema.
• Formulação de hipóteses.
• Avaliação de resultados.
b) Pesquisa descritiva
Nessa seção iremos apresentar para você a pesquisa descritiva e como ela pode
ser usada. Para isso, serão apresentados alguns exemplos de uso, bem como algumas
definições importantes sobre esse tipo de estudo. Ainda, será salientada uma sutil
diferença entre a pesquisa descritiva e a pesquisa exploratória. Então, mãos à obra!
Diante do exemplo que foi dado acima, podemos concluir que a pesquisa descritiva
tem como fundamento principal delimitar as particularidades de um determinado
grupo de pessoas, fatos ou uma experiência. Aproveitando o exemplo utilizado acima,
a empresa de roupas de Cianorte optou em classificar o seu grupo pesquisado a partir
de características como idade, nível social, escolaridade e opções de mídia.
O pesquisador desse tipo de pesquisa deve ter bem claro o que deseja pesquisar,
por isso, para utilização desse tipo de estudo é importante que se tenha em mãos uma
série de informações que serão necessárias para desenvolver a pesquisa.
1. Análise documental
2. Estudos de caso
3. Estudos de campo
• observados;
• registrados;
• analisados;
• interpretados.
Um exemplo prático sobre uma pesquisa descritiva pode ser observado no resumo
do trabalho que está exposto a seguir:
O principal objetivo desde trabalho foi avaliar, por meio dos Índices de
Intensidade de Comércio e Concentração de Destino, se a formação do
Mercosul contribuiu para o fortalecimento da integração e das relações
comerciais entre os países membros. Foram analisados os principais indicadores
econômicos, além da construção de um ranking a fim de avaliar o destino das
exportações e a origem das importações dos países membros do Mercosul,
no período de 1993 a 2012. Os índices demonstraram principalmente que as
exportações paraguaias são consideravelmente concentradas no Mercosul.
Apesar de o Paraguai ter vivenciado um crescimento do índice de Intensidade
do Comércio até o ano de 2003, se observou queda abrupta a partir de então,
ficando este indicador um pouco acima dos demais parceiros até o ano de
2012. Em contrapartida, a concentração brasileira é relativamente insignificante.
Foi possível verificar também que os principais parceiros comerciais dos países
membros do bloco não são eles mesmos; ao longo do tempo os quatro
países diversificaram cada vez mais suas relações comerciais. Os indicadores e
os índices não sofreram variações consideráveis em decorrência da formação
do bloco. Pelo exposto, se pode inferir que o Mercosul não gerou ganhos
significativos aos países membros no período analisado. Observou-se que as
relações comerciais e a integração não se fortaleceram, podendo indicar falta
de sinergia entre os interesses dos países membros.
c) Pesquisa Explicativa
Esta é uma pesquisa de caráter mais investigativo, pois, além de analisar e registrar
Para Andrade (2006, p. 125), “a maior parte das pesquisas explicativas utiliza o método
experimental, como nas ciências sociais. O que caracteriza a pesquisa experimental
é a manipulação e o controle de variáveis, com o objetivo de identificar qual a variável
independente que determina a causa da variável dependente ou do fenômeno em estudo”.
a) Exploratória
b) Explicativa
c) Descritiva
d) Pura
d) Pesquisa bibliográfica
• Livros.
• Publicações em periódicos.
• Artigos científicos.
e) Pesquisa de campo
• Pesquisa bibliográfica.
• Quantitativa descritiva
• Exploratória
f) Estudo de Caso
Este tipo de estudo tem por princípio estudar um objeto específico para que se
possa chegar a um resultado consistente. E, com o resultado, compreender os fatos
que são relevantes para a pesquisa.
g) Pesquisa Ex-Post-Facto
Esta pesquisa destina-se para o estudo de fatos ou fenômenos que irão ocorrer, ou
seja, é uma pesquisa que busca analisar fatos futuros e seus impactos sobre a realidade
econômica e social do universo de pesquisa.
h) Pesquisa participante
i) Pesquisa Ação
j) Pesquisa Etnográfica
Esta é uma pesquisa que está orientada a levantar características sobre a população
de uma determinada região a fim de compreender sua evolução e desenvolvimento
para um período de tempo, por exemplo.
IV. Testar e verificar as hipóteses por meio de testes e/ou experimentos que
possam ser viáveis na pesquisa.
VI. Aceitar ou rejeitar as hipóteses para confirmar se as leis gerais podem ser
aplicadas aos casos observados.
Método dedutivo: o método dedutivo tem seu princípio nas teorias e leis já
validadas cientificamente, uma vez que sua proposta é verificar casos e fenômenos
em determinado universo por meio dessas teorias e leis. Deste modo, todas as
premissas para o desenvolvimento da pesquisa estarão baseadas nestas leis e teorias,
que poderão gerar informações e conclusões para o pesquisador, que irá interpretá-
las para determinar o seu conjunto de resultados e conclusões.
Economia em geral: Este campo abrange as pesquisas que tratam dos aspectos
mais gerais da Economia. Inserem-se aqui as pesquisas sobre teoria econômica,
sistemas econômicos, história do pensamento econômico etc.
• Moeda.
• Bancos.
• Finanças públicas.
• Políticas fiscais.
• Políticas monetárias.
• Comércio internacional.
• Balança de pagamento.
• Finanças internacionais.
• Investimentos internacionais.
• Ajudas externas.
• Finanças.
• Investimentos.
• Orçamento e comercialização.
f) Demografia econômica: Este campo é bastante vasto, posto que envolve, além
dos temas essencialmente demográficos, também aqueles referentes aos aspectos
econômicos da saúde e nutrição.
• Organização mundial.
• Mudanças tecnológicas.
• Capacidade de produção.
Tipos de conhecimento:
• Conhecimento popular.
• Conhecimento científico.
• Conhecimento filosófico.
• Conhecimento religioso.
• Conhecimentos técnicos.
Formas de estudos:
• Teóricos.
• Históricos.
Conceito de Pesquisa
Tipos de Pesquisa
Quanto à natureza:
• Trabalho científico.
• Resumo do assunto.
• Pesquisa exploratória.
• Pesquisa descritiva.
• Pesquisa bibliográfica.
• Pesquisa de campo.
• Estudo de caso.
• Pesquisa Ex-Post-Facto.
• Pesquisa participante.
• Pesquisa ação.
• Pesquisa etnográfica.
Tipos de métodos
• Método indutivo.
• Método dedutivo.
• Método dialético.
• Economia em geral.
• Desenvolvimento econômico.
• Economias monetárias.
• Economia internacional.
• Economia agrícola.
• Economia de empresas.
• Demografia econômica.
• Economia do trabalho.
• Economia industrial.
Seção 2
Técnicas e Procedimentos
A seção II terá como proposta de estudos a compreensão das técnicas e
procedimentos que devem ser realizados no desenvolvimento do trabalho científico.
A preocupação maior estará em compreender o plano de trabalho do projeto de uma
pesquisa e também da estrutura da pesquisa em si.
A escolha pode ser uma tarefa complexa para estudantes que, ao chegarem ao
final de um curso de graduação, necessitam desenvolver um trabalho de curso ou
uma monografia como requisito parcial para obtenção do título. Em outras situações
a escolha poderá ser uma atividade complexa, porém iremos expor alguns fatores
que podem auxiliar no processo de escolha:
2. Definir um problema que será objeto de estudo – todo o tema deve ser
problematizado, com isso, ao desenvolver o trabalho, o autor irá realizar uma vasta
reflexão para que possa solucionar e responder às questões e hipóteses.
• Relevância social.
• Importância econômica.
A justificava passa a situar o projeto de pesquisa com a problemática, por isso ela
poderá ter dados e análises.
I. Compreender
II. Identificar
III. Analisar
IV. Situar
V. Caracterizar
Objetivos Específicos:
Objetivos Específicos:
2 Viabilidade mercadológica
3 Viabilidade técnica
4 Plano de negócios
• Emprego de entrevistas.
• Aplicação de questionários.
• Pesquisas bibliográficas.
• Tema.
• Delimitação do tema.
• Problema de pesquisa.
• Hipóteses.
• Objetivo geral.
• Objetivos específicos.
• Justificativa.
A elaboração do plano de trabalho é base para que todo estudo seja desenvolvido,
assim ele é composto por três elementos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
a) Introdução:
• Delimitação (proposição).
• Caráter da pesquisa.
• Justificativa.
• Metodologia.
Fases:
c) Conclusão:
• Resumo completo.
• Argumentos desenvolvidos.
• União de ideias.
Uma redação deverá atender às normas e aos padrões, mas também deverá ter
uma sequência lógica dos conteúdos ou dos dados. Além disso, é muito importante
que o pesquisador utilize uma linguagem adequada. Somado a estas ideias, vamos
apresentar os elementos que devem estar dentro da redação da pesquisa:
I. Introdução:
• Tema: descrever de forma sintética o tema e também seu contexto para área
de estudo.
II. Desenvolvimento: tema deverá ter uma sequência lógica para que possa ser
estudado de forma lógica.
III. Conclusão
• Recomendações.
• Escolha do tema.
• Formulação do problema.
• Definição dos termos.
• Construção de hipóteses.
• Delimitação da pesquisa.
• Indicação de variáveis.
• Amostragem.
• Levantamento de dados.
• Seleção de métodos e técnicas.
• Organização e teste de instrumentos.
É preciso lembrar que estas fases estarão distribuídas entre o projeto de pesquisa
e o desenvolvimento da pesquisa em si. Além disso, estas fases estão em sequência,
assim sendo, o pesquisador seguirá estas fases até o fim do seu trabalho científico.
deverá ter.
Quadro 1.1 | Comparação dos Elementos do Projeto de Pesquisa e Monografia
ITENS DO PROJETO
FASES ITENS DA MONOGRAFIA
DE PESQUISA
2.3.1 Objetividade
2.3.2 Impessoalidade
• Evite as seguintes expressões: “o meu trabalho”, “eu penso”, “na minha opinião”,
“o nosso trabalho".
• O uso do pronome “SE” sempre será mais adequado. Por exemplo, “Procedeu-
se ao levantamento”, “Procurou-se obter”, “Realizou-se”.
Nunca utilize gírias ou termos populares dentro do texto, pois a pesquisa tem um
caráter científico, por isso utilize palavras adequadas para a área de conhecimento da
pesquisa; além disso, não utilize palavras abreviadas.
• Os parágrafos devem ter uma ideia central, sendo assim, procure não misturar
ideias em um único parágrafo.
• Não seja redundante, por isso não repita termos e ideias no mesmo parágrafo.
As formas de leitura poderão ser das mais variadas possíveis, porém iremos apresentar
algumas formas importantes para que se possa ter uma real noção das principais formas
de leitura. Portanto, vamos compreender algumas características da leitura:
Os tipos e formas de leituras são fundamentais para o pesquisador, pois esta será
uma tarefa indispensável e essencial na construção do seu trabalho. Por esta razão,
iremos observar alguns tipos e formas, ou seja, técnicas de leitura:
• Crítica – tem por objetivo analisar a ideia do autor e, com isso, gerar confronto
com a ideia de outros autores para tratar do assunto.
1ª - Identificar:
• Proposição.
• Explicação.
• Discussão.
• Demonstração.
Tipos de resumo
1º Indicativo ou descritivo:
• Os objetivos e o assunto.
• Métodos e técnicas.
• Resultados e conclusões.
3º Crítico:
• Metodologia.
• Conteúdo.
• Desenvolvimento da lógica.
• Distinguir os elementos.
Referências
O UNIVERSO DA PESQUISA
ECONÔMICA
Objetivos de aprendizagem:
Introdução à unidade
Aqui você conhecerá algumas das principais áreas onde a pesquisa econômica
pode ser utilizada. Algumas, apenas, porque a ciência econômica pode ter
infindáveis aplicações, em quase todas as áreas do conhecimento.
Seção 1
Tudo o que foi escrito, em qualquer época, foi produzido. Dados foram
levantados, fenômenos foram analisados com critério e rigor, situações foram
testadas, hipóteses levantadas e observadas para produzir um material que buscasse
apontar os resultados de uma pesquisa, de um experimento ou de uma observação.
Isso em qualquer área do conhecimento – e na economia não poderia ser diferente.
Marconi (1999, p. 19) afirma que “toda pesquisa deve basear-se em uma teoria, que
serve como ponto de partida para a investigação bem-sucedida de um problema”.
De maneira geral, toda pesquisa científica começa com uma análise crítica sobre
tudo o que já foi escrito a respeito de um assunto, para subsidiar uma interpretação
prática e reflexiva do problema que está gerando essa pesquisa e, a partir daí, define
objetivos, critérios, técnicas e metodologia para conseguir resultados suficientes para
uma análise sistemática, controlada e crítica do problema e das possíveis soluções
para ele.
Apesar dessas tantas opções na busca de uma solução para os problemas que a
pesquisa se propõe a resolver, seria interessante o emprego de mais de um método
esses custos são classificados como Custos Fixos – que são periódicos e previsíveis,
que acontecem haja ou não produção e não sofrem alteração de valor em função
do aumento ou redução da produção; Custos Variáveis – aqueles que variam
dependendo do nível de produção ou das atividades da empresa e cujos valores
dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas no período;
e os Impostos e Tributos – que incidem sobre a venda de produtos e serviços e,
naturalmente, sobre o faturamento da empresa.
Valor Presente Líquido – VPL, que considera o valor do dinheiro no tempo e vai trazer
as projeções de entradas e saídas do caixa para valores atuais, permitindo perceber o
custo do capital ao longo do projeto e decidir acerca de sua viabilidade ou não.
Taxa Interna de Retorno – TIR, que vai, da mesma forma que o VPL, oferecer
uma análise acerca do fluxo de caixa livre acumulado, porém o fará em formato
de percentuais, o que facilita a comparação a outros investimentos possíveis. Por
exemplo, se a TIR apurada for de 0,3% ao mês e a poupança estiver pagando 0,6%
ao mês, a decisão mais racional, pelo menos sob o prisma da matemática, será não
investir na empresa, mas sim guardar o dinheiro numa caderneta de poupança em
algum banco.
Prazo de Retorno do Capital – Payback, que vai indicar o período necessário para
que a empresa recupere o investimento no negócio. Seu cálculo é bastante simples
e mostra o momento projetado para o projeto gerar a mesma quantidade de caixa
que gastou no início do projeto, ou seja, quando o fluxo de caixa livre acumulado
deixa de ser negativo para ser positivo. A regra básica é que, quanto mais tempo
demorar para a empresa recuperar seu investimento, maior a possibilidade de perdas
e a maior desvantagem do indicador é não considerar o valor do dinheiro no tempo,
ou seja, não desconta os valores futuros do fluxo de caixa.
com temáticas presentes no cotidiano de todas as pessoas, pois todos os dias nos
deparamos com situações que envolvem problemas econômicos, que vão desde os
preços nas prateleiras dos supermercados, desemprego e reflexos da estiagem no
bolso do consumidor, até temas mais amplos, como desempenho da agricultura e
atuação do governo.
Pesquisas nessa área vão buscar levantar dados, observar contextos e desenvolver
métodos analíticos capazes de oferecer os modelos mais pertinentes da economia
com vistas a estabelecer sua interação com o ambiente, procurando desenhar o
melhor processo de uso de recursos naturais nos processos econômicos. Também
podem trabalhar com temas mais polêmicos, como desmatamento, poluição do ar
e da água, mudanças climáticas, produção de energia, custos para o aumento da
produção agrícola, mercado de carbono, perícia e valoração ambiental etc.
1.5.1 Agricultura
HOMEM DE MELLO, F. Um diagnóstico sobre produção e abastecimento alimentar no Brasil. In: AGUIAR,
1
No Brasil, essa coparticipação foi instituída pela Lei nº 11.079, que institui normas
gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes
da União3, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O Tribunal de Contas
da União define as PPPs como “contratos de concessão em que o parceiro privado
faz investimentos em infraestrutura para prestação de um serviço, cuja amortização
e remuneração são viabilizadas pela cobrança de tarifas dos usuários e de subsídio
público (PPP patrocinada), ou é integralmente paga pela Administração Pública (na
modalidade de PPP administrativa)”.
3
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/regulacao/Parceria_P%C3%BAblico_
Privada_Pontal_web.pdf
4
Trecho da Mensagem Presidencial nº 623, de 2003, que submete, à apreciação da Câmara dos Deputados,
o texto de projeto de lei que “Institui Normas Gerais para licitação e contratação de Parceria Público-Privada
no âmbito da Administração Pública”.
mas onde o governo não dispõe de recursos ou mesmo capacidade técnica de fazê-
lo. Essa parceria configura-se como de cooperação mútua e gestão compartilhada.
Em razão exatamente disso, a economia pode ainda figurar entre os atores mais
importantes do turismo, elaborando planejamentos estratégicos para localidades
com potencial turístico e avaliando o impacto econômico do turismo nas regiões
de destino e para o país. Com o turismo tratado como negócio, todo mundo ganha.
No Brasil, temos visto, nos últimos anos, a queda constante da taxa de desemprego.
Esse fenômeno traz uma série de implicações sobre a economia, como salários
médios maiores, pressão sobre a inflação, custos de produção maiores e perda
de competitividade. Estudos de correlação entre variáveis do mercado de trabalho
podem gerar inúmeros trabalhos sobre economia industrial.
A formação dos preços, para a economia, vai além da soma dos custos fixos,
variáveis e lucro desejado. Outras variáveis, como a competição fora da empresa,
o progresso tecnológico, campanhas publicitárias e outros elementos participam
na resolução dos preços industriais. Verificar esses elementos permite direcionar a
empresa industrial para ser mais lucrativa e até diversificar sua carteira de produtos.
Destaque aqui para a globalização, que afunila cada vez mais a interação
e interdependência entre os países – e isso exige relações cada vez mais
contrabalanceadas, o que estabelece a criação de organismos supranacionais que
medeiem no sentido de equilibrar estas relações e promover o PIB de todos os
participantes.
O Banco Central ainda conta com o Comitê de Política Monetária (Copom), que
tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de
juros do país. Certamente não faltam temas relativos à Economia Monetária para
desenvolvimento de pesquisa econômica, dado a sofisticação do Sistema Financeiro
Nacional e a atuação do Conselho Monetário Nacional.
Bom, aqui vimos algumas das áreas possíveis para o desenvolvimento de pesquisa
econômica, mas aqui tivemos apenas uma breve discussão de algumas áreas.
Como vocês sabem, a economia é muito mais abrangente e pode se enveredar por
quase todas as ciências, em quase todos os assuntos, então esperamos que você
desenvolva pesquisas que possam lhe ajudar, sempre e em todos os sentidos.
a) Fomento ao Crescimento.
b) Subsídios Estruturais.
c) Parceria Público-Privada.
d) Participação do PIB na estrutura.
- Pesquisa Científica
- Pesquisa Econômica
- Viabilidade Econômico-Financeira
- Teoria Econômica
- Análise de Conjuntura
- Parcerias Público-Privadas
- Economia da Saúde
- Economia do Turismo
- Economia Financeira
- Economia Industrial
- Economia Internacional
- Mercado de Trabalho
- Políticas Sociais
a) Globalização.
b) Contrabando.
c) Proteção de Mercado.
d) Restrição Internacional.
Referências
PROJETOS DE PESQUISA EM
ECONOMIA
Objetivos de aprendizagem:
A economia utiliza a coleta de dados como importante instrumental para sua
prática profissional. Nesta unidade você poderá compreender como aplicar os
conhecimentos das técnicas de pesquisa nas Ciências Econômicas.
Introdução à unidade
disponibilizada uma pesquisa que faz uso de dados estatísticos. Um dos maiores
bancos de dados estatísticos do país é o do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Serão apresentados os vários componentes que contemplam
o perfil dos municípios, e que é de grande valia para o pesquisador iniciar seus
estudos, ou seja, ter um primeiro contato com a região do objeto de estudo. Para
finalizar a seção 2 será apresentado o Critério Brasil. O Critério Brasil serve para
classificar os indivíduos em classes econômicas, foi desenvolvido pela Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP) e é utilizado pelo IBGE quando da
realização do Censo Brasil. A Unidade 3 do presente livro não é apenas uma leitura
complementar, mas sim um texto de cabeceira e que pode servir de consulta para
qualquer leitor que tenha como objetivo enveredar pelos caminhos das pesquisas
nas ciências econômicas.
Seção 1
Estágio da
Tomada Tomada
Tomada Estágio de Estágio de
de de
de desenvol- sofistica-
decisão decisão
Decisão vimento ção
centrada centrada
intuitiva
Deve-se ressaltar que a ciência econômica é uma ciência empírica. Assim, ela faz
uso de métodos racionalistas, mas sua natureza empírica é incontestável.
Ainda de acordo com Bêrni (2002, p. 26), existem seis questões fundamentais,
com as quais a ciência econômica, no âmbito da contabilidade nacional, deve se
preocupar:
Organização (oferta)
AMBIENTE INTERNO
→
Produtos/serviços
MICROAMBIENTE
intermediários
concorrentes Consumidores
→ fornecedores
(demanda)
MACROAMBIENTE
Fonte: O autor
Vale lembrar que o cenário econômico é mutável, muitas variáveis incidem sobre
o mesmo, e que estudos constantes devem ser realizados, tendo em vista as novas
demandas de mercado.
Um projeto de pesquisa segue uma ordem comum para quase todas as áreas
(como visto nas unidades anteriores). A seguir será apresentado um modelo de
projeto de pesquisa baseado no livro de Zigmund (2006, p. 73). A proposta em
questão foi adaptada para o cenário brasileiro.
PROPÓSITO DA PESQUISA
PROJETO DE PESQUISA
O(a) próprio(a)
O cônjuge
Outra pessoa
O arquivo do Imposto de Renda que você baixou pela internet continha todos os
campos necessários para preencher sua declaração?
Sim
Não
Não sabe
Sinal de ocupado
Aguardar na linha
Não sabe
Sim
Não
PROJETO DE AMOSTRAGEM
COLETA DE DADOS
PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO
ORÇAMENTO E CRONOGRAMA
Seção 2
Cultura Valores
Personalidade Valores
Fase da vida Opiniões
Renda Experiências anteriores
Atitudes Grupos de pares
Motivações Conhecimento
Sentimentos Família
Fonte: Adaptado de Engel, Blacwell e Miniard (2011)
Como ilustrado no Quadro 3.1, são vários os fatores internos que podem afetar
o comportamento de compra dos consumidores. É incorreto pensar que podemos,
de forma genérica, destacar qual, dos vários fatores elencados, é o mais importante,
depende do consumidor (ou do público-alvo). O que podemos afirmar é que para
descobrirmos quais os fatores que mais influenciam as compras dos indivíduos,
devemos desenvolver uma pesquisa. Também existem os fatores organizacionais
(externos) que podem afetar o comportamento dos consumidores.
Todos nós sabemos que o atendimento é um dos temas mais importantes hoje
em dia, tanto nas salas de aula, quanto no mundo dos negócios. Pensando nesse
tema, o presente caso tem como intenção elaborar uma proposta de pesquisa de
satisfação do atendimento para o setor de serviços bancários.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS DA PESQUISA
• Qualidade de atendimento.
• Rapidez no atendimento.
• Personalização do atendimento.
• Atendimento extra-agência.
• Automação na agência.
METODOLOGIA
Dimensionamento da amostra:
Local Nº de entevistas
São Paulo – Capital 500
Interior de São Paulo* 400
Rio de Janeiro – Capital 300
Belo Horizonte 200
Salvador 200
Recife 200
Curitiba 200
Porto Alegre 200
Amostra total 2.200
Fonte: Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/. Acesso em: 25 mar. 2015.
• De classe socioeconômica A, B, C e D.
B) Qualidade do atendimento
• Recepcionista.
• Atendimento x tarifação.
C) Rapidez no atendimento
• Fila;
D) Personalização do atendimento
• Rotatividade.
• Instalações.
• Estacionamento.
• Tamanho.
• Sinalização.
• Segurança.
F) Atendimento extra-agência
• Atendimento do domicílio/escritório.
• Quiosque.
• Tipos de utilização.
• Frequência.
• Grau de utilização.
• Preferência (x agência).
• Confiabilidade na máquina.
• Horário.
• Segurança.
G) Atendimento comparado
grande).
H) Automação da agência
• Terminal do cliente.
• Teminal do caixa.
• Cash dispenser.
retreinamento.
• Manual de instruções.
• Questionários.
• Carta de apresentação.
• Carta de identificação.
RELATÓRIO DE PESQUISA
DURAÇÃO DA PESQUISA
EQUIPE TÉCNICA
ORÇAMENTO
Onde:
CT = custo total
CF = custo fixo
DESEMBOLSO FINANCEIRO
VALIDADE DA PROPOSTA
PRODUTOS
• Diferencial competitivo.
MERCADOS
• Segmento de mercado.
• Participação de mercado.
• Frequência de compra.
• Sazonalidade.
• Benefícios esperados.
• Reações da concorrência,
- prazo;
- preço;
- promoção.
DISTRIBUIÇÃO
VENDAS
• Zoneamento de vendas,
PREÇO
• Há controle governamental?
- concessão de crédito?
- cobrança?
- devolução de mercadoria?
- consignação?
- cancelamento de pedidos?
COMUNICAÇÃO
• Relacionamento empresa/agência.
• Verba de propaganda.
• Verba de promoção.
IMPLICAÇÕES LEGAIS
- venda?
- distribuição?
- propaganda?
- promoção?
PROGNÓSTICO MERCADOLÓGICO
• Realista.
• Otimista.
• Pessimista.
PROPOSTA
MÉTODO
NOTAS
ATRIBUTOS
1 2 3 4 5
Localização
Estacionamento
Ambiente interno
Atendimento
Variedade de produtos/serviços
Qualidade de produtos
Preços
Formas de pagamentos
Embalagens
Propagandas
Nota geral
Fonte: O autor
É importante ressaltar que a coleta de dados estatísticos via meios digitais deve
ocorrer somente em fontes confiáveis, como:
PROPÓSITO DA PESQUISA
PROJETO DE PESQUISA
SÍNTESE
• Capital: Curitiba.
TEMAS
• PNAD 2011 – acesso à internet e posse de telefone móvel celular para uso
pessoal.
• Pecuária 2013.
• Frota 2013.
• Migrações.
A seguir será apresentada a estrutura do Critério Brasil, que pode ser encontrada
no site da ABEP (www.abep.org).
0 1 2 3 4 ou +
Televisão em cores 0 1 2 3 4
Rádio 0 1 2 3 4
Banheiro 0 4 5 6 7
Automóvel 0 4 7 9 9
Empregada mensalista 0 3 4 4 4
Máquina de lavar 0 2 2 2 2
Videocassete e/ou DVD 0 2 2 2 2
Geladeira 0 4 4 4 4
Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex) 0 2 2 2 2
Fonte: Disponível em: < http://www.abep.org/codigosCondutas.aspx>. Acesso em: 21 mar. 2015.
Classe Pontos
A1 42 – 46
A2 35 – 41
B1 29 – 34
B2 23 – 28
C1 18 – 22
C2 14 – 17
D 8 – 13
E 0–7
Fonte: Disponivel em: <http://www.abep.org/codigosCondutas.aspx>. Acesso em: 21 mar. 2015.
De acordo com a ABEP (2014), para aparelhos domésticos em geral devem ser
considerados os seguintes casos:
Televisores
Devem ser considerados apenas os televisores em cores.
Televisores de uso de empregados domésticos só devem
ser considerados caso tenham sido adquiridos pela família
empregadora.
Rádio
Qualquer tipo de rádio no domicílio pode ser considerado,
mesmo que esteja incorporado a outro equipamento. Rádios
walkman, conjunto 3 em 1 ou microsystems devem ser
considerados, desde que possam sintonizar as emissoras
de rádio convencionais. Rádios de veículos não devem ser
considerados.
Banheiro
O que caracteriza um banheiro é a existência de vaso sanitário.
Podem ser considerados todos os banheiros e lavabos
com vaso sanitário, incluindo os de uso dos empregados,
os localizados fora de casa e os da(s) suíte(s). Para ser
considerado, o banheiro tem que ser privativo do domicílio,
no caso de banheiros coletivos, ou seja, que servem a mais de
uma habitação, eles não devem ser considerados.
Automóvel
Não devem ser considerados táxis, vans ou pick-ups usados
para fretes, ou qualquer veículo usado com finalidade de uso
Observações importantes
Este critério foi construído para definir grandes classes que atendam às
necessidades de segmentação (por poder aquisitivo) da maioria das empresas, assim
o Critério Brasil não pode, como qualquer outro critério, satisfazer todos os usuários
em todas as circunstâncias. Certamente, há muitos casos em que o universo a ser
pesquisado é de pessoas, digamos, com renda pessoal mensal acima de R$ 60.000.
Em casos como esse, o pesquisador deve procurar outros critérios de seleção que
não o CCEB. A outra observação é que o CCEB, como os seus antecessores, foi
construído com a utilização de técnicas estatísticas que, como se sabe, sempre se
baseiam em coletivos, e nunca em conceitos individuais (ABEP, 2014).
A) Definição do problema.
G) Trabalho de campo.
Referências
AVALIAÇÃO, ANÁLISE E
RELATÓRIO DE PESQUISA
Leuter Duarte Cardoso Jr.
Objetivos de aprendizagem:
Nesta unidade serão estudados conteúdos e fundamentos da elaboração,
avaliação e análise de um relatório de pesquisa, assim sendo, todos os
objetivos do nosso estudo estão pautados nesta premissa. Deste modo, os
objetivos da unidade são:
• Estudar a estrutura do relatório de pesquisa por meio dos principais
pesquisadores e autores da área de metodologia e técnicas de pesquisa.
• Compreender os estilos dos relatórios de pesquisa a fim de entender
como desenvolver um relatório que tenha uma qualidade acadêmica e
científica.
• Estudar as formas pelas quais se pode ter avaliação e análise dos
relatórios de pesquisa.
• Analisar casos práticos de relatórios de pesquisa para ter a real noção
do relatório de pesquisa na prática.
Introdução à unidade
Diante desta ideia inicial, podemos entender que o relatório deverá seguir a ideia
original da pesquisa da qual ele derivou. Além disso, o relatório deverá transmitir as
ideias de forma clara, objetiva, concisa e outas características que possam manter
a qualidade da pesquisa.
Portanto, esta unidade estará dividida em duas seções, para que possamos
compreender todos os aspectos relevantes do desenvolvimento, avaliação e
análise de um relatório de pesquisa na área de conhecimento em economia e nas
ciências sociais aplicadas.
Seção 1
Relatório de Pesquisa
Esta é uma seção de estudos destinada a compreender os elementos centrais de um
relatório de pesquisa em Economia e/ou ciências sociais aplicadas. Logo, a proposta
do nosso estudo está em compreender as partes de um relatório de pesquisa, bem
como descrever os elementos importantes de cada parte. Além disso, iremos estudar
os estilos de relatórios de pesquisa que podem ser apresentados junto a instituições
acadêmicas ou órgãos de pesquisa.
Uma pesquisa segue algumas fases para que se possa alcançar um objetivo e/
ou uma conclusão em função da proposta de estudos que foi elaborada. Entender
deste processo de desenvolvimento da pesquisa é uma parte essencial para entender
o que vem a ser um relatório de pesquisa. Deste modo, as principais fases de uma
pesquisa são:
Fases da Pesquisa
• Escolha do tema.
• Formulação do problema.
• Construção de hipóteses.
• Delimitação da pesquisa.
• Indicação de variáveis.
• Amostragem.
• Levantamento de dados.
Execução da Pesquisa:
• Coleta de dados.
• Conclusões.
Uma fase posterior à coleta de dados será a análise e interpretação dos dados, ou
seja, um tratamento qualitativo ou quantitativo para extrair informações que possam
ser úteis para discussão teórica e aplicada ao contexto do tema.
Com base nesses objetivos, a pesquisa e/ou a equipe de pesquisa deverá ter por
missão apresentar no relatório técnico-científico os resultados obtidos e, além disso,
demonstrar de forma clara e objetiva todos os métodos e procedimentos. Deste
modo, o texto deverá estar em uma sequência lógica, para que o leitor tenha ideia
de todas as fases e resultados da pesquisa.
• Monografias.
• Dissertações.
• Teses.
• Artigos científicos.
• Pesquisas de campo.
• Estudos de caso.
• Observações técnicas.
a) Entidade.
b) Titulo e subtítulo.
c) Pesquisador(es).
e) Local da instituição.
f) Ano do depósito.
III. Sumário.
IV. Introdução.
VI. O problema.
c) Técnica de investigação.
d) Fases da investigação.
XI. Resultados.
XIII. Apêndice/anexo.
XIV. Bibliografia.
I. Introdução:
a) Titulo/Tema da pesquisa.
b) Delimitação do assunto.
c) Objetivos.
d) Hipóteses.
e) Variáveis.
f) Universo da pesquisa.
g) Justificativa.
h) Procedimentos.
II. Desenvolvimento.
d) Gráficos e tabelas.
III. Conclusão.
I) Capa
• Entidade
• Coordenador(es)
• Local e data
• Entidade
• Coordenador(es)
• Equipe técnica
• Local e data
Logo após a folha de rosto temos a terceira parte do trabalho em termos agregados,
isto é, a apresentação da sinopse (abstract/resumo) e, por conseguinte, o sumário.
IV) Sumário
V) Introdução
a) Objetivo
• Tema
• Delimitação do tema
• Objetivo geral
• Objetivos específicos
b) Justificativa
c) Objeto
• Problema
• Hipótese básica
• Hipóteses secundárias
• Variáveis
VII) Metodologia
a) Método de Abordagem
b) Métodos de Procedimento
c) Técnicas
d) Delimitação do Universo
e) Tipo de Amostragem
a) Teoria de Base
XI) Conclusões
XIII) Apêndices
a) Tabelas
b) Quadros
c) Gráficos
d) Outras ilustrações
e) Instrumento(s) de Pesquisa
XV) Bibliografia
Com a ideia da estrutura de um relatório de pesquisa por meio de autores que são
especializados nesta área de estudos, vamos compreender de forma breve cada uma
das partes da estrutura do relatório, a fim de analisar quais elementos e conteúdos são
relevantes para estas partes.
Apresentação
Sinopse (Abstract)
Sumário
Introdução
Revisão Bibliográfica
Metodologia
Embasamento Teórico
• Textos.
• Quadros.
• Tabelas.
• Figuras e ilustrações.
Esta é uma parte essencial dentro da pesquisa, uma vez que na interpretação dos
resultados podemos ter a condição de responder a muitas questões da pesquisa e,
além disso, compreender como as informações dos dados podem ser confrontadas
com a hipótese.
Conclusões
Nas conclusões é preciso apresentar todas as conclusões que foram obtidas, como
a revisão bibliográfica, embasamento metodológico, tratamento e interpretação dos
dados. Além disso, é preciso também, conforme Lakatos e Marconi (2003, p. 232):
Recomendações e Sugestões
Esta é a parte na qual o pesquisador e/ou sua equipe irão expor suas recomendações
e sugestões em função das conclusões a que se chegou ao longo do trabalho. É
preciso que o(s) autor(es) coloque(m) suas recomendações e sugestões para que os
indivíduos envolvidos na pesquisa possam aplicá-las, ou que novos pesquisadores
possam usá-las.
final do trabalho, ele irá chegar com as conclusões da pesquisa e, com isso, poderá
emitir recomendações e sugestões para o gestor deste setor ou da empresa.
Apêndices
Anexos
Bibliografia
Esta é uma parte do trabalho e nela deverão estar citadas todas as obras, periódicos,
dissertações, teses e outros materiais que foram utilizados na construção do trabalho.
Assim sendo, todas as citações realizadas ao longo do trabalho deverão constar na
bibliografia.
O relatório de pesquisa deverá ser escrito de uma forma tal que o leitor possa
compreender todos os fundamentos do trabalho, porém, é preciso respeitar algumas
normas e padrões, uma vez que se trata de um trabalho científico e, por isso, ele
deverá manter um padrão de qualidade. A redação do relatório deverá apresentar
um estilo com as seguintes características para garantir uma boa qualidade:
• Impessoalidade
• Objetividade
• Clareza
• Precisão
• Coerência
• Concisão
a) Impessoalidade
O mais apropriado é escrever o relatório com termos, por exemplo, “esta pesquisa”,
“este estudo”. Estas formas irão trazer este aspecto do impessoal. Sob este mesmo
prisma, devemos evitar o uso do “nós”, que é muito comum, visto a facilidade para
se expressar em termos de escrita. Vamos analisar um exemplo hipotético com a
impessoalidade:
b) Objetividade
O relatório de pesquisa também deverá ser escrito com objetividade, isto é, deverá
ter uma redação e uma sequência lógica direta para que o leitor tenha condições de
compreender quais os objetivos e ideia que o(s) pesquisador(es) está(ão) colocando
em um parágrafo ou no texto como um todo.
Deste modo, o texto não deverá ter conteúdos irrelevantes ou conteúdos que
possam confundir o leitor. Além disso, a preocupação deve estar concentrada em
uma abordagem que permita transmitir as ideias centrais da pesquisa.
c) Clareza
Este é um aspecto fundamental do texto, uma vez que um texto com clareza irá
evitar ideias ambíguas, e isto também não permitirá interpretações equivocadas, por
isso os termos devem ser claros e adequados ao tipo de trabalho e à comunidade
que irá lê-lo.
d) Precisão
O texto deverá ter precisão nos seus termos, para que não fiquem ideias vagas
ou com adjetivos que não demonstram a precisão do termo ou objeto. Segundo Gil
(2002), deve-se evitar alguns adjetivos que não indiquem claramente a proporção
dos objetos, tais como:
• Pequeno
• Médio
• Grande
• Quase todos
Também devem ser evitados advérbios que não explicitem exatamente o tempo,
o modo e o lugar, como:
• Recentemente
• Antigamente
• Lentamente
• Algures
• Alhures
• Provavelmente.
e) Coerência
O texto deverá sempre ter coerência, uma vez que as ideias e os conteúdos deverão
estar em uma sequência lógica, para que o texto demonstre a evolução das ideias e
qual objetivo pretende alcançar no final. Por isso, é preciso utilizar títulos e subtítulos
para demonstrar as ideias centrais e sua sequência (utilize o quanto for necessário).
f) Concisão
No texto, as ideias deverão ser postas de forma breve/curta, que permita transmitir
de forma clara e objetiva a ideia central. Por isso deve-se evitar parágrafos longos,
pois isto poderá dificultar a compreensão da ideia central. Além disso, sentenças e
parágrafos longos tornam cansativa a leitura.
• Organizar.
• Sumarizar.
• Caracterizar.
• Interpretar.
Deste modo, o pesquisador irá tomar todas estas ações na condução da sua
pesquisa, quando o caráter for o quantitativo. Para compreender os aspectos
quantitativos para uma análise, iremos nos valer das técnicas estatísticas. De acordo
com Martins e Theóphilo (2009), a estatística é a ciência dos dados, ou seja, uma
ciência para produtor e consumidor de informações numéricas. Ela envolve:
• Coleta.
• Classificação.
• Sumarização.
• Organização.
Assim sendo, podemos entender que tudo isso são métodos, técnicas que visam
sintetizar e realizar interpretações de um conjunto de dados numéricos.
a. Estatística Descritiva
∑xi
X=
n Onde:
x: é i-ésima observação
n: é o total de observações
Mediana: será o valor que irá dividir a metade superior da metade inferior de um
conjunto de dados. Seu cálculo poderá ser feito por meio da fórmula:
(n+1) (2)
X=
2
(3)
Onde:
h = intervalo de classe
Mo = moda
Desvio Padrão: esta será entendida como a dispersão em relação à sua própria
média, por isso podemos compreender que um valor alto no desvio padrão
significa uma dispersão alta em relação à média aritmética. A fórmula é:
Podemos analisar por meio da média aritmética que a taxa de juros média é em
torno de 3% ao ano na maior parte dos meses. O mês com maior taxa de juros foi
o mês de agosto em comparação aos demais. Notamos que na maior parte dos
meses a mediana e a moda estiveram próximas da média, porém o valor do desvio
é relativamente alto na distribuição dos dados.
Regressão Simples
Yi= α+ βXi+ εi
Onde:
α = Y é o intercepto da reta
β = inclinação da reta
Nem sempre o modelo de regressão linear simples será suficiente para explicar
os fenômenos econômicos e sociais para um determinado volume de dados.
Por esta razão, existe a regressão linear múltipla, em que a correlação de uma
variável depende (Y) com outras variáveis explicativas (X1; X2; X3… Xn). No caso das
quantidades demandadas de um produto ou serviços, sabemos que além do preço
há outras variáveis que podem explicar a demanda por um produto ou serviço, tais
como:
• Renda.
• Preferências etc.
Regressão Logística
(probabilidade de sucesso)
L=
(1-probab.de sucesso)=probab.de sucesso
Para que esta técnica possa revelar probabilidades de sucesso e fracasso, ela
considera a distribuição Bernoulli. Desta forma, tem-se que:
P(Y=y) = py(1-p)1-y
Onde:
b0 = -6,9292
b1 = 0,1392
b2 = 2,7711
QUALITATIVA QUANTITATIVA
Seção 2
O caso a ser estudado é uma pesquisa hipotética que trata do tema de Economia
e Responsabilidade Socioambiental. Deste modo, iremos verificar como poderíamos
criar um relatório de uma pesquisa desenvolvida sob esta temática.
Universidade XXX
Cidade /UF
2015
Cidade/UF
2015
2.1.3 Sinopse/Resumo
Na sinopse, o(s) autor(es) da pesquisa têm por objetivo demonstrar de forma clara e
sucinta todos os elementos do seu trabalho. No caso da presente pesquisa, o resumo
começa mencionando o objetivo central e logo depois faz a menção às partes com
maior relevância em seu trabalho (apresentação de todas as partes).
2.1.4 Introdução
a) Objetivo: O autor da pesquisa tem por objetivo fazer uma análise sobre as práticas
de responsabilidade ambiental e social, ao apoiar-se nos fundamentos da Economia
Ambiental. Logo, seu estudo está orientado com este foco.
indo além do que é determinado pela lei, ajudando a construir uma sociedade
melhor para todos. Quando perguntados se as empresas deveriam ter a
responsabilidade de diminuir a distância entre pobres e ricos, englobando um
significado mais amplo, se encarado de forma sistemática e abarcando todos
os grupos de relacionamento que constituem a empresa.
c) Objeto: Toda pesquisa tem um objeto (tema central), ou seja, um caso, que será
sua referência de análise. Assim, podemos verificar que na pesquisa que está em análise
o objeto da pesquisa é a responsabilidade do mercado bancário na economia regional.
A revisão bibliográfica deverá ter conteúdos que possam embasar o trabalho, por
isso devem ser estudados os principais autores da área de estudo. Na pesquisa em
análise, o autor preocupou-se em explorar conteúdos que estão ligados ao seu tema
de pesquisa e, principalmente, ao objetivo geral do trabalho (Responsabilidade Social,
Instituições Bancárias e Meio Ambiente).
1. Os ecodesenvolvimentistas
2. Os pigouvianos
3. Os neoclássicos
4. Os economistas ecológicos
Sustentabilidade Empresarial
2.1.6 Metodologia
Além disso, o futuro estudo, quanto ao seu fim, pode ser classificado, de
acordo com Vergara (2000), como:
Projeto Saúde: o banco reserva uma parte da sua receita líquida para
investir na qualidade de vida dos seus funcionários em aspectos de saúde,
uma vez que todos os funcionários têm direito de estar participando de
cursos ligados à área de saúde, para que possam evitar doenças ou que
melhorem a sua qualidade de vida profissional e pessoal.
Projeto Escola: esta é uma ação que financia cursos de Ensino Superior
para seus funcionários em áreas correlacionadas às atividades bancárias. A
capacitação acadêmica irá permitir um crescimento profissional em suas
atividades, bem com um desenvolvimento social.
2.1.8 Conclusões
Nas conclusões, a proposta é desenvolver um resumo geral do trabalho (não é o
mesmo da sinopse) e também apresentar todas as conclusões das principais partes do
desenvolvimento do trabalho. A pesquisa que está em análise no relatório desenvolveu
sua conclusão para demonstrar os resultados alcançados e como conseguiu atingir seu
objetivo geral. Portanto, vamos analisar a conclusão deste relatório de pesquisa, a seguir:
2.1.9 Bibliografia
As informações de todos os autores citados ao longo do trabalho deverão estar nas
referências bibliográficas. No caso deste suposto relatório foram apresentadas apenas as
referências citadas no texto.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas,
2002.
Referências