Você está na página 1de 15

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE


INSTITUTO SANTÉ
HOSPITAL MUNICIPAL SANTO ANTONIO DE ITAPEMA

TESTES DE VALIDAÇÃO

2019
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

Este documento é controlado pelo setor de Qualidade do Hospital Municipal Santo Antonio de
Itapema.
Este documento quando impresso sem o devido controle, retirado do seu diretório original ou
salvo em computador pessoal será considerado uma “cópia não controlada”.
Utilizar a sigla N/A “não se aplica” quando não for cabível preencher algum item deste
documento.

CONTROLE DE HISTÓRICO

Revisão Data Elaboração Verificação Aprovação

CONTROLE DE ALTERAÇÕES NO DOCUMENTO


Item Anterior Alterações / Novo Item
(Inserir página e número do item (Descreva aqui as informações que foram retiradas do documento)
alterado)

*Obs.: Os novos itens inseridos neste documento (que substituam algum item antigo) estarão destacados na
forma itálica e sublinhada.

1. LISTA DE SIGLAS / CONCEITOS

1
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

CME- Central de Materiais Esterilizados

2. FINALIDADE

A finalidade desse documento é demonstrar os testes utilizados pela CME, garantir a


qualidade nos processos realizados, fornecer um material adequado para uso.

3. ABRANGÊNCIA, RESPONSABILIDADE E COMPETÊNCIAS


SIGLAE DEFIIÇS
Este documento é de abrangência da CME e setores assistenciais;
Compete ao profissional técnico de enfermagem realizar a atividade.

Compete ao profissional enfermeiro coordenar e acompanhar a atividade descrita.

4. MATERIAIS E/OU RECURSOS NECESSÁRIOS


 Ampolas para teste biológico;

 Fita zebrada (tipo 1);

 Teste de remoção de ar classe 2 (Bowie – Dick);

2
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

 Fita de teste, Indicador químico Tipo 4;

 Fita de teste, Integrador químico Tipo 5;

 Fita adesiva;
 Fita teste para Peresal;
 Caneta;
 Livro de registro;
 Bobina de papel para autoclave;
 Incubadora.

5. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS

3
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.1 TESTE FÍSICO -Comprovante da autoclave: indicador mecânico para a máquina. Indica
as condições do processo de esterilização, mas não comprova sua eficácia.

5.1.1 Ao ativar o funcionamento da autoclave, o comprovante é impresso automaticamente


pela própria autoclave onde constam dados de tempo, temperatura e pressão;
5.1.2 Registrar data e hora do ciclo;
5.1.3 Armazenar os mesmos em pasta devidamente identificada, separando por dias e com
identificação da autoclave sobre o registro.

5.2 Teste de Bowie-Dick: indicador químico de tipo 02 para uso único em esterilizadores
pré-vácuo. As folhas de teste são folhas impressas com tinta química sensível ao vapor, em
um padrão diagonal. O pacote é posicionado na parte inferior do carro interno,
centralizado e próximo do dreno que testar a eficiência da remoção do ar nas autoclaves.

4
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.2.1 Diariamente antes do primeiro ciclo do dia, ligue a autoclave conforme descrito no
POP CME 003;
5.2.2 Deixe-a aquecer;
5.2.3 Identifique uma folha de Bowie-Dick com data, hora e número da autoclave (01 ou
02);
5.2.4 Coloque a folha de teste devidamente identificada no centro do pacote de teste. A
folha deve ficar de modo que a tinta fique para cima, conforme indicação do fabricante;
5.2.5 Pegue o carrinho da autoclave;
5.2.6 Coloque o pacote com o Bowie-Dick na parte inferior e sobre o dreno inferior da
autoclave;
5.2.7 Abra a porta da autoclave e empurre o carrinho para dentro;
5.2.8 Feche a porta da autoclave;
5.2.9 No painel da autoclave selecione a opção Bowie-Dick;
5.2.10 Neste ciclo, apenas o pacote teste vai à autoclave;
5.2.11 Inicie o ciclo;
5.2.12 Anote no livro de controle de produção da autoclave os dados do teste: data,
hora, número da autoclave, grau de esterilização, colaborador responsável e descreva na
descrição “Teste Bowie-Dick”;
5.2.13 Após a autoclave alarmar o término do ciclo, retirar e examinar por completo
a folha teste: para o processo ser eficaz o teste deve ser NEGATIVO (a folha fica com cor
roxo/rosa). Um resultado de cor uniforme indica rápida penetração do vapor, remoção do
ar e ausência de vazamentos significativos;
5.2.14 Quando a folha apresenta falha na revelação o teste é POSITIVO
(insatisfatório). Um resultado de teste insatisfatório é indicado por uma folha de teste que
mostra desenvolvimento de cor não uniforme, com uma área de cor mais clara no padrão
da tinta indicadora, normalmente perto do centro da folha de teste. Um resultado de
mudança de cor não uniforme é causado por ar residual na câmara do esterilizador e indica
a remoção incompleta do ar da câmara ou falha no esterilizador em manter o vácuo
durante o ciclo de teste;
5.2.15 Anotar o resultado da leitura no livro de registro da autoclave;
5.2.16 Armazenar os resultados no fichário devidamente identificado;

5
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.2.17 Este teste deve ser realizado todos os dias na primeira carga do dia, quando a
autoclave for passada para o vapor, e também após a autoclave ser submetida à
manutenção.

5.3 Teste químico tipo IV: indicador químico tipo 04 para instrumental cirúrgico. O
indicador químico tipo 04 é uma tira de papel de 1,5 cm de largura por 20 cm de
comprimento impresso com cartucho de indicador químico que passa de azul para castanho
escuro/preto quando exposto ao processo de esterilização a vapor. O seu propósito é
identificar se o vapor penetrou até o lugar onde a fita foi colocada, geralmente no centro
do pacote. O indicador químico deve ser usado dentro de pacotes que contenham acima de
3 instrumentais. O indicador deve ser colocado em áreas mais inacessíveis, em pacotes que
irão na autoclave. Este indicador é colado em determinados pacotes conforme anexo deste
Pop.

5.3.1 Durante a preparação do material para esterilização, após dispor o instrumental


cirúrgico em bandejas ou caixas conforme POP CME 002, identifique a fita de indicador
químico tipo 04 com data, nome na bandeja ou caixa e responsável pela embalagem e
coloque junto aos materiais;
5.3.2 Exponha o material ao processo de esterilização como de costume;
5.3.3 O setor que receber o material, ao utilizá-lo deverá observar a coloração da listra na
fita, que deve ter ficado escurecida, comprovando que a esterilização foi adequada a
arquivará a mesma junto a folha de controle de material esterilizado que deve ser anexada
ao prontuário do paciente. Caso a listra não tenha escurecido, o material não deve ser
utilizado, pois o processo de esterilização não foi eficiente. Neste caso, o setor devera
avisar o setor de CME.

5.4 Fita zebrada: teste químico tipo 01 para qualquer tipo de material a ser esterilizado.

6
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.4.1 A fita zebrada é utilizada na parte externa de todos os pacotes a serem esterilizados
conforme descrito no POP CME 002;
5.4.2 Elas contêm listras de cor amarelo claro que devem ficar escurecidas após a
exposição ao processo de esterilização, o que garante que o processo foi realizado, porém
não garante a eficácia de esterilização;

OBS: Este teste não garante a eficácia da esterilização, já que pode virar com o simples
aumento da temperatura. A eficácia da esterilização será comprovada pelo teste químico
citado no item 5.3;

5.4.3 É preconizada que seja utilizada em todo e qualquer tipo de material que seja
exposto ao processo de esterilização.

5.5. Teste biológico (3º geração): são preparações de esporos bacterianos resistentes ao
método de esterilização.

5.5.1 Deve ser realizado uma vez ao dia na autoclave e também sempre que estiverem
presentes na carga caixas de OPME (órtese, prótese e materiais especiais) ou nos casos em
que a autoclave for submetida à manutenção;

7
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.5.2 O indicador biológico é adquirido como pacote desafio. O indicador biológico e o


classe V são colocados em pacote desafio adquirido próprio para finalidade de “liberador de
carga”.
5.5.3 Leve o liberador de carga no ponto de maior dificuldade de penetração do ar
“visivelmente”;

OBS: uma ampola controle deve ser reservada para ser usada posteriormente na incubadora
a cada caixa de ampolas de biológico aberta;

5.5.4 Realize o ciclo normal da autoclave;


5.5.5 Ao término do ciclo, deixe o material esfriar e retire o teste biológico do dispositivo
PCD;
5.5.6 Pegue o integrador tipo 05 que se encontra junto a ampola de indicador biológico,
identifique com data, número da autoclave, grau de esterilização e lote e anexe no livro de
produção da autoclave em campo adequado para este;
Exemplo:

5.5.7 O rótulo da ampola de biológico, que antes era de cor amarelo claro, deverá estar
escurecido, comprovando que o processo de esterilização foi eficaz;
Exemplo:

8
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.5.8 Fechar as ampolas, pressionando a tampa marrom para baixo;

5.5.9 Quebrar as ampolas na incubadora juntando meio de cultura (líquido roxo) com
esporos (papel branco) formando mistura homogênea;

5.5.10 Insira a ampola do biológico na cavidade de 1 a 10 e preencha os dados


solicitados pela incubadora (data, número da autoclave (01 ou 02), lote do Indicador
Biológico, nome do profissional responsável pelo teste e o lote da autoclave).

9
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.5.11 Realizar a Incubação da ampola controle (piloto) uma vez a cada caixa de
biológico novo aberta. Utilizar qualquer célula da incubadora e a mesma fará a leitura da
ampola.
5.5.12 Verificar a leitura do resultado, que se da por meio do crescimento bacteriano
positivo ou negativo. Quando o teste estiver pronto soara um alarme sonoro.

Ampola Controle (piloto)- Terá coloração amarela, na tela aparecerá um sinal de positivo,
indicando o crescimento bacteriano. Se a coloração permanecer lilás e aparecer um sinal
de negativo, significa que o lote do teste não possui microorganismos viáveis e deve ser
substituído.

Ampola do Teste- terá a coloração lilás e na tela um sinal de negativo indicando o não
crescimento bacteriano, se o teste ficar da cor amarelada e indicar o sinal de positivo
ocorreu falha no processo de esterilização e a carga não deve ser liberada. Já a autoclave
deverá passar por manutenção;

5.5.13 A carga de indicador biológico só poderá ser liberada após o resultado do


biológico;
5.5.14 Despreze a ampola teste no lixo perfurocortante;
5.5.15 Ampola controle deve passar por processamento na autoclave depois
desprezada também no lixo perfurocortante;
5.5.16 Higienize a incubadora semanalmente com compressa água;

OBS: Quando tiver um montante considerável de ampolas teste biológico proceda da


seguinte forma: calce luvas de procedimento, óculos e máscara cirúrgica, embale as
ampolas com duas mantas SMS e coloque esterilizar em carga da autoclave, na parte
debaixo do carrinho da autoclave, preferencialmente em um dos cantos da carga.

10
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.6 Integrador químico tipo 05: é um indicador químico interno que permite efetuar a
monitorizarão das condições de esterilização a vapor no interior das embalagens. Consiste
em uma mecha de papel e uma pílula química sensível à temperatura e ao vapor,
acondicionadas em uma embalagem composta em uma das faces por papel/filme e na outra
por papelão/alumínio laminado.
5.6.1 Este integrador deve ser colocado na parte interna de caixas OPME e também em
todas as cargas nas quais não é realizado teste biológico, servindo assim como liberador de
carga;
5.6.2 Nas cargas sem o indicador biológico deve-se utilizar o indicador classe V
devidamente preenchido no dispositivo PCD e colocar na carga;
5.6.3 Durante a esterilização a vapor, a pílula química funde e migra como um líquido de
coloração escura através da mecha de papel. Após o processamento uma coloração escura
deverá ter atingido a janela identificada pela palavra Verde do integrador químico. Se
atingiu, a carga pode ser liberada;
5.6.4 Anexe este integrador no livro de produção das autoclaves na linha ao lado da
descrição dos materiais que foram colocados na carga e assine ao lado, conforme descrito
no item deste POP nº5.5.6;

Teste de Peresal – Ácido Paracético 2%

5.6.5 Diariamente, antes da utilização do Peresal, introduza a fita de teste na solução


diluída por 3 segundos e então retire-a;

5.6.6 Agite levemente a fita para eliminar o excesso de líquido;

11
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

5.6.7 Espere 15 segundos e compare a cor da zona de reação com a escala de coloração
apresentada na etiqueta do frasco de fita teste;

5.6.8 Se o teste der ativo, o Peresal poderá ser utilizado;


5.6.9 Se o teste der inativo, a solução deverá ser desprezada;
5.6.10 Após, anote na planilha “controle de teste de Peresal” se deu ativo ou inativo
e preencha todos os dados na planilha;
5.6.11 A solução de Peresal é trocada a cada sete dias (mesmo que o teste der ativo),
ou sempre que for visualizado algum tipo de resíduo no seu vasilhame.
5.6.12 Para realizar a troca do Peresal proceda da seguinte forma:

- Despreze a solução de Peresal na pia onde se encontra o tapawer com a solução;

- Higienize o tapawer com esponja e detergente;

- Coloque o tapawer próximo ao diluidor e preencha com solução de Peresal já diluído até a
marca estipulada (tarja de cor vermelha);

- Feche o tapawer;

- Identifique em uma fita os seguintes dados: data, hora, validade, lote e responsável pela
troca da solução.

6 AÇÕES DE CONTIGÊNCIA

Se for observada uma mudança de cor não uniforme no primeiro teste Bowie-dick, faça um
novo teste no esterilizador. Se o segundo teste também apresentar uma mudança de cor

12
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

não uniforme, deve ser informado imediatamente ao supervisor e o esterilizador não deve
ser usado, até que inspecionado para possíveis falhas de funcionamento;
Quando as autoclaves necessitarem manutenção, é obrigatória a realização dos testes
químicos e biológicos (teste de Bowie- Dick e biológico de contingência);
No caso do integrador químico tipo 5, se o resultado for “REJECT” os materiais
pertencentes ao pacote, embalagem, bandeja ou container rígido não foram expostos a
condições suficientes de esterilização a vapor. Estes materiais deverão retornar para o
reprocessamento. Se vários pacotes, embalagens ou bandejas em uma carga exibirem
integradores com resultado “REJECT”, revise os resultados dos indicadores biológicos.
Verifique todas as etapas do processo para identificar a causa falha.

7 INDICADORES DE EFETIVIDADE

N/A

8 ANEXOS / REGISTROS GERADOS

- Livro de registro para controle de teste biológico identificado como Livro Controle de
Produção das Autoclaves;

- Pasta controle Bowie Dick;

- Pasta com registros dos ciclos das autoclaves;

- Planilha de controle de Teste Peresal.

Indicador Químico Classe Indicador Químico Classe 5 Sem Indicador


4
Caixa cirurgia geral Caixas de Materiais Fio de Kirschner
Raqui Ortopédicos
Caixa pequenas cirurgias, Todos Implantáveis, todo Sondagem Vesical, Sutura,
pequenas cirurgias material OPME (ortopédicos) Curativo, Retirada de ponto,
delicadas, pequenas Punção Lombar, campo cc e
cirurgias PS/UTI, co, Aventais, Chumaços, Pinças
Adenoamidalectomia Avulsas, Materiais Avulsos
Traqueostomia, Caixa Instrumentais ortopédicos

13
POP: CME 004
ESTABELECIDO EM:
TESTES VALIDAÇÃO SETEMBRO/2019
Nº de REVISÃO: 00

Parto, Cesárea,
Histerectomia, Dilatação
uterina, campo cc e co,
Aventais,
Drenagem de tórax,
Intracath
Sutura, curetagem e
dilatação, curetagem,
dilatação uretral
Varizes, Cirurgia delicada
Otorrino, Endoscópica
otorrino, caixa Laringe

9. REFERÊNCIAS

ANVISA, RDC 15 de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para saúde e dá outras providências.

GRAZIANO, Kazuko Uchikawa; SILVA, Arlete; PSALTIKIDIS, Eliane Molina. Enfermagem em


Centro de Material e Esterilização. São Paulo, Manole 1ªed. 2011.

DE SOUZA, Virginia Helena Soares; MOZACHI, Nelson. O HOSPITAL: manual do ambiente


hospitalar. Curitiba, Manual real 3ª ed. 2009.

PADOVEZE, Maria Clara- Esterilização: Aspectos Gerais- in Esterilização em artigos em


unidade de saúde – São Paulo APECHI, 2 ed 2003;

14

Você também pode gostar