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CADERNO DO PROFESSOR
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
VOLUME 4
LÍNGUA PORTUGUESA
VOLUME 4
Olá!
l eitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.
Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de atuação
social:
o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o do jornalístico/midiático.
Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros que
venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.
Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP
SUMÁRIO
Pág.
Referências Bibliográficas...........................................................................
Créditos .........................................................................................................
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – NARRATIVAS E SUAS DIVERSIDADES
EF67LP30
EF67LP36 EF69LP46
Utilizar, ao produzir texto, recursos de Criar narrativas ficcionais Participar de práticas de
coesão referencial (léxica compartilhamento de leitura/recepção de
e pronominal) e sequencial e outros
(contos, narrativas de obras literárias/manifestações
recursos expressivos adequados ao enigma, crônicas, entre artísticas, tecendo, quando possível,
gênero textual. outros) que utilizem comentários de ordem estética e afetiva.
cenários e personagens
realistas ou de fantasia, EF06LP09
EF06LP12 Analisar, em texto ou sequência textual,
Utilizar, ao produzir textos em diferentes observando os elementos o uso dos períodos simples e
gêneros, recursos de coesão referencial da estrutura narrativa compostos.
(nomes e pronomes), recursos
semânticos de sinonímia, antonímia e próprios ao gênero
homonímia e mecanismos de pretendido, tais como
representação de diferentes vozes EF06LP07A
(discurso direto e indireto). enredo, personagens, Identificar, em diferentes gêneros,
tempo espaço e narrador, o uso de períodos compostos por
utilizando tempos orações separadas por vírgula e sem a
utilização de conectivos.
EF69LP47 verbais adequados à
Analisar, em textos narrativos ficcionais,
as diferentes formas de composição narração de fatos
próprias de cada gênero, os recursos passados, empregando
coesivos que constroem a passagem do
tempo e articulam suas partes, a escolha conhecimentos sobre
lexical típica de cada gênero para a diferentes modos de se
caracterização dos cenários e dos
personagens e os efeitos de sentido iniciar uma história e de
decorrentes dos tempos verbais, dos inserir os discursos direto
tipos de discurso, dos verbos de
enunciação e das variedades e indireto.
linguísticas empregados, expressões
conotativas e processos figurativos e do
uso de recursos linguístico gramaticais EF67LP33
próprios a cada gênero narrativo. Pontuar adequadamente textos de
diferentes gêneros (ponto,
ponto de exclamação, ponto de
interrogação, reticências).
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
Atividade 1 – Um mergulho no conto
Você com certeza já leu muitas histórias, não é mesmo? A história que você vai ler a
seguir, é um conto. Mas antes, queremos que você responda no seu caderno e
depois, socialize com seus colegas, as seguintes questões:
Professor, caso as aulas estejam acontecendo a distância, considere o uso das ferramentas
digitais na socialização das respostas, como por exemplo, tecer comentários orais em
gravações de áudio ou vídeo, sobre as questões propostas, compartilhando-os em grupos de
whatsapp da turma.
3 – O que você acha que será tratado no conto que vai ler?
Resposta pessoal. Porém, espera-se que os alunos façam uma analogia com o conto da
Chapeuzinho Vermelho.
4 – De acordo com o título, esse conto retratará uma fantasia ou uma realidade? Por
quê?
Espera-se que os alunos escrevam que o conto retratará uma fantasia devido ao título
apresentado.
Muito bem, agora que você socializou as questões com seus colegas, vamos à
leitura do conto!
Texto 1
Chapeuzinho Azul e o Lobo Internauta
Lucy Carvalhar
- Aonde vai com tanta pressa, bela moça, neste parque tão grande?
- Vou ao shopping! Resolvi cortar caminho por aqui.
- Posso acompanhá-la? – perguntou um rapaz que estava com uma máscara
estranha.
A moça assustada com a aparência do rapaz não aceitou aquela companhia, pois
sempre lhe disseram que não se deve conversar com desconhecidos e seguiu seu
caminho.
À noite, uma pessoa, com o codinome Lobo Internauta, entrou em sua rede social e
quis conhecê-la, mas ela teve receio em conversar com ele, porque achava perigoso
teclar com estranhos na internet.
Uma semana depois, ela foi a uma festa à fantasia, e um rapaz, com uma máscara de
lobo, dirigiu-se a ela.
- Podemos conversar, bela moça?
- Sim! Gostei da sua fantasia de lobo!
Ele, constrangido, disse:
- Desculpe, mas não é uma fantasia. Esta é a minha verdadeira forma de ser! Não
fique assustada, não queria lhe causar tanto espanto.
Indignada, ela não se intimidou e perguntou:
- Como assim? O que aconteceu com você?
O rapaz, tristemente, respondeu:
- Quando eu tinha quinze anos, sofri um acidente e a cirurgia
deixou em mim essas cicatrizes em forma de lobo.
Diz a lenda, que se eu for beijado por uma bela moça,
elas desaparecerão do meu rosto. Mas todas as moças que
me encontram, fogem assustadas. Então, vivo assim há anos!
https://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/1170968.Adaptado.Acesso em 09 de jun.2020.
Em terceira pessoa. Professor, faça a retomada sobre o foco narrativo a fim que os
alunos recuperem os conhecimentos sobre o assunto e peça que eles leiam o texto e
transcrevam um trecho, comprovando a resposta.
- Puxa, você deve ser muito sozinho! – exclamou a moça, com a voz embargada.
7 - Na frase “...sempre lhe disseram que não se deve conversar com desconhecidos.”
O pronome lhe no texto refere-se a:
( ) desconhecidos
( ) moço
( x ) moça
8 – O texto “Chapeuzinho Azul e o Lobo Internauta” é um conto fantástico, pois é a
construção de um mundo irreal, com situações improváveis e ações que
transpassam a realidade além do humano. Com base nessa explicação qual
situação presente nele transpassa o mundo real?
Que se o Lobo Internauta for beijado por uma bela moça, as cicatrizes desaparecerão do seu
rosto.
Caso as aulas estejam acontecendo a distância, considere o uso das ferramentas digitais no
compartilhamento da atividade, como por exemplo, em gravações de áudio ou vídeo ou em
grupos de whatsapp da turma.
Final aberto – é aquele em que o leitor é convidado a inventar seu próprio desenlace
na história.
Final fechado – é aquele em que todos os elementos da trama são resolvidos de
maneira definitiva.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material.
A B C D E F G H I J
β π ☺ € ≤ ± µ × ∞ ¥
K L M N O P Q R S T
α Ω ∑ © ÷ ) ≥ £ > @
U V W X Y Z Ç Ã Õ
% & $ * ( # } + =
7- Você já aprendeu que, para contar uma história, o narrador, em geral, utiliza os
marcadores temporais e espaciais a fim de situar as ações e os acontecimentos para
o leitor. Releia o texto e transcreva, no quadro a seguir, os marcadores temporais e
os marcadores espaciais presentes nele.
8 – No conto que você leu, o foco narrativo está em terceira pessoa. Justifique essa
afirmação, retirando exemplos do texto.
Professor, retome com os alunos o que é foco narrativo a fim de facilitar a realização da
atividade.
Ele subiu as escadas, foi aos quartos e não viu nada. (Exemplo retirado do texto).
9 – Como você aprendeu, um conto pode ter como foco narrativo, a primeira ou
terceira pessoa. Veja os tipos de narrador que podem estar presentes em uma
narrativa.
Tipos de Narrador
Narrador-personagem: conta e participa da história. No foco narrativo predomina a
1ª. pessoa.
Narrador-observador: descreve os fatos, sem se envolver com eles, predomina o
uso da 3ª. pessoa, no foco narrativo.
Narrador onisciente: é aquele que sabe todos os fatos da história, mesmo que não
participe dela. Narra os pensamentos e sentimentos dos personagens, sem que eles
precisem se expressar claramente. Predomina a 3ª. pessoa.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material
10 - Enquanto você lia a história, deve ter imaginado muitas coisas que na casa
amarela. Escreva o que você imaginou.
Resposta pessoal.
Clímax: é o ponto alto da narrativa, o auge em que a ação atinge seu momento crítico, indo para
o desfecho da história.
Desfecho: é a solução do conflito.
Título Autor
Personagens Apresentação
Enredo Conflito
Clímax Desfecho
14 – Que tal fazer uma pesquisa sobre contos de enigma ou contos de detetive?
Forme grupos com quatro alunos e pesquisem sobre esses contos. Escolham um,
leiam e apresentem para a turma. Durante as apresentações dos grupos, façam
perguntas sobre o conto, como por exemplo: personagens, conflito, clímax, tipos de
narrador.
Professor, leve os alunos à Sala do Acessa Escola ou a um local que tenha computadores com
acesso à internet para que eles possam fazer a pesquisa. Faça uma roda de conversa para as
apresentações do conto e, depois, monte um painel com os contos pesquisados. É importante
mostrar para os alunos a diferença entre um conto de enigma e um conto de detetive.
Professor, retome com os alunos o que são verbos e locução verbal para dar continuidade às
atividades que serão apresentadas, bem como aos novos conceitos que eles aprenderão.
16 – Observe novamente essa frase “Entre, não tenha medo!”. Você percebeu que
ela possui verbos, certo? Você sabe por que chamamos este trecho de frase?
Professor, antes de os alunos responderem essa questão, faça perguntas, com frases sem
verbos e com verbos, a fim de que eles possam compará-las, contextualizando a
aprendizagem no que diz respeito aos tipos de frases.
Sendo assim, na frase “Entre, não tenha medo!”, temos duas orações: “Entre” e
“não tenha medo!”, pois ela é composta por dois verbos. E quais são esses
verbos?
Após a retomada sobre verbos, espera-se que os alunos identifiquem sozinhos os verbos
presentes na oração acima: entre, tenha.
Um (existe).
Uma oração.
18 – Na frase:
“Como assim?”
a - Há verbos?
Não.
b - Podemos dizer que ela é uma oração? Por quê?
Não, porque ela não é composta por verbo ou locução verbal.
Professor, divida a frase em orações a partir dos verbos, retomando o que eles aprenderam.
20 - Agora que você aprendeu a diferença entre frase e oração, vamos ver o que é
período.
Período é a frase organizada com uma ou várias orações, isto é, toda frase verbal é
chamada de período. Ele pode ser:
Simples: contém apenas uma oração constituída por um verbo ou uma locução
verbal.
Composto: contém duas ou mais orações constituídas de dois ou mais verbos ou
locuções verbais. Pode ser: composto por coordenação ou composto por
subordinação.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material.
b – “O menino pegou o bilhete e viu que nele havia símbolos com letras.”
Nesta frase há um período
( ) simples ( x ) composto
Explique.
O período é composto porque é formado por três orações.
Professor, neste momento é importante retomar os verbos com os alunos e dividir a frase em
oração, de acordo com os verbos presentes nela.
d - Este conectivo está ligando quais orações? Se o conectivo for retirado, que
pontuação será colocada em seu lugar? Agora, reescreva a frase, substituindo o
conectivo por um sinal de pontuação.
O conectivo está ligando as orações “Ele pegou a caneta” / “Decifrou aqueles símbolos.”
Você observou que este conectivo, além de ligar as orações está dando um sentido
de adição a elas?
Professor, explique aos alunos o que significa o sentido de adição, que é aquele que
acrescenta algo.
Professor, explique aos alunos os efeitos de sentido indicados pelas conjunções, nas orações
coordenadas sindéticas e procure contextualizá-los com exemplos dos textos lidos nesta
Situação de Aprendizagem.
f - Na frase “Dizem que tem muitos fantasmas!”, você observou que há um
conectivo? Qual é?
O conectivo é o “que”.
Esse conectivo é
( ) preposição
( x ) conjunção
( ) artigo
g - Que conectivo pode substituir a vírgula na frase “Essa casa é mal-assombrada,
tem muitos mistérios!”? Reescreva-a, com o conectivo adequado, sem alterar o seu
sentido.
Essa casa é mal-assombrada, pois tem muitos mistérios.
Professor, chame a atenção dos alunos para o efeito de sentido de explicação. Explore as
conjunções e locuções conjuntivas que dão este efeito: porque, visto que, uma vez que etc.
3 – Agora você vai ler uma crônica e, depois, vai entender no que ela difere do
conto. Vamos lá?
Texto 3
O celular
Lucy Carvalhar
O termo “celular” teve sua origem a partir da semelhança das torres de transmissão e de seu
mapa de cobertura com uma célula biológica.
6 – Você acabou de ler uma crônica. Vamos ver as suas características? Observe o
quadro a seguir:
Relata fatos do cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e até
prevemos o desenrolar dos fatos.
Pode conter elementos descritivos.
Mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns
casos, argumentativos.
A crônica também se utiliza da ironia, humor e, às vezes, do sarcasmo.
Possui marcadores espaciais e temporais.
O foco narrativo pode ser em primeira ou terceira pessoa.
O tempo é cronológico.
Pode haver o uso do discurso direto, discurso indireto ou discurso indireto livre.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material.
Discurso indireto (protagonista): Perguntei para alguns colegas de classe se eles sabiam do que
era feito um celular, e o porquê deste nome.
Discurso direto (protagonista):
Perguntei para alguns colegas de classe:
- Vocês sabem do que é feito um celular e por que ele recebe este nome?
Discurso indireto (protagonista): “Falei com a minha mãe, dizendo-lhe que estava usando um
celular.
Discurso direto (protagonista):
Falei para minha mãe:
- Estou usando um celular.
Discurso indireto (Susana): “Susana disse que havia acabado de descarregar a sua caixa
postal.”
Discurso direto:
Susana disse:
- Acabei de descarregar a minha caixa postal.
Discurso indireto (Susana): “Susana, sem entender a minha pergunta, respondeu que estava
bem, e que na caixa postal não havia recados de seu noivo.”
Discurso direto (Susana):
Susana respondeu:
- Não entendi a sua pergunta, mas estou bem! Na caixa postal não tem recados do meu noivo.
15 – Observe: “- Não tem linha...está mudo.” Nessa frase houve o emprego das
reticências, marcando uma suspensão da frase. Essa suspensão na frase aconteceu
porque:
a) a personagem estava com dúvidas sobre como teclar no celular.
b) a personagem estava esperando a linha do celular para teclar os números. x
c) a personagem estava com vergonha de falar que não sabia usar o celular.
d) a personagem estava cansada de segurar o celular.
16 – Agora que você aprendeu sobre narrativas, que tal escrever uma crônica? Em
duplas, releiam a crônica “O celular”, pensem em uma situação engraçada que vocês
vivenciaram e redijam seu texto. Sigam o roteiro a seguir.
➢ Título;
➢ Tema;
➢ Enredo;
➢ Humor, ironia ou sarcasmo;
➢ Desfecho.
Professor, oriente os alunos retomando as características do gênero textual crônica.
17– Formem uma roda na sala, leiam as crônicas para seus colegas e formulem
questões como: Por que vocês escolheram esse assunto? Como foi para você
vivenciar ou presenciar esta situação?
Professor, na roda de conversa, estimule os alunos a falarem sobre o processo de criação da
crônica, escolha do tema, situação vivenciada. Depois, monte um painel na sala de aula para a
exposição dos textos.
Caso as aulas estejam acontecendo a distância, considere o uso das ferramentas digitais. As
duplas podem explicar a criação do texto e ler suas crônicas, por meio de gravação de áudio,
compartilhando-o com o grupo da sala.
Atividade 4 – Explorando a relação de significado entre as palavras
Você já aprendeu sobre a importância do significado das palavras, certo?
Conhece os termos denotação, conotação, sinonímia, antonímia e homonímia?
Então, agora veremos cada um deles! Vamos lá?
É natural que, para falar e escrever um idioma, seus falantes conheçam o significado
das palavras que o compõem. Ao dominar esse conhecimento, faz-se a escolha das
palavras mais adequadas na formação da mensagem.
O estudo do significado das palavras é complexo, pois uma mesma palavra pode
apresentar diferentes significados conforme o contexto em que foi empregada.
Saber usar as palavras adequadamente não é só compreender o que elas
significam, mas também o que elas querem dizer em determinadas épocas, lugares
e contextos.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material
Você verá alguns termos e irá relacioná-los aos textos que leu nesta Situação de
Aprendizagem.
6 – Observe as frases:
a) “Aprendi, em biologia celular, que as células são as menores unidades dos
seres vivos.”
É necessário que os alunos tenham acesso a dicionários na sala de aula. Evite o uso do
celular nesta atividade, pois é importante que os alunos aprendam a pesquisar no dicionário
físico, não somente em aplicativos. Explique a eles como se deve procurar palavras em um
dicionário.
Há várias formas de criar uma história. Você pode criá-la a partir da sua imaginação,
de um fato que você presenciou e quer transformar em um conto, acrescentando
ficção, um filme a que você assistiu, ou mesmo, um livro que você leu.
Também pode criar uma história a partir de uma imagem, um poema, uma música,
uma escultura, enfim, para a criação não há limites na imaginação.
Pensando nisso, você vai ver uma imagem e observar todos os seus detalhes para
depois criar um conto.
Ele pode ser um conto fantástico ou um conto de enigma. Você é quem vai
escolher, pois já aprendeu sobre esses dois gêneros, não é mesmo?
Para ajudá-lo, releia os dois contos apresentados nesta Situação de Aprendizagem.
Professor, retome com os alunos o que é conto fantástico e conto de enigma, antes da produção
textual solicitada.
Conto fantástico é a construção de um mundo irreal, com situações improváveis e ações que
transpassam a realidade além do humano.
Conto de Enigma é uma narrativa composta de mistérios e que, ao desvendar o enigma, o
protagonista torna-se o herói.
Vamos lá?
Antes de escrever seu conto, veja o roteiro e siga-o.
✓ Narrador;
✓ Enredo;
✓ Apresentação, conflito, clímax, desfecho;
✓ Personagens;
✓ Espaço;
✓ Tempo cronológico ou psicológico;
✓ Discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre;
✓ Tempo verbal.
Atente-se para o uso do travessão, aspas, pontuação, coesão referencial (uso de
pronomes) a fim de não repetir palavras desnecessariamente, e também para a
sequência dos fatos.
Faça um rascunho e depois passe seu conto para a folha original.
Não se esqueça de dar um título para o seu conto!
Observe a imagem, responda às questões e depois pense no conto que vai escrever.
1 – O que essa imagem transmite para você?
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Agora que você redigiu o conto, preencha o quadro a seguir, com as informações
presentes nele, comprovando com trechos da história.
Título
Tema
Apresentação
Narrador (tipo)
Foco narrativo
Espaço
Tempo
Conflito
Clímax
Desfecho
Em uma roda de conversa, leia o seu conto para seus colegas. Compartilhe essa
leitura, permitindo comentários no que tange à estética e às manifestações
artísticas/culturais presentes nele.
Professor, leve os alunos ao pátio ou à sala de leitura da escola para que eles compartilhem os
contos que escreveram. É importante que todos façam perguntas sobre os contos, num
contexto interpretativo e oral. Monte uma exposição na sala de aula com os contos produzidos.
Caso as aulas estejam acontecendo a distância, considere o uso das ferramentas digitais. Os
alunos podem compartilhar os contos com o grupo da sala, por meio de gravação de áudio.
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
Muito bem, agora que você escreveu sobre o seu poema preferido, vamos ler um
poema da poetisa Hilda Campiotti da Silva.
Professor, como sugestão faça a leitura compartilhada do poema, a fim de que os alunos se
atentem à entonação da recitação de um poema.
MANHÃ CAMPESTRE
Hilda Campiotti da Silva
Para isso, retome o poema, grife as palavras que você desconhece e procure seu
significado no dicionário, anotando-as no caderno. Antes, observe se com o contexto
dá para antecipar o significado da palavra, e se não souber, busque o seu significado
no dicionário.
Professor, após a leitura do poema, converse com os alunos sobre o assunto abordado e sobre
a importância das palavras e seu significado. Leve dicionários para a sala de aula e estimule os
alunos a utilizarem-nos.
✓ E uma estrofe?
Professor, retome o poema com os alunos e deixe que eles identifiquem o que é verso e
estrofe, retomando o que já aprenderam no decorrer do processo de ensino e de
aprendizagem.
Acertou!
Verso é cada linha do poema, é uma unidade rítmica. Eles podem ser regulares ou
livres.
Versos regulares apresentam o mesmo número de sílabas poéticas.
Versos livres não obedecem à regularidade no número de sílabas poéticas.
Estrofe é conjunto de verso ou de versos.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material
O poema “Manhã campestre” é formado por versos livres, pois seus versos possuem
quantidade de sílabas poéticas diferentes.
7 – Agora que você aprendeu sobre o que estrutura o poema, retorne ao texto “Manhã
campestre” e preencha os círculos a seguir, com as informações solicitadas:
E a rima?
Rima é a identidade ou semelhança de sons entre palavras no meio ou no final do
verso.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material
8 – Você percebeu que o poema que leu é composto por rimas? Então, transcreva
dois pares delas.
Professor, faça a leitura do poema com os alunos para que eles percebam o ritmo e as rimas
presentes nele.
Voz do poema
Todo poema se expressa por uma voz, isto é, o sentimento que há nele.
Essa voz é chamada de eu lírico.
O eu lírico é o recurso que possibilita a criatividade do autor. Portanto,
nem sempre o que o autor escreve é o que ele está sentindo; é apenas o
eu lírico que está se expressando. Seu discurso é construído, utilizando a
1ª. pessoa do singular.
Você já ouviu falar em figuras de som? O que você imagina ser essa
expressão?”
No verso “A boiada geme no vasto gramado”, o som que mais aparece é da
vogal____. a
Dessa forma, temos uma figura de som chamada assonância.
E neste verso “Distraídos entre as pedras tortas” que som se repete? Podemos
dizer que é som da consoante____. s
Neste caso, há uma figura de som chamada aliteração.
As figuras de som destacam os efeitos sonoros obtidos nas frases ou nos versos.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material.
4 – Veja novamente a imagem e crie um poema a partir dela, com base no que você
aprendeu nessa Situação de Aprendizagem: versos, estrofes, rimas, conotação, eu
lírico. Preste atenção à ortografia, tempo verbal, pontuação, concordância nominal e
verbal. Dê um título ao seu poema e depois compartilhe, recitando-o para a classe.
Você também pode colocá-lo em um varal na sua sala de aula.
Professor, estimule os alunos a criarem poemas, a partir da estrutura que aprenderam. Ressalte
a eles que o poema não precisa necessariamente ter rimas, que os versos podem ser livres e
que o poema pode ter apenas uma estrofe. Chame a atenção para o eu lírico e as figuras de
linguagem ao realizar a orientação da atividade.
Após a produção dos poemas, faça um recital deles na sala de aula e depois exponha-os em um
varal, que pode ser colocado na sala de aula, na sala de leitura, nos corredores ou no pátio da
escola.
Se as aulas estiverem acontecendo a distância, monte um blog ou crie uma hashtag na rede
social para que os alunos postem os seus poemas.
b – Agora, retire a palavra principal deste verso. O sentido foi modificado? Por quê?
Ao retirar a palavra menina, o sentido se modifica porque não dá para saber a quem o eu lírico
faz o pedido.
EF69LP30
Comparar, com a ajuda do professor,
conteúdos, dados e informações de
diferentes fontes, levando em conta seus
contextos de produção e referências,
identificando coincidências,
complementaridades e contradições, de
Práticas de Linguagem forma a poder identificar erros/imprecisões
conceituais, compreender e posicionar-se
criticamente sobre os conteúdos e
▪ Leitura informações em questão.
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
Atividade 1 – Reportagem de divulgação científica e outros gêneros
Texto 1
Ampliando o acesso ao conhecimento: do livro ao hipertexto
© UNESCO, 2005
Da imprensa de Gutemberg à Internet, da Enciclopédia de Diderot à Wikipédia, os meios de acesso à informação
e ao conhecimento mudaram drasticamente. Muitas das ações da UNESCO são voltadas para o esforço de garantir
que todos se beneficiem dessa revolução.
1,2%
Estados
Unidos
191%
Blangladesh
278%
Nepal
UNESCO
É a agência das Nações Unidas que trabalha nas áreas da Educação, Ciências Naturais,
Ciências Humanas e Sociais, Cultura e Comunicação e Informação.
O Programa Informação para Todos da UNESCO fornece uma plataforma para discussão em
política internacional e diretrizes de ação para preservar a informação e o acesso universal a
ela; para que haja a participação de todos na insurgente sociedade global da informação e
para tratar das consequências éticas, legais e sociais do desenvolvimento de TICs.
Mas o que é:
✓ Um infográfico?
✓ Um esquema?
O infográfico é uma forma visual de apresentar informações e dados –
geralmente complexos - auxiliando a compreensão do leitor. É elaborado por
meio de imagens (ilustrações, gráficos, ícones) e texto verbal. No Texto 1 há o
infográfico que representa alguns exemplos do custo anual de uma conexão à
internet com base no salário médio. Veja:
1,2%
Estados Unidos
191%
Blangladesh
278%
Nepal
Estados Unidos.
O esquema representa o esboço das ideias abordadas em um texto ou em seus
tópicos, permitindo sua visão global. O Texto 1 traz um esquema sobre como o
Programa Informação para Todos da UNESCO fornece uma plataforma para
discussão em política internacional e diretrizes de ação para:
O Texto 3 é uma Carta de Leitor que traz uma crítica sobre os dados que foram
colocados no infográfico da reportagem de divulgação científica no site da UNESCO.
1 – Retorne ao Texto 1, leia o infográfico e verifique:
a) A crítica do leitor está correta? Compare as informações referentes à
porcentagem para responder a essa questão.
Não, porque o Nepal apresenta 278% com gastos anuais de internet, logo ele deve estar em
terceiro lugar. Em primeiro lugar deve ficar o país que apresenta menor gasto.
Professor, nessa atividade retome o conceito de porcentagem com os alunos para que
entendam o infográfico.
Além disso, pode sugerir algum tema a ser abordado. Por isso, é uma importante
ferramenta de produção de pauta para os veículos de comunicação.
Antes de ser publicada, ela passa pela equipe de revisão, que adaptará o texto e
corrigirá possíveis erros, mas nem sempre sua publicação é feita na íntegra, na
seção destinada.
Elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para esse material.
Atividade 2 – Produção Textual
1 – Agora que você aprendeu sobre reportagem de divulgação científica, que tal redigir
uma?
Escolha um colega de classe para ajudá-lo nessa tarefa.
Em duplas, escolham um tema de natureza científica e façam uma pesquisa
multimidiática sobre ele.
Para que a reportagem fique mais completa e para deixar o texto mais explicativo e
de fácil entendimento para o leitor, veja o roteiro a ser seguido:
Qual o tema?
Quem vocês vão entrevistar?
Que perguntas irão fazer?
Onde vocês realizarão a pesquisa? (livros, sites)
Terão relatos? De quem?
Vocês colocarão infográficos?
Serão inseridos relatórios?
Como serão os esquemas?
Quantas imagens irão colocar?
Se as aulas estiverem acontecendo a distância, monte um blog ou crie uma hashtag na rede
social para que os alunos postem os seus textos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – NOTÍCIA EM FOCO
EF69LP26B EF67LP24B
EF67LP09 Identificar as informações principais de
Retomar, no momento ou
posteriormente, assuntos tratados emPlanejar notícia impressa e apresentações orais, tendo em vista
discussões, debates, palestras, para circulação em outras apoio ao estudo.
apresentação de propostas e reuniões
com base em anotações pessoais mídias (rádio ou TV/vídeo),
desses próprios eventos. tendo em vista as condições
de produção, do texto –
objetivo,
leitores/espectadores,
EF67LP32 EF69LP55
Escrever palavras com correção
veículos e mídia de
Reconhecer em textos de diferentes
ortográfica, obedecendo as circulação etc. –, a partir da gêneros as variedades da língua falada,
convenções da língua escrita. escolha do fato a ser o conceito de norma padrão e o de
preconceito linguístico.
noticiado, do levantamento
de dados e
informações sobre o fato.
EF67LP10A
Produzir notícia impressa e para TV, rádio
e internet tendo em vista características do
gênero, o estabelecimento adequado
de coesão, os recursos de mídias
disponíveis.
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
Atividade 1 – Analisando uma notícia
Texto 1
Brasil ajuda a promover a Língua Portuguesa em Conteúdo Criativo
Está disponível na Plataforma Eletrônica Audiovisual da UNESCO, a partir deste mês,
um novo catálogo com produções brasileiras apoiadas por uma instituição cultural.
Trata-se de uma instituição brasileira de fomento à cultura que apoia a produção de
documentários de alta qualidade sobre diversas questões sociais, a partir de uma
perspectiva brasileira. As produções brasileiras estão entre as 10 novas inclusões no
catálogo da Plataforma Eletrônica Audiovisual deste mês.
A Plataforma Eletrônica Audiovisual, uma iniciativa do Programa para Conteúdo
Criativo da UNESCO, busca estimular a distribuição de conteúdo televisivo da África,
Ásia e Pacífico e América Latina e Caribe,
nos níveis nacional, regional e
internacional. A plataforma objetiva
promover a expressão da diversidade
cultural e linguística pela mídia,
aproveitando diversas ferramentas de
produção audiovisual e a internet.
Essa iniciativa oferece um canal
alternativo de comunicação no qual
https://pixabay.com/pt/photos/c%C3%A2mar
produções desafiadoras, criativas e
a-fotogr%C3%A1fica-fotografia-antigo- inovadoras podem ser encontradas, adquiridas e
219958/
transmitidas por completo pela rede. A plataforma
consiste em um catálogo de produções televisivas
recentes – incluindo documentários, curtas-metragens de ficção, programas infantis e
de variedades – todas originais, em forma e conteúdo. Essas obras constituem
genuínas expressões de diferentes culturas e ultrapassam as formas convencionais
de linguagem televisiva. A Plataforma Eletrônica Audiovisual foi criada para fortalecer
os produtores locais na busca por público internacional, ao mesmo tempo em que
aprimora a eficiência da Internet como meio de comunicação e distribuição.
As produções brasileiras incluídas recentemente na Plataforma Eletrônica são:
1.Clube Aristocrata
Autores: Jasmin Pinho, Aza Pinho
Ano de Produção: 2004
Categoria: Documentário
Duração: 26 min
Sinopse: Filme sobre o elegante clube recreativo fundado em São Paulo nos anos 60
por um grupo de pessoas negras. O filme é baseado em entrevistas com pessoas de
três gerações distintas que frequentaram o Aristocrata, além de numa coleção de fotos
e filmes. O documentário retrata a cena da resistência negra, voltando-se para um
passado não muito distante que nos ensina uma lição de dignidade.
2. Sertão de Acrílico Azul Piscina
Autores: Karim Ainouz, Marcelo Gomes
Ano de Produção: 2004
Categoria: Documentário
Duração: 26 min
Sinopse: Uma viagem filmada; um filme que perambula pelo sertão brasileiro.
Lugares remotos que revelam tradições e hábitos de um cenário brasileiro que é
simultaneamente ingênuo e contemporâneo, local e globalizado.
1 – Com base no texto que você acabou de ler, responda às questões a seguir:
a) O texto que você acabou de ler é uma notícia ou uma reportagem? Justifique.
É uma notícia porque informa sobre a promoção da cultura da língua portuguesa por meio
de filmes, sem aprofundar os fatos como acontece na reportagem.
b) Relacione o título do texto ao tema abordado nele.
2 – O texto traz em seu conteúdo sinopses dos filmes apresentados. De acordo com
as sinopses apresentadas, qual filme você se interessou em assistir? Por quê?
Professor, retome o texto com os alunos, faça uma eleição na sala de aula sobre os filmes
apresentados na notícia e passe para eles o filme que obteve mais votos. Depois, realize uma
discussão oral sobre o filme.
3 – Agora que você já sabe o que é uma sinopse, pense em um filme que você assistiu
e gostou. Faça a sinopse dele e, em uma roda de conversa, compartilhe com seus
colegas de classe, de forma a despertar o interesse para que eles vejam o filme. Anote
no seu caderno os nomes dos filmes que seus colegas compartilharam para que você
possa assisti-los.
Professor, durante a apresentação, estimule os alunos a fazerem perguntas sobre os filmes,
como título, enredo, personagens, conflito, desfecho.
Texto 2
A revista “Filmes em Foco” pediu aos seus leitores que enviassem uma sinopse de
filmes que eles gostaram para dar como sugestões ao seu público-alvo.
Leia o que um leitor enviou para a revista.
Revista,
Eu tava no dentista e vi nesta revista que oceis querem saber sobre filme. Como
vejo muito filme na televisão, resolvi escrevê pra oceis. Num sei o que é essa tal de
sinopise, mas deve ser uma coisa sobre se gostô ou não do filme que viu.
Intão, vamo lá, vô ajuda oceis.
Otro dia vi um filme que falava do caipira na cidade grande. Rapais era um filme
muito bão. Ele feis lembrá quando eu morava lá rossa. O caipira era todo
atrapalhado e eu ri muito. Não me alembro o nome do filme, só sei que o caipira se
chamava Zé do Mato.
Espero que oceis gostem dessa minha sujestão.
Obrigado,
Zé.
Texto elaborado por Lucifrance Elias Carvalhar especialmente para essa atividade.
5 – Como você observou esta Carta de Leitor foi escrita em um registro não padrão
da língua. Escreva as palavras que exemplificam isso.
Tava, oceis, escrevê, pra, num, sinopise, gostô, intão, vamo, otro, bão, feis, lembrá, rossa,
sujestão.
9 – O autor da carta escreveu que acha que sinopse deve ser algo sobre se gostou
ou não do filme que assistiu. Você concorda com a opinião dele? Justifique a sua
resposta.
Professor, os alunos devem responder essa questão a partir do que aprenderam sobre
sinopse.
10 – Como você observou, a carta de leitor foi escrita utilizando uma linguagem
informal. Que tal reescrevê-la na linguagem formal, de acordo com a norma-padrão
da língua?
Professor, retome o que é linguagem formal e norma-padrão da língua, para que os alunos
possam realizar a atividade.
Links Consultados
LÍNGUA PORTUGUESA
VOLUME 4
Olá!
leitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.
Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de atuação
social:
o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o jornalístico/midiático.
Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros que
venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.
Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano – E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP.
SUMÁRIO
Referências bibliográficas.............................................................................. 47
Situação de aprendizagem 1 – Notícia, reportagem e estatutos
Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você irá percorrer estradas desafiadoras, nas q uais deverá
pôr em jogo tudo o que sabe sobre notícia e reportagem. Neste percurso, conhecerá algumas leis,
como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e também o Estatuto do Idoso. Mas t udo iss o
servirá de apoio para que, no final, possa elaborar um podcast noticioso, com a interaç ão d os s eus
ouvintes. Vamos lá?
EF67LP10A
EF67LP02B
EF69LP10
Produzir notícia
Colocar-se, de maneira ética e
impressa e para TV, rádio e Produzir notícias para respeitosa, frente a textos
jornalísticos e midiáticos e às
internet tendo em vista rádios, TV ou vídeos, opiniões a eles relacionadas.
características do gênero, o
estabelecimento adequado de podcasts noticiosos e de
coesão, os recursos de mídias opinião, entrevistas,
disponíveis
comentários, vlogs, jornais
radiofônicos e televisivos, EF69LP26B
dentre outros possíveis, Retomar, no momento ou
EF67LP02A relativos a fato e temas de posteriormente, assuntos
tratados em discussões,
Analisar o espaço reservado interesse pessoal, local ou debates, palestras,
ao leitor nos jornais, revistas global e textos orais de apresentação de propostas e
(impressos e on-line) sites reuniões com base em
noticiosos etc. apreciação e opinião, anotações pessoais desses
orientando-se por roteiro e próprios eventos.
contexto de produção.
EF69LP25 EF69LP24A
Posicionar-se de forma consistente e Discutir casos, reais ou
EF69LP26A
simulações, submetidos a juízo,
sustentada em uma discussão,
assembleia, reuniões de colegiados da Tomar nota em discussões, debates, que envolvam (supostos)
desrespeitos a artigos do ECA,
escola, de agremiações e outras palestras, apresentações de propostas,
do Código de Defesa do
situações de apresentação de propostas reuniões, como forma de documentar o Consumidor, do Código
e defesas de opiniões, respeitando as evento e apoiar a própria fala. Nacional de Trânsito, de
opiniões contrárias e propostas regulamentações do mercado
alternativas e fundamentando seus publicitário entre outros, como
posicionamentos, no tempo de fala forma de criar familiaridade com
previsto, valendo-se de sínteses e a leitura e análise de textos
propostas claras e justificadas. legais.
Atividade 1. Notícia e Reportagem: percebendo e revelando suas semelhanças
e diferenças.
Avise aos alunos que, primeiramente, a notícia abaixo será realizada em leitura silenciosa
(modalidade de leitura) e que durante a leitura, deverão grifar o que considerarem i mportante
(procedimento de leitura). Durante a leitura, circule pela classe para garantir que todos estejam
realizando-a conforme solicitado; observe quanto ao procedimento de leitura (grifar o que
considerar mais importante) e faça as intervenções adequadas, caso encontre necessidade
(exemplo: alunos que não estejam grifando o que considera importante, ou grifando tudo sem
identificar os aspectos relevantes da notícia).
Muitas pessoas confundem notícia com reportagem e vice-versa. Mas mesmo tão
parecidas, elas possuem suas características próprias. Você sabe como identificá-
las? Leia a notícia a seguir e grife o que considerar importante.
Texto 1 – Notícia
Crianças vendem doces em plena luz do dia nos semáforos da cidade de São Paulo
Na última terça-f eira,10, única realidade de sustento Já Adelaide J. C., 10, disse
f oram vistos vários meninos da casa, pois precisam desse que, porque faltava muito às
vendendo objetos nos dinheiro para ajudarem na aulas, ainda não sabia ler e
semáf oros da cidade. Os compra de alimentos para o s escrever.
garotos estavam arris cando irmãos menores, garantindo,
suas vidas entre os carros, e Para eles, o sustento vem do
ao menos, o arroz com feijão.
muitos disseram não estarem trabalho que realizam,
nas escolas porque precisam Muitos vivem apenas c om a arriscando a própria vida por
trabalhar para ajudar em mãe e irmãos, poucos uns trocados na venda de
possuem residência, e a seus objetos.
casa. maior parte vive nas ruas. Atualmente, nem mesmo o
ECA (Estatuto da Criança e
Nos últimos dias, a polícia Quando foram questionados do Adolescente), garante que
tem f eito blitz para afastá-los sobre a escola, Justina C. P., a boa condição de vida
das ruas, porém não tem 11, disse que faltava às aulas dessas crianças e
obtido sucesso. porque precisava trabalhar adolescentes seja
nos semáforos. preservada. Um documento
Para muitos deles, esta é a
de Lei, que, para muitos, não
existe.
Após a leitura e os comentários sobre a notícia, a atividade abaixo deverá ser realizada no
coletivo, comandada por você. Leia para os alunos o texto introdutório “Explorando a notícia”
e faça as explicações que considerar pertinentes. Durante a atividade, certifique-se de que os
alunos estão compreendendo os enunciados e, se houver possibilidade, projete a notícia no
Datashow e explore as comandas de forma mais interativa com os alunos.
Professor, é importante que todos os alunos participem desta atividade. Você poderá i ndicar
qual aluno deverá responder, se os demais concordam e assim sistematizar a atividade. P ara
essa participação dos alunos, ofereça a oportunidade para todos, principalmente, para aquele
que ainda apresenta alguma dificuldade.
A notícia lida por você tem como manchete “Trabalho infantil nos semáforos da
maior cidade do país”.
b) Em seguida, temos a foto da notícia, que nem sempre aparece, pois não é
presença obrigatória. Observe a ilustração e faça a comparação com a sua
legenda. Elas possuem alguma ligação? Qual? Estão ligadas ao título?
Espera-se que os alunos façam a relação apontando a descrição da imagem com a
legenda e a ligação entre elas (carros parados, sugestivos de semáforos e crianças
vendendo objetos).
g) Com todo o conhecimento que já possui sobre notícias, você deverá produzir
uma notícia de acordo com o quadro a seguir: Professor, avise aos alunos que
essa atividade será realizada de forma individual, mas que todos deverão respei tar o
processo de produção de texto.
Para a produção desta notícia, solicite aos alunos que pesquisem o impacto dessa doença
em pessoas idosas, pois isso é de extrema importância. Durante a pesquisa, peça-lhes que
anotem em tópicos o que considerarem mais importante. Faça um momento de troca de
informações sobre o que encontraram nas pesquisas. Certifique-se de que todos os alunos
tenham as informações acima.
Leia o enunciado abaixo, verifique se todos sabem o que é a OMS e o que essa sigla
significa.
Fale que, assim como o ECA, existe também o Estatuto do Idoso e explique do que se
trata. Peça-lhes que acessem o link abaixo para conhecerem mais sobre este Estatuto.
A notícia produzida por você deverá abranger esse tema. Para que sua notícia tenha
o máximo de informação, pesquise sobre a Covid -19 e seus impactos na saúde dos
idosos e consulte o Estatuto do Idoso pelo link
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf (Título II, Cap. I, Art.
9º, e Cap. II, Art. 10).
Planejamento da notícia
Título:
Legenda da foto:
Lide:
Fechamento da notícia:
Professor, durante essa atividade, circule pela classe e faça as intervenções que considerar
mais adequadas.
Após a escrita da notícia, faça uma revisão final para se certificar de que não ficou
faltando nada e se existe clareza nas ideias. Professor, para a revisão final, você poderá
sugerir o quadro abaixo. Explique aos alunos como fazer uso do quadro no momento da
revisão final, dê exemplos, certifique-se de que compreenderam. Informe também que poderão
registrar o quadro de correção no caderno e fazer uso sempre que necessário.
Presença de título
Pontuação
Concordância
Coesão
Coerência
Foto: https://pixabay.com/pt/photos/s%C3%AAnior-idosos-pessoas-casal-antigo-3336451/.
Texto 2 – Reportagem
Possui título X X
Possui subtítulo X X
Possui legenda X X
Espera-se que os alunos preencham o quadro de forma individual , com posterior correção
coletiva. Caso exista necessidade, faça as intervenções adequadas. Dê exemplos, volte à
reportagem, explique e aponte as características abaixo. Se houver a possibilidade, reproduza
a reportagem no Datashow para localizarem as características preenchidas no quadro. Após o
preenchimento do quadro abaixo, retome com os alunos a atividade inicial sobre a notí ci a e a
reportagem. Peça-lhes que analisem o que foi escrito no início sobre a notícia e a reportagem.
Pergunte o que gostariam de mudar, aponte se for necessário. O importante é que os al unos
tenham compreendido as nuances referentes à notícia e à reportagem.
“No entanto, não é isso “Fabiana Gonçalves, “Esses pais não Espera-se que
que vemos atualmente na diretora de uma escola consideram a idade de respondam sobre fato de
maior cidade do país.” pública, revela que faz seus filhos e os obrigam a os alunos estarem
constante levantamento trabalhar para garantir o trabalhando e fora da
“Precisamos fazer valer a das ausências dos alunos sustento próprio ou até escola, além da
lei que os protege, afinal e mantém uma mesmo da família.” vulnerabilidade em que
é necessário para garantir comunicação próxima são colocados nesse tipo
uma vida digna ao futuro com os representantes do “Temos que proteger, de trabalho e que falem
do país.” Conselho Tutelar.” garantir e acompanhar o do Estatuto da Criança e
máximo possível para que do Adolescente.
essas crianças e
adolescentes
permaneçam na escola,
afinal é o único lugar que
possuem com atividade
pedagógica a qual
permite uma
aprendizagem
significativa”, diz ela.
Professor, informe que a atividade abaixo será realizada em grupo. É sugerido o agrupamento
produtivo, pelos saberes próximos. Faça os combinados necessários para a realização da
atividade, defina nos grupos quem serão os representantes na socialização, embora, se
necessário, todos poderão falar também, caso algo seja esquecido ou para ajudar a
exemplificar mais, e explique as etapas de socialização entre grupos, as anotações realizadas
e a socialização com todos da classe.
✓ Para este momento, o seu professor definirá as regras para que todos
possam participar.
✓ Ouça o que os demais registraram sobre o que consideraram importante na
reportagem e colabore com a sua opinião e registro. É fundamental
considerar a opinião de todos.
✓ No final, o professor organizará uma síntese com os assuntos discutidos para
que as ideias possam ser registradas e anexadas no mural da sala de aula.
Professor, pergunte aos alunos o que sabem sobre o ECA, se já o conheciam antes de ser
citado na notícia e na reportagem. Organize a sala de aula em forma de U e, se houver a
possibilidade, faça a projeção em Datashow para que fique mais dinâmica a aula.
Mostre aos alunos as características de um texto de lei, a linguagem própria, os símbolos que
aparecem nesse tipo de texto e como fazer a leitura de forma correta.
d) Na reportagem, é citado o artigo 53 do ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente). Você sabe do que trata este Estatuto? Espera-se que os alunos já tenham
algum conhecimento sobre o ECA.
*Os incisos dos artigos são numerados com algarismos romanos: incisos I, II,III,
IV e assim por diante.
*As alíneas dos artigos são identificadas por letras minúsculas e podem vir em
ítalico; exemplo: alíneas a, b, c etc.
Após essa etapa de atividade, organize a sala para um debate no coletivo; é importante a
participação de todos.
III – Para complementar a atividade, será organizada, pelo professor, uma roda de
debate sobre o assunto. Neste momento, você poderá ler o que produziu e
argumentar sobre sua ideia, sempre respeitando a opinião do colega.
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição
de aprendiz. (Vide Constituição Federal)
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
prejuízo do disposto nesta Lei.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze ano s, são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola
técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social;
IV - realizado em horários e locais que não permitam a f requência à escola.
I – Em grupos com cinco pessoas, façam a leitura deste trecho de lei e discutam,
com referência no texto legal, as questões do trabalho infantil apontadas na
reportagem e na notícia. Professor, sugere-se que seja realizado o agrupamento produtivo,
e será necessário definir as tarefas de cada um do grupo para que todos participem.
III – Organizem a classe em semicírculo para que todos possam apresentar a defesa
organizada nos grupos. Professor, sugere-se a realização de combinados com os alunos
para que a apresentação ocorra de forma qualitativa com a participação de todos após a
apresentação de cada grupo. Procure estimular os alunos a fazerem perguntas durante as
apresentações.
Professor, sugere-se que explique aos alunos sobre a qualidade de uma produção de texto e
os cuidados que devemos ter para que ele fique bem-escrito e possa ser entendido por todos.
Informe aos alunos que eles conhecerão um pouco mais como se constrói um texto coerente.
Poderá explicar que todo ato de comunicação, seja falado ou escrito, pressup õe q u e s ej a feita,
constantemente, referência a algo, alguém, fatos, eventos, sentimentos. Além de ser indispensável
que se mantenha o foco nesses elementos por meio do que é chamado de retomada dos
referentes, e que são estratégias por meio das quais se pode garantir que a comunicação seja
coesa e coerente. Sugere-se o questionamento sobre a coesão.
Fonte
da imagem: @Pixabay
Você já produziu a escrita de um texto e, na correção, seu professor disse que você repetiu
algumas palavras? Qual foi sua forma de resolver esse problema?
Mas isso não se dá por acaso, pois todo ato de comunicação, falado ou escrito, pressupõe
que façamos constantemente referência a algo, alguém, fatos, eventos, sentimentos. Além
disso, é indispensável mantermos o foco na escrita para garantimos que a nossa
comunicação seja coesa e coerente.
Você sabia que as palavras que ouvimos ou vemos estão ligadas entre si dentro de uma
sequência? Pois bem, chamamos isso de coesão.
O que garante que a coesão aconteça é o uso de determinados elementos que vão se
referindo a palavras ou partes do texto garantindo, assim, o seu sentido.
Existem diversos elementos que podem desempenhar esse papel. Observe o trecho que foi
retirado da reportagem “O trabalho infantil nas ruas”.
“(...)Fabiana Gonçalves, diretora de uma escola pública, revela que faz constante
levantamento das ausências dos alunos e mantém uma comunicação próxima com os
representantes do Conselho Tutelar: “Temos que proteger, garantir e acompanhar o máximo
possível para que esses adolescentes permaneçam na escola”, diz ela.
b) Que outra palavra foi utilizada para se referir ao nome citado anteriormente? Ela.
Observe que o nome foi referenciado no texto, sem repeti-lo. Percebeu como essa situação
acontece em um texto? Espera-se que os alunos consigam fazer esta análise do uso do nome
e do pronome. Sugere-se que seja retomado o que são pronomes.
Professor, esse assunto poderá ser aprofundado com os alunos por meio da expl icação em
dois grupos de coesão:
Coesão referencial: faz o papel de se referir a uma palavra ou nome que já foi citado
anteriormente. Esse tipo de coesão é chamado de coesão referencial. Listamos alguns
elementos que podem desempenhar essa função:
1. Pronomes de um modo geral: Paulo e José são amigos. Eles são inseparáveis.
2. Advérbios de lugar: Estamos em casa. Aqui ninguém está saindo.
3. Numerais: João e Paulo são amigos. O primeiro tem dois anos a mais que o segundo.
4. Elipse: Nós somos inseparáveis. Gostamos de ficar juntos.
Vejamos outro exemplo retirado da notícia “Trabalho infantil nos semáforos da maior
cidade do país”.
Professor, esse outro tipo de coesão é a coesão textual, que reitera palavras ou conteúdos
usados pelo produtor de texto para fazer o texto progredir, mantendo o seu foco. Listamos
alguns aspectos desse tipo de coesão:
1. Repetição: E o trem corria, corria, corria.
2. Sinonímia: A porta do carro se abriu e desceu um homem de mais ou menos 30 anos. O
jovem parecia muito preocupado.
3. Formas nominais genéricas: gente, coisa, pessoa, lugar. – Ele chegou trazendo a coisa
que pedimos.
f) Essa atividade você poderá fazer em duplas ou trios para troca de saberes.
✓ “Nos últimos dias, a polícia tem feito blitz para afastá-los das ruas, mas não tem
obtido sucesso.”
Reescreva o trecho acima, substituindo o pronome destacado pelo termo ou termos aos
quais se refere. “Nos últimos dias, a polícia tem feito blitz para afastar os m eni nos das
ruas, mas não tem obtido sucesso”
Espera-se que os alunos apontem a repetição do nome no texto. (Para a realização dessa
atividade, sugere-se que seja indicado ao aluno a retornar no texto para localizar esse
trecho da notícia).
“nós” – Preciso fazer valer a lei que os protege, necessito atuar enquanto cidadã para
garantir uma vida digna ao futuro do país.
Professor, sugere-se que seja explicado para o aluno que este é um outro tipo de coesão –
trata-se da coesão textual, que reitera palavras ou conteúdos usados pelo produtor de t exto
para fazer o texto progredir, mantendo o seu foco. Listamos alguns aspectos desse tipo de
coesão:
Repetição: E o trem corria, corria, corria.
Porque, ao conhecer essas estratégias de comunicação, tanto oral, quanto escrita, você
garante que o que estiver falando ou escrevendo seja entendido de forma clara e coerente
pelo seu parceiro de conversa. Essas estratégias são importantíssimas, principalmente, para
o texto escrito quando você está distante de seu interlocutor.
Muitas confusões que acontecem nas redes sociais e em outras esferas de comunicação
são por falta de coesão dos textos, tanto “falados” quanto escritos, porqu e cada um
interpreta de uma forma e, muitas vezes, sem nenhuma relação com a real intenção do
autor do texto.
Professor, para essa atividade, é importante fazer um levamento dos conhecimentos prévios
dos alunos sobre podcast noticioso. Faça os seguintes questionamentos:
Pesquisar:
Qual notícia será mais atrativa no momento? Lembrando que precisa ser atual para causar
interesse nas pessoas.
Em comum acordo com o grupo, faça a escolha daquela que irá para o podcast.
Professor, sugere-se que você verifique com os alunos se eles sabem o que é vinheta e com o
a mesma acontece. Use como exemplos as mais conhecidas pelos jovens para que se possa
ilustrar de forma adequada. Você poderá ilustrar vinhetas no Datashow ou l evar os al unos à
sala de vídeo da escola. Poderá também pedir uma pesquisa sobre vinhetas, levando os
alunos à Sala do Acessa Escola.
Atenção: Nesta atividade, a notícia produzida deverá ser considerada nos aspectos da
coesão textual que você estudou neste material.
De que forma?
Procure em fontes variadas, como revistas, jornais e internet, mais informações sobre o
assunto que abordará a notícia.
Elabore a introdução da notícia. Dica importante: comece com inf ormações que segurem a
atenção do ouvinte, as quais contemplam os elementos do lide.
Organize o roteiro da notícia (precisa ter uma sequência coesa). Também pode apresentar
oralmente os destaques que virão. No roteiro do podcast, precisam constar todos os
elementos que vão compor o texto a ser gravado.
Com o planejamento da notícia realizada e com as tarefas definidas, faça os ensaios que
achar necessário para adequar:
A tonalidade da voz.
A articulação das palavras de forma pausada para que se compreenda o que está sendo
falado.
6º desafio: Escolhendo os equipamentos necessários
O celular pode ser usado para gravar o podcast. Para editar, será necessário um
computador.
O ambiente onde será realizada a gravação não pode ter ruídos, uma vez que a poluição
sonora pode prejudicar a sua qualidade, além da possibilidade de haver alguma outra
interferência.
Divulgar o podcast.
Vocês precisam divulgar para as pessoas o podcast realizado e pedir a participação delas
nos comentários. O sucesso desta publicação vai depender da divulgação. Use sua
criatividade por meio de cartazes pela escola ou divulguem de sala em sala esta informação.
10º desafio: Acompanhando a participação dos ouvintes
Este espaço é muito importante e é cada vez mais usado pelas revistas, rádios, jornais ,
internet etc., pois é uma forma de saber se está agradando o ouvinte e também uma forma
de buscar o aperfeiçoamento para as próximas matérias.
O que aprendeu?
O que teria que fazer novamente para melhorar o resultado final destes desafios?
EF69LP53
Ler em voz alta textos literários diversos, bem como leituras orais capituladas
(compartilhadas ou não com o professor) de livros, contar/recontar histórias tanto
da tradição oral, quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e
interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente,
gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior.
EF69LP41 EF69LP45
EF69LP47
Atividade 1
Almanaque
Almanach Al-manakh
Você conhece um almanaque? Espera-se que os alunos respondam que sim. Porém, caso
algum aluno diga que nunca viu um antes, poderão ser mostrados em apresentação de
Datashow os almanaques atualmente mais conhecidos.
Quais? Espera-se que os alunos citem os mais atuais, como o almanaque da Disney, da Turma
da Mônica, etc.
O que podemos encontrar no almanaque? Espera-se que os alunos respondam que podem
encontrar HQ, passa-tempo, informações de curiosidade etc.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lunario_Perpetuo.
Acesso em 24/09/2020.
Essa pesquisa poderá ser realizada na sala de informática da escola ou por consulta em
celular. É um momento de pesquisa e descoberta dos alunos. Circule pela sala para
acompanhar esse momento e fazer as intervenções adequadas. Oriente os alunos sobre a
atividade após a pesquisa.
a) Interessante, não é mesmo? Em grupos com quatro pessoas, façam a pesquisa referente
aos números de edições, público-alvo, curiosidades, período de publicação e temáticas
exploradas dos seguintes almanaques:
Portugal: Almanaque Bertrand
França: Almanaque de Gota
Itália: Almanaque Barbanera
Estados Unidos da América: Poor Rochard’s Almanack
✓ Após a pesquisa, façam um registro das descobertas sobre cada um destes
almanaques e preparem uma apresentação por meio de slides (fazendo uso do
PowerPoint) para os demais alunos. Certifique-se se os alunos sabem fazer uso do
PowerPoint. Ao menos um aluno do grupo deverá ter esse conhecimento para explicar
aos demais. Caso não saibam, isso deverá ser ensinado aos alunos. Faça os
combinados adequados para a realização da atividade.
✓ Para esta pesquisa, organizem: imagens, legendas, informações necessárias e a
fonte de pesquisa.
✓ Façam a revisão de tudo o que foi escrito e organizem as apresentações dos slides.
✓ Atenção para a disposição das imagens e dos textos nos slides, pois é necessário
cuidar da estética da apresentação, como: tamanho das imagens, das letras,
legendas e fontes de pesquisa.
✓ Durante a apresentação, procurem falar o que está no slide, e não apenas ler; a
leitura o público-alvo já fará, então, procure explicar e, se necessário, façam um
lembrete do que será dito.
Atividade 2
Professor, faça os questionamentos abaixo para saber das hipóteses dos al unos. No que se
refere ao conto “Como se inventaram os almanaques”, sugere-se que seja apresentada a
biografia de Machado de Assis. Sobre suas características de escri ta, pergunte se já leram
algum conto dele, o que acharam, enfim, explore ao máximo o autor, não apenas no conteúdo
temático, mas também na vida e obras do autor. Explique que o conto foi organiz ado em três
partes e que a cada pausa será realizada uma atividade de entendimento do conto.
Sugere-se a leitura em voz alta feita pelo professor. (Com a realização de um a l eitura prévia
para conhecimento do conto.)
Como será que os almanaques surgiram?
Vamos conhecer como Machado de Assis escreveu esta descoberta em seu conto “Co mo
se inventaram os almanaques”.
1ª parte
Some-te, bibliógrafo! Não tenho nada contigo. Nem contigo, curioso de histórias poentas. Sumam-s e
todos; o que vou contar interessa a outras pessoas menos especiais e muito menos aborrecidas. Vou
dizer como se inventaram os almanaques.
Sabem que o Tempo é, desde que nasceu, um velho de barbas brancas. Os poetas não lhe dão outro
nome: o velho Tempo.
Entretanto, uma coisa é barba, outra é coração. As barbas podem ser velhas e os corações nov os; e
vice-versa: Não é regra, mas dá-se. Deu-se com o Tempo.
Um dia o Tempo viu uma menina de quinze anos, bela como a tarde, risonha como a manhã,
sossegada como a noite, um composto de graças raras e finas, e sentiu que alguma coisa lhe b atia
do lado esquerdo. Olhou para ela e as pancadas cresceram.
— Que é isto? murmurou o velho. E os beiços do Tempo entraram a tremer e o sangue andava mais
depressa. Sentiu que era amor; mas olhou para o oceano, vasto espelho, e achou -s e velho. A f inal
ousou ir ter com ela.
— Como te chamas, linda criatura?
— Esperança é o meu nome.
— Queres namorar-me?
— Tu estás carregado de anos, respondeu ela; eu estou na flor deles. O casament o é impossív el.
Como te chamas?
— Não te importe o meu nome; basta saber que te posso dar todas as pérolas de Golconda...
— Adeus!
— Os diamantes de Ofir...
— Adeus!
— As rosas de Saarão...
— Adeus! Adeus! —
As vinhas de Engaddi...
— Adeus! adeus! adeus! Tudo isso há de ser meu um dia; um dia breve ou longe, um dia...
Esperança f ugiu. O Tempo f icou a olhar, calado, até que a perdeu de todo. Abriu a boca para
amaldiçoá-la, mas as palavras que lhe saíam eram todas de bênção; quis cuspir no lugar em que a
donzela pousara os pés, mas não pôde impedir-se de beijá-lo.
Foi por essa ocasião que lhe acudiu a idéia do almanaque. Não se usavam almanaques. Vivia-se sem
eles; negociava-se, adoecia-se, morria-se, sem se consultar tais livros. Conhecia-se a marcha do s ol
e da lua; contavam-se os meses e os anos; era, ao cabo, a mesma coisa; mas não ficava escrito, não
se numeravam anos e semanas, não se nomeavam dias nem meses, nada; tudo ia corre ndo, como
passarada que não deixa vestígios no ar.
“Se eu achar um modo de trazer presente aos olhos os dias e os meses, e o rep ro duzir t odos o s
anos, para que ela veja palpavelmente ir-se-lhe a mocidade...” Rac ioc ínio de v elho, mas t udo s e
perdoa ao amor, ainda quando ele brota de ruínas. O Tempo invent ou o almanaque; compôs um
simples livro, seco, sem margens, sem nada; tão-somente os dias, as semanas, os meses e os anos.
Faremos aqui uma pausa no conto para você conferir o seu entendimento.
d) Observe o trecho retirado do texto e escreva, com suas palavras, o sentido da frase em
negrito.
“Sentiu que era amor; mas olhou para o oceano, vasto espelho, e achou -se velho. Afinal
ousou ir ter com ela.” “Afinal ousou ir falar com ela”.
e) Como foi a primeira tentativa de conversa do Tempo com Esperança? Espera-se que os
alunos respondam que não foi muito satisfatória porque Esperança zombou do Tempo pela
sua aparência de velho.
2ª parte
Sugere-se a leitura em voz alta feita pelo professor. (Com a realização de um a l eitura prévia
para conhecimento do conto.)
Um dia, ao amanhecer, toda a terra viu cair do céu uma chuva de folhetos; creram a princípio que era
geada de nova espécie, depois, vendo que não, correram todos assustados; afinal, um mais animoso
pegou de um dos folhetos, outros fizeram a mesma coisa, leram e entenderam.
O almanaque trazia a língua das cidades e dos campos em que caía. Assim toda a terra possuiu, no
mesmo instante, os primeiros almanaques.
Se muitos povos os não têm ainda hoje, se outros morreram sem os ler, é porque vieram depois dos
acontecimentos que estou narrando. Naquela ocasião o dilúvio foi universal.
— Agora, sim, disse Esperança pegando no folheto que achou na horta; agora já me não engano nos
dias das amigas. Irei jantar ou passar a noite com elas, marcando aqui nas folhas, com sinais d e cor
os dias escolhidos.
Todas tinham almanaques. Nem só elas, mas também as matronas, e os velhos e os rapazes, juízes,
sacerdotes, comerciantes, governadores, fâmulos; era moda trazer o almanaque na alg ibeira. Um
poeta compôs um poema atribuindo a invenção da obra às Estações, por ordem de seus pais, o Sol e
a Lua; um astrônomo, ao contrário, provou que os almanaques eram dest roços d e um ast ro onde
desde a origem dos séculos estavam escritas as línguas faladas na terra e provavelmente nos outros
planetas. A explicação dos teólogos foi outra. Um grande físico entendeu que os almanaques eram
obra da própria terra, cujas palavras, acumuladas no ar, formaram-se em ordem, imprimiram-s e no
próprio ar, convertido em folhas de papel, graças... Não continuou; tantas e tais eram as s entenças ,
que a de Esperança foi a mais aceita do povo.
— Eu creio que o almanaque é o almanaque, dizia ela rindo.
Quando chegou o fim do ano, toda a gente, que trazia o almanaque com mil cuidados, para
consultá-lo no ano seguinte, ficou espantada de ver cair à noite outra chuva de almanaques . To da a
terra amanheceu alastrada deles; eram os do ano novo.
Guardaram naturalmente os velhos. Ano findo, outro almanaque; assim foram eles v indo, at é que
Esperança contou vinte e cinco anos, ou, como então se dizia, vinte e cinco almanaques. Nunca o s
dias pareceram correr tão depressa. Voavam as semanas, com elas os mes es, e, mal o ano
começava, estava logo findo.
Esse ef eito entristeceu a terra. A própria Esperança, vendo que os dias passavam tão velozes, e não
achando marido, pareceu desanimada; mas foi só um instante. Nesse mesmo instante apareceu-lhe o
Tempo.
— Aqui estou, não deixes que te chegue a velhice.
Esperança respondeu-lhe com duas gaifonas, e deixou-se estar solteira. Há d e
vir o noivo, pensou ela. Olhando-se ao espelho, viu que mui pouco mudara. Os
vinte e cinco almanaques quase lhe não apagaram a frescura dos qui nze.
Era a mesma linda e jovem Esperança.
Uma pequena pausa antes da parte final deste conto. Professor,
sugere-se que seja feito um combinado para a realização da atividade.
2) Responda às perguntas a seguir, individualmente.
Depois, o seu professor fará as correções com toda a classe.
a) Como foi o primeiro contato das pessoas com o almanaque? E como elas
entenderam o que se tratava naquele folheto que caiu do céu? Espera-se que os
alunos respondam que ficaram em dúvida em ser uma geada, mas depois vendo que
não correram assustados até que um mais animoso resolveu pegar um dos folhetos.
Após a leitura, entenderam do que se tratava.
b) Qual foi a reação de Esperança ao ver pela primeira vez um almanaque? Espera-se que
os alunos respondam que foi uma reação de alegria e satisfação em poder não se enganar
mais nos dias de encontros com as amigas, pois marcaria nas folhas com sinais.
c) Com a invenção do Almanaque, muitos buscaram uma definição para ele. Localize no
texto esta informação, grife e reescreva-a com suas palavras. Trecho do texto : “ Um poeta
compôs um poema atribuindo a invenção da obre às Estações, por ordem de seus pais, o Sol e
a Lua; um astrônomo, ao contrário, provou que os almanaques eram destroços de um astro
onde desde a origem dos séculos estavam escritas as línguas faladas na terra e
provavelmente nos outros planetas. A explicação dos teólogos foi outra. Um grande físico
entendeu que os almanaques eram obra da própria terra, cujas palavras, acumuladas no ar,
formaram-se em ordem, imprimiram-se no próprio ar, convertido em folhas de papel, graças...
Não continuou; tantas e tais semelhanças que a de Esperança foi a mais aceita pelo povo.
- Eu creio que o alamanaque é o almanaques, dizia sorrindo.” Resposta pessoal do aluno.
d) Qual definição foi mais aceita? Espera-se que os alunos respondam que foi a definição
feita por Esperança.
e) Leia o trecho retirado do conto e procure no dicionário o significado da palavra em
negrito. Explique com suas palavras a frase grifada, explicitando a importância do
almanaque.
g) “Nunca os dias pareceram correr tão depressa. Voavam as semanas, com elas os meses,
e, mal o ano começava, estava logo findo.”
No trecho retirado do texto, podemos dizer que uma das intenções do Tempo ao criar o
almanaque era fazer os dias passarem rápido, e esta intenção deu certo? Mas por que ele
queria que isso acontecesse? Espera-se que os alunos respondam que sim, ele queria que os
dias, meses e anos passassem rápido para Esperança envelhecer também.
3ª parte (final)
Sugere-se a leitura em voz alta feita pelo professor. (Com a realização de um a l eitura prévia
para conhecimento do conto.)
O velho Tempo, cada vez mais enamorado, ia deixando cair os almanaques, ano por ano, até que ela
chegou aos trinta e daí aos trinta e cinco. Eram já vinte almanaques; toda a gente começava a odiá -
los, menos Esperança, que era a mesma menina das quinze primaveras. Trinta almanaques,
quarenta, cinqüenta, sessenta, cem almanaques; velhices rápidas, mortes sobre mortes, recordações
amargas e duras. A própria Esperança, indo ao espelho, descobriu um fio de cabelo b ranco e uma
ruga.
— Uma ruga!
Uma só! Outras vieram, à medida dos almanaques. Afinal a cabeça de Esperança f icou s endo um
pico de neve, a cara um mapa de linhas. Só o coração era verde como acontecia ao Tempo; v erd es
ambos, eternamente verdes.
Os almanaques iam sempre caindo. Um dia, o Tempo desceu a ver a bela Esperança; achou -a
anciã, mas forte, com um perpétuo riso nos lábios.
— Ainda assim te amo, e te peço... disse ele.
Esperança abanou a cabeça; mas, logo depois, estendeu-lhe a mão.
— Vá lá, disse ela; ambos velhos, não será longo o consórcio.
— Pode ser indefinido.
— Como assim?
O velho Tempo pegou da noiva e f oi com ela para um espaço azul e sem termos, onde a alma de um
deu à alma de outro o beijo da eternidade. Toda a criação estremeceu deliciosamente.
A verdura dos corações f icou ainda mais verde. Esperança, daí em diante, colaborou nos
almanaques. Cada ano, em cada almanaque, atava Esperança uma fita verde. Então a t rist eza dos
almanaques era assim alegrada por ela; e nunca o Tempo dobrou uma semana que a es pos a não
pusesse um mistério na semana seguinte.
Deste modo todas elas foram passando, vazias ou cheias, mas sempre acenando com alguma c ois a
que enchia a alma dos homens de paciência e de vida. Assim as semanas, assim os meses, assim os
anos.
E choviam almanaques, muitos deles entremeados e adornados de figuras, de versos, de contos, de
anedotas, de mil coisas recreativas. E choviam. E chovem. E hão de chover almanaques . O Temp o
os imprime, Esperança os costura; é toda a oficina da vida.
Machado de Assis (adaptações para este material)
Na quarta capa há informações que podem auxiliar a história. Na maioria das vezes é
inserida uma sinopse, que permite compreender onde, quando e quem está na história.
Sinopse é um gênero textual que apresenta uma síntese de um filme, de um livro, de uma
ópera etc. Normalmente, os editores elaboram as sinopses dos livros a serem publicados.
a) Para a ilustração acima, busque as informações necessárias na quarta capa
do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Observe que, além da sinopse, há
também uma breve biografia de Machado de Assis.
b) É possível compreender o que retrata esta história de Machado de Assis?
Análise a percepção individual dos alunos, faça as intervenções adequadas quando
necessário.
c) Sua hora e vez de criar: Para a realização desta atividade, é necessário faz er
os combinados com antecedência.
Em grupos com quatro pessoas, elaborem:
A capa para o conto de Machado de Assis “Como se inventaram os Almanaques” (atenção
para a ilustração, o tamanho da letra na capa, para o título e o nome do autor).
Na quarta capa, façam a sinopse do conto, dizendo um pouco mais sobre ele, as
características de Machado de Assis e um resumo de sua biografia.
Pronto! Assim vocês poderão deixar esse conto para ser lido na coletânea da biblioteca da
escola.
Atividade 4
“Olhando-se ao espelho, viu que mui pouco mudara. Os vinte e cinco almanaques quase l he
não apagaram a frescura dos quinze”
“Trinta almanaques, quarenta, cinqüenta, sessenta, cem almanaques; velhices rápidas, mortes
sobre mortes, recordações amargas e duras. A própria Esperança, indo ao espelho, descobri u
um fio de cabelo branco e uma ruga.”
“Outras vieram, à medida dos almanaques. Afinal a cabeça de Esperança ficou sendo um pi co
de neve, a cara um mapa de linhas. Só o coração era verde como acontecia ao Tempo; verdes
ambos, eternamente verdes.”
“Um dia, o Tempo desceu a ver a bela Esperança; achou-a anciã, mas forte, com um perpétuo
riso nos lábios. “
Progressão temática: Procedimento usado pelo enunciador para dar continuidade ao texto,
tanto oral como escrito. Esta progressão temática consiste, basicamente, em fazer o texto
avançar com novas informações sem sair da temática. Você já ouviu a frase popular “Sem
perder o fio da meada”? Pois então, a progressão temática de um texto é exatamente isso.
É possível observar essa relação no conto de Machado de Assis? Explique com suas
palavras.
Professor, há elementos dentro do texto que são responsáveis pela manutenção do tema
(assunto). Esses elementos podem ser os mais variados possíveis: conjunções, pronomes,
expressões, repetições. É importante que você explique para os alunos por que eles são
importantes. Sem eles, o texto não ficaria compreensível, “costurado”; seria apenas um
amontoado de frases soltas, não tendo nada a ver umas com as outras. Esses elementos são
responsáveis pela tessitura do texto, isto é, pela costura, pela ligação das frases e pela
manutenção temática. São eles que fazem com que o texto tenha coesão (ligação) e coerênci a
(sentido). É sugerido que retome o conto nas três partes e o faça juntamente com os alunos,
por parágrafos e localização de marcadores temporais presentes no conto, responsáveis pel o
“bom andamento” do conto e fazem parte da coesão sequencial que, por sua vez, é
responsável pela progressão temática do conto.
Do mesmo modo, é sugerida a abordagem referente à progressão temática do conto no campo
semântico. O “campo semântico” Almanaque nesse conto é responsável por manter toda a
temática desenvolvida, como tudo começa, do que é composto o almanaque, sua
periodicidade e assim por diante.
A presença desse campo semântico faz com que o texto não perca o foco, não fuja de seu
assunto, isto é, a cena toda se passa no decorrer dos anos nos almanaques e no
envelhecimento de Esperança que transcorre durante todo o conto.
Nesta Situação de Aprendizagem, vamos nos aprofundar mais nas variações linguísticas,
além de conhecer um pouco mais da cultura sertaneja e nos aprofundar no s aspectos
gramaticais do Período Composto. Tudo isto permeado de poemas e trechos da obra de
Euclides da Cunha “Os Sertões”.
Venha para mais esta descoberta!
Identificar, em diferentes gêneros, Identificar, em diferentes gêneros, Fazer uso consciente e reflexivo da
períodos compostos nos quais duas períodos compostos nos quais duas norma-padrão em situações de fala e
orações são conectadas por vírgula, ou orações são conectadas por conjunções escrita em textos de diferentes
por conjunções que expressem soma de que expressem oposição de sentidos gêneros, levando em consideração o
sentido (conjunção “e”). (conjunções “mas”, “porém”). contexto, situação de produção e as
características do gênero.
Participar de práticas de Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, Engajar-se ativamente nos
compartilhamento de podcasts variados e produções e gêneros processos de planejamento,
leitura/recepção de obras próprios das culturas juvenis (fanzines,
fanclipes, e-zines, gameplay, detonado, entre textualização, revisão/ edição e
literárias/manifestações
artísticas, tecendo, quando outros) que apresentem/descrevam e/ou reescrita, tendo em vista as
possível, comentários de ordem avaliem produções culturais, tendo em vista o restrições temáticas,
contexto de produção dado, as características composicionais e estilísticas dos
estética e afetiva.
do gênero, os recursos das mídias envolvidas e textos pretendidos e as
a textualização adequada dos textos e/ou
produções. configurações da situação de
produção – o leitor pretendido, o
EF69LP44 suporte, o contexto de circulação
do texto, as finalidades etc. – e
Inferir a presença de valores
considerando a imaginação, a
sociais, culturais e humanos e de
diferentes visões de mundo, em
EF69LP55 estesia e a verossimilhança
textos literários, reconhecendo próprias ao texto literário.
nesses textos formas de Reconhecer em textos de
estabelecer múltiplos olhares
sobre as identidades, sociedades diferentes gêneros as
e culturas e considerando a
autoria e o contexto social e
variedades da língua
histórico de sua produção. falada, o conceito de
norma- padrão e o de
preconceito linguístico.
Atividade 1 – Poema
Texto 1
Professor, faça a leitura em voz alta do poema abaixo usando a entonação para que os alunos
possam perceber a musicalidade e apreciá-lo em sua estrutura composicional.
O doutô e a ciência
Adispôs de estudá
No colégio da cidade
Toda ciência que havia,
O menino vira doutô
E de nóis vai cuidá
Ora, sucedeu um dia
Que a f ia adoeceu
Por uma moléstia horrível
Que quase ela morreu
Nóis f iquemo desesperado
Até a muié f icou prostrada
Acabei com tudo o que tinha
Por dez ano juntado
A vida vale mais
Que dez mil réis guardado
O doutô da ciência
Curou toda a moléstia,
Hoje a f ia e a muié tão sardavi
E de modo muito cortez
Saudemo o doutô,
Agradecido outra vez!
Márcia Corrales
c) No poema existe uma história. Explique essa história com suas palavras, usando
apenas a norma-padrão da língua. Espera-se que os alunos consigam compreender
toda a trajetória do doutor, dos estudos até o trabalho de curar as pessoas das
doenças.
Na cidade de Poloni, interior de São Paulo, existe um grupo sertanejo que promove o
encontro anual de violeiros de várias famílias da região, com o objetivo de preservar a
cultura caipira. Essas festas são sempre alegres, com muita música e comida típica da
cultura sertaneja.
Márcia Corrales
a) Qual outra referência você conhece sobre a cultura sertan eja? Espera-se a
participação dos alunos fazendo referência à cultura sertaneja e caipira.
Nem todos, porém, a compartem. Baldos de recursos para se alongarem das rancharias e agitarem-se, então,
nos folguedos costumeiros. Encourados de novo, seguem para os sambas e cateretês ruidosos, os solteiros,
famanazes no 'desafio, sobraçando os machetes, que porém vibram no "choradinho" ou "baião", e os
casados levando toda a "obrigação", a família. Nas choupanas em festa recebem-se os convivas, no terreiro
varrido, revestido de ramagens, mobiliado de cepos e troncos alumiado pelo luar e pelas estrelas! o salão de
baile. Despontam o dia, estrídulamente, os sapateados vivos. Um cabra destalado ralha na viola. Serenam, em
vagarosos meneios "brabo e corado", o sertanejo moço.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000091.pdf acesso em
24/09/2020
I- O trecho acima está com algumas palavras em negrito. Busque o significado delas
no dicionário e realize uma nova leitura, com o conhecimento mais amplo do
vocabulário usado pelo autor.
Compartem: Flexão de compartir; que dividem, compartilham, repartem. ( Fonte:
https://www.dicionarioinformal.com.br/compartem/. Acesso em: 10 jul. 2020.)
Baldos: é o plural de baldo. O mesmo que: inúteis, vãos, falhos. Significado de baldo : Falto,
inútil, carecido. (Fonte: https://www.dicio.com.br/baldos/ . Acesso em: 10 jul. 2020.)
Folguedo: substantivo masculino. Festa popular; festa de caráter popular e tradicional que traz
os costumes ou hábitos de um povo, de uma região: folguedo do Bumba Meu Boi. Brincadeira;
ação de brincar, de se entreter, de se divertir. (Fonte: https://www.dicio.com.br/folguedo/. Acesso
em: 10 jul. 2020.)
Encourado: adjetivo [Regionalismo: Norte] Vestido, revestido de couro. Que veste roupa de
couro. (Fonte: https://www.dicio.com.br/encourado/. Acesso em: 10 jul. 2020.)
Choradinho: substantivo masculino. [Folclore] Canto à viola que serve para dança. Bailado
popular. (Fonte: https://www.dicio.com.br/choradinho/. Acesso em: 10 jul. 2020.)
Vamos começar esta atividade nos comunicando. Você já parou para pensar como
fazemos isso? Não vale dizer que é por meio de celular, WhatsApp ou qualquer rede
social.
Pense! Como é que você consegue expressar suas ideias, tanto para o seu colega que
está ao seu lado, perto de você, como para aquele que está on-line?
Vamos lá! Você sabia que o ser humano é o único que consegue formular inúmeros
pensamentos usando apenas as letras do alfabeto? Pois bem, ele é capaz de co o rd en ar
ideias de inúmeras formas. Pense!
Se você tivesse que falar para o seu colega o que acabou de ler, iria reproduzir exatamente
o que leu? Claro que não! Você simplesmente falaria com as suas palavras o que
entendeu.
Assim todos nós nos comunicamos, por meio de períodos que vão encadeando as
nossas ideias, os nossos pensamentos.
a) Você consegue perceber a ideia que está sendo exposta no trecho acima? Troque a
palavra “baldo” pelo seu significado e reescreva a frase:
Espera-se que os alunos respondam: “Carecidos de recursos para se alongarem das
rancharias e agitarem-se, então, nos folguedos costumeiros”.
Percebeu que essa frase tem uma mensagem clara e que não está em meio a um
aglomerado de palavras?
b) Agora volte à frase e circule os verbos que aparecem. Espera-se que os alunos
circulem os verbos da frase acima (alongarem, agitarem-se). Professor, sugere-se que
seja retomado o que são os verbos para proporcionar melhor entendim ento aos
alunos.
Note que esses verbos são as palavras-chave que dão sentido às outras palavras que os
acompanham.
d) Observe que essas orações estão conectadas umas às outras por vírgula e pela
conjunção “e”. Leia a oração e responda:
Essa conjunção dá a ideia de oposição. Isto é, mesmo com poucos recursos, estavam
alegres.
e, que, porém, (importante ressaltar que o “que porém” é uma locução conjunt iv a, já q ue os d ois
conectivos estão juntos.
Para a gravação do podcast, é sugerida a organização das etapas, desde o ensaio da l eitura
até a produção final, evitando assim que o mesmo se torne apenas uma grava ção de l eitura.
Para isso, é necessário o uso da entonação, dos recursos de audiovisuai s para dar o som à
cena. Poderá indicar também os aplicativos de podcast para que os alunos realizem a
gravação.
EF69LP03D EF69LP08
EF67LP37 Revisar/editar o texto produzido, tendo em
Identificar crítica ou ironia/humor
Atividade 1
Professor, organize a sala de aula em forma de U para a realização desta atividade. A intenção
desta disposição está na participação mais efetiva dos alunos, e não apenas em responder às
questões postas.
Arte/ilustração: Márcia Corrales.
Espera-se que os alunos respondam sobre os sinais referentes ao semáforo e o que cada cor
significa.
Simples, não é mesmo? Será que esses sinais de trânsito são obedecidos por todos?
Porém, não são apenas esses sinais que existem no nosso dia a dia, não é mesmo?
Imagine que você está prestes a conquistar sua carteira de habilitação. Só que, para isso,
precisa fazer uma prova de conhecimentos referentes ao trânsito. Vamos lá?
O jogo é bem simples: em equipes com quatro ou cinco pessoas, vocês deverão escrever
qual é o significado das placas de trânsito em um cartaz. A equipe que terminar primeiro e
acertar tudo, ganha a corrida. Mas atenção para a velocidade, combinado?
Ilustração: Produzida especialmente para este material.
Quando você identificou os sinais de trânsito, observou também que eles possuem uma
linguagem simples e muito objetiva, exigindo que se proceda de uma determinada e única
maneira para que sejam cumpridas rigorosamente.
Por isso, quando pensamos em leis, regras de trânsito, cláusula contratual, ou até mesmo
um edital de concurso, percebemos apenas uma forma de entendimento, não possibilitando
uma interação.
Essas e outras regras de trânsito seguem o Código de Trânsito Brasileiro, um documento legal que
def ine atribuições das diversas autoridades e órgãos ligados ao trânsito do Brasil. Estabelece também
as normas de conduta, as infrações e as penalidades para os diversos usuários. (Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Tr%C3%A2nsito_Brasileiro e https://www.ctbdigital.com.br/
acesso em 25/09/2020)
lei:
Responda:
d) Até o momento, você percebeu que as leis (em geral) e editais possuem um texto
específico, conhecido como prescritivo? Mas as regras também possuem essas
características. Você conhece algumas regras? Cite-as.
e) Agora, o que você diria das regras abaixo? Escreva algumas e, se necessário ,
pesquise-as em outras fontes para ampliar seu conhecimento. Depois, compartilhe
sua pesquisa com seus colegas e faça anotações no seu caderno durante as
apresentações. Oriente os alunos a pesquisar as regras abaixo, caso tenham dúvidas.
Podem ser apenas dois ou três exemplos, não é necessário todos. O importante não é
decorar a regra, mas sim analisar a linguagem usada.
Regras de acentuação:
Regras de pontuação:
Professor, sugere-se a organização dos alunos em forma de U para que você obtenha mais
atenção da turma.
Para o levantamento das estratégias de leitura, leia o título, peça-lhes que antecipem qual o
assunto, do que trata a entrevista, para analisarem a imagem, fazerem a sua leitura. Mostre
quem foi a repórter nesta entrevista etc. Após a leitura, sugerida como dramatizada, verifique
com os alunos se as hipóteses anteriores se confirmaram: Houve a checagem? Foi por meio
de inferência? Explore outros fatores.
Pixabay https://pixabay.com/pt/photos/autom%C3%B3vel-urbano-ponte-transportes-3524462/
Telefone e
direção não
combinam!
https://pixabay.com/pt/photos/pol%C3%ADcia-emerg%C3%AAncia-auto-970015/
Você com certeza já ouviu falar em memes, não é mesmo? Será que a ilustração
acima pode ser considerada um meme? Explique. Professor, essa atividade poderá ser
realizada de forma coletiva tornando a aula mais atraente e com troca de conhecimentos.
No entanto, é fundamental o seu acompanhamento da percepção de que todos estão
fazendo o registro do que sabem e do que está sendo socializado. Sempre busque
sistematizar as informações dos alunos.
Meme vem do grego “mimema”, que significa imitação de alguma coisa ou algo. Já na
internet essa expressão é usada para se referir a algo que viralize, sendo copiada ou
imitada. Na maior parte das vezes são vídeos, imagens ou gifs de conteúdos
engraçados que acabam se espalhando pelas redes sociais.
https://porvir.org/diversão-das-redes-sociais-memes-podem-ser-boas-ferramentas-em
sala-de-aula. Acesso em 24/09/2020.
Lançando o desafio
Definam qual aspecto da lei vocês irão abordar, como sinais de trânsito, pedestres,
infração às leis (velocidade, direção sem habilitação etc.).
Busquem uma definição que seja educativa e que possa contribuir para a
conscientização das pessoas no trânsito.
Todos deverão trabalhar em equipe, porém cada um com sua tarefa bem definida.
Desafio 3: Finalizando a produção
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 1. ed. São Paulo: Loyo la, 1999.
BAGNO, M. Nossa língua vai mal. Net, Rio de Janeiro, 2000. Seção Fórum. Disponível:
www.marcosbagno.com.br. Acesso em:
BAGNO, M. A Inevitável travessia: da prescrição gramatical à educação linguística. In: BAGNO, M.,
STUBBS, M., GAGNÉ, G. Língua materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola,
2002. p. 13-84.
GERALDI, J. W. (org.). Concepções de linguagem e ensino de português. In: O texto na sala de aula. 3.
ed. São Paulo: Ática, 2002. p.39-46.
KOCH, I. (). O texto e a construção de sentidos: Caminhos de Linguística. São Paulo: Contexto , 2002.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: ALB: Mercado de Letras, 1996.
POSSENTI, Sírio. Gramática e política. In: GERALDI, J. W. (org.) O texto na sala de aula. São Paulo:
Ática, 2002b. p. 47-56.
POSSENTI, Sírio. Um programa mínimo. In: BAGNO, M. (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola,
2002e. p.317-332.
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos: escola e inclusão social. São. Paulo: Parábola Editorial, 2009.
SAMMONS, P., HILLMAN, J.
_____________, R. H. (1999). Oral e escrito em sala de aula. Letramento escolar e gêneros do discurso .
Congresso Nacional da ABRALIN, 2., Florianópolis, 1999. Anais […]. Florianópolis: UFSC/ABRALIN ,
1999.
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas (SP): Mercado de Letras,
1998.
SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. 4. ed. Campinas: Papirus
Editora, 2002.
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO PROFESSOR
LÍNGUA PORTUGUESA
VOLUME 4
A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste material
pretende trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:
l eitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.
o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o do jornalístico/midiático.
Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP
1
8º ANO 4º BIMESTRE
SUMÁRIO
Situação de Aprendizagem 1
Editoriais, notícias, lei. .................................................................................................... 04
Situação de Aprendizagem 2
Um tema em diversos textos. 22
Situação de Aprendizagem 3
O olhar para fatos que acontecem por perto. 33
Situação de Aprendizagem 4
Representar, por que não? 38
CRÉDITOS .................................................................................................................... 44
2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – Editoriais, notícias, lei.
EF08LP10A – Analisar, em
gêneros textuais, ef eitos de
sentido de modificadores do
EF08LP01B verbo (adjuntos adverbiais –
EF08LP04A - Identif icar aspectos advérbios e expressões
linguísticos e gramaticais (ortografia, Comparar as adverbiais).
regências e concordâncias nominal
e verbal, modos e tempos v erb ais , editorias de
pontuação, acentuação, hifenização,
estilo etc.) em funcionamento em um jornais EF89LP30B - Proceder à
texto. remissão a conceitos e relações
impressos, por meio de links.
digitais e de
sites noticiosos.
EF69LP27 - Analisar a forma
EF89LP23A - Analisar, em textos
composicional de textos
argumentativos, reivindicatórios e
pertencentes a gêneros
propositivos, os movimentos normativos/ jurídicos e a gêneros
argumentativos utilizados da esfera política, tais como
(sustentação, refutação e propostas, programas políticos
negociação). (posicionamento quanto a
diferentes ações a serem
propostas, objetivos, ações
previstas etc.), prop aganda
política (propostas e sua
sustentação, posicionamento
EF89LP23B - Analisar a força quanto a temas em discussão) e
dos argumentos utilizados em textos reivindicatórios: cartas de
textos argumentativos, reclamação, petição (proposta,
reivindicatórios e propositivos. suas justificativas e ações a
serem adotadas) e suas marcas
linguísticas, de forma a
incrementar a compreensão de
EF89LP29A - Identificar textos pertencentes a esses
mecanismos de progressão gêneros e a possibilitar a
temática, tais como retomadas produção de textos mais
3
anaf óricas, catáforas, uso de adequados e/ou fundamentados
organizadores textuais, de quando isso for requerido.
coesivos etc.
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
4
Atividade 1 - Textos impressos e digitais. De olho nas diferenças!
Leia o texto, a seguir, publicado no Jornal Acontece Aqui.
Texto 1
Junto aos protestos antirracistas que estão acontecendo pelo mundo, em decorrência
da morte do segurança norte americano, George Floyd, cidadão negro que foi sufocado por
um policial branco, em 25 de maio, uma outra manifestação está ocorrendo: a depredação e
destruição de estátuas localizadas em ruas e praças.
O primeiro alvo aconteceu em Bristol, sul da Inglaterra, em 07 de junho. Manifestantes
de um ato antirracista derrubaram e depois jogaram em um rio, que corta a cidade, a estátua
de Edward Colston. Depois de a estátua ser derrubada, alguns manifestantes colocaram o
joelho sobre ela, numa clara referência à ação policial que matou o segurança norte-
americano.
A ideia atravessou o oceano e, em duas cidades norte-americanas, foi a vez da
estátua de Cristóvão Colombo sofrer vandalismo, na noite de terça-feira, 09 de junho, em
Richmond e em Boston; nesta cidade, a estátua foi decapitada; naquela foi arrancada do
pedestal e lançada no lago do Parque Byrd.
Qual o motivo do ataque às estátuas? O que elas representam? Por que neste
momento? Para responder às questões lançadas, é preciso conhecer um pouco do contexto
histórico em que esses homens viviam.
Edward Colston (1636-1721) fez grande fortuna, no final do século 17, como traficante
de escravos. Estima-se que tenha negociado com a África Ocidental e transportado às
Américas um total de 84 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Muitas dessas
pessoas, devido às péssimas condições de transporte nos navios, morreram durante a
viagem e foram jogadas ao mar.
O explorador Cristóvão Colombo (1451-1506), conhecido também como o
“descobridor” da América (12 de outubro de 1492, data de sua chegada à ilha de San
Salvador, hoje, Bahamas), foi alvo dos protestos porque, no século 16, era defensor da
escravidão, e foi atribuída a ele, a responsabilidade pelo início do genocídio indígena na
5
América. Em Richmond, capital do estado da Virginia, muitos manifestantes eram de origem
indígena.
Os protestos contra monumentos dedicados a pessoas ligadas ao contexto de
escravagismo, segregacionismo e genocídio não ficaram restritos a esses lugares,
espalharam-se pelo mundo afora.
Em São Paulo, a estátua do bandeirante Borba Gato tem sofrido ataques também; por
essa razão, foram instalados gradis à sua volta e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana
permanece no local, 24h por dia.
Homens que por suas ações foram homenageados, agora, justamente, devido a elas,
têm suas estátuas destruídas, porque a sociedade mudou, clama por justiça, por igualdade
de direitos e quer destruir qualquer homenagem a figuras de um passado que causa repulsa.
Um mundo de igualdade de direitos é, sem dúvida, algo para o qual muitos deram a
vida; entretanto, até que ponto é construtivo destruir esses monumentos? Não existe um
perigo maior se esses monumentos e o que representam serem banidos da memória?
É preciso lembrar que as ações feitas por esses homens não eram consideradas
transgressoras, mas estavam de acordo com o período histórico em que viveram. A ordem
social existente admitia tais feitos, isso não quer dizer que não havia vozes contrárias,
porém sem forças para alterar o quadro social vigente.
Os tempos mudaram, o que era aceitável antes, não é mais nos dias atuais, ainda
que muitos desejassem a volta dessa situação como normal.
Para que essa situação não mais retorne, é importante que os monumentos sejam
mantidos, não como homenagem, mas como um alerta do que eles representam.
Um dos exemplos mais simbólicos de manutenção de algo representativo de um
momento histórico é o campo de concentração de Auschwitz, o maior dos campos de
concentração nazistas, situado na Polônia, que, ao término da guerra, poderia ter sido
destruído ou, no local, ter-se erguido um monumento em memória às milhares de pessoas
que lá perderam suas vidas. Em 1947, entretanto, o local foi transformado num museu. Mais
de 30 milhões de visitantes, ao atravessarem o portão de entrada, avistam a placa posta
sobre ele “Arbeit macht frei” (“o trabalho liberta”). A iniciativa do governo polonês teve a
finalidade de que todos e, principalmente, as gerações futuras tomassem conhecimento do
que fora feito e repudiem qualquer ação que possa criar condições de retorno do horror
vivido por seres humanos naquele local. A UNESCO, em 2002, declarou as ruínas de
Auschwitz como Patrimônio da Humanidade.
Não seria esse o caminho para os monumentos que representam épocas e
contextos? Estátuas, prédios, quadros e outros símbolos que fazem parte do patrimônio
histórico, têm de ser preservados, estudados, para que toda a sociedade conheça, reflita e
entenda os contextos de cada época e para que tais fatos não se repitam. É necessário que,
a cada geração, solidifiquem ações que levem à igualdade entre os homens, conforme o
artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem
agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”
6
Para saber mais:
George Perry Floyd Jr (14/10/1973 – 25/052020) afro-norte-americano, assassinado, em
25 de maio, em Minneapolis, por um policial branco que se ajoelhou em seu pescoço, numa
abordagem por, supostamente, ter usado uma nota falsificada de vinte dólares em um
supermercado. O fato desencadeou protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no
mundo.
Manuel Borba Gato (1628-1718) foi um bandeirante que participou da expedição chefiada
por Fernão Dias (o “Caçador de Esmeralda”). Partiram no ano de 1674, em busca de
esmeraldas de Sabarabuçu. Borba Gato andou pelas cidades de Sabará e Caeté, em Minas
Gerais, e acabou encontrando um filão de ouro nas minas de Sabará.
Texto 2
7
Os monumentos históricos e a destruição
Manifestantes aliam protestos antirracistas à destruição de monumentos em lugares públicos
Ouvir o texto
Junto aos protestos antirracistas que estão acontecendo pelo mundo, em decorrência
da morte do segurança norte americano, George Floyd, cidadão negro que foi sufocado por
um policial branco, em 25 de maio, uma outra manifestação está ocorrendo: a depredação e
destruição de estátuas localizadas em ruas e praças.
O primeiro alvo aconteceu em Bristol, sul da Inglaterra, em 07 de junho. Manifestantes
de um ato antirracista derrubaram e depois jogaram em um rio, que corta a cidade, a estátua
de Edward Colston. Depois de a estátua ser derrubada, alguns manifestantes colocaram o
joelho sobre ela, numa clara referência à ação policial que matou o segurança norte-
americano.
A ideia atravessou o oceano e, em duas cidades norte-americanas, foi a vez da
estátua de Cristóvão Colombo sofrer vandalismo na noite de terça-feira, 09 de junho, em
Richmond e em Boston; nesta cidade, a estátua foi decapitada; naquela foi arrancada do
pedestal e lançada no lago do Parque Byrd.
Qual o motivo do ataque às estátuas? O que elas representam? Por que neste
momento? Para responder às questões lançadas, é preciso conhecer um pouco do contexto
histórico em que esses homens viviam.
Edward Colston (1636-1721) fez grande fortuna, no final do século 17, como traficante
de escravos. Estima-se que tenha negociado com a África Ocidental e transportado às
Américas um total de 84 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Muitas dessas
pessoas, devido às péssimas condições de transporte nos navios, morreram durante a
viagem e foram jogadas ao mar.
O explorador Cristóvão Colombo (1451-1506), conhecido também como o
“descobridor” da América (12 de outubro de 1492, data de sua chegada à ilha de San
Salvador, hoje, Bahamas), foi alvo dos protestos porque, no século 16, era defensor da
escravidão, e foi atribuída a ele, a responsabilidade pelo início do genocídio indígena na
América. Em Richmond, capital do estado da Virginia, muitos manifestantes eram de origem
indígena.
Os protestos contra monumentos dedicados a pessoas ligadas ao contexto de
escravagismo, segregacionismo e genocídio não ficaram restritos a esses lugares,
espalharam-se pelo mundo afora.
8
Em São Paulo, a estátua do bandeirante Borba Gato tem sofrido ataques também; por
essa razão, foram instalados gradis à sua volta e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana
permanece no local, 24h por dia.
Homens que por suas ações foram homenageados, agora, justamente, devido a elas,
têm suas estátuas destruídas, porque a sociedade mudou, clama por justiça, por igualdade
de direitos e quer destruir qualquer homenagem a figuras de um passado que causa repulsa.
Um mundo de igualdade de direitos é, sem dúvida, algo para o qual muitos deram a
vida; entretanto, até que ponto é construtivo destruir esses monumentos? Não existe um
perigo maior se esses monumentos e o que representam serem banidos da memória?
É preciso lembrar que as ações feitas por esses homens não eram consideradas
transgressoras, mas estavam de acordo com o período histórico em que viveram. A ordem
social existente admitia tais feitos, isso não quer dizer que não havia vozes contrárias,
porém sem forças para alterar o quadro social vigente.
Os tempos mudaram, o que era aceitável antes, não é mais nos dias atuais, ainda
que muitos desejassem a volta dessa situação como normal.
Para que essa situação não mais retorne, é importante que os monumentos sejam
mantidos, não como homenagem, mas como um alerta do que eles representam.
Um dos exemplos mais simbólicos de manutenção de algo representativo de um
momento histórico é o campo de concentração de Auschwitz, o maior dos campos de
concentração nazistas, situado na Polônia, que, ao término da guerra, poderia ter sido
destruído ou, no local, ter-se erguido um monumento em memória às milhares de pessoas
que lá perderam suas vidas. Em 1947, entretanto, o local foi transformado num museu. Mais
de 30 milhões de visitantes, ao atravessarem o portão de entrada, avistam a placa posta
sobre ele “Arbeit macht frei” (“o trabalho liberta”). A iniciativa do governo polonês teve a
finalidade de que todos e, principalmente, as gerações futuras tomassem conhecimento do
que fora feito e repudiem qualquer ação que possa criar condições de retorno do horror
vivido por seres humanos naquele local. A UNESCO, em 2002, declarou as ruínas de
Auschwitz como Patrimônio da Humanidade.
O prefeito de Bristol, Marvin Ress, pretende fazer o mesmo. Informou que a estátua
de Edward Colston será recuperada, colocada num dos museus da cidade ao lado dos
cartazes de protestos e do cartaz do movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras
Importam”), a fim de que a história da escravidão e a luta pela igualdade racial possam ser
mais bem compreendidas.
Não seria esse o caminho para os monumentos que representam épocas e
contextos? Estátuas, prédios, quadros e outros símbolos que fazem parte do patrimônio
histórico, têm de ser preservados, estudados, para que toda a sociedade conheça, reflita e
entenda os contextos de cada época e para que tais fatos não se repitam. É necessário que,
a cada geração solidifiquem ações que levem à igualdade entre os homens, conforme o
artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem
agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”
9
Encontre-nos nas Redes Sociais
Com exceção do primeiro assunto “ao pedido de homenagem a heróis verdadeiros”, os demais estão
registrados no texto, porém o de maior destaque é o da destruição de monumentos em lugares públicos,
que f oi desencadeada após a morte de George Floyd.
2) O texto que você acabou de ler é um editorial. Discuta com seus colegas sobre o que
é um editorial com o que você leu.
Espera-se que os estudantes percebam que um texto editorial é um texto jo rnalíst ico, q ue pode cont er
inf ormações, mas a principal característica é trazer opinião sustentada por argumentos. É organizado pelos
editorialistas dos meios de comunicação do campo jornalístico, expressa a opinião do jornal, da revista, do
rádio, da TV etc., também, dos veículos de comunicação da mídia digital, por isso não consta a as sinatura
de quem o escreveu. Os assuntos tratados são variados: política, economia, esporte, turismo, cultura, país ,
cidade, entre outros, mas sempre trazendo uma questão polêmica. A linguagem é clara, o bjetiva, f ormal.
Segue a norma-padrão da língua.
10
Editorial - texto jornalístico, opinativo. É organizado pelos editorialistas dos meios de
comunicação do campo jornalístico, expressa a opinião (sempre sustentada por argumentos)
do jornal, da revista, do rádio, da TV, dos veículos de comunicação da mídia digital; por isso
não há a assinatura de quem o escreve. Os assuntos tratados são variados: política,
economia, esporte, turismo, cultura, país, cidade, entre outros, mas sempre trazendo uma
questão polêmica. A linguagem é clara, objetiva, formal. Segue a norma-padrão da língua.
Os dois textos tratam exatamente do mesmo assunto, entretanto há algumas diferenças. O p enúlt imo
parágraf o do Texto 2 não é encontrado no Texto 1 e o início do último parágrafo também está diferent e.
O layout difere quando se trata de texto impresso e texto digital. Outras diferenças:
Texto impresso: O título, frase de chamamento, desenvolvimento do texto. Pequenos textos explicativos,
no f inal, do que está destacado no texto principal.
Texto digital: Título, frase de chamamento, símbolos das redes sociais onde o jornal pode s er s eguido,
data e hora em que o texto foi divulgado no site do jornal e que pode ser atualizado a qualquer momento,
o que não acontece no jornal impresso. Desenho de um alto-falante, com sinais simbolizando o som que
sai do aparelho, acompanhado da frase “Ouvir o texto”, é a opção que o leitor tem d e ouvir o t exto. O
texto, na íntegra, para quem optar a lê-lo; indicações de hiperlink para ler as explicações sobre o que f oi
destacado. No final do texto, novamente, símbolos das redes sociais onde o jornal pode ser seguido.
Espera-se que os estudantes percebam que, no Texto 2, por ser um texto divulgado nos meios digitais,
há um modelo a ser seguido, as indicações das redes sociais para acompanhar o jornal, o sinal
apontando que o texto pode ser ouvido, o dia e a hora em que o texto foi publicado. Há duas indic ações
do dia e da hora. Na segunda indicação, há uma informação a mais: “Atualizada”, o u seja, o t ext o f oi
atualizado. Isso justifica o acréscimo do penúltimo parágrafo não encontrado no Texto 1. Com os novos
acontecimentos sobre a decisão tomada do prefeito sobre estátua d e Bris tol , o s res ponsáveis pel a
elaboração do editorial atualizaram o editorial, informando a hora em isso aconteceu.
Um texto do campo jornalístico divulgado nos meios digitais, ao contrário do texto impresso,
pode ser atualizado a qualquer momento. O jornalista, ao consultar sites e serviços
checadores de fatos (necessário a qualquer produtor de texto do campo jornalístico),
11
complementa, atualiza as informações. Essas atualizações devem ser informadas ao leitor.
Geralmente, quando isso acontece, inclui-se a data e a hora em que o texto foi alterado, logo
depois da data e da hora em que se deu a primeira postagem, como aconteceu no Texto 2.
Texto 3
JORNAL DO BAIRRO
jdbairro.com.br
Edição 01 – Ano 01
Ouvir o texto
Vale lembrar que se trata de um dos monumentos mais polêmicos do país; presta
uma homenagem a um representante de escravocratas na história brasileira. Em 2016, ela
foi depredada. Depois do abaixo-assinado, nas redes sociais, solicitando a derrubada da
12
estátua, nem os gradis em torno dela, nem a viatura policial para fazer a segurança 24 horas
por dia, pôde salvá-la.
Texto 4
jaaq.com.br
Ouvir o texto
A morte do segurança negro George Floyd, por um policial branco em 25 de maio, não só
gerou manifestações antirracistas por várias cidades do mundo todo, como também levou
manifestantes a arrancar estátuas de personagens históricos ligados à escravidão.
13
Em Richmond, Virgínia, a estátua de Cristóvão Colombo foi alvo dos protestos porque
compreende-se que o “descobridor da América era defensor da escravidão no século 16 e
foi atribuída a ele a responsabilidade pelo início do genocídio indígena na América. Em
Richmond, capital do estado da Virginia, muitos manifestantes são de origem indígena.
Em São Paulo, a estátua do bandeirante Borba Gato, há tempos, causa polêmica por
representar homens escravocratas da história brasileira. Em 2016, a estátua foi depredada.
O Centro de Tradições de Santo Amaro ficou preocupado com as destruições de estátuas e
com a campanha de grupos, nas redes sociais, pela derrubada de monumentos,
representando figuras com passados marcados por racismo e misoginia. Esses
manifestantes fizeram circular, pelas redes sociais, um abaixo-assinado solicitando a
retirada da estátua. Diante de tais fatos, a Subprefeitura de Santo Amaro solicitou a
instalação de gradis em torno do monumento que também passou a ser vigiado durante 24
horas por uma viatura da Guarda Civil Metropolitana.
É sobre a estátua de Borba Gato. No Texto 3, há a inf ormação de que os manifestantes amarraram uma
corda no monumento, puxaram-no, derrubaram-no, queimaram-no e depois jogaram-no no Rio Pinheiros .
Essa informação não está no Texto 4, que traz fatos semelhantes ocorridos com outras estátuas em outras
cidades.
14
d) As notícias divergem nos Textos 3 e 4. Há como saber o que está de acordo à
realidade?
e) O que você acha que aconteceu para o jornal dar essa informação? Houve uma
intenção do jornalista em escrever algo que não correspondesse aos fatos reais?
Talvez o estudante relacione o fato como fake news. É possível? Sim. A lert á-lo, ent retant o, q ue uma
notícia f alsa pode trazer uma intenção de quem a escreveu (podem existir vários mot ivos para d ivulgar
uma notícia f alsa, tais como: prejudicar alguém, divulgar algo em que acredita e desejar que outras
pessoas pensem da mesma forma etc.). Não parece ser o caso, as ações de vandalismo relat adas, no
Texto 3 aconteceram, de fato, porém não com a estátua do Borba Gato. O que parece é que o jornalista,
para publicar a notícia com a rapidez que os meios jornalísticos ex igem, não c hec ou os f at os, c omo
deveria, antes de publicá-la.
f) A notícia saiu nos meios digitais. Se fosse no impresso, isso poderia ter acontecido?
Levantar o f ato que, devido à pressão sofrida por um jornalista para divulgar um fato, talvez, não s e t enha
conseguido, pelo pouco tempo, fazer a checagem dos dados. Pode acont ecer no s meios digitais, nos
meios impressos, também no rádio e na TV.
Uma notícia, antes de ser divulgada, precisa ter os dados checados. Caso contrário,
jornalista e meio de comunicação podem ficar desacreditados.
15
Professor, sugira aos estudantes que acessem o programa Educamídia
(<https://educamidia.org.br/>, acesso em: 20 jul. 2020), no qual pode ser encontrado
conteúdo de incentivo às práticas de educação midiática dos jovens.
6) Há muitos fatos que acontecem o tempo todo. O que leva à escolha por um fato em
detrimento de outro?
Espera-se que o estudante compreenda que uma notícia tem importância, quando é de interesse de muitas
pessoas. A escolha de um fato em detrimento de outro leva em consideração se a informação vai af et ar a
vida de pessoas num bairro, numa cidade, num país, no mundo todo.
7) O fato da destruição das estátuas foi noticiado não apenas aqui no seu material de
estudos, mas no mundo todo; recebeu editoriais também de vários jornais e comentários
de muitas pessoas. Por que isso aconteceu?
Como já f oi dito, uma notícia será relevante quando os f atos, as inf ormações af etam um número
considerável de pessoas, despertando, com isso, o interesse para se manterem inf ormadas . Quant o ao
f ato da depredação, da destruição de monumentos está ligado a uma rev olta popular em relaç ão às
desigualdades sociais, ao racismo e à inconformidade em se homenagear pessoas representativas d e um
momento histórico que, nesse caso, f oi o da escravidão. Tudo isso potencializado com a morte do
segurança negro norte-americano George Floyd. Trata-se de algo que diz respeito ao mundo inteiro.
A morte do segurança norte-americano, uma pequena explicação a respeito de quem eram os homens
representados nos monumentos e o campo de concentração de Auschwitz.
2) Os termos destacados, nos trechos abaixo, retomam o que já foi dito e fazem o texto
avançar. Indique a quem se referem.
Nesta: Boston.
Naquela: Richmond
16
Caso seja necessário, retome o uso dos pronomes demonstrativos esta e aquela (aqui
estão aglutinados com a preposição em, resultando em nesta e naquela).
Ideia: refere-se ao fato mencionado no parágrafo anterior: de manif estantes, em Bristol na Inglaterra,
terem derrubado uma estátua, jogando-a no rio que corta a cidade.
É uma afirmativa verdadeira. Nesse momento, não há retomada de nenhum assunto, o autor do texto,
para argumentar seu posicionamento de preservação dos monumentos representativos de um contexto
histórico, cita o exemplo do campo de concentração de Auschwitz preservado pelo governo polonês.
Também dessa forma, com um fato novo e pertinente ao que está sendo tratado, o texto avança.
17
Você percebeu que o autor utiliza dois recursos: retoma o que foi dito, acrescentando
novas informações e lança novas ideias. Dessa forma, o texto é construído de forma
clara e as ideias ficam conectadas. Isso é chamado de progressão temática.
Progressão temática acontece quando, sem fugir do assunto do texto, novas ideias
são apresentadas de forma sequenciada e amarrada a uma mesma rede de sentidos.
Espera-se que o estudante compreenda que f oi usado como exemplo de um local mantido e
transf ormado num espaço cultural, pois representa um momento importante da história, port anto é um
argumento utilizado para defender o ponto de vista de que as estátuas devem ser preservadas.
5) O autor do editorial (Textos 1 e 2), para defender seu ponto de vista, faz um movimento
com as informações dos monumentos que estão sendo depredados, com o contexto
histórico em que viviam as pessoas homenageadas e com um exemplo de lugar
representativo da história preservado. Qual o efeito que isso resulta no texto?
Espera-se que o estudante perceba que esse movimento dos argumentos trazidos ao texto vai se tornando
cada vez mais consistentes e ganhando força, à medida que são expostos e entrelaçados, para defender a
opinião do autor do texto.
a) ( ) uma citação.
b) (X) um esclarecimento.
c) ( ) uma enumeração.
18
Os dois pontos são usados para introduzir uma citação, um es clareciment o, uma enumeração. O
contexto vai dizer qual dessas funções eles estão exercendo. Nesse c aso, o aut or o s ut iliza, para
esclarecer ao leitor de que manifestação vai tratar.
2) Em “Qual o motivo do ataque a essas estátuas? O que elas representam? Por que
nesse momento?”, o autor do texto faz perguntas diretas. Ele tem dúvidas sobre o
que perguntou? Está esperando uma resposta? Justifique sua resposta.
Espera-se que o estudante perceba que o autor não tem dúvidas, pois sabe a resposta. Usou a
interrogação para realçar o fato e instigar o leitor a f im de mantê-lo interessado na leitura. No texto, há
outro exemplo do ponto de interrogação com esse mesmo recurso, “Não seria esse o caminho para o s
monumentos que representam épocas e contextos?”
4) Qual o efeito de sentido que essas duas formas verbais causam no texto?
Com o verbo no presente do indicativo, há uma certeza do autor, ele sabe o que as estátuas
representam. O verbo no futuro do pretérito está indicando uma incerteza, uma possibilidade p ara o
f uturo dessas estátuas. Ele tem uma opinião, mas quer dividi-la com o leitor e convencê-lo a ac eitar a
proposta que ele deu para os monumentos históricos.
No século 17 X
19
Antes X
Em São Paulo X
Na Polônia X
Em 1947 X
Lá X
6) Além desses advérbios e locuções adverbiais, há outras delas nos textos lidos. Qual
o motivo dessa presença nos Textos 1 e 2?
Espera-se que o estudante, ao analisar os textos, cujo tema é a depredação e destruição dos
monumentos, em quatro cidades dif erentes, perceba que o autor citou as cidades (lugar) e
contextualizou, em vários anos de história (tempo), o que as figuras das estátuas represent am. Daí a
importância das expressões e dos advérbios que indicam tempo e lugar.
Texto 4
Trecho da Constituição Brasileira
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
[...]
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a s eguranç a, o
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma s ociedade f raterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e int ernacional,
20
com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃ O
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
[...]
Título VIII
Da Ordem Social
Capítulo III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
Seção II
Da Cultura
[...]
21
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 26 jun. 2020.
A Constituição é uma lei, texto normativo que tem uma estrutura. Como é extensa apresenta
divisões: Partes, Livros, Títulos, Capítulos, Seções e Subseções. Incisos de artigos são
numerados com algarismo romanos (I, II, II...). Quando os incisos possuem mais de um
parágrafo, é usado o símbolo § (parágrafo).
Responda:
Ele está no Título VIII (Da Ordem Social), no Capítulo III (Da Educação, da Cultura e do Desport o, na
Seção II (Da Cultura), no Artigo 216.
Não, a promoção e a proteção do patrimônio cultural brasileiro ficam a cargo da P oder P úblico c om a
colaboração da comunidade, conforme § 1º, inciso V do artigo 216.
A punição a danos e ameaças ao patrimônio público está previsto no § 4, inciso V do artigo 216.
Em sua cidade ou bairro, está acontecendo uma manifestação para retirar um monumento
de uma rua ou praça, pois esse monumento está representando uma figura ligada a um
passado escravagista, ou à exterminação de indígenas.
Você tem a mesma posição do Jornal Acontece Aqui, exposta no editorial. Então, com dois
ou três colegas de sua turma, o grupo vai elaborar uma Carta Reivindicatória endereçada ao
Presidente da Câmara, para que o monumento seja preservado em museu (se sua cidade
tiver) ou na Casa de Cultura, ou outro lugar que preserva documentos ou objetos históricos.
22
Conhece a estrutura de uma Carta Reivindicatória? Não? Abaixo, há um exemplo de
estrutura desse tipo de texto; em seguida, uma carta já com alguns dados a serem
completados.
Carta Reivindicatória
Estrutura
O órgão ou instituição a quem Carta é dirigida Carta Reivindicatória a(o) ------------
Introdução
Exposição do assunto que levou a escrever a carta.
Reivindicação
Diante do que foi exposto na Introdução, é feita a Reivindicação.
Local e data
Carta reivindicatória
23
O Movimento ------------------------------- composto por (se fizer parte de alguma associação ou
do Grêmio Estudantil, cite-o(a))_________________, que luta(m) pela preservação da
natureza, está se dirigindo a Vossa Senhoria em razão da defesa ------------------------------------
------------------, ameaçado(a) pelo(a) --------------------------------------------------------------------------
-------------------------
Introdução
Reivindicação
Diante do exposto, Excelentíssimo Presidente, sua gestão tem uma oportunidade singular de
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ e
esse monumento ser preservado no --------------------------------------------------------------------- que
guarda toda a história ---------------------------------------------------------------------------------------------.
Por fim, investir em campanhas de conscientização das pessoas -----------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Precisamos manter viva na memória nossa história. Não podemos esquecer ---------------------
----------------------------------------------------------------------------pois -----------------------------------------.
Vamos, Excelentíssimo Presidente, preservar nossa história?
24
Local e data
A linguagem a ser utilizada depende do contexto de produção. Esse texto é dirigido a uma
instituição pública, portanto a linguagem deve obedecer à norma-padrão da língua
portuguesa.
25
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 – Um tema em diversos textos.
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
26
Atividade 1 – Poemas e cartazes para reflexão
O poema que você vai ler, a seguir, é um fragmento de Navio Negreiro, escrito por
Castro Alves, poeta brasileiro voltado às causas abolicionistas. Nesse trecho, o eu lírico
apresenta um sentimento de desapontamento em relação ao país, uma vez que a nação é
“manchada” pelo tráfico de escravos. Vejamos como o autor expressa suas ideias.
Texto 1
Navio Negreiro
Castro Alves
[...]
Ontem a serra Leoa.
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
27
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute...Irrisão!...
1) O poema foi escrito em 1870 e talvez você tenha tido um pouco de dificuldade em
entender o significado de algumas palavras. Caso o contexto não permita identificar o
sentido, recorra ao dicionário impresso ou digital e depois responda às questões.
2) O eu lírico faz uma comparação do ontem e do hoje da situação dos africanos. Onde
era o ontem? Onde era o agora?
O “ontem” era onde vivia o africano antes de ser capturado, em Serra Leoa, pais da África Ocidental; “ag ora”,
está num navio, mais precisamente, no porão do navio.
Professor, solicite aos estudantes que substituam, no Caderno do Estudante, os dois pontos
por ponto de interrogação em “Onde era o ontem?”
3) De acordo com o trecho do poema, descreva como vivia o africano ontem e como vive
no agora.
O “ontem”, na Serra Leoa, vivia em plena liberdade, em guerra (provavelmente com outras tribos), caç ando
leões, dormindo sempre que tivesse vontade, em tendas. “Agora, no porão “infecto”, “apert ado”, “imundo”,
está acorrentado, é açoitado, e o sono interrompido pelo som do baque de um c orpo jogado ao mar: “E o
sono sempre cortado” / “Pelo arranco de um finado,” / “E o baque de um corpo ao mar...”
28
Professor, incentive os estudantes a retomarem o texto e fazer a localização dessas
informações explícitas.
Em Navio Negreiro, Castro Alves mostra como eram as viagens de navio da África para o
Brasil, trazendo os africanos vítimas da escravidão.
No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, Lei da Abolição da
escravidão no Brasil.
Texto 2
29
Cartaz de 1888 comemorativo da Abolição da Escravidão no Brasil. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cartaz_de_1888_comemorativo_a_Aboli%C3%A7%C3%A3o_da_Escravid%
C3%A3o_no_Brasil.jpg >. Acesso em: 29 jul. 2020.
Esse cartaz faz parte do acervo do Arquivo Nacional do Brasil, em tecido, feito em 1888.
6) O cartaz traz alguns elementos significativos. Quais são eles? (Observe a referência
bibliográfica, ela traz informações importantes para a compreensão do cartaz).
Conf orme a referência bibliográfica, o cartaz foi feito em 1888 para comemorar a Abolição da Escravidão no
Brasil. Traz a bandeira do Império com o número da lei que termina com a escravidão - Lei Nº 3353 de 13
de maio de 1888 (assinada pela Princesa Isabel). Um homem branco (com chapéu na mão, casaco – um
lenço no bolso - e bota) apertando a mão de um homem negro (também com chapéu na mão, com camisa,
com as mangas dobradas e descalço). Ambos trazem um sorriso no rosto. Abaixo da imagem dos dois
homens, está o slogan “AGORA SIM!”
30
Chamar a atenção dos estudantes que o homem branco era o dono dos escravos, o
branco também era o feitor que aplicava os castigos aos escravos.
Texto 3
Hino da Proclamação da República
José Joaquim de Campos da Costa Medeiros e Albuquerque / Leopoldo Américo Miguez Miguez
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
31
[...]
ALBUQUERQUE, José Joaquim de Camp os Medeiros e; MIGUEZ, Leopoldo Américo Miguez. Hino da Proclamação da
República. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/hinos/hino-da-proclamacao-da-republica/>. Acesso em: 23 jun. 2020.
8) Retire da letra do hino, versos em que o eu lírico acha difícil que tenha havido
escravidão no Brasil.
“Nós nem cremos que escravos outrora” / “Tenha havido em tão nobre País”
Texto 4
32
Cartaz elaborado por Daniel Carvalho Nhani especialmente para o Caderno São Paulo Faz Escola 2019, com base
nos dados disponíveis em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/21206-ibge-mostra-as-cores-da-desigualdade>. Acesso em: 23 jun. 2020.
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/22842-acesso-a-educacao-ainda-
e-desigual>. Acesso em: 23 jun. 2020.
33
Trabalho infantil 1835 crianças de 5 a 7anos trabalhavam; 35.8% são brancas;
63.8% são pretas e pardas.
Rendimento mensal R$ 2.814, em média, era a renda dos brancos; R$ 1.606, a média do
rendimento dos pardos e R$ 1.570, a dos pretos.
Desemprego Na taxa de desocupação (desemprego): 9.5% são brancos , 14. 5%
são pardos e 13.6% são pretos.
11) O cartaz apresenta, como imagem, uma mão livre das correntes segurando ou
impedindo outra, a qual está empunhando um chicote. Supostamente, a primeira
representa a mão de um escravo, enquanto a outra a de seu senhor. Se colocarmos como
slogan, para esse cartaz, a expressão “AGORA SIM!”, como você o analisaria?
Espera-se que o estudante perceba que o Texto 4 mostra a mão livre das correntes (representando o escravo)
simbolizando o final da escravidão, o que não está sendo aceito pelo senhor, p ois empunhando o chicot e,
ainda está tentando aplicar castigos como se não tivesse acontecido a Lei Áurea, portanto o “AGORA S I M!” ,
que, no cartaz anterior estava propondo a igualdade entre o senhor e escravos, está nesse contexto,
completamente inadequado.
Os dados do cartaz comprovam essa informação, pois mostram a situação de d esigualdade do neg ro em
relação aos brancos e pardos; com exceção apenas do desemprego, em que o índ ice de d esemprego d os
pardos é pior do que dos brancos e dos negros.
13) Há uma data no cartaz (20 de novembro). O que ela representa? O que a relaciona com
o texto verbal?
Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. Data escolhida por ser atribuída à mort e d e Zumb i dos
Palmares, em 1695, um líder negro que lutou pela libertação dos escravos. A data é dedicada à ref lexão sobre
a inserção do negro na sociedade brasileira, por isso sua relação como texto verbal, (os dados com as
inf ormações sobre Analfabetismo, Trabalho infantil, Rendimento mensal e Desemprego) e chamada “Quais os
números que toca tua consciência?”
34
14) Esses textos e dados mostram alguns motivos pelos quais os manifestantes estão
destruindo estátuas com figuras que representam homens ligados à escravidão. Você
concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.
Espera-se que os estudantes percebam que os números mostrando a desigualdade entre brancos e pretos
e o descaso pela vida dos negros, como o que aconteceu com o assassinat o de George Floyd p or um
policial branco, desencadearam os protestos e à destruição das estátuas de homens que rep resentam o
contexto da escravidão.
15) Depois de fazer esse breve mergulho no assunto, o que pensa da destruição dos
monumentos? Concorda com o prefeito de Bristol, Inglaterra, em colocar a estátua de
Edward Coston em museu para preservar a história, que é mesma posição do Jornal
Acontece Aqui?
Mostre seu posicionamento para seus colegas. Não importa se, como os manifestantes, é
favorável à destruição desses monumentos, ou se é contra. O importante é que selecione
seus argumentos e os apresente à turma.
Sugere-se promover o debate, considere as posições dos estudantes, qualquer que seja ela,
instigue-os a argumentar. Os argumentos favorecem discussão. Se for preciso e possível,
ajude-os a buscar outras informações sobre o assunto.
Velhos amigos
Cristiane Alves de Oliveira
Era pra ser uma segunda-feira como todas as outras – mas ontem eu perdi o
emprego. Sempre ouvi dizer que as pessoas ficavam tensas na sexta-feira, dia comum de se
ficar desempregado. E nem sonhava em ser demitido. Esse lance de ir pro olho da rua?
Comigo não! Sabe por que eu falo isso? Explico. Pensa num funcionário exemplar:
primeiro a chegar e último a sair. Raramente faltava. Assiduidade pra dar e vender. Outra
coisa: cursos? Fazia todos. Inglês? Fiz e fiz dos bons, pois a empresa em que eu trabalhava
mexia com exportação.
35
Sabe, foram anos, anos de dedicação. O que me levou a ficar amigo íntimo do chefe,
a frequentar sua casa. Muitas festas, muitos churrascos. Conhecia todos os seus amigos.
Foram quase 20 anos de convivência.
Nesta última festa, para minha surpresa, reencontrei um velho amigo meu. Negro,
estudamos juntos. Nunca mais o vira. Suspeitei até que morasse em outra cidade. Por
circunstâncias da vida nos separamos. Bons tempos foram aqueles do colégio. Não sei
exatamente o motivo, mas imaginei que meu velho amigo estaria ali trabalhando.
Não hesitei. Me aproximei, cumprimentei-o de forma efusiva:
- Nossa, há quanto tempo!
Não dei tempo pra ele falar e disparei:
- Por acaso você está trabalhando na festa?
Na segunda-feira de manhã, a carta de demissão estava assinada na minha mesa.
Meu velho amigo era o mais novo sócio da empresa. Morava há mais de vinte anos no
exterior. Seu inglês? Deve beirar a perfeição!
Texto elaborado por Cristiane Alves de Oliveira para SP Faz Escola 8º ano EF 4º bim. de 2019. (adaptado)
a) O texto Velhos amigos e os outros textos que você leu, nesta sequência de
atividades, tratam da mesma temática? Explique.
Espera-se que o estudante perceba que os textos, de uma f orma global, tratam da relação, da
convivência entre pessoas brancas e negras.
36
a) O que faz com que as pessoas normalmente fiquem tensas?
Conf orme o texto, o fato de pressentir que se vai perder o emprego, para muitas pessoas é um motivo de
tensão.
Prof essor, instigue os estudantes a manif estarem as opiniões deles com justif icativas. É uma
oportunidade para se posicionarem.
b) Por que a personagem afirma ser esta a última festa da qual irá participar na casa do
chefe?
Espera-se que os estudantes percebam que os f atos narrados estão estritamente encadeados, a
começar pela informação inicial de que a personagem havia perdido o emprego. Nesse sentido, as aç ões
subsequentes giram em torno da demissão, que vai ocorrer em decorrênc ia da f est a, em que es tarão
presentes a personagem central e o amigo de longa data e esse encontro propiciará toda uma reflexão em
torno do preconceito racial.
Para responder a essa questão, sugere-se, inicialmente, uma discussão em duplas ou trios e depois, uma
discussão mais ampla. Importante intermediar as ref lexões c om os estudantes no sentido de que o
preconceito é uma marca histórica e que merece repúdio. Percebe-se claramente, ness a passagem do
texto, que, para muitas pessoas, o lugar social do negro sempre deve s er inf erior ao d os branc os e,
justamente por essa ideia, a personagem só poderia estar ali a trabalho e não como convidado.
Resposta pessoal. Relevante salientar a relação que existe entre o chef e e o negro, pois as duas
personagens acabam tornando-se sócias da empresa.
Resposta pessoal. Professor, é importante salientar que, com a atitude tomada, a empresa d eixou clara
sua política de não permitir manifestações de racismo ou preconceito, como a que narrador p ersonagem
mostrou quanto ao lugar social que um negro deve ocupar na sociedade.
37
Atividade 3 – A língua na construção do texto
b) e: adição.
c) pois: explicação.
Em ambos os casos, o sentido das frases ficaria comprometido, ficaria sem coerência.
A partir desse conjunto de expressões, pode-se observar uma intencionalidade ao contrapor-se o s d ois
primeiros enunciados; dizer que “este é um funcionário” não é o mesmo que dizer que “este é um
funcionário exemplar”. O sentido conferido ao substantivo funcionário é particularizado quando se utiliza
o adjetivo exemplar. Da mesma forma, o substantivo amigo é modificado pelo sentido que lhe é conferido
pelo uso do adjetivo velho(s), do pronome meu e do artigo indefinido um. Cumpre destacar, também, que
a posição do adjetivo velho em relação ao substantivo também determina a mudança de sentido.
5) A personagem que perde o emprego utiliza duas vezes a expressão: “um velho amigo
meu” e “meu velho amigo”. Localize-as e explique se as duas formas têm o mesmo
sentido, de acordo com a passagem do texto em que estão localizadas.
“Um velho amigo meu” - O narrador personagem informa que a pessoa que encontrou na festa era s eu
amigo de longa data. “Nesta última festa, para minha surpresa, reencontrei um velho amigo meu”.
“Meu velho amigo” - O narrador informa que no passado, a pessoa foi sua amiga, já não é mais . “Meu
velho amigo era o mais novo sócio da empresa”.
Com base no que foi visto nessas duas sequências de aprendizagem, em dupla, vocês
construirão uma resenha.
Resenha é um gênero textual que tem por fim analisar um texto e escrever sobre ele. Pode
ser publicado na mídia impressa e digital. Geralmente, a resenha apresenta um ponto de
vista do autor sobre o texto que está analisando.
39
✓ Apresentação da obra.
✓ No início do texto, apresente o nome do autor da obra, ano da publicação e outras
informações bibliográficas.
✓ Introdução.
✓ Sobre o que trata a obra analisada? Qual o objetivo do autor?
✓ Apresente o conteúdo.
✓ Conte com suas palavras o que traz a obra.
✓ Análise crítica.
✓ Chegou a hora de fazer a análise crítica: não se esqueçam, opiniões devem ter
embasamento. Justifique-as a partir de exemplos concretos.
40
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – O olhar para fatos que acontecem por perto.
Práticas de Linguagem
.EF89LP11A - Produzir
peças e campanhas
▪ Leitura publicitárias (cartaz, banner,
▪ Oralidade indoor, folheto, panfleto,
▪ Produção de Texto anúncio de jornal/revista,
▪ Análise Linguística/Semiótica
para internet, spot,
propaganda de rádio, TV, por
exemplo).
41
Atividade 1 O que podem dizer os memes
Você, com certeza, já ouviu falar em memes. Vamos relembrar o conceito desse gênero
textual?
Memes – Trata-se de um objeto digital que carrega uma ideia e se espalha rapidamente pela
internet (viralização), alcançando muita popularidade.
Para que um objeto virtual qualquer se torne um meme, é necessário que utilize de
algum elemento que seja muito conhecido (pessoa ou personagem, trecho de música, foto,
objeto, vídeo etc.). Assim, ele é transformado, inserindo uma frase ou qualquer outro
elemento, e, posteriormente, divulgado.
Imagem criada por Mara L. David e Katia R. Pessoa especialmente para esta atividade.
42
a) A composição desse meme segue a definição dada? Justifique.
Sim, trata-se da foto de um piano, mais precisamente de suas teclas com frases pronunciadas por elas.
Professor, solicite aos estudantes que insiram no Caderno do Estudante: Justifique.
c) Qual a relação do texto não verbal com o texto verbal “Nós vivemos em harmonia e
produzimos maravilhas!”?
As teclas do piano brancas e pretas vivem harmoniosamente, sem qualquer diferença e juntas, se tocadas por
pianistas, produzem músicas.
d) Em “Não tem problema se vocês nos plagiarem!” O que é plágio? Por que não teria
problema?
Plágio é o ato de se apropriar indevidamente de uma produção artística ou intelectual de o utra p essoa, sem
autorização e assumindo a autoria.
Não teria problema porque as teclas não se importam se as pessoas brancas e negras as copiarem e viverem
harmoniosamente como elas vivem no teclado do piano.
Professor, lembre o estudante de que o ato de plagiar é crime. Está no artigo 184 do Código
Penal: “Violar direitos de autor e os que são conexos”. A pena prevista é detenção de três
meses a um ano, ou multa.
e) Como esse meme dialoga com a proposta do slogan “AGORA SIM!” presente no cartaz
de em 1888 (Situação de Aprendizagem 2, Atividade 1)?
Ambos estão propondo a harmonia, a igualdade entre pessoas brancas e negras.
São duas mãos; uma está representando o sinal de positivo, que, convencionalmente, é apontar o polegar
para cima; outra, com o polegar apontando para baixo, representa o sinal negativo. No mundo digital, são
emojis, expressão de origem japonesa composta pela união dos elementos e (imagem) e moji (letra). O sinal
43
positivo indica a aprovação ou consentimento de uma ideia ou opinião, ou seja, “curti” isso que eu vi, é um
“like” (gosto). O sinal negativo indica o contrário, “não curti”, “dislike” (não gosto).
h) De acordo com o que foi visto até o momento, o que se pode interpretar com a
imagem indicando o sinal negativo?
Indicam que seis pessoas não concordam com a ideia de que brancos e negros vivam em harmonia,
com a igualdade entre brancos e negros.
Essa imagem do meme foi inspirada na música Ebony and Ivory, lançada em 1982, gravada
por Paul McCartney (inglês e autor da música) e por Stevie Wonder (cantor e compositor
norte-americano). O compositor da música, por sua vez, declarou que fez a canção, após ter
ouvido do irlandês Spike Milligan (roteirista, escritor, comediante, jornalista, ator, poeta e
músico) a seguinte frase: "notas pretas, notas brancas, e você precisa tocar as duas pra
fazer harmonia, gente!" Para mais informações, pode acessar o site:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ebony_and_Ivory>. Acesso em: 23 jun. 2020). Para ouvir a
música: <https://www.letras.mus.br/paul-mccartney/78368/traducao.html>. Acesso em: 23
jun. 2020.
Você já deve ter ouvido que, no Brasil, não há preconceito racial. Muitas pessoas
declaram que não são preconceituosas, pois têm um amigo negro e/ou já namorou uma
pessoa negra. Em pesquisa realizada pelo IBOPE em 2017, só dois em cada dez brasileiros
se reconheciam preconceituosos. (Para mais informação verificar: IBOPE, 71% da
população da região sul assume que já fez algum comentário preconceituoso. Disponível
em: <https://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/71-da-populacao-da-regiao-sul-
assume-que-ja-fez-algum-comentario-preconceituoso/>. Acesso em: 23 jun. 2020).
44
1) Você já presenciou alguma cena de racismo ou preconceito? E/ou foi alvo de
preconceito ou de racismo? Como se sentiu?
2) Considerando a realidade da sua escola, do seu bairro e da sua cidade e com base em
suas percepções e/ou vivência sua você considera que há preconceito e racismo?
Comente.
Etapa 1
a) Selecione quem será entrevistado.
b) Formule as questões.
c) Grave a entrevista (se possível), tome notas.
d) As entrevistas não precisam necessariamente ser presenciais, podem ser feitas por e-
mail, Whatsapp, por gravação em áudio, por outros recursos apropriados.
Etapa 2
a) Compile as respostas dos entrevistados; se for possível, pode ser feita uma tabela,
para melhor visualização.
b) Analise as respostas.
45
Atividade 3 - Produção de textos
b) Escolham tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização usando tipos de
fontes que permitam boa visualização.
c) Se for possível, usem recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides
mestres, layouts personalizados.
Com os dados obtidos na entrevista e registradas nos diversos tipos de texto (gráficos,
tabelas, slides), é a hora de mostrar o trabalho feito.
As apresentações podem ser feitas em sala de aula (se isso for possível) ou em um
espaço da escola, a fim de que a comunidade esteja presente, ou ainda, com todas as
possibilidades que o mundo digital pode proporcionar, também elas poderão acontecer por
meio das mídias digitais.
No momento das apresentações, prestem atenção no ritmo da fala, nas pausas, no
movimento do corpo e nas expressões faciais. Itens importantes para prender a atenção
dos espectadores.
46
Preparem um texto para apresentação desse trabalho (não deixem de seguir o que têm
aprendido no estudo da língua, sejam as normas gramaticais, seja a linguagem a ser
empregada, no caso, a linguagem formal, adequada a esse contexto).
Sugestão do conteúdo:
✓ Como surgiu a ideia de fazer o trabalho e seu objetivo.
✓ O percurso da elaboração (a formação dos grupos, a escolha das pessoas a serem
entrevistadas).
✓ O trabalho após as entrevistas.
✓ As descobertas encontradas, se houve algum momento impactante, o que chamou
atenção.
✓ A importância da conscientização de lutar contra o racismo e o preconceito.
A campanha de combate ao racismo pode ser lançada, utilizem peças publicitárias
feitas.
47
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – Representar, por que não?
Nesta Situação de Aprendizagem, você desenvolverá atividades de leitura, de escrita, de
oralidade voltadas a diferentes gêneros textuais, como contos, crônicas e textos dramáticos.
Veja, a seguir, algumas habilidades que iremos desenvolver.
entre outros,
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de
EF89LP34A EF89LP34B
Analisar a organização de text o s Identif icar em textos
dramáticos. dramáticos os sentidos
EF69LP52 decorrentes dos recursos
linguísticos e semiót ic os
Representar cenas ou que sustentam sua
textos dramáticos, realização.
considerando, na
EF69LP53 caracterização dos
personagens, os
Ler em voz alta textos literários
diversos, bem como leituras aspectos linguísticos
orais capituladas e paralinguísticos das
(compartilhadas ou não com o falas (timbre e tom de
professor) de livros, voz, pausas e
contar/recontar histórias tanto
da tradição oral, quanto da
hesitações,
tradição literária escrita, entonação e
expressando a compreensão e expressividade,
interpretação do texto por meio variedades e registros
de uma leitura ou fala EF89LP35
linguísticos), os
expressiva e fluente, gravan do
essa leitura ou esse gestos e os Criar contos ou crônicas,
conto/reconto, seja para anális e deslocamentos no minicontos, narrativas de
posterior. espaço cênico, o aventura e de f icção científ ica,
figurino e a entre outros, com temáticas
maquiagem e próprias ao gênero, us ando os
elaborando as conhecimentos sobre os
rubricas indicadas constituintes estruturais e
pelo autor por meio recursos expressivos típicos dos
gêneros narrativos pretendidos,
do cenário, da trilha
e, no caso de produção em
sonora e da
grupo, f erramentas de escrita
exploração dos colaborativa.
modos de
interpretação.
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
48
Atividade 1 – O texto dramático em cena
Texto dramático é escrito para ser representado. Há uma comunicação direta entre as
personagens (predomina o discurso na segunda pessoa, as personagens estão falando
com outra personagem, ou com o público). No teatro greco-romano, as cenas que não
eram levadas ao palco, eram contadas ao público por um coro. O texto dramático, uma
vez que é representado, requer outros recursos além do discurso direto: entoação de
voz dos atores, expressão corporal. Também, elementos que estão fora do ator como o
espaço cênico, a sonoplastia e a iluminação.
Provérbio em 1 ato
PERSONAGENS
NICOLAU, marido de
FABIANA, mãe de
OLAIA e
SABINO
ANSELMO, pai de
EDUARDO, irmão de
PAULINA
Dois meninos e um homem
ATO ÚNICO
Sala com uma porta no fundo, duas à direita e duas à esquerda; uma mesa com o que é
necessário para escrever-se, cadeiras etc.
CENA I
49
PAULINA e FABIANA. PAULINA junto à porta da esquerda e FABIANA no meio da sala
mostram-se enfurecidas.
PAULINA, batendo o pé – Hei de mandar!...
FABIANA, no mesmo – Não há de mandar!
PAULINA, no mesmo – Hei de e hei de mandar!...
FABIANA – Não há de e não há de mandar!...
PAULINA – Eu lhe mostrarei. (Sai.)
FABIANA – Ai, que estalo! Isto assim não vai longe....... Duas senhoras a mandarem em
uma casa.... é o inferno! Duas senhoras? A senhora aqui sou eu; esta casa é de meu
marido, e ela deve obedecer-me, porque é minha nora. Quer também dar ordens; isso
veremos...
PAULINA, aparecendo à porta – Hei de mandar e hei de mandar, tenho dito! (Sai.)
FABIANA, arrepelando-se de raiva - Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e
trouxe a mulher para a minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho
que quem casa quer casa... Já não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé.) Um
dia arrebento, e então veremos! (Tocam dentro rabeca.) Ai, que lá está o outro com a
maldita rabeca... É o que se vê: casa-se meu filho e traz a mulher para minha casa.... É uma
desavergonhada, que se não pode aturar. Casa-se minha filha, e vem seu marido da
mesma sorte morar comigo... É um preguiçoso, um indolente, que para nada serve. Depois
que ouviu no teatro tocar rabeca, deu-lhe a mania para aí, e leva todo o santo dia – vum,
vum, vim, vim! Já tenho a alma esfalfada. (Gritando para a direita:) Ó homem, não deixarás
essa maldita sanfona? Nada! (Chamando:) Olaia! (Gritando:)
Olaia!
CENA II
OLAIA e FABIANA
OLAIA, entrando pela direita - Minha mãe?
FABIANA – Não dirás a teu marido que deixe de atormentar-me os ouvidos com essa
infernal rabecada?
OLAIA – Deixar ele a rabeca? A mamãe bem sabe que é impossível!
FABIANA – Impossível? Muito bem!...
OLAIA – Apenas levantou-se hoje da cama, enfiou as calças e pegou na rabeca – nem
penteou os cabelos. Pôs uma folha de música diante de si, a que ele chama seu Trêmolo de
50
Bériot, e agora verás – zás, zás! (Fazendo o movimento com os braços.) Com os olhos
esbugalhados sobre a música, os cabelos arrepiados, o suor a correr em bagas pela testa e
o braço num vaivém que causa vertigens.
[...]
PENA, Martins. Quem casa, quer casa. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000146.pdf>.
Acesso em: 27 jun. 2020. p. 1, 2. (adaptado)
1) O texto dramático, antes de ser representado, é escrito. O autor deixa no texto marcas
que servem de orientação para o texto ser encenado. Indique os elementos que se
referem
a) ao espaço cênico: (sugestão) “PAULINA junto à porta da esquerda [...]”.
b) à expressão corporal dos atores: (sugestão) “PAULINA, batendo o pé – [...]”.
c) à entonação de voz dos atores: (sugestão) “[...] Gritando para a direita:[...]”.
51
2) O texto será representado, portanto será necessário considerar outros elementos:
a) Caracterização das personagens (figurino).
b) Aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre, entonação, pausas,
hesitações, tom de voz, expressividade, variedades e registro linguístico).
c) Os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino, a maquiagem.
d) Realizar as rubricas indicadas pelo autor do texto por meio do cenário, da trilha
sonora e da exploração dos modos de interpretação.
Um poema, uma crônica, um conto, uma fábula, uma lenda, histórias de folclore, um
romance são exemplos de textos literários. Você terá a liberdade de escolher um desses
gêneros textuais. Quando a escolha for feita, procure entender o motivo dela. O texto lhe
fez lembrar-se de algo? Foi o assunto tratado pelo autor? Foi a maneira de como ele
escreveu? Foi devido ao som das palavras? Do ritmo proporcionado por elas? Elas,
também, podem ter sido feitas por textos que romperam com suas expectativas, que
representaram um desafio em relação ao que você já leu. Separados os textos, compartilhe
a escolha com os colegas.
Em seguida, deve-se preparar (em grupo) a leitura deles em voz audível. Para
incrementar a leitura, o grupo deverá fazê-la de forma expressiva, com diversas entonações
(o que implica na compreensão do texto) e de forma fluente. No caso de um romance,
poderão escolher uma ou duas páginas.
Um conto, ou romance (as páginas escolhidas) por exemplo, poderão ser lidos por
duas ou mais pessoas, diferenciando as vozes das personagens e do narrador; já um
poema poderá ganhar contornos musicais. São inúmeras possibilidades.
Sugestões:
1- Textos com estrutura narrativa: façam um ensaio de leitura e, depois, transformem-
nos em podcasts.
2- Poemas: além do podcast, é possível musicá-los (pensem, por exemplo, na
organização de um grupo musical).
52
Atividade 4 – Produção de textos
Depois de mergulhar na leitura de textos literários, chegou a sua vez de criar: contos ou
crônicas, narrativas de aventuras ou de ficção científica.
É necessário considerar:
a) Os temas próprios ao gênero.
b) Os constituintes e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos.
c) A produção poderá ser feita em grupo, se não for possível presencialmente, você e seus
colegas podem combinar como será feita: por e-mail, Whatsapp, por gravação em áudio
ou por recursos que acharem pertinentes.
• Revista digital (para criar a revista, você poderá utilizar a ferramenta Scoop it.
<https://www.scoop.it/>. Acesso em: 26 mar. 2020).
• Blog.
• Podcast.
• Jornal da escola.
53
Referência Bibliográfica
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CUNHA, C. F. da. Gramática da Língua Portuguesa. 10. ed. Rio de Janeiro: FAE, 1984.
KOCH, Ingedore; ELIAS, V. M. Ler e Escrever estratégias de produção textual. São Paulo:
Contexto, 2009.
Sites Pesquisados
<https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-
humanos#:~:text=Agora%20portanto%20a%20Assembleia%20Geral,ensino%20e%20da%20e
duca%C3%A7%C3%A3o%2C%20por>. Acesso em: 15 jun. 2020.
<https://educamidia.org.br/>. Acesso em: 20 jul. 2020.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 26 jun. 2020.
<https://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/71-da-populacao-da-regiao-sul-
assume-que-ja-fez-algum-comentario-preconceituoso/>. Acesso em: 23 jun. 2020.
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000146.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2020.
<https://www.scoop.it/>. Acesso em: 26 mar. 2020.
54
Créditos
6º ano – Lucifrance Elias Carvalhar,
7º ano -: Marcia Aparecida Barbosa Corrales
8º ano – Mara Lucia David
9º ano – Katia Regina Pessoa.
55
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO PROFESSOR
LÍNGUA PORTUGUESA
VOLUME 4
Olá!
leitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.
o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o do jornalístico/midiático.
Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral -12 anos - 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas,
Lins, SP 1
SUMÁRIO
Situação de aprendizagem 1
Texto literário e suas possibilidades de análise
Situação de aprendizagem 2
Das impressões, dos contextos vividos ao surgimento de textos que organizam
condutas sociais
Situação de aprendizagem 3
Uma atitude solidária
Situação de aprendizagem 4
As políticas e sua importância social
Sites pesquisados
2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – Texto literário e suas possibilidades de
análise
Esta Situação de Aprendizagem (SA) tem como foco fazer com que o estudante
compreenda textos de gêneros variados, analise a forma composicional desses
gêneros, selecionando estratégias de leitura adequadas aos diferentes contextos de
circulação.
Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a desenvolver:
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
3
Atividade 1 – Ensaios de leitura literária
Literatura não é algo para ser estudado só no Ensino Médio. Ela faz parte da nossa
história!
4
literário e coabita com contextos sociais, históricos, políticos e culturais diversificados.
Há muito tempo, tem se falado em literatura infantil, infanto-juvenil, adulta. Será,
entretanto, que essa separação deve ser considerada ao pé da letra? Leia o texto a
seguir. Ele está ambientado entre os contos da literatura infantil.
1- Imagine-se fazendo a leitura desse conto em voz alta. Para isso, observe a
condição emocional da personagem, a situação física e o espaço em que ela
se encontra.
Estava extremamente frio. A neve caía. A noite chegara, a última noite do ano.
No frio e na escuridão, uma pobre menina, descalça, andava pelas ruas. Por que ela
estava descalça? Ao se desviar de duas carruagens que passavam em alta
velocidade, deixou seus chinelos caírem na rua, chinelos que, por sinal, eram bem
grandes, pois pertenciam a sua mãe. Quando foi recuperá-los, ela não conseguiu
pegar um deles, pois o outro fora apanhado por um garoto que fugiu em disparada,
dizendo que aquilo serviria bem como berço aos filhos quando, algum dia, ele os
tivesse.
A menininha passara a andar descalça. Em um avental velho, carregava vários
pacotes de fósforos e, em uma das mãos, tinha uma dessas caixinhas que oferecia
aos passantes. Ninguém comprou. Não conseguiu um centavo sequer.
Tremendo de frio e de fome, ia se arrastando. Pobre menina! Sua imagem era
desoladora. Os flocos de neve caíam sobre seus longos cabelos louros. Via as luzes
que vinham das janelas das casas. Sentia um cheiro maravilhoso de ganso assado.
Era véspera de Ano Novo.
Em um cantinho próximo à parede de uma casa, sentou-se em cima dos pés
para abrigá-los ao calor do corpo. Não se atreveu a ir para casa, pois não havia
vendido os fósforos e não queria levar bronca por isso. Além do mais, também fazia
frio em sua casa, a família só tinha um teto para proteção, mais nada.
Suas mãos estavam geladas. Precisava se aquecer. Tirou um dos palitos de
5
fósforo da caixinha e riscou-o na parede para acendê-lo. Surgiu uma chama quente e
brilhante, como de uma pequena vela. Abrigou a chama com a mão. Naquele
momento, parecia que estava sentada diante de um grande fogão de ferro, com pés
e maçanetas de bronze. Como estava quentinho e confortável ali! A jovem esticou os
pés para aquecê-los também, mas a pequena chama se apagou, o fogão
desapareceu, sobraram-lhe apenas os restos do fósforo queimado na mão.
Ela então acendeu outro. A luz do fogo batia na parede da casa, deixando-a
transparente como um véu fino, e ela podia ver através desse véu, uma sala com uma
mesa coberta com pano branco como a neve. Sobre a mesa havia um belo e suculento
ganso assado no vapor, recheado com maçãs e ameixas. De repente, como mágica,
a ave pulou do prato e cambaleou pelo chão com uma faca e um garfo espetados em
seu peito, em direção à menina. Naquele instante, porém, o fósforo se apagou e lá
estava a garota novamente diante da parede grossa e fria.
Riscou outro fósforo e a luz a transportou para debaixo de uma bela árvore de
Natal. Era a maior e mais bonita árvore que já vira. Milhares de velas acesas brilhavam
entre os galhos verdes. A menininha estendeu as duas mãos para tocá-la, mas o
fósforo apagou. As luzes de Natal foram subindo, subindo cada vez mais alto. Ela as
via agora como estrelas brilhantes no céu, até que uma delas caiu, formando um fino
risco reluzente de fogo.
"Agora alguém está morrendo", pensou a jovem.
Lembrou-se de sua falecida avó, a única pessoa a quem amava. Ela dizia que,
quando uma estrela cai, uma alma sobe até Deus.
A menina acendeu outro fósforo. Sob o brilho da chama, avistou sua velha avó.
"Vovó!" chorou a criança. "Leve-me com você! Eu sei que você desaparecerá
quando o fósforo apagar. Você desaparecerá como o fogão quente, o maravilhoso
ganso assado e a linda e grande árvore de Natal!".
Desejando manter a avó junto dela, foi acendendo mais um fósforo. Eles deram
chamas tão brilhantes que resplandeciam mais do que a luz do dia, deixando a avó
linda e grandiosa. Ela pegou a netinha em seus braços e as duas voaram muito, muito
alto. Lá em cima não havia frio, nem fome, nem medo – elas estavam com Deus.
No canto, encostada na parede, sentada, estava a menina com um sorriso nos
lábios e as bochechas rosadas. Estava imóvel.
A criança, rígida e fria, segurava alguns fósforos queimados.
"Ela queria se aquecer", disseram as pessoas que por ali passavam.
6
Ninguém poderia imaginar as coisas bonitas que a menina avistara e quão feliz
ela adentrara o Ano Novo com sua tão amada avó.
Tradução livre para a Língua Portuguesa e adaptação de The Little Match Girl, de Hans Christian
Andersen, f eitas pela autora desse material pedagógico. A versão em inglês está disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co _obra=6113
(acesso em: 19 jun. 2020).
Depois de lida a história, sugere-se retomar o questionamento feito no início da atividade, para
verificar se a opinião direcionada pode ser mudada:
“Há muito tempo, tem se falado em literatura infantil, infanto-juvenil, adulta. Será,
entretanto, que essa separação deve ser considerada ao pé da letra?” Por quê?
As hipóteses podem variar, mas o intuito é considerar flexível a escolha da leitura por
fruição.
2- Há uma maneira para analisarmos nossa leitura audível: uma gravação simples
de voz ou a montagem de um podcast. Essa gravação poderá ser feita
individualmente ou em grupo e o uso pedagógico do celular será bem-vindo.
Para isso, também será necessário organizar a leitura. Como?
- Escolhendo quem fará a leitura do conto (se for em grupo).
- Preparando o aparelho a ser utilizado para a gravação.
- Lendo o texto com atenção à pontuação, à troca de parágrafos, à entonação
da voz.
- Ouvindo o texto gravado.
- Regravando, se for preciso, pois é importante que a leitura fique clara e
fluente.
7
Atividade 2 – Ensaios de compreensão e interpretação de um texto
8
Antes de morrer, teve devaneios que a
conduziram para uma realidade
imaginada, demonstrando que sua
morte, embora trágica, foi feliz.
Palavras-chave Expressões-chave
Pobreza Trabalho infantil
Infância Falta de proteção familiar
Sofrimento Descaso social
Desamparo Poder público
Fome Abandono infantil
Sonho Pessoas invisíveis
Frio Falta de oportunidades
9
Conceito elaborado por Katia Regina Pessoa (especialmente para esse material)
* Sugestões de respostas
A produção desse texto pode ser utilizada como avaliação da escrita dos estudantes.
Se optar por essa técnica, sugere-se utilizar dois critérios para a montagem da grade
de correção:
1- Linguístico-gramatical.
10
2- Semântico.
Esse trabalho (para entrega ou não) poderá ser feito individualmente ou em dupla.
Se o professor considerar pertinente, é possível pedir uma das escritas aos
estudantes, transcrevê-la na lousa e propor uma revisão coletiva: em primeiro lugar,
pode-se verificar se a ortografia está apropriada; em segundo, se há repetições de
palavras; em terceiro, se há necessidade de adequação entre os parágrafos
(principalmente com relação ao último, que estimula a opinião a respeito de um
aspecto social).
É possível efetuar essa revisão coletiva por meio de projeção; para isso, sugere-se
que os estudantes digitem seus textos. Outra possibilidade de revisão para textos
digitados é o compartilhamento dos trabalhos com o professor (via recursos
computacionais: e-mail, mídias sociais, por exemplo), que pode devolvê-los com
marcas simples de revisão, como a utilização do balão de “Novo Comentário”
(ferramenta “Revisão” do Word), entre outras técnicas.
6- Releia a síntese que você acabou de escrever. Para isso, considere as questões
abaixo:
- Os parágrafos mantêm uma sequência de ideias?
- A pontuação está adequada?
- Há repetição de palavras?
- A letra está legível?
Fique atento! Para verificar se é preciso fazer adequação em textos que você
produz, leia-os em voz alta, marque o que pode ser alterado para posterior ajuste.
Outra dica: peça que um colega faça a leitura do texto e pergunte a ele se há
necessidade de fazer adequações e o que ele sugere para o aprimoramento do
que está escrito.
11
Atividade 3 – Pistas textuais
Estava extremamente frio. A neve caía. A noite chegara, a última noite do ano. No frio
e na escuridão, uma pobre menina, descalça, andava pelas ruas. Por que a menina
estava descalça? [A menina] Ao se desviar de duas carruagens que passavam em
alta velocidade, [a menina] deixou seus chinelos caírem na rua, chinelos que por sinal
eram bem grandes, pois pertenciam à mãe da menina. Quando [a menina] foi
recuperá-los, a menina não conseguiu pegar um deles, pois o outro fora apanhado
por um garoto [...].
3- Agora, reflita!
Esse bloco tem a finalidade de fazer com que o estudante reflita a respeito de algumas
escolhas feitas, para que a escrita se efetive de forma harmônica. Cada item proposto
a seguir visa à resposta “sim” ou “não”. Os motivos podem ser explorados por meio
de estímulos de conversa, por isso, nesse momento, a intervenção do professor é
importante.
“Estava extremamente frio. A neve caía. A noite chegara, a última noite do ano. No
frio e na escuridão, uma pobre menina, descalça, andava pelas ruas. Por que ela
estava descalça? Ao se desviar de duas carruagens que passavam em alta
velocidade, deixou seus chinelos caírem na rua, chinelos que por sinal eram bem
grandes, pois pertenciam a sua mãe. Quando foi recuperá-los, ela não conseguiu
pegar um deles, pois o outro fora apanhado por um garoto [...]”.
e) O autor não repetiu a palavra “menina”. Ele, entretanto, poderia ter excluído
também o pronome “ela”, presente duas vezes no trecho acima? O sentido
seria prejudicado? Por quê?
1- “Em um cantinho próximo à parede de uma casa, sentou-se em cima dos pés
para abrigá-los ao calor do corpo”.
Esse trecho mostra o início da procura por descanso da menina. Sendo assim,
a) “um cantinho próximo à parede de uma casa” pode ser símbolo de segurança
momentânea?
b) “sentou-se em cima dos pés para abrigá-los ao calor do corpo” pode indicar o
13
início da procura por aconchego para se livrar do frio?
Espera-se que o estudante responda “sim” para as questões dos itens “a” e “b”.
Sugere-se fazer a conexão entre as questões 1 e 2.
2- Esse fragmento também leva a cenas que conduzem a menina para situações
imaginadas e que a confortam. Preencha o quadro com trechos do texto.
14
suprimidos.
Obra e autor
Hans Christian Andersen é um escritor dinamarquês do século XIX, de infância
pobre. Ainda criança, perdeu seu pai e começou a trabalhar muito cedo. Suas obras
envolvem diferenças de classe, precariedade da vida, injustiças sociais. Embora
essas marcas sejam evidenciadas na maioria de suas produções, há também a
tentativa de neutralizá-las por meio da defesa dos direitos igualitários, valorização da
autoestima das pessoas, incentivo à solidariedade e paciência com as provações da
vida.
Nota explicativa elaborada por Katia Pessoa (especialmente para esse material)
2- Certamente você conhece algumas obras desse escritor. Cite alguns títulos. Se
15
você não se lembra, coloque a tag ou a palavra-chave “Andersen” em site de
pesquisa e verá que seus escritos fazem e fizeram parte da vida de muitas
crianças.
Resposta pessoal.
Após pesquisa ou levantamento de experiências, sugere-se desenvolver essa
atividade oralmente com os estudantes.
Para redigir uma resposta completa, sugere-se retomar parte da pergunta e uni-la aos
exemplos e/ou argumentos.
Revise sua resposta para verificar se ela está coerente. Se preferir, peça a um colega
ler o que você escreveu.
A menina, no conto que acabamos de ler, sentia fome, passava frio no inverno
europeu e vendia caixas de fósforos. Percebemos também que ela precisava vendê-
los para ajudar a família. Essa história foi escrita no século XIX.
16
Fotos: Mary Jacomine (arquivo pessoal)
17
malabares, entre outras ações. Essa realidade é encontrada em várias cidades.
4- Sem perder de vista as respostas que você deu às questões anteriores, leia o
fragmento da Constituição Federal, datada de 1988, transcrito a seguir, e grife os
trechos que falam a respeito dos direitos das crianças e adolescentes.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Vide Emenda
Constitucional nº
91, de 2016
Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão
Vide Emenda
Constitucional nº
106, de 2020
18
Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º
ÍNDICE TEMÁTICO
Texto compilado
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade,
a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade f raterna, pluralista e sem preconceitos, f undada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágraf o único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
[...]
CAPÍTULO VII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
[...]
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
19
§ 1º - O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente,
admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo os seguintes preceitos:
6- Defina:
20
a) “Emenda Constitucional” – modificação feita ao texto da Constituição Federal.
Isso faz com que a Constituição seja alterada em partes, a fim de proporcionar
atualização ao texto de acordo com o contexto social.
De acordo com a página do Senado Federal, disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/emenda-
constitucional (acesso em: 31 jul. 2010), uma “Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) pode ser apresentada pelo presidente da República, por
um terço dos deputados federais ou dos senadores ou por mais da metade das
assembleias legislativas, desde que cada uma delas se manifeste pela maioria
relativa de seus componentes. Não podem ser apresentadas PECs para
suprimir as chamadas cláusulas pétreas da Constituição (forma federativa de
Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos poderes e
direitos e garantias individuais). A PEC é discutida e votada em dois turnos, em
cada Casa do Congresso, e será aprovada se obtiver, na Câmara e no Senado,
três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49)”. Fonte:
Agência Senado
21
“navegação” por outras páginas afins, em busca de informações complementares,
oferecendo ao leitor uma gama de hipertextos.
O texto impresso*, por sua vez, não dispõe de recursos que se resolvem com um “Ctrl
+ clique para seguir o link”, como no ambiente virtual; ele se determina, por exemplo,
a partir de um formato “linear” de leitura: “uma página por vez”, “um parágrafo por vez”.
*Os recursos complementares para um texto impresso podem ser apresentados por
meio de referências a outros autores, indicações bibliográficas e transcrição de links.
Pode-se dizer que os textos impressos de hoje ganharam uma nova interação: a
inserção de QRCodes.
22
São links que conduzem o leitor à redação de 2010, que serviu como base para a
atualização do texto, com a criação de uma Emenda Constitucional.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
[...]
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
Para a sequenciação dos artigos, por que não foram utilizados somente numerais
ordinais?
Entre o primeiro e o nono artigo, temos os numerais ordinais (1°, 2°, 3°, 4° etc.); do
23
décimo em diante, utilizamos o numeral cardinal (10, 11, 12, 13, 14 etc.). Essa
descrição será retomada na SA2.
10- As leis, como observado, podem sofrer modificações. Em sua opinião, por que
isso ocorre?
Espera-se que o estudante conclua que há necessidade de adequação do texto de
lei, a fim de que haja integração com contextos sociais contemporâneos.
24
Situação de Aprendizagem 2 – Das impressões, dos contextos vividos ao
surgimento de textos que organizam condutas sociais
Esta Situação de Aprendizagem (SA) tem como foco fazer com que o estudante
compreenda textos de gêneros variados, analise a forma composicional desses
gêneros, selecionando estratégias de leitura adequadas aos diferentes contextos de
circulação.
Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a desenvolver:
25
Atividade 1 – Experimentando conceitos
1- Observe a figura a seguir e escreva uma legenda explicativa no quadro abaixo dela.
Não deixe de observar a palavra central.
Essa resposta pode ser construída coletivamente. Espera-se que a turma considere
que, para haver harmonia, palavra central, é necessária a existência de leis, normas,
regras e diretrizes, como elementos organizacionais de uma sociedade.
2- Agora, leia as definições a seguir e diga se elas são necessárias para a sociedade
como um todo.
26
Leis - apontam direitos e deveres
previstos, sem distinção de classe social,
raça ou crença
Curiosidade!
Em meados do ano 1700 a.C, o rei da Babilônia, Hamurabi, estabeleceu uma série de
definições para organizar o comportamento das pessoas que habitavam seu reino. Foi
daí que surgiu o Código de Hamurabi, conhecido como o mais antigo código de leis.
27
Texto elaborado por Katia Pessoa (especialmente para esse material)
Quadro I
Quadro II
5- De acordo com o que foi exposto nos quadros, é possível dizer que direitos e
deveres precisam ser
a) conhecidos por todos os cidadãos.
b) revistos a cada eleição democrática.
c) julgados conforme a situação política.
d) diferenciados entre homens e mulheres.
Para responder à questão, é importante que o estudante perceba que, nos dois
quadros, a expressão “todo indivíduo” está presente e corresponde a
“cidadãos”. Direitos e deveres devem ser conhecidos, preservados e
respeitados por todos, pois eles determinam a vida em sociedade.
6- Sua resposta à questão anterior tem relação com o quadro a seguir? Veja.
28
Deveres Direitos
Votar para escolher representantes Livre manifestação do pensamento.
políticos. Liberdade de escolha (dentro dos
Cumprir as leis. limites da lei).
Colaborar com as autoridades. Igualdade entre homens e mulheres
Respeitar os direitos sociais de outras (quanto aos direitos e obrigações).
pessoas Seguir a lei
Educar nossos semelhantes Acesso à saúde, educação, moradia,
Proteger nossos semelhantes trabalho, previdência social.
Proteção à maternidade e à infância.
Assistência social, segurança, lazer,
vestuário, alimentação e transporte.
Para detectar quais são os direitos que são violados e deveres não cumpridos,
precisamos conhecer os textos legais que direcionam nossa sociedade. O ECA, o
Código de Defesa do Consumidor, o Código Nacional de Trânsito são alguns
exemplos desses textos legais. Onde encontrá-los? Veja:
ECA - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069Compilado.htm (acesso em:
10 ago. 2020).
Código de Defesa do Consumidor - https://www.procon.sp.gov.br/wp-
content/uploads/files/CDCcompleto.pdf (acesso em: 10 ago. 2020).
Código Nacional de Trânsito -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm
(acesso em: 10 ago. 2020).
Texto I
29
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
[...]
[...]
Texto II
Art. 2º Considera-se criança, para os ef eitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágraf o único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
30
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância
e à juventude.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os f ins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da
criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Título II
Capítulo I
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a ef etivação
de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência.
[...]
Capítulo II
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;
II - opinião e expressão;
31
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos
valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
[...]
Se você respondeu “não” para a primeira questão e disse que o símbolo “§” é chamado
de parágrafo, acertou.
Entre o primeiro e o nono artigo, temos os numerais ordinais (1°, 2°, 3°, 4° etc.); do
décimo em diante, utilizamos o numeral cardinal (10, 11, 12, 13, 14 etc.).
Ler um texto de lei envolve também conhecer as partes que o organizam. Ele
apresenta, em geral, títulos, capítulos e sessões. Os verbos aparecem no Modo
Indicativo.
2- Por falar em verbos no Modo Indicativo, sua tarefa de agora será a de identificá-los
no trecho da Constituição transcrito a seguir. Veja!
Título II
Dos Direitos Fundamentais
32
Capítulo II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos
civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
3- Com base nos Textos I e II, complete os trechos abaixo. Você poderá utilizar
paráfrases.
Paráfrase: texto desenvolvido com base em outro e sem alteração das ideias
originais.
Conceito elaborado por Katia Regina Pessoa (especialmente para esse material)
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______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
34
- escolher um colega para fazer o registro do que for discutido (esse registro
poderá ser gravado ou escrito em tópicos).
- de posse do registro, verificar as opiniões e colocá-las em um texto coletivo.
Isso pode ser feito na lousa ou por meio de recursos digitais (que a turma
poderá escolher).
Observação: é importante que o texto coletivo tenha uma sequência que
amarre as ideias e uma conclusão, observando as opiniões majoritariamente
comuns.
Sugestão de início:
A turma do 9º ano _____, após debate intitulado Crianças em situação de
rua: direitos feridos?, realizado em _____/___/____, traz as seguintes
considerações:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
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Situação de Aprendizagem 3- Uma atitude solidária
Esta Situação de Aprendizagem (SA) tem como foco fazer com que o estudante
compreenda textos de gêneros variados, selecionando estratégias de leitura
adequadas aos diferentes contextos de circulação.
Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a desenvolver:
Práticas de Linguagem
▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
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Atividade 1 – Levantamento de experiências
2- Dos quatro trechos acima, qual deles não segue a mesma linha social das demais?
Por quê?
A letra “C” fala da necessidade da formação de um Grêmio Estudantil a pedido da
comunidade escolar. As demais, estão direcionadas à conduta social comunitária.
4- Esses trechos exemplificam como podemos nos mobilizar para atuarmos, de forma
cidadã, no meio em que vivemos. Cite outros exemplos de ações colaborativas que
podemos utilizar em nossos espaços de convivência (sala de aula, quadra da escola,
condução pública, em casa etc.).
Respostas variadas.
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Essa atividade pode ser desenvolvida oralmente por meio de levantamento de
conclusões referentes do assunto discutido na Atividade 2.
1- Que tipo de campanha solidária pode ser feita em sua escola ou em sua
comunidade? Para verificar qual é a principal necessidade, você e seu grupo farão
uma pesquisa e criarão uma campanha de arrecadação ou de conscientização,
envolvendo a necessidade apontada.
Etapa 1
Como fazer a pesquisa?
Ela pode ser feita por meio de:
- determinação do público que será entrevistado.
- quantidade de pessoas.
- entrevista pessoal.
- enquete eletrônica, com o auxílio de ferramentas digitais.
- enquete por telefone.
Etapa 2
Como expor os resultados da pesquisa?
- construir painel que mostre o ranking de respostas, quantificando-as logo à
frente dos temas ou montando gráficos, entre outras possibilidades.
Etapa 3
Como elaborar a campanha?
De posse do resultado da pesquisa, indique:
- o tema.
- o tipo de campanha: arrecadação de produtos, conscientização, entre outras
possibilidades.
- as regras de convivência a serem cumpridas para a execução do trabalho.
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- a criação de um cartaz de divulgação que possua também imagens.
Etapa 4
Como divulgar?
Após a criação do cartaz de divulgação, escolher o meio em que a informação
circulará. Entre outras possibilidades, sugerimos:
- o mural da escola (em um local que possa ser visto pela comunidade).
- estabelecimentos comerciais do entorno (para isso, peça autorização do
proprietário do estabelecimento).
- redes sociais.
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a) Podemos dizer que o rapaz está trabalhando. Que tipo de trabalho é esse?
Trabalho informal.
d) Agora, você vai dar formato a uma fotolegenda. Para isso, volte à foto do
malabarista e preencha o quadro abaixo dela, criando um texto explicativo para
a cena.
Essa atividade poderá ser feita em duplas ou em trios e as adequações textuais
podem ser efetuadas coletivamente ou com intervenções pontuais (grupo a
grupo).
40
e) Podemos afirmar que a foto do malabarista retrata um problema social? Por
quê? (Essa resposta pode ser construída coletivamente, após discussão a
respeito, mediada pelo professor).
f) Tendo em vista o “trabalho informal”, essa cena pode originar polêmicas? Se
sim, quais?
As situações polêmicas, entre outras, podem ser:
• Trabalho informal.
• Desagrado dos motoristas com a situação.
• O malabarista pode ficar mal acostumado com as doações.
• Não dá para confiar, eles são marginais.
b) Resgate
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Foto: Maria Paula Machado
c) Abandono
Dica:
Caso você tenha fotos de sua autoria, que retratem flagrantes urbanos, comece a
montar um mural. Sua produção poderá ser postada em páginas das redes sociais.
42
Para posicionar as pessoas a respeito da mensagem que você pretende transmitir,
crie legendas explicativas. Dê títulos para as páginas ou álbuns criados. Lembre-se:
toda postagem deve ser consciente e respeitosa. Se for ofender alguém,
não poste!
Cuidado!
A divulgação de rostos de pessoas, por exemplo, precisa ser autorizada pelos
retratados, pois eles podem não gostar da exposição. Caso a foto comprometa
alguém, não a utilize, pois a Constituição Federal garante o direito ao resguardo da
imagem. O artigo 5º, inciso X da Constituição, diz que "são invioláveis a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Com esse direito não se
brinca! Como cidadãos, temos o dever de respeitar esse direito constituído!
4- Agora, volte ao exercício 2 e escolha um dos temas que você considerou mais
polêmico. Redija para ele:
a) Um argumento que sustente um ponto de vista a favor do tema.
b) Um argumento que sustente um ponto de vista contrário ao tema.
c) Uma proposta de intervenção para resolver o problema sem ferir os diretos
sociais.
6- Teste sua proposta. Peça para algumas pessoas opinarem a respeito. Pergunte
a elas se sua proposta tem força e é passível de execução. Se for necessário,
faça ajustes para melhorar a ideia.
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Situação de Aprendizagem 4 – As políticas e sua importância social
Esta Situação de Aprendizagem (SA) tem como foco fazer com que o estudante
compreenda textos de gêneros variados, selecionando estratégias de leitura
adequadas aos diferentes contextos de circulação.
Veja, a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a desenvolver:
EF69LP41 – Usar
EF89LP27B – Tecer considerações EF69LP26B - Retomar, no momento adequadamente
relacionadas às problematizações. ou posteriormente, assuntos tratados
f erramentas de apoio a
em discussões, debates, palestras, apresentações orais,
apresentação de propostas e
EF69LP56 - Fazer uso consciente e escolhendo e usando tipos
reuniões com base em anotações e tamanhos de f ontes que
ref lexivo da norma-padrão em pessoais desses próprios eventos.
situações de fala e escrita em textos permitam boa visualização,
de dif erentes gêneros, levando em topicalizando e/ou
consideração o contexto, situação de organizando o conteúdo em
produção EF89LP19B - Analisar a itens, inserindo de f orma
proposição, discussão e adequada imagens,
aprovação de propostas gráf icos, tabelas, f ormas e
EF89LP18B - Buscar soluções para elementos gráficos,
problemas ou questões que políticas ou de soluções para dimensionando a
envolvam acontecimentos problemas de interesse quantidade de texto (e
vivenciados na escola e na público. imagem) por slide, usando
comunidade. progressivamente e de
f orma harmônica recursos
EF89LP27A – Formular mais sof isticados como
EF89LP20A - Comparar propostas problematizações pertinentes, em ef eitos de transição, slides
políticas e de solução de problemas. momentos oportunos (situações de mestres, layouts
aulas, apresentação oral, seminário, personalizados etc.
debates, entre outros).
EF89LP20E - Identificar EF89LP20B - Identif icar por
coincidências, EF89LP20G - Posicionar-se
criticamente sobre os dados e que (motivações,
complementaridades e justif icativas), para que
contradições ref erentes aos inf ormações usados em
f undamentação de propostas (objetivos, benef ícios e
dados e inf ormações usados
políticas e de solução de problemas. consequências esperados),
em f undamentação de como (ações e passos),
propostas. quando as propostas políticas
serão necessárias e
EF89LP20F - Compreender a implementadas.
maneira como os dados e
Práticas de Linguagem inf ormações usados em
f undamentação de propostas
▪ Leitura se comportar em contexto
▪ Oralidade social.
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica
44
Atividade 1 – Levantamento de reflexões
1- A seguir, você vivenciará algumas situações que podem ocorrer na escola. Leia-
as atentamente e complete as simulações de diálogo. Lembre-se de que as
respostas precisam ter uma redação completa e, se necessário, acompanhadas
de argumentos bem estruturados. Para isso, conte com a ajuda de pesquisa,
conversas com professores, gestores, entre outras possibilidades.
SITUAÇÃO 1
Diretor da escola:
SITUAÇÃO II
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Aluno: - Como faço para participar do Grêmio?
Para saber mais a respeito, leia o texto “Estudantes que participam das agremiações
desenvolvem o espírito de liderança e trabalho em grupo”, por meio do link
https://www.educacao.sp.gov.br/noticias/entenda-o-papel-dos-gremios-estudantis-
nas-escolas-da-rede-e-tire-todas-suas-duvidas/ (Acesso em: 14 jul. 2020)
SITUAÇÃO III
Representante de turma:
46
As Situações I e III sugerem essa possibilidade.
3- Qual(quais) permite(m) respostas somente para tirar dúvidas ou matar a
curiosidade do interlocutor?
A Situação II permite essa inferência.
4- Qual(quais) traz(em) informações que abrem precedentes para a construção
de um projeto, uma proposta de trabalho?
A Situação III abre esse precedente, pois a pergunta do Diretor pois a pergunta
do Diretor (“Vocês já organizaram a proposta?”) requer uma resposta sobre o
assunto que pode ser afirmativa (eles já elaboraram a proposta) ou negativa.
Nesse último caso, os alunos devem inferir que precisam construir um projeto
para apresentar a ele.
A seguir, você conhecerá alguns exemplos de boas práticas que envolvem a escola e
seu entorno.
47
ações efetivas.
2- “As aulas Eletivas também dão frutos sociais. Em Presidente Prudente, os alunos
da EE Profª Mirella Pesce Desidere, com a ajuda dos professores e da gestão, tiveram
a iniciativa de criar uma campanha de confecção de máscaras de tecido e arrecadação
de alimentos intitulada “Máscaras Solidárias”. Essa campanha consiste na
concessão de uma cesta de alimentos direcionada às famílias de alunos da unidade
em situação de insegurança alimentar e nutricional. Os autores das doações
receberam, em um gesto de agradecimento, máscaras de proteção contra o
Coronavírus".
(Texto cedido pela escola)
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Por meio do “Cosplay solidário”, a boa ação foi possível graças à iniciativa
dos estudantes, com o apoio de seus responsáveis e da comunidade escolar.
Os alimentos arrecadados foram distribuídos às famílias carentes que vivem
próximas à Unidade Escolar.
Para conhecer o texto do projeto e algumas das fantasias exibidas pelos estudantes
e professores da escola, visite o link disponível em: https://tinyurl.com/y33kqxyr .
(acesso em: 17 jul. 2020).
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Vídeo dos jovens em atuação plenária: Disponível em: https://tinyurl.com/y2fa2r5j
(acesso em: 21 jul. 2020)
5- Esse espaço é para ser preenchido com uma prática social que poderá ser ou já foi
desenvolvida por sua escola. Lembre-se: é muito importante seu envolvimento em
atividades sociais.
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b- Proposta - liga-se à ação de propor, de oferecer algo, pretendendo atingir um
objetivo ou uma finalidade.
Proposta política -
Saiba!
Essas definições podem variar de acordo com os estudiosos do assunto. Para nós,
por enquanto, as descritas acima bastam. É a partir delas que iniciaremos um
exercício de produção textual: a criação de um projeto político-social. O tema deverá
estar relacionado a algo que você e seu grupo querem ver inserido ou modificado em
sua escola ou na comunidade: campanha do agasalho, arrecadação de alimentos e/ou
produtos não perecíveis, colaboração com limpeza do ambiente escolar, criação de
uma horta comunitária, criação de um ambiente de leitura ao ar livre, organização de
grupos de monitoria de estudos, criação do Grêmio Estudantil, entre outras atividades.
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IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título: __________________________________________________________
Grupo responsável: _______________________________________________
JUSTIFICATIVA
O que será desenvolvido? Qual é a importância do desenvolvimento do projeto?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
OBJETIVOS
Descrição das finalidades do projeto. Iniciar as descrições sempre com um verbo no
infinitivo (criar, desenvolver, proporcionar etc.).
PÚBLICO-ALVO
Quem são as pessoas (ou grupo) a serem beneficiadas.
METODOLOGIA
Descrição das ações que envolverão as atividades a serem desenvolvidas, a fim de
atingir os objetivos pretendidos.
IMPACTO
Resultados esperados
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PARCERIAS
Apoiadores do projeto
Observação:
Antes de preencher o quadro, o grupo deverá
- escolher quem completará o formulário acima, fazendo uso da norma-padrão da
Língua Portuguesa.
- discutir os principais pontos a serem trabalhados no projeto.
- tomar notas das principais ideias,
- elaborar um rascunho (a leitura do rascunho é importante para que o grupo possa
analisar se a proposta está condizente com o pensamento de todos e se é passível
de desenvolvimento),
- passar o texto a limpo no formulário do projeto.
Observação:
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É necessário respeitar o outro durante as apresentações. Se houver contra-
argumentos, eles deverão ser ouvidos e discutidos sem ofensas.
O professor poderá ser o mediador do debate de ideias.
Observações:
1- Uma vez escolhido o projeto de maior impacto para a comunidade escolar, ele
poderá ser colocado em prática. Sua classe e o professor responsável pela dinâmica
dessa atividade poderão dar vida ao trabalho, mobilizando a ideia para todos da
escola.
Caso isso aconteça, não se esqueça de fazer os registros do processo e dos
resultados. Tome como exemplo, as ações evidenciadas na Atividade 2 – Painel de
ideias: práticas sociais.
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Sites pesquisados e repositórios criados
Grêmio Estudantil (EE Reinaldo Ribeiro da Silva). Disponível em: https://bityli.com/lYyTQ. Acesso em:
21 set. 2020.
Projeto Parlamento Jovem Municipal (Diretoria de Ensino Região Itapetininga). Disponível em:
https://tinyurl.com/y28fd343. Acesso em: 21 set. 2020.
Vídeo dos jovens em atuação plenária (Diretoria de Ensino Região Itapetininga): Disponível em:
https://tinyurl.com/y2fa2r5j. Acesso em: 21 jul. 2020)
Fotos para inspirar ações (Diretoria de Ensino Região Itapetininga). Disponível em:
https://tinyurl.com/y2ta2dqu. Acesso em: 24 jul.2020.
Créditos
55
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO PROFESSOR
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
VOLUME 4