1) A requerente moveu ação contra o réu por inscrição indevida em cadastro de inadimplentes.
2) A requerente apresentou provas documentais da quitação da dívida, mas o réu não apresentou nenhuma prova para contestar.
3) A requerente pede tutela de evidência para exclusão imediata de seu nome dos cadastros, alegando abuso de defesa e propósito protelatório do réu.
1) A requerente moveu ação contra o réu por inscrição indevida em cadastro de inadimplentes.
2) A requerente apresentou provas documentais da quitação da dívida, mas o réu não apresentou nenhuma prova para contestar.
3) A requerente pede tutela de evidência para exclusão imediata de seu nome dos cadastros, alegando abuso de defesa e propósito protelatório do réu.
1) A requerente moveu ação contra o réu por inscrição indevida em cadastro de inadimplentes.
2) A requerente apresentou provas documentais da quitação da dívida, mas o réu não apresentou nenhuma prova para contestar.
3) A requerente pede tutela de evidência para exclusão imediata de seu nome dos cadastros, alegando abuso de defesa e propósito protelatório do réu.
AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL, SC
Processo Nº XXX
MARIA NERVOSONA, nos autos da ação declaratória,
constitutiva negativa e condenatória que move em face de JOÃO FANFARRÃO, por meio de seu procurador vem, com fundamento no artigo 311, I e IV, do CPC, pleitear a presente TUTELA DE EVIDÊNCIA consubstanciada nos seguintes fatos e fundamentos que passa a expor:
BREVE SÍNTESE FÁTICA
1. A requerente propôs a presente ação em razão de uma
inscrição indevida na SERASA que foi realizada pelo requerido, instruindo a inicial com provas documentais suficientes dos fatos constitutivos do seu direito, conforme documentação carreadas aos autos, nas fls. 13 a 126. Pleiteou a tutela antecipada para sua exclusão liminar da SERASA, porém esse Juízo entendeu que não havia periculum in mora, eis que o nome da autora estava negativado há meses, sem que tenha ajuizado a ação tão logo percebeu o ilícito.
2. Assim, V.Exa. determinou a oitiva do réu para, somente depois,
analisar o pedido.
3. Ocorre Excelência, que o requerido, apesar de devidamente
citado e intimado (fls. 43/44), veio aos autos sem apresentar nenhum documento ou prova que pudesse ensejar ou gerar dúvidas razoáveis quanto ao pleito da requerente, conforme denota-se da leitura das fls. 45/46). 4. Portanto, a defesa do réu é meramente procrastinatória, pois os documentos anexados com a exordial provam a quitação da dívida que a autora possuía com o réu (depósitos bancários de todas as parcelas ajustadas no empréstimo), bem como uma gravação de uma conversa na qual o requerido confessa que não sabe explicar a origem da suposta dívida, e que pode ser que por sua desorganização tenha esquecido de rasgar uma das notas promissórias que utilizou pra negativação da autora. Na contestação alega uma coisa (que irá provar por testemunhas a dívida), mas na gravação anexada, o réu não sabe explicar de onde é o débito.
5. Por isso, mesmo que V.Exa. entenda que não há urgência, há
nítida possibilidade de deferir a exclusão dos cadastros de inadimplentes, agora por meio de tutela da evidência.
REQUISITOS DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
6. Conforme dito, o requerido nada juntou em sua contestação,
além de aduzir que sua prova é oral, demonstrando o abuso do direito de defesa e o propósito de protelar o feito, não cumprindo os princípios relatados no código, entre eles, a boa-fé. Até porque o réu sabe que a prova oral vai ser realizada próximo do final da lide, sem falar que deve convidar seus amigos para inventar alguma história falsa.
7. Resta cristalino que a conduta do réu violou o art. 77, I a III,
do CPC, agindo de má-fé e violando a duração razoável do processo.
8. E justamente para punir a parte que atua dessa maneira,
existem dois incisos do art. 311 do CPC, que assim rezam:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente
da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
(...)
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente
dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
9. Dentro do quadro apresentado, a tutela de evidência se
monstra plenamente cabível, vez que preenchidos os dois casos previstos no artigo acima, sem que seja necessário demonstrar a urgência.
PLEITO DERRADEIRO
10. Diante do exposto, requer seja concedida a tutela de evidência
neste momento do processo, para que seja determinado que o réu exclua a inscrição do nome da autora dos cadastros de inadimplentes, em especial da SERASA, até o final julgamento dessa lide, bem como evite de efetuar outras negativações até a prolação da sentença, tudo isso sob pena de multa diária.