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70 MENSAGENS

1-O VALE DA DECISÃO-3


2- PARÁBOLAS DA NOITE-7
3- JESUS UM ABRIGO SEGURO-9
4-NENHUMA VIDA SE PERDERÁ-11
5- O FILHO DO HOMEM-14
6- JESUS GLORIFICADO – O HOMEM-18
7- A MENTE-21
8-A CURA DE EZEQUIAS-26
9- ENTRA, BENDITO DO SENHOR-26
10- A CANDEIA-29
11- A GRANDE OBRA-31
12- A OBRA NO BRASIL-38
13- A TERCEIRA HORA-42
14- ALEGRAI-VOS COMIGO-48
15-“AQUI MORRO DE FOME; NINGUÉM ME DÁ NADA.”-50
16- AS CIDADES FORTES DE JUDÁ-52
17- BÍBLIA - PALAVRA DA VIDA-56
18- DÁ-ME AS MONTANHAS-61
19- DEIXAI AS CIDADES E HABITAI NO ROCHEDO-63
20- DIGA AO POVO QUE MARCHE-65
21- A DRACMA PERDIDA-69
22- ESTEJAM CINGIDOS OS VOSSOS LOMBOS-73
23- UMA PALAVRA REVELADA-76
24-“O FILHO PRÓDIGO”-80
25- HOMEM E A ETERNIDADE-83
26- O GRANDE DIA DO SENHOR-84
27- POR QUE BUSCAIS O VIVENTE ENTRE OS MORTOS?-86
28- A QUARTA TROMBETA-88
29-“QUEM TEM SEDE VENHA A MIM E BEBA”-92
30-A GRANDE SALVAÇÃO -94
31-CONVITE E REJEIÇÃO-96
32-ONDE ESTÁ O CORDEIRO-100
33-DÉBORA-103
34-DESCE DA TUA GLÓRIA-106
35-DESTE O TEU BOM ESPÍRITO-107
36-EIS QUE ESTOU A PORTA E BATO-109
37- EIS QUE FAÇO NOVAS TODAS AS COISAS-112
38-A OBRA-114
39-ESTER-116
40- VIGILANCIA –NASCIMENTO DE JESUS-119
41-“E CANTAVAM PARA FAZEREM OUVIR UMA SÓ VOZ”-121
42-OLHA PARA NÓS-124

1
43- PORQUE O REI É NOSSO PARENTE-127
44-LÓ-FUGINDO PARA VIDA-129
45- ABRÃO- SAI DA TUA TERRA…-131
46-E EM TODOS ELES HAVIA ABUNDANTE GRAÇA-132
47-GRATIDÃO – UMA BOA OBRA-135
48- GUARDA TU A FORTALEZA-138
49- NA IRA LEMBRA DA MISERICORDIA-140
50- INSTRUI O MENINO NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR-144
51-DECLARA-ME QUAL É O TEU SALÁRIO-147
52- VÓS QUE ESCAPASTES DA ESPADA-149
53- O CARPINTEIRO-150
54-O QUE TENS PREPARADO, PRÁ QUEM SERÁ?-151
55- LUZ E TREVAS - SINAIS DO AMANHECER-152
56-VINHO NOVO EM ODRES NOVOS-156
57-MIFIBOSETE-158
58-A FESTE DE BELSAZAR-160
59- A HERANÇA-161
60- O DEUS DA ALIANÇA-162
61-NEEMIAS-165
62-ZAQUEU-168
63-O FILHO PRÓDIGO-173
64-O QUE SAISTES A VER NO DESERTO?-176
65-SAMUEL-177
66-TODA CRIATURA GEME-179
67- A VEREDA DO JUSTO-182
68-VOCÊS TERÃO VIDA184
69-EXPERIENCIA DE TOMÉ-188
70-VEM-190

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

1-O VALE DA DECISÃO

Joel 3:14

Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o dia do Senhor está


perto, no vale da Decisão.

1. INTRODUÇÃO

No Velho Testamento o Espírito Santo repousa mais


particularmente em vidas especiais que vão prefigurar o Filho (Jesus) e
não age com a mesma intensidade e ação do Novo Testamento, porque
no Velho Testamento o Espírito Santo não havia sido derramado.

- A ação salvadora no Velho Testamento se expressa assim: “No


princípio era o Verbo.”
- Na encarnação – o Verbo estava com Deus.
- Na vida da Igreja – o Verbo era Deus.

1.2 O profeta Joel direciona a sua mensagem para tempos


distantes relacionados com os últimos dias da Igreja.

Na profecia estão incluídos fatos e ocorrências históricas e


proféticas relacionadas também com os dias em que vive o profeta junto
ao seu povo, cabendo ao Espírito Santo a tarefa de desdobrar o seu
conteúdo direcionando partes específicas da mensagem para cada
tempo ou momento profético.

O sentido figurativo inserido na profecia de Joel, quando se refere


aos sacerdotes, aos anciãos, quando fala do mosto, do óleo, da semente
etc, está se referindo tanto a situação de Israel quanto a uma possível
situação da Igreja nas diversas épocas.

1-2 – O LIVRO E JOEL

Aborda uma situação de queda e penúria espiritual que envolve a


nação, o povo e seus líderes religiosos, apontando destruição tanto
material quanto espiritual, que se confundem ou se fundem para melhor
entendimento da profecia.
O assunto é tratado de forma abrangente envolvendo não
somente Israel mas também o mundo em diversos tempos.

3
v.2 Ouvi isto, vós, anciãos, e escutai, todos os moradores da terra:
Aconteceu isto em vossos dias? Ou também nos dias de vossos
pais?
v.3 Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus
filhos, e os filhos destes, à outra geração.
Fala também para o Brasil.

Em nenhum momento, falta o apelo a uma nova tomada de


posição ou mesmo revisão da situação espiritual decadente do povo e
sua volta para o Senhor, já que “Aquele dia está perto” (v.15), dia de
juízo.

A palavra Sião é uma menção especial a Jerusalém.


No caso, Sião refere-se a uma cidade, capital e lugar de segurança
espiritual tanto para a Igreja quanto para Israel. Enquanto Jerusalém se
trata de refúgio como nação, como pátria, abrigo físico para o povo de
Israel.
O capítulo 2 reforça a proclamação de um juízo que se aproxima,
envolvendo os momentos finais do projeto de Deus para Israel, que
engloba também de modo significativo a Igreja. No caso, o profeta se
reporta para o fim de uma dispensação ligada a Israel e o início de uma
nova dispensação para a Igreja com a promessa do derramamento do
Espírito Santo (Pentecostes).

Joel 2:28-31

v.28 E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a


carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos
terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
v.29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias,
derramarei o meu Espírito.
v.30 E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas
de fumaça.
v.31 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que
venha o grande e terrível dia do Senhor.

É impossível se discernir o profético, buscando compreende-lo na


cronologia da descrição literal do profeta, visto que toda mensagem ou
parte da mesma é direcionada para épocas distintas.
O mesmo capítulo ainda aponta para um período de vingança
que o Senhor executará sobre todos aqueles que oprimiram seu povo e
o palco mencionado no capítulo 3, verso 2, é o Vale de Josafá,
conhecido como a campina de Jezreel ou Armagedom (do Apocalipse).

Joel 3:2

4
Congregrarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e
ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e da minha
herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a
minha terra.

A associação dos mesmos sinais profetizados para este momento,


estão descritos nos versos 30 e 31 do capítulo 2 mencionados por Joel e
registrados no capítulo 24 de Mateus, verso 29, proferidos pelo Senhor
Jesus quando se refere ao momento da sua vinda para arrebatar a sua
fiel Igreja (terrível dia do Senhor).

Joel 2:30-31

v.30 E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas


de fumaça.
v.31 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que
venha o grande e terrível dia do Senhor.

Mateus 24:29

E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua


não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus
serão abaladas.

“Multidões, multidões no vale da decisão.” Joel 3:14

Confira no texto as expectativas deste tempo.

a) Um grande juízo se aproxima

Armagedom para Israel.

b) Lançai a foice porque a seara já está madura

É a colheita do Senhor.

c) Os lagares estão transbordando

A igreja no Espírito.

d) O Dia do Senhor se aproxima

Promessa da sua vinda.


2- O MUNDO ESTÁ INDECISO

5
O mundo não sabe para onde vai está confuso. A religião só trouxe
confusão para o homem e não sabe para onde ir. Há muitos indecisos
nesta hora que não sabem para onde vão. Neste hora o homem está
vivendo cheio de dúvidas sobre toda sua vida qual caminho tomar ? .
para onde ir ? A igreja vive debaixo das orientações d Espírito Santo. A
igreja Vive no abrigo seguro. O Senhor é a nossa segurança.
3- PROTEÇÃO DO CAMPO
A igreja viveu 2 mil anos semeando. Agora o que está feito, está. A
função da igreja do IDE continua. Mas é hora de proteger o campo.
Campo da igreja , das crianças . Seara está madura o adversário quer tirar
os frutos , porque Jesus vem colher os frutos , o Espírito Santo revela,
porque o adversário não pode nas nossas conversas.
O adversário não está preocupado em proibir o que está sendo
anunciado pela religião , pois é letra.
A igreja se levanta para proteger o campo. Nossa posição é de proteger
o campo através da palavra revelada.
PROCLAMAÇÃO

a) Anunciai isto entre as nações (Evangelização);


b) Santificai uma guerra (Preparo);
c) Suscitai os valentes (Obra de Valentes);
d) Subam os homens de guerra (Homens preparados na
obediência);
e) Ajuntai-vos – corpo (Vinde todos em redor, congregai-vos).

O MOMENTO

a) A seara está madura;


b) A malícia é grande;
c) As multidões estão no vale, sem esperança, sem saída, sem
direção, sem caminho, sem rumo (no vale da decisão).

4- MUDANÇA DE MENTALIDADE

APÊLO

Até aqui, profeticamente a Igreja utilizou os instrumentos daqueles


que lavram a terra: ENXADA E FOICE.
Agora, o momento exige uma mudança radical, transformando os
instrumentos de trabalho em instrumentos de guerra.

- ENXADA - transformada em espada.


- FOICE - transformada em lança.

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Isto é através da forja que se trabalho no fogo. O fraco sai desta
luta , o que é do homem . Coloca enxada no fogo a primeira coisa que
acaba é a madeira . Transformar enxada me espada é só no fogo .
Diga ao fraco eu sou forte, não tem lugar para fraco.
O campo já foi trabalhado e plantado no decorrer destes dois mil
anos de existência da Igreja. Agora é necessário proteger o campo por
causa dos frutos (maduros). É o momento da colheita (lançai a foice).
A troca de instrumentos de ação é fundamental, porque também
é uma troca de mentalidade.

TROCA DE MENTALIDADE

Tão estranha e difícil quanto transformar enxadas em espadas e


foices em lanças. É necessário fogo, bigorna e martelo.
A luta agora não é mais para os covardes, acomodados, fracos e
medrosos. É para valentes: “Diga o fraco: Eu sou forte” Joel 3:10.
O campo precisa ser protegido pela espada e pela lança na mão
dos fortes (fortalecidos no Senhor).
O tempo é de decisão porque o homem está cercado, sem rumo,
sem direção, sem saída, sem caminho – “É o vale da decisão” Joel 3:14.
O campo está sendo disputado por forças que querem destruir a
grande colheita. Porém, o Espírito Santo tomou a frente desta batalha e
tem suscitado os seus valentes a partir da mudança dos instrumentos
usados no campo para semear e plantar, por instrumentos de guerra
para proteger o campo.

ESPADA para o corpo a corpo - para cortar (letra);


LANÇA para lutar à distância e traspassar a carne -
discernir os pensamentos e intenções do coração
(Revelação – Palavra revelada).

- Há uma mensagem e uma Obra diferente para ser


transmitida ao mundo.
- Nada poderá deter a grande operação do Espírito Santo
para este momento.
- É uma proclamação de juízo e de libertação.

“Derramarei do meu Espírito” Joel 2:28


“O dia do Senhor está perto” Joel 3:14
“Multidões no vale da decisão” Joel 3:14

A madeira tem que desaparecer no fogo para forjar os


instrumentos de guerra “Diga o fraco: Eu sou forte” Joel 3:10

O CAMPO A Igreja fiel – o corpo;

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INSTRUMENTOS Lança - A Revelação (Espírito Santo)
Espada - A Palavra (doutrina do Pai)
Obra - Clamor pelo Sangue (Jesus)

LANÇAI A FOICE PORQUE JÁ ESTÁ MADURA A SEARA.

“Multidões, multidões no vale da decisão.” Joel 3:14

O anúncio do dia do Senhor para a Sua Igreja antecipa


concomitantemente o anúncio da grande batalha que o Senhor travará
com os inimigos no Vale de Armagedom (Josafá). Enquanto
isto, a Igreja já estará no repouso do Senhor.
5-MOMENTO DE DECISÃO
O homem não tem para onde ir , está no vale da decisão.(
brincadeiras, roupa branca, etc, não resolve.)
A igreja está num rumo que só o Espírito Santo pode dar.
A seara está madura mas a malícia é grande.
As multidões estão sem rumo. Não sabe para quem torce ou para
que lado vai. A igreja que vai proclamar. A igreja conhece a revelação.
O Vale não tem entrada nem saída a saída é Jesus.
Multidões, multidões no vale da decisão.
Situação do homem dessa hora, sem experiência, sem saída para as suas
necessidades, sem rumo.
Forjai espada da vossa enxada lança da vossa foice.
É a mudança de mentalidade.
Não adianta citar apenas a palavra porque o vinho acabou.
Só a revelação pode alcançar o homem.
Contra a espada não há quem possa.
Não somos alcançados porque estamos guardados pela sombra do
onipotente.
O que habita no esconderijo do altíssimo...

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2-PARÁBOLA DA NOITE

Lucas 12:19-20

“E direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para


muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o
que tens preparado, para quem será?”

INTRODUÇÃO

ENTENDIMENTO

O capítulo 12 do evangelho de Lucas aborda diversos temas ou


assuntos relacionados com os fatos que envolvem o homem nesta última
hora.

MEDO

1º O medo provocado pelo próprio homem, através de suas ações


maléficas que estão sempre se interpondo entre o homem e Deus,
tentando através do medo afasta-lo do propósito de Deus para
vida do próprio homem.

v.7 - não temais – os cabelos da vossa cabeça estão contados


- O que me confessar diante dos homens
- O Espírito Santo vos orientará em tudo.

2º Insensatez do homem – loucura


avareza em troca dos valores eternos

3º v. 29 Solicitude pela vida

4º v. 25 A vigilância

5º Batismo com o Espírito Santo – preparo para este momento.

6º Os sinais dos tempos e o juízo para todas as coisas.

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Mensagem para as igrejas na noite do dia 1.º de maio.

“Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado,


para quem será?”
A loucura mencionada no texto por Jesus está relacionada com a
confusão que se estabelece na mente do homem quando ele imagina
que o esforço para suprir o lado material e suas conquistas atendem aos
anseios da alma.
A luta do homem para amealhar bens materiais ou mesmo
avançar no campo das grandes realizações não pode se confundir com
o descanso da alma. A segurança para os seus dias de existência terrena
é a eternidade.
Os valores ligados à ciência, à cultura, associados aos bens
materiais que estão à nossa disposição, não podem ser confundidos com
os objetivos de Deus para o homem, ligados à eternidade.
Os erros do momento, desta hora da noite, onde a mente
humana está obscurecida pelo pecado, onde o homem só enxerga os
ditames da sua própria razão em função dos seus interesses imediatos,
não satisfazem os anseios da alma.
Os loucos não sabem as horas do dia. Para eles dia e noite não
tem significado, tudo é a mesma coisa e o homem passa o tempo
desapercebido do chamado.
A grande surpresa: Hoje. “Esta noite pedirão a tua alma e o que
tens preparado, para quem será?”
O assunto ao qual Jesus se refere não visa atacar ou desestimular
os que trabalham, estudam ou buscam prosperar de alguma forma na
vida material. O que Jesus quer é que o homem entenda o momento
que vivemos e o perigo da loucura que não sabe discernir o que é dia e
o que é noite.
O preparo ao qual Jesus se refere está relacionado com a busca
do espiritual, a necessidade da alma e a libertação dos pensamentos que
estão obscurecidos por não discernirem a sua própria situação, já que na
vida e existência humana, nada é permanente, nada é eterno, tudo
caminha para um fim esperado ou surpreendente.
Jesus, ao se referir no texto à situação do homem nesta hora da
noite, estava falando dentro de um contexto profético onde
anteriormente o Senhor Jesus fala dos cuidados da vida, do temor ou
medo do próprio homem, do momento já citado que caracteriza o
tempo do fim, quando o Senhor Jesus fala da noite dos loucos e em
seguida, Jesus fala da vigilância que foi o assunto abordado nas
mensagens do dia de hoje.
“Louco, hoje, esta noite, pedirão conta da tua alma e os teus bens,
com quem irão ficar?”
Para quem você deixará? Para quem você preparou?

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A alma não se resgata com bens materiais, não se pode confundir
os valores como fazem os loucos.
“Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado,
para quem será?”

OBS.: Não agredir o visitante chamando-o de louco.

Para maiores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:


secretaria@presbiterio.org.br

Rua Torquato Laranja, 90 – Centro


Vila Velha - CEP.: 29.100-370
Espírito Santo - Brasil
Tel.: 27 – 320-3300 Fax.: 27 – 329 – 0219

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3-JESUS UM ABRIGO SEGURO

Salmo 91:1

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente

descansará”.

INTRODUÇÃO

O homem perdeu o elo com a Eternidade, ou melhor, com Deus,


e por isso o homem se tornou um joguete na história do mundo e de
sua própria história. Não tem identidade, não conhece a verdade e não
sabe o caminho que poderia conduzi-lo a um lugar seguro nesta e na
outra vida.
A religião tem sido para o homem como uma “canção de ninar”.

“E eis que tu és para eles como uma canção de amores, canção de


quem tem voz suave, e que bem tange; porque ouvem as tuas
palavras, mas não as põem por obra”. Ezequiel 33:32

É como “fole furado” (não aquece o fogo, nem tira a cinza das
brasas).

“Já o fole se queimou, o chumbo se consumiu com o fogo: em vão vai


fundindo o fundidor tão diligentemente, pois os maus não são
arrancados”. Jeremias 6:29

O homem está sem rumo e inseguro e por este motivo busca


todos os meios que lhe oferecem segurança ainda que falsa e enganosa.
Tudo o que o homem mais deseja é sentir segurança; está sempre
à procura de um refugio, e todo o seu esforço nesta busca parece ter
sido em vão, continuando exposto, tornando-se um alvo fácil a tudo que
se oferece como segurança.
A incerteza e a insegurança têm sido hoje fatores de desequilíbrio
do homem, e nisto está a sua grande luta, que envolve tanto o campo
social e econômico como especialmente o espiritual.

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CAMINHO

O salmista fala de duas coisas muito importantes:

1º O refugio, um lugar onde o homem encontra segurança, abrigo.


Ele apresenta um esconderijo (lugar de refúgio, lugar para se
esconder). Em períodos de guerra é costume se construir abrigos
ou esconderijos para o povo durante os ataques.

2º O Resultado de quem encontra e faz do esconderijo sua


morada/habitação.

O Velho Testamento está repleto de profecias a respeito desse


esconderijo.
O desejo do salmista é que o homem encontre esse esconderijo e
ali faça sua morada, seu habitat, passe a viver.
O Deus Altíssimo tem um esconderijo para o homem e para
chegar a esse lugar é preciso conhecer o Caminho, e a palavra
apresenta Jesus como o caminho.
Onde está o valor desse caminho?

VERDADE

- A insegurança do homem está exatamente no fato de não


conhecer a verdade. Sem a verdade, ele passa a ser um joguete,
fica desprotegido, somente a verdade leva o homem a encontrar a
vida.

O mundo sempre buscou conhecer a verdade e apesar das


preocupações, filósofos em todos os tempos a verdade foi somente
especulação filosófica, nunca uma verdade que pudesse conduzir
o homem à verdadeira segurança ou ao abrigo seguro.

- Esse Caminho (Jesus) e essa Verdade (Jesus) levam o homem a


vivenciar a Onipotência do Deus Altíssimo, desfrutar de todo o
refrigério que tanto a alma aflita necessita. A maior necessidade do
homem é paz; o verdadeiro descanso está em encontrar esta Paz
que dá ao homem a segurança de uma vida eterna.

Salmo 91:16

“Dar-lhe-ei abundância de dias, e lhe mostrarei a minha salvação”.

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VIDA

Encerrando: Zaqueu, Bartimeu e o paralítico de Betesda só


passaram a ter segurança quando sentiram a
operação de Jesus em suas vidas. Quando viram o
milagre e a revelação do grande mistério que é uma
operação do Espírito Santo apontando e direcionando
O Caminho. É o conhecimento da verdade.

“... Eu sou o caminho a verdade e a vida”.

João 14:6

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4-NENHUMA VIDA SE PERDERÁ

Atos 27:22 e 40

v.22 “Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo,


porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.”
v.40 “Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também
as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se
para a praia.”

1. INTRODUÇÃO

Narrar sucintamente a viagem de Paulo de navio, levado para


apresentar sua defesa a Cezar (Imperador Romano), mostrando o mapa
da viagem de Jerusalém para Roma.

2. DESCRIÇÃO

Depois de passar por Cesaréia e Sidom, o navio tendo passado ao


longo de Chipre, aporta em Mirra e dali para Creta, ancorando em Bons
Portos. Até ali, a navegação transcorria normal com algumas
dificuldades.

3. PRIMEIRA REVELAÇÃO – O RELATO

v. 10 “Dizendo-lhes: Varões, vejo que a navegação há de ser incômoda


e com muito dano, não só para o navio e a carga, mas também
para as nossas vidas.”

4. A VIAGEM CONTINUA

v.11 “Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que


dizia Paulo.”
v.12 “E, como aquele porto não era cômodo para invernar, os mais
deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam
chegar a Fenix, que é um porto de Creta que olha para a banda
do vento da África e de Coro, e invernar ali.”

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v.13 “E, soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que
desejavam, e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando
Creta.”

5. A SURPRESA

O Euro-aquilão – ficaram ao léu.

v.14 “Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euro-
aquilão.”
v.19 “E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos
ao mar a armação do navio.”

As primeiras providências: lançar ao mar a armação do navio.

6. SEM ESPERANÇA

v.20 “E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e
caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a
esperança de nos salvarmos.”

 Tudo era escuridão;


 Trevas – por causa da tempestade;
 Nem sol, nem estrelas – sem esperança.

7. SEGUNDA REVELAÇÃO – SEGUNDA OPORTUNIDADE

Obs: a primeira revelação não tinha sido atendida.

v.22 “Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não
se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.”

 Bom ânimo;
 Nenhuma vida se perderá;
 Somente o navio.

v.23 “Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a


quem sirvo, esteve comigo.”
v.25 “Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que
há de acontecer assim como a mim me foi dito.”

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8. TERCEIRA REVELAÇÃO

v.26 “É, contudo, necessário irmos dar numa ilha.”

9. A ESPERANÇA

Depois de 14 dias de lutas e aflições – “Terra à vista”.

v.27 “Quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de uma


e outra banda do mar Adriático, lá pela meia-noite, suspeitaram os
marinheiros que estavam próximos de alguma terra.”

10. A TERRA ESTAVA PRÓXIMA

Era preciso parar para ver o dia amanhecer.

v.29 “E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro


âncoras, desejando que viesse o dia.”
11. QUARTA REVELAÇÃO

“...nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.”

v.34 “Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a


vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer
de vós.”
v.36 “E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.”

15. RESULTADO

A comunhão – todos após grandes lutas recobraram o ânimo.


Eram 276 pessoas:

 2 – Comunhão – Paulo com o Senhor |


composição
 7 – A perfeição de Deus. As revelações – o projeto de salvação
| de vidas
 6 – O piloto, o mestre e todos que confiavam no homem.
| no barco

v.40 “Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também


as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se
para a praia.”

16. APLICAÇÃO

18
A vida do homem, muitas vezes, é assim:

 O barco – a nossa vida - Opção – Lutas e vitórias


 O mar – o mundo - Perigo
 O mestre – o projeto humano - Falha
 Surpresas – boas e ruins

17. CONCLUSÃO E MENSAGEM – SALVAÇÃO

É necessário entender que a salvação é:

a) Fruto da revelação – Jesus quer se revelar ao homem em todos os


momentos;
b) O amanhecer de um novo dia – “...o choro pode durar uma noite,
mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5 – A esperança
c) A esperança de um lugar seguro. A certeza da vida eterna.

18. APELO

v.40 “Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também


as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se
para a praia.”

18.1 - LEVANTANDO AS ÂNCORAS

Às vezes, pensamos que a nossa segurança nos momentos


de aflição e incerteza. Estão na nossa capacidade de agir, nas
posições que tomamos, pensamos que elas estão bem firmes
como as âncoras, às vezes, presas na lama. Deixe de lado suas
posições, suas convicções, seu apego as coisas materiais ou
interesses culturais, religiosos e outros. Esqueça o mestre e o piloto
(conselhos humanos). O navio vai se perder. Não confie no mar. É
profético. Abandona o mundo.
18.2 - LARGA TAMBÉM AS AMARRAS DO LEME

A direção da sua vida não será mais com o conselho e a


experiência do homem, da religião que, aparentemente, estão
aptos para aconselhar. Jesus é o piloto.

18.3 - ALÇANDO A VELA DA PROA AO VENTO


Abre o seu coração e deixa o vento do Espírito Santo soprar
sobre sua vida. O vento é o Espírito Santo – Ele soprará numa
direção segura.

18.4 - A PRAIA – UM LUGAR SEGURO.

19
18.5 - A CASA DO PAI – VIDA ETERNA.
17. CONCLUSÃO
Aparentemente poderemos perder muitas coisas de pouco valor –
“o navio” (a morte) – mas ganhamos a vida – a Salvação Eterna em
Jesus.

“...tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum


de vós, mas somente o navio.”

ACEITA A JESUS - A REVELAÇÃO

OBSERVAÇÃO:

Durante o período de louvor, incluir o louvor “Oh! por que duvidar?” (


Nº 318).
No final, cantar o louvor “Mestre, o mar se revolta” (Nº 319).

20
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

5-O FILHO DO HOMEM

Mateus 8:20 - “E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu


têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde
reclinar a cabeça”.

1 – INTRODUÇÃO

Quando nós lemos na Bíblia alguma coisa daquilo que diz respeito
ao Senhor Jesus, nós entendemos e descobrimos um fato importante na
sua apresentação. Biblicamente a apresentação de Jesus, o aspecto mais
importante desta apresentação, que é o central do projeto de Deus, o
Pai, foi apresentar Jesus como homem – a figura do homem. Na
tipologia bíblica, no Velho Testamento, Jesus está implícito, está oculto,
mas a figura do rei, profeta, sacerdote, ele a integra no Velho
Testamento, mas a ênfase toda é para a figura de Jesus como homem e
isso é muito importante porque Deus, o Pai, quis apresentar ao mundo
um Salvador, mas um homem, alguém que pudesse sentir, sofrer, viver
aquilo que o homem vive para que ele fosse um suficiente Salvador.

2 – O NASCIMENTO DE JESUS

Jesus nasceu em Belém numa manjedoura. A família de Jesus veio


para apresenta-lo, para se apresentar ao império romano porque o
império romano fazia um censo sobre todos aqueles que eles
dominavam.
Naquele ano, Maria e José desceram para fazer aquele censo e
não tinha lugar em Jerusalém e Jesus nasceu em Belém numa
manjedoura. Manjedoura é um lugar onde se coloca animal de toda
espécie e Jesus nasceu ali.
A figura de Jesus já iniciou na sua simplicidade e depois foi para a
sua região e foi morar na Galiléia, na região de Genezaré, Mar da
Galiléia, Tiberíades, Samaria... Era toda aquela região ali que era chamada
a Galiléia dos Gentios porque existia uma diferença entre o Galileu e o
judeu. Os judeus moravam na região da Judéia, eram uma raça pura e
os galileus eram mistura gentílica, tanto que eles não se davam.
Havia um culto em Gerizim que era para os que moravam naquela
região de Samaria e havia outro culto que era lá na Judéia que era no
templo e eles não se entendiam muito bem por questões raciais. Mas
Jesus era Galileu.

21
3 – JESUS: O HOMEM

A figura de Jesus era uma figura desprezível porque quando ele


vinha para a região da Judéia, todo mundo sabia que ele era Galileu e
ele andava com os Galileus. Ele andava com Pedro, João, André, Tiago,
Filipe, Bartolomeu que eram do colégio apostólico e que eram simples
homens, eram pescadores. Ele não era nada diferente daquele nível
cultural, daquele povo. Mas um detalhe que é muito importante é que
Jesus sabia ler e escrever. Naquela época saber ler e escrever não era
para todo mundo. Ele foi criado, foi educado para aprender e em uma
ocasião ele escreve na areia, em outra ele entra no templo e abre o rolo
e lê uma profecia a respeito dele, em Isaías 53: “O Espírito do Senhor está
sobre mim...”. Ele sabia ler, mas não era somente isso.
A figura humana de Jesus é extraordinária porque o profeta
quando fala a respeito dele, 600 anos antes, fala descrevendo a sua
figura: “o mais indigno dos homens, varão de dores, homem do qual os
outros escondiam o rosto, ninguém fazia caso dele, era como raiz de
uma terra seca, não tinha beleza nem formosura alguma para que o
amássemos, experimentado em trabalhos”.
Jesus era um homem normal e as afirmações a respeito dele eram:
“não é esse o carpinteiro”. Às vezes eram: “é o filho do carpinteiro”. Eram
colocações da época e ele era carpinteiro.

4 – O MINISTÉRIO DE JESUS

Agora vamos falar a respeito da sua casa no tempo em que ele


estava ali.
Ele se mudou. Foram as mudanças de local. Quando ele inicia o
seu ministério, ele chama os discípulos, e alguns discípulos trouxeram
outros e disseram: “venham cá que vocês vão ver, encontramos uma
pessoa aqui, ele é o messias”. E a pergunta inicial foi assim: “escuta uma
coisa, você tem casa? Você mora onde?” E a resposta foi: “Vem e vê”.
Mas o tempo passou e agora, a partir daquele instante, ele já não
tinha mais casa porque o ministério dele de 3 anos foi um ministério
desgastante. Ele não tinha pousada, ele não tinha lugar para dormir, ele
não tinha lugar para se hospedar e as caminhadas dele eram longas, ora
ele vinha pela beira do mar, ora vinha pelo rio Jordão; andava pelos
caminhos ínvios e ele fazia aquilo porque era um trajeto a pé, era mais de
200 quilômetros por aqueles caminhos difíceis e ele chegou a dizer,
neste período, nesta fase assim: “...as raposas têm covis, e as aves do céu
têm ninhos, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
Mateus 8:20”
Então, Deus, o Pai, o fez homem e o fez o homem mais necessitado,
sofredor e a Bíblia diz que ele foi varão de dores e a palavra diz
ainda que agradou a Deus moê-lo, fazendo-o enfermar.

22
Quando ele foi para a cruz do Calvário ele estava doente, ele tinha
transpirado sangue, ele teve um derrame capilar porque ele estava
totalmente desgastado e a Bíblia diz que ele aniquilou-se a si
mesmo. Os três anos de ministério foram sem comer direito, jejuns
prolongados, sem dormir, fugindo das autoridades e ele dormia
muitas vezes em locas de pedras.

5 – JESUS COMO UMA CRIANÇA

Há dois aspectos muito importantes que dizem respeito à criança, a


maneira dele se comportar e a forma de como ele se apresenta na
sua humildade e simplicidade. Jesus era humilde e diz assim:
“...aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração...
Mateus 11:29”, e ele era assim mesmo. Por isso que ele diz assim:
“se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de
modo algum entrareis no reino dos céus” Mateus 18:3. Ele usa ali a
figura da criança e, muitas vezes, se comporta como uma criança
na sua simplicidade. Ele foi entregue diante de Pilatos. Pilatos fez a
primeira pergunta e ele respondeu, a uma outra pergunta e,
depois, não respondeu mais. Pilatos era do império romano, era
um homem forte do império, e Pilatos viu um homem simples, um
homem humilde, pobre... olhou para ele e disse que não via
motivo nenhum dessa perseguição a ele, ele não via motivo
nenhum para condena-lo porque os judeus queriam que ele fosse
morto, fosse condenado. E mais ainda, a mulher de Pilatos teve um
sonho e falou com Pilatos disse: Vê o que você vai fazer com este
justo porque eu tive um sonho e sofri muito esta noite – “...não
entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por
causa dele” Mateus 27:19 – e Jesus ficou calado. Pilatos lavou as
mãos e mandou para Herodes. Herodes que era o tetrarca, que
era o chefe, era o responsável pela região ficou muito satisfeito,
ficou alegre, porque ele queria ver Jesus, porque ele tinha ouvido
falar de Jesus e dos milagres que ele havia feito. Ele ficou feliz e ele
queria ver Jesus fazendo um milagre, mas o comportamento de
Jesus foi de uma criança ali porque Jesus, quando chegou diante
de Herodes, ele ficou calado, e Herodes fez algumas perguntas e
ele não respondeu nada. Por certo, o pensamento de Jesus era
que se ele abrisse a boca, Herodes iria mata-lo. Se ele falasse
qualquer coisa ali, porque Jesus já havia sofrido ameaça: olha,
Herodes quer te matar – “Naquele mesmo dia chegaram uns
fariseus, dizendo-lhe: Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer
matar-te” Lucas 13:31 – e ele mandou uma resposta para Herodes
e disse: olha, fala para aquela raposa que ele vai me matar mas é lá
em Jerusalém, eu caminho para lá porque o profeta morre em
Jerusalém – “...Ide, e dizei àquela raposa: Eis que eu expulso

23
demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia sou
consumado. Importa, porém, caminhar hoje, amanhã, e no dia
seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de
Jerusalém” Lucas 13:32-33. Mas ele estava receoso porque agora,
o tempo dele era o tempo profético e ele tinha que se comportar
agora como uma criança, ele não tinha outra saída, ele não podia
falar nada ali.
Em todas as ocasiões, a figura de Jesus foi a figura de uma criança.
A criança tem umas coisas interessantes. Ela é humilde por natureza. O
pai bate na criança e, daqui a pouco, ela vem chorar no ombro do pai.
Você solta ela no meio, às vezes, e ela corre atrás e ela encontra com
outra criança e elas correm, ela não quer saber se a criança é pobre, é
rica, se é feia, se é bonita... ela não quer saber, ela se enturma logo e fica
ali. Se ela apanha na rua, ela chega em casa e você pergunta: “o que foi
meu filho?” “O vizinho ali me bateu”. Daqui a pouco o pai vai ver e ela
está brincando com o mesmo que bateu nela porque ela é incapaz de
guardar ódio e Jesus falou que o homem neste reino, ele tem que se
tornar como uma criança.
Às vezes nós guardamos ódio, rancor e a palavra do Senhor diz
assim: “...não se ponha o sol sobre a vossa ira” Efésios 4:26. É muito ruim
quando nós guardamos certas coisas na nossa vida. É a luta da vida que,
às vezes, nos leva a repudiar as pessoas e desejar até coisas que nós não
devíamos desejar. Mas é o homem na sua dificuldade e o reino não
admite isso. Aqueles que fazem parte do reino, súditos do reino, eles não
podem, estão proibidos de ter esse direito.
Outro fato interessante a respeito de Jesus, da sua humildade e da
criança, é como ela vê as coisas.
A criança olha para o seu pai e ela vê no seu pai tudo aquilo que é
importante para ela e ela é até de nem raciocinar. Ela só sabe que a
merendeira dela vai estar arrumadinha, cheinha, para que na hora em
que ela for abrir-la, ela esteja cheia; ela não quer saber se o pai está
desempregado, se o pai está sem dinheiro, ela não se preocupa com isso
porque ela confia, ela é submissa, ela é dócil. Jesus era assim, Jesus era
submisso. O que é interessante na criança é de como ela se orgulha do
pai: “Meu pai é polícia, ele tem revólver...”, isso ela acha que é o máximo;
“Meu pai é motorista de ônibus...”, ela se orgulha de tudo. O pai é
carroceiro, não tem nada de mais: “meu pai tem um animal, tem um
burrinho...”. Que coisa bonita na criança, tudo para ela é uma dádiva,
tudo é bom para ela, ela não tem maldade, ela não envasilha o mal no
coração e era a figura de Jesus.
Jesus nasce numa manjedoura, vai morar lá na Galiléia e depois
não tem mais morada. Seu ministério apostólico, todo, ele não tinha mais
lugar para morar. Ele disse: “...as raposas têm covis, e as aves do céu têm
ninhos, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”.

24
6 – A DEPENDÊNCIA DO PAI

Outro aspecto importante a respeito de Jesus era a sua


dependência, a sua submissão. Tudo o que ele fala é com relação ao Pai.
É como uma criança. Às vezes, há uma discussão: “O que seu pai é na
igreja?” “Meu pai faz o louvor na igreja”. Outro dia estavam discutindo:
“Meu tio é doutor filosofia”. “Não meu filho, seu tio se formou e é doutor
em filosofia”.
A criança vive o meio dela, ela vive a simplicidade, a humildade, a
dependência.
Jesus em todos os momentos usa a figura do Pai. Ele disse: Olha,
na casa de meu Pai tem lugar para todo mundo; na casa de meu Pai há
muitas moradas, tem lugar para todo mundo. “Na casa de meu Pai há
muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: Vou preparar-vos
lugar. João 14:2”.
Quando ele estava na dificuldade, ele disse: Pai, meu Pai, passa de
mim esta dor; não me deixa ir para a cruz não, eu não quero sofrer mas
seja feita a sua vontade. “...Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice;
todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. Mateus 26:39”.
Era a dependência dele. A criança é assim.
Nós estamos vivendo dias muito sérios. O mundo está vivendo os
momentos como sempre viveu, a crise é uma constante na história
do mundo, mas o homem de hoje tem características forjadas por
uma sociedade que perdeu o rumo, perdeu o equilíbrio. A religião
é um negócio místico, de ritos e coisas que as pessoas fazem:
“...papai fez, mamãe fez...”, e a religião é uma coisa assim, e mesmo
até com o nome de cristianismo e as pessoas não sabem que Deus
enviou a figura mais simples que ele podia enviar como o de uma
criança. A oração dele era sempre: “Pai que estás nos céus, não
deixes faltar o pão...”; “Eu e Pai somos um, nós somos parecidos”. E
a pergunta: “...mostra-nos o Pai”. “Eu sou o Pai, nós somos
parecidos”. Ele se orgulhava disto. Chamaram certa vez os
discípulos e disse: “olha, eu vou dizer uma coisa a vocês, eu
morava numa casa bonita lá na eternidade. Eu aqui não tenho
lugar, mas eu tenho uma casa, uma morada eterna. Vocês vão
conhecer a casa em que eu morava”. E ele ora: “Pai, glorifica-me
com a glória que tu me deste antes que os mundos fossem
criados”.

7 – CONCLUSÃO

Jesus é uma figura maravilhosa e o aspecto mais importante é a


sua humanidade e neste aspecto da humanidade ele se coloca na sua
humildade, ele se humilhou. A palavra do Senhor diz que ele se
humilhou até a morte de cruz. Colocaram-no no meio dos ladrões,

25
apanhou na rua, esbofeteado, doente. A palavra do Senhor diz: “ferido
de Deus, aflito...” para que ele pudesse ser um salvador suficiente.
A criança com a sua simplicidade é uma coisa muito bonita e a igreja, a
Obra, tem valorizado isto. E a palavra do Senhor diz assim: “Instrui
ao menino no caminho em que deve andar, e até quando
envelhecer não se desviará dele” Provérbios 22:6.
É natural o desvio da vida, mas você mostra o rumo. Um dia, onde ele
estiver, na pior situação, ele vai se lembrar.

“E disse: em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não


vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos
céus” Mateus 18:3

Não custa nada em educar o seu filho. Não é misticismo, fanatismo,


superstição, nessas coisas assim. Mas se você educa a criança no
evangelho, no conhecimento de Jesus, no testemunho do reino,
você vai ter os resultados, sejam eles agora ou depois; o tempo vai
passar, mas a semente fica no coração.
Nós temos uma grande responsabilidade. Não adianta religião
para as pessoas, tem que se ensinar a ela o temor do Senhor, tem que
falar a ele que existe um Pai, que existe um Senhor, um Salvador.
A primeira palavra nossa foi: Jesus o homem, nascendo numa
manjedoura, morando lá na galiléia, era Galileu, morava ali à beira do
Mar de Tiberíades, na região de Samaria. Depois o seu ministério em
todos os lugares. Agora uma pergunta, e essa pergunta faz-se questão
que seja respondida: “Onde é que Jesus mora hoje? A morada de Jesus
hoje é nos corações daqueles que crêem no seu nome, daqueles que
confessam o seu nome e é a presença do Espírito Santo, este que revela,
este que cuida, este que te prepara, este que te abençoa... este que é o
Espírito de Jesus que te conduz para a vida eterna”.

26
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPIRITO SANTENSE

6-JESUS GLORIFICADO – O HOMEM

Lucas 9:58

“E disse-lhe Jesus: As raposas teem covis, e as aves do céu ninhos,


mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.”

INTRODUÇÃO

Deus enviou o seu Filho ao mundo para salvar o homem e

resgata-lo para a eternidade. Nasceu, viveu, morreu e ressuscitou

segundo os Evangelhos da Bíblia Sagrada.

ASPECTO HISTÓRICO – JESUS HISTÓRICO

As pessoas, o mundo e uma grande maioria do cristianismo,


conhece e fala de um Jesus histórico, referindo-se aos eventos do seu
nascimento (Natal) e de sua morte (Paixão). E para tanto, utiliza toda
sorte de liturgia, figuras, encenações e ritos que não vão além de
homenagens merecidas à figura de um morto importante.
Um outro lado tem sido esquecido, um aspecto que na verdade é
o mais importante do projeto de Deus que trata da sua ressurreição, que
fala e vive a experiência de um Deus que está vivo.
Neste aspecto, a idéia que se tem a respeito de Jesus retrata a
figura de uma pessoa que é capaz de atrair para si simpatizantes por sua
beleza, ou por sentimentos de piedade.
No primeiro caso, a religião mostra a figura de um homem de

beleza física ímpar, cujas feições e aspectos físicos gerais são retratados

em desenhos, pinturas, figuras e imagens, típicos da beleza física

incomum, tais como: cabelos loiros, olhos azuis e esverdeados, rosto de

medidas perfeitas, pele clara, enquanto que em outras ocasiões, a figura

27
é de um desesperado, quase mendigo, triste, derrotado, carente da

compaixão alheia, um pedinte.

ASPECTO PROFÉTICO – SUA HUMANIDADE

O aspecto profético de Jesus descrito na Bíblia, tanto no Velho


Testamento como no Novo Testamento, apresenta a figura do Salvador
em duas fases:

1) No Velho Testamento, o profeta Isaías aponta-o como o homem


que Deus enviaria ao mundo para que, da forma mais simples,
através de sua humanidade, falasse do projeto de salvação para o
homem.

Neste aspecto é bom se reportar aos escritos do profeta Isaías que

profetizou sobre seu nascimento, sua vida, ministério, morte e

ressurreição. O profeta Isaías se refere a Jesus abordando vários

aspectos de sua humanidade:

 Raiz de uma terra seca;


 Não tinha formosura nem beleza;
 Ninguém fazia caso dele;
 Mais desprezado e indigno dos homens;
 Homem de dores, experimentado em trabalhos;
 Cordeiro mudo levado ao matadouro.
 Varão de dores – “...ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o
enfermar...” Isaías 53:10

O profeta se refere não somente a sua humanidade no sentido


físico e social, mas também profetiza a respeito de seu sofrimento,
sua dor como homem.

2) No Novo Testamento, o relato dos Evangelhos confirma toda


profecia embutida no Velho Testamento a respeito de Jesus,
apontando suas lutas, aflições, experiência de vida, seu ministério
de 3 anos, morte e ressurreição. “...As raposas teem covis, e as aves

28
do céu ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a
cabeça.”

A IGREJA DOS NOSSOS DIAS – JESUS GLORIFICADO

A visão profética da igreja dos nossos dias aponta para a figura de


Jesus Revelado, cuja descrição fala da sua glorificação com todos os
títulos gloriosos a Ele conferidos na eternidade.
A humanidade de Jesus foi a forma mais simples que Deus, o Pai,
buscou para revelar o seu amor ao homem, ainda que na descrição
apocalíptica, a sua figura tenha sido totalmente mudada para que a
igreja dos nossos dias o adore como Senhor Glorificado.
Toda descrição embutida no Velho Testamento e no Novo
Testamento, que fala da sua humanidade testemunhada nos
Evangelhos, comparada com a descrição feita por João, aponta para a
igreja dos nossos dias, a figura de Jesus Glorificado, descrita no livro do
Apocalipse.

HUMANIDADE GLORIFICADO
Vestes desalinhadas, Vestes talares, vestes
desgastadas pelas longas Sacerdotais - Sacerdote
caminhadas no deserto Sacerdócio pleno (Eterno)
Cinto de ouro
Autoridade para triunfar sobre
Humilhado como rei dos a morte
- Profeta
judeus – coroa de Senhor dos Senhores e Rei dos
- Rei
espinhos Reis
“...se assenta como Rei,
perpetuamente” Salmo 29:10
Cabelos desgrenhados, Cabelos brancos
ressecados pelos ventos, Pensamentos santos – projeto - Homem
sol causticante do deserto eterno
Olhos tristes – antevendo Olhos como chamas de fogo
o seu sacrifício – poder para ver tudo e todos,
Chorou na morte de inclusive o que vai no coração
Lázaro do homem
Perseguido pelas Onisciente, Onipresente e
autoridades Onipotente

29
Pés empoeirados pelas Pés como latão reluzente,
longas caminhadas – refinados na fornalha
homem de dores, Pés que se apressam para - Juiz
experimentado nos julgar o mundo e justificar o
trabalhos homem de todo pecado
Voz de muitas águas
Como cordeiro levado ao
Voz de Poder
matadouro
“A voz do Senhor quebra os
E como ovelha muda - Autoridade
cedros; sim, o Senhor quebra
perante os seus
os cedros do Líbano” Salmo
tosquiadores
29:5
Desprezado e o mais
Rosto como o sol
indigno entre os homens
resplandecente - Domínio
Como raiz de uma terra
Honra, glória e poder ao Deus Eterno
seca era sem beleza e
Filho
sem formosura

NOSSO SALVADOR:

É dessa forma que a Igreja fiel reconhece e adora o Senhor Jesus.

Mensagem da convocação -01-01-03

30
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

7-A MENTE

Salmo 139: 23-24

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e

conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum

caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”.

1 – INTRODUÇÃO

Meus irmãos, nós não precisamos falar muito sobre o autor deste
salmo que foi o rei Davi, porque na verdade, todos os salmos de Davi,
falam de uma necessidade da alma, porque essa necessidade era vivida
por Davi. Essa necessidade era a relação dele com Deus; ele precisava
sentir isso e a sua vida, apesar das grandes lutas, dos grandes embates,
estava sempre voltado para o Senhor. O lugar que Davi tinha para
chorar as suas aflições, suas mágoas, era diante do Senhor. Ele era rei, ele
tinha poder sobre todas as coisas, ele tinha seus generais, valentes, mas
ele não dependia tanto do consolo e do conforto de seus valentes; ele
não precisava dos recursos materiais, mas ele tinha suas aflições. Ele
chorava; e a sua grande luta, na verdade, era a sua relação com Deus.
Nos momentos do afastamento do Espírito de Deus na sua vida (e ele
sentia esse afastamento) porque ele era um homem ligado as coisas de
Deus.

2 - “SONDA-ME, Ó DEUS, E CONHECE O MEU CORAÇÃO...”

Às vezes, nós nos esquecemos, trocamos as coisas de Deus por


muitas de nossas vidas. Até mesmo os sacerdotes, profetas, servos do
Senhor se esqueceram do Senhor. A vida espiritual, a caminhada
espiritual do servo de Deus, não é uma caminhada simplesmente
material e humana. A grande necessidade do homem é vista e sentida
quando paramos e olhamos para dentro de nós e concluímos a grande
necessidade espiritual. Se você parar e remover tudo em sua vida, tudo
que está em sua volta, você diz uma única coisa: Se é que existe em sua

31
vida uma conversão verdadeira; concluirá que toda a sua necessidade é
espiritual.
Muitas pessoas, e até grupos que foram rotulados de servos,
ficaram na caminhada. Deus deu a eles bens, prosperidade, deu-lhes
tudo aquilo que qualquer pessoa podia ter na vida; mas eles não
souberam usar isto. Eles se esqueceram de que Deus é o centro de sua
vida, que um dia fizeram uma opção, especialmente aqueles que
conhecem essa obra. Eles fizeram uma opção, e nós, de maneira
nenhuma, podemos trocar os valores desta opção que foi feita por
aquilo que é a nossa vida no passado.
Quando o salmista fala aqui sobre sua necessidade, ele está
falando da necessidade que tem de vitórias sobre um grande inimigo.
Davi tinha muitos inimigos e como nós também temos: inimigos que
estão do lado de fora que perturbam a nossa vida, são constantes e
comuns e alguns até naturais, como o trabalho, a competição, diversos
compromissos que estão gravados em nossa mente, de tal forma
grudados que entram e não saem que, transformam a salvação em um
objeto, um elemento que se tornou apenas parte da nossa vida como
soma aos nossos interesses. Se eu me interesso por um detalhe, por uma
pessoa, por uma amizade, aquilo ficou somente nisso. Se as outras
pessoas não são da minha amizade, elas se tornam minhas inimigas. Eu
os vejo como inimigos. Eu fico pensando: “ele vai me trair agora. Não, da
próxima vez eu vou ser traído...” Então nós começamos a criar, dentro de
nós, da nossa mente, uma luta. As maiores lutas do homem estão na sua
mente. A mente é a sede dos grandes conflitos do homem, e o
interessante é que nesses conflitos, nós ficamos pensando que eles vão
atingir os outros e, na verdade, só atingem a nós mesmos. Nós somos as
vítimas. Nós nos tornamos vítimas dos nossos próprios conflitos; e é por
isso que nós devemos lembrar de uma coisa: Jesus disse assim: “Vinde a
mim vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei e encontrareis
descanso para as vossas almas”.
Às vezes, nós não encontramos descanso para a noite. Nós
deitamos e não temos descanso porque a mente começa a trabalhar: “O
que vai ser amanhã, o trabalho, o serviço, eu vou ter que enfrentar a luta;
vou ter que enfrentar a prova; vou ter que enfrentar o professor...” Então,
são aquelas lutas. Por outro lado, são aquelas guerras de família, de casa,
aquelas coisas que ferem, há sempre alguém para nos dizer aquela
palavra fora de hora, para nos acusar, para falar coisas que não
poderíamos ter dito e são essas coisas que nos ferem. E nós nos
esquecemos de uma coisa, é de que quando nós fomos salvos, nós
fomos salvos para termos uma mente firme no Senhor. Por isso, a nossa
mente começa a balançar, começa a perder a estrutura. Daí a um pouco
nós estamos envolvidos em tudo que está em volta. Isso acontece com
todas as pessoas. Todos nós estamos sujeitos a esses embates destas lutas
e somos reféns da mente.

32
Quando Deus nos chamou para essa obra, Ele nos chama para
nós conhecermos os valores estabelecidos no projeto eterno e nós,
paramos nos projetos terrenos, que são os nossos projetos. Eu não estou
dizendo aqui daquelas pessoas que trabalham, daquelas pessoas que
estão construindo os seus projetos materiais. Não é isso. Nós estamos
falando aqui do projeto de salvação que não tem nada a ver com aquilo
que você está produzindo com sua mente, com seu trabalho, com seu
vigor, com sua maneira de ser, nada disso absolutamente. Isso é até
nobre. Nós estamos falando sobre as coisas que não deveriam estar na
nossa mente estão e nos destroem.

3 - “...PROVA-ME E CONHECE OS MEUS PENSAMENTOS...”

Nós temos experiências. Nesta caminhada de obra nós


conhecemos pessoas que foram muito fiéis em muitas coisas do Senhor.
Pessoas que construíram e que ajudaram a construir essa grande Obra, e
muitos ficaram na caminhada. Mas nós não sabíamos onde estava o
problema. Então, daí a um pouco, o tempo mostrou onde estava o
problema: na mentira, no ódio, na tristeza, na decepção... Nós não
podemos ter isso, não podemos gastar tempo nessas coisas delicadas
porque nós gostamos dela. Há coisas em nossa mente que nós
guardamos com muito carinho que é o ódio, a vingança no coração.
Quando nós pensamos em tirar isso do coração é um sofrimento. O
Senhor fala que quando Israel, na luta pela terra, quando Judá foi possuir
uma determinada área, o Senhor limpou, tirou os inimigos dali, da
montanha, mas ficaram os carros ferrados.
Nós recebemos uma libertação. Deus vem, nos abençoa e é o
momento de salvação. Muitas coisas saem da nossa mente. “Estou livre,
estou liberto, mas os carros ferrados ficam”. Aquilo que nós não
queremos tirar. Uma coisa o Senhor fez, afastou os inimigos, mas nós
deixamos os carros ferrados. Aquelas coisas que estão lá dentro, no
nosso interior e está no lugar mais precioso da criação do homem que é
a mente. É na mente que a grande riqueza do homem se forma. São os
nossos pensamentos: é a tristeza, é o engano; são os pensamentos
obsessivos que a gente fala assim: “eu acho que fulano não gosta de
mim”. Às vezes, nunca conversou com aquela pessoa: “Não falou
comigo”. Aí não dorme aquela noite porque a pessoa não falou aquela
noite. Eu não vou falar aqui sobre o casamento, porque o casamento
tem algumas coisas estranhas. “Hoje estamos fazendo bodas de ouro,
mas eu me lembro do primeiro dia em que fulano me tratou mal, fez
cara feia...”. Então veja só, as pessoas tem “chulé” na mente. Elas
guardam até o mau cheiro das coisas, são como carros ferrados, é como
coceira e tem gente que gosta de coçar. A mente é assim. Ela envasilha o
mal, ela dá contorno ao mal e ela emoldura o mal. Para você entrar ali

33
tem que tirar a moldura tem que virar de cabeça para baixo e meter
muita “solda caustica”.

4 - “...VÊ SE HÁ EM MIM ALGUM CAMINHO MAU...”

O salmista fala: “sonda-me ó Deus”. Nós não podemos entender


hoje que esta Obra vai caminhar deste jeito. Deste jeito que nós estamos
pensando. Entramos, sentamos, saímos, pregador pregou, acabou... Não,
não vai ser assim. Nós entramos num momento em que a mente deve
ser trabalhada pelo Senhor. Nós já temos todos os recursos para vencer.
O que me adianta estar pensando numa palavra agressiva, pensando a
noite toda sobre uma palavra de uma pessoa agressiva? Eu tenho que
guardar aquilo por causa de quê?
A palavra que nós temos hoje é a seguinte: é a mente firme no
Senhor. É a limpeza da mente. Se você começar a fazer essa limpeza
todo dia na sua vida, você vai mudar. Lute contra a sua mente, derrube
esse gigante que às vezes investe inveja, maledicência, maldade. Nós não
podemos entender, por exemplo, que um pastor não goste de uma
ovelha por pior que ela seja, que ele crie um obstáculo para aquela
ovelha, que ele se envergonhe, que ele se confronte, em hipótese
alguma, por traz da mente. Quando as pessoas agem assim é porque há
um defeito na mente. A mente está doente. Eu estou falando isso e
parece que estou falando novidade. Não é uma novidade isso, mas é
uma abordagem que nós devemos levar em conta. Hoje o Senhor me
trouxe, me convocou para dar essa palavra aqui e todas as aberturas
daqui para frente serão sobre essa palavra. Ou nós mudamos a mente
todo dia e firmamos a mente no Senhor ou nós vamos ser derrotados. A
obra não vai ser derrotada, nós é que vamos ser derrotados, porque nós
vamos nos permitir nas coisas que estão em volta. É o envolvimento. É
natural. Você saiu aqui e o carro bateu ali, foi ali, uma pessoa o tratou
mal; você foi deitar e uma notícia ruim, é a família, são os filhos... Não é
que você vai sublimar tudo. As coisas têm que ser levadas em conta, dar
solução às coisas que você tem que dar, mas tem que descansar no
Senhor. Eu contei no Domingo passado uma experiência de uma cliente
minha, e aí nós estávamos conversando e ela disse: “o senhor não sabe
das minhas grandes lutas, dos meus grandes sofrimentos. Perdi minha
mãe, perdi meu pai, meu esposo, perdi meu filho mais velho e depois
perdi meu filho mais novo. Eu me sentia a pessoa mais infeliz do mundo.
E houve um dia em que eu disse assim: Senhor, eu não posso mais
conviver com isso. Ou eu vou morrer ou o Senhor vai me libertar, e
naquele dia o Senhor me deu uma benção em que eu nunca mais
esqueci, nunca mais chorei; não é que eu não tenha saudades deles,
pois eu tenho, mas eu recebi uma libertação na minha mente. Uma
libertação que eu não sabia se eu teria essa libertação. Eu não sei se eu
conseguiria de mim mesmo, nem ela se libertar”. Mas nós temos o

34
recurso que é o clamor pelo sangue de Jesus; e clamar pelo sangue de
Jesus não é dizer: fica ali, vai para cá, vai para lá... Não, o clamor pelo
sangue de Jesus é a nossa entrega, é a nossa entrega da mente ao
Senhor”.
Às vezes, a gente gosta de uma música, ouve uma música, e a
música vem e faz uma impregnação na nossa mente, e é até uma
música que desagrada ao Senhor, porque a mente não está firme no
Senhor. Então a coisa vem. Fulano de tal, coloca uma coisa na sua
cabeça. Mas para entender, eu não preciso odiar meu irmão, eu não
preciso ter restrições a pessoas, eu não preciso ter inveja, de ter ciúmes...
Eu não preciso ter isso para viver. Eu preciso ter uma mente firme no
Senhor, e nós precisamos entender uma coisa: o homem que Deus
chama para esta Obra, ele chama para viver e conhecer valores
estabelecidos no projeto eterno da salvação. Este projeto de salvação
conflita freqüentemente com o ensino e a prática do projeto da vida
terrena. O projeto de salvação entra em conflito com tudo o que é
terreno. Algumas coisas nós podemos excluir, outras nós não podemos,
especialmente aquelas que estão impregnadas na nossa mente. Os anos
se passaram, 30 anos e ele diz: Eu bem lhe disse. Então, passaram 30
anos pensando numa coisa que não adiantou nada. Se nós parássemos
agora e começássemos a ver, e hoje é isso que o Senhor quer de nós,
quanto lixo tem na nossa cabeça, nós iríamos ver que não vale a pena
carregar essa lixeira na cabeça, que é um peso muito grande, é algo que
está nos adoecendo, os irmãos estão ficando doentes. Há pessoas que
morrem antes do tempo, porque, às vezes, a mente fica tão carregada,
tão cheia de coisas que nós pensamos que não vamos suportar. Agora,
fazer força para tirar da mente ninguém consegue. Somente uma
operação do Espírito Santo e se não for do Espírito Santo, é uma luta que
você está travando de forma desigual. Nós dizemos: “Senhor carrega o
nosso fardo”, mas não existe fardo pior do que a nossa mente. Hoje é
possível que o Senhor dê uma libertação em muitas coisas aqui, mas os
carros ferrados, alguns vão ficar ainda. E o vício? O vício é o pensamento
vicioso da doença da mente. No tempo de Sodoma e Gomorra, foi
atingida a carne e hoje está sendo atingida a mente. A operação do
adversário é em cima da mente porque é a coisa mais nobre do homem,
que é a sede de todos os conflitos. Você só é vitorioso quando a sua
mente está nas mãos do Senhor. Não é uma tarefa fácil. Nós sabemos
que nós vamos lutar muito com isso. Nós vamos lutar por muito tempo
porque é aquilo que nós herdamos de nossos pais.
A mente, quando ela começa a trabalhar nas coisas do Senhor, o
problema vira para os outros, o problema se converte, você se liberta e
uma mente livre é sede da grande operação do poder de Deus. Nós
hoje temos homens e mulheres com dons espirituais, mas eles ficam
limitados. Os dons espirituais ficam limitados. Os dons ficam somente na
calota craniana. Para baixo, nada. O cérebro fica todo ali. Sabe por que?

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Porque o resto está sujo. O dom que deveria ser usado em projeto de
cura, maravilhas, fica aqui, não entra. Nós temos que entender uma
coisa: o Senhor nos chamou foi para uma obra e não para uma religião.
Como religião, não tem nenhuma pior do que a nossa, porque aqui a
carne não pode funcionar. Na religião, a carne tem todos os valores e
aqui, não. Então como religião, essa aqui é a pior que existe, porque não
tem lugar para a carne.
Conquistar o reino é descobrir os segredos de Deus. Para as lutas
deste momento, libertar a mente daquilo que está escravizando-a. Às
vezes nós ficamos escravos por uma coisa de nada. Uma bobeira entra
na nossa mente, ficam uns 50, 60 anos e só sai quando nós morremos.
Será que vai continuar sendo assim? Você tem vergonha de dizer que
mentiu e carrega aquilo. Carrega o lixo da vida, da mente. Eu acho que
não preciso falar mais nada porque cada um sabe de suas necessidades,
mas a nossa preocupação é mudar a mente para uma mentalidade de
Obra a partir de todos nós, sem exceção. Aqui não existe ninguém que
nunca sofreu as agressões da mente, aqui não tem “santinho” não. O
Senhor quer isso como norma para a Obra.

5 - “...E GUIA-ME PELO CAMINHO ETERNO.”

O salmista dizia: “sonda-me ó Deus”. Quando nós clamamos pelo


sangue de Jesus, o Espírito Santo deve ter lugar para sondar.
Quando os irmãos começarem a ver a operação da mente liberta,
os irmãos vão começar a entender o processo da salvação (que é o
caminho eterno), como ele se renova na nossa vida. Nós, às vezes,
ficamos impregnados de teorias, posições, de serviços que prestamos, de
ocupações, de coisas que fazemos até para o Senhor, de oração, de
leitura de Bíblia, de mensagens e está tudo certo! Mas o que Deus quer
para nós é a mente firme nele, a mente firme no Senhor e isso é
fundamental.
Quando alguma coisa vem e ela vem só para te prejudicar. O
pensamento ele não prejudica a outra pessoa, o ato prejudica, aquilo
que você executa depois do pensamento prejudica o outro, mas você é
o mais prejudicado porque você se destrói a si mesmo. A tristeza, a
aflição, a angústia... O mundo está cheio disto e nós não podemos viver
assim. Temos os nossos pertences, aquilo que é nosso, que nós
herdamos e a culpa nós colocamos nos nossos pais, mas a culpa é nossa
mesmo porque nós é que somos pais. Nós temos que pedir a Deus, e
hoje nós vamos dar início a uma nova fase nesta Obra com uma
preocupação fundamental: pensamentos. Como é difícil tirar a
preocupação. “Amanhã, depois de amanhã, o ano que vem, daqui a 10
anos, como será o governo do ano que vem?” Mas meus irmãos, nós
temos que vencer: são os inimigos que estão em volta. A mente tem que
estar firme no Senhor. A mente tem que está liberta.

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6 – CONCLUSÃO

“...sonda-me, ó Deus...”

O salmista diz assim: “sonda-me ó Deus”. Às vezes nós fazemos


coisas, o pensamento envasilha o mal e nós pensamos que está certo,
mas o Senhor vem e nos mostra. Quando nós abrimos a Palavra, quando
nós consultamos sobre a vida dos outros o Senhor vem e nos mostra o
nosso pecado. Quem quiser, pode consultar sobre a vida dos outros, mas
saiba de uma coisa: o Senhor vai mostrar o seu pecado para você acertar
a sua vida. O Senhor está disposto a libertar a sua mente. Nós temos o
clamor pelo sangue de Jesus, nós temos a mente firme no Senhor. Toda
vez nós temos que lembrar: a mente firme no Senhor. Hoje é um dia de
libertação aqui para todos nós porque o Senhor é onisciente, ele
conhece a nossa mente. Um coração livre das coisas desse mundo é um
coração liberto para ser usado nas coisas do Senhor, nos dons espirituais.
O Espírito Santo está aqui para libertar, mas nós não podemos deixar os
carros ferrados na nossa mente porque sabemos qual será o fim? Você
sai da obra, começa a falar mal da obra, de todo mundo e perde tudo.
Por isso, nesta manhã, nós vamos deixar o Espírito Santo operar nas
nossas mentes.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

8-A CURA DE EZEQUIAS

Isaías 38:1 “Naqueles dias Ezequias adoeceu e esteve à morte. E veio


ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz
o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não
viverás.”

 Virou-se Ezequias para a parede e chorou abundantemente.


 Veio novamente a palavra do Senhor a Isaías dizendo: “Volta e
dize a Ezequias: Ouvi as suas orações, vi as suas lágrimas, eis que te
acrescentarei 15 (quinze) anos.”
 Disse Ezequias: “Que sinal me das de que eu subirei a casa do
Senhor? A sombra do relógio de Acaz voltará dez graus.”
 Disse mais o Senhor: “Ponham uma pasta de figos sobre a ferida
para cicatrizar.”

CONSIDERAÇÕES

 O homem não conhece a sua condição (condenado).


 Doença mortal (pecado).
 Isaías (Filho).
 Projeto de Deus através de Jesus (Filho).
 Através de seu sacrifício fez o homem conhecer o seu estado de
condenação.
 Ezequias – o homem.
 Voltou-se para a parede: deu as costas para o reino deste mundo,
voltou para o reino eterno.
 Chorou: creu na revelação, se humilhou, aceitou o projeto
(enviado de Deus).
 Casa em ordem: acertar a vida diante de Deus para receber
perdão.

VEIO NOVAMENTE ISAÍAS DIZENDO:

 Deus envia o seu Espírito Santo para dar ao homem


arrependimento que se volta para o reino de Deus...
 15 (quinze anos). O homem passa a desfrutar a vida de Deus.
 Disse Jesus: “Eu vim para que o homem tenha VIDA e VIDA
abundante (15 anos).

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 Relógio de Acaz: Deus levando o homem a viver o seu tempo.

PASTA DE FIGOS

 Jesus que foi moído pelas nossas transgressões, para que fossemos
sarados, apagadas as seqüelas do passado.

Para melhores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:


secretaria@presbiterio.org.br

Rua Torquato Laranja, 90 – Centro


Vila Velha - CEP.: 29.100-370
Espírito Santo - Brasil
Tel.: 27 – 3320-3392 / 3320-3398 / 3320-3397 Fax.: 27 –
3320 – 3395

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

9-ENTRA, BENDITO DO SENHOR


(A LONGA JORNADA)

Gênesis 24: 25 e 31

v.25 “Disse-lhe mais: Temos palha e forragem bastante, e lugar para


pousar.”
v.31 “E disse: Entra, bendito do Senhor; por que estás aqui fora? pois eu
já preparei a casa, e lugar para os camelos.”
Quando Abraão quis uma noiva, uma esposa para o seu filho
Isaque, Abraão é a figura do Pai, Isaque é a figura do filho único, a
esposa é a Igreja, ele chamou um dos seus servos que se chamava
Eliezer e disse para ele ir buscar uma noiva para o seu filho. A
recomendação fundamental foi esta: Eu quero que você traga uma
esposa para o meu filho que seja da nossa família, que tenha o nosso
sangue. A igreja que vai ser arrebatada, ela tem que ter a genética da
eternidade. Foi por isso que Jesus trouxe o sangue dele, que é o Espírito
Santo para colocar na vida da igreja e só entra lá na eternidade a noiva
que tem a genética da eternidade, que é o Espírito Santo. Nada mais,
nada menos do que a operação do Espírito Santo para a igreja dos
nossos dias.
Primeiramente era o lugar para passar a noite. Nós estamos
vivendo uma noite que é a noite profética dos tempos. É a noite onde
tudo se fez trevas. É a mesma noite que antecedeu a saída de Israel do
Egito. Enquanto havia trevas, o povo de Israel tinha luz. O mundo não
está muito preocupado conosco porque ele está mais preocupado com
as aflições que eles estão vivendo. As lutas estão envolta, e é por isso que
o Senhor está nos permitindo, agora, caminhar na luz, na benção,
batismo com o Espírito Santo, revelações, porque o caminho tem que
estar bem claro para nós, o caminho da saída. O mundo não sabe
porque ele está vivendo em trevas. Enquanto há confusão, a igreja está

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debaixo da benção, da luz gloriosa do Senhor Jesus. É o caminho, a
revelação, o batismo com o Espírito Santo, é a igreja, é o corpo, é uma
caminhada única, todos saindo, todos partindo na mesma direção, de
mãos dadas para a terra prometida.
A pergunta era esta: “Porque estais fora?” Foi a pergunta de Labão.
Eliezer chegou, estava lá, trouxe os camelos, trouxe os vasos, trouxe os
adereços para a noiva que era Rebeca e agora era noite e a pergunta
era esta: “Porque você está fora?” A casa está aberta, vem passar a noite
conosco. Fica conosco, porque ele sabia que era a última noite. Não era
justo que aquele homem que estava vindo de uma longa caminhada.
Não é justo que o Espírito Santo nestes 2000 anos de operação, ele não
tenha um lugar nesta hora para pousar, não tenha uma igreja, não
tenha um povo que reconheça que está vivendo esta hora da noite. Não
é justo que o Espírito Santo fique do lado de fora da minha vida, da sua
vida, da vida da igreja nesta última hora da noite. Não é justo que nós
sejamos donos da benção. Não é justo que nós sejamos donos de
rebanhos, não é justo que nós sejamos donos de igrejas, dono de
grupos, não é justo. O Espírito Santo está vindo de uma longa
caminhada e ele tem trazido para nós tudo aquilo que nós precisamos,
vasos de ouro, vasos de prata, nós temos visto a benção da salvação, a
benção do poder, os camelos estão aí, estão chegando, e a nossa
posição é como a de Rebeca, de joelhos no poço, é aquela que serve,
aquela que está junto ao poço das águas vivas, é aquela que não nega a
água aos viajantes, aos servos, àqueles que caminham nesta hora difícil,
de longas distâncias. Esta é a noiva, esta é a Rebeca, e o apelo agora era
aquele: “Entra, bendito do Senhor”, você não pode ficar do lado de fora
nesta hora da noite. Nós não podemos admitir que o Espírito Santo não
seja dono desta obra, nós não podemos admitir que nós sejamos os
donos desta obra, nós não podemos admitir e ninguém pode admitir
isso. Agora é a hora do Espírito Santo pernoitar porque o amanhecer do
dia vem, o dia vai raiar, um novo dia vai raiar e a igreja vai embora, esta é
a última oportunidade, é a hora da noite e às vezes nós deixamos o
Espírito Santo do lado de fora por coisas pequenas e alguns queriam até
protelar, dizendo para não ir embora agora não e a resposta de Rebeca
foi não, a igreja não espera por retardatários, a igreja fiel não houve a
voz da carne nesta hora, a igreja fiel está pronta porque o Espírito Santo
está aprontando a sua igreja e ela vai embora porque ela não tem
compromisso mais, mas ela está pronta, ela já recebeu os colares, os
adereços. Agora, ela é a noiva amada, está pronta, está disposta e ela
está composta para esta saída. Ao amanhecer do dia nós estaremos indo
embora porque o noivo está a nossa espera. É o grito: “Aí vem o noivo,
saí ao encontro”. Quem sai é Rebeca. Foi ela quem saiu, não foi ele não.

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Ele não virá, ele ficará nas nuvens ao encontro da igreja que sairá ao seu
encontro.
O apelo era este: “Entra, bendito do Senhor”. Era a última noite, era
a experiência daquele que tinha trazido tantas coisas para aquela casa,
tantos benefícios e eles viram estas riquezas. A obra nesta hora tem
muitas riquezas tão grandes para mostrar. Ela não tem riqueza das
conversas, das brigas, dos desentendimentos, ela não tem isso para
oferecer. Ela não tem líderes para oferecer. Ela tem aquilo que o Senhor
está dando nesta hora porque a beleza dela é a postura dela, é a ética, é
a forma dela agir, dela conversar, dela falar, dela se comportar, dela de se
vestir, como foi o caso de Rebeca. Era noite, era a última noite e o apelo
era: “Entra, bendito do Senhor. Porque estás do lado de fora?” Esta é a
pergunta e nós não podemos como obra admitir em hipótese nenhuma
que o Espírito Santo não esteja dirigindo esta obra nesta hora da noite.
Não há mais tempo para deixar de fora aquele que tem trazido todas as
riquezas da eternidade e principalmente a benção da Salvação.
A igreja vai partir, Rebeca vai partir. “Eu vou-me embora” era a
palavra dela. Ela viu, ela sentiu tudo, ela sentiu o amor do noivo que
estava distante e mandou para ela tudo aquilo, os adereços. Ela estava
pronta para partir, o dia vai amanhecer, e a nossa mensagem nesta hora
é essa: “Entra, bendito do Senhor. Passe a noite, há lugar aqui para você
e para tudo aquilo que você trouxe, para aqueles que vieram trazendo as
riquezas, os anjos.” Essa grande operação de poder que o Senhor está
operando nesta hora.
Meus irmãos, que coisa extraordinária foi o compromisso assumido
pelo Espírito Santo quando colocou a mão sobre a coxa de Abraão: “Eu
não me alimentarei, eu não comerei enquanto não ver o resultado desta
obra.” Meus irmãos, nós não podemos deixar o Espírito Santo do lado de
fora nesta hora porque ele cumprirá a sua tarefa. Ele não veio para ser
servido, ele veio para servir na sua humildade esperando que Rebeca se
apresentasse, aquela que estivesse junto ao poço e se ajoelhar para dar

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água, essa sou a quem eu tenho escolhido, esta é a igreja. Nós não
podemos deixa-lo de fora. Ele jurou que não vai se alimentar enquanto
ele não levar a igreja, enquanto ele não fizer a vontade do Pai.
Meus irmãos, nós não podemos parar na nossa caminhada. Uns
irão antes, outros vão aguardar o dia, por certo, mas uma coisa nós
temos que dizer para o nosso povo: não há mais tempo a perder, e a
mensagem é esta: “Entra, bendito do Senhor.”

Gênesis 24:31
“Entra, bendito do Senhor...”
Texto: Casamento de Isaque.

- Veio buscar a noiva que tem o mesmo sangue – a que se humilhou e


deu a água (a bênção).
- O Espírito Santo dá os adornos à noiva: DONS.
- O avivamento vai ser feito.
- Rebeca (a noiva) só fica esta noite.
- A obra (CORPO).
- Abriga essa operação do Espírito Santo.
- Corpo e Sangue: Clamor.
- Sangue = Espírito Santo preparando a igreja para o arrebatamento
(alimento para viagem)
- Labão: “Entra, bendito do Senhor, passa a noite em nossa casa.”
- A igreja nesta hora da noite precisa abrir a casa para a entrada e
pernoite do Espírito Santo.
- A benção do Espírito Santo na nossa vida nesta hora é indispensável.
- A igreja tem que ir embora, ninguém vai detê-la. “Deixa o meu povo
ir”
- Não é um pedido nem um apelo, é uma ordem.
- Estamos juntos com vocês no mesmo desejo e no mesmo sofrimento.

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- Não viemos trazer novidades e nem religião.
- O Evangelho está acomodado vai terminar na Obra do Espírito Santo,
com mudança total, no misticismo ou na superstição.
- Só temos uma saída: voltar ao poder de Deus o tipo de Evangelho
dos nossos dias está fortalecendo o Anti-Cristo.

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10-A CANDEIA
“Mas à meia noite ouviu-se um clamor: aí vem o esposo, saí-lhe ao
encontro.” - Mateus 25:6

INTRODUÇÃO
O texto que lemos se refere a uma parábola que o Senhor Jesus
contou para ensinar a respeito do reino dos céus e despertar o homem
para se preparar a fim de que possa também fazer parte desse reino.
Todas as vezes que o Senhor Jesus fala do reino, Ele se refere a um
reino espiritual e eterno, ou seja, o reino dos céus.
Esta parábola era profética e falava de um tempo que viria, e que
nós sabemos, hoje, que a vinda desse tempo já é chegada.

DESENVOLVIMENTO
1) Sabemos que a parábola contém uma linguagem comparativa que
traz um ensino. O Senhor Jesus usa, nesta parábola, a comparação do
Reino dos Céus com a figura de uma festa de casamento como essa
festa acontecia nos seus dias.
- A figura do noivo - representando sua própria pessoa,
- A figura da noiva - representando Sua igreja fiel,
- A figura do casamento - representando seu compromisso com a Sua
igreja.

a) Por exemplo, era comum naqueles dias, o noivo oferecer um dote


para casar-se com a noiva.
- O dote que Jesus ofereceu à sua igreja foi a sua própria vida.
b) O noivo fornecia também as vestes nupciais, ou vestes festivais para os
convidados.
- Da mesma forma Jesus ofereceu à sua igreja uma vestimenta festival
que se chama: vestes da salvação. A igreja de Jesus se veste da alegria
da Sua salvação.
c) Mas um elemento indispensável para a festa era a CANDEIA. Essa,
cada um trazia consigo de casa, pois não era fornecida pelo noivo. A
existência da candeia era porque a festa se estendia pela noite a dentro.
Era necessária, também, porque o noivo sempre chegava de noite para
dar inicio à festa do casamento.

2) COMO SE DAVA ISSO:


Ninguém sabia a que hora da noite o noivo havia de chegar, por isso a
necessidade de se levar azeite de reserva consigo para o caso de
eventual demora na chegada do noivo.
Essa reserva também era necessária, porque a candeia era pequena e o
azeite contido nela dava para iluminar apenas durante uma hora.

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Era necessário levar azeite de reserva em quantidade de pelo menos 12
reposições de azeite na candeia, ou seja: uma para porção cada hora da
noite.

Levar azeite de reserva - atitude prudente,


Não levar azeite de reserva - atitude imprudente.

O último dia da festa era o dia da chegada do noivo. Ele nunca passava
da meia noite, porque:
- Era à meia noite que encerrava o prazo do seu compromisso com a
noiva.
- Depois disso não tinha compromisso com mais ninguém.
- A meia noite era a hora mais escura da noite, mas também, era a
hora em que as candeias mais brilhavam, tornando a festa mais
iluminada.

APLICAÇÃO
Estamos vivendo atualmente num momento de trevas e escuridão
espiritual no mundo, como jamais foi visto. A iniquidade se multiplicando,
a insensibilidade do coração do homem e a cegueira espiritual tem
crescido assustadoramente nos dias atuais.
Jesus falou dos dias atuais como dias de grande aflição para os homens.
Falou de guerras, rumores de guerras, fome, pestilência em vários
lugares e que os "homens desmaiariam de terror na expectação de
acontecimentos terríveis que sobreviriam ao mundo".

Entendemos que estamos chegando a um momento chamado aqui no


Texto de "hora da meia-noite". Esse é o momento do maior negrume das
trevas espirituais que o mundo está vivendo. Portanto o reino de Deus na
Terra ou seja: o tempo da igreja fiel de Jesus na Terra está chegando ao
fim.

3) A CANDEIA
É por isso que a candeia acesa era fundamental para o convidado estar
preparado para a participação naquela festa da casamento.
O modo de segura-la era com a mão próxima ao rosto para que na hora
mais escura da noite, quando o noivo chegasse, identificasse o rosto que
estava iluminado pela candeia.

A CANDEIA de uso individual era quase sempre feita de barro.


CANDEIA DE BARRO - figura do homem.
A Bíblia diz que o homem foi feito do barro. "Tu és pó e ao pó te
tornarás".

APLICAÇÃO

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O homem pode ser rico, poderoso, pode ter todos os predicados, mas
em si mesmo, como homem, não passa de barro.
Você pode ver um barro melhorado, falando inglês, fazendo plástica,
usando perfume francês, mas nunca deixa de ser barro.
Consciência do homem como barro:
- Ver um acidente na estrada,
- Ir a um IML, ou a um pronto socorro, ou a um hospital de câncer.

Todavia a maior beleza de uma candeia de barro é quando ela está


cheia de azeite e a chama de fogo está acesa nela e pode dar brilho para
todos os que estão ao redor de si.

CANDEIA - AZEITE - FOGO


- A candeia fala do homem, porque é barro.
- O azeite fala da bênção do Espírito Santo de Deus, destinada àquele
que aceita a Jesus como seu salvador.
- O fogo fala do amor de Deus que se manifesta na vida daquele que
crê em Jesus, como uma chama acesa e que jamais se apaga.

A posição da candeia na casa: colocada no velador, iluminando toda a


casa. Iluminava também os jardins da casa e a sala do banquete.
É assim que Deus quer nos ver recebendo e valorizando a salvação em
Jesus, para termos as candeias totalmente iluminadas nesta hora da
noite.
É por isso que Deus quer encher do Seu precioso azeite a candeia de
muitas pessoas hoje aqui, ao receber em seus corações a salvação em
Jesus, a fim de prepará-las para a entrada no Reino de Deus. Para não
serem apanhadas pelas trevas exteriores.

4) ÚLTIMA OPORTUNIDADE
Este momento de final dos tempos que estamos vivendo é um solene
aviso para a entrada, ainda em tempo, na festa do Reino de Deus.
Foi assim que aconteceu nos dias de Noé..."...não perceberam, senão
quando veio o dilúvio...".
A expressão: "Senhor, abre-nos!". A porta do reino de Deus só se abre
quando a candeia está acesa e o rosto se distingue no meio da
escuridão.
Nas trevas não há identificação com a luz. É o brilho da candeia que
identifica o servo de Jesus nesta hora da noite.
Comprar o azeite depois da hora? O dono do azeite já estava também
na festa. Não se deixa uma oportunidade desta para depois. Encha a sua
candeia com a salvação em Jesus, enquanto a porta do Reino de Deus
está aberta.

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11-A GRANDE OBRA

NEEMIAS 6:3 - E enviei-lhes mensageiros... e fosse ter


convosco?

Meus irmãos, a grande obra é também um grande


desafio porque ela tem como resultado a salvação.
A Palavra do Senhor aponta, em várias ocasiões, as
lutas que foram travadas em verdadeiras batalhas para fazer
prevalecer a vontade de Deus.

Davi.

Vamos citar o caso de Davi contra o gigante Golias. (I


Sm. 17)
O povo de Israel estava sendo desafiado. Saul estava
reunido com os seus exércitos para uma peleja contra os filisteus.
Acima do ribeiro estava o gigante Golias, dos exércitos dos filisteus;
abaixo estava Saul e os seus exércitos.
O desafio já durava quarenta dias. E o desafio de
Golias era este: Dá-me um homem para que ambos pelejemos. E
ninguém de Israel se movia.
Os exércitos de Saul estavam todos uniformizados,
tinham todos os recursos, mas o gigante colocava temor em todos
aqueles homens. Como ninguém se oferecia, cabia a Saul aceitar
aquele desafio porque ele era o rei, mas Saul viu que os seus
exércitos não estavam preparados e nem ele próprio.
Naquele momento, Deus enviou o socorro. Davi
chegou e viu a situação do povo de Israel e disse: Eu aceito o
desafio, eu vou lutar contra o gigante inimigo.
Saul ofereceu-lhe toda a roupagem, armadura,
capacete, espada, couraça, tudo o que ele possuía para aquela
finalidade, todos os elementos de defesa e de ataque, mas Davi não
conseguiu sequer andar com aquilo tudo. Andou pra lá, andou pra
cá e disse: Não posso andar com isso, não estou acostumado. E
tirou aquilo tudo e vestiu-se com a sua própria roupa.
Davi foi para lutar com Golias com aqueles elementos
que foram fundamentais para a vitória, que eram:

A sua roupa de pastor de ovelhas.

Essa roupa é o símbolo da humildade, da simplicidade.

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A Obra é simples, ela não tem aparência. Nós não
estamos preocupados com a suntuosidade, com a cultura, com a
teologia, com quantidade, pessoas, isso não funciona, isso não nos
motiva para a batalha.

O seu cajado.

O cajado é aquilo que determinava o caminho, era o


que orientava as ovelhas. O cajado é o símbolo da direção do
Espírito.
Davi foi direcionado pelo Espírito para ir até o ribeiro
das águas antes da luta.

A sua funda.

Davi trazia na mão a sua funda, que é o poder do


Espírito Santo para atingir o inimigo à distância.

O seu alforje.

Davi levava o seu alforje ao seu lado. Isso fala de um


coração pronto para receber os recursos da parte do Senhor, que
são os seixos tirados do ribeiro.

As pedras do ribeiro.

Davi vai até ao ribeiro e escolhe cinco seixos e os


coloca no seu alforje.
Quando ele se abaixou para pegar os elementos que
necessitava para a vitória, ele recebeu, mais uma vez, a bênção do
Espírito Santo, o rio das águas vivas, que prepara todos aqueles que
vão para a batalha.
Quanto mais o homem se abaixa, quanto mais ele se
ajoelha, quanto mais ele se humilha, mais ele consegue pegar os
elementos para a batalha.
Davi conseguiu pegar as pedras que iam-lhe dar a
vitória.
Há uma grande obra para ser realizada, mas não vai
ser com a roupa de Saul, com a roupa da Religião.
A Religião fala de Jesus, usa o nome de cristianismo,
mas é roupa de Saul, é aparência.

Estavam ali o povo de Israel e o seu rei Saul, mas o


gigante não se intimidava e lançava o mesmo desafio há quarenta
dias e não houve, daqueles ali, quem aceitasse lutar com ele.

50
Israel já não tinha condições de lutar contra aquele
inimigo.
Davi realizou a obra que agradou ao Senhor, ele deu
a vitória aos exércitos de Israel porque ele foi em nome do Senhor
dos Exércitos.
A palavra dele para o gigante Golias foi esta: Tu vens a
mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti
em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus do s exércitos de Israel, a
quem tens afrontado.
Davi correu para o combate e pegou uma daquelas
pedras, colocou na funda e atirou, e ela feriu o gigante na testa.
Davi não se abraçou com o gigante não, de longe ele atirou a
pedra e ela ficou cravada na testa do inimigo. Ele foi ferido na
cabeça.
Uma grande obra se realiza com os recursos que vêm
da parte do Senhor.

A salvação é dinâmica.

A salvação na nossa vida é uma grande obra. Nada é


estático, tudo é dinâmico.
Saul estava parado, inerte perante aquela situação, o
gigante o desafiava há quarenta dias e ele não tomou nenhuma
atitude.
Saul tinha tudo aquilo que a Religião tem, toda a
estrutura, toda organização, toda a tradição, nome de cristianismo,
Bíblia, tem tudo arrumadinho, só não tem dinamismo. A Religião
permanece estática diante do desafio, mas o Senhor tem chamado,
Ele tem escolhido a Davi, que na tipologia bíblica simboliza o Senhor
Jesus, aquele que saiu vencendo para vencer, aquele que tem uma
obra vencedora.
Não é parado que se vence este grande desafio, não
se vence sem lutar. A luta tem que ser travada, mas o Senhor vai
dar a vitória. Ele deu a Davi e vai dar a todos aqueles que estão
realizando a sua obra.

Neemias.

Neemias vai reconstruir a cidade de Jerusalém, os


muros. As lutas se travaram de todas as partes, ameaças, recados,
conspirações por parte do inimigo.
Os muros estavam reconstruídos, sem brechas, mas
faltava colocarem as portas. Então Neemias recebeu um convite
dos seus inimigos: Vem e congreguemo-nos.

51
Mas Neemias recusou e mandou o seguinte recado:
Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer.
Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter
convosco?
Esta Obra não pode envolver-se com as coisas que
estão à sua volta. Nós não estamos preocupados com os desafios
lançados aí fora pela Religião, não estamos preocupados com que o
possam dizer a nosso respeito, nós estamos preocupados em
realizar a Obra e o resto o Senhor faz.
Há aproximadamente trinta anos, nós estávamos
buscando uma bênção. Havia um grupo que ia orar na beira da
praia (porque era mais tranqüilo para nós), ou no monte. Naquela
ocasião o Senhor começou a nos dar as experiências.
Num determinado dia o Senhor nos mandou fazer
uma serenata na casa de uma família que era católica praticante,
era uma família tradicionalmente católica, envolvida dentro da sua
religião, não eram apenas católicos nominais.
Havia uma criança doente naquela casa, um menino,
ele estava mesmo muito doente. Ele havia tomado um produto de
limpeza, um removedor e ficou intoxicado, foi envenenado pelo
produto.
O tempo passou.
Esta semana eu estava pregando numa igreja em Vila
Velha e reencontrei aquela família. A mãe dele disse para mim: Eu
agora encontrei alguma coisa que eu sei que é verdade. A irmã
dele me procurou e disse assim: O senhor está reconhecendo
aquele jovem que está ali? Ele é aquele menino por quem vocês
oraram há quase trinta anos atrás.
Aquele menino agora era um jovem, o Senhor o
curou naquela ocasião e hoje ele está na Igreja, ele foi o último da
família a converter-se.
A mãe dele era uma pessoa difícil porque tinha a sua
vida religiosa muito comprometida com a sociedade, mas há dez
anos o Senhor começou a realizar uma obra na família dela.
Hoje encontrei-a aqui, ela estava na porta e disse para
mim: Quem diria, heim?
E eu entendi tudo o que ela estava dizendo.
A obra do Espírito se realiza independentemente da
nossa vontade, nós temos apenas que obedecer e descansar.
Há pessoas que estão no nosso meio cujos familiares já
conheciam a Obra há vinte anos, mas só agora se definiram e
vieram.
A Obra é um grande desafio e nós não podemos
parar. O tempo vai passando e nós vamos conhecendo os

52
resultados daquilo que está sendo feito. A cada dia se trava uma
nova batalha e nós vamos vencendo essas lutas.

As lutas não desaparecem, elas só mudam de aspecto,


mas vão sendo vencidas de tal maneira que chega a um ponto em
que nós não temos mais que dar satisfação a elas porque passamos
a confiar no Senhor e Ele vai-nos dando a vitória.
Nós não passamos por duas provas iguais, elas são
sempre diferentes porque aí está o fortalecimento para a nossa vida.
A grande Obra é muito dinâmica porque está
relacionada com a salvação.

Os recursos para a vitória.

Nós conhecemos os recursos que o Senhor tem


colocado à nossa disposição para a vitória.
Da mesma maneira que as cinco pedras estavam no
alforje de Davi, o Senhor tem-nos dado esses elementos para a
vitória.
Quais são eles?
São os meios de graça.
Nós temos as lutas, mas temos as armas também, no
entanto, é vital sabermos usar estas armas. Não adianta dizer: Eu
tenho Bíblia. Eu tenho igreja. Só isso não vai dar a vitória.
Mosha Dyan dizia que uma batalha não se vence com
tanques, aviões e armas sem que estejam devidamente em ordem
para serem utilizados naquele momento. Tudo tem que estar em
ordem, os tanques rodando, carregados de munições, mira perfeita;
os aviões abastecidos, carregados com bombas, prontos para
decolar; o exército mobilizado, atendendo às ordens dos seus
superiores. Desse modo se ganha a batalha.
Não é o caso da Religião. Não era o caso de Saul, ele
tinha tudo, mas faltava a dinâmica, faltava aquilo que era necessário
para se ganhar uma batalha, que é saber usar os recursos.
Quando nós falamos em batalha, nós estamos falando
de Obra.
A Obra é para a nossa salvação, é a luta individual pela
salvação, é a minha, é a sua, é a luta de um corpo, é de um exército.
Nós podemos colocar os três primeiros elementos,
praticamente, num mesmo contexto. São eles: a oração, o jejum e
a madrugada. Temos também a Palavra e o louvor.

I) A Oração.

A oração tem dois aspectos:

53
1) Ela é uma necessidade pessoal.

É a busca, é o clamor pelo sangue de Jesus, é a vida


que nós precisamos, é aquilo pelo qual nós temos lutado a todo
momento, que é a nossa comunhão com o Senhor, é orar sem
cessar.

2) Ela é uma transmissão de vida.

A oração, que é a intercessão, que é uma transmissão


de vida.
Quando eu oro pelo Brasil, por exemplo, eu estou
transmitindo vida e o Senhor vai usar a minha intercessão naquilo
que é o seu propósito. Às vezes eu oro pela irmã e o Senhor está
dando a bênção a outro, porque o Senhor tem um propósito. O
Senhor apenas me fez lembrar da irmã, mas há muitas pessoas em
sua volta com mais necessidade até do que ela e que eu não
conheço, mas Ele conhece. E como a Obra é dele, Ele então dá a
quem quer.
Pode ser também que aquilo seja diretamente para a
irmã. Mas, de qualquer modo, quando eu oro por uma pessoa , eu
estou recebendo uma bênção, ela está recebendo uma bênção, o
outro está recebendo uma bênção e o corpo está sendo edificado.
A Bíblia diz que a santificação é pela Palavra e pela oração.

II) O Jejum.

O jejum faz parte da oração.

Quando é que nós precisamos jejuar?

A Palavra diz que nós precisamos jejuar quando o


noivo não está presente. É quando nós sentimos a ausência do
Senhor nas bodas, na alegria da nossa vida, é aí então que nós
jejuamos.
Se o Senhor está presente, para que jejuarmos?
Ninguém jejua com o noivo presente, na festa.

Por que nós jejuamos?

Nós jejuamos por necessidade pessoal e espiritual.

jejum é uma arma secreta para a nossa vida. E como


é que essa arma funciona?

54
Vamos supor que você está com raiva do seu irmão,
falou mal dele, tudo o que ele faz, você vem e dá uma pancada,
mas você nunca fala na presença dele (Assim como eu faço. Eu só
falo mal dos companheiros quando eles estão ausentes). Você diz
que aquela pessoa não está certa, fala que a igreja ... Eu não
consigo perdoar...
Não consegue perdoar? Sabe por quê?
Porque a carne está forte. Então o remédio é dar um
enfraquecimentozinho nela, mas não é com jejum de 00:00h às
09:00h não, com esse a carne fica num vigor tremendo, é o jejum
de engorda, você dobra o café, você vira leão para comer. De
00:00h às 12:00h é outra festa, é só esperar mais um pouquinho, aí
vem aquele cheirinho de hambúrguer...
Começa com um de 00:00h às 24:00h. Se depois de
vinte e quatro horas você ainda estiver com raiva do irmão, estica,
fica quarenta e oito horas. Se depois disso você ainda não tiver
morrido, fica setenta e duas horas. Mas não é com suco, nem com
água com açúcar não, isso é jejum de faquir.
Com setenta e duas horas você se entrega e vai dar
um abraço no irmão, e vai chorar envergonhado de tanto chorar.
Nunca mais você vai brigar com ninguém. Aí você pega a bênção.
O jejum é um recurso para enfraquecer a carne.

Os aspectos do jejum.

Mt. 4:1 a 11) - O Senhor Jesus mostrou 3 aspectos


fundamentais do jejum. Depois de ter jejuado quarenta dias e
quarenta noites. Ele foi tentado em três coisas:

1) Na carne - O tentador disse: Manda que estas


pedras se tornem em pães.

Ali era trocar o espiritual pelo material. Se Jesus fizesse


aquilo, Ele ia interromper o projeto a partir dali, porque Ele estava
sendo insinuado pelo adversário a fazer exatamente aquilo que não
era o projeto de Deus.

2) Na vaidade - O tentador disse: Aos anjos dará


ordens a teu respeito; e tomar-te-ão nas mãos...

São os elogios, as pessoas gostam disso, serem


especiais em alguma coisa. É quando as pessoas dizem: Você é tão
abençoado! Que mensagem maravilhosa! Você é uma bênção,

55
meu irmão! Você é diácono? Mas, olha, você pregou melhor do
que o pastor. Daqui um pouco ele não quer mais ouvir o pastor.
Ele vê que o pastor vem, e já começa a ficar todo... Se o pastor diz
que a mensagem foi mais ou menos ele já não aceita.
E não é só diácono não, qualquer pessoa está sujeita
a isso. O Senhor dá uma bênção, um dom, e ele transforma aquilo
num projeto de promoção pessoal.
Aí entra o jejum.

3) Na ambição - O tentador disse: Tudo isto eu te


darei.

O jejum é fundamental para evitar a queda porque


chega uma hora que o adversário oferece tudo.
Alguns querem posição, outros querem riquezas e
tantas outras coisas.
O jejum é uma arma que o Senhor coloca à nossa
disposição para a nossa vitória.

III) A Madrugada.

O Senhor revelou que tinha uma bênção especial para


esta Obra, na madrugada.
A madrugada é outro recurso que o Senhor tem dado
para esta Obra.
Quando Israel estava no deserto, Deus mandou o
maná.

Êx.. 16:4 - Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos


farei chover pães dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a
porção para cada dia..

O povo colhia uma porção diariamente, com exceção


do sexto dia, quando colhiam porção dobrada por causa do
sábado. (Êx. 16:22 a 26)

Êx.. 16:14 - E, alçando-se o orvalho caído, eis que


sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda
como a geada sobre a terra.
Nm.11:9 - E quando o orvalho descia de noite sobre
o arraial, o maná descia sobre ele.

O maná caía junto com o orvalho, no deserto. O


povo era alimentado com o maná que Deus mandava.

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Êx. 16:21 - Eles pois o colhiam cada manhã, cada um
conforme ao que podia comer; porque, aquecendo o sol, derretia-
se.

O Senhor diz: Eu amo aos que me amam, e os que de


madrugada me buscam, me acharão. (Pv. 8:17)
Quando o sol despontava sobre o deserto e aquecia a
terra, o maná dissolvia-se, desaparecia, por isso ele tinha que ser
colhido antes que o sol nascesse.
Aquela porção diária era recolhida e conservada para
ser usada durante o dia.
Nós queremos orar hoje para que a bênção seja todo
o dia e alguns já nem pedem mais, apenas dizem: Senhor, Tu sabes.
Pergunte a um crente tradicional o seguinte: Você
prefere orar na madrugada ou ir para uma pedreira, com o sol
quente, quebrar pedra? Ele vai preferir quebrar pedra ao sol.
O sol que derretia o maná representa a nossa luta
diária. Nós recebemos a bênção na madrugada, mas durante o dia
o sol vem na sua força. São as lutas, a fadiga daquelas coisas que
nos envolvem.
Nós precisamos de uma provisão diária para
permanecermos na comunhão.
A orientação para aquele povo era: Recolham o maná
pela madrugada. Na madrugada nós encontramos o Senhor.
A necessidade do maná é a nossa necessidade nos
momentos de aflição. Nós sentimos a necessidade de buscar ao
Senhor nas madrugadas.
A Palavra menciona vários textos sobre aqueles que
buscaram ao Senhor na hora da aflição e Ele os atendeu.
Sl. 78:34 - Pondo-os ele à morte, então o procuravam,
e voltavam, e de madrugada buscavam a Deus.
Os. 5:15 - Irei e voltarei para o meu lugar até que se
reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles
angustiados, de madrugada me buscarão.
A busca pela madrugada é um segredo da Obra., é o
segredo do maná no deserto, é a presença de Jesus, o Pão que vem
do Pai. Jesus é o maná no deserto, o alimento completo, que nutre
e é de sabor agradável.

Cada um colhia a sua porção.

Cada um colhia conforme a sua necessidade. Nós


vamos buscar na medida certa. Ninguém podia pegar nem de
mais, nem de menos, cada um colhia o que ia comer naquele dia.

57
Colher demais é bom ou é ruim? Orar além da
normalidade é necessário ou não?
Quando nós estamos muito ansiosos, nós começamos
a orar demais, Senhor, tem misericórdia, misericórdia, misericórdia.
Daqui a pouco nem estamos sabendo o que estamos falando. É
ansiedade.
Quando nós oramos, nós temos que descansar no
Senhor porque a ansiedade é colher o maná a mais. O contrário
disso é a displicência, vai faltar.
A porção exata é a medida da sabedoria.

Êx. 16:31 - E chamou a casa de Israel o seu nome


maná; era como semente de coentro branco, e o seu sabor como
bolos de mel.

O maná tinha o sabor dos bolos de mel. Isso fala de


Jesus, a Palavra. É o alimento que recebemos na madrugada.
Assim como o maná sustentava a vida daquele povo no deserto,
Jesus também tem sustentado a nossa vida aqui, como o Pão da
vida.
Nm. 11:7 - E era o maná como semente de coentro,
e a sua cor como a cor de bdelio.
A semente de coentro é bem pequenininha. O
bdelio é semelhante a um cristal de rocha, branco.

Nm. 11:8 - Espalhava-se o povo e o colhia, e em


moinhos o moía, ou num gral o pisava; e em panelas o cozia, e dele
fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco.

Colher o maná era uma questão de sobrevivência


para Israel. Quem não colhesse o maná, passava fome.
O povo o colhia, moía nos moinhos ou socava-o num
gral, cozia-o em panelas e fazia bolos com ele, bolos que tinham
sabor de mel e de azeite fresco.
Esse era o pão, o maná que caía no deserto.
Isso nos fala do Senhor Jesus como o Pão da vida, Ele
foi moído por nós, para nos alimentarmos dele.
Profeticamente, Israel já havia rejeitado a Jesus desde a
sua peregrinação pelo deserto. Eles reclamaram do maná, dizendo:
Esse pão vil. Eles já estavam rejeitando ao Senhor Jesus dali,
acharam que Ele não tinha valor, não deram valor a Ele, mas Jesus
foi o sofrimento e a dor que nos trouxe a paz.
O sabor do maná era como o sabor de azeite fresco.
Isso fala da Palavra revelada pelo Espírito Santo.

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Êx. 16:35 - E comeram os filhos de Israel maná
quarenta anos, até chegaram aos termos da terra de Canaã.
O maná cessou no deserto, justamente porque eles
chegaram à terra prometida, lá eles encontraram leite e mel.
O maná ainda não cessou para nós exatamente
porque nós ainda não chegamos à terra prometida, a Canaã
celestial.
A Igreja caminha neste deserto, nesta terra árida, ela
vai rumo à Jerusalém celestial.

IV) A Palavra.

A Palavra da vida é um projeto.


A Palavra viva é aquilo que nós usamos todos os dias
para a nossa vida. Eu estou com uma necessidade, então eu clamo
ao Senhor, abro a Palavra e o Senhor vai falar no texto.

V) O Louvor.

O louvor é o fruto do coração arrependido, são os


braseiros que trazem as brasas acesas. Pelo louvor as brasas são
avivadas cada dia na nossa vida. Elas são retiradas do altar do
Senhor como fruto de gratidão do nosso coração.
Os meios de graça estão diante de nós. Davi venceu,
Neemias também venceu usando os mesmos meios. Neemias orou,
jejuou, madrugou, louvou e seguiu a Palavra do Senhor para fazer
uma grande obra.

Estou fazendo uma grande obra, de modo que não


poderei descer.

Nós não podemos descer. A Obra vai continuar. Ela é


uma grande obra porque está relacionada com a nossa vida, com a
nossa salvação, não temos como dar ouvidos aos que estão lá
embaixo.
A salvação é uma grande obra. Ela é dinâmica, a
oração é dinâmica, o jejum é uma ação dinâmica, o clamor, a
madrugada, o louvor, a Palavra que nos fala, tudo é dinâmico.
Salvação estática é na Religião, é decorar versículo, é
aparência.
A salvação é uma batalha, é um grande desafio, por
isso mesmo é uma grande obra.

Amém.

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60
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

12-A OBRA NO BRASIL

“Não vos escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei,
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de
que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo
conceda.”
João 15:16

1 – INTRODUÇÃO

1.1 - O PRIMEIRO GRANDE MOMENTO DA OBRA DO ESPÍRITO SANTO


NO BRASIL

Em 19 de novembro de 1910 aportava no Brasil, em Belém do


Pará, Daniel Berg e outro companheiro de oração para dar início à
grande missão de testemunhar do Batismo com o Espírito Santo.
Sem perder tempo, mesmo que não falava o português, Daniel
iniciou a sua tarefa falando de Jesus de casa em casa, quando se oferecia
para ler trechos da Bíblia Sagrada do portão, na rua ou para que lhe
abrisse as portas da casa.

1.2 – EVIDÊNCIA DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Em 9 de julho de 1911, oito meses depois da chegada de Daniel


aqui no Brasil, Celina Albuquerque foi batizada com o Espírito
Santo, tendo sido impedida de dar aula quando se dirigia para
uma das classes da Escola Dominical da Igreja Batista local, sendo
logo excluída por causa do testemunho que deu, juntamente com
mais 18 membros daquela igreja que testemunharam da sua cura
e da bênção recebida pela mesma.

1.3 – REJEIÇÃO

A partir da rejeição das igrejas tradicionais que já estavam


radicadas aqui, no Brasil há mais de 40 anos, foi criada a primeira
igreja que cria na bênção do Batismo com o Espírito Santo e se
registrou com o nome de MISSÃO DE FÉ APOSTÓLICA.

61
2 – O SEGUNDO GRANDE MOMENTO DA OBRA NO BRASIL

Na década de 60, aproximadamente 50 anos depois do primeiro


evento em 1910, o Espírito Santo visitou o seu povo, com novas
evidências, dando início a grandes movimentos que surgiram dentro das
Assembléias de Deus, como: Brasil para Cristo, Evangelho Quadrangular,
Tenda da Cura Divina, Deus é Amor, Universal e outros, estendendo a
bênção também aos tradicionais de onde surgiram grupos - alguns
radicais – saídos da Igreja Batista com o nome de Restauração e em
seguida o movimento de renovação que envolveu diversas igrejas
tradicionais, com novos nomes ou designações.

2.1 – REJEIÇÃO

A mesma rejeição da tradição em 1911 apresentou os mesmos


argumentos do segundo momento na década de 60.
2.1.1 – Deus não é o mesmo (ficou moderno).
2.1.2 – Não podemos ocupar o nosso tempo com sonhos e
profecias.
2.1.3 – Milagres e curas não são para os nossos dias – só
aconteceram no passado.
2.1.4 – Batizar em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo,
dispensa a bênção do Batismo com o Espírito Santo.
2.1.5 – Os Dons Espirituais são confundidos com dons naturais.
2.1.6 – Falar em línguas estranhas é o mesmo que língua
estrangeira.

2.1 – RESULTADOS DA REJEIÇÃO

1.º - As igrejas que aceitaram o Batismo com o Espírito Santo, como


é o caso da Assembléia de Deus e outras, apesar de serem mais novas
que as tradicionais, quase meio século, todas não chegam a um décimo
do número de membros das igrejas pentecostais, sem falar nas
neopentecostais.

3 – SEGREDOS - 1910

Desprovido de qualquer recurso ou ajuda financeira, diante de


adversidades e oposições, deixando para traz a cultura do país de
origem, o clima, e familiares, embarcou em um navio, na 3.ª classe, para
enfrentar o desconhecido, numa cidade, na época, infestada de malária,
febre amarela e lepra, que mostrava sua face nas praças e ruas da
cidade, alojado no porão de uma casa, sem luz, sem janela, com uma

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cama para dividir com o colega, se alimentando, às vezes, das mangas
que caíam das mangueiras de rua, empreendendo viagens de barcos e
canoas nos rios, andando a pé, carregando as malas, sozinho, por vezes
até dois dias de viagem, no meio das matas em picadas que muitas vezes
não se via o sol, dado a abundância da vegetação, no meio de todos os
perigos, entre animais ferozes, cobras, jacarés, em pântanos, mangues,
dormindo em qualquer lugar, ameaçado pelos religiosos que faziam
tocaias para mata-los, perseguido pelas autoridades, rejeitado pelos
tradicionais, entrando no interior de ilhas, como a de Marajó e outras,
com o perigo de se perder nas picadas da floresta, dormindo nos bancos
das praças para descansar das longas viagens, quando alcançava algum
lugarejo, mas cheio do Espírito Santo, alegre por estar servindo ao
Senhor, disposto a atende-lo em tudo agradecido em todos os
momentos pela providência de Deus em coisas mínimas, como a manga
que lhe matou a fome naquele dia, pela roupa que estava molhada de
suor durante o dia, e já havia secado enquanto ele dormia
Grato a Deus que lhe supria de tudo e não falharia em suas promessas.
Assim Daniel Berg chegava nas casas que não conhecia, perguntava se
podia ler (num português que só o Espírito Santo podia traduzir para o
ouvinte) um trecho da Bíblia Sagrada. Do portão mesmo, depois de ler,
era logo despedido por alguns, e em outros, ficava a semente do
evangelho.

SEGREDOS DA MENSAGEM

3.1 - Alegria
3.2 - Gratidão
3.3 - Oração
3.4 - Evangelização

Eis o segredo da evangelização e os frutos do trabalho de Daniel e


experiências: coração cheio de alegria e gratidão, na certeza de que
Deus o orientaria e o supriria em tudo. “Glória a Jesus!”

4 – DÉCADA DE 60

Depois de presenciarmos e experimentarmos tantas distorções e


bênçãos diante daquilo que presenciamos em volta e no nosso meio,
fomos, aos poucos nos inteirando da vontade do Senhor, expurgando os
excessos e as imitações que destruíram tantos grupos e partimos para
uma nova direção buscando a orientação do Espírito Santo para tudo.

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- Lutas
- Oração
- Alegria.
- Gratidão.

4.1 – OBEDIÊNCIA

Além do desejo de obedecer, de sermos guiados pelo Espírito


Santo, enfrentando grandes lutas, com todo tipo de oposição e escárneo
e até decepções, estávamos determinados e queríamos ver uma Obra
totalmente guiada e dirigida pelo Espírito Santo.
Deus levantou homens notáveis que dispensam referências já que
alguns estão vivos dos oito que se reuniram pela primeira vez, dispostos a
enfrentar os desafios de uma fé que era fortalecida a todos os momentos
com experiências e algumas provas duras.

4.2 – A PALAVRA – OBRA DE SAUL / OBRA DE DAVI

A grande descoberta da Obra foi a Palavra e através da Palavra.


A primeira mensagem que aclarou o nosso entendimento com
relação a Obra que o Senhor queria realizar foi sobre a casa de Saul e
Davi.
Enquanto Davi obedecia, Saul perdia a direção do projeto de Deus
para ele e seu povo, por não obedecer.

4.3 – RESUMO
- Palavra Revelada.
- Ministério dos Anjos.
- O Mistério do Corpo.

5 – A GRANDE CONVOCAÇÃO

1.º - Ajuste das linhas – acertos dos rumos da dinâmica do corpo.

2.º - Louvor – grupo de crianças, jovens e adolescentes, senhoras,


culto profético.

3.º - A evangelização do momento – o projeto anual, dando


ênfase aos motivos de cada mês.

6 – VELOCIDADE E COMPETÊNCIA

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O mundo tem apresentado a sua mensagem numa linguagem
que penetra nas mentes com tamanha competência e velocidade
tirando da religião toda e qualquer capacidade de reação.
A prova está em que a própria religião tenta subsistir usando o
recurso da imitação, tão grotesca e, por vezes ridícula, incapaz de
impressionar os seus seguidores ou tirá-los do abismo para onde foram
levados.
O reino do mundo está dividido em duas partes: a primeira parte
representada por aqueles que inovam em mensagens de falsa alegria,
vivendo todos os oferecimentos que são colocados à disposição do
homem.
Do outro lado está a religião e os religiosos, sem exceção,
buscando uma saída para seus interesses através da imitação, apáticos,
acomodados, negando o compromisso de salvação e de fé daquele que
os resgatou.
A acomodação do cristianismo ao mundo trouxe como
conseqüência uma grande lesão ao projeto de salvação porque desviou
o centro da mensagem, que é JESUS, afastando de uma vez toda e
qualquer operação do Espírito Santo, como responsável pela revelação
de Jesus.

NOSSA RESPONSABILIDADE

Não há outra forma de nos identificarmos com a luta da Igreja Fiel


sem usar os elementos que o Senhor tem colocado a nossa disposição
pelo seu Espírito.
Não há mais por que esperar, já que temos em mãos, e à nossa
disposição, todas as armas necessárias para serem usadas como resposta
à imitação, à acomodação e conseqüente parceria com o mundo.

A OBRA

COMPETÊNCIA
O mundo, não conhece “A REVELAÇÃO”, a Palavra Revelada,
Clamor pelo Sangue de Jesus, a operação e atuação inédita da
Ministração dos Anjos em nosso favor.
Os Meios de Graça, que foram colocados à nossa disposição como
armas para a vitória, têm sido usados.
Temos tudo, porém, estamos diante de um grande desafio: a
Evangelização.

O MOMENTO
As profecias estão todas cumpridas.
Os grandes mistérios sendo revelados no corpo.

65
A EVANGELIZAÇÃO

Os mesmos elementos imprimidos pelo mundo deverão fazer


parte da nossa resposta.

- Velocidade e Competência.

Deus tem aberto as portas do mundo para nós e hoje mais do que
nunca começamos a sentir o peso dessa responsabilidade: “...A quem
enviarei, ou quem há de ir por nós? Então disse eu: eis-me aqui, envia-
me a mim.” Isaías 6:8.

Será que estamos confusos ou descansados quanto ao


desempenho do nosso papel nesse tempo profético que estamos
vivendo?
O tempo se apressa, temos pressa, as portas estão abertas. Com
quantos iremos contar para a grande missão da evangelização?
“E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em
testemunho a todas as gentes, então virá o fim”. (Mat. 24:14) (O grifo é
nosso)
O momento é propício, temos tudo: doutrina, direção do Espírito,
obediência, palavra revelada, temos um projeto definido com a
assistência dos grupos, mas principalmente, temos uma grande
descoberta que a nós foi revelada: que existe um corpo sendo
aperfeiçoado. Mas, principalmente, há um mistério dentro desse corpo
que cada dia se revela mais poderoso, que é o Poder do Sangue de
Jesus.
Ninguém até hoje penetrou nesse mistério, exceto esta Obra.

1 – O Sangue de Jesus = Espírito Santo.

2 – O Clamor pelo Sangue de Jesus – um recurso de ação íntima


para a vitória do crente.

3 – O Sangue que é impulsionado para o cabeça “através do jejum


e da oração que alimentam o cérebro e comanda as funções
neurológicas do corpo, a maior expressão de vida da Igreja”.
IGREJA VIVA.
IGREJA RESSURRETA.
IGREJA – CORPO DE CRISTO.
Fazer apelo final para entrega e dedicação ao trabalho de
evangelização.

Jovens – adolescentes – adultos.

66
67
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

13-A TERCEIRA HORA

Atos 2:14-21

“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e


disse-lhes: Varões judeus, e todos os que habitais em Jerusalém,
seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens
não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora
do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos
dias, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne;
e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos
mancebos terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e
também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e
minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer
prodígios em cima, no céu: e sinais embaixo na terra, sangue, fogo
e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue
antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; e acontecerá
que aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.

TEXTO FUNDAMENTAL

verso 15 - “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais,


sendo a terceira hora do dia”.

I - INTRODUÇÃO

O Pentecostes foi um fenômeno que ocorreu para dar início à


história da igreja. Foi um fenômeno sentido, visível, foi um mistério
revelado pela ação do Espírito Santo. Os apóstolos estavam reunidos em
Jerusalém, no cenáculo, e a simplicidade daquilo que havia sido
profetizado por Jesus, aconteceu, Jesus disse aos seus discípulos que
seria assunto aos céus mas que ele não deixaria os seus discípulos órfãos.
Disse assim: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador...”, e a
evidência deste derramamento do Espírito Santo foi muito real a ponto
de Pedro ter que descer de onde estava (do cenáculo) porque houve
uma manifestação poderosa do Espírito Santo descrita no livro de Atos
dos Apóstolos, um vento forte e veemente, línguas de fogo e tantas
outras manifestações que Pedro teve que descer e avisar ao público que
estava embaixo o que estava realmente acontecendo (o fenômeno),
tudo aquilo que estava ocorrendo, dava a entender para os de fora que

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estavam embriagados àquela hora, a terceira hora do dia. Não era por
isto, mas era exatamente o cumprimento da promessa de Jesus, do
derramamento do Espírito Santo, o Pentecostes e que estavam cheios do
Espírito Santo.
A igreja estava sendo introduzida no mundo com evidências reais,
num período do primeiro século, onde o judaísmo, religião dominante
da própria família de Pedro que tinha também o domínio político sobre
todo país, de maneira que tudo que se falava que não era de acordo
com a religião oficial feria e era motivo para reações, com ações e
perseguições de toda ordem.
O próprio Império Romano se levantou contra a igreja, porque
amedrontado não tanto pela sua religião oficial (o paganismo), mas
porque a Igreja era uma nação sem pátria espalhada por toda parte do
Império representava um perigo no sentido de sublevar os povos
dominados, motivo pelo qual perseguiu cruelmente a igreja. A igreja
tinha a missão de uma mensagem que o mundo não conhecia até ali,
tinha um recado de grande responsabilidade, uma missão ímpar, em
meio a um primeiro século marcado por movimentos culturais, que
propagados como revisão ao passado, já que o Império Romano
quando dominou o mundo daquela época sentiu que para governar e
manter as conquistas, não podia desprezar as raízes culturais do passado,
cultura que de certa forma ultrapassasse os limites do povo, da nação,
buscando o passado, no caso, a cultura Helenística, patrimônio de fatos
notáveis, que incluía oradores, filósofos, pensadores, nomes
reconhecidos até hoje, homens extraordinários. E não somente isto, mas
o primeiro século se caracterizou por grupos que se levantaram em
busca da verdade, pela justiça, cuja pregação, era uma pregação que se
confundia e se assemelhava à pregação do evangelho. Quando Paulo
escreve aos Romanos, por exemplo, fala de um tipo de justiça, enquanto
o Império Romano falava de justiça, porém da justiça forense, um
conjunto de leis, que confundia as pessoas, sem dúvidas. Paulo falava da
justificação pela fé: “Justificados, pois, pela fé temos paz com Deus por
meio de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, estava pregando a
semelhança do que o Império Romano dizia no entendimento popular,
que se confundia como espírito das leis amealhadas do passado, dos
Códigos de Hamurabi e tantos outros que eram aperfeiçoados na
legislação Romana que se assemelhava à mensagem da Igreja na mente
racional. O Império Romano queria se apresentar como governo justo,
admitindo também Escolas e associações que se formavam para enfatizar
diversas correntes culturais onde despontava pregando o
aperfeiçoamento do homem que se intitulavam boas por si próprias, no
caso, os estóicos que usavam os princípios filosóficos da justiça, da
verdade e ainda coisas ligadas a assuntos transcendentais, que eram
cultos a si próprios, um pensamento filosófico que atraia quando
abordava a verdade, os anseios da alma, sendo muito importante para

69
Roma que incentivava grandes apresentações públicas em locais
públicos, exponenciando nomes que se comparavam aos grandes
parladores da época do Império Greco-Macedônico, uma contribuição
cultural de muita importância para o império, que abria suas portas para
todo tipo de coisas que agregasse a população.
A igreja tem que entrar nesse contexto, o que não era uma tarefa
fácil; o Espírito Santo havia sido derramado sobre os pescadores: Pedro,
André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, que não representavam nada
para o mundo naquela época em comparação com a cultura, recursos
econômicos, políticos, sendo eles, presos, açoitados e perseguidos pelas
autoridades, embora essa mesma igreja desse inicio aos primeiros passos
para consolidar o Projeto de Deus para salvação do homem.

II - O HISTÓRICO E O PROFÉTICO

A mensagem da Igreja, ou seja, a mensagem apostólica podia se


basear em dois aspectos fundamentais: o histórico ou o profético.
O que existia de histórico antes da igreja era a história de Israel,
com uma religião milenar em cuja história de Israel estava inserido o
profético. O profético foi aquilo que Pedro trouxe à luz no seu discurso e
enfatizou naquele dia, no seu primeiro discurso, a chave que abriu o
reino para a entrada de três mil vidas atingidas naquela primeira
mensagem, como cumprimento de parte da promessa do Senhor: “Dar-
te-ei a chave do Reino”. Ele abriu o reino. Pedro não tinha uma chave de
todo tamanho para abrir o reino, tinha uma mensagem, que foi a que
nós lemos aqui. Ele transmite ao povo uma mensagem muito simples,
mas que tinha um teor profético profundo, profundo porque tinha o
mistério, a experiência no preparo para a Vida Eterna. Não era
simplesmente um convencimento, Pedro não estava tentando convencer
um povo de sua própria história, não estava falando que os profetas
eram muito bons, que eram pessoas ótimas, que a religião dele era muito
boa, nem sequer falou da velhice da sua religião. Deus nunca esteve
preocupado em fazer religião boa, Pedro estava preocupado em apontar
para a grande realidade daquele momento, Deus estava presente, o
Espírito Santo estava presente e o Espírito Santo era aquele que devia
gerenciar, gerir a igreja, desde o seu primeiro dia até o último dia,
quando a igreja fosse retirada do mundo.
Era essa a perspectiva. Esse era o projeto, que já estava profetizado
no Velho Testamento. Pedro pregou o profético, não pregou o histórico,
pregou aquilo que foi profetizado pelo profeta Joel, no Velho
Testamento que disse: “Nos últimos dias derramarei do meu Espírito
sobre toda a carne”.
“Nós não estamos embriagados”, estamos sentindo as evidências
daquilo que é profético, porque o projeto de Deus é essencialmente
profético. A história caminha porque é a história do homem. A história é

70
marcada pelo tempo, estamos há seis mil anos dessa história que nós
podemos dizer de 2.000 anos, já que outro tempo que não nos interessa
nessa abordagem. Podemos contar a história, ou tempo histórico que se
chama o Kronos, enquanto o tempo de Deus não é medido e nem
contado, o tempo de Deus é o profético, que vai dentro dos
acontecimentos, para cada época, onde Deus opera, é o momento:
quando pensamos no projeto de Deus, temos que pensar
essencialmente no plano profético, porque o histórico é do homem, e
aquilo que emerge do homem vai ficar, enquanto que o projeto de
Deus, vem ao homem através da fé que é gerado na eternidade e volta
para a eternidade. Atentem para isto: o projeto está dentro de um plano
profético, pode acontecer e acontece o histórico, mas é o casual; o
essencial do projeto de Deus se move no plano profético.

III - O PROJETO

INVERSÃO

Hoje o mundo está vivendo um momento difícil na questão


espiritual por causa da inversão do projeto. O desvio do projeto já está
acontecendo há muito, porque o centro do projeto é Jesus, Jesus Cristo,
no entanto o homem se esquece disso, o desvia, descentralizando-o; tira,
afasta e desloca o centro do projeto e coloca aquilo que é do seu
interesse, ou melhor, o que lhe convém: não que sejam pessoas mal
intencionadas, absolutamente, nem o religioso, nem as religiões, não é
esse o problema, mas é que existe no homem a tendência de promover
a sua própria deidade, isto é, de se endeusar. O homem quer ser Deus e
faz tudo para ser Deus, mas num momento tudo falha, e aí começa a
apelar em todos os sentidos, levando o projeto a sair do rumo, podendo
até se afirmar: O Cristianismo está perdendo o rumo, está perdido em
muitos casos, e, em grande parte, o projeto está sem rumo, porque o
homem deslocou o centro da mensagem (que é Jesus), colocando
outros valores, obviamente materiais, humanos, sem sentido.

O CENTRO DA MENSAGEM

O centro da mensagem hoje foi substituído por uma certa forma


de competição com o mundo. Pensamento positivo, superstição,
misticismo, panteísmo, materialismo, excessos litúrgicos, diversos artifícios,
como “Dia dos Evangélicos”, argumentos religiosos (para nutrir o ócio,
apesar da boa intenção); tristemente estamos vendo a igreja ou o
cristianismo competindo ou querendo competir e perde essa
competição; o cristianismo perde e está perdendo a competição com o
mundo.

71
Vejamos: no esporte o homem alcançou índices notáveis em
saltos, velocidade, força, etc. Em pesquisa, ciência e tecnologia, nem
vamos falar, diante da ciência, leio tecnologia que desvenda segredos e
coisas que pareciam impossíveis até hoje, através da genética,
descobertas e estudos sobre a matéria, os mais profundos, notáveis,
enquanto que a religião é um fracasso, ridícula às vezes em tantas
infantilidades, um cristianismo por vezes, cheio de apelos vazios, mesuras
e fracasso porque quer imitar e competir exatamente com o que está à
sua volta, envolvendo as pessoas em lutas inglórias, querendo até
transformar o sentimento espiritual em projeto político, invertendo as
coisas, e as inverte quando desloca o centro da mensagem, tornando
um cristianismo incompetente, sem revelação, sem mistério, sem uma
experiência pessoal, substituindo às vezes por projeto social, de certo
modo interessante que poderia ficar a cargo de ateus, políticos ideólogos
e o sobrenatural.
Porque não existe mais o mistério no cristianismo? Porque o
Espírito Santo deixou de operar? Porque foi substituído pela inteligência
humana e sabe-se biblicamente que o compromisso do Espírito Santo é
com o projeto de Deus, com a verdade de Deus (Jesus); o Espírito Santo
nunca mudou, não muda por minha causa, nem por sua causa, nem
pela causa da verdade do homem, podendo juntar o mundo inteiro
para mudar o que não conseguirá, enquanto que a religião é mutável e
sem compromisso. Não somos contra a religião, toda ela é boa e
sabemos que em muitos casos até gostaria de acertar e, está tentando de
certa forma fazer alguma coisa, embora cada vez mais se distancie do
projeto de Deus traçado para o homem.
As coisas são incríveis, quando presenciamos todo tipo de
apelação, superstição, fanatismo até “desagravo a Deus”. Às vezes vemos
grupos que se reúnem no meio da rua para “desagravar a Deus”; que
simplicidade! Que ingenuidade! Que papel inconsciente! Somos a favor
dos ateus, são muito sinceros. Eles têm o direito de ser ateus. Coisa
maravilhosa um ateu dentro do limite da criação, um direito dele, dentro
do livre arbítrio, porque temos que desagravar a Deus por causa dos
ateus? Deus está precisando de nós para tais papéis? Porventura, Ele
deve estar eufórico porque tem uma porção de pessoas a favor Dele,
batendo palmas para Ele? “Vai ficar emocionado? Eu acho! Essa inversão
está trazendo um mal muito grande para o cristianismo que deslocou o
centro do projeto, deslocou evidentemente o centro da mensagem, uma
situação que exclui a ação do Espírito Santo. O Espírito Santo não está
nisso.

IV - A FÉ CONTESTADA

O centro do projeto ou da mensagem deslocado por substituições


intuitivas apenas, provoca a contestação da fé, a fé está sendo

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contestada, a fé é contestada, tem que ser contestada, e a pergunta é a
mesma: De onde eu vim? Onde eu estou? Para onde vou? O homem
quer transcender, luta, vai em busca de algo, de um lado para o outro.
Estamos vivendo, um momento onde as pessoas estão profundamente
interessadas no sobrenatural, é a sede da alma. Há neste final de milênio
um grande anseio por algo que preencha o vazio das pessoas, que é o
vazio da alma.

V - A SEDE DA ALMA

A sede da alma já era conhecida por Davi, Davi já expressava isso,


um homem lá do passado, mil anos aproximadamente, antes de Jesus e
disse assim: “A minh’alma tem sede do Deus Vivo”. Alma não anda de
bicicleta, alma não está preocupada com coisas materiais, alma tem sede
de Deus, de um Deus vivo, porque a alma é imortal, e se coaduna
exatamente com o projeto de Deus que é Eterno, e, foi feita exatamente
para conduzir o homem à Eternidade dentro do projeto de Deus.

VI - A TERCEIRA HORA

Estamos vivendo esse momento, a terceira hora. E o texto da


palavra que lemos: “Porque esses homens não estão embriagados, como
vós pensais, sendo a terceira hora do dia”. Estamos no final, a terceira
hora, terceiro dia (ressurreição), 9 horas, dons. Pedro estava falando
àqueles que ali estavam, sob o aspecto profético. A primeira hora já havia
se passado, era a hora do Pai, o Velho Testamento, a criação, tudo aquilo
foi um momento profético da ação direta do Pai: segunda hora, a hora
do Filho, os Evangelhos, o ministério de Jesus, a Obra que Ele realizou,
seu sacrifício, sua morte principalmente a sua ressurreição (3ª hora), e a
terceira hora se refere ao amanhecer da igreja que agora no projeto
devia ir até o anoitecer, porque na profecia mencionada por Pedro são
abordados dois tempos: o primeiro se refere ao derramamento para
aquela hora ou aquele tempo, e o outro derramamento que se daria
antes do grande e terrível dia do Senhor (para os nossos dias). Aquilo
que a igreja vive no momento é aquilo que todos podem viver no
momento, quando deixamos de lado os exageros, as inversões do
projeto e nos apegamos simplesmente no projeto. Vejam o que
aconteceu: primeiramente, Pedro teve que romper com o passado,
rompeu com o passado, com o seu passado, já que era judeu; o
judaísmo era a religião dominante, tendo todo o Velho Testamento para
Pedro se basear. Pedro fez o que? Pegou o profético, deixou de lado a
letra, pegou o profético, deixou o histórico. A história tem compromisso
com a religião, a religião tem compromisso com a história, mas o
Evangelho não, o Evangelho tem compromisso com o projeto de Deus e
o seu projeto é profético, o projeto não é histórico, fundamentalmente,

73
não é histórico, é profético, porque quando o homem introduz e enfatiza
o histórico, anula o profético.

VII - CONCLUSÃO

Pedro era muito simples. Pedro tinha tudo para ser simples,
primeiro era um desconhecido, pescador, era leigo, humilde, pobre,
indouto, (tinha sogra), Pedro era da maior simplicidade possível. Vejam
só! Não tinha nenhuma novidade para trazer, não tinha uma história da
religião para contar, não tinha nada de importante que pudesse
atrapalhar a mensagem do projeto, contou o fato, e os acontecimentos
dentro do projeto. Qual era o projeto? “Derramarei do meu Espírito
sobre toda carne...”, isso já estava no projeto no Velho Testamento, era o
derramamento do Espírito, o que já estava acontecendo ali? Era o fato,
era a experiência, era o mistério, isso que a igreja precisava, porque iria
enfrentar as feras, teria que enfrentar o mundo daquela época e os
séculos que viriam, e estaria firmada no projeto que é Jesus. Vejam só!
Porque o projeto é Jesus? Simplesmente, porque se temos Jesus, temos o
Espírito Santo, se temos o Espírito Santo, temos o mistério de Jesus, a
revelação, o sobrenatural, a experiência. Nisso aí Deus não permite que
homem confunda as coisas, embora se diga que toda religião é boa e
que todas as pessoas são bem intencionadas, não há nenhum problema,
mas quem mudar o projeto de Deus vai ficar em dificuldade, Ele não faz
questão, podemos mudar a vontade. O homem é livre, é o que se
chama “Livre Arbítrio”. A experiência de Pedro foi válida tanto para a
primeira mensagem quanto para a última mensagem da igreja, não
havendo diferença da primeira mensagem para essa última mensagem
de agora, é a mesma mensagem; não é preciso rebuscar, não precisa
filosofar, teorizar, não precisa de nada, só existe uma mensagem. Por
que? Porque a alma anseia por um Deus vivo e o Deus vivo é o Espírito
Santo agindo na vida do homem. Se ele não tiver esse Deus vivo que é o
sangue de Jesus, a vida que ele trouxe da Eternidade para o homem, (o
sangue de Jesus), um sangue biológico do sacrifício, para nós tem um
outro significado, foi biológico, mas para nós ele age como elemento
que intera? A nossa vida com a Eternidade, trazido por Jesus e que nada
mais é do que o Espírito Santo. Se temos o sangue de Jesus, temos a
Eternidade, temos o Espírito Santo porque nada vai entrar na Eternidade
que não venha da Eternidade. Mas o mais importante foi que Pedro
instituiu uma coisa que foi e é fundamental à igreja, a fé. Não falaremos
sobre fé, mas ele introduziu a fé viva, e a fé viva é Jesus. Paulo se
encontrou com essa fé viva, no caminho de Damasco. Paulo tinha
religião, tinha Velho Testamento, o maior conhecedor do Velho
Testamento não tinha igual a Paulo, mas teve um encontro com Jesus
no caminho de Damasco e teve uma visão e uma revelação, ouviu a voz
do Senhor. Portanto esse Deus de Paulo, de Pedro, de João e de tantos

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outros esse é o mesmo, o projeto não mudou. Jesus entra linearmente
no Velho Testamento, vai até o fim do Novo Testamento, é a revelação, e
a função do Espírito Santo é revelar Jesus, não é revelar homem bom,
pessoa boa, religião boa, absolutamente. O Espírito Santo, sua função é
revelar Jesus, porque se temos Jesus, temos o Espírito Santo, se temos o
Espírito Santo, temos o mistério, temos a revelação, temos o poder de
Deus na nossa vida. Poder de Deus é para te conduzir, é para matar o
teu eu, é para mudar a tua vida, é o que se chama de Novo Nascimento.
Foi isso que a igreja instituiu, esse é o ministério da igreja, a função da
igreja é essa.

FÉ VIVA

Fé Viva: Pedro fala dessa fé viva que é a ressurreição, fala da


ressurreição de Jesus, Jesus não estava morto, Jesus está vivo, a pregação
da igreja era essa, e continua sendo, embora fosse difícil, dizer que um
morto estava vivo, mas Ele estava por causa da experiência, o histórico
não funciona aqui, não funciona dizer que Jesus foi bonzinho, dizer que
Jesus morreu, mas que Jesus foi para a cruz e começar até a chorar, isso
não funciona, o histórico não funciona, o que funciona é o profético, é a
beleza de Jesus na vida do homem, é a operação do Espírito Santo, é o
poder de Deus operando no homem falho, com todas as suas
dificuldades, ingrato, desafeiçoado, desobediente, esse é o homem que
Deus ama, e Jesus não veio para os bons, veio para selar um
compromisso com o homem através do seu sangue (Espírito Santo).
Pedro estava falando de uma salvação e diz assim: “Aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo”; não é invocar religião, nem
argumentar a velhice da religião como a mais antiga do mundo. Primeiro
porque não existe isso para Deus, falar em tantos anos, não existe isso
para o profético (eterno), isso existe para o histórico, o profético não, o
profético é para o momento, o tempo não é contado. Pedro abandonou
a história de muitos anos, quatro mil anos atrás, a história de quatro mil
anos e não quis saber da história, o momento ali era o momento
profético, e hoje estamos com a responsabilidade de viver esse mesmo
momento profético. De que forma? O que vamos fazer. Qual a
conclusão? O homem e a organização religiosa tem contribuído para
afastar o homem do projeto de Deus. Desviando a mensagem,
conseqüentemente desvia o projeto, estamos na terceira hora, estamos
embriagados, podemos estar embriagados, também cheios do Espírito
Santos, sabemos, temos consciência perfeita daquilo que o Espírito Santo
está fazendo porque é a nossa experiência, e podemos repetir agora
aquilo que Pedro disse na pregação: “Não estamos embriagados, como
pensais, a terceira hora do dia”, mas estamos na terceira hora do dia, é a
hora do Espírito Santo, é o momento da operação do Espírito Santo. Essa

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é a grande benção da igreja e para o homem, essa é a grande benção
do Evangelho de hoje.

MUDANÇA DE NOME ( NOVO NASCIMENTO )

O mistério começa quando muda tudo, até o nome de Pedro


mudou, o nome dele era Pedro, e Jesus o chamou e disse assim: olha
seu nome agora é Barjonas, Simão Barjonas, Simão é de Shimon, do
verbo Shamá, aquele que ouve, Bar Ionah, “gerado por uma pomba”.
O homem que não estiver em condições de ouvir o que o Espírito
Santo está ditando para ele, aquilo que é gerado pelo Espírito Santo e se
não estiver ouvindo, não tem a mensagem do Espírito Santo. A entrega
da mensagem da terceira hora só tem valor se estiver revestida do novo
nascimento. Para os nossos dias é desnecessário e impossível competir
com o mundo, vai ter animação, vai se misturar e fazer o que o mundo
está fazendo, aeróbica, carnaval, demonstração de autoridade e poder
político, para o mundo está ótimo.
A mensagem é simples e podemos ler a mensagem final, ler todo
texto ou o texto fundamental, lembrando aqui que é a história do
Pentecostes e o Pentecostes de Pedro foi o abandono do histórico
ficando no profético e com o profético que originou a igreja que está
funcionando hoje. “Derramarei do meu Espírito sobre toda carne...”. Ah,
eu acho que o Espírito Santo não pode ser derramado, isso é história, eu
acho que foi assim, eu penso, me disseram, etc, que foi assim. Olhe:
quem tem experiência vai ter que ficar com a experiência, continua a
buscar a experiência, não vai ter jeito, e vai buscar no Senhor, se buscar
em outra coisa mudou o projeto, anulou a ação do Espírito Santo
porque o Espírito Santo só opera em quem tem Jesus, só é dado o
Espírito Santo a quem tem Jesus como único e suficiente Salvador e que
diz assim: “Eu enviarei a vós outros o Consolador”, se não é isso que o
homem quer, se ele quer outra coisa não precisa de Deus. Não precisa
de Deus, porque o projeto de Deus foi Jesus, Jesus está no Velho
Testamento, se revelou e hoje está conosco através do seu Espírito, aí
está o profético, temos duas posições, histórico e profético, a mensagem
agora é essa: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais,
sendo a terceira hora do dia”. E aquele que invocar, diz Pedro, O nome
do Senhor será salvo, mas olha: “E nos últimos dias, diz Deus, que do
meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas
filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos velhos
sonharão”, e não vão para o hospício por causa disso não, porque se
fosse, Pedro já estava lá há muito tempo; “e também do meu Espírito
derramarei sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias, e
profetizarão”; e farei aparecer prodígios em cima, no céu: e sinais
embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo. Antes que venha o
grande e terrível dia do Senhor. O sol se converterá em trevas, a lua (isto

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que não aconteceu ainda), mas que vai acontecer, e nós temos visto o
prenúncio de tudo, porque estamos vivendo o momento profético dessa
terceira hora. Essa é a terceira hora do dia. Que Deus nos abençoe.

77
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

14-ALEGRAI-VOS COMIGO

Lucas 15:8-10 - “Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se


perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a
casa, e busca com diligência até a achar?
E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo:
Alegrai-vos comigo porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de
Deus por um pecador que se arrepende.”

1 - INTRODUÇÃO

O capitulo 15 de Lucas é o relato de uma série de três parábolas,


todas falando de perdas.
A primeira perda foi de uma ovelha, num rebanho de cem.
A segunda de uma dracma, num conjunto de dez.
A terceira de um filho quando o pai possuía dois.
A nós interessa apreciarmos o segundo caso das três parábolas,
que fala de perda, e de alegria quando foi achado o perdido.

2 - A DRACMA PERDIDA

Chama-nos a atenção o fato da perda e da valorização do que se


perdeu. Evidente é que, se não valoriza a perda, também não se vai em
busca do que se perdeu.
A dracma pertencia a um conjunto que formava um valor e a
perda de uma danificava o conjunto, que poderia ser uma tiara na testa
usada pelas mulheres. Para achá-la, teria que buscar com candeia acesa,
varrer a casa, buscar diligentemente.

3 - A DILIGÊNCIA NA BUSCA

Cantares 3:1 “ De noite busquei em minha cama


aquele a quem ama minha alma, busquei-o e não o
achei. “

Uma busca sem objetivo. Não foi diligente. Na cama, no


comodismo, não se encontra o perdido.
Interessante é observar que ela perdeu dentro de casa, não na rua
ou outro lugar. Dentro de casa fala da intimidade, quando os de fora
não podem ver. Cada dia a vida espiritual vai esfriando até perda total.

78
A mulher fala da igreja que recebeu do Senhor tudo: a bênção de
salvação, batismo com Espírito Santo e com isto todas as bênçãos
advindas ( dons, frutos, ministérios, palavra revelada etc).
Com o correr dos anos, foi se afastando do poder, do fogo, do
óleo, e ficou com a candeia apagada. Passou a viver só da água, da
salvação.
As bodas em Caná, iniciaram com o vinho depois acabou-se o
vinho. Tudo dentro de casa, só havia água. Buscaram a Jesus e ele
trouxe de volta o vinho e vinho muito bom, melhor que o primeiro, para
alegrar a festa.
4 - A ALEGRIA DO ENCONTRO

Um dia a mulher descobriu a falta da dracma preciosa, o batismo


com o Espírito Santo. Acendeu a Candeia e agora sim, com a candeia
acesa, com óleo produzindo luz, seu interior iluminado, a candeia
mostrava a ela que a busca era com a candeia acesa, casa limpa, tudo
agora pela luz da candeia. Agora chama as amigas, os íntimos , proclama
a bênção do Espírito Santo, de tudo que Ele, o Espírito, pode fazer,
alegrar as vidas tristes, dar os tesouros da Palavra e os vizinhos podem
agora também participar do achado. Podem ver pelo efeito, há luz, a
candeia está acesa, tudo esta em condições de ser visto.
Quem aponta o interior de nossas casas? Quem discerne o
caminhar? Quem toca no íntimo? Quem corrige os erros? Só o Espírito
Santo. É a bênção da candeia acesa.

5 - CONCLUSÃO

Com a candeia acesa, a igreja no Espírito está em condições de


chamar os que estão ao seu redor, os vizinhos, porque a dracma está de
volta, completando a perfeita obra de Deus e preparando a igreja para a
grande festa, seu encontro com Jesus, o Noivo Amado. Anunciar com
alegria as bênçãos do Senhor é papel da igreja com candeia acesa.

Mateus 5:16 - “Para que brilhe a vossa luz diante dos


homens... e glorifiquem vosso Pai que está no céu.

79
15 AQUÍ MORRO DE FOME

Lucas 15:11-23
“Aqui morro de fome; ninguém me dá nada.”

COMENTÁRIO - Aqui falaremos daquilo que pode se chamar a “Trilogia


da Salvação”. A operação da Trindade na lógica da Salvação do homem.

1 - A figura do Filho (Pastor que tinha 100 ovelhas e ao perder 1, deixa


as 99 seguras e vai em busca da perdida). Jesus como Bom Pastor
saindo da Eternidade para buscar o homem.
2 - A figura do Espírito Santo (parábola da dracma perdida) é a presença
do óleo e do fogo na candeia. Ele é o que limpa a casa (coração) do
homem, alegrando-o.
3 - A figura do Pai, que é o que corre e abraça o homem estabelecendo
assim, a comunhão e a intimidade do homem com o Corpo (Igreja) e a
Cabeça (Cristo). Aquele que se alegra por um perdido que se salva e faz
uma festa.

O DESPREZO DA BÊNÇÃO DA CASA DO PAI:


Vemos aqui, uma parábola que fala da situação de um pai que tinha
dois filhos. Um deles requer a parte de sua herança e vai embora para
uma terra distante vivendo lá dissolutamente. O pai do texto, fala de
Deus Pai, que tem em Sua Casa (Igreja) dois filhos (comunhão entre os
seus). Quando a Palavra se refere ao filho que toma sua parte na
herança e vai embora, fala de alguns que conhecem o Senhor, recebem
todos os benefícios de quem “habita no esconderijo do altíssimo”,
simplesmente dão como morto o seu Pai Eterno (porque não existe
herança sem que haja morte do testador). Vão embora sendo ingratos
para com Deus, vivendo longe D’Ele.

QUEM SAI DA PRESENÇA DE DEUS PADECE NECESSIDADES:


Havendo ele gastado tudo, houve grande fome naquela terra e
começou a padecer necessidades. O homem que sai da Casa do Pai
(presença de Deus), gasta tudo que Deus fez em sua vida e padece
necessidades. Vai a uma terra distante (quebra a comunhão com os
irmãos e com Deus); gasta tudo o que tem (a bênção na Casa do Pai é
abundante, eterna, mas, quando no mundo, o que Deus havia feito
acaba), findam a paz, a alegria de viver, as bênçãos, até mesmo
materiais, tudo acaba, pois no mundo não há constância de nada e ele
se vê em necessidades, não havendo mais quem cuide dele (está
distante do Pai, está no mundo).

O DESESPERO; A AJUDA QUE O MUNDO DÁ SEMPRE LEVA À MORTE:

80
Ele chegou a um dos cidadãos daquela terra o qual o mandou
apascentar porcos. Desejava ele comer das alfarrobas (bolotas) que os
porcos comiam e ninguém lhe dava nada.
O homem sem Deus é habitante da terra que está longe d’Ele, apegado
ao mundo, às coisas do mundo, que são passageiras; hoje alguém é
destaque mundial, amanhã está no vício, no desprezo, ninguém lhe dá
nada.
Este é o destino de quem procura solução para sua vida no mundo, não
há a proteção do Pai Celestial. O desespero pela não resolução de sua
“fome”, começa a fazer com que ele deseje se alimentar de qualquer
coisa, daquilo que é o resultado de sua própria vergonha e pecado
(para o judeu é proibido comer carne de porco, e apascentá-los é
humilhante). Os oferecimentos do mundo são até generosos à vista (era
um emprego), mas leva sempre o homem a morte (“...o salário do
pecado é a morte...”). Ninguém lhe dava nada.

A GRANDE CONSTATAÇÃO: AQUI MORRO DE FOME; NINGUÉM ME


DÁ NADA:
E caiu ele em si e disse: “Quantos jornaleiros de meu pai tem pão em
abundância, e eu aqui morro de fome.”
Após provar que no mundo ninguém lhe dá nada, o homem sem Deus
tem sua maior constatação: Aqui eu morro de fome; ninguém me dá
nada. No mundo a condenação à morte é certa, na Casa do Pai os
servos (jornaleiros) têm pão abundante, na Casa do Pai há Vida. O Pão
da Casa do Pai é abundante (Jesus).

A DECISÃO:
Então ele decide “levantar-se e ir” ao pai e dizer-lhe: “Pai, pequei contra o
céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faz-me
como um dos teus jornaleiros (servos).” Quando o homem entende que
só Deus pode livrá-lo de sua situação de fome e morte, ele se levanta e
vai ao encontro do Pai Eterno. É o levantar-se e o ir (decisão). Sair do
incômodo do mundo e ir ao Senhor.
Ele medita no que ia dizer quando chegasse na casa de seu pai. “Pequei
contra o céu...”, é porque entende que pecou contra a glória do Senhor,
(“...o céu é o Meu Trono...”), pecou contra o Pai. “Pequei perante Ti...”,
entende que pecou perante um corpo onde Deus está presente
(Igreja). Contra o céu (Pai) e perante Ti (Igreja).

O ENCONTRO, A LIGAÇÃO QUE DEUS FAZ ENTRE CORPO (IGREJA) E


CABEÇA (JESUS):
O filho levantou-se e foi ao seu pai, e quando ainda estava longe, viu-o
seu pai, e movendo-se de íntima compaixão, correndo, lançou-se-lhe ao
pescoço e o beijou.

81
Depois da decisão (levantar e ir), o homem vai a caminho do Pai Eterno.
Ele se põe “no Caminho” (Jesus); só Jesus pode levar o homem a Deus
(“...Eu sou o Caminho...”). Quando ainda estava longe (Atos 2:39), viu-o
seu pai (Deus vê todas as coisas, sonda o profundo das almas e
corações), viu-o longe (Deus tem operado dentro do problema do
homem, na distância que estiver, basta estar andando em Jesus - o
Caminho), moveu-se de íntima compaixão e correu (Deus aqui prova
seu grande amor pelo homem e mostra a pressa em buscá-lo e o trazer
para Seu aprisco - “...o Espírito e a esposa dizem: Vem!...), lançou-se-lhe
ao pescoço (o encontro de Deus com o homem é em Jesus (Caminho)
que é a Cabeça de um corpo (Igreja) e Deus o abraça no pescoço (dá
ligação com a comunhão de Cristo e Sua Igreja), e o beija (o faz
participar de Sua intimidade).

A CONFISSÃO E A HUMILHAÇÃO PERANTE O PAI:


O filho encontra-se com seu pai, confessa seu pecado e diz o que havia
meditado mostrando-se indigno de ser chamado filho.
O homem depois do encontro com Deus em Jesus através da obra
salvadora que o Espírito Santo tem realizado, confessa seu pecado
(“...porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se faz
confissão para a Salvação”).
Primeiro ele meditou, agora ele confessa perante o Senhor se
“humilhando”, mostrando que não é digno de ser filho, querendo ser
servo (deixou de ser “senhor” de sua vida).

QUANDO O HOMEM DESEJA SERVIR, IMEDIATAMENTE É ACEITO


COMO FILHO:
Então o pai vendo a humildade de seu filho, mandou aos seus servos
que trouxessem depressa o melhor vestido e o vestissem, e que
pusessem um anel na mão, as alparcas nos pés.
Depois que o homem se humilha perante o Senhor querendo “servir”,
então Deus o trata como filho (“...deu-lhes o poder de serem feitos
filhos...”), assim, integrado ao Corpo (Igreja) de Jesus, começa a
ministração dos anjos (servos), operando em favor daquele que foi salvo.
É imediatamente trocado seu vestido (é dado a ele uma nova forma de
vida, nova aparência, novo viver); é colocado um anel na mão (fica
caracterizado o compromisso do homem com Deus e Sua eternidade. É
Igreja, noiva de Cristo); alparcas para os pés (preparo para a Caminhada
que o levará ao Lar Eterno, a própria Palavra e o Evangelho Vivo de
Jesus).

A INTEGRAÇÃO COM A IGREJA NA VALORIZAÇÃO DO SACRIFÍCIO DE


JESUS:
O pai manda matar o bezerro cevado e faz uma festa para seu filho.

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Deus se alegra na conversão de uma alma e faz uma festa (“...haverá
alegria no céu por um pecador que se arrepende...”). Ele o faz participar
de sua ceia (o bezerro cevado - valorização do sacrifício de Jesus) com a
Igreja, sendo esta edificada pela operação da Trindade.

A GRANDE E MAIOR CONSTATAÇÃO DEVE SER ENFOCADA:


A maior constatação do homem que não tem Deus como Pai é esta:
“Aqui morro de fome; ninguém me dá nada”. No mundo a certeza de
morte e de que ninguém pode ajudá-lo, mas na Casa de Deus só há
Vida, Jesus em abundância (Pão Eterno).

83
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

16-AS CIDADES FORTES DE JUDÁ

II Reis capítulo 18:13-16.

Vs. 13 - “Subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortes


de Judá e as tomou”.

1 - INTRODUÇÃO

O mundo tem imposto seus valores de forma veloz e competente,


subtraindo da religião (cristianismo e cristãos) qualquer referência dos
verdadeiros valores, roubando-lhes toda capacidade de discernir e reagir
a tal situação.

1.1- DEUS
Embora o nome de Deus seja mencionado freqüentemente pelo
mundo e também por religiosos é impossível se estabelecer uma
diferença entre a mensagem do mundo e a mensagem da
religião, porque ambas estão associadas e convergem para um
mesmo propósito e se interam num mesmo projeto de
sentimentos e razão.

1.2 - MÁSCARA
A religião colocou uma máscara onde se alternam liturgias
repetitivas e vazias, mensagem sem alcance, fórmulas e ritos
ditados pelo mundo que envolvem ideologias como o social,
filosofias, política com capa de religião e até com o nome de
cristianismo e evangelho.

1.3-REALIDADE
Conclui-se que diante do quadro atual a religião não está em
condições de reagir a avalanche das mensagens com que o
mundo imprime à sua vontade, mesmo porque é sabido e notório
que o cristianismo nas suas mais diferentes facetas está
acomodado a tal situação.

1.4 – IMITAÇÃO

84
Já é parte do projeto de degeneração e perversão que se alia ao
mundo (UNIÃO) até de forma incompetente e grotesca, através da
imitação.

1.5 - ACOMODAÇÃO / CONSCIENTIZAÇÃO E TRISTEZA


Estamos conscientes da atual situação quando percebemos que a
mensagem do mundo já permeou as cidades fortes de irmãos
tanto evangélicos tradicionais quanto pentecostais também,
embora em nós não haja o espírito de crítica, só nos resta lamentar
tal situação e podemos nos expressar nos mesmos sentimentos de
Davi com relação a morte de Saul e Jônatas na derrota de Israel
diante dos filisteus. II Samuel 1:19 – “Ah, ornamentos de Israel! Nos
teus altos fui ferido. Como caíram o valentes.”. I Samuel 1:26 –
“Angustiado estou por ti, meu irmão Jonatas: quão amabilíssimo
me eras...”.

1.6 - COMO ESCAPAR?


A tradição teria uma solução ou uma resposta para reverter o
quadro da atual situação? A mesma pergunta pode ser feita com
relação aos movimentos.

2 - O EXEMPLO DO PASSADO. I Reis 18

A história de Judá no tempo do reinado de Ezequias quando o rei


da Assíria invadiu e tomou as cidades fortes e entrou na cidade de
Jerusalém.

OS FATOS

2.1 - Com sua multidão de exércitos tomou as cidades fortes de


Judá;

2.2 - Levou para si os valores de prata e ouro da Casa do Senhor e


da casa do rei.
- Trezentos ciclos de prata e
- Trinta ciclos de ouro;

2.3 - Levou todo ouro retirado espontaneamente por Ezequias


das portas e das ombreiras do templo do Senhor;

2.4 - Subiu a parte mais alta do palácio onde estava a piscina


usada para o banho do rei, da rainha e de seus príncipes;

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2.5 - Desafiou e não levou em conta a preocupação dos príncipes
de Israel quando falou na mesma língua de Judá (o judaico),
discursando impropérios para que todos que estivessem em volta
pudessem entender o recado do “grande rei da Assíria”, inclusive
para os que estavam assentados no muro;

2.6 - Humilhou a autoridade e poder de reação do povo,


levando-os a atender que só havia uma saída para eles:
- Comer o seu próprio excremento e
- Beber a sua urina;

2.7 - A cidade dominada com o povo acomodado e assentado


nos muros, sem capacidade de reação, tinha duas opções:
- Ouvir os impropérios e morrer ali ou
- Ser levado para o cativeiro. A pergunta dos emissários de
Senaqueribe para eles era uma pergunta sarcástica: em quem eles
estavam confiados?
V. 20 - Em palavras de lábios?
V. 21 - No Egito, bordão de cana quebrada. Ali estava um
povo sem identidade, dominado, humilhado, acomodado, sem
capacidade de reação, escravo.

3 – A HISTÓRIA DE JUDÁ APLICADA AOS NOSSOS DIAS:

Vamos agora aplicar a história de Judá no contexto atual.


Vamos recapitular item por item da história de Judá.

3.1- CIDADES FORTES

A velocidade com que o mundo age na transmissão das suas


mensagens através da multidão de seus exércitos, surpreende as
cidades aparentemente fortes, tomando-as e destruindo-as é o
caso da religião, tradição, dos movimentos já dominados.

3.2- ENTREGA DOS TESOUROS

Senaqueribe, agora, queria os tesouros que estavam em Jerusalém


na casa do rei e na casa do Senhor. Trezentos ciclos de prata e
trezentos ciclos de ouro. A prata fala da redenção, o ouro fala do
poder, a casa do rei fala do coração do homem, a casa do Senhor
fala da igreja, do corpo de Cristo. Da mesma forma que o rei da
Assíria agiu no passado age também hoje.

86
3.3- AS PORTAS

Além do ouro retirado das portas do templo, retirou também o


ouro dos umbrais. Para nós, Jesus é a porta. Para eles, Jesus é uma
porta sem poder, é um evangelho sem redenção, portas que não
dão entrada à salvação, porta que perdeu o valor da Salvação, é
qualquer porta Ouve-se muitas mensagens que falam de Jesus,
mas sem poder, sem autoridade, sem beleza, sem qualquer
destaque, é mais uma porta, sem poder de salvar, sem vida, sem
indicar a direção. Porta e umbral sem ouro é porta sem valor, é
porta comum, é um Jesus político, social, é um Jesus do dinheiro, é
um Jesus da religião, igual a qualquer homem, sem autoridade,
sem poder, só madeira, sem resistência, enfim, não resiste aos
apelos da razão impostos pelo mundo, é mais uma porta sem valor
algum.

3.4- ENTROU NA PARTE ÍNTIMA DO PALÁCIO, NO LUGAR DA


ÁGUA

A piscina onde o rei e a rainha se banhavam fala do lugar da


limpeza, da regeneração, da comunhão, do refrigério, do batismo,
da intimidade que agora tem lugar para sujeira dos príncipes da
Assíria, lugar comum do mundo onde o Espírito Santo não pode
operar, nem agir. A mesma sujeira, a mesma imundice dos
emissários do rei da Assíria agora misturados na piscina do rei.

3.5- A MESMA LÍNGUA

Os assírios e seus emissários também falavam judaico; o mundo fala


hoje a mesma língua que fala a religião e vise versa. A Bíblia,
Palavra de Deus, está vulgarizada e sendo utilizada para os mais
diversos fins, inclusive com argumentos para enganos, mentiras,
perversidades, idolatria e todo tipo de degeneração.

V.1 – Rabsaqué disse para os príncipes de Judá: “vocês só tem


palavra de lábios”,é a mesma situação hoje; razão, letra, teologia,
mensagem sem autoridade, perdição. Os emissários da Assíria não
levaram em conta a preocupação dos príncipes de Israel,
discursaram em judaico todos os tipos de impropérios para todo
mundo entender que eles estavam falando em nome do “grande
rei da Assíria”, inclusive estavam falando para os que estavam
assentados nos muros, uma mensagem competente, veloz e
própria para os dominados.

87
3.6- DESPREZO E HUMILHAÇÃO

Só havia uma saída proposta para os homens de Judá naquele


momento: comer seus próprios excrementos e beber a sua própria
urina. É a situação de muitos religiosos hoje dominados por seus
próprios vícios e idéias, se alimentando de tolices que guardam no
interior das suas mentes para utilizar no momento propício.
O alimento não é espiritual, sai deles mesmo, já são escravos, se
alimentam da sujeira que o mundo oferece com imitações
grotescas, fanhosos, vícios, gestos hipócritas, simulando
sentimentos mentirosos, gingas de quem quer dar liberdade a
carne, sons e ritmos de profissionais da loucura, com gritos e
grunhidos ridículos, letras sem nexo, sem inspiração, vira-latas da
moda, exibicionistas de shows destemperados com o nome de
gospel, pagodão de Jesus, vida-verão e outras loucuras expostas
em blocos carnavalescos sobre o pretexto de testemunhos ridículos
em todos os atos que negam a presença de Jesus que é a verdade
da fé que os resgatou do mundo.

3.7- COMO REAGIR?

Um povo acomodado, assentado no muro da indecisão, sendo


humilhado, acostumado a ouvir todo tipo de impropério e
conselhos do mundo, escravos dos seus próprios sentimentos
(alimentados pelo seus próprios excrementos), como reagir? Sem
ouro, sem prata, sem a água do refrigério, da purificação, sem a
porta de entrada, sem rumo, falando a mesma língua do mundo,
sem profeta e sem profecia, sem revelação; só resta como única
opção, a escravidão.
Confiados em nada, assentados no muro, divididos entre a Igreja e
o mundo. Como reagir? Confiados em quê? Confiados no Egito?
Aquela cana quebrada? Na carne, nos movimentos, no prestígio
pessoal, nos argumentos da razão, em série de conferências, em
reunião de casais, em música profana, na teologia, etc.

4 – CONCLUSÃO:

O desprezo pelos valores espirituais como:


O ouro – Poder do Pai;
A prata – Redenção pelo filho;
A água – Bênção do Espírito Santo;
A Porta – De salvação.

Retirados os valores da casa do Rei – do homem interior.

88
Os valores da casa do Senhor – do corpo – da igreja.
Confiados na força da carne (Egito).
Sem palavra de poder (palavra de lábios).

RESPOSTA: ESCRAVIDÃO
Repetir o texto fundamental = V. 13

89
IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

17-BÍBLIA - PALAVRA DA VIDA

JOÃO 1:1

“No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo


era Deus.”

Para muitos a Bíblia é um livro comum, aquilo que todo o mundo


conhece e ela ficou tão usada que nós tivemos que jogar fora aquela
letra que envelheceu, a página que foi usada, manuseada.
Na Bíblia existe tudo em diversos campos e aquilo que o homem
procura e busca pode encontrar.

EXEMPLOS:

1) CULTURA LITERÁRIA

É o conhecimento da letra propriamente dita. Há pessoas que


são peritas em letra, ganham concursos de Bíblia, são profundos
conhecedores da letra, decoram os textos, sabem os versículos e isso é
muito bom, tem o seu valor, mas é letra, é a chamada cultura bíblica,
cultura evangélica que serve apenas para demonstrar um conhecimento
pessoal sobre o livro.

2) HISTÓRIA / ARQUEOLOGIA / ANTROPOLOGIA

Muitas pessoas se interessam apenas pelo conteúdo histórico


contido na Bíblia. Hoje a História nos mostra que um dos fundamentos
da vida do homem, do seu início está na Bíblia. Os primeiros povos que
habitaram na região da Mesopotâmia, os sumérios, foram os que deram
origem às raças, às nações.
A Bíblia fala de um homem que morou naquela região, esse
homem era Abraão. A Bíblia fala da sua viagem para a terra de Canaã,
fala das lutas que ele enfrentou, cita as cidades por onde ele passou e
isso, inclusive, serviu de base para as pesquisas arqueológicas (porque
algumas daquelas cidades nem eram conhecidas, não tinham registro
histórico), elas foram encontradas depois das grandes escavações feitas
naqueles locais indicados na Bíblia.

90
À medida que o tempo passa a Bíblia vai sendo confirmada e
aceita como fonte de conhecimento histórico, arqueológico e, também,
antropológico porque ela traz dados sobre a história do homem;
entretanto, a Bíblia tem uma preocupação diferente daquilo que é o
interesse humano.

3) GEOLOGIA / MINERALOGIA

A Bíblia fala do ouro de Ofir, fala das regiões das minas de ouro
que existiram, fala do cobre, da prata, pedras preciosas.
A Bíblia fala em petróleo, o betume que foi usado na Arca e no
cesto de Moisés.
Quem quiser fazer uma prospecção de veios e jazidas minerais vai
encontrar subsídios na Bíblia.
Na Bíblia há um conhecimento geral de tudo que possa existir,
por isso ela tem despertado o interesse de todos os segmentos. Os
grandes autores, os grandes mestres, os filósofos, todos eles dedicaram
grandes elogios à Bíblia.

4) ÉTICA

A Bíblia também é um código de ética. Quem quiser viver uma


vida perfeita é só seguir os seus ensinamentos, conhecer o seu limite
perante os outros, os seus deveres para com a sociedade e para com
Deus, conhecer os princípios básicos de comportamento individual ou
coletivo, o respeito ao próximo que o impede de ferir o outro.
Se nós seguíssemos, por exemplo, as instruções que estão no livro
de Provérbios e ensinássemos os nossos filhos, nós teríamos grandes
benefícios, não haveria desvio de conduta, pois, educando a criança, não
será preciso punir o homem.

5) É UM MODELO PARA ATÉ CRIAR NOVAS RELIGIÕES

A Bíblia tem material bastante para se fazer todo o tipo de religião,


qualquer uma, ela é um livro bom para quem quer fazer uma religião,
pode-se até dizer que toda boa religião foi tirada dela.

6) É UM LIVRO POLÊMICO E ENIGMÁTICO.

Muitas pessoas não sabem que a Bíblia contém um mistério. A


letra da Bíblia por um momento é letra morta, mas no outro momento é
viva.

91
A letra da Bíblia é morta quando o homem não conhece o
seu autor, Jesus. E ela é viva quando o homem conhece o seu
autor Jesus.
Nós estamos diante de um mistério e quando o homem conhece
o mistério, a Bíblia não tem mais nenhum ponto que se possa contestar.
As pessoas que ainda não conheceram o mistério contestam: Mas
como? Caim casou com quem?
A Bíblia diz que Adão e Eva tiveram filhos e filhas e aí está a
resposta. A vida era longa, havia longevidade e não havia nenhuma
restrição quanto a casamento de irmã com irmão. As famílias cresciam
com naturalidade, sem que houvesse nada que de pudesse ser
considerado ilícito na formação dessas famílias.
Os judeus que Jesus conhecia, os seus contemporâneos, os que
conviviam com Ele, eram pessoas profundamente religiosas e
conhecedoras da Bíblia, eles sempre gostaram de Bíblia, por isso Jesus
disse para eles: “Examinais as Escrituras porque vós cuidais ter nelas a
vida eterna, e são elas que de mim testificam”.(João 5:39)
Os religiosos daquela época tinham o Velho Testamento. E de
quem o Velho Testamento falava? Qual era o assunto principal do
Velho Testamento? – O Messias.
Ele falava de Jesus.
Mas onde está o nome de Jesus escrito no Velho Testamento?
Explicitamente não há porque Jesus é um projeto oculto no
Velho Testamento, é um mistério. Os religiosos examinavam as Escrituras
para fazer religião e não para descobrir o mistério, o projeto implícito,
que era o Senhor Jesus.
A Religião dá ênfase a tudo que é letra porque desconhece
aquilo que dá sentido à letra, que dá vida à letra. O fundamento, ela não
conhece-o Senhor Jesus, Ele é quem dá vida à letra.
A Bíblia é a palavra da vida porque contém um projeto de vida
para nós.
Nós já conhecemos muita coisa sobre a Bíblia, todos os elogios,
todas as apreciações, o livro mais lido, o mais importante, o livro dos livros
e outros adjetivos que falam, com muita propriedade da Bíblia.
Nós reconhecemos tudo isso, mas quando se abre a Bíblia vê-se
aquilo que é do lado humano, que é a letra, que fala de um código
permanente de cultura que pode ser explorado pelo homem, pela sua
mente, pela sua razão e, pelo fato da Bíblia ser este livro inspirado, a letra
tem uma dimensão que ultrapassa a nossa capacidade, a nossa própria
razão.

A LETRA VIVA.

Existe um mistério no meio desta letra que faz com que ela tenha
vida. Nem todos conseguem perceber este mistério.

92
Alguns conhecem a Bíblia e encontram nela a História.
A Bíblia também é um livro histórico. É um livro que trata de
Arqueologia também porque é um livro que narra fatos, fala de cidades,
de povos que existiam há quase seis mil anos atrás, alguns
desconhecidos até mesmo pela própria História.
A Bíblia fala de homens que viveram em períodos de tempos
longínquos, como Abraão, por exemplo, fala de povos que deram início
à civilização do mundo, do homem. A região mencionada do Tigre, do
Eufrates, aquela região da Mesopotâmia, por ser uma área muito fértil
contribuiu para o aparecimento de povos, de civilizações, de culturas, tais
como os sumerianos, os arcadianos e outros mais. Eram cidades que
não eram conhecidas na História e que foram descobertas recentemente
porque estavam registradas na Bíblia.
Os dados arqueológicos falam de cidades que existiram na época
de Abraão, tais como: Babilônia, Nínive e tantas outras que estavam na
rota de Abraão.
A Bíblia fala da luta que Abraão travou com reis de cidades, até
pouco tempo atrás, desconhecido.
A Bíblia vem descrevendo a vida de Abraão, as cidades pelas
quais ele passou, os povos dali, até ele chegar ao local onde o Senhor
tinha apontado para a sua morada.
A história de Abraão é também um projeto, é a história de um
homem que abandona a sua própria terra, a sua parentela e vai, por
obediência, viver numa terra distante e Deus opera um projeto de fé na
sua vida, onde ele deixa tudo, passa por grandes lutas nessa caminhada
para chegar ao seu destino.

QUAIS OS ASPECTOS QUE A BÍBLIA APRESENTA?

A Bíblia é conhecida como um livro ético, pois abrange os


seguintes aspectos:

A) OS DEVERES DO HOMEM PARA COM A SOCIEDADE.

Os valores humanos podem ser muito bem limitados por todos os


homens de bem como a grande necessidade para o mundo sob o
aspecto moral, físico e até espiritual, embora não se tivesse
entendido tudo desse aspecto.

B) OS DEVERES DO HOMEM PARA COM DEUS.

A Bíblia também é um livro que inspira as religiões de um modo


geral. Nenhum livro na história do mundo foi capaz de inspirar
tantas religiões e tantos religiosos.

93
Tudo o que se escreve sobre Bíblia, envolvendo religião, filosofia e
até ciência, ainda não chegou ao fim.

O VERBO DE DEUS

“UM MISTÉRIO”

A Bíblia é um livro muito contestado. As pessoas lêem e


contestam, alguns crêem em algumas coisas, outros descrêem de tudo,
contestam os valores, as informações, sem descobrir que a Bíblia encerra
um mistério, que é aquilo que está oculto.
Os judeus da época de Jesus tinham a Bíblia, tinham o culto da
Bíblia, mas eles não descobriram o mistério.
Jesus lhes disse assim: “Vós examinais as Escrituras porque julgais ter
nelas a vida eterna e são elas que de mim testificam”.
O mistério já estava no Velho Testamento, nós já conhecemos a
figura de Jesus no Velho Testamento, apresentado por alegorias, toda a
profecia, tudo falando desse mistério, do princípio de todas as coisas: “No
Princípio era o Verbo”.

UM PROJETO DE VIDA PARA ETERNIDADE

A Bíblia é um livro que apresenta, essencialmente, um projeto de


vida.
A Bíblia, no Velho e no Novo Testamentos, contém, através desse
mistério, um projeto de vida.
Quando se fala de um projeto para esta vida, você está falando de
um projeto ético. Porém o projeto de vida que a Bíblia apresenta, é o
projeto de vida eterna.
O projeto que a Bíblia apresenta é um plano profético, é aquilo
que já está profetizado, aquilo que Deus quer para o homem.

EXISTEM DOIS TIPOS DE VIDA

A Bíblia contém um plano profético de vida. Existem dois tipos de


vida: a terrena, a que nós vivemos; e a eterna, que já está no plano
profético de Deus.

O QUE É VIDA?

 Vida é o tempo que temos do nascimento até a morte.


 A vida do homem é contada para a morte.

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 Há quanto tempo estamos morrendo?
 Exatamente o tempo que estamos vivendo.

O TEMPO

É um veículo que conduz o homem a dois destinos.


Existem vários tempos quando se fala em vida.

1) TEMPO HISTÓRICO E BÍBLICO

A Bíblia diz que a vida do homem é como um conto ligeiro


que se conta.
Qual foi a pessoa mais importante que os irmãos
conheceram? Há algum livro escrito a respeito dessa pessoa?
Sabe qual é a história dela? Quando nasceu, quando morreu?
Esse é o tempo histórico e é bíblico também.

2) TEMPO PEDAGÓGICO

Salmos 90:l2 - “Ensina-nos a contar os nossos dias...”


Esse é um tempo pedagógico porque a vida é um ensino.

3) TEMPO BIOLÓGICO

É aquele que nos marca com os ponteiros do seu relógio.


Cada batida, cada minuto que o ponteiro vai registrando, é uma
marca em nós, até chegar o momento da última batida.

4) TEMPO POÉTICO

É o tempo que os poetas usam para compor as suas


canções, as histórias de amor, é o tempo que faz durar o alecrim
do campo, dá perfume às flores, é o reverso da natureza, céus, lua,
o amanhecer.

5) TEMPO FÍSICO

É aquele demonstrado pela fórmula de Einstein que diz que


quanto maior a velocidade, menor o tempo.
Esse é o tempo que a Bíblia fala quando cita, implicitamente,
a figura de Jesus como a luz do mundo. Quando nós viajamos
nessa luz, na velocidade desta luz, o tempo desaparece, ele torna-
se negativo e nós entramos naquela vida chamada eterna.

95
Quando o homem conhece a luz verdadeira, ele passa a
conhecer o tempo verdadeiro, aquele que não se dá, não se
vende, não se troca, ninguém conduz esse tempo, só a alma
porque ela é imortal, é o tempo de Deus.

6) TEMPO PROFÉTICO - ENTENDIMENTO DA PALAVRA DA VIDA

Quando nós entendemos a Palavra de Deus, quando nós


entendemos a Bíblia, nós entendemos também que ela contém
um plano profético de vida eterna.
Por que esta palavra está sendo trazida aqui?
Porque nós, às vezes, somos envolvidos com os argumentos
que estão à nossa volta e nós começamos a valorizar esses tempos
que estão aí e nos esquecemos que a Palavra de Deus foi trazida
para o homem para conduzi-lo a um tempo onde ele vai conviver
com a luz, um tempo eterno onde não se morre, vive-se mais e
mais; enquanto que no tempo do homem se morre.
Esse outro tempo que a Bíblia traz, ele fala de eternidade do
homem, mostra um plano profético de vida onde esse pequeno
tempo que vivemos é englobado nesse grande tempo, que é o
tempo da vida eterna. O segredo está nisso.

POR QUE A BÍBLIA É O LIVRO DA VIDA?

Porque ela tem uma essência eterna que fala do Filho de Deus
que apresentou uma vida, que se fez carne como nós, e nos deu a sua
vida, e que está no nosso meio, e que é a nossa vida, que é Jesus, que é
a vida eterna.
A Bíblia é a Palavra de Deus para nós porque ela é a Palavra da
vida, porque ela tem um projeto de vida e ela aponta para esse projeto
de vida e nos conduz nele para nós alcançarmos a verdadeira vida, que
é a vida eterna, onde o tempo não é mais contado, é a vida que não
morre, é a vida que se vive mais e mais.
Jesus disse: “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância”
(João 10:10). “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25).
Toda a palavra de Jesus é a palavra da vida, que é a palavra do
autor da vida, do dono da vida, do Senhor da vida, daquele que foi
morto e reviveu.
Quando o homem alcança esse mistério, a Bíblia não tem mais
contestação, não se lê mais a Bíblia pela lógica porque ele descobriu a
dimensão do projeto de Deus, que é o projeto de vida eterna.
Davi disse: “A minha alma tem sede de Deus” (Salmo 62:12).

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Ele sentia sede de um Deus que tinha vida, ele tinha sede de uma
vida que estava naquele Deus vivo. Toda a sua aspiração era essa, por
isso ele descreve nos Salmos a respeito do autor da vida, por isso ele
profetiza sobre a vida, porque só fala da vida aquele que tem vida, quem
não tem, fala de morte.
Paulo tinha Bíblia, Paulo conhecia profundamente o Velho
Testamento, mas ele não conhecia a vida, ele só veio a conhecê-la no
caminho de Damasco, quando perseguia a Igreja. Ali ele teve a
experiência de vida, ali ele conheceu a vida, aquilo que estava oculto
para ele revelou-se ali: “Eu sou a luz da vida” e ele caiu prostrado. Agora
ele conhecia a vida.
A vida é Jesus, este é o mistério que está na Palavra, Ele não quer
revelar-se como um religioso, mas sim como a Luz da vida, como o
Verbo que se fez carne.

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18-DÁ-ME AS MONTANHAS

Josué 14:7 - 12

1) Introdução
Calebe faz parte da geração dos que tinham vivido as experiências do
deserto na passagem do povo de Israel para a terra de canaã. Somente
Josué e Calebe iriam possuir a terra dentre toda a geração do deserto
que não atravessaria o Jordão.
A geração que estava com eles e que iria entrar na terra, era toda
nova. A melhor geração havia ficado no deserto.

2) Disposição para o serviço


O exemplo de Calebe é marcante porque na divisão da terra, Josué
atendeu ao seu pedido. “Dá-me as montanhas”.

3) O pedido
As montanhas eram lugares onde estavam alojados os grandes
inimigos, povos gigantes habitavam as montanhas e a tarefa de deslocá-
los dali era árdua e difícil. Só valentes poderiam enfrentar tantos
obstáculos.

4) A experiência, disposição e testemunho


Calebe estava seguro no seu intento apesar dos seus 85 anos a
experiência vivida no deserto dava-lhe a certeza de que as promessas de
Deus não falham.
“...e agora eis que já sou de idade de oitenta e cinco anos”. - Josué
14:10

Versículo 9 - Ao ver a terra - A promessa de Deus estava cumprida

Versículo 10 - Me conservou com vida - nada faltou. O pão, a água, a


roupa, as sandálias, a própria vida.

Versículo 11 - Ainda me sinto forte - Nada tinha envelhecido.


“...qual a minha força então era, tal é agora a minha força para a
guerra, e para sair e para entrar”.
“Dá-me as montanhas”

Versículo 12 - A região é difícil mas Calebe estava confiado no Senhor. A


força não estava nele e sim no Senhor.

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5) Aplicação
Hoje um retrospecto, do ano que passou, podemos tomar a lição de
Calebe, para nossas vidas.
a) Tomou conhecimento da promessa

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b) Partiu para possuí-la
c) Viu a terra
d) Nada lhe faltou. Na revelação, não há velhos, não há
envelhecimento, nada falta.

Os obstáculos iriam surgir mas o Senhor é o mesmo ontem, hoje e


será eternamente.
Da mesma forma como deu vitórias até aqui, nos dará forças para
continuar, como fez com Josué e Calebe.

6) Aplicação para o visitante - “Dá-me as montanhas”


O mundo está desiludido e muitos tem perdido a sua fé, porque os
obstáculos, as barreiras e lutas que se travam são constantes e
aterradoras por vezes. Muitos não tem mais força para caminhar.
Os inimigos estão nas montanhas, entrincheirados.
Falta a fé que é fruto de experiência com Deus.
Falta a revelação que dá valor e aponta para o alvo .
Josué estava diante de mais um desafio. “Dá-me as montanhas”, e
muitos hoje podem confiar no Senhor e enfrentar os desafios que virão
por certo neste próximo ano.
Não com a força humana, não com o ânimo sem as experiências,
não com o caminho sem objetivos, mas confiados no Senhor com o
vigor da revelação que aponta para o objetivo para o caminho da vitória
que é o Senhor Jesus.
“Dá-me as montanhas”. Esta é a nossa vitória.

Observação:
1) os itens 1,2,3,4,5 podem se aplicar a igreja local com uma palavra
de ânimo e de vitória. O que passou e o que virá.

2) O item 6 deverá ser aplicado ao visitante. Também uma palavra de


ânimo.
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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

19-DEIXAI AS CIDADES E HABITAI NO ROCHEDO

Jeremias 48:28

“Deixai as cidades, e habitai no rochedo, ó moradores de Moabe.


Sede como a pomba que se aninha nos lados da boca da
caverna.”

INTRODUÇÃO

As grandes cidades de hoje em dia são sinônimo de organização e


oferta de oportunidades para as mais diversas atividades do homem. Por
isso elas têm atraído pessoas de várias procedências, na busca de uma
condição de vida melhor. Mas o que se vê na realidade é o crescimento
dos problemas de toda sorte, trazendo, ao invés de descanso, angústias e
insatisfações.
Na busca da satisfação das necessidades espirituais, muitos têm
buscado as religiões, com sua organização e estrutura, na esperança de
alcançar a paz interior. No entanto as religiões terminam acrescentando
mais cargas sobre as pessoas, contribuindo para sua infelicidade.

DESENVOLVIMENTO

Diante da situação, o Senhor faz um convite a todos:

 Deixai as cidades – O Senhor fala ao coração do homem, procurando


conduzi-lo para fora do sistema religioso em que vive, o qual o prende
tornando difícil a operação do Espírito Santo em sua vida.

 Habitai no Rochedo – Em seguida o Senhor o orienta a habitar no


“Rochedo”, um lugar aparentemente inóspito, sem conforto, mas que
oferece verdadeira segurança. O Rochedo é um lugar forte, onde o
homem encontra tudo aquilo que sua alma anseia. O Rochedo é
Jesus.

 Ó moradores de Moabe – Os moabitas eram um povo orgulhoso que


costumava seguir seus próprios pensamentos e instintos. O homem

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dos dias de hoje tem esta mesma natureza, no entanto a Palavra de


Deus lhe é dirigida, com o propósito de manifestar a sua graça e
conduzi-lo a uma experiência que transforme sua vida totalmente.

 Sede como a pomba – A tendência natural da vida é conduzir o


homem à agitação, mas Deus o convida a uma vida simples, de
identificação com o seu Espírito, de mansidão e confiança, pois assim
ele não errará o caminho que conduz à eternidade.

 Que se aninha na boca da caverna – A boca da caverna era formada


por uma ferida (cavidade) no rochedo, ela aponta para o sacrifício e
para a Obra de Jesus, o nosso Rochedo Forte. Quando nos
aninhamos (escondemos) nele, encontramos um lugar seguro para
nossas almas, onde desfrutamos da sua graça, do seu amor e da
esperança de vida eterna.

CONCLUSÃO

O projeto de Deus se desenvolve a partir da libertação do jugo da

religião e do mundo de pecados, e segue conduzindo o homem a viver

em intimidade com o Senhor, na segurança da sua presença.

Para melhores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:


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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

20-DIGA AO POVO QUE MARCHE

Êxodo 14:15

“Então, disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos
de Israel que marchem.”

1 – CONSIDERAÇÕES

O povo de Israel estava de saída da terra do Egito, de um cativeiro


que já durava 400 anos. O destino final do povo de Israel era a terra de
Canaã, “a terra prometida”, onde existiam as raízes dos seus
antepassados cuja cultura ainda era mencionada como a terra dos seus
pais e patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
A saída do povo de Israel do cativeiro do Egito em si foi um grande

milagre, ou melhor, uma operação de maravilhas.

Faraó escravizava o povo, como era o costume da época, e todo


serviço pesado era feito pelos povos dominados ou escravizados, muitas
vezes a custa do sofrimento moral e físico a que eram submetidos num
trabalho exaustivo debaixo do chicote que estava sob o controle dos
exatores de Faraó.

2 – O PREPARO PARA A SAÍDA

2.1 A vontade de Deus devia prevalecer a partir de suas ordens.


“Vi a aflição do meu povo e ouvi as suas súplicas” Êxodo 3:7

2.2 A ordem de Deus a Faraó: “Deixa o meu povo ir” Êxodo 5:1

2.3 O preparo de um homem para ouvir a sua voz e obedecer.


No caso, Deus chama Moisés, fala com ele e lhe instrui para
lidar com Faraó e depois com o povo.

2.4 O preparo do povo para a saída, conscientizando-o cada dia


do seu poder, das maravilhas que multiplicava na terra do

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Egito através das pragas e dando tempo para que o povo se


preparasse para o momento da partida.

2.5 O preparo do Egito e dos egípcios para o momento da


saída. Faraó endurecia o coração, mas já estava consciente
de que não podia impedir a saída, embora pudesse protelar
(no tempo), ainda que fosse o plano de Deus para
conscientizar e preparar o povo.

3 – O MOMENTO DA SAÍDA

PREPARO DO POVO

Todas as precauções foram tomadas quanto às instruções ao povo


e o comportamento de cada um com relação a suas famílias, vizinhos e o
próprio povo do Egito.

Recomendações:

1 – imolar o cordeiro;
2 – aspergir o sangue nas vergas e umbrais das portas;
3 – um caminho a percorrer (3 dias);
4 – a hora da saída (meia-noite);

“O EGITO DORMIA”

4 – OS OBSTÁCULOS DA SAÍDA

Ao amanhecer do dia, enquanto Israel caminhava na saída, o Egito


acordava diante da última praga: “a morte dos primogênitos.”
O Egito e os egípcios, desde Faraó, choravam e lamentavam os
mortos em suas casas.
Faraó enterra o seu primogênito e arregimenta os seus exércitos
na última tentativa de impedir a saída e ainda castigar o povo, tentando
alcança-lo enquanto no Egito.

5 – DIGA AO POVO QUE MARCHE

A palavra de ordem estava sendo dada naquele momento para


Moisés e o povo.
A primeira ordem foi para Faraó: “Deixa o meu povo ir” Êxodo 5:1.
Agora, a ordem era para o povo.

“DIGA AO POVO QUE MARCHE”

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5.1 – AS CIRCUNSTÂNCIAS

PELA FRENTE (O Mar Vermelho)


ATRÁS (Faraó e seus exércitos)

4.2 – O POVO AGORA NÃO ESTAVA MAIS SOB O GOVERNO


DO EGITO NEM DE FARAÓ MAS ESTAVA NAS MÃOS DE DEUS E SOB
SUAS ORDENS.

A única saída foi pelo caminho do mar.


Logo o povo passaria para o outro lado, além do Mar Vermelho,
para o deserto, longe do Egito de Faraó e seus exércitos.

6 – A ORDEM

“Diga ao povo que marche” – Êxodo 14:15

7 – APLICAÇÃO

O momento que vivemos como igreja no mundo é tão


significativo quanto o da saída de Israel do Egito. Existe um paralelo
profético entre Israel e a Igreja, embora que cada qual no seu tempo.
Nas mesmas condições e situações semelhantes.

- Opressões – escravidão, trabalho só para Faraó. Tudo que


fazemos aqui no mundo é construção para o túmulo de
Faraó como os israelitas fabricavam tijolos e tumbas para
Faraó (morte). O mundo trabalha para Faraó, para o inimigo
que só oferece morte e vida terrena.

- Os amigos de Faraó e sua côrte estão felizes, nada tem a


reclamar, como o Egito, na época têm uma infinidade de
deuses que dispensam o Deus verdadeiro que é Jesus e a
Trindade.

As maravilhas da Obra estão se multiplicando para conscientizar a


Igreja fiel de que o momento da partida se aproxima.
A noite é chegada para o mundo (como foi a praga das trevas)
para o Egito.
O preparo da Igreja para a saída é o mesmo de Israel.

- Sangue nas vergas e nos umbrais da porta do coração (CLAMOR


PELO SANGUE DE JESUS);

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- Luz em suas habitações (BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO –


REVELAÇÃO);
- Moisés – tipologia do Espírito Santo.

O Espírito Santo através da Igreja está sendo preparada e separada


para intervir contra Faraó em favor do povo fiel. Preparo da igreja.

- Preparo da Igreja (corpo).

8 – DESPRENDIMENTO DO MUNDO

Da mesma forma que Israel se despede do Egito, a Igreja segue o


seu destino.

 Entrada no caminho.

O caminho (Jesus) na mesma direção, começo e fim de uma


jornada.
Caminho, lugar seguro de:

a) PROTEÇÃO CONTRA OS INIMIGOS;


b) LIBERTAÇÃO
c) PASSO CADENCIADO – O PASSO DA OVELHA (CORPO).

A obra do Espírito possui as mesmas características e os mesmos


argumentos da saída.

a) UMA IDENTIDADE - SANGUE


b) UMA DIREÇÃO - ESPÍRITO SANTO
c) UM DESTINO - O PAI

9 – PROPÓSITO

O mesmo propósito para um corpo no caminho protegido dos


inimigos dirigido pelo Espírito Santo em demanda da terra prometida.

- A terra prometida (Eternidade).


- A hora é de decisão

Apressadamente - lombos cingidos (verdade)


- cajado na mão (direção para vida)
- pés calçados (caminho)

- Para trás está o perigo.

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- Caminho de 3 dias (morte e ressurreição)


- Olhar para frente – o Egito para trás (o mundo)

Mergulhar no Mar vermelho, se esconder de Faraó.


Só o Mar Vermelho (lavados no sangue de Jesus).

Marcos 16:16

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado”

- A luz – Moisés - (Espírito Santo)


- O sangue do cordeiro - (Jesus)

A ORDEM DO PAI:

“Diga ao povo que marche”

Caminho de 3 dias para não ser mais alcançado por Faraó.


A religião vai até a morte, não alcança o 3º dia que é o dia da
redenção, da ressurreição, da nova vida, do novo nascimento. É a
experiência plena da salvação.

A ordem a Faraó já está decretada: “Deixa o meu povo ir.”


A ordem à Igreja é esta: “Diga ao povo que marche.”

Tudo mais será por conta do Senhor e vontade do seu Espírito.

“DIGA AO POVO QUE MARCHE”

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21-A DRACMA PERDIDA


Lc 15:8-10
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma,
não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até
encontrá-la?
9 E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo,
porque achei a dracma que eu havia perdido.
10 Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só
pecador que se arrepende.

A dracma era uma moeda de prata


As dez dracmas compunham um adorno, um enfeite, que era usado
pelas mulheres da antiguidade, como um diadema, uma tiara em suas
cabeças.
Mulher que tem dez dracmas: Igreja fiel, que foi resgatada do mundo e
adquirida pelo lavar regenerador do sangue de Jesus, que realiza a Obra
do Senhor na comunhão, na revelação, redundando em salvação de
vidas, BES, dons espirituais, o fruto do Espírito, etc.
JC foi traído por 30 moedas de prata, i.e., por um preço 3 vezes maior,
fazendo-nos lembrar que em sua morte de cruz ele estaria
representando o Senhor triuno (Pai, Filho e ES).
Perder uma dracma: significa a Igreja perder seu adorno, sua beleza.
Qual a graça, a beleza em um diadema faltando uma dracma? É como
um sorriso com um dente quebrado. A Igreja é constituída de seus
membros individualmente. A beleza da Igreja está no clamor pelo
sangue de Jesus, no temor ao Senhor, na santificação, no louvor, na
adoração ao Senhor feita por cada servo do Senhor que faz parte do
Corpo. Consiste, ainda, nos frutos de salvação, no derramar do Espírito,
no culto revelado, no louvor revelado, na vida revelada.
Como achar a dracma? O que fazer:
(1) Acender a candeia: Significa buscar o fogo do ES, a revelação de
Deus, significa procurar conhecer o projeto de Deus, a vontade do
Senhor;

(2) Varrer a casa: significa retirar a sujeira, o lixo, ou seja, o pecado, para
que a dracma seja restaurada e restituída ao diadema. A Palavra nos
aconselha: Hb 12: 1 “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de
tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo [embaraço], e o
pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a
carreira que nos está proposta, 2 fitando os olhos em Jesus, [autor e
]consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto,
suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do
trono de Deus”;
(3) Buscar com diligência ao Senhor, e não ao mundo, não se
conformando a este mundo. Hb 1:6 Ora, sem fé é impossível agradar a

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Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia


que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam (diligentemente);
(4) Buscar com perseverança, até encontrar. Jr 29: 13 “Buscar-me-eis, [e
me achareis], quando me buscardes de todo o vosso coração”. Mt 7: 7 “7
Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
8 Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate,
abrir-se-lhe-á”. Orando ao Senhor, usando os meios de graça: o clamor
pelo sangue de Jesus, o jejum, a madrugada, o louvor, a consulta à
Palavra.
E achando-a: A mulher que acha a dracma (de prata) perdida tipifica a
Igreja que está reavivada, cheia do poder do Espírito Santo, pronta para
evangelizar;
reúne as amigas e vizinhas: i.e, pronta para evangelizar, para
testemunhar do poder de Deus, para convidar os amigos e os vizinhos
para os cultos. A bênção de salvação e as demais não as queremos
somente para nós
dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia
perdido. A Igreja fiel tem uma palavra a ser transmitida que é: o SJ salva,
cura e nos faz felizes. Ne 8:10 “Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e
bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado
para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não vos
entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força”.
Há alegria verdadeira somente na presença do Senhor, adorando o
Senhor. O convite que fazemos aos nossos amigos e vizinhos é: Alegrai-
vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido. Isto é vizinho,
alegra-te comigo, porque eu sou salvo, estou na presença do Senhor, em
novidade de vida, na alegria do Senhor. O Senhor quer fazer-te alegre,
com a alegria do Senhor, continuamente.
--
ALEGRAI VOS COMIGO
Lucas 15:8-10 “Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas (moedas de
prata), se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e
busca com diligência até a achar? E, achando-a, convoca as amigas e
vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador
que se arrepende”.
1 - Introdução
O capitulo 15 de Lucas é o relato de uma série de três parábolas, todas
falando de perdas.
A primeira perda foi de uma ovelha, num rebanho de cem, mostrando o
trabalho do bom pastor que é o Senhor Jesus, em dar a sua vida em
resgate da ovelha perdida.
A segunda, de uma dracma, num conjunto de dez. Fala da operação do
Espírito Santo através da Igreja fiel.

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A terceira de um filho quando o pai possuía dois. Fala da operação de


Deus nosso pai, na salvação de um filho perdido.
A nós interessa apreciarmos o segundo caso das três parábolas, que fala
da perda de uma dracma, e da alegria quando ela foi achada.
Quando Jesus proferiu essas parábolas havia muitos publicanos e
pecadores ao seu redor. E por isto ele era censurado pelos fariseus e
pelos escribas, porque recebia pecadores. Jesus respondia, dizendo: “os
sãos não necessitam de médico, mas, sim, os enfermos. Eu não vim
chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”. Jesus recebia os
pecadores não para participar do seu pecado, mas para lhes oferecer
salvação, libertação do poder do pecado, das trevas, livrando-os da
condenação do inferno. As três parábolas mostram o cuidado e a
atenção do Senhor para com os caídos e desprezados. Conforme Jesus
disse de si mesmo: “O Filho do homem veio buscar e salvar o que se
havia perdido”. Deus é aquele que, no seu amor, busca a pessoa perdida
para salvá-la. Por isto, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna”. A missão de Jesus era a de salvar os pecadores. “Fiel é esta
palavra e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo
para salvar os pecadores...”.
2 - A dracma perdida
A dracma era uma moeda grega, de prata, que tinha o valor aproximado
de uma ovelha. Equivalia à moeda romana chamada denário, que
correspondia ao valor de um dia de trabalho de um trabalhador.
Chama-nos a atenção o fato da perda e da valorização do que se
perdeu. Evidente é que se não se valoriza a perda, também não se vai
em busca do que se perdeu.
A dracma pertencia a um conjunto que formava um valor e a perda de
uma danificava todo o conjunto, que poderia ser usado para compor
uma tiara na testa, usada pelas mulheres como adorno. Para achá-la,
teria que buscar com candeia acesa, varrer a casa, buscar
diligentemente.
Esta parábola fala do Espírito santo buscando o pecador perdido dentro
da casa, isto é, da Igreja.
3 - A diligência na busca
Cantares 3:1“De noite busquei em minha cama aquele a quem ama
minha alma, busquei-o e não o achei“.
Uma busca sem objetivo. Não foi diligente. Na cama, no comodismo,
não se encontra o que está perdido.
Interessante é observar que ela perdeu dentro de casa, não na rua ou
noutro lugar. Dentro de casa fala da intimidade de cada um de nós,
quando os de fora não podem ver. Pode acontecer que a cada dia a
vida espiritual de alguém pode estar esfriando, até perda total da
salvação. “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro
amor” Ap 2:4.

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A mulher fala da igreja que recebeu do Senhor tudo: a bênção de


salvação, batismo com Espírito Santo e com isto todas as bênçãos
advindas (dons espirituais, fruto do Espírito Santo, ministérios, palavra
revelada, etc).
Com o decorrer dos anos, foi-se afastando do poder, do fogo, do óleo, e
ficou com a candeia apagada. Passou a viver só da água, da salvação, da
palavra na letra.
As bodas em Caná da Galiléia iniciaram com o vinho e, depois, acabou-
se o vinho. Dentre tudo dentro de casa, só havia água. Buscaram a Jesus
e ele trouxe de volta o vinho e vinho muito bom, melhor que o primeiro,
para alegrar a festa.
4 - A alegria do encontro
Um dia a mulher descobriu a falta da dracma preciosa, que tipifica a
salvação de alguém que está perdido, sem Deus na sua vida. Acendeu a
candeia e agora sim, com a candeia acesa, com óleo produzindo luz, seu
interior iluminado, ela teria chance de achar a dracma perdida. A
candeia mostrava à mulher que a busca era com a candeia acesa, casa
limpa, tudo agora pela luz da candeia. Agora chama as amigas, os
íntimos, proclama a bênção do Espírito Santo, de tudo que Ele, o Espírito
do Senhor pode fazer, alegrar as vidas tristes, dar os tesouros da Palavra e
os vizinhos podem agora também participar do achado. Podem ver pelo
efeito, que há luz, a candeia está acesa, tudo está em condições de ser
visto.
Quem aponta para o interior de nossas casas? Quem discerne o
caminhar? Quem toca no íntimo? Quem corrige os erros? Só o Espírito
Santo. É a bênção da candeia acesa.
A salvação é pela graça de Deus. A dracma não fez esforço algum para
que fosse encontrada. Foi a mulher que se esforçou para que a dracma
fosse achada. Assim, a Igreja movida pelo Espírito Santo é que busca que
o pecador encontre a salvação em Jesus.
5 - Conclusão
Com a candeia acesa, a Igreja no Espírito está em condições de chamar
os que estão ao seu redor, os vizinhos, porque a dracma está de volta,
completando a perfeita obra de Deus e preparando a Igreja para a
grande festa, seu encontro com Jesus, o noivo amado. Anunciar com
alegria as bênçãos do Senhor é o papel da igreja com candeia acesa.
Tanto Deus quanto os céus se regozijam quando um só pecador se
arrepende. “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por
um pecador que se arrepende”. Quando alguém se converte ao Senhor,
Deus transborda de alegria em virtude do seu profundo amor e do valor
que dá ao homem.
Nenhum trabalho nosso é grande demais quando buscamos a salvação
dos perdidos para levá-los a Cristo.
Mulher: a Igreja

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Dez dracmas: a salvação e os dons espirituais e a salvação e o fruto do


Espírito Santo com seus nove atributos.
Nove dracmas - os dons espirituais (9); características do ES (9).
Dracma perdida - salvação (1) “Alegrai-vos comigo...”. Alegria da salvação.
As outras nove dracmas não tinham valor sem a décima (salvação). Uma
dracma apenas pode parecer algo sem importância. Nada é mais
importante para nós do que a salvação, a vida eterna, com a paz e a
alegria decorrentes. Essa paz e alegria, que só é completa com salvação, é
o que compartilhamos com os nossos vizinhos e amigos.
As moedas de prata lembram-nos, também, do preço pelo qual Jesus foi
traído por Judas. José, também que é um tipo do Senhor Jesus, foi
vendido pelos seus irmãos aos ismaelitas por moedas de prata.
Mateus 5:14-16 - “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a
cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para
colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se
encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus”.
--
Ct 8:11-14 11 Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom; arrendou essa
vinha a uns guardas; e cada um lhe devia trazer pelo seu fruto mil peças
de prata.12 A minha vinha que me pertence está diante de mim; tu, ó
Salomão, terás as mil peças de prata, e os que guardam o fruto terão
duzentas.13 Ó tu, que habitas nos jardins, os companheiros estão
atentos para ouvir a tua voz; faze-me, pois, também ouvi-la: 14 Vem
depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho da
gazela sobre os montes dos aromas.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

22-ESTEJAM CINGIDOS OS VOSSOS LOMBOS

Texto Fundamental: Lucas 12:35 a 43

v.35 Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas


candeias.
v.36 E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor,
quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e
bater, logo possam abrir-lhe.
v.37 Bem-aventurados aqueles servos, aos quais, quando o
Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os
fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.
v.38 E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar
assim, bem-aventurados são os tais servos.
v.39 Sabei, porém, isto: se o pai da família soubesse a que hora havia
de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
v.40 Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do
Homem à hora que não imaginais.
v.41 E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós ou também a
todos?
v.42 E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a
quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a
ração?
v.43 Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier,
achar fazendo assim.

Texto: Lucas 12:35

“Estejam cingidos os vossos lombos e acesas as vossas


candeias;”

I – INTRODUÇÃO

A Bíblia se refere aos “últimos dias” ou “fim dos tempos” como um


tempo profético que antecede a vinda do Senhor Jesus e que é
chamado de “noite”.
O Senhor Jesus ao se referir a sua vinda exorta os seus discípulos à
vigilância, já que profeticamente o tempo do fim seria um período difícil
para os crentes devido ao grande envolvimento e ação do mundo sobre

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114

a igreja dos últimos dias para descaracteriza-la anulando a sua missão e


desviando-a do seu objetivo final que é a vida eterna.
II – NOITE

As trevas que caem sobre o mundo nesta hora anunciadas pelos


profetas do Velho Testamento e prenunciadas pelo Senhor Jesus,
apontam para a necessidade da Igreja fiel estar em “ativa vigilância”.
Noite ou trevas, portanto, falam de um tempo profético que
antecede a volta do Senhor Jesus para buscar a sua Igreja, tempo de
grandes acontecimentos em todo mundo, que incluem acontecimentos
físicos, com alterações no universo; acontecimentos sociais, com
agitações e guerras em vários lugares; o aumento e domínio do pecado,
tornando o homem refém de todo tipo de pecado e contaminação e
destruição moral e física.

III – PREPARO E VIGILÂNCIA

III.I – “CINGIDOS OS LOMBOS”

A Bíblia diz que “todo homem é mentira” e nós constatamos


a cada dia esse mal que domina todos os povos sem exceção,
permeando não só a sociedade e o homem comum como
também a própria religião. A mentira é fácil de ser conduzida
porque é leve e agrada ao ser humano, já que é inerente a ele
dado também a sua própria temporalidade.
A verdade é pesada, repudiada por muitos e quando
mencionada provoca reações tão profundas que desequilibram os
que tentam conduzi-la.

III.II – “LOMBOS CINGIDOS COM A VERDADE”

Era comum a utilização de faixas com determinadas regiões


para ajustar os músculos e mantê-los adequadamente na posição
para suportar determinados esforços físicos, desde levantamento
de pesos e até para lutadores que eram obrigados a desenvolver
certos esforços.
Os lombos cingidos falam do ajuste muscular para exercer
certos esforços em regiões específicas onde existe uma
concentração maior de músculos que são responsáveis pela flexão
do corpo ou ereção da coluna vertebral, evitando os traumas e o
deslocamento de vértebras, no caso de esforços unilaterais.

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IV – “PREPARO DO CORPO”

Jesus, quando se refere a este momento profético que antecede a


sua vinda, fala da necessidade do preparo do corpo para desempenhar
todas as tarefas que lhe cabem nesta última hora, principalmente
conduzir a palavra da verdade (citação de Paulo: “Lombos cingidos com
a verdade”).
Que grande peso, que dificuldade para se conduzir esta verdade,
tão necessária para um mundo de enganos e mentiras. Só um corpo em
equilíbrio ajustado e preparado pode conduzir esta verdade. a verdade
do evangelho, da salvação, na luta contra o mundo, contra a mentira e
contra o pecado. Só o corpo de Cristo é capaz de suportar e conduzir o
peso da verdade. “Lombos cingidos...”

V – “ACESAS AS VOSSAS CANDEIAS”

Um corpo em desequilíbrio não estaria em condições de conduzir


uma candeia cheia de óleo e de fogo.
A segunda recomendação do Senhor Jesus para a igreja dos
últimos dias fala da necessidade da igreja caminhar, ou melhor, do corpo
caminhar sem tropeçar, por causa do momento de trevas que
antecedem o grito da meia noite.

· Candeia – O homem
· Óleo – O Espírito Santo
· Fogo – A revelação (luz)

Caminhar em trevas, sem luz é um risco incalculável para o


momento que estamos vivendo.
A igreja fiel que já acendeu as suas candeias não tropeça,
desequilibrada, nem errar o caminho, muito menos dormir com óleo e
fogo nas mãos, já que o chamado ou grito da meia noite se aproxima:
“Ai vem o esposo, saí-lhe ao encontro”.
O preparo da Igreja para esta última hora está relacionado com
estas duas recomendações:

· Cingidos os lombos – verdade da


palavra
· Acesas as vossas candeias – vida revelada
(caminho revelado).

VI – VIGILÂNCIA

Segredos para o serviço:

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1º Atento à voz do Senhor


(para que quando bater, possam abrir a porta do coração);
2º Ninguém sabe o dia e nem a hora;
3º Ele virá numa hora que não imaginais;
4º Servindo ao Senhor em fidelidade e prudência.
· Fiel – no serviço
· Prudência – não se descuidar

Vigiar é: servir em fidelidade e prudência


Cingidos os vossos lombos e acesas as vossas candeias.”

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

23-UMA PALAVRA REVELADA

Texto: Juízes 3:15 a 23

v.15 Mas quando os filhos de Israel clamaram ao Senhor, o Senhor


suscitou-lhes um libertador, Eúde, filho de Gêra, benjamita,
homem canhoto. E, por seu intermédio, os filhos de Israel
enviaram tributo a Eglom, rei de Moabe.
v.16 E Eúde fez para si uma espada de dois gumes, de um côvado de
comprimento, e cingiu-a à coxa direita, por baixo das vestes.
v.17 E levou aquele tributo a Eglom, rei de Moabe. Ora, Eglom era
muito gordo:
v.18 Quando Eúde acabou de entregar o tributo, despediu a gente
que o trouxera.
v.19 Ele mesmo, porém, voltou das imagens de escultura que
estavam ao pé de Gilgal, e disse: Tenho uma palavra para dizer-te em
segredo, ó rei. Disse o rei: Silêncio! E todos os que lhe assistiam saíram
da sua presença.
v.20 Eúde aproximou-se do rei, que estava sentado a sós no seu
quarto de verão, e lhe disse: Tenho uma palavra da parte de Deus
para dizer-te. Ao que o rei se levantou da sua cadeira.
v.21 Então Eúde, estendendo a mão esquerda, tirou a espada de
sobre a coxa direita, e lha cravou no ventre.
v.22 O cabo também entrou após a lâmina, e a gordura encerrou a
lâmina, pois ele não tirou a espada do ventre:
v.23 Então Eúde, saindo ao pórtico, cerrou as portas do quarto e as
trancou.

Juízes 3: 27 a 30

v.27 E assim que chegou, tocou a trombeta na região montanhosa de


Efraim; e os filhos de Israel, com ele à frente, desceram das
montanhas.
v.28 E disse-lhes: Segui-me, porque o Senhor vos entregou nas mãos
os vossos inimigos, os moabitas. E desceram após ele, tomaram os
vaus do Jordão contra os moabitas, e não deixaram passar a
nenhum deles.

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v.29 E naquela ocasião mataram dos moabitas cerca de dez mil

homens, todos robustos e valentes; e não escapou nenhum.

v.30 Assim foi subjugado Moabe naquele dia debaixo da mão de


Israel; e a terra teve sossego por oitenta anos.

I – INTRODUÇÃO

II – EÚDE: - O LÍDER ESCOLHIDO

 A situação do povo
 O libertador

III – EÚDE – A ESTRATÉGIA

 O plano – direção do Espírito Santo


 Sua arma – espada de dois fios – a palavra revelada
 Uma palavra secreta – sabedoria no uso da revelação

IV – EÚDE – A MISSÃO INDIVIDUAL

 Tenho uma palavra para ti – evangelismo pessoal


 Levantou-se – para levar a palavra é preciso estar na posição
(de pé)
 Estendeu a sua mão esquerda e lançou mão da espada da
sua coxa direita – todo ser dedicado à obra do Senhor
 Ventre – o alvo correto

V – EÚDE – A VITÓRIA COMPLETA

 A convocação – o toque da buzina – o chamado de Deus


 A posição do líder à frente – e Espírito Santo
 Sua fé – não vê a aparência
 Vitória completa – não deixou escapar nenhum.

VI – EÚDE – UMA FIGURA DE CRISTO

 Libertador – Jesus nos libertou da escravidão do pecado


 Levantado – Jesus foi levantado na cruz
 Obediente – Jesus foi obediente até a morte

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 Tinha uma palavra secreta – Jesus usou a palavra na


tentação do deserto
 Vitória completa – Jesus venceu a morte

EÚDE O LIBERTADOR

Texto: Juízes 3:15 a 23, 27 a 30

I – INTRODUÇÃO

Todas as vezes que os israelitas se afastaram do Senhor os inimigos


se levantaram contra eles e prevaleciam. Angustiados e aflitos buscavam
a Deus, que os abençoava, não sem que antes houvesse um acerto, no
renovo da aliança já feito anteriormente. Nesta passagem de Juízes,
encontrava-se Israel exatamente nesta situação, e clamou de novo e o
Senhor lhes levantou um libertador. Vimos acontecer quando o povo
estava no Egito e clamou e o Senhor usou Moisés para dar o livramento.

II – EÚDE – O LÍDER ESCOLHIDO

A situação do povo – Israel estava já há dezoito anos sob o


domínio do inimigo, Eglom, rei dos moabitas. Sentindo o peso do jugo,
pediu a Deus para liberta-lo do seu estado de miséria e escravidão.
Usando de misericórdia mais uma vez com aquele povo, levantou-lhe
um libertador, que estaria à frente para expulsar o inimigo e restabelecer
o culto ao único e verdadeiro Deus.

Eúde o libertador – Seu nome significa “forte”, “unção”. Foi o


quarto juiz de Israel. Revestido do poder de Deus, garantiu a paz ao seu
povo. Não confiava na sua força física, nem em qualidades pessoais, mas
na unção que recebera do Senhor quando o levantou para a grande
obra a ser realizada. Teria que restabelecer a fé na palavra de Deus
enfrentando um poderoso adversário.

III – EÚDE – A ESTRATÉGIA

O plano – Agora, Israel, que voltava o seu coração para Deus,


receberia todas as orientações para ser vencedor. Ele mostra, quando,
como, o lugar, a hora certa. Foi assim que aconteceu com Israel. Como
encontrar-se com o rei Eglom? Levando-lhe um presente. Em Pv 18:16
lemos: “O presente do homem alarga-lhe o caminho e leva-o à presença
dos grandes.”

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A arma usada – uma espada de dois fios – com uma espada de


dois fios colocada debaixo da sua roupa, junta a sua coxa direita, foi ao
encontro do seu adversário. Estava muito bem armado para encontrar-se
com o rei Eglom. Nós também possuímos esta arma poderosa, a palavra
revelada, que “é mais penetrante que espada alguma de dois gumes, e
penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hebreus
4:12). Para enfrentarmos os nossos inimigos devemos levar esta espada
de dois fios que a palavra de Deus no nosso coração (debaixo da sua
roupa). Foi com esta mesma arma que Jesus venceu a satanás na
tentação no deserto.

Uma palavra secreta – a revelação – Eúde levou, pessoalmente


para o rei, uma palavra secreta. O lugar em que ele foi encontrar-se com
Eglom estava cheio de imagens e esculturas. O adversário está sempre
envolvido com idolatria, com as obras da carne (Eglom era mui gordo).
Os universitários vão estar dentro das universidades em situação idêntica
de Eúde. O inimigo se empenha em dominar, escravizar o homem. O
servo fiel terá sempre uma palavra secreta para entregar, mas deve usar
de sabedoria como ele fez. A princípio Eglom disse para ele: Cala-te.
Haverá sempre uma resistência, isso acontecerá também conosco. Só
depois de todos saírem do cenáculo, ficando os dois a sós, o plano pode
ser executado. Quando sozinhos, Eúde levantou-se, tomou a espada e o
matou e saiu-lhe o excremento. Parece-nos estranho, mas esta é a obra
de libertação que Deus opera no coração do homem. É preciso matar o
inimigo, para que saia o pecado e a revelação produza vida que é Jesus.
É no silêncio, na paciência, na oração perseverante, muitas vezes dentro
dos nossos aposentos que a obra do Senhor é realizada.

IV – EÚDE A MISSÃO INDIVIDUAL

Eu tenho uma palavra para ti – Cada jovem (universitário) tem


recebido esta missão, de levar a palavra secreta, a mensagem do
evangelho, a revelação, principalmente durante este mês. O exemplo
deste servo corajoso, ousado (no espírito) deve ser bem aproveitado por
nós.

Levando-se – Ninguém vai a algum lugar, ou levar alguma coisa


para alguém, se permanecer sentado. “Põe-te de pé, e falarei contigo.”
Esta é a posição do servo, da serva que Deus deseja usar. Pessoas
acomodadas não tem parte nesta obra.
Então Eúde estendeu a sua mão esquerda, lançou mão da espada
da sua coxa direita, e lhe cravou no ventre. Existe aqui algumas
revelações para nós. Uma característica de Eúde é ser canhoto por isso

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estendeu a mão esquerda. A obra deve ser realizada com a participação


da nossa mão e do nosso coração.

A espada sobre a coxa – a nossa caminhada em obediência a


revelação.

Estender, lançar, cravar, significa – ação. A obra do Senhor é


dinâmica e veloz. O servo que deseja ser um instrumento deve
acompanhar esta velocidade, isto é, andar e agir na revelação do Espírito
Santo. Deve haver uma entrega total da nossa vida no altar do Senhor.

O alvo correto – ventre. A espada entrou até a empunhadura. O


ventre é o lugar mais interior do ser humano. O ventre é o lugar onde há
mais acúmulo de gordura. A espada do espírito penetra o mais interior,
até a divisão da alma e do espírito, onde são produzidas as obras da
carne, que devem ser eliminadas por ordem do Senhor. Morto o inimigo,
Eúde saiu e fechou as portas. A prudência, a sabedoria também são
atributos do Espírito Santo, outorgados aos servos fiéis.

V – EÚDE – A VITÓRIA COMPLETA.

A convocação – No cap 3:27 e 28 lemos que ele fez uma


convocação para a guerra. A buzina é só um instrumento musical para a
maioria das pessoas, mas para Israel ele era símbolo de autoridade e
comando. É um tipo da voz de Deus. Ela era tocada em muitas ocasiões,
e em cada uma com um toque diferente, e todos instruídos previamente
pelo Senhor, já discerniu o motivo. O toque de Eúde foi convocando o
povo para a guerra. É necessário termos os ouvidos sensíveis à revelação
para ouvirmos e entendermos o sentido exato da voz do Senhor ao
expressar sua vontade para nossa vida. Há poucos dias a trombeta foi
tocada no nosso arraial, convocando-nos para uma grande obra. Será
que todos discerniram o toque? “Tocar trombeta” tem o sentido espiritual
de anunciar o evangelho. O povo de Israel precisava ouvir mais a palavra
e obedece-la para ser vitorioso.

A posição do líder – à frente. O servo do senhor foi chamado para


ser cabeça e não cauda. Devemos dar testemunho fiel que possa ser
exemplo para outros. Somos luz, devemos estar no velador e não
debaixo da cama. O Espírito Santo é o nosso líder. Cheios desse espírito
vamos estar humildemente à frente da batalha.

A fé de Eúde – não vê aparência. Os inimigos eram robustos e


valentes, mas não foram temidos. Não se vence uma batalha espiritual só
com robustez e valentia, com carne e força física. A fé não olha para
aparência. “É o firme fundamento das coisas que não se vêem.” A fé traz

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a revelação e mostra aquilo que é real. Quando confiamos em Deus, não


vemos os inimigos gigantes ou anões, porque os nossos olhos fitam o
Senhor dos exércitos. A palavra nos garante que a nossa fé vence o
mundo. E ele está cheio de adversários, começando pelas
concupiscências da carne, e a nossa fé não deve ser abatida, mas
agigantar-se diante de cada barreira, de cada obstáculo.

Vitória completa – não deixou escapar nenhum. Deus não realiza


obra pela metade. Dez mil Moabitas foram feridos nos vaus do Jordão.
Os inimigos estavam na parte mais rasa do rio. O servo do Senhor deve
mergulhar nas águas profundas do espírito. Aqueles que não se
aprofundam na busca da comunhão, no conhecimento de Deus, terão
uma vida espiritual superficial. São acomodados, não lutam pela benção.
Estas vivem mais identificadas com o adversário do que com Deus. São
presas fáceis. Estando nos vaus, podem se misturar aos Moabitas e serem
mortos pela espada. Não é o homem quem exclui, mas a própria palavra
que os condena. “Quem crê será salvo, quem não crê já está
condenado.” Eúde foi um vitorioso, cumpriu todo o projeto de Deus
para sua vida.

VI – EÚDE UMA FIGURA DE CRISTO

Assim como o povo estava escravizado por Eglom, também o


homem, sem Jesus, está escravizado, subjugado por satanás e o pecado.
Israel não podia livrar-se por si mesmo, porque o adversário era muito
superior. Toda raça humana estava sob um juízo de morte eterna, mas
Deus viu a nossa angústia, atentou para nossa dor e levantou-nos um
libertador, Jesus. Assim como Eúde foi levantado para livrar o povo de
Israel, Jesus foi levantado na cruz para nos dar a salvação.

 Eúde – viveu em obediência a direção de Deus.


 Jesus – foi obediente até a morte e morte de cruz.

 Eúde – tinha uma palavra secreta.


 Jesus – é a própria palavra (o verbo).

 Eúde – usou a espada para derrotar o inimigo.


 Jesus – usou a espada na tentação no deserto.

 Eúde – alcançou vitória completa, libertando seu


povo.
 Jesus – por sua morte e ressurreição nos garantiu a
vitória, nos libertando para uma vida eterna.

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24-“O FILHO PRÓDIGO”

Tema: “O cuidado para não perder a ALIANÇA”

Lucas 15:11-24

v.11 “Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos.


v.12 O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens
que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres.
v.13 Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu
para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo
dissolutamente.
v.14 E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma
grande fome, e começou a passar necessidades.
v.15 Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o
mandou para os seus campos a apascentar porcos.
v.16 E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os
porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.
v.17 Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai
têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
v.18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei
contra o céu e diante de ti;
v.19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos
teus empregados.
v.20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe,
seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-
se-lhe ao pescoço e o beijou.
v.21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou
digno de ser chamado teu filho.
v.22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa,
e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés;
v.23 trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e
regozijemo-nos,
v.24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido,
e foi achado. E começaram a regozijar-se.”

1 – O QUE LEVA O HOMEM A QUEBRAR A ALIANÇA?

v.12 – “O mais moço...”

 Fala do imaturo; (não conhece o projeto para a sua vida)


 Fala do homem sem experiência; (despreza a benção)

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O homem sem experiência com o SENHOR (imaturo), está


propício a desprezar a ALIANÇA com o PAI.

v.12 – “Dá-me a parte da herança...”

 Fala do homem que não alcançou todo o projeto, mas sim


parte dele;

 O homem que vive o evangelho para o tempo presente


(esta vida), um dia vai romper com a aliança.

 Fala do homem sem compromisso (culto, grupo de


assistência).

 Ex. 12:10 “E nada dele deixareis...” comer todo o cordeiro.

 Fala do homem que só alcançou parte do projeto, parte


dele; do homem que fica somente com a bênção de Deus
para esta vida. Associa a benção de Deus às coisas materiais.

 Ex.: Esaú e Jacó Enquanto Jaci lutava pela benção da


primogenitura (Eternidade); Esaú trocou
tudo por um prato de lentilhas, trocou a
benção maior pelas coisas desta vida.
Esaú eu tenho o bastante
Jacó eu tenho tudo

2 – CONSEQÜÊNCIA DO ROMPIMENTO DA ALIANÇA

v.13 – “Partiu para uma terra longínqua...”

 Longe do Pai;
 Longe da presença do PAI;
 Longe, impossibilitado de ouvir o PAI;
 Fora da comunhão.

v.13 – “Vivendo dissolutamente...”

 O homem longe da comunhão com o Pai, é levado a viver


sobre o domínio do adversário, uma vida sem sentido;
 Não tenho Pai, não tenho Herança para herdar, não tem
mais ninguém por ele, está só.

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v.14 – “Grande Fome...”

 Longe da comunhão com o Pai, logo falta o PÃO (palavra


revelada) pois o mundo não tem o que o homem precisa.

v.14 – “Padecer necessidades...”

 Desprovido dos benefícios da comunhão com o Corpo.


 Quando doente A igreja visita (I Sam. 30:13);
 Quando só A assistência do Espírito (Luc. 22:43).

v.15 – “Apascentar porcos...”

 Humilhação;
 Posição desfavorável;
 O homem dos nossos dias que não tem nenhuma benção
do Senhor, estar apascentando porcos, estar comendo
bolotas, estar no meio da sujeira e não tem como sair.

3 – COMO RETORNAR A ALIANÇA?

v.17 – “Tornando em si...”

 Uma necessidade, o homem precisa olhar para dentro de si.

v.18 – “levanta-me-ei...”

 Um propósito de rever sua posição.


 O propósito tem que ser seguido de uma ação.

v.20 – “Levantando-se...”

 Uma ação, pois somente o propósito, sem uma ação não


resolve;
 Levantar (sair do comodismo);
 Ir pelo caminho (JESUS) Dinâmica da caminhada.

v.21 – “Pequei contra o Céu,... Já não sou digno...”

 Fala da humildade, reconhecer o erro (afastamento).


 O homem que se acha justo, não vai entrar no reino do
céus;

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 Pequei; ou seja, falhei com o projeto de Deus, ele tem


consciência do seus atos.

4 – OS BENEFÍCIOS DA ALIANÇA RENOVADA

 O Pai o recebe de volta (O amor do Pai);


 Beijou seu pescoço (O renovo da comunhão);
 Melhor vestido (Vestes de Salvação, Cobertura do Sangue de
Jesus);
 Anel na mão (Aliança renovada / Compromisso com a
Eternidade);
 Alparcas nos pés (Preparo para a caminhada / dinamismo
da caminhada);
 Bezerro cevado (Consciência do Sacrifício).

5 – CONSEQÜÊNCIA

 “Comamos e Alegremo-nos.”

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25-HOMEM E A ETERNIDADE

SAL. 90:1-2 “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em


geração. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a
terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus.”

A TEMPORALIDADE DO HOMEM
 O homem é um ser temporal, se desgasta com o tempo e morre;
 A morte é fruto da transgressão do homem.

A ETERNIDADE DE DEUS
 Deus é um ser eterno, para quem o tempo não existe;
 O homem conta o seu tempo de geração em geração:
 “...Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração.”
 A eternidade de Deus é manifesta:
 “...de eternidade a eternidade tu és Deus.”

CONFRONTO DA TEMPORALIDADE DO HOMEM COM A ETERNIDADE


DE DEUS
 No Salmo 90 o Senhor ressalta a temporalidade do homem:
 “Tu reduzes o homem à destruição...”
 “Tu o levas como corrente d’água...”
 “...são como a erva, que cresce... e floresce... e seca...”
 “ ...acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro.”
 “A duração de nossa vida é setenta anos, e se alguns, pela
sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é
canseira e enfado...”
 Diz que nossos pecados estão à luz do seu rosto (motivo da
temporalidade).

O PROJETO DE DEUS
 Deus tem um projeto para a eternidade do homem, o qual é
alcançado na expressão do verso 12:
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos
corações sábios.”
 A forma de alcançar coração sábio é reger a vida dentro do projeto de
Deus;
 A experiência de Moisés
CONCLUSÃO
 O homem tem seus projetos e pode realizá-los; tem direito a ser bem
sucedido;

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 Ref. Ecl. 9:10: “ Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais,
não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria
alguma.”
 No entanto Deus tem um projeto de eternidade, dentro do qual
podemos direcionar a nossa vida com sabedoria;

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

26-O GRANDE DIA DO SENHOR

Sofonias 1:14-18

v.14 “O grande dia do Senhor está perto; sim, está perto, e se apressa
muito; ei-la, amarga é a voz do dia do Senhor; clama ali o homem
poderoso.
v.15 Aquele dia é dia de indignação, dia de tribulação e de
angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de
escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
v.16 dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra
as torres altas.
v.17 E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque
pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó,
e a sua carne como esterco.
v.18 Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da
indignação do Senhor; mas pelo fogo do seu zelo será devorada
toda a terra; porque certamente fará de todos os moradores da
terra uma destruição total e apressada.”

1 – INTRODUÇÃO

O profeta Sofonias, o nono dos chamados profetas menores, vive


no período do rei Josias, 640 anos antes de Cristo e da mesma forma
que Joel, Habacuque e Amós, fala de um momento profético para o
mundo.

Verso 14 - “O grande dia do Senhor está perto e se apressa.”

Os profetas do Velho Testamento falam do grande dia do Senhor,


não para Israel, e sim para o mundo (aspecto universal). Por isso, não há
uma valorização do povo hebraico a estes profetas como Joel,
Habacuque, Sofonias e Amós, porque, na realidade, eles profetizam a
respeito do tempo dos gentios.
Os últimos acontecimentos do mundo indicam que o dia do
Senhor, descrito no Velho Testamento, está perto e se apressa.
Amargamente clamará o homem poderoso.

Verso 15 - “Dia de indignação e angústia.”


“Dia de ânsia (ansiedade).”

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O relato dos acontecimentos que vimos recentemente mostram,


por exemplo, crianças na América que não ficam sozinhas sem, pelo
menos, um de seus pais; é a chamada “fobia coletiva” que atingiu toda a
sociedade. Isto gera angústia e ansiedade.
O medo e a incerteza, desolação e alvoroço, dia de trevas e de
nuvens densas.
Todos os acontecimentos do mundo moderno atingem o povo de
uma forma global. Isto porque a televisão e a mídia, de uma forma geral,
mostram ao vivo e com detalhes. Assim sendo, os acontecimentos que
parecem acontecer a quilômetros de distância é como se estivessem
acontecido bem próximo a nós, gerando a mesma apreensão daqueles
que estão vivendo tal situação.

Verso 16 - “Dia de alarido.”

Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, alarido é:


clamor de vozes, lamúria ou lamento, desespero de gentes. Foi o que
vimos nos últimos acontecimentos que se abateram sobre o mundo.
Cidades fortes e torres altas.
No texto original, em hebraico, a visão descrita por Sofonias é de
uma construção muito alta e forte e num canto de difícil descrição.
O profeta mostra na visão do passado um sinal físico que aponta
profeticamente para o que chamamos de “Dia do Senhor”.
O Senhor Jesus disse que quando essas coisas acontecessem, a
redenção estaria próxima. Então, podemos dizer que todos os fatos
apontam dentro da profecia para a segunda vinda de Jesus.
O profeta Sofonias chama a atenção para tais acontecimentos e
descreve a impotência dos povos ou das nações para impedi-los.

Verso 17 - “Angústia dos homens.”

A angústia dos homens é porque eles se tornaram cegos, ou seja,


não tiveram seus olhos abertos para o momento profético sem saber
qual o significado dessas coisas. “O seu sangue derramado como pó e a
sua carne como esterco.” Sofonias 1:17
Como poderia ser isso?
Em Nova York, nos últimos dias, a tristeza se abateu sobre o povo
porque a cidade se tornou como um cemitério com seus corpos sem
identificação, com odor que constrange. Essa é uma triste realidade, mas
que nós vimos na descrição do texto profético.

Verso 18 - “Nem a sua prata nem o seu ouro poderá livrar.”

130
131

Está provado que o poder econômico e a riqueza não livram o


homem, nem as nações, de tudo aquilo que profeticamente a palavra
aponta.

2 - CONCLUSÃO

O relato do profeta Sofonias está de acordo com tudo que


estamos vivendo e vendo nos nossos dias, com detalhes impressionantes,
até mesmo de pontos e situações que nos mostram que a Igreja dos
nossos dias vive a grande expectativa do toque da última trombeta.

Para melhores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:


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Vila Velha - CEP.: 29.100-370
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27-POR QUE BUSCAIS O VIVENTE ENTRE OS MORTOS?

MENSAGEM PARA O DIA 25/12/94 - DOMINGO À NOITE

LUCAS 24:5 "... Por que buscais o vivente entre os mortos ? "

Os textos da ressurreição apontam duas situações:

A Primeira: Está relacionada com o comportamento humano no


conceito religioso.

A Segunda: Está relacionada com o comportamento humano no


contexto da revelação.

" ...Por que buscais o vivente entre os mortos ? "

" Já era o terceiro dia "

Os Fatos:

1º - Maria Madalena e outros tinham ido ao sepulcro pela madrugada.


Maria fôra levar aromas e ali no local do túmulo os questionamentos
humanos eram naturais.

a) Quem revolverá a pedra ?

b) Levaram o corpo do meu Senhor e não sei onde o puseram

c) Pensavam ser o hortelão

Tudo relacionado com a morte

Foi uma busca pessoal, aquilo que muitas pessoas fazem, porém o que
estava escrito anteriormente (o que era profético) a respeito dos
acontecimentos, não fôra levado em consideração; havia um
esquecimento em todos até mesmo daquilo que Jesus havia predito
acerca de sua morte e ressurreição.

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133

Muitos ficam na busca, nos limites da razão, mas Deus quer se revelar
através da experiência pessoal do homem.

O anjo estava sobre a pedra revolvida, " resplandescente ":


" Por que buscais o vivente entre os mortos...? " - Na
Ressurreição

b) " Ele vai adiante de vós para a Galiléia... " - No Caminho

c) " Dizei a Pedro... " - No Encontro

Conclusão do Primeiro Fato:

Não é somente a busca, o desejo do homem, mas o que DEUS fala ao


homem e que é profético, é o que está no projeto de DEUS.

2º - No caminho de Emaús os discípulos comentavam com tristeza os


fatos ocorridos naqueles dias, um forasteiro se chegou a eles e o relato
deles era o mesmo, tudo tinha acabado, o homem bom e justo havia
morrido, só o forasteiro (JESUS) não sabia disto.
A conversa se prolonga com as lamentações e só depois em
casa, na intimidade, na comunhão (ao partir do pão) eles perceberam
que o forasteiro era JESUS.

3º - Vou pescar - Voltar às lides, ao mundo (Mar alto)

Voltaram ao mar alto, ao trabalho, desanimados, abatidos e tristes, o


Mestre havia morrido. A noite não devia ter sido boa, nada conseguiram,
mas na praia JESUS se revela.
-Praia - Fora do mar (mundo) - Lugar Seguro (separado)

-Peixe e pão assados na brasa

-Peixe assado na brasa - Batismo com Espírito Santo - Alegria

-Pão - Palavra revelada - Paz (salvação)

Conclusão:

Há duas maneiras de voce conhecer a JESUS, uma é até a morte, até ao


túmulo e a outra é de conhecê-lo ressurreto:
1- Através dos dons, (o anjo que diz): não está aqui - dizei a Pedro.
2- Presença de JESUS em todos os lugares e ocasiões.

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Caminho - 1º - Ele vai adiante - No Caminho


- 2º - Caminho de Emaús - Está no Caminho
- 3º - Ele mesmo( no mar) - O Caminho

Caminho: - Direção
Verdade: - Ele mesmo
Vida: - Pão e Peixe
Por que buscais o vivente entre os mortos ?

"JESUS ressuscitou - JESUS está vivo "

Cristianismo histórico - Jesus morto

Obra revelada - Jesus ressurreto (Vivo)

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

28-A QUARTA TROMBETA

Apocalipse 8:5 – E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do


altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões e
relâmpagos e terremotos.

INTRODUÇÃO

A ciência tem colecionado dados sobre o envelhecimento da Terra,

materializados nos problemas ecológicos.

Tal importante assunto mereceu uma reunião mundial chamada ECO-92


– Ocorrida no ano de 1992 no Rio do Janeiro, mostrando a
preocupação do mundo com a ecologia ou com seu eco-sistema, que
está passando por efeitos danosos à saúde do planeta e de seus
habitantes.

Nessa reunião, um grupo de representatividade mundial, apresentou os


problemas ecológicos, onde logo de início se observaram informações
de impacto para quem acompanha as profecias bíblicas:

a. Disseram: Aqui estão reunidos os representantes da Terra;


b. Enquanto o Presidente dos EUA, George Bush (Pai), nos
seus 6 minutos e 50 segundos proferia seu discurso, 1.260
pessoas nasciam no mundo e uma área do tamanho do Rio-
Centro ficou imprópria para o plantio;
c. Jacques Cousteau o renomado cientista conhecedor dos
oceanos e das partes selvagens do planeta, não falou da
pesca indiscriminada do atum nem do Bôto cor-de-rosa do
Amazonas, mas disse que não há neste mundo um
ADMNISTRADOR capaz de gerenciar um planeta que cresce
nas grandes proporções de uma China a cada 10 anos.

Algumas das conclusões a que chegaram os Representantes na Eco-92,


com base em pesquisa do eco-sistema mundial:

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a) O grande desmatamento do Planeta e a queima de florestas,


causando enormes danos, que se estendem à visível alteração
climática, além da extinção de espécimes animais e vegetais, na
proporção de 80 espécimes diários.
b) O efeito estufa – superaquecimento global provocado pelo
enxarcamento do ar com gás carbônico;
c) Contaminação das águas e redução dos seus volumes;
d) A destruição da camada de ozônio, que protege a Terra e seus
habitantes dos raios ultravioletas, que provocam danos à
agricultura e doenças graves aos homens como o melanoma – o
mais agressivo câncer de pele, e perda de visão por catarata;
e) Agressão aos mares, testemunhado pelas pesquisas do Cientista
Jacques Cousteau, informando que 40% do mar havia morrido,
com as seguintes outras informações:

 70% dos mares são como os desertos da terra;


 os restantes estão sendo agredidos pela pesca indiscriminada
provocando extinção de espécimes; além de lançamentos
indevidos nos mesmos de matéria agressiva, como óleos,
dejetos industriais e sanitários;
 as proporções ecológicas são de extremo equilíbrio, com por
exemplo: Para se ter um quilo de atum são necessárias 10
toneladas de plâncton, que é o micro organismo do qual o
primeiro se alimenta.

Informaram os Representantes da Ecologia Mundial dos problemas


importantes de grande repercussão na saúde do planeta, preconizando
medidas para sua contenção.

O CLAMOR MUNDIAL

Além os problemas ecológicos há outros problemas globais por que o


mundo passa – objeto dos sinais dos tempos profetizados, a ponto de
haver um clamor mundial por um Organismo Internacional que
responda pelos assuntos comuns a todo o planeta.

O mundo já pede um Líder que promova essa organização do todo.

O TOQUE DAS TROMBETAS

Enquanto o mundo se preocupa com os seus problemas, a Igreja que


também está informada tem conhecimento das profecias que falam do
juízo de Deus sobre a Terra, da salvação e do cuidado com os servos.

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137

Dentre os vários juízos, consideramos os mais relevantes àqueles que


dizem respeito mais diretamente ao destino da Igreja – o arrebatamento,
concretizadas no toque das trombetas, uma vez que o Apóstolo Paulo na
Carta aos Coríntios diz:

I Cor. 15:51 – “... num momento, num abrir e fechar de olhos, ante
a última trombeta; porque a trombeta soará...”

O toque das trombetas está inserido no Capítulo 8 do Livro do


Apocalipse, descrito pelo Apóstolo João que foi arrebatado ao céu no
dia do Senhor, sendo-lhe orientado que deveria escrever o que viu – os
fatos que ocorreriam antes da Vinda do Senhor Jesus, e notificar à Igreja.

Nessa ocasião, João estava no céu, diante do trono de Deus, vendo que
7 anjos se preparavam para tocar 7 trombetas.

A trombeta representa um aviso da parte de Deus, quanto ao


acontecimento de algo emergente. No Velho Testamento ocorria o
anúncio de fatos importantes no toque das trombetas. Exemplo (Lev. 10):

a) Eram tocadas para congregar a congregação – chamado de


Deus;
b) Quando saíam os exércitos de Israel a pelejar contra os inimigos as
trombetas eram tocadas retinindo;
c) No dia das solenidades e nos princípios dos meses eram tocadas as
trombetas;

d) Era também um aviso veemente de algo importante, constituindo


um juízo, sob profecia:

Jer. 4:5: “... fazei ouvir em Jerusalém, e dizei: Tocai a


trombeta na terra! Gritai em alta voz, dizendo: ajuntai-vos, e
entremos nas cidades fortes.”

Ez. 33:5: “...Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado; o seu
sangue será sobre ele. Mas o que se dá por avisado salvará a sua
vida.”

A CIRCUNSTÂNCIA EM QUE SE ENCONTRAVA JOÃO

João encontrava-se junto ao trono de Deus e ouviu a narração das


coisas que se passavam:

a) Outro anjo pôs muito incenso no incensário de ouro, e a fumaça


subiu até diante de Deus;

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b) O anjo tomou o incensário de ouro, encheu do fogo do altar, e o


lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões e
relâmpagos, e terremotos.

O incensário (ou altar do incenso) representa literalmente as orações dos


servos, que clamam ao Senhor pelas suas aflições, perseguições e
prejuízos de toda a sorte, por causa do reino de Deus. Como a fumaça
do altar, as orações sobem à presença de Deus, que toma ciência das
suas necessidades.

Em seguida no tempo de Deus, vem a ordem e Ele manda a resposta


que veio com elementos do incensário de ouro (fogo do altar = resposta
às súplicas e salvação) e lança sobre a terra.

A resposta vem sob a forma de juízo sobre o mundo, com repreensão e


sinais da parte de Deus (vozes, e trovões e relâmpagos e terremotos),
que vão se materializar no toque das trombetas.

A PRIMEIRA TROMBETA

v.7 - E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva, e fogo


misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na
sua Terça parte: queimou-se a Terça parte das árvores, e toda a erva
verde foi queimada.

Trata-se do desmatamento e da queima das florestas, já mencionado na


introdução.

O mundo conhece os problemas ecológicos da terra, a Igreja conhece a


história e a profecia: quando compara as duas coisas, discerne o sinal da
parte de Deus, e “ouve o toque da trombeta”.

Esta trombeta tocou!

A SEGUNDA TROMBETA

v.8 - E o segundo anjo tocou a trombeta: e foi lançada no mar uma coisa
como um grande monte ardendo em gogo, e tornou-se em sangue a
Terça parte do mar.
v.9 - E morreu a Terça parte das criaturas que tinha vida no mar: e
perdeu-se a terça parte das naus.

Jacques Cousteau, mediante pesquisas em seu navio científico


denominado Calipso, na década de 70, informou ao mundo que 40% da
vida no mar havia morrido.

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Cremos nos 33% narrados pela Palavra, até porque as pesquisas têm um
grande grau de imprecisão.

Não sabemos quantas naus se perderam, mas sabemos que estamos


dentro de um processo que não se interrompe, ou seja, há fatos ainda
por acontecer.

Por outro lado os fatos são acumulativos, ou seja: ao tocar a segunda


trombeta os efeitos da primeira continuam operando; ao tocar da
terceira trombeta e dando início aos seus efeitos, continuam os efeitos da
primeira e da segunda, e assim por diante.

Esta trombeta tocou!

A TERCEIRA TROMBETA

v.10 - E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande
estrela, ardendo com uma tocha, e caiu sobre a Terça parte dos rios, e
sobre as fontes das águas.
v.11 - E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-
se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se
tornaram amargas.

Entendemos tratar-se da contaminação das águas. Na nossa linguagem


poderíamos ler que a água como se encontra na natureza, ficou
imprópria para ser bebida.

Considere-se que cada cidade possui hoje uma Estação de Tratamento


de Água, uma vez que a água natural está contaminada pelo
lançamento nos cursos d’água de dejetos industriais e sanitários, de agro-
tóxicos que são carreados pelas chuvas, de lançamento de mercúrio
pelos garimpeiros e outros fatores.

Outro fator a ser mencionado é que a grande redução dos volumes dos
cursos d’água concentram muito mais as impurezas, agravando a
contaminação.

Esta trombeta tocou!

A QUARTA TROMBETA

v.12 - E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a Terça parte do
sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas: para que a Terça

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parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e


semelhantemente a noite.

Este fato ainda não aconteceu. Esta trombeta não tocou!

Nós discernimos esse momento como a última trombeta de que o


Apóstolo Paulo se refere ao arrebatamento da Igreja, ou seja, no tocar da
4ª trombeta.

São 7 trombetas: Até a 4ª a Igreja está presente no mundo! Em seguida o


Senhor vai arrebatar a Igreja para que ela não passe pelos juízos das
demais trombetas, que se referem à Grande Tribulação.

Nesse sentido, corroboram alguns textos. Após o verso 12 em que João


fala da Quarta trombeta, no imediato verso 13, descreve o que virá após
o seu toque:

v.13 - E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com
grande voz: Ai! ai! dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras
vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar. (grande
tribulação)

O Senhor Jesus, junto aos discípulos, disse ao proferir o sermão profético,


em Mat. 24:29-31:

“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua


não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências do
céus serão abaladas.

Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem: e todas as


tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo
sobre as nuvens do céu com poder e grande glória.

E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais


ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro cantos, de uma à outra
extremidade dos céus.”

CONCLUSÃO

O mundo, de maneira geral, está alheio a esses acontecimentos,


considerando-se que o entendimento das profecias só se alcança com a
benção de Deus, com a ajuda do Espírito Santo.

Assim é o momento de a Igreja estar integrada à obra do Senhor,


andando com fidelidade em sua presença, e sendo usada para levar à

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presença de Deus, inúmeras vidas que estão dentro da vontade de


salvação do Senhor.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

29-“Quem tem sede venha a mim e beba”


um apelo para almas sedentas

João 7:37

“E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e


clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.”

INTRODUÇÃO

Era a última passagem de Jesus pela cidade de Jerusalém e


também sua última entrada no templo, porque logo, não teria outra
oportunidade, já que seria crucificado e morto.
O seu apelo também foi dirigido para os que estavam no templo
comemorando o último dia da grande festa que era a última festa do
ano chamada de festa das cabanas ou dos tabernáculos. Jesus passou
por muitos lugares em suas longas caminhadas e em alguns lugares pela
última vez: Em Jericó, curou ali um cego; Pelo poço de Betesda (ovelhas),
curou um paralítico.
Por Jerusalém, pelo templo e ali fez o seu último apelo dirigido aos
religiosos e ao povo daquela época. De pé, Jesus exclamou: “Se alguém
tem sede, venha a mim e beba.”
Os gregos falavam da ansiedade como uma forma de sede da
alma.
Na verdade a maior dor física do corpo humano é a sede, levando
pela falta de água, o homem , a alucinações e delírios chamados
também de miragem.
Davi fala de um momento difícil de sua vida e lamenta a ausência
de Deus, quando se expressa no salmo: “A minha alma tem sede do
Deus vivo.”
A razão pode se alimentar de argumentos, filosofia e até religiosos,
porém há uma sede que o homem traz em seu interior que é própria da
alma imortal que deseja e anseia por imortalidade quando invoca a
presença do Deus Vivo.
É a sede que somente é saciada no poço das águas vivas que é
Jesus, que tem uma água que salta para vida eterna.

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MIRAGEM E RELIGIÃO

Muitos tem buscado saciar sua sede nas miragens que a religião
formula e oferece, que nem sequer atendem a razão, quanto mais a
sede da alma.
Muitos morrem secos e sedentos nos poços das miragens, no
engano das águas encachoeiradas, levados junto com os que estão
caminhando no deserto da vida, enfrentando as areias escaldantes e a
sede da alma que os leva à morte.
O fenômeno da sede é imperceptível pelas pessoas que estão em
nossa volta.
Ninguém pode penetrar nesse estado ou fenômeno. Os sentimentos da
alma só encontram guarida numa experiência com o Deus vivo,
porque a alma é imortal e anseia por vida e pelo encontro com o
autor da vida, o seu Criador. Jesus é esta fonte da vida e pelo
Espírito Santo penetra na necessidade do homem, num encontro
de vida.
O anseio pela água é a sede da alma, que só pode ser saciada no
poço das águas vivas, que é Jesus. “Eu sou a água da vida, quem bebe
desta água jamais terá sede.”

A FESTA

Construção de cabanas para relembrar a passagem pelo deserto.


As casas eram feitas de folhas de palmeiras, de salgueiros e outras
plantas da região.
- Salgueiros: falam da construção da vida do homem em lugares baixos.

Salmo 137 - cativeiro


- saudades
- desterro
- lembranças

- Tamargueira (Palmeira) – “O justo cresce como a palmeira.”

Ninguém vê – sem água – água da vida


Revelação – muito sol – sol da justiça
frutos adocicados pelo calor das areias do deserto.
“Alimento para os viajantes e sombra para o
descanso.”

Um dia tudo iria destruir-se, acabar – “o vento, o sol, a chuva iria


destruir aquelas cabanas e a festa também.”
Jesus mostrou que aqueles festejos só tinham sentido para os religiosos.

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Por isso naquele dia, o último dia da grande festa, Jesus exclamou:
“Quem tem sede venha a mim e beba.”
Era a última festa do ano, a colheita dos cereais e dos pomares já
estava feita e tudo já deveria estar nos celeiros porque o inverno também
iria chegar.
A festa está para nós também na mesma condição, a colheita está
sendo concluída e o tabernáculo nos espera.
É tempo de preparo. O apelo é o mesmo: “Tem sede, venha a mim
e beba”, porque em breve tudo terá fim. As areias cobrirão as casas e as
folhas secarão e tudo que o homem construiu é provisório e de desfará.
A festa que o mundo oferece é apenas liturgia, alimenta a razão,
talvez, é fugaz, momentânea, porém não atende os anseios da alma
sedenta a ponto de secar-se e morrer na ilusão das miragens.
O apelo é o mesmo, para o nosso tempo, como foi naquele dia.

“...Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.”

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30-A GRANDE SALVAÇÃO


MENSAGEM PARA O DIA 31 DEZ 97
TEXTO: Hebreus 2: 3

INTRODUÇÃO - A grande Salvação é fruto de um Grande


Acontecimento que é Eterno.

 Eternidade é conhecimento de um tempo que não se vê - FÉ.


 É o sair da Morte para a Vida.
 A Salvação atinge a todos, de todas as maneiras dentro do projeto de
Deus (milagres, maravilhas e Dons do Espírito Santo).
 É Grande porque vai nos levar para a Eternidade através da
ressurreição.

A SALVAÇÃO ACONTECE DENTRO DE UM PLANO PROFÉTICO, COM


TRÊS ATOS DISTINTOS:

1º - AMOR

 Nós falamos do Amor de Deus, não porque somos bons ou melhores,


mas porque ele nos amou, sendo nós pecadores. O Senhor estendeu
a mão a um povo rebelde.
 A religião tira o senso de gratidão do homem a Deus, quando substitui
a fé pelas obras humanas, mudando assim o Projeto de Deus.
 Qual a forma de expressar o Amor ? Deus substitui a maldição que
estava sobre nós pelo seu Filho, entregando-o à cruz como forma de
pagamento pelos nossos pecados.

2º - O REMIDOR

 No tempo dos Patriarcas, após Israel ter recebido a terra prometida,


Deus estabeleceu a divisão da terra.
 A primeira divisão foi entre as doze tribos de Israel. Depois entre as
famílias e por fim a cada indivíduo.
 Ficou estabelecido que, em caso extremo, o herdeiro e dono da terra
podia vendê-la. Isso só ocorreria em caso de
estrema pobreza, quando a pessoa não tivesse mais nada.
 A venda do bem ficava com o comprador por um determinado
tempo, podendo ser resgatado por um parente, que

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seria o remidor. Este pagava o preço devido e resgatava a herança,


devolvendo-a em seguida ao seu dono.
 NABOTE foi um exemplo: Ele recebeu uma vinha (herança), mas não
se desfez dela, mesmo com ameaças de
morte.
 filho pródigo também recebeu uma herança, só que seu pai ainda era
vivo. Ele vendeu tudo, e se tivesse outro bem
venderia também.
 Para ser Remidor era preciso ter amor - Era preciso ser parente, pois
após o resgate da herança, ela teria que
ser devolvida ao herdeiro.
 Na figura do remidor o cidadão podia perder a herança a qualquer
tempo, como podia recuperá-la.
 Novo Ano é uma nova etapa na caminhada do Servo e daqueles que
aceitarem ao Senhor a partir desta data ou
deste dia.
 Fostes comprados por bom preço, por isso glorifica a Deus.
“O preço do resgate da herança » O SANGUE DE JESUS”
 Todo homem passou por esse processo. Desfez-se do seu bem maior,
sua herança na Pátria Celestial (Eternidade)
E o nosso parente verdadeiro, nosso Pai na eternidade, resgatou
nossa herança através do Remidor Jesus Cristo
(O Rei é nosso Parente).
 A figura do Remidor está no Amor, na Revelação e na Graça.

3º POR QUE TÃO GRANDE SALVAÇÃO ?

 Porque é sustentada pelo Senhor com sinais e grandes Operações de


Maravilhas na vida dos servos.
 Ações poderosas do Espírito Santo com Dons e a Ministração dos
Anjos.
 O grande Sinal é o NOVO NASCIMENTO.

Exemplo: Conhecer o valor da Salvação no Ato e muito mais no


Processo.
Ato - No dia em que aceitei ao Senhor.
Processo - Na santificação diária, através da obediência às
revelações que têm vindo da
parte do Senhor.

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87-CONVITE E REJEIÇÃO

Lc. 14:17 a 21 - E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos


convidados: Vinde, que já tudo está preparado... traze aqui os pobres, e
aleijados, e mancos e cegos.

A Ceia.

A Palavra fala da ceia, das bodas, da união da Igreja com o Senhor


Jesus, aquele grande evento que a Igreja aguarda, que é o arrebatamento.
Quando houver o arrebatamento, nós sentaremos à mesa com o
Senhor para participarmos da grande ceia.
Na comparação desta parábola nós vemos que o Espírito Santo faz o
convite a determinadas pessoas para que participem da ceia. O convite não
foi dirigido para todos, mas para alguns, para aquelas pessoas especiais.
Esta grande ceia preparada pelo pai de família simboliza a grande ceia
que a Igreja vai participar com o Senhor Jesus na eternidade, aquele evento
esperado e que acontecerá após o arrebatamento.
Nós seremos arrebatados e, em seguida, sentaremos com o Senhor
Jesus para participarmos dessa festa que acontecerá na eternidade, a festa
pela união do Senhor Jesus com a sua Igreja.
No passado (e ainda hoje), as pessoas importantes do reino se
assentavam à mesa do rei. Isso acontecerá conosco naquele grande dia.

Os Convidados.

Inicialmente o convite foi dirigido a um grupo especial, e a Palavra


mostra isso de uma forma figurada.
Nós sabemos que os judeus foram chamados e que os gentios (os não
judeus) não tinham direito à salvação naquele primeiro momento.
Os judeus foram convidados, a festa estava preparada para eles, mas
eles rejeitaram, eles não atenderam ao convite, eles desobedeceram e saíram
da presença do Senhor.
Quando os judeus não deram valor ao convite (preferindo fazer outras
coisas ao invés de irem à festa), o Senhor voltou-se para os gentios.
Considerando essa mesma comparação, nós podemos dizer que isso
também pode acontecer conosco. Nós também recebemos o convite,
aceitamos, recebemos a bênção do Senhor, abrimos o nosso coração, mas
chegou um momento que certas coisas começaram a entrar na nossa vida e
se tornaram mais importantes do que a salvação, do que a bênção do
Senhor, Ele ficou em segundo plano, em segundo lugar. Isso é rejeição.
Quando o Senhor não está em primeiro lugar na nossa vida, nós o estamos
rejeitando.

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O Processo de Rejeição.

O pai de família (Pai) enviou o seu servo (Espírito Santo) fazer o convite
aos judeus para participarem da ceia, das bodas do Cordeiro (Filho), mas
recebeu como resposta três tipos de desculpas.
Vamos considerar, vamos entender que nós somos estes que foram
especialmente convidados, que recebemos uma bênção, mas que, em
determinado momento, começamos a rejeitar o convite que o Espírito Santo
nos fez.
A rejeição não é proposital. Quem rejeita não tem essa intenção, ele
não quer rejeitar, mas rejeita mediante os seus atos.

As Desculpas.

1ª) Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por


escusado.

O campo fala dos interesses de cada pessoa. Um dia, porém, nós


entramos no campo do Senhor, onde estava escondido um tesouro (Mt.
13:44).
Quando nós abrimos o nosso coração, nós entramos nesse campo que
é do Senhor, um campo espiritual, porque tudo aquilo que é espiritual está
no interesse das coisas espirituais. Nós deixamos os nossos interesses
materiais e entramos naquele campo que é espiritual e assim encontramos o
tesouro que estava escondido ali, um tesouro de grande valor.
Quando você sai do campo do Senhor e volta para o campo do seu
interesse pessoal, você está rejeitando aquilo que é do Senhor e aí começa a
se desculpar: Olha, me desculpe, mas eu hoje tenho um compromisso
inadiável, eu não posso atender a esse convite porque preciso ver o campo
que comprei, estou comprometido com isso, hoje não posso.
A pessoa rejeita sem querer rejeitar, não é intencional, não é de
propósito, essa rejeição é imperceptível, a pessoa não é categórica, ela não
diz: Olha, eu estou rejeitando, pelo contrário, ela não afirma isso porque ela
não quer rejeitar, mas está rejeitando através dos seus atos.
Esse é o nosso cuidado porque as coisas do Senhor são muito sensíveis
e o Espírito Santo conhece o nosso coração.

2ª) Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que


me hajas por escusado.

Os chifres falam dos poderes que prendem o homem aos seus


interesses terrenos.
A junta é formada por dois bois unidos por uma canga (jugo de
madeira).

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Atrás da junta de bois é colocado o arado, que é um utensílio agrícola


que levanta e vira o solo, preparando-o para a sementeira e plantio. O arado
tem uma espécie de guidom, um guiador, onde o lavrador segura e, na outra
extremidade, uma ponta que tem um material resistente, um ferro, por
exemplo, que vai fazer os sulcos na terra, no solo a ser semeado. Os bois vão
puxando o arado e ele vai abrindo a terra em sulcos.
A pessoa que guia o arado precisa estar sempre olhando para o chão
porque ela precisa seguir a direção da trilha que está fazendo e para evitar as
pedras. Quando a pessoa vê uma pedra, ela pára os bois, retira a pedra e
prossegue o trabalho. Se ela não estiver atenta, a pedra pode quebrar a
ponta do arado, pode tombar o arado e fazer com que ela caia e se
machuque e foi por isso que o Senhor Jesus disse: Ninguém, que lança mão
do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. (Lc. 9:62)
Quem está segurando o arado tem que estar sempre olhando para a
ponta dele para conduzi-lo e para não deixar que esbarre em nada.
A junta de bois é aquilo que prende o homem ao chão, o seu olhar fica
completamente voltado para o chão, ele não pode olhar para cima, ele não
pode olhar para as coisas do Senhor, são os poderes que prendem o homem
à terra e o tiram da presença do Senhor.
Por que são dois?
Porque é a porção dobrada, a coisa é muito forte mesmo.

3ª) Casei, e portanto não posso ir.

É o homem comprometido com a carne.

Estas são as três coisas que comprometem o homem para que ele
rejeite o convite, as três desculpas: Os seus interesses pessoais, os poderes que
o prendem à terra, e o seu compromisso com a carne.
Estas três coisas correspondem à vaidade, ao dinheiro e à parte afetiva.

Os Cinco Poderes.

Quando Elias foi orientado pelo Senhor que ungisse a Eliseu para ser
profeta em seu lugar (I Rs. 19:16), ele foi encontrá-lo no campo, quando
lavrava a terra com doze juntas de bois. Ele estava com a duodécima.
Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre Eliseu.
Eliseu deixou os bois e pediu a Elias para ir despedir-se dos seus pais.
Elias consentiu.
Quando voltou, Eliseu matou uma junta de bois e os cozinhou com a
madeira do arado.
E quando Elias estava para ser arrebatado, disse-lhe: Pede-me o que
queres que te faça, antes que seja tomado de ti.
E Eliseu pediu-lhe: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito
sobre mim. (II Rs. 2:9)

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Nesta Obra, aquele que quer a porção dobrada do Espírito, ele precisa
sacrificar a junta de bois, precisa sacrificar aquilo que o prende ao chão, ele
precisa fazer morrer a carne (os bois) e queimar aquilo que o prende a ela e à
terra (o arado).
Tudo o que Elias fez, ele fez em dobro. Quem quer porção dobrada
do Espírito precisa sacrificar aquilo que o prende ao chão. Eliseu sacrificou o
poder dobrado que o prendia ao chão e recebeu porção dobrada do
Espírito Santo.
Quais são os cinco poderes representados pelas cinco juntas de bois?

São eles: político, social, econômico, cultural e religioso.

Político - É o poder do mandar, do decidir. Quem está envolvido com


esse poder precisa sacrificá-lo para ter a bênção do Espírito Santo.

Social - É o poder do prestígio, da projeção pessoal diante da


sociedade. Quem está preso a este poder gosta de ver o seu nome nas
colunas sociais, gosta de aparecer sempre.

Econômico - É o poder do dinheiro, da riqueza.


O Senhor Jesus disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no
reino de Deus os que têm riquezas... Quão difícil é, para os que confiam nas
riquezas, entrar no reino de Deus. (Mc. 10:23 e 24)
O Senhor não estava dizendo que o rico não vai entrar no reino de
Deus. Há pessoas que têm dinheiro, mas estão na direção do Senhor. O
Senhor prova o rico com a riqueza e o pobre com a pobreza (porque há
pessoas que não têm nada e quando conseguem alguma coisinha,
esquecem-se do Senhor).

Cultural - É o poder do conhecimento.


Paulo era um homem muito culto e quando esse poder o envolvia,
quando tomava conta dele, o Senhor permitia que ele levasse uma surra.
Nós não estamos dizendo que não se deve buscar cultura, porque o
saber é cada vez mais necessário por causa da competitividade de hoje, na
globalização em todas as áreas do conhecimento, do trabalho.
O analfabeto do ano 2000 é aquele indivíduo que não sabe inglês e
nem informática. É preciso fazer uma reciclagem, aperfeiçoar-se, nivelar-se,
para competir.
Nós estamos falando daquele indivíduo que alcançou patamares
elevadíssimos no campo cultural e que está completamente envolvido, a sua
mente está voltada para o chão em função disso.

Religioso - É o pior deles porque este poder puxa todos os outros. A


pessoa usa a religião para mandar, para ter prestígio, para ter dinheiro e para
ter conhecimento, para ter projeção, para ter liderança, para ter domínio,

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para atender à sua vaidade, para resolver os seus problemas pessoais, usando
o evangelho, e isso é o pior de tudo.

A Atitude do Pai de Família / O Convite para os Gentios.

Quando ouviu todas aquelas desculpas de seus convidados, aquele


homem ficou indignado, e disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e
bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.

Pobres - São aqueles que não têm nada.


Os judeus nasceram dentro de uma família que tinha toda a orientação
referente às coisas de Deus.
Tem pessoas que nasceram em berço evangélico, essa era a sua
riqueza. Nós éramos os pobres porque não tínhamos esta riqueza.

Aleijados - São aqueles que têm que ser carregados.

Mancos - São os que não andam corretamente, eles não andam em


linha reta. Nós também não acertávamos o Caminho.

Cegos - São aqueles que não vêem nada.

Foi assim que nós chegamos à presença do Senhor, e é preciso estar


nesta condição para receber o convite e participar da festa.
Nós não tínhamos nada, mas o Senhor, pela sua infinita misericórdia,
nos chamou para participarmos da sua ceia e nos assentarmos com Ele à sua
mesa farta. Nós aceitamos o convite e isso foi importantíssimo para nós, nós
valorizamos aquilo que o Senhor nos deu, o convite foi superior a tudo que
está ao nosso redor.
Nós estamos no campo do Senhor, os poderes terrenos não nos
prendem, eles não nos impede de aceitarmos o convite. O nosso
compromisso não é com a carne, mas nós estamos comprometidos com o
Senhor.

O que aconteceu com os primeiros convidados, aqueles que rejeitaram


o convite?

O pai de família disse: Nenhum daqueles varões que foram


convidados provará a minha ceia.

É interessante o modo do Senhor ver as coisas. Inicialmente os bons


foram convidados, mas rejeitaram o convite. Nós, que não éramos bons,
recebemos o convite depois, por causa da rejeição deles, e fomos aceitos na
presença do Senhor. E, no fim, o Senhor chamou aqueles primeiros de maus.

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Então nós observamos que os maus, perante o Senhor, são aqueles


que rejeitam o convite.

Vinde, que já tudo está preparado.

Tudo está preparado para a festa, é só aceitar o convite, o preço já foi


pago, o Senhor Jesus já cumpriu a sua parte do projeto, o que cabia a Ele
fazer, Ele já fez, Ele já deu a sua vida por nós, não falta mais nada da parte de
Deus, só falta da nossa parte, é só aceitar o convite.

Ainda há lugar.

Pode vir, porque ainda há muito lugar, é só ouvir a voz do Espírito


Santo e vir.

A rejeição é um projeto do homem. O servo aceitou o Senhor, mas a


ceia ainda não aconteceu, por isso ele tem que ter cuidado para não se
envolver com aquilo que prende o homem à terra, às coisas seculares.
O processo de rejeição acontece gradativamente, não é de uma vez, é
devagar, a pessoa vai-se envolvendo com isso, com aquilo, sem querer rejeitar
o convite, mas acaba rejeitando porque aquilo vai entrando na sua vida, vai
tomando o espaço, é a carne, são os poderes, é a madeira.
Você deixou tudo para trás, mas aquela coisa “boa” que você gostava
reapareceu e você voltou a ficar envolvido com aquilo. Você já tinha
abandonado, mas começou a entrar devagar, sem que você percebesse e
você começou a olhar para baixo, para o chão, esqueceu de olhar para cima,
para a eternidade, você rejeitou o convite.
É um processo gradativo. Primeiro você compra o campo e vai vê-lo.
Depois você compra as cinco juntas de bois e as experimenta. Finalmente,
você casa, assume o compromisso e já não pode ir. Primeiro ele viu e aquilo
mexeu com a sua carne, depois ele experimentou e, por fim, ele se envolveu
completamente, casou, consumou o compromisso e acabou, está fora da
ceia.

Há um convite do Espírito Santo. Os servos que aceitaram o convite


precisam estar comprometidos somente com o Senhor, por isso é preciso
tomar cuidado para não se envolver com as coisas que são deste mundo.
As desculpas, todas elas são aceitáveis, qualquer um pode entender a
sua situação, quando você diz: Não posso ir por causa disso ou daquilo, mas
para o Espírito Santo isso é rejeição.
Às vezes você quer as duas coisas, você quer realmente o Senhor, mas
se envolve com uma dessas coisas e acaba rejeitando o convite.
Tudo está preparado e ainda há muito lugar.
Aqueles que rejeitaram o convite não vão participar da ceia.

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O convite está de pé para todos que queiram sentar-se à mesa com o


Senhor e provar da sua ceia.
Pode vir. Ainda é tempo de ouvir a voz do Espírito Santo e aceitar o
convite para esta ceia que será na eternidade.

Amém.

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32-Gênesis 22:7 - “Onde está o Cordeiro”

INTRODUÇÃO - O projeto de Deus para a vida do homem é muito


simples. A figura que Deus sempre usou desde os primeiros dias foi a do
Cordeiro; a ênfase sempre foi o Cordeiro.
Quando Deus falou com Caim e Abel, Ele queria uma dádiva. Caim
oferece o fruto da terra, Abel oferece o cordeiro (Paulo escreve mais
tarde aos hebreus falando deste ato, uma comemoração por aquilo que
foi feito por Abel: “...o sangue que até hoje fala”, ou seja, demonstrando
que era a figura que Deus escolhera - o Cordeiro).
O Texto que lemos está relacionado com Abraão e Isaque. Abraão já
idoso, casado com Sara também idosa, e um dia Deus promete um filho
a eles. Nasceu o menino Isaque. Algum tempo depois, Deus pede a
Abraão que sacrifique Isaque. Aquilo foi um fato notório que marcou
não só a vida de Abraão, mas de todo o povo de Israel até os nossos
dias. Era seu único filho e Deus lhe pedia para que o sacrificasse.

A PERGUNTA FEITA POR ISAQUE: “ONDE ESTÁ O CORDEIRO?”:


No momento que Abraão sobe com Isaque para imolá-lo ao Senhor,
Isaque diz: “A lenha e o fogo estão aqui, o altar está pronto, mas onde
está o cordeiro para o holocausto?”.

Em todos os momentos do projeto de Deus para o homem, nos


momentos mais decisivos, a figura do Cordeiro estava sempre em
evidência, não só no texto que lemos. Quando Jacó vai oferecer alguma
coisa a seu pai, enquanto Esaú, que tinha o direito da primogenitura foi
para longe buscar uma caça para fazer o guisado que o “velho” Isaque
queria, a mão de Jacó diz para ele ir depressa apanhar o cordeiro
(estava no quintal, no redil) para que matasse o cordeiro.

A FIGURA DO CORDEIRO USADA POR DEUS:


No primeiro fato de Abraão com Isaque, vemos a figura do Cordeiro.
Deus marcando o homem na sua individualidade, ou seja, Deus e o
homem individualmente.
No segundo fato, com Jacó, outra vez a presença do Cordeiro, mas
agora era a transmissão da herança patriarcal, Isaque estava
transmitindo para Jacó a herança do patriarcado. Onde estava o
Cordeiro neste fato? Estava mais uma vez presente e ali pertinho, no
quintal.
Mais tarde vemos um terceiro fato e novamente a pergunta: Onde está
o cordeiro? Era a saída do povo de um cativeiro de quatrocentos anos
no Egito. E sair como? Qual o sinal da saída? Como sair sem ser
atingido? Então veio a orientação: “mata o cordeiro”, coloca o sangue
na verga, nos umbrais das portas e coma o cordeiro, ou seja, vem a

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orientação a respeito do Cordeiro. Israel já era um povo liberto, mas era


necessário o Cordeiro.
A figura do Cordeiro vem se solidificar quando Jesus vem ao mundo e é
visto e apontado por João Batista no Jordão quando ele diz: “Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. O Cordeiro foi morto.
Jesus vem ao mundo, morre na cruz e estabelece uma nova ordem de
coisas. Agora a salvação para o homem, todos os que aceitassem, que
participassem do Cordeiro, quando Jesus pega o pão e o vinho e usa a
figura desses elementos para simbolizar Sua morte até que Ele viesse.
Aqui já é a instituição da Igreja, da universalidade do Evangelho, a graça
do Senhor derramada sobre o mundo para salvar o homem e o
entendimento de que Deus usa a figura do Cordeiro em todos os
instantes para marcar a vida daqueles que ele ama.

A GRANDE PERGUNTA QUE HOJE PODE SER FEITA: “ONDE ESTÁ O


CORDEIRO”:
A Igreja está entrando em seu terceiro milênio, embora a contagem feita
pelo homem não seja precisa, neste momento o que interessa para a
Igreja é que ela tem toda a compreensão de que o relógio de Deus
marca com precisão um momento que é o momento da Igreja, o
momento em que Jesus vai buscá-la, é a saída da Igreja deste mundo.
Não estamos precisando dia ou hora, mas Jesus fala de uma geração
que não passará, e é a geração dos fatos que estão aí para todo mundo
ver (“...não passará esta geração”).
A Igreja vai sair deste mundo? Vai ser arrebatada? Sim, claro. Todos os
profetas, apóstolos e o próprio Jesus, apontaram para este
acontecimento, mostraram que o lugar da Igreja não é aqui, é o projeto
de Deus para o homem, mas a pergunta é feita: “Onde está o
Cordeiro?”.
Abraão era a marca da obediência, da fé que ia se instituir para a
eternidade, que levaria o homem a conhecer a salvação através de Jesus
(o Cordeiro). Na vida de Jacó a marca era a herança patriarcal (Abraão,
Isaque, Jacó), o Cordeiro presente. Mais tarde a bênção da saída do
povo de Israel do Egito e agora esta marca deveria ser uma marca
nunca esquecida, ou seja, o Sangue do Cordeiro na verga das portas e o
Cordeiro comido, dentro de cada um; era agora um povo liberto, uma
grande nação, um povo com identidade que ia para sua própria terra.
Jesus vem ao mundo (o Cordeiro), o tempo passa, a luta da Igreja se
transcorre em todas as épocas e agora ela se prepara para o
arrebatamento. As evidências e os sinais estão presentes, mas onde está
o Cordeiro? Será que está nos grandes ajuntamentos? Nas liturgias? Nas
dispersões? Nas máscaras que o homem faz para enganar? O Cordeiro
está com aqueles que estão ouvindo Sua voz!

QUEM ESTÁ OUVINDO A VOZ DO CORDEIRO?:

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O apóstolo Paulo escreve que ao toque da última trombeta a Igreja será


arrebatada. Então ouvir a trombeta, conhecer os toques da trombeta é
fundamental para a Igreja que vai subir. O toque será ouvido
individualmente (é a experiência pessoal de cada um), é a trombeta de
Deus.
A Igreja (Obra) está mostrando uma coisa diferente que o mundo não
pode mostrar porque é necessário que ela ouça e esteja sintonizada e
em condições de ouvir o toque da trombeta.
A Palavra diz que nos momentos finais a trombeta tocará. Os sinais estão
aí, o primeiro toque ninguém ouviu, a mesma coisa aconteceu com o
segundo e o terceiro, mas o quarto toque a Igreja tem que estar atenta
para ouvir, pois este toque está relacionado com a eternidade, com o
encerramento do projeto de Deus com a Igreja aqui no mundo. Mas
como ouvir a trombeta? Onde está o Cordeiro? No Velho Testamento a
trombeta era feita de chifre de carneiro. Então primeiramente o carneiro
(Cordeiro) tinha que estar morto, ou seja, em primeiro lugar, quem não
conhece o sacrifício de Jesus, quem não tem experiência com a morte e
ressurreição D’Ele não ai ouvir o toque da trombeta. Não é
simplesmente vir a Igreja, ouvir um louvor, uma mensagem, mas sim,
ouvir o som da eternidade que é difícil de ser ouvido num mundo
conturbado como hoje.
A primeira coisa necessária para se poder ouvir o toque da trombeta é
estar identificado com a morte do Cordeiro, saber porque Jesus morreu
e ressuscitou, ter experiência com este fato, saber que Ele veio para
derramar Seu Sangue, e o derramamento de Seu Sangue foi para nós o
derramamento de Seu Espírito (Vida) sobre nós. Cristo em nós. A mesma
experiência que Abraão teve quando ia imolar Isaque pois o Cordeiro
estava ali presente vivo. A experiência de Jacó que também tem a
presença do Cordeiro vivo, no quintal (obediência). A experiência do
povo na saída do Egito, o Cordeiro estava presente em cada família.
Agora, na saída da Igreja o Cordeiro está presente. Onde está o
Cordeiro?

Igreja tem que estar preparada, em vigilância. Será um toque (“...num


abrir e fechar de olhos”). O toque da trombeta está identificado com a
morte do Cordeiro, pois a trombeta para ser feita precisava primeiro que
o carneiro (Cordeiro) estivesse morte, e depois D’Ele morte era
necessário que o chifre fosse levado ao fogo para tirar as impurezas de
dentro e de fora, ou seja, os restos de carne, do cheiro da carne que é
cheiro de morte (pecado). Era mudada a forma do chifre duas vezes,
primeiro para ser limpo, depois para ser usado, depois o sacerdote fazia
um orifício para a passagem do ar e não podia ser de qualquer
tamanho, era proporcional ao tamanho do chifre. É a preparação do
homem para ser usado como trombeta de Deus. Deus tira a forma do
pecado, limpa por dentro e por fora, e dá a forma D’Ele para poder usar

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o homem. E como é o toque da trombeta? A trombeta é o próprio


Cordeiro, o sopro é do Espírito, o som é a Palavra do Pai. Onde está o
Cordeiro? Na Trindade presente no meio da Igreja, o orifício é o canal
que liga o coração do homem à eternidade de Deus, Deus fala e o
homem sabe que é Ele quem está falando.

SÓ A IGREJA CONHECE O SOM DA TROMBETA:


É interessante que Israel usava muito as trombetas para vários tipos de
anúncios ao povo, toques curtos, prolongados, alternados, enfim, de
diversas formas para avisar alguma coisa importante ao povo. O detalhe
é que como os toques eram como códigos, o inimigo não conhecia de
modo nenhum o que é que o som da trombeta estava avisando.
Da mesma forma hoje o toque da trombeta é o mesmo, ou seja, só
quem estiver afinado, sintonizado com o Cordeiro vai ouvir a trombeta,
o toque de recuar, avançar, preparar para a guerra, etc. A Obra do
Espírito vive este exercício diariamente, o toque da trombeta, a voz do
Pai através do Cordeiro que dá o sopro da vida (Seu Espírito), também
através dos dons espirituais, que não são conhecidos pelo adversário,
pois ele não sabe a linguagem dos códigos do Senhor com Sua Igreja.
Este é o momento mais extraordinário da vida da Igreja. Deus usa o
homem como a trombeta D’Ele, e por isso a Palavra diz assim: “...se
separares o precioso do vil, serás a boca de Deus” (a limpeza do chifre).
Quando nós começamos a entender isso, constatamos que se o cheiro
da morte saiu, agora vem o sopro da vida (a morte do Cordeiro; a
ressurreição tem que estar na vida da Igreja). É o anúncio feito pela
Igreja (trombeta - boca de Deus) dos momentos solenes e especiais.
Onde está o Cordeiro? Será que Ele está em sua casa? Na sua vida? Na
obediência? Nos lugares incertos do homem? Nas badalações? Nas
festas profanas? Onde está o Cordeiro? Quantos estão preparados nesta
hora? É um momento muito sério!
Diz a Palavra que: “...o sopro da boca do Senhor enganará o adversário”.
O inimigo não sabe o momento da vinda do Senhor porque ele não
conhece os sinais (códigos).
Os códigos estão sendo dados todos os dias no meio da Igreja, o
momento é de definição pessoal, a trombeta está pronta para ser usada,
a Igreja conhece o código da trombeta e o código é a Revelação, é
aquilo que ninguém conhece e é um mistério para esta última hora, o
mundo e o dono do mundo não vão ouvir porque não conhecem os
mistérios da Igreja.

NOVAMENTE A PERGUNTA: “ONDE ESTÁ O CORDEIRO?”:


A Igreja sabe onde está o Cordeiro. Onde está o Cordeiro? Está no
fundo do quintal (na obediência); está numa saída (num momento de
dificuldade, numa libertação); está num momento de aflição (quando
Abraão ia sacrificar Isaque, quem carregou a lenha foi Isaque. Além de

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morrer, carregava aquele fardo pesado de lenha. Mas o Cordeiro estava


ali).
Fica a pergunta: “ONDE ESTÁ O CORDEIRO?”.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

33--DÉBORA
1ª Aula do mês

DÉBORA

“...Levanta-te, porque este é o dia em que o Senhor entregou


Sísera na tua mão...”
Juízes 4:14

Débora viveu num período caracterizado em Juízes 21:25


“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia
bem aos seus olhos.” Aconteciam abusos e abominações..
O Senhor levantava servos para libertar o seu povo da mão dos
opressores e, assim levantou Débora, mulher de Lapidote como profetiza
e juíza e o povo ia até ela para que julgasse as suas causas.

Juízes 3:9 “Mas quando os filhos de Israel clamaram ao Senhor, o


Senhor suscitou-lhes um libertador, que os livrou.”
Juízes 4:4 “Ora, Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel
naquele tempo.”

Débora conhecia a voz de Deus, ERA FORTE, porque a Palavra de


Deus nela permanecia.
O Senhor lhe deu uma profecia na qual revelava o desejo de libertar o
seu povo da opressão de Jabim, o cananeu, rei de Hasor.

Juízes 4:6-7

v.6 “Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes-


Naftali, e disse-lhe: Porventura o Senhor Deus de Israel não te
ordena, dizendo: Vai, e atrai gente ao monte Tabor, e toma
contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de
Zebulom;
v.7 e atrairei a ti, para o ribeiro de Quisom, Sísera, chefe do exército
de Jabim; juntamente com os seus carros e com as suas tropas,
e to entregarei na mão?”

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A PROFECIA (Juízes 4:6)

- CABE AO HOMEM OBEDECER


v.6 “vai atrai gente ao monte Taboe e toma contigo dez mil
homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom.”

- A VITÓRIA VEM DE DEUS.


v.7 “...e atrairei a ti para o ribeiro de Quison a Sisera, comandante do
Exército de Jabim.”

Entregar esta profecia revelava a coragem que é baseada na


Palavra de Deus na qual estava firmada, não se deixando dominar pelo
medo do opressor, mas FOI FORTE.

Juízes 4:3 “Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor, porquanto


Jabim tinha novecentos carros de ferro, e por vinte anos
oprimia cruelmente os filhos de Israel.”

POSIÇÃO DE BARAQUE DIANTE DA PROFECIA ENTREGUE POR


DÉBORA

No meio da opressão, o homem tende a se acostumar com a


derrota, no entanto, Baraque se dispôs a atender a profecia e respondeu
à Débora: “Se fores irei, se não fores não irei.”
Baraque era um homem de Deus, e discerniu que o Espírito que estava
sobre Débora era o Espírito de Deus, e por isso ele não queria
apartar-se dela numa missão tão séria (se fores comigo irei).

RESULTADO DA OBEDIÊNCIA À PROFECIA

- ENCORAJAMENTO
v.14 “Então disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia
em que o Senhor entregou Sísera na tua mão; porventura o
Senhor não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte
Tabor, e dez mil homens após ele.”

Quem no meio da peleja não se sente encorajado diante de


Palavra tão confortadora? “O Senhor saiu diante de ti.”
Débora simboliza a voz de Deus que encoraja o servo que se
dispõe a servi-lo.
Pela sua posição, Baraque é citado em Hebreus no meio dos
Homens de fé.

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Heb 11:32 “E que mais direi? Pois me faltará o tempo, se eu


contar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel
e dos profetas;”

- VITÓRIA (Juízes 4:14 e 15)


v.15 “E o Senhor desbaratou a Sísera, com todos os seus carros e todo
o seu exército, ao fio da espada, diante de Baraque; e Sísera,
descendo do seu carro, fugiu a pé.”
A vitória foi maravilhosa.
O maligno, que queria derrotar o povo de Deus, foi derrotado.

- DESPERTAMENTO PARA A INSTRUMENTALIDADE:


Baraque é despertado para a instrumentalidade.
Os guerreiros de Israel atendem a voz de convocação do Senhor e se
levantam. Saíram da acomodação e foram em busca da vitória.

Juizes 5:20 “Desde os céus pelejaram as estrelas; desde as suas órbitas


pelejaram contra Sísera.”

-VITÓRIA SOBRE O OPRESSOR


O universo se movimenta em favor do cumprimento da profecia
Porém os que o amam brilham como o sol quando se levanta no
seu esplendor.

Juizes 5:31 “Assim ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Sejam,


porém, os que te amam, como o sol quando se levanta na
sua força.”

- LOUVOR
Expresso no “Cântico de Débora”

CONCLUSÃO

O poder do homem se anula pelo poder de Deus. Os novecentos


carros ferrados e os vinte anos de opressão não tiveram poder sobre o
pequeno povo de Israel.

Para maiores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:

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secretaria@presbiterio.org.br

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34-DESCE DA TUA GLÓRIA...


Jeremias 48: 18, 19

INTRODUÇÃO

 Desce da tua glória e assenta-te em seco...


O Senhor lança um chamado ao homem, e o convida a se humilhar
e a reconhecer sua fraquezas e necessidades espirituais.

 Ó moradora, filha de Dibom...


Era uma cidade de Moabe, portanto não eram judeus, e sim gentios.
Deus fala a um povo gentio, que a princípio não tem direito à
herança alguma, mas que por sua misericórdia deseja salvar.

DESENVOLVIMENTO

 O destruidor de Moabe subiu contra ti...

O inimigo tem se levantado nesta hora para destruir a muitos. Ele veio
para matar, roubar e destruir. Os lares estão ruindo, os jovens se
entregando aos vícios, nem as crianças têm sido poupadas e a miséria
tem se alastrado, por causa da ação do destruidor. O Senhor, no
entanto, tem chamado a atenção de todos para esta realidade, a fim de
que despertem e o busquem. A arrogância do homem às vezes o
impede de despertar e se humilhar diante do Senhor.

 E desfez as tuas fortalezas...

As fortalezas de muitos, aquilo que lhes dá segurança hoje em dia,


basicamente são: a família, a situação econômica e a saúde física. Estas
três coisas têm sido o alvo do inimigo, pois ele sabe que, se conseguir
destrui-las, a vida do homem será desestruturada. A destruição dos lares,
a perda do emprego e da estabilidade financeira, além da perda da
saúde, têm levado muitos à angustia e à destruição. Tudo isso faz parte
do obra do destruidor, e as defesas do homem e tudo aquilo em que
confia nada valem.

 Põe-te no caminho...

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O Senhor aponta a saída para a triste situação em que se encontra o


homem. Ele o convida para entrar no Caminho e conhecer a Jesus. Ele
mostra que o homem precisa abandonar seus próprios caminhos, para
que possa obter a verdadeira segurança e salvação. Mas o que fazer para
alcançar isso...?

CONCLUSÃO

Pergunta ao que vai fugindo, e à que escapou dize: Que sucedeu?

Aquele que teve uma experiência com Jesus é o que vai fugindo, e a
igreja é a que vai escapando de toda esta situação, pois ela atentou para
a Palavra do Senhor e tem se humilhado na sua presença. Pergunta:
Que sucedeu? A resposta da igreja é: “Jesus morreu para te salvar, para
te dar vida eterna e te livrar da mão do destruidor. Ele é rei e Senhor de
todas as coisas, por isso deves te humilhar diante dele, reconhecendo tua
pequenez e extrema necessidade de sua Bênção e de sua salvação.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

35-DESTE O TEU BOM ESPÍRITO

MENSAGEM PARA O DIA 25/12/2001

Neemias 9:20

“E deste o teu bom Espírito, para os ensinar; e o teu maná não retiraste
da sua boca; e água lhes deste na sua sede.”

UM BALANÇO:

INTRODUÇÃO:

Humildade - O capítulo 9 inicia com o reconhecimento do povo


de suas faltas diante de Deus, confessando os seus pecados.

Definiram sua posição diante de Deus, abandonando o mundo.

- A palavra foi lida.


- Clamaram ao Senhor.
- Adoraram ao Senhor.

Conclamaram o povo:

a - Levantai-vos
b - Bendizei ao Senhor

Glorificaram ao Senhor:

a - Pela eternidade
b - Pela obra criadora
c - Pelos anjos
d - (Abraão) - Pela eleição - (Pai)
- Porque ouviram o clamor dos que estavam em
aflição.

e - (Egito) - Pelos sinais e milagres

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- Pela vitória sobre os seus inimigos


- Pelo caminho - Guiados - Jesus.
- Pelo Batismo com o Espírito Santo - Sinal.
- Pelo alimento - Maná - Palavra Revelada
- Pelo refrigério - Água da rocha.
- Pela promessa da vida eterna.

Apesar das falhas, não desamparou Deus o seu povo.


A promessa não se apartou do seu povo apesar da queda de
alguém. Assim o Senhor tem feito conosco.

- Concedeste o teu bom Espírito para os ensinar - Ensino - Pai


- Não tem faltado o pão e a água - Jesus.
- 40 anos de provas - Espírito Santo

a - As roupas não envelhecem - Vestes da salvação


b - Os calçados não furaram (pés) - Evangelho da Paz
c - Terras repartidas - Venceram a Seon e a
Gogue
d - Multiplicaste os filhos - Crescimento da Obra.

Os inimigos que destruíram Israel não podem vencer a Obra,


porque o Senhor nos tem dado a posso de:

a - Cidades fortificadas - Igrejas fiéis.


b - A terra é fértil - Salvação.
c - Posse de casas cheias de toda sorte de:
- Coisas boas - Dons e maravilhas
- Cisternas cavadas - Água limpa
- Vinhos e olivais - Alegria e unção
- Árvores frutíferas em abundância - Frutos do
Espírito Santo.

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36-EIS QUE ESTOU A PORTA

Apocalipse 3:20 - “Eis que estou à porta, e bato”

INTRODUÇÃO - O livro de Apocalipse foi escrito por João, apóstolo de


Jesus. Ele estava acostumado com um Jesus diferente do que agora
estava vendo. Estava acostumado com o Jesus “homem”, e agora,
quando ele tem a visão de Jesus glorificado, assim como Ele é, começa
então a ter a experiência da revelação de Jesus como o Senhor Todo
Poderoso.

O MOMENTO É DE ESPERA. “A VOLTA DE JESUS”:


“Eis que estou à porta...”
Nós estamos vivendo um momento especial que o mundo não pode
ver. O momento em que todas as coisas estão seguindo para um
desfecho culminante de um fato maravilhoso: A volta de Jesus! O
momento é de grande expectativa, mas sobretudo de espera. Mas
espera em que? Ou em quem? A espera é do cumprimento das
profecias do Velho Testamento e do Novo, mais especificamente o
desfecho de tudo que está escrito no livro de Apocalipse que aponta
para a figura do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e
continua santificando um povo para a eternidade com Ele.
Como este livro sempre diz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz as Igrejas”. A volta de Jesus é patente e vigente para a Igreja Fiel. Não
já mais no que esperarmos, senão na volta de nosso Salvador. Por isso
dizemos que o mundo não pode perceber este momento, pois o
mesmo Jesus que João vê quando está para escrever o livro de
Apocalipse, disse quando ainda estava aqui como homem em Seu
ministério terreno: “Um pouco e o mundo não me verá mais, mas Eu
vivo e vós me vereis”, ou seja, o mundo nunca mais vai ver o Senhor,
não vai ter a experiência da revelação de Jesus como a Igreja dos
últimos dias tem tido todos os dias, não verá os sinais, não ouvirá Sua
voz, mas a Igreja enxerga o Senhor porque como Jesus ela não é deste
mundo (“...eles não são do mundo, como do mundo Eu não Seu”). A
Igreja Fiel vive o momento da volta de Jesus 24 horas por dia, porque
Ele vive este mesmo momento dentro dela.

OS SINAIS SÃO PATENTES. O BATER DA PORTA:


“Eis que estou à porta, e bato...”
O momento da volta de Jesus é conferido e apontado por “sinais”. Por
isso o texto dia: “Eis que estou à porta” (o momento da volta, “...o noivo
está às portas.”), “e bato...” (são os sinais que apontam a volta de Jesus).
Não somente os sinais que a natureza já ouviu e obedeceu, as três
trombetas que anunciaram o desaparecimento de terça parte do
“verde” da terra, da terça parte das criaturas viventes do mar, as águas

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amargas mostrando tudo isso que estamos vendo com a poluição dos
rios e mares, a abertura das escrituras para o mundo (tradução da Bíblia
para o Alemão por Martinho Lutero), a reforma protestante, etc., mas
também os sinais espirituais que só a Igreja Fiel está vendo. Que sinais
são estes? Jesus disse assim: “Os sinais seguirão aos que crêem”.
Há uma Obra de sinais sendo realizada. Quando falamos sinais, não
dizemos apenas de curas, milagres e maravilhas, mas de uma operação
no interior do homem fazendo com que aconteça nele o maior sinal
que Deus pode operar no homem que é a Salvação e o entendimento
do último momento, que é o da volta de Jesus. Os sinais físicos ou
milagrosos são conseqüência da bênção da salvação da alma do
homem e da vontade de Deus em operar.
Os sinais desta última hora para a Igreja são bem diferentes de tudo o
que o mundo está vivendo. O culto profético é um sinal desta última
hora que deixa claro o momento em que estamos vivendo. A doutrina
revelada, o clamor pelo Sangue de Jesus, o atender das convocações
que o Espírito Santo tem feito, seja nas buscas pela madrugada, ao meio
dia, nos cultos a noite, seja num jejum, na meditação da Palavra e na
consulta à mesma, no entendimento de corpo de Cristo; há um povo
que tem ouvido o bater da porta que são os sinais de que a volta de
Jesus está muito próxima. Cada batida na porta é um grito do Espírito (“E
o Espírito e a esposa dizem: Vem.”) É o bater, são os sinais que tem sido
dados e um povo tem ouvido pois eis que Jesus está “às portas”.

QUEM ESTÁ OUVINDO E QUEM PODE OUVIR O BATER DA PORTA:


“...se alguém ouvir a minha voz,”
Neste último instante da Igreja Fiel aqui neste mundo, o Espírito Santo
de Deus faz um clamor aconselhando o homem para que esteja a par
dos acontecimentos proféticos, mas Ele não obriga a ninguém. O
homem vem, Deus fala a respeito de sua vida, dá uma bênção, faz com
que o homem conheça Seus mistérios, o faz ouvir Sua voz, mas não
obriga ninguém a ficar. O que há é o conselho do Senhor (“Este é o
Caminho, andai por Ele”).
A Igreja Fiel não vive de ideais religiosos, não se envolve com assuntos
que não sejam espirituais. Ela tem ouvido a voz do Espírito que “bate e
clama” dentro dela (“...E quem ouve diga: Vem.”). Quem quiser ouvir a
voz do Senhor, ouça o batido da porta, veja os sinais que estão patentes.
A voz D’Ele é mansa, suave, mas penetrante.
É como aquela mensagem: ‘Onde está o Cordeiro?’. O Cordeiro está no
meio daqueles que ouvem Sua voz. A “religião” não pode dar ouvidos a
voz dos sinais que cada vez mais clamam e mostram a volta do Cordeiro,
pois está com seus ouvidos tapados para a revelação, preocupados com
suas tradições, seus movimentos, não tem entendimento de corpo de
Cristo, faltam a doutrina revelada e a disciplina do Espírito, estão sempre
se apoiando em “fragmentos” da Palavra.

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A voz do Espírito não pode ser ouvida com gritarias, grandes


ajuntamentos ou coisas parecidas, mas pela fé, crendo que Deus pode
penetrar em seu íntimo, com mansidão, muitas vezes sem que ninguém
saiba, transformando seu interior, passando a clamar dentro dele o grito
do “Vem” saciando a sede da alma do homem (“E quem tem sede,
venha. E quem quiser tome de graça da água da vida.”).

A POSIÇÃO DAQUELES QUE OUVEM O BATER DO ESPÍRITO:


“...e abrir a porta,”
O Espírito Santo tem falado e muitos tem ouvido, mas poucos são os
que põem em prática o que ouvem. É apresentado um novo e vivo
caminho (“este é o Caminho...”), mas andar nele não é fácil, porém o
conselho é dado (“...andai por Ele.”).
A posição de quem ouve a voz dos sinais do Espírito é “abrir a porta”, ou
seja, por em prática o que ouve. Antes apenas ouvimos a voz do Senhor,
sentimos e vemos Seus sinais, agora tomamos uma posição e abrimos a
porta, entendemos definitivamente o plano profético de Deus para nós
e pelos olhos da fé, vemos o Senhor Jesus tendo a experiência de João,
a revelação de Jesus em nós. Vemos que Ele está para vir a qualquer
instante, está à porta.
É a experiência de Paulo (“Eu não mais vivo, Cristo vive em mim”), é uma
nova forma de vida. Paulo se levantou quando no caminho viu a luz e
disse: “Senhor, que queres que faça?” , ou seja, Saulo morreu e Paulo
ressuscitou porque houve uma tomada de posição, ele havia ouvido a
voz e agora se coloca à disposição do Senhor para colocar Sua palavra
em prática.
Não basta simplesmente conhecer o caminho, mas é preciso andar nele,
não vasta conhecer que Jesus vai voltar, ouvir o batido da porta, ver os
sinais, e depois sair, pois não estaremos com Ele quando Ele voltar. É
necessário por em prática o que temos visto e ouvido todos os dias.
É também a experiência dos discípulos quando foram presos por
estarem pregando em Jesus a Salvação e quiseram proibi-los de fazer
isso; então veio a resposta, o colocar em prática (“...não podemos deixar
de falar do que temos visto e ouvido”).
Não se pode ter vergonha deste evangelho que nada tem a ver com o
evangelho falido da religião, mas sim, é o evangelho dos sinais desta
última hora, o mesmo pregado pelo Igreja primitiva, porque é a mesma
obra, a mesma Igreja que tem ouvido e cumprido a Palavra do Senhor.

A DIREÇÃO DA VIDA DO HOMEM PASSA A SER DO SENHOR:


“...entrarei em sua casa,”
Quando o homem ouve a voz do Senhor e dá liberdade (abre a porta)
ao Espírito Santo para Ele operar, então o Senhor entra na casa (vida)
dele e toma conta de tudo a partir deste momento. O homem passa a
caminhar pela fé (direção do Espírito), e tudo em sua vida é o Senhor

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quem resolve, cuida da casa. É como a parábola da dracma perdida: - O


Espírito Santo varre a casa (vida do homem) colocando-o num processo
de santificação porque aquilo que é de valor (salvação) não se pode
deixar perder. O homem conheceu o caminho, está andando por ele,
agora o Espírito do Senhor o conduz a eternidade por Jesus.

A VISITAÇÃO DO ESPÍRITO NOS QUE SÃO DIRIGIDOS POR ELE:


“...e com ele cearei,”
Agora o homem está num corpo, andando por um novo e vivo
caminho, é dirigido pelo Espírito Santo, está morto para o mundo e
Cristo vivo nele, está integrado no processo da Salvação e numa
constante santificação, então é o momento da “ceia do Senhor” conosco
ainda aqui. É, além do entendimento profundo do “pão e do vinho”, a
oportunidade de participar das bênçãos do Espírito, ter a mesma
experiência da Igreja primitiva (“...e tinham tudo em comum,”).
A visitação do Espírito é constante e plena, sem medida. São os dons
derramados e manifestos no corpo de Cristo, o batismo com Espírito
Santo, a alegria da Salvação e, muito importante, o Senhor nos
ensinando e nos levando a viver a eternidade ainda aqui, ou seja, não
vivemos no tempo do homem segundo a razão, mas no tempo de Deus
que é eterno segundo a experiência de João pela revelação de Jesus
Cristo. É também, a preparação para o fim da jornada rumo a
eternidade. O Senhor está à porta e constantemente batendo, insistindo
e mostrando os sinais. “Eis que estou à porta, e bato”.
O DESFECHO DE TUDO. “A ETERNIDADE COM DEUS”:
“...e ele comigo.”
Agora é o desfecho que todos nós esperamos. Antes era o Senhor
ceiando conosco ainda aqui, agora somos nós ceiando com Ele lá na
eternidade. Era Ele aqui e nós vivendo Seu tempo, Sua eternidade
(aprendizado), agora a Igreja já arrebatada, na cidade celestial
participando da grande ceia, as bodas do Cordeiro. Por isso o Espírito do
Senhor clama constantemente: “Eis que estou a porta, e bato”, o
momento é patente aos olhos de quem quiser ver (“...e quem quiser,
tome de graça da água da vida.”). “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz as Igrejas”.
Os sinais estão aí, a voz do Espírito que clama com gemidos inexprimíveis
está sendo lançada porque o momento é sério, pois é a volta de Jesus
para buscar a sua noiva amada, a Igreja Fiel.
“EIS QUE ESTOU À PORTA, E BATO”.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

37-“...EIS QUE FAÇO NOVAS TODAS AS COISAS” APOC. 21:5

MENSAGEM PARA O CULTO DE EVANGELIZAÇÃO DO DIA


01/04/2001

Texto Fundamental: “...Eis que faço novas todas as coisas”. Apoc. 21:5

Introdução

Quem poderia afirmar alguma coisa tão cheia de esperança? O


Senhor Jesus e Ele glorificado.
Nasceu humilde neste mundo, o Rei da Glória. Seu berço foi
uma manjedoura. Infância, adolescência pobre no meio de um povo
rebelde que não aceitou sua mensagem, antes o crucificou. Ele sabia o
propósito de Deus Pai, que era de mostrar ao mundo que ele amava a
todos e queria mostrar-lhes que sua morte na cruz foi para levar a todos
para um lugar maravilhoso. Tão bonito, tão limpo e puro porque lá no
céu nenhum pecado vai entrar para sujar aquele lugar e só aqueles
cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro, terão direito à
árvore da vida, ao rio da vida, etc.
Então o Senhor Jesus sabe que quem vai entrar lá já está lavado
no seu sangue. Crianças, adolescentes e todos são convidados para este
lugar lindo.
O apóstolo João que foi levado em espírito, arrebatado até a
presença de Deus Pai e do Filho, o Senhor Jesus, viu estas maravilhas
para notificar, contar para nós.

Jesus glorificado

Apocalipse 1:12-19
12 E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete
candeeiros de ouro,
13 e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem, vestido
de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro;

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14 e a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a


neve; e os seus olhos como chama de fogo;
15 e os seus pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado numa
fornalha; e a sua voz como a voz de muitas águas.
16 Tinha ele na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda
espada de dois gumes; e o seu rosto era como o sol, quando
resplandece na sua força.
17 Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua
destra, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último.
18 Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o
sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno.
19 Escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois
destas hão de suceder.

João viu sete castiçais, representam as sete igrejas e Jesus no meio delas.
Pelas roupas que ele usava, sua aparência, sua voz, o apóstolo viu que
era o Senhor Jesus com a glória, a majestade que ele possuía desde a
eternidade. Não era mais homem sujeito ao homem mau, mas
mostrando que Ele era o TODO PODEROSO.
13 – Sua roupa comprida, talar, de festa. Cingido pelo poder, um cinto
de ouro.
Os cabelos brancos como a lã branca, como a neve. Fala-nos que ele é
eterno, a pureza revelada na alvura de seus cabelos.
Os olhos como chamas de fogo. Capazes de ver tudo e queimar os
pecados de quem se chega a ele.
Os pés, brilhantes como bronze polido. Já vitorioso porque pisou,
destruiu o poder do inimigo, jubiloso na cruz, saindo vitorioso e nos
dando vitória.
Os servos que servem ao Senhor são vitoriosos pelos pés do que pisou o
mal.
A voz que João ouviu, era como uma cascata quando cai majestosa sem
interrupção.
O Senhor Jesus disse a João para ele nos dizer coisas
maravilhosas: Não temas! Apoc. 2:17: “Ao que vencer, eu darei a comer
o maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo
nome...” e cada um vai receber do Senhor esta identificação. Darei a
Estrela da Manhã, ele mesmo. E muito mais, até o direito, imaginem, os
pecadores maus, agora lavados no seu sangue com direitos: as vestes
brancas, nome no livro sem ninguém riscar, seu nome confessado diante
do Pai e dos anjos: “Aqui está meu servo, minha serva. Seu nome é tal... e
o Pai a receber e os anjos adorarem o Senhor porque me salvou, salvou
você. Maravilhas.

Bem, Jesus glorificado, João contou para nós.


À direita dele as sete estrelas, que representam os servos vigilantes.

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Uma aguda espada de dois gumes – saía de sua boca, mostrando que a
sua Palavra é juízo para salvação e perdição dos que rejeitam tão grande
bênção. E o rosto de Jesus? João viu como o sol quando está brilhando
na maior força, ao meio dia.

JESUS GLORIFICADO FALOU MAIS A JOÃO:

Eu fui morto mais vivo. Aleluia.

Eu sou o primeiro e o último (Alfa e Omega).

Eu tenho as chaves da morte e do inferno. Estão comigo e eu já


venci a morte e o inferno.

ESTE JESUS MARAVILHOSO NOS DIZ:

Você está longe, eu o faço chegar perto.

Está no pecado, vem que eu lavo.

Suas roupas estão velhas, sujas pelo pecado, eu dou novas. Eu faço
novas todas as coisas.

Nota:
As mensagens direcionadas às crianças e adolescentes serão entendidas
por todos os adultos.

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38-ESDRAS 1:3
A OBRA

“Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e
SUBA A JERUSALÉM, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor Deus
de Israel...”.

INTRODUÇÃO:

O texto refere-se a uma convocação feita pelo rei a homens voluntários


para subirem a Jerusalém a fim de edificarem o templo que havia sido
destruído pelos inimigos. Hoje também o Senhor tem convocado os
jovens a subir, a sair do plano terreno para a realização da Obra.

1) O DESPERTAMENTO:
Os jovens também têm sido convocados para uma grande obra, a
construção do templo de Deus. Uma obra que um dia iniciou-se em
nossas vidas, mas que precisa continuar, com o Senhor acrescentando
dia após dia aqueles que ainda haverão de se salvar (At. 2:47), pois,
como disse o apóstolo Pedro (I Pe 1:9) “alcançando o fim da vossa fé, a
salvação das almas”. No entanto, só participam dessa obra aqueles que
foram despertados pelo Espírito Santo:

“Então, se levantaram os chefes dos pais de Judá e

Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles

cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a

casa do Senhor que está em Jerusalém”. (Ed. 1:5).

2) ABANDONAR A VELHA VIDA:


Era natural que houvesse resistências daqueles que já estavam instalados
e aculturados na Babilônia, pois atender a ordem de edificar o templo
significaria abandonar a velha vida e viver agora uma vida de novidade
no espírito, longe das comodidades já alcançadas, na dependência total
de um rei que agora não se veria mais com os olhos carnais. O chamado
para uma nova vida é assim. O Senhor nos chama para sermos templos
(I Cor. 3:16) do Espírito Santo: “Se alguém me ama, guardará a minha
palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada”.
(Jô 14:23).

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3) SANTIFICAÇÃO:
A construção do templo levaria à necessidade imediata de levantamento
dos muros de Jerusalém, feito que seria alcançado mais tarde com
Neemias. Não adiantaria coisa alguma ter um templo construído e não
ter como protege-lo. Na nossa vida os muros são necessários. É a
santificação contínua, que nos separa do mundo. Da mesma forma, não
adianta ser construído o templo em nossa vida (ato da salvação, quando
Jesus vem em nós morar) e nós não deixarmos o Espírito Santo dar
continuidade. Essa obra se destaca pela continuidade, pela seqüência. O
templo é edificado em nossas vidas e nós permaneceremos dentro de
Jerusalém, protegidos, sem que o adversário tenha acesso.

4) ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL (VALORES ESPIRITUAIS):


Se por um lado muitos estão entregando a prata e o ouro nas mãos do
adversário (II Re 18:15-16), por outro o servo de Deus vai para Jerusalém
levando de volta os vasos de ouro e prata que um dia haviam sido
retirados do templo de Deus:

“Todos os vasos de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos:


todos estes levou Sesbazar, quando os do cativeiro subiram de
babilônia para Jerusalém”. (Ed. 1:11)

É a consagração completa, a entrega total e incondicional do Deus


Todo-Poderoso. Devolvermos a Deus aquilo que já era dele. O jovem
sem Deus encontra-se desprovido dos valores divinos. O temor ao
Senhor, a boa consciência e todo um conjunto de valores éticos e morais
lhe foram retirados.

5) BÊNÇÃOS DIVERSAS:
Entretanto, se há certeza de que lutas não faltarão, há também a certeza
de que Deus proverá todas as coisas nas vidas daqueles que se ocupam
com as coisas do reino celestial. Nada faltará, quer seja no âmbito
espiritual, quer seja no material e profissional:

“E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando,


os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com
fazenda e com gados, afora as dádivas voluntárias para a casa do
Senhor, que habita em Jerusalém”. (Ed. 1:5)

6) COMBATER O ENVELHECIMENTO:
Cada vez que um alicerce (Jesus, nosso firme fundamento) é levantado
na vida de alguém nossa alma se enche de júbilo. Não há motivo de
choro, só de contentamento. Não podemos deixar o envelhecimento
espiritual nos dominar, nem devemos olhar para tempos passados como
se tivessem sido melhores, pois o Senhor tem o melhor e a obra se

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aperfeiçoa a cada dia. O que fica para nós, servos dessa obra, levantada
há pouco mais de 30 anos em nosso meio, e principalmente, para os
jovens, é a promessa de que “A glória dessa última casa será maior do
que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos”. (Ag. 2:9)

CONCLUSÃO:
“Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e SUBA
A JERUSALÉM...”.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

39-ESTER

“Se te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte para


os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis...”.

Ester 4:14a

CONTEXTO HISTÓRICO

O livro de Daniel no cap. 2 relata um sonho de Nabucodonosor


em que ele viu uma grande estátua com a cabeça de ouro, peito de
prata, ventre e coxas de cobre, pernas e pés em parte de ferro e parte
de barro.
Tratava-se de um império gentílico que iria governar este mundo
até os nossos dias.
Neste projeto estava o império medo-persa onde se passou um
fato extraordinário. Uma jovem israelita torna-se rainha do império que se
estendia sobre cento e vinte províncias, da Índia até a Etiópia.
O povo de Deus que estava sob o domínio Babilônico e depois
persa era tolerado, mas não amado.
Assuero que era rei deste império, querendo dar ao seu reino uma
rainha, mandou que as jovens mais belas do reino fossem trazidas à sua
presença quando a escolha seria feita. Ordem dada, ordem executada.

Ester 2:5

“Havia então em Susã, a capital, certo judeu, benjamita, cujo nome


era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis,”

Havia um homem chamado Mardoqueu que pertencia aos


transportados de Judá, desde o tempo de Nabucodonosor, rei de
Babilônia.Ele criou Hadassa que é Ester, por ser órfã de pai e mãe. Era
seu tio, porém tornou-se seu pai.
Ester foi portanto trazida para o palácio do rei Assuero como uma
das candidatas a casar-se como rei e tornou-se a rainha daquele império.
Mardoqueu tornou-se orientador em tudo na vida de Ester.

Ester 2:20 “Ester obedecia a Mardoqueu quando era criança.”

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Mardoqueu é tipo do Espírito Santo que leva, dirige e vigia aqueles


que estão debaixo de sua orientação. Deu orientações preciosas a Ester,
afim de vê-la vitoriosa e preparada para a obra em que ela seria usada
naquele ambiente hostil em que viviam.

ATITUDES DE ESTER

1. A Ester não declarou sua origem, guardou silêncio, aguardando a


hora certa de falar.

2. Ester dava conhecimento a Mardoqueu do que se passava no


palácio e ele a instruía em tudo.Depender do Espírito Santo é o
grande segredo para instrumentalidade.

ESTER TORNA-SE RAINHA

Ester alcançou a coroa real.

Ester 2:17 “...E pôs o rei a coroa real em Ester e fê-la rainha”.

Era uma função que trazia responsabilidade, não podia haver


falhas, requeria vigilãncia pois o ambiente do palácio era hostil e difícil,
pois estava afastada do seu povo. Portanto precisava ser forte.

ESTER É PROVADA.

Assuero tinha um homem de sua confiança, Hamã. A Palavra diz


que era agagita, significa descendente de Agage, um rei que no passado
lutou duramente contra Moisés. Hamã, com ciúmes da posição de Ester
perante o rei, procura um meio de destruir o povo judeu do qual
Mardoqueu e Ester faziam parte.

Ester 3:6b

“...Hamã, pois procurou destruir a todos os judeus que havia no reino de


Assuero, ao povo de Mardoqueu”.

Ester recebeu notícia de Mardoqueu e solicita o seu


comparecimento perante o rei afim de interceder pelo seu povo. Ester
ficou preocupada.
Mardoqueu chamou a atenção de Ester para a sua posição:

Ester 4:14a “Se te calares neste tempo, socorro e livramento


doutra parte para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis...”.

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Agora Mardoqueu lançou sobre Ester uma pergunta:

Ester 4:14b “e quem sabe se para tal tempo como este, chegaste a
este reino?”

Somos colocados por Deus em determinadas posições para


sermos seus instrumentos. Podemos perguntar: Que será da obra do
Senhor se depender de mim?
Ester poderia ter preferido as glórias do palácio. Não o fez. Aceitou
o desafio compreendendo sua vocação.

DEFINIÇÃO DE ESTER

Ester 4:16 “Vai, ajunta todos os judeus que se acham em Susã, e jejuai
por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de
noite nem de dia; e eu e as minhas moças também assim
jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não
é segundo a lei; e se eu perecer, pereci.”

E assim irei ter com o rei, segura de que estava agindo na


orientação de Mardoqueu tipo do Espírito Santo.
Vitória assegurada.

Ester 5:2-3

v.2 “E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava em


pé no pátio, ela alcançou o favor dele; e o rei estendeu para Ester o
cetro de ouro que tinha na sua mão. Ester, pois, chegou-se e tocou na
ponta do cetro.
v.3 Então o rei lhe disse: O que é, rainha Ester? qual é a tua petição?
Até metade do reino se te dará.”

O cetro de ouro lhe é estendido, graça manifestada, a ponta foi


tocada e a pergunta do rei feita: “Qual é a tua petição?”
Os passos usados pela serva estão igualmente ao nosso dispor,
mas é preciso levantar e agir.
Ester conseguiu um grande feito.
Sua vida e a vida de seu povo poupada da destruição planejada
por Hamã.
Deus quer poupar nossas vidas e dos que estão ao nosso redor da
destruição deste mundo.Os segredos nos são revelados e a ação é de
cada um. Levantou-se e foi à presença do rei, saiu vitoriosa.

CONCLUSÃO

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Ester foi forte: no momento em que decidiu ir à presença do rei


mesmo sabendo que podia morrer. Foi instrumento de Deus capaz de
trazer um grande livramento. Seu nome foi perpetuado como valente,
forte para a glória de Deus e alegria do povo.
Sua fortaleza estava em aceitar a orientação do Espírito Santo, não
amar a sua vida confiar totalmente em Deus e venceu o inimigo.

Para maiores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:


secretaria@presbiterio.org.br

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40-VIGILANCIA –NASCIMENTO JESUS

Lucas 2:8-14 (Mensagem do dia 25.12.93 - Dia de Natal)


Texto fundamental: “Ora havia naquela mesma comarca pastores que
estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu
rebanho.”
1) Considerações iniciais para melhor compreensão e
desenvolvimento da mensagem que será entregue.
 Dentre os grandes eventos narrados pelos profetas, relativos
ao cristianismo e obviamente relacionados no Novo
Testamento, dois destaques são essenciais no projeto de Deus
para a salvação do homem. O primeiro está relacionado com
o nascimento do Senhor Jesus. O segundo com o
arrebatamento da Igreja.
O NASCIMENTO DE JESUS
O nascimento de Jesus é um marco na história do homem porque
inaugura um projeto novo programado por Deus para uma
salvação eterna onde Deus, o Pai, revela o seu grande amor
enviando o seu Filho na forma do verbo encarnado, isto é, a
presença de Deus na pessoa de seu único Filho Jesus Cristo.
“Glória Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os
homens”. Lucas 2:14.
Este projeto é chamado de Novo Testamento porque representa na
verdade um novo pacto de Deus para com o homem. É o início
de uma nova era, é a prova da boa vontade de Deus para com o
homem.
BELÉM (Casa de pão)
O nascimento de Jesus se deu na cidade de Belém situada ao sul de
Jerusalém e conhecida como cidade de Davi. O local de
nascimento estava inserido na comarca de Belém com poucas
planícies e alguns pequenos montes a sua volta, onde os pastores
cuidavam e alimentavam os seus rebanhos, velando por eles e
vigiando para livras as ovelhas dos ataques de animais nocivos e
de ladrões, além de providenciar água, alimento e descanso.

Toda profecia da anunciação do nascimento de Jesus já estava


esgotada. Os profetas que haviam profetizado o evento já estavam
longe no tempo. O povo e a nação israelita não estava atenta a
tudo que os profetas falavam sobre o assunto, apenas familiares de
Jesus e a voz do último profeta (João Batista) que o antecedeu,
davam sinais de que o evento estava prestes a se manifestar. Israel
dormia descansado sobre a vigilância política e religiosa do

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182

Império Romano e da casta sacerdotal dirigida pelo sinédrio de


Israel respectivamente.
1- SURPRESA
Naquela noite (de Natal) no caso, natal de Jesus (nascimento de Jesus),
o acontecimento só foi presenciado pelos que estavam acordados,
no caso, “os pastores que estavam no campo e guardavam os seus
rebanhos durante as vigílias da noite”.
Belém dormia possivelmente ao som distante das harpas e flautas
tocadas pelos pastores para acalmar os rebanhos e que podiam
quebrar o silêncio da noite dos que dormiam na vila de Belém.

2- O TESTEMUNHO
Vamos até Belém para dizer o que vimos, ouvimos e participamos do
acontecimento.
“Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o
Senhor.” Lucas 2:11.

APLICAÇÃO DA LIÇÃO
Da mesma maneira como se deram os fatos que precederam o
nascimento de Jesus em relação a Israel e ao mundo daquela
época, o natal para nós hoje é mais um grito de alerta para o
momento que se aproxima na grande expectativa da Igreja que é
a vinda do Senhor Jesus para o arrebatamento.
O Mundo e a religião chamada “cristã” dormem sob o julgo do mesmo
“Império Romano” e do mesmo “sinédrio” que representa o
evangelho apóstata dos últimos dias. Só restam poucos, que estão
preocupados e atentos com o que se aproxima. Só a família de
Jesus, somente os que estão ligados à profecia identificam o
momento profético que estamos vivendo como foi o caso de
Simeão e Ana. A profecia só está patente para os que estão
vigiando, olhos abertos, ouvidos atentos nesta vigília da noite,
como os pastores de Belém que guardavam os seus rebanhos.
A meia-noite se aproxima. É o grito, o soar das trombetas só será ouvido
pela igreja fiel, atenta aos grandes sinais que evidenciam o momento.

- O nascimento - Está relacionado


de João Batista com o
derramamento
do Espírito Santo.

182
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- A família de - A igreja como


Jesus um corpo
- Os pastores no - Os ministérios
campo no Espírito
- Os rebanhos em - A Igreja afastada
volta de Belém do mundo e
preservada dele.
- Por fim, Jesus, a - O grande sinal.
Revelação

O TEMPO DA EXPECTATIVA - A VIGILÂNCIA


O natal nos traz a memória e aviva a grande proclamação de que Jesus
está às portas, não podemos dormir como o mundo, precisamos
estar vigilantes como os pastores naquela noite de surpresa, é
natal, Jesus vem. A profecia existia, e a família estava atenta.

Velho Testamento - Velho Concerto


Concerto - Combinado, acordo, pacto, contrato.
Quando fazemos um acordo com alguém ou com alguma empresa, são
estabelecidas normas que devem ser respeitadas por ambas as
partes.
Se um dos lados não cumprir estas normas estabelecidas o acordo
obviamente estará anulado.
Então o Senhor fez o seguinte acordo com o povo de Israel, no Velho
Testamento:

183
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41-“E CANTAVAM PARA FAZEREM OUVIR UMA SÓ VOZ”

II Crônicas 5:13-14

INTRODUÇÃO - O texto apresentado foi um acontecimento solene e


importante pois trata a respeito de uma parte, das diversas que
houveram, na consagração do “Templo de Salomão”.
Quando Davi reinou sobre Israel, foi usado pelo Senhor para livrar Israel
de todos os seus inimigos. Davi intentou construir um templo para
que Deus repousasse nele e estivesse no meio do povo, mas o
Senhor disse que quem seria usado para fazer isso seria aquele que
viria após Davi, seu filho Salomão (Salomão significa “paz”).
Salomão então constrói o templo e traz a arca do concerto. Ela
lembrava o povo daquilo que Deus havia feito a seus pais desde a
saída do Egito até a chegada a terra prometida.
Davi já havia morrido e passado o reino e todo o roteiro da construção
do “templo” para Salomão seu filho. Salomão constrói o templo e
traz finalmente a “arca do concerto” para seu lugar. Foi colocada
no Santuário na parte que estava separada para ela chamada
Santidade das Santidades. O povo estava alegre sacrificando ao
Senhor. Na arca só havia as duas tábuas que Moisés tinha posto
em Horebe quando o Senhor fez concerto com Israel.
O templo estava pronto, a arca estava presente!
A PRESENÇA DA ARCA:
Nós sabemos que naquilo que Davi alcançou o projeto de Deus, ele
tipifica o Senhor Jesus, como da mesma forma, Salomão tipifica o
Espírito Santo que foi enviado depois que Jesus após o Pentecostes
foi elevado aos céus.
Como Davi eliminou os inimigos de Israel, Jesus também venceu tudo e
todos pela sua morte e ressurreição (“...tragada foi a morte na
vitória”) e deu a todos os que quisessem o livramento de tudo o
que é contrário ou se mostra como inimigo, pelo poder de Seu
Sangue derramado.
Jesus quando morre, ressuscita e é recebido nos céus, deixa o que havia
prometido (Davi deixa Salomão - paz), o Seu próprio Espírito Santo.
O Espírito Santo (Salomão) tem edificado uma obra (templo) que o
Senhor Jesus (Davi) deixou com todos os recursos e ordenanças. A
revelação (planta do templo), a madeira (o homem no Espírito), as
pedras preciosas, o ouro e a prata, o cobre (os dons, o poder de
Deus, a redenção de Jesus e a justiça de Deus) não tem faltado
porque esta é uma obra do Espírito e que foi ordenada com a
vinda de Jesus ao mundo, a pregação do evangelho, sua morte e
ressurreição.

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A arca ficava dentro de um lugar (Santidade das Santidades) atrás do véu


onde só o sacerdote podia entrar. Ela foi trazida por Salomão para
dentro do templo depois que estava pronto.
Da mesma forma hoje a arca está presente em nosso meio (a intimidade
com Deus, a lembrança constante do momento da nossa salvação,
de como Deus com mão forte nos tirou do Egito (mundo) e a
figura da presença d’Ele em nosso meio).
Só o sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, hoje não existe mais o
véu da separação pois todos que foram lavados no Sangue do
Cordeiro foram feitos sacerdotes de Cristo (“E para o nosso Deus os
fizestes reis e sacerdotes;...”). Então podemos dizer que a arca está
presente em nosso meio, a revelação de Jesus é real e operante
em nós.
OS RESULTADOS DA PRESENÇA DA ARCA NO MEIO DA IGREJA:
Se Deus é presente em nosso meio então não estamos vivendo
simplesmente em um ajuntamento social, mas no meio de
sacerdotes do Senhor, ou seja, no meio de um povo que fala com
o Senhor e que ouve diretamente a sua voz. Só isto já seria
suficiente para afirmarmos que em nosso meio é edificada uma
obra diferente, estranha e maravilhosa, mas os resultados da
“presença da arca” em nosso meio são muito mais expressivos do
que podem parecer, pois o Senhor tem operado de modo
profundo neste templo (obra).
O Senhor tem operado sinais maravilhosos como libertações, curas,
resolvido problemas nos lares e tantas coisas, mas o maior sinal da
operação de Deus e a prova de que a arca está presente em nosso
meio, é a operação da salvação do homem pelo poder do Sangue
de Jesus e a garantia de que podemos esperar numa promessa
maravilhosa de um lugar eterno para morar.
Esta é a Obra que Deus tem realizado em nosso meio, no meio de um
povo separado para Ele, uma Obra do Espírito Santo, dinâmica e
verdadeira, genuína e simples, poderosa para marchar rumo à
eternidade e ninguém pode contra ela (“...nem as portas do
inferno prevalecerão...”).

A ÚNICA VOZ QUE SE OUVE NA IGREJA FIEL É A DO ESPÍRITO:


“Eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam para fazerem
ouvir uma só voz.”
A Obra que Salomão (Espírito Santo) tem edificado é de uma
uniformidade incomum, há uma disciplina, há sempre uma ordem
de coisas a serem seguidas e que não são determinadas por idéias
ou pensamentos do homem, mas pela vontade do Espírito.
Podemos citar a visita da rainha de Sabá a Salomão, como ela fica

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deslumbrada com tanta disciplina e ordem, com as vestes e


postura dos súditos do rei, assim é também a Obra do Espírito, as
pessoas vêem e não entendem como pode um povo ser tão
submisso, ordeiro, disciplinado, depois elas vêem que é porque
não é do homem, não existe alguém especial, um destaque, mas
sim um Espírito Santo operante.
O homem no Espírito é a trombeta de Deus, A mensagem desta última
hora é o toque da trombeta, o anúncio da volta de Jesus que só a
Igreja Fiel diz porque o Espírito Santo está nela (“...e o Espírito e a
esposa dizem: vem.”).
A única voz que é ouvida no meio da Igreja Fiel é a do Espírito. A Igreja
se esforça, trabalha, evangeliza, canta, chora, mas só uma voz é
ouvida em nosso meio porque só quem fala em nosso meio é o
Espírito Santo do Senhor. A batalha da Igreja é para que só o
Senhor fale, só se ouça a voz do Espírito (“...e cantavam para
fazerem ouvir uma só voz.”).
OS INSTRUMENTOS USADOS PELO ESPÍRITO NA IGREJA; O LOUVOR
REVELADO:
“...e levantando eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros
instrumentos músicos,...”
Deus usa o homem como instrumento para edificar sua Obra. O
homem, como instrumento do Espírito é usado de diversas
maneiras: através dos dons, na evangelização, na execução do
louvor revelado que é uma arma poderosa da Igreja contra os
ataques do adversário, e outras coisas mais.
“...e levantando eles a voz com trombetas,” ou seja, a Igreja levanta a voz
com trombetas, profetiza através do louvor, do cântico de vitória,
da alegria da salvação (é o próprio Espírito de profecia, o Senhor
Jesus), cantado, exaltado e pregado, lembrado na valorização do
sacrifício da cruz.
“...e címbalos, e outros instrumentos músicos,”. Deus nos criou para que
o louvássemos (“Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor.”).
Vemos a importância de a Igreja, os instrumentistas e grupos de
louvor em geral entenderem e viverem o “momento solene” do
louvor que é o que nos leva também a ouvir a voz do Espírito.
O momento que estamos vivendo é muito sério e de decisão. O louvor
da Igreja também tem de mostrar que ela está decidida em uma
escolha de forma de vida neste mundo e na sua esperança de
herdar o que o Senhor Jesus foi preparar para ela. A essência do
louvor revelado é mostrar que Jesus veio, mostrou o caminho para
a eternidade e foi para nos preparar lugar.
A palavra nos confere em vários exemplos que um dos maiores objetivos
do louvor é libertar o homem demonstrando a misericórdia de
Deus, Quando a Igreja canta e Deus opera através do louvor, não

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é ela que está cantando, mas o Espírito que está dentro dela, ou
seja, Jesus através do Seu Espírito operando libertação, preparando
o homem para ouvir sua Palavra de eternidade. No meio do
louvor revelado não há lugar para vaidades, competições ou
contendas, só uma voz tem de ser ouvida.
O MOMENTO SOLENE DA IGREJA COM O SENHOR:
“...porque era bom, porque a sua benignidade durava para sempre.”
A Palavra fala e registra o momento da ida da arca para o templo e do
fim de sua construção de forma toda especial pois aquele
momento tinha que ficar gravado eternamente como ficou, pois a
Palavra é eterna. A Igreja tem o entendimento de que o momento
dela com o Senhor é solene e que é neste momento que ela, no
Espírito, ouve uma só voz que é a do Espírito e este momento fica
registrado na eternidade.
A Igreja Fiel quando louva ao Senhor não está inclinada a fazer com que
as pessoas vejam a beleza exterior ou a técnica apurada
simplesmente, mas o empenho dela é para que uma só voz seja
ouvida, que nenhum homem apareça mas somente o Senhor, que
as vaidades e orgulhos sejam esquecidos e que ela profetize a
salvação e a glória da eternidade através de seu louvor, através da
voz do Espírito que está clamando dentro dela.
A GLÓRIA DO SENHOR ENCHE O TEMPLO, A VOZ DO ESPÍRITO:
“...a casa se encheu duma nuvem, a saber, a casa do Senhor. E não
podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da
nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus.”
A Igreja que tem o Espírito Santo nela, é a mesma que faz questão de
fazer com que todos ouçam uma única voz, a voz do Espírito, um
ministério leigo mas de revelação. Quando esto acontece, todos os
que se aproximam procurando alguma coisa que os satisfaça,
ouvem uma mensagem diferente e, no mínimo estranha, pois não
vêem o homem ser exaltado ou valores humanos à mostra, mas
ouvem uma voz mansa que penetra suas almas destruindo
qualquer barreira que antes o afastava de receber este refrigério, a
glória do Senhor é revelada e invade o templo, não sentimos o
tempo passar pois estamos vivendo o tempo de Deus naquele
exato momento.
Quando a glória do Senhor invade o templo fica evidenciado que os que
estão à frente do rebanho como homens colocados e ungidos
pelo Senhor não podem eles mesmos fazer nada pois só a voz do
Espírito deve ser ouvida. Quando alguém fala alguma coisa que
não provém do Espírito, a Igreja Fiel que está no Espírito sabe
imediatamente, pois ela conhece a voz de seu Senhor (“...as
minhas ovelhas ouvem a minha voz...”). O homem cai aos pés do

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Senhor reconhecendo que nada pode fazer sem Ele e então o


Espírito Santo começa a falar e operar no meio da Igreja.
SÓ A VOZ DO ESPÍRITO PODE SER OUVIDA:
A luta da Igreja é sempre ouvir o que o Senhor tem a dizer, pois ela de si
mesma nada tem. Não existe importância alguma em valores
intelectuais, profissionais ou outras coisas, existe sim, uma
preocupação em mostrar que existe um só Senhor, um só Deus,
um só Espírito, e, portanto, somente a Sua voz deve ser ouvida.
Muitos são os instrumentos usados por Deus, muitos são os
lugares onde a Obra do Espírito já está instalada, mas um só e o
mesmo Espírito tem falado e continuará falando pois a
necessidade é de que uma só voz seja ouvida.

42-OLHA PARA NÓS


Atos 3:1-8 - “Olha para nós.”
INTRODUÇÃO - Aqui falaremos entre outras coisas, daquilo que a
Trindade opera dentro do Corpo de Cristo. A comunhão no
Corpo. O milagre de Deus através da oração no Espírito.
O CORPO, O MOMENTO DA ORAÇÃO:
“E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.”
Pedro e João subiam juntos - Esta parte diz respeito àquilo que nós
entendemos como Corpo de Cristo, pois Pedro e João subiam
“juntos”, ou seja, em comunhão, no entendimento pleno de Igreja
Fiel que convive na experiência da Igreja primitiva (“...tinham tudo

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em comum”). “Subiam”, porque eles, como a Igreja hoje,


entendem que ir a presença de Deus é caminhar
para o alto, que estar em oração é estar caminhando em direção à
eternidade todos os dias, é olhar para os montes (“Elevo os meus
olhos para os montes; de onde me virá o socorro?”).
Ao templo à hora da oração, a nona - Subir ao templo é entrar na
intimidade da eternidade de Deus (é o templo do Espírito, onde
Ele se revela, Santo dos Santos), é vivenciar no momento da busca
o tempo de Deus. “à hora da oração, a nona”, pois a hora que a
Bíblia se refere é, em nosso horário, por volta de três horas da
tarde, enquanto ainda não está escuro, ou seja, a hora de estar na
busca da face do Senhor, de estar em intimidade profunda com
Ele é agora, ou enquanto o Espírito Santo está dando a conhecer
a luz de Jesus (ainda não está escuro), ainda há revelação pois o
Espírito está presente. Como nos diz o Salmo 55:17: “De tarde e de
manhã e ao meio dia orarei, e clamarei; e Ele ouvirá a minha voz”,
portanto, só somos ouvidos quando oramos na hora exata da
oração que é na luz, na revelação, pelo Espírito, esta é a hora da
oração, enquanto ainda não está escuro.
A HERANÇA DA RELIGIÃO E O QUE ELA FAZ PELO HOMEM:
“E era trazido um varão que desde o ventre de sua mão era coxo, o qual
todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para
pedir esmola aos que entravam.”
E era trazido um homem que desde o ventre de sua mão era coxo - A
religião fala sobre Jesus, mostra a formosura de Jesus para o
homem (porta Formosa = Jesus), mas não tem recurso (revelação)
para resolver o problema do necessitado e fazer com que ele
possa entrar no templo (ter uma experiência íntima com Deus).
A religião não consegue gerar pessoas que podem caminhar por Jesus
porque ela não tem nem conhece a Sua intimidade. Ela só gera
coxos, pessoas que só conhecem Jesus de ouvir falar, que não tem
condições de caminhar. “desde o ventre de sua mão” porque é
exatamente a herança que eles receberam da religião, é como eles
foram gerados, o homem pecador.
O qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa - O
homem através da sua herança religiosa nunca pode conseguir ter
intimidade com Deus, isto só o leva até a porta do lado de fora,
mas entrar nela só por um milagre. É a experiência que Jó teve
pois entes ele conhecia o Senhor de ouvir falar, mas quando ele
diz isto, ele viu, teve uma experiência íntima e pessoal com Deus.
Para pedir esmolas aos que entravam - Diferente da verdadeira Obra do
Espírito, o homem religioso é ensinado a pedir as coisas somente
para esta vida, pois não tem direção de eternidade, então só há

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uma saída, pedir esmolas, ou seja, pedir aquilo que não tem valor
algum em relação a Salvação.
Não adianta pedir a ninguém para solucionar os problemas desta vida,
não há situação material ou física que satisfaça a maior
necessidade que o homem tem que é de andar, pois ele é coxo de
nascença, não tem recurso (a revelação de Jesus em sua vida) para
caminhar.
A IGREJA VÊ O NECESSITADO E OFERECE O MILAGRE:
“O qual, vendo Pedro e a João, que iam entrando no templo, pediu que
lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele,
disse: Olha para nós.”
O qual, vendo a Pedro e João, que iam entrando no templo - A Igreja
Fiel vê a necessidade das pessoas de forma diferente, ela não olha
o necessitado em sua necessidade material, mas vai para entrar no
templo, mostrando a todos qual a direção certa a ser tomada. A
Igreja sempre se move na comunhão do Corpo de Cristo para que
os que a enxergam a vejam diferente de qualquer coisa que já
passou por eles.
Pediu que lhe dessem uma esmola - As pessoas vêem que a Igreja é
diferente e que ela tem algo para dar, mas não discernem que em
primeiro lugar está exatamente o que ela não pode fazer por si só,
o milagre da Salvação. As pessoas vem e querem solução para os
problemas materiais quando o que é proposto é a bênção
espiritual.
E Pedro, com João, fitando os olhos nele - A Igreja sempre deve estar
vivendo a comunhão e na comunhão para que possa “fitar os
olhos” no necessitado, ou seja, ver com ternura e compaixão, estar
com a atenção fixada na real necessidade do homem.
Olha para nós - É o ponto que deve ficar bem explícito. É o retrato do
testemunho da Igreja Fiel. Ela vê o necessitado e declara: “Olha
para nós”, olha para o que a Trindade de Deus pode fazer por
você (eram dois - Pedro e João - porque a Trindade opera na
comunhão do Corpo) por seu problema.
OS VALORES DA IGREJA NÃO SÃO MATERIAIS (TERRENOS):
“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou.
Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.”
Não tenho prata nem ouro - A Igreja é dependente do Senhor e
sabendo disso o que ela oferece é sempre debaixo da orientação
do Senhor. Ela não tem valores materiais, não se apega a bens
terrenos e fala com autoridade: “Não tenho prata nem ouro”, não
tenho como oferecer a prata (redenção do homem) nem ouro
(poder de Deus) para poder operar através de mim mesmo. Eu por
mim não posso fazer nada.

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Mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,


levanta-te e anda - A Igreja tem de oferecer e assim o faz, aquilo
que ela já recebeu um dia, mostrando que ela não é melhor do
que o necessitado, mas tendo a bênção, ela em nome de Jesus
ordena a mesma bênção para o que necessita: “Em nome de Jesus
Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”, ou seja, a Igreja quando se
determina a levar o homem a ter uma experiência com o Senhor,
ela identifica para o homem o Jesus que ela conhece que é
totalmente diferente do que o que a religião ordena (mostra) ao
homem. A necessidade de ele andar através do milagre de Jesus
na vida dele falando que se levante de sua vaidade, de sua
acomodação, de seu pecado e tantas coisas mais que fazem o
homem coxo, longe de ter uma experiência.
DEUS OPERA NA ASSISTÊNCIA DA IGREJA AO NECESSITADO:
“E tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos
se firmaram.”
E tomando-o pela mão direita - Mais uma vez é evidenciada a Salvação
do homem através da figura de Jesus que é a própria destra de
Deus Pai. A Igreja através de Jesus toma o homem pela mão,
chora com ele seu problema.
O levantou - Na assistência da Igreja Deus opera o milagre. A Igreja do
Senhor é usada para levantar o homem de sua situação de
pecado e dar a ele condições de caminhar. O povo do Senhor tem
feito de diversas maneiras este serviço de assistência, primeiro aos
domésticos da fé e depois àqueles que estão se chegando.
E logo os seus pés e artelhos se firmaram - É o complemento do milagre
de Deus na vida daquele que antes era coxo e agora pode andar.
É dada estrutura para que ele possa caminhar por este novo e vivo
caminho. A assistência não pode faltar. Quando o homem se
levanta ele se firma.
A DECISÃO DE CAMINHAR POR JESUS E VIVER ESTA OBRA:
“E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo,
andando, e saltando, e louvando a Deus.”
E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou - É a confirmação de que quem
operou o milagre em cada um foi a Trindade, pois “saltando ele” é
a alegria do Espírito Santo que agora está dentro do homem, “pôs-
se em pé” é a operação do Pai de dar sustentação e estender
braço forte para o colocar de pé, “e andou” é Jesus que se
apresenta como o novo e vivo caminho que levará o homem a
Deus.
E entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus -
É a confirmação de tudo o que já dissemos sobre a operação da

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Trindade na vida daquele que não tem condições de andar


sozinhos.
POR TUDO ISSO O PONTO DIFERENCIAL DA IGREJA É: “OLHA PARA
NÓS.”:
O homem pode procurar no mundo todo uma Obra como esta que
Deus está realizando em nosso meio que não vai encontrar. Não é
que somos melhores do que outros ou temos alguma coisa de nós
mesmos para dar, mas o que temos para oferecer e é o que temos
oferecido todos os dias é aquilo que primeiro recebemos: a
redenção da nossa alma operada através do poder de Deus, e isso
tem feito com que aconteça o milagre todos os dias, o milagre que
a religião do evangelho comprometido e corrompido não pode
operar, que é o de fazer que o homem levante, seja remido,
aprenda uma doutrina (estrutura), conheça uma Obra revelada, o
caminho do céu, a intimidade com Deus, e que ele ande em
direção à eternidade.
A Igreja tem de zelar pelo testemunho (“olha para nós”), na criação dos
filhos, nos trabalhos da casa do Senhor e em sua própria vida,
porque o que fica gravado hoje para nós é a frase de Pedro: “Olha
para nós”, olha para a Igreja que tem a operação da Trindade na
sua vida. “OLHA PARA NÓS”.

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43-PORQUE O REI É NOSSO PARENTE

II Samuel 19:42

“Porque o Rei é nosso parente”

COMENTÁRIO - É necessário que seja feita uma pequena


exposição da história, partindo do ponto da traição de
Absalão.
Como Sabemos, Absalão se levanta para tomar o trono de seu
pai (Davi), e a maioria do povo, mais especificamente dos de
Israel, o apoiavam em seu intento. Davi, diante do fato, se retira
sem se rebelar, ele “amava” o povo.

A CAMINHADA DE JESUS PARA A MORTE DIANTE DA


TRAIÇÃO DE ISRAEL:

Ele então sai de Jerusalém passando o rio Jordão e poucos o


seguem: alguns dos seus valentes. A saída de Davi de
Jerusalém diante do apoio que o povo dera a Absalão tipifica a
caminhada de Jesus em direção ao Gólgota, diante da
renúncia do povo de Israel que achava que o Senhor viera
como líder político que os libertaria das mãos dos romanos,
preferindo a soltura de um salteador (Barrabás), que não tinha
direito a liberdade, assim como Absalão não tinha direito a
usurpar o trono de Davi, mas Israel não entendeu e com
grande voz, a mesma que usaram para dizer: “Hosana ao que
vem em nome do Senhor”, exclamaram: “Crucifica, crucifica,
...solta a Barrabás”; também o mesmo Israel que havia festejado
a Davi como Rei, se ajuntara a Absalão para tirar o reino das
mãos do Verdadeiro Rei.

A POSTURA DE, MESMO SENDO DEUS, CALADO DIANTE DA


ADVERSIDADE, POR AMOR:
Quando Davi sai sem se rebelar, ele mostra o que o Senhor
Jesus faria quando estivesse indo em direção à morte no
Calvário, estando Ele calado, cumprindo as profecias que
apontavam que “como ovelha muda perante os seus
tosquiadores”, assim iria Ele a cena do Calvário; e como Davi

193
194

respeitou a vontade da maioria do povo, porque os amava, e


também a Absalão, se retirou. Assim, também Jesus, diante do
grito da multidão, os amou, e amou até o fim (“...Pai, perdoa-
lhes porque não sabem o que fazem”); se retirando de
Jerusalém para morrer sendo seguido por alguns de seus
discípulos (valentes) que o acompanharam durante Seu
Ministério.
Quando Absalão é morto, Davi volta para Jerusalém passando
novamente o Jordão e, com ele, um povo que dizia que não
se separaria d’Ele, pois era seu parente (Judá).

A RESSURREIÇÃO; NASCE A IGREJA FIEL:

A segunda passagem pelo Jordão, fala da volta após a morte


(ressurreição) de Jesus, que vem seguido de Judá (Igreja) que
ressuscita com Ele para uma Obra Eterna que, já que Israel
havia ido após Absalão, então se cumpre a Palavra mais uma
vez que diz: “veio para os que eram seus e os seus o rejeitaram,
mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus (parentes do Rei)”; o Sangue do Salvador
corre dentro de todo o seu corpo (Igreja).

QUEM SERVE A DEUS É FAMÍLIA DE JESUS (PARENTE D’ELE):

Existe ainda o detalhe de que quando Davi volta para


Jerusalém e com ele Judá, aponta para quem o Senhor Jesus
consideraria após sua ressurreição como sendo sua família:
“...Mestre, a tua mão e teus irmãos estão ai...,...minha mão e
meus irmãos são todos aqueles que servem a Deus...”. Jesus
demonstra aqui o verdadeiro significado e sentido de “família
espiritual” (Igreja), mostrando que aqueles que caminhassem
com Ele, depois de sua ressurreição, não importando ser judeu
ou gentio, são chamados por “Seu Nome”, são parentes do Rei
Jesus.

A CONVERSA DE JESUS COM DEUS PAI NA ETERNIDADE; O


ENVIO DO ESPÍRITO SANTO:

Davi encontra-se com Barzilai, já velho, que anteriormente


havia cuidado do Rei num determinado momento de sua vida.
Davi o convida a ir a Jerusalém com ele, mas Barzilai não
aceita por causa de sua avançada idade, mas oferece seu
criado (servo), que faria tudo quanto o Rei quisesse; Davi leva a
Quimã e vai a Jerusalém.

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O encontro de Davi com o ancião é exatamente o encontro


de Jesus com Deus Pai depois da ressurreição, quando o Pai
não volta com Jesus, mas envia o Servo (Espírito Santo) à fazer
tudo quanto Jesus determinara, quando pede ao Pai antes de
Sua morte pelos Seus que ficariam, a fim de não estarem
desamparados, por isso o Espírito Santo habita em nós, para
nos livrar, intercedendo, realizando a Obra Salvadora de Jesus
abençoando os Seus, os parente do Rei Jesus.
Quando num determinado ponto alguns de Israel perguntam
por que os de Judá faziam aquilo (estavam com o Rei Davi),
Judá responde: “Porque o Rei é nosso parente”.

A CONSTATAÇÃO DA VITÓRIA; A RESPOSTA DA IGREJA:

Desde que surgiu a Igreja após o derramamento do Espírito


Santo no Pentecostes, ela jamais se separou do Rei Jesus,
porque é parente d’Ele, por isso é que em tantas situações
difíceis que os servos se encontram, eles não temem, pois são
parente do Rei; a Igreja sabe que o Rei é poderoso para realizar
qualquer coisa, ela não recua diante das batalhas (“...as éguas
dos carros de faraó te comparo...”), ela não sai da presença do
Rei Jesus, outros podem ir após Absalão, podem negar o
Senhor, mas a Igreja Fiel não, vai com o Rei para a Jerusalém
Celestial para reinar com Ele tendo sempre como resposta a
qualquer problema: “...porque o Rei é nosso parente”.

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44-FUGINDO PARA A VIDA


(mensagem para o mês da oração pela família)

“ Respondeu-lhe Ló: Assim não, Senhor meu! Eis que o teu servo achou
mercê diante de ti, e engrandeceste a tua misericórdia que me
mostraste, salvando-me a vida; não posso escapar no monte, pois receio
que o mal me apanhe, e eu morra. Eis aí uma cidade perto para a qual
eu posso fugir...”
Gênesis 19: 18 –
20

1-FAMÍLIA E CORPO

Assim como a obra é um corpo unido, que realiza ordenadamente


as suas funções, a família também precisa ser um núcleo indivisível e
coeso que abrigue e sustente a fé. Como família, somos parte do
corpo(Efésios 5:30). Como corpo, vivemos em família.
O Senhor Jesus vem arrebatar um corpo que está ajustado na
santificação, nos dons, na comunhão, na assistência, mas, principalmente
na fidelidade. Fidelidade é a exatidão em cumprir as orientações
recebidas e em executar os propósitos firmados. Na atenção àquilo que
os Espírito Santo tem ditado está a resposta às necessidades diárias na
vida do corpo.
Os anjos que foram à casa de Ló tinham como encargo tirar, da
cidade condenada, uma família.

2-A CIDADE CONDENADA

Quando falamos de Sodoma todos conhecem. Esta cidade ficou


famosa na história bíblica, não pelas suas virtudes, mas pelo seu pecado.
Uma fama às avessas.
Triste coisa é ficarmos conhecidos pelos nossos defeitos e
dificuldades. Em Sodoma a iniquidade foi acumulando um peso tão
grande que só restou ao Senhor a destruição completa de tudo o que
estava levantado.
Muitos casais, como aquela cidade, precisam começar tudo de
novo...parar e reavaliar a sua situação...repensar aquilo que o Senhor
quer das suas vidas. Abandonar aquela malícia que foram
adquirindo...aquele rancor que impregnou a convivência...
Muitos adultos, às vezes se comportam como crianças: fazem
pirraças, ficam de mal, agem impulsivamente, sem controle, acham que

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ninguém gosta deles, dão vexame na frente dos outros...Isso transmite


uma péssima impressão aos vizinhos, aos filhos que vêem aquilo e
acabam aprendendo a fazer o mesmo. Isso é horrível! Não podemos
admitir que os nossos casais passem, ao mundo, esse tipo de mau
testemunho. Temos que nos corrigir, antes que seja tarde demais.

3-A SALVAÇÃO PARA LÓ

Humanamente falando, não havia solução para o problema de Ló:


a mulher já estava acostumada ao ambiente da cidade, as filhas estavam
comprometidas (noivas) com rapazes que habitavam na cidade e o
próprio Ló já havia se conformado com aquela situação.
Há muitas situações, dentro dos lares, que se praticam sob a
conivência ou a benevolência dos pais, permitindo-se atitudes que estão
em flagrante desagrado à vontade do Senhor. A pior posição do cabeça,
na família, é o conformismo: não buscar soluções, no Senhor, para as
dificuldades que surgem, fechar os olhos para os erros cometidos,
permitir reincidências, negar o conselho firme e a correção necessária.
Quando a correção é possível e não é realizada, torna-se co-responsável
e cúmplice do mal. A cobrança, no lar, tem que ser equilibrada, não
pode agir com radicalidade, mas com sabedoria e autoridade, no
Senhor. A autoridade é fruto de um bom testemunho e uma relação de
intimidade com Deus.
Há situações que extrapolam o domínio do casal e é necessária a
operação do Senhor. A bênção e o escape de Ló foram os anjos na sua
casa...

4-A RELUTÂNCIA
O anjo foi na casa de Ló para levar uma palavra para ele, porém
ele ponderou com o anjo: não quis atender a orientação – “fugir para o
monte” – questionou e impôs a sua vontade. Queria sair de uma cidade
e ir para outra(Zoar). Deus permitiu, mas a mudança de posição fez com
que houvesse um prejuízo para a sua família, que foi a perda da mulher.
Se tivesse atendido a orientação original e ido, de imediato, para a
montanha, logo se esconderia e ficaria livre do juízo. Era o caminho mais
difícil porém mais seguro.
A obra só nos tem trazido benefícios. O caminho que o Senhor
reservou para nós não é o caminho do juízo mas da eternidade. Os
prejuízos que temos na nossa vida familiar, normalmente, estão em
função da nossa relutância em atender as revelações que o Senhor traz
para nós. Deixamos de aplicar as orientações na educação dos nossos
filhos e na convivência do casal. Tornamos os nossos pensamentos
reféns da obstinação pelas coisas materiais e deixamos de dar lugar a
ação do Espírito Santo. Comunicamos aos nossos familiares o temor do

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mundo(a aflição de uma vida sem a segurança da fé) e não o temor ao


Senhor.
Há conselhos do Senhor para a igreja que parecem insignificantes
ou desnecessários. Não freqüentar certos ambientes, não participar de
certas atividades... Qual o problema da cidade de Sodoma? O povo que
morava ali! Qual o problema de água salgada e areia? O povo que
habita ali... Ló queria sair de uma cidade e ir para outra. Muitos querem
continuar praticando os mesmos atos, mudando apenas o rótulo...
Quando o lar caminha debaixo da misericórdia do Senhor os filhos
dirão: o Deus dos meus pais... e não a religião dos meus pais!

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45-ABRÃO- SAI DA TUA TERRA…


Gn 12:1-3 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra,
da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e
engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei
os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e
em ti serão benditas todas as famílias da terra”.
“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da
casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu
nome e tu serás um a bênção.”

Gêneses 12:1-2

INTRODUÇÃO

Para compreender melhor o chamado de Deus para nós, nesta


passagem da bíblia, é necessário saber que Abrão, era filho de Tera, que
fabricava imagens e moravam inicialmente em Ur do Caldeus (território
babilônico), e foi nesse tempo que o Senhor chamou Abrão e lhe fez um
pacto com promessa.

DESENVOLVIMENTO

O chamado de Deus consistia em:


- Sair da terra: quer dizer sair daquele país (para nós significa
abandonar o mundo), pois a nova pátria que o Senhor chama o
homem está nos céus.
- Sair da parentela: fala daquilo que faz o homem está ligado a este
mundo (os valores, a própria família, etc.
- Sai da casa do teu pai: quer dizer da sua tradição; ora Tera era
fabricante de imagens e ele estava ligado aos costumes de
babilônia povo que adorava outros deuses e era esta a herança de
Abrão se Deus não o chamasse;
- Deus nos chamou para nos dar uma nova herança, uma nova
aliança, uma nova terra, a vida eterna.

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CONCLUSÃO

- Hoje o Senhor continua nos chamando para sermos uma grande


nação – os salvos, escolhidos de Deus para herdar a vida eterna.

Atos 4:33
46-“...e em todos eles havia abundante graça,”

INTRODUÇÃO - O texto que lemos está registrado no libro dos Atos dos
Apóstolos que conta a história da Igreja que viveu os seus primeiros dias;
o primeiro século de existência da Igreja. Neste momento a Igreja estava
vivendo debaixo de uma grande bênção que era a do derramamento
do Espírito Santo. Ela existia movida pelo sopro do Espírito com todo o
vigor e quando abrimos o livro de Apocalipse nós vemos que esse
período da história da Igreja está bem marcado na vida dela com a
grande Obra que o Espírito Santo realiza nesta época e é uma operação
global dos sete espíritos de Deus, não é que o Espírito Santo tenha sete
espíritos, mas são sete operações diferentes, são operações conjuntas: é
o espírito de sabedoria, de inteligência ou discernimento, de conselho,
de revelação, de conhecimento e espírito de juízo ou de justiça, então já
uma operação global do Espírito na vida da Igreja neste período e os
apóstolos viviam sob o impacto dessa grande operação e por isso a
Palavra diz que eles davam testemunho com grande poder de que Jesus
havia ressuscitado dos mortos.

A GRAÇA DO SENHOR DERRAMADA SOBRE A IGREJA PRIMITIVA:


“...e em todos eles havia abundante graça.”
A Igreja primitiva tinha um detalhe fundamental, havia graça (favor não
merecido). Quando lemos na Palavra de Deus sobre graça, nós
entendemos o que o Senhor quer dizer, é que o Senhor está sempre
pronto para derramar sobre nós um favor que nós não merecemos e a
Igreja absorve esse favor de tal forma que ela se torna capaz de
retransmitir este favor. Ela é a portadora desta graça que está
derramada, mas só aqueles que entendem esta graça é que a buscam, e
só aqueles que a entendem e a buscam é que a tem, então a Igreja
viveu em toda a sua existência debaixo desta ação poderosa da graça, e

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a Igreja é tão poderosa na sua ação, quanto ela é usada na graça do


Senhor, a graça do Senhor é aquilo que está derramado sobre a vida da
Igreja. A Igreja a partir do Pentecostes, no início de sua existência teve a
bênção da presença do Senhor e a promessa de Jesus de que ela não
ficaria órfã, não ficaria sozinha no mundo falando de um Deus que ela
não conhece ou falando apenas teoricamente na razão, usando
simplesmente sua inteligência para proclamar os mistérios de Deus, que
não são proclamados pela razão do homem, mas pela sua graça, então
quanto mais a Igreja é capaz de absorver a graça e de transmiti-la, tanto
mais a graça do Senhor se revela no meio do seu povo ou daqueles que
necessitam dela.

A GRAÇA DE DEUS IMPULSIONA O HOMEM PARA A ETERNIDADE:


O aspecto fundamental da graça do Senhor na Igreja primitiva foi o
derramamento do Espírito Santo, esta foi a grande graça, e que trouxe
para o meio dela uma experiência de vida, então a vida que antes o
homem normalmente tinha sofreu uma mudança, ou seja, agora tinha
sua existência terrena, mas impulsionando o homem em direção à
eternidade, ou em direção de uma outra vida. Existe um poder que o
homem não conhecia e que Deus derramou pela sua misericórdia e
pela sua graça que foi o Espírito Santo.

AS OPERAÇÕES DA GRAÇA DE DEUS; O PRIMEIRO DERRAMAMENTO


DO ESPÍRITO PARA A SAÍDA DA IGREJA PARA O MUNDO:
A Igreja consolidava a graça de Deus, a graça está derramada em todas
as épocas sem restrições, mas há ênfases especiais, por exemplo, quando
Deus opera na Igreja de Sardes, que é a Igreja da reforma no século XVI,
opera na vida da Igreja uma ênfase especial da graça de Deus, que é o
Espírito de Fortaleza. Por que isto? Porque naquela época Lutero
descobre a Palavra, abre a Palavra, traz os textos bíblicos básicos da
grande reforma que movimentou o mundo inteiro, mudou todo o
pensamento religioso, cultural e em muitos outros aspectos do mundo
daquela época, aconteceu um renascimento que veio através da
Palavra, e a parábola do Reino que está relacionada com este período,
fala de um tesouro que um homem acha no campo e pelo gozo de ter
achado aquele tesouro, ele vende tudo, dispensa todos os favores
humanos e esconde aquele tesouro, e esconde num castelo,, ele escreve
um hino que foi o hino da reforma, e nesse hino dia: “Castelo forte é o
nosso Deus”, mas uma coisa Lutero não sabia; é que naquele momento,
naquela época, naquele período, naquele instante Deus estava
operando com o Espírito de Fortaleza, não é que Deus não estava
operando em sua plenitude, mas ali Deus operava com o Espírito de
Fortaleza, ou seja, era a graça de Deus derramada com uma ênfase
especial, então qual foi a ênfase da Igreja primitiva? Foi uma operação
do Espírito Santo para que a Igreja pudesse sair para evangelizar. A

201
202

Igreja precisava constituir seu ministério (diáconos, pastores, presbíteros),


era preciso que a Igreja tivesse uma doutrina, então o Espírito Santo
sopra sobre a Igreja e sobre os apóstolos para que a doutrina ficasse
estabelecida, e a Igreja sai naquele impulso soprada com todo vigor do
vento do Espírito que é a saída da Igreja que coincide exatamente com a
Palavra do Senhor que diz: “...nos últimos dias derramarei do meu
Espírito sobre toda a carne...”.

O SEGUNDO DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO PARA A CHEGADA DA


IGREJA NA ETERNIDADE:
Depois do primeiro derramamento do Espírito no Pentecostes com a
saída da Igreja do mundo para anunciar o evangelho, veio então a
segunda bênção, “...antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”,
então há uma segunda bênção, houve o primeiro derramamento para
a Igreja sair e um segundo derramamento para a Igreja chegar. Estamos
vivendo a ênfase do segundo derramamento do Espírito, por isso que é
“...antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”, ou seja, nesta
hora a Igreja vive a mesma ênfase da graça do Senhor derramada sobre
o seu povo.

OS MEIOS DE SE ALCANÇAR A GRAÇA DO SENHOR:


Onde estaria a posição do homem em relação a graça de Deus?
Conhecer e buscar essa graça de que forma? Ele tem que conhecer os
meios de alcançar essa graça. Quais são esses meios de alcançar a graça
do Senhor? Há vários recursos, a graça está derramada, foi derramada
sobre todo o período da Igreja, o candelabro mostra a respeito dos sete
Espíritos de Deus operando na vida da Igreja em todo o decorrer da
história, mas a ênfase agora é a Igreja e como ela vai buscar esta graça,
de que forma ela pode se apropriar dessa graça, como ela pode existir
ou sobreviver. Por isso existem os meios de graça que são os que a Igreja
conhece e sua constantemente. A graça está derramada, agora eu
preciso de um recipiente para ter essa graça na minha vida, então
quanto mais eu amplio o recipiente tanto mais graça há na minha vida,
quanto mais eu busco, eu entendo que a graça de Deus é um favor
imerecido, que a graça de Deus não tem medida pois Ele a envia sem
medida como enviou em toda a Igreja profeticamente por que o plano
de Deus é um plano de graça e à medida que se busca a graça, ela vem
ao coração e ultrapassa os nossos limites indo em direção do corpo que
é a própria Igreja do Senhor e também sobre aqueles que estavam em
volta, porque o livro de Atos mostra que a graça que caiu sobre a Igreja
era tão grande que os que estavam em volta recebiam também. Então a
graça do Senhor que é um favor imerecido é buscada pelo homem que
entende como fazê-lo e usa os recursos para a encontrar.
Podemos mencionar alguns meios de graça aqui:

202
203

- A Oração, por exemplo, que hoje para nós tem um significado todo
especial, que é a oração sem cessar (“...orai sem cessar...”), onde quer
que eu estou, estou clamando pelo Sangue de Jesus em meu coração,
então eu estou em oração, e por que orar tanto agora? Porque a cada
dia mais se aproxima o dia do Senhor, mais as lutas estão a nossa volta,
mais precisamos estar ligados ao Senhor porque os dias estão se
cumprindo, e se a oração é um meio de graça então a vitória da Igreja é
na oração.
- O Jejum é um meio de graça. Há jejuns prolongados que podem ser
feitos, mas isto é uma questão pessoal, mas o importante é que a Palavra
do Senhor diz que se jejua quando o noivo não está presente, se o
noivo está presente não há necessidade de jejum, ou seja, se estamos no
Espírito, na bênção não precisamos de jejuar, pois Jesus está presente
em nós, mas se há uma necessidade, se Jesus não está presente, então
se jejua, é por uma necessidade pessoal, por alguém que às vezes nem
conhece isto, mas o grande benefício desse meio de graça é que a
bênção não resolve somente a necessidade, mas vem também sobre
quem estava jejuando (a experiência de Jó quando estava pedindo
pelos outros e recebeu a bênção naquele instante).
A graça está derramada, “...e em todos eles havia abundante graça”, não
há medida, é de maneira abundante.
- A Madrugada é muito importante como meio de graça. Quando
estamos necessitados, precisando de uma bênção, não existe nenhum
remédio igual a madrugada (“...os que de madrugada me buscam me
acharão.”).

ESTAMOS VIVENDO UM MOMENTO ESPECIAL:


Quando a Igreja primitiva falava era a graça que estava sobre ela e ela
só dizia uma coisa: que Jesus havia ressuscitado dos mortos, que Jesus
está vivo. Uma coisa é dizermos que Jesus foi bom e tantas coisas mais,
mas quando dizemos que tivemos um encontro com Ele, dizemos que
Ele está vivo e as evidências desse encontro são reais em nossas vidas.
Isto é a Obra do Espírito, a Obra leva o homem a entender isto. A Igreja
dava testemunho com poder de que Jesus havia ressuscitado dos
mortos, a maior pregação da Igreja hoje é dizer que Jesus está vivo, mas
isto não adianta, mas sim, saber se a graça D’Ele está presente.
O momento é especial. A mesma ênfase que a Igreja teve no
derramamento do Espírito para dizer que Jesus havia ressuscitado dos
mortos é a mesma ênfase que a Igreja tem para dizer que ela vai
ressuscitar também. A Igreja vai ser arrebatada, o mundo, as religiões, o
cristianismo apático que está aí não aceita nem entende isto, misturam
tudo colocando política, economia e outras coisas, levando tudo para o
aspecto material, mas a Igreja que tem a graça do Senhor proclama uma
coisa impossível: Jesus vem buscar a Igreja”.

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A Igreja é uma comunidade de fé onde a graça está derramada e a


capacidade da Igreja do Senhor é de se apropriar dessa graça e quando
isso acontece ela exclui o que não é graça automaticamente. Uma coisa
é aquilo que vem de cima para baixo, a graça derramada, outra coisa
são os meios que são usados para alcançar o favor imerecido, e se o
favor é imerecido como então podemos alcançar? É porque o grande
presente de Deus foi Jesus (a grande graça), e toda esta graça está no
derramamento do Sangue de Jesus, então quanto mais a Igreja valoriza
este Sangue, mais a graça está sobre ela.
A graça do Senhor, sua operação é para o momento que estamos
vivendo. A ênfase é para a Igreja que vai chegar na eternidade, era a
Igreja dos primeiros dias, agora é a Igreja dos últimos dias, antes era o
derramamento do Espírito para a Igreja que ia sair pelo mundo, agora o
derramamento, a mesma graça para a Igreja que vai chegar à
eternidade, e a graça de Deus vive na vida da Igreja, é o mistério de
Deus que acontece no meio dela e ela chega a esta graça em nome de
Jesus, que é o veículo da Salvação pelo seu sacrifício.

“E EM TODOS ELES HAVIA ABUNDANTE GRAÇA.”

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47-GRATIDÃO – UMA BOA OBRA

Mateus 26:6-13 – “E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o


leproso...”

Dentro do contexto da gratidão que o Senhor revelou, nós vemos


uma mulher com o coração agradecido. Por qual motivo? Por causa de
um grande motivo que foi a sua salvação, a libertação, porque o Senhor
lhe deu a vida eterna, o perdão que o Senhor lhe concedeu.
Esse ato pode ser observado sob três aspectos:

1 – O ATO NA ÓTICA DA MULHER

O ato vivenciado pela própria mulher, ou seja, a experiência dela, o


que significa para ela aquele ato de ter pego o vaso de alabastro com
ungüento de grande valor, algo que ela conseguiu com grande sacrifício
e quebrar o vaso e derramar o ungüento sobre o corpo do Senhor
Jesus. Para ela isto foi uma expressão de uma profunda gratidão, pela
salvação que ela recebeu do Senhor. Primeiramente o ato visto sob o
aspecto da experiência do que significava para ela este ato de quebrar o
vaso de ungüento, nardo puro que ela conseguiu com grande esforço,
diz o texto que trezentos denários seria o valor, era algo de muito valor.
Um denário era o trabalho de um dia, seria o trabalho de um ano que
aquela mulher conseguiu com muita luta, muito esforço, conseguiu
aquele perfume, aquele nardo para, na primeira oportunidade, que foi
aquela que ela não quis perder, de demonstrar ao Senhor a sua
gratidão.
Essa mulher não tinha o direito de chegar perto de Jesus. É a
nossa situação. Ela tinha um pecado, nós temos quinhentos.
Ela não podia chegar perto de ninguém porque ela tinha pecado e a
lei a condenava, ela teria que ser apedrejada. Mas ela vai diante do
Senhor porque era tudo que ela podia fazer, era agradecer a ele. E é o
que nós podemos fazer diante do Senhor. Ela simboliza ali o corpo, nós
somos o corpo, cheio de defeitos, cheio de problemas. Ela pega o óleo e
joga sobre o cabeça, que é Jesus. Quando a igreja na sua dificuldade
que ela é, quando o homem é grato ele presta um culto ao Senhor e ele
se agrada deste culto porque ele é o cabeça e ele ver que todo o seu
trabalho de Salvador, toda sua obra redentora vem em benefício dele
próprio, vem para ungi-lo. A unção de Jesus na vida da igreja é um
projeto, é um processo, é um ato que a igreja realiza para animar Jesus
na vida da igreja, para anima-lo para o projeto dele, que foi ir a cruz do
calvário. Quando ela derrama o óleo, ela estava animando Jesus para ir a
cruz do calvário. Quando a igreja agradece ao Senhor ela leva para o
cabeça, que é Jesus, toda gratidão e ele vê que seu sacrifício não foi em

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vão. A igreja somos nós, é a mulher. Nós nunca tínhamos direito de


entrar diante do Senhor, mas nós vamos porque sabemos que ele nos
remiu, e quando sabemos que ele nos remiu, e quando sabemos isto
perdoamos os que estão em nossa volta também.

 Aproximou-se do Senhor – a necessidade;


 Quebrou o vaso – abriu o coração;
 O alabastro – ela mudou, a vida dela ficou transparente, porque o
Alabastro é o material com que se fazia o vaso, era um mármore
especial, é a nossa vida.
 O ungüento de Nardo Puro – é a expressão da gratidão ao
Senhor pela salvação, de ter apagado o cheiro do nosso pecado.
Ali não era o cheiro mais do pecado dela, mas era de tudo aquilo
que ela tinha conseguido, que ela trouxe para o Senhor, que era a
benção do perfume da presença do Senhor, ela representava o
nardo, ele era o perfume, ele era a pureza do óleo. O preço de
trezentos denários que era o trabalho de um ano, uma salvação,
uma salvação única, um ano é um tempo na nossa vida.

O vaso era também de um alto preço, era valioso. Para o Senhor nós
somos valiosos, é o valor que o Senhor dá a nossa vida, é frágil mas o
Senhor valoriza a nossa vida. O que detem o Espírito Santo é o vaso, o
óleo é o Espírito Santo e a nossa vida é o vaso, é o templo do Espírito
Santo por isso o Senhor é quem valoriza a nossa vida. Ela não valorizou
aquilo, simplesmente quebrou o vaso; ela não estava se valorizando
porque o importante não era o vaso e sim o que estava dentro do vaso
que foi derramado sobre Jesus. Nós trazemos para o Senhor a nossa
oferta, aquilo que vai agradar ao Senhor que faz com que a Salvação
seja um projeto para a vida do homem, é o valor da salvação, é aquilo
como gratidão ao Senhor.

2 – O ATO NA ÓTICA DA RELIGIÃO

A segunda parte que vamos ver neste ato, na ótica dos que
estavam ali, os religiosos, dos que estavam observando aquele ato. A
concepção deles era que aquilo era um desperdício “para que este
desperdício”. Eles avaliaram o ato profundamente espiritual sob o
aspecto financeiro, material (benção é coisa que se pode vender
também). Eles até alegaram um motivo aparentemente justo, racional –
“podia-se vender por trezentos denários...” Na ótica da religião foi um
desperdício, foi alguma coisa assim que... não era lógica é claro, não era
racional, por isso eles não entenderam (o dinheiro devia vir para eles
porque eles sabiam o que iam fazer, não pra Jesus, porque Jesus?
Quem manda na religião? Quem manda no barco de Zebedeu, é

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Zebedeu. Quem manda na religião é o religioso. Não adianta colocar


Espírito Santo nem Jesus, isso é só pra animar). A experiência espiritual de
uma dedicação, uma vida que se quebra com aquela mulher, quer dizer,
o vaso ali representando a vida dela, ela quebrou diante do Senhor,
derramou aquele ungüento adquirido com tanto esforço, aquilo não era
entendido de maneira nenhuma, pela religião, pela sociedade, pelos que
estavam ali, era desperdício, foi a concepção que eles tiveram.
Dar aos pobres é um artifício próprio da religião no qual ela tenta
se esconder usando filantropia, para que tanto templo, poderia construir
escolas e, tanto esforço, culto de madrugada, culto meio-dia e a noite
isso é um desperdício, podia-se usar o templo para coisas mais úteis.
“Para que este desperdício”, foi a concepção na ótica da religião, da
sociedade, daqueles que estavam ali presentes naquele ato que foi
avaliado assim de forma material, racional.
Naquele momento ela foi incompreendida por muitos, mas
compreendida pelo Senhor.

3 – O ATO SEGUNDO O SENHOR

Como o Senhor avaliou aquele ato? Ele aceitou como sendo algo
de muito significado espiritual, alguma coisa que comoveu-o, preparou-o
para a morte (ela fez isto preparando-o para a morte, porque ele o estava
animado para ir ao calvário. Porque quem ia salvar aquela mulher? A lei
dizia que ela tinha que ser apedrejada. O fariseu que estava la disse:
“como que entrou essa mulher aqui na minha casa, eu sou doutor da lei,
não vou admitir que ela entre aqui, porque a lei a condena com
apedrejamento. Ela só tinha uma saída, era Jesus. E Jesus naquele
instante entendeu que só ela podia resgatar aquela mulher de acordo
com o trato que ele fez na eternidade indo para a morte, indo para o
sofrimento, indo ao calvário. Ela o animou, ela preparou o corpo de
Jesus para a morte.
O Senhor disse: “por que a molestais? Ela praticou uma boa ação,
uma boa obra...”, a concepção de boa obra é a Obra do Espírito Santo.
Por que foi boa obra? Porque foi um ato revelado, foi um ato que ela fez
movida pelo Espírito Santo, então ela praticou uma boa obra que é a
obra do Espírito Santo. “Por que a molestais? Ela praticou uma boa ação,
uma boa obra, e onde este evangelho for pregado será mencionado o
que ela fez”, a obra que ela fez que foi anima-lo para o calvário, é a
gratidão.
Quem é grato serve ao Senhor, tem compromisso, o grato tem
compromisso.
O ungüento foi conseguido com trabalho, com o esforço dela.
Nós sabemos que ela conseguiu o nardo com o preço do pecado dela.
Quando ela lança o ungüento sobre o Senhor Jesus, ela lança sobre ele
o seu pecado, todo seu sofrimento, como de fato ele levou sobre si os

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nossos pecados: “...pelas suas pisaduras fomos sarados”. O Senhor Jesus


passou a ser para ela o mais importante de todos. O Senhor Jesus
quando entrava em contato com pessoas como esta mulher ele via
nestas pessoas a igreja. O Senhor se animou para ir ao calvário porque
ele viu na mulher a figura da igreja.
Se ele diz que é grato a alguém e tem algo contra ele, ele não é
grato porque isto é próprio do ingrato.
Nós temos muito isso, nós convivemos com isso; nem todas as
pessoas são gratas, elas não reconhecem o favor, pelo contrário, existe
um ditado de um General que diz assim: “porque você não gosta de
mim seu eu nunca te fiz favor algum?”, “faz um favor, arranja um
unimigo”, dizia o doutor Barros, essa é a lei dos homens. Você ajuda a
pessoa a subir, ele botou o pé, ele trepa em suas costas e você não sai
mais. Me lembro de uma pessoa que morava em Belo Hozironte, ele
estava em dificuldade, tinha se formado lá, o irmão era chefe de uma
repartição muito importante aqui no Estado e o trouxe para cá. Esse
irmão mais velho se aposentou e o que tinha passou a ser um dos chefes
da repartição. Quando o irmão buscou na repartição um documento
para justificar que ele tinha sido chefe da repartição, o que tinha sido
ajudado tinha rasgado todos os documentos do irmão. O irmão não
teve direito aquela promoção, aquele valor, aquele salário que tinha
direito por lei, porque aquele seu grande amigo rasgou os papéis que
lhe davam direito, ele sabia disto que os papéis davam direito a ele de
receber uma aposentadoria daquilo que ele tinha sido.
No caso de José foi exatamente o contrário, seus irmãos o traiu e
ele amou, perdoou...
A nossa luta é muito grande, a Palavra diz assim: “quando
depender de vós tendes paz com todos os homem”, as vezes não
depende de nós, tem pessoas que guardam a mágoa e não tem jeito. Sai
de uma, arranjo outra, são profissionais em criar problemas com as
pessoas. Temos que aprender gratidão.
Quando alguém traz uma oferta para o Senhor ela não traz por
obrigação, mas por gratidão. E se é por gratidão a Palavra diz: “primeiro
reconcilia-te com teu irmão...”, nós vamos proibir em nossas igrejas os
irmãos que estão em dificuldade de trazer ofertas, a medida que o pastor
tomar conhecimento se o diácono receber aquele valor ele será excluído
da obra, ele sabe que o irmão está em falta com o outro, nós não vamos
aceitar esta oferta porque esta oferta não é de gratidão, é de agravo.
Não devemos tornar as coisas do Senhor comum, a obra vai
crescer em amor. Nós temos muito que andar ainda, temos que acertar
algumas coisas que precisam ser acertadas e é nessa caminha que nós
vamos acertando, vamos ajustando. Todos temos débito.

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NAUM 2: 1 “...48- GUARDA TU A FORTALEZA...”.

Introdução:
Ao mesmo tempo que Naum profetiza sobre um juízo iminente
sobre a grande e poderosa, mas idólatra, cidade de Nínive ele anuncia
também boa nova. Guarda tu a fortaleza.
Nínive, a cidade ímpia, será exterminada, mas os que ouvirem e

colocarem em prática o conselho de Naum serão poupados.

O mundo está sob um juízo que se apressa a cair sobe ele, mas foi
preparada uma fortaleza que ele não poderá destruir (JESUS).

I – O destruidor já está diante de ti.


O texto Fala do momento profético que estamos vivendo, como
descrito no capitulo 24 do livro de Mateus (aflição, frieza espiritual,
ausência de amor, dias difíceis, etc.).
A palavra descrita em I Pe 5:8 no alerta: “O diabo vosso adversário
está ao vosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa
tragar”.
Nínive estava para ser destruída porque desprezava as revelações

dadas por Deus. Vivemos o momento protético que antecede a vinda de

Jesus, densas trevas (operação do erro, engano) cobrem o mundo e o

inimigo age rápida e sorrateiramente e se infiltrando dentro das igrejas,

minando as suas mentes, corrompendo o caráter, diminuindo e zelo,

esfriando o amor, solando a fé a fé dos que professam apenas um

engano (sofisma), e estes estão tomando a forma do mundo. Está

havendo uma conformação desastrosa com este século. A lentidão

(letargia) espiritual invade até a vida dos jovens, de forma que o inimigo

está enganando todos os que não estão preocupados com a destruição

final que se aproxima velozmente.

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211

Mudaram, ou descentralizaram a mensagem do evangelho que é


Cristo, à revelia de Deus.
Insurgem-se, rebelam-se e pervertem o evangelho como se estes
fosse sua propriedade exclusiva, particular, acalentando no coração a
idéia diabólica de que ficarão impunes. O ladrão, o destruidor, já se
instalou em suas vidas e já está roubando, matando e destruindo com a
grande fúria que o caracteriza nesta última hora.

II – Guarda tu a Fortaleza.

Neste milênio quando o medo, a insegurança, apavoram o


homem sem Deus, ele constrói a sua própria “fortaleza”. Máquinas
voadoras, esconderijos subterrâneos, anti-aéreos, anti-atômicos, anti-
terremotos, não sabendo ele que tudo isto se desfará diante dos seus
olhos, ou lhe negará a proteção almejada.
Nesta hora, o jovem, o povo de Deus deve estar identificado com
as fortalezas espirituais. Os que estão vigiando, sabem que não seremos
salvos pelo avanço da ciência ou da falha e frágil tecnologia humana,
mas pelo poder de Deus, pelo sangue de Jesus. O Salmista dizia: “Direi
do Senhor”.
Subentende-se: Eu direi, é a experiência que cada jovem deve ter com o
Senhor. É como dizer: Provei e vi.
“Minha fortaleza”. Quão poucos jovens podem dizer isto.
Nabucodonozor só falava do Deus de Mesaque, Sadraque e
Abednego. Jesus disse: Fazei prova de mim e vede. É a proteção pessoal
perfeita.
É a fortaleza do servo fiel.
TU, se refere a responsabilidade individual diante de Deus. Ele não
aceitou a transformação de culpa de Adão “a mulher que me destes”.
Deus fará a pergunta individual. Onde estás João? Onde estás Maria?
Nada se furta ao Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente. Apenas
escaparão aqueles que estiverem escondidos em Cristo Jesus (A
Fortaleza). Estes fizeram o que é correto. Transferiram as suas culpas para
Jesus e não as tomaram de volta. A ordem é: Guarda tu a fortaleza.
Nabote com o risco de sua própria vida optou por guardar a revelação,
foi vigilante e lembrou-se do que o Senhor havia dito que a herança não
podia ser vendida. Só obteremos êxito, se vivermos por fé, crendo que
vale a pena guardarmos o que temos recebido do Senhor. Na
intimidade da fortaleza só tem acesso os que forem santos, porque o rei
é santo. Portanto, jovens, devemos colocar guardas ao redor da
Fortaleza para que não haja ruptura por onde o destruidor possa
penetrar levando-nos a cedermos às suas insinuações. O servo que
deseja não sofrer o juízo deve evitar: as palavras do mundo, os hábitos
do mundo, os convites do mundo, as modas do mundo, o amor do
mundo. Precisamos ser íntimos do Senhor, para recebermos d’Ele todas

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212

as estratégias, todos os recursos para bem guardarmos a nossa fortaleza.


Assim a comunhão estará estabelecida e fortalecida e estaremos
inseridos na grande Obra que Deus está realizando.

III – Observa o Caminho.

O que mantém o jovem na fortaleza hoje é a revelação. O


caminho do Senhor é reto, nele não há atalhos ou desvios. Habacuque
cap. 2:4 diz assim: “Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o
justo pela sua fé viverá”. Inchaço é a contaminação, espiritualmente se
refere a carne com as suas concupiscências, o que desvia o jovem do
caminho reto, o caminho da santificação. Mas o que crê, viverá da
palavra revelada, que é lâmpada para os nossos pés e ilumina o nosso
caminho para não nos desviarmos, nem para a direita, nem para a
esquerda.

IV – Esforça os Lombos.

É aplicarmos a palavra revelada a nossa vida de tal maneira que


estejamos ajustados com a vontade de Deus. É “cingir os lombos com
verdade”, é vestir a verdade, viver a verdade. A verdade bloqueia a
passagem do adversário. É a única arma que funciona contra ele.
A revelação nos predispõe a andarmos em novidade de vida.
É a disposição em obedecer à revelação.

V – Fortalece muito o teu poder.

Necessitamos usar todas as armas (o clamor pelo Sangue de Jesus,


viver no corpo, batismo com o Espírito Santo, Palavra Revelada, dons
espirituais, ministração dos anjos, culto profético, etc.) poderosas em
Deus para destruir a fortaleza inimiga, antes que sejamos destruídos.
Temos ao nosso dispor um arsenal de armas especiais cujo segredo para
usa-las só são revelados aos que guardam a Fortaleza, observam o
caminho e esforçam os lombos. Com o segredo revelado somos
invencíveis, pois temos uma gloriosa promessa de que os anjos do
Senhor estarão ministrando ao nosso favor.
Os jovens destra obra podem contar com esta operação milagrosa
em suas vidas. Esta é uma característica que a cada dia se evidencia mais
nesta Obra do Espírito Santo. Este ministério começou lá no Jardim do
Éden, quando foram enviados para guardarem a árvore da vida e
continuará até a vitória completa do povo de Deus. Todos os servos fieis
foram agraciados com maravilhosa benção. (Podemos citar exemplos). O
povo de Deus pode regozijar-se por terem anjos do Senhor acampados

212
213

ao seu redor. Como escudos eles se colocam diante de nós na árdua


missão de guardarmos a “fortaleza”. Isto não é fábula, nem conto de
carochinha, é de fato e de verdade. É real, muitos já tiveram o privilégio
de contemplarem estes seres celestiais no nosso meio.
Para concluirmos, nos recordamos de um fato acontecido com o
povo de Deus no passado. Senaqueribe desprezou o poder do Deus de
Israel, blasfemando d’Ele, ameaçando destruir Jerusalém, a cidade
fortificada de Israel. O Senhor mandou um recado para Senaqueribe
dizendo: “Nesta cidade não entrará...” “Porque eu amparei a esta cidade,
para livrar, por amor de mim e por amo do meu servo Davi”. Naquela
mesma noite o anjo do Senhor feriu 185 mil assírios dos exércitos de
Senaquribe. Aleluia! Os anjos são enviados para guardarem conosco a
Fortaleza.

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49-NA IRA LEMBRA DA MISERICORDIA

Hab 3:1-2 “Oração do profeta Habacuque sobre Sigionote (um


tipo de melodia). Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a
tua obra no meio dos anos; no decurso dos anos a notifica; na ira,
lembra-te da misericórdia”.

Notas que devem ser lidas pelo pregador, como preparação para
a mensagem, para que a compreensão do assunto possa amadurecer
em seu entendimento, antes de transmiti-la ao povo:

A. “ÚLTIMOS TEMPOS”
a) Os profetas menores (do Velho Testamento) dedicaram grande parte
de suas profecias a assuntos relacionados com a Igreja dos últimos
dias, isto é, dos dias atuais;
b) Percebe-se que tais preocupações, do Espírito Santo, apontam
claramente para uma visão da real situação do mundo, isto é, do
momento profético que antecede a vinda do Senhor Jesus, o
momento do Arrebatamento da Igreja, que está prestes a
acontecer;
c) É importante notar que o Espírito Santo cumpre sua missão profética,
no Velho Testamento, quando sensibiliza os profetas, levando-os não só
a falar das últimas coisas, mas principalmente a advertir a Igreja sobre a
animosidade contínua que haveria entre palestinos (árabes) e Israel.
Contudo, o que nos interessa é o lado profético (o que está para
acontecer) e não o histórico (o passado);
d) Além do mais, os fatos têm que se precipitar, conforme profetizados,
nas guerras travadas em função da conquista da terra, ocupada hoje por
Israel e ao seu redor, especialmente visando à tomada de Jerusalém. Se
isto não acontecesse, as profecias perderiam seu valor, quando falam dos
fatos proféticos que antecedem o Arrebatamento da Igreja. Todavia, o
que está acontecendo no cenário mundial é o cumprimento cabal
(completo) do que está registrado na Palavra;

Observação: não se pode, em hipótese alguma, tomar partido a favor de


Israel ou dos árabes, já que a briga entre estes povos é histórica e
quadrimilenar. Há em nossas igrejas membros de origem árabe
(libaneses, sírios, iraquianos, palestinos, turcos e outros), além de judeus,
que são todos nossos queridos irmãos em Cristo.
1) Sempre que se abordar os assuntos históricos e proféticos do
momento, que envolvem árabes e israelenses, temos que ser claros
quanto à nossa posição de meros espectadores;

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2) Todavia, não se pode tratar dos fatos que abrangem os últimos


acontecimentos, sem se mostrar sensível e se envolver com o que
está acontecendo no mundo cotidiano, o qual está vivendo a
época, chamada na Bíblia, de plenitude dos gentios. O mundo, de
todas as formas, tentará envolver a Igreja, para torná-la parceira do
pecado, despreparada e desautorizada para sua grande missão,
no processo de salvação, nos últimos dias.
Não apenas os profetas do Velho Testamento, mas também o
Senhor Jesus e os apóstolos, em suas epístolas, tentam advertir a Igreja
quanto aos últimos dias, falando dos perigos que a cercam, do mundo
corrompido e sem esperança, na tentativa de livrá-la desta última hora.

B. “IRA”
O domínio das trevas, o pecado sem limites, as opressões de todos os
lados, o princípio das dores, a carne a serviço do adversário e a extrema
corrupção existente no mundo caracterizam, nesta hora da noite, o
momento profético chamado de “IRA”.

ESBOÇO DA MENSAGEM:

Como o profeta Habacuque foi contemporâneo de Jeremias, o


texto, que é uma profecia [de dupla referência: (a) o Senhor usou os
caldeus como um castigo para ferir as demais nações ímpias e, em
particular, para efetuar o iminente cerco e destruição de Jerusalém, no
tempo de Nabucodonosor; (b) falando das dificuldades do momento
atual, que antecede a volta do Senhor Jesus para arrebatar sua Igreja], foi
escrito antes do cativeiro babilônico.
Tendo-lhe sido revelado pelo Senhor o juízo terrível e iminente que
viria sobre Judá, com o cerco de Jerusalém pelas tropas de
Nabucodonosor, Habacuque entrou em agonia de alma, ficou
alarmado, temeu e clamou, em sua angústia: “aviva, ó Senhor, a tua
obra”. É como se ele dissesse: “Ó Senhor, faze com que os teus juízos não
exterminem o povo de Judá, com o teu povo. No meio destes anos
terríveis que nos sobrevirão, faze com que os teus juízos sejam um meio
de avivar a tua Obra em nossas vidas. Na ira, lembra-te da misericórdia”.
A Obra é trabalho que compete ao servo do Senhor fazer. Ela
consiste em obedecer ao Senhor, fazendo sua vontade, trilhando seu
projeto, andando na revelação. É verdade que o Senhor nos motiva a
fazer a Obra do Senhor pelo seu Espírito, por causa da tendência à
acomodação que habita no coração do homem e pela sua natural
relutância em obedecer ao Senhor.
Observando a história dos israelitas, no período dos juízes, vemos
que havia épocas em que eles se afastavam do Senhor cada vez mais.
Então, o Senhor permitia que uma dificuldade surgisse na vida de Israel:
um povo adversário os subjugava e fazia com que fossem seus

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tributários, até que Israel clamasse ao Senhor, em busca de livramento. O


Senhor tinha, assim, uma oportunidade de convencê-los de seu pecado,
de corrigi-los e de fazer com que estivessem preocupados com a
salvação de suas vidas e as de seus compatriotas, avivando sua Obra em
seus corações, despertando-os para o trabalho nobre do Senhor. Mas
quando as coisas caminhavam tranqüilas para os israelitas, eles deixavam
de fazer a Obra do Senhor e a nação se afundava novamente na
corrupção, na futilidade de uma vida soberba e na idolatria.

A ORAÇÃO DO PROFETA

Qual o significado da oração profética de Habacuque: “Aviva, ó


Senhor, a tua obra” para os dias atuais? Ela pressupõe que o cristianismo
dos dias atuais estaria totalmente desvirtuado, com seus membros em
desacerto, e que somente a Obra do Senhor, como resultado de um
avivamento, poderia restaurar o poder do Espírito Santo sobre a Igreja e
a conseqüente salvação de vidas. Isto porque a Obra do Senhor, na vida
do homem, inclui a convicção do pecado, o arrependimento, a salvação,
o batismo com o Espírito Santo, a manifestação dos dons espirituais, a
edificação de vida manifesta através do fruto do Espírito Santo, a
renovação da fé, a quebra do poder do mundo e do pecado sobre o
servo, o desejo de evangelizar e de dar fruto para o Senhor e de adorá-
lo.

Da mesma maneira que os outros profetas menores, Habacuque


profetiza para os últimos tempos, que são os atuais, e se impressiona de
tal maneira com as visões dadas pelo Senhor, que se confessa alarmado
e estarrecido (apavorado) com o que vê: “Ouvi Senhor, a tua palavra e
temi”.

A dor e o sofrimento do mundo, embora aconteçam


independentemente de nossa vontade, são sinais e motivos de
expectativa para a Igreja, que aguarda a volta do Senhor Jesus
para arrebatá-la: “Ora, quando estas coisas começarem a
acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a
vossa redenção está próxima” Lc 21:28.
Não estamos alegres com o que historicamente está acontecendo.
Mas estamos conformados, porque o que está acontecendo é profético
e nada podemos fazer, a não ser aguardar no Senhor todos os fatos e
ocorrências desta última hora, que de certa forma, direta ou
indiretamente, atingem também servos do Senhor.

Período chamado de PRINCÍPIO DAS DORES

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217

A Igreja presenciará e viverá este último momento, que antecede a


volta do Senhor, chamado de Princípio das Dores. Porém, ela estará
segura na sua caminhada porque o Espírito Santo estará agindo no
sentido de minorar o sofrimento dos crentes (fiéis), como se pode ver
através do seu derramamento sobre toda a carne.

Através de bênçãos como o batismo com o Espírito Santo e os


dons espirituais, a Igreja, como Corpo de Cristo, está sendo preservada
deste momento de IRA. No meio dos séculos (no meio dos anos), o
Senhor leva a Igreja, pelo Espírito Santo, a uma intercessão fervorosa,
como que se pudesse antecipar um momento de bênção (avivamento,
ou seja, a Obra do Senhor, e culminando com o arrebatamento da
Igreja), para se contrapor a tudo o que Habacuque estava vendo e
ouvindo da parte do Senhor, como juízo, e que o fez alarmado e
expressar: “TEMÍ”.

Período chamado de DORES (posterior ao arrebatamento da Igreja)

A súplica:

“Aviva, Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a
notifica”.
“Na ira lembra-te da misericórdia”.

A oração foi ouvida.

Vamos ao texto: IRA.

(Evite mencionar exemplos de casos policiais)

1) Capítulo 1 – verso 1– violência: problema sem solução;


2) Capítulo 1 – verso 2– iniqüidade e vexação (afronta, vergonha);
3) Capítulo 1 – verso 2– destruição;
4) Capítulo 1 – verso 2– contendas e litígios;
5) Capítulo 1 – verso 3– A lei se afrouxa;
6) Capítulo 1 – verso 3– A sentença nunca sai. O ímpio cerca o
justo e sai o juízo pervertido;
7) Capítulo 1 – verso 14 – os homens sem governo – esperar por
milagres?
8) Capítulo 3 – verso 7 – lares em aflição – este é o grande
problema – desagregação.

Na abordagem do assunto do livro do profeta Habacuque, vemos


que neste momento, quando o mundo se desespera, a Igreja continuará
tendo o alento do Espírito Santo, como resultado da oração do profeta

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Habacuque, 626 anos antes de Cristo: um pedido, do próprio Espírito


Santo no meio dos séculos, no sentido de excluir a Igreja de tantos
sofrimentos, de tanta tribulação.

“Na ira, lembra-te da misericórdia”.

Este é o quadro da “IRA”:

IRA Trevas e escuridão, opressões, iniqüidades, traição, ódio, mentiras,


violência, expectação, terror, enfermidades, pestes, fome,
terremotos, miséria, tribulação, etc.

MISERICÓRDIA Salvação, derramamento do Espírito Santo, libertação,


curas, maravilhas, dons espirituais, Igreja fiel, revelação
(Obra do Espírito Santo), ministração dos anjos,
arrebatamento da Igreja.

DORES Quando a Igreja for retirada, e com ela o Espírito Santo,


então o mundo passará pela grande tribulação (as dores). A
Igreja terá sido retirada e o mundo verá o domínio total das
trevas.

“Lembra-te da misericórdia”

Obra – Avivamento – Derramamento do Espírito Santo.

A Obra do Senhor é, pois o resultado da súplica do Espírito Santo


em favor da Igreja. É o preparo da Igreja para seu arrebatamento.

NA IRA, LEMBRA-TE DA MISERICÓRDIA.

OBS: Repita sempre que puder o assunto da mensagem; seu ponto


central: “Na ira, lembra-te da misericórdia”.

- Lembrar a atualidade das profecias.

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

50-INSTRUI O MENINO NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR

Texto: Prov. 22:6

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e


até quando envelhecer não se desviará dele”.

INTRODUÇÃO

Instruir no caminho em que deve andar.

O mundo oferece caminhos. Todos eles levando à morte. Jesus é


o caminho que leva à vida e é neste caminho que o Senhor quer que
levemos nossos filhos a andar nele = Jesus.

Como instruir

Como instruir, como passar as orientações, como transmitir esta


herança?
A palavra diz no Salmo 127:3

“Eis que os filhos são herança do Senhor”, portanto, lhe pertencem.


Cabe a nós cuidarmos desta herança do Senhor e leva-la a caminhar por
caminhos retos.

Deus sempre teve um cuidado todo especial de lembrar em suas


ordenanças para o povo o dever de passa-las para os filhos.

Ex.:
1 - Quando instituiu a páscoa (Ex. 12:24 a 27)
“Portanto, guardareis isto por estatuto para vós e para vossos filhos para
sempre”. (V. 24)

2 – Quando mandou o maná para alimentar o povo. Ordenou a Moisés


que guardasse uma porção de maná para que as gerações futuras
vissem o pão com que o Senhor havia alimentado o povo no deserto.
(Ex. 16:32 e 33)

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3 - Quando Deus transmite ao povo pela 2ª vez os 10 mandamentos e


diz: “E estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração. E as
intimarás a teus filhos, e dela falarás assentado em tua casa, e andando
pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. (Deut. 6:1 a 9)
Em todas estas ocasiões Deus queria que seus feitos poderosos
fossem conhecidos das gerações futuras.

Os nossos filhos precisam ouvir de nós, pais, os feitos do Senhor.

É um trabalho diário, constante.


Não podemos nos omitir desta transmissão da herança espiritual.
A nossa omissão na educação, na orientação espiritual de que
tanto necessitam os nossos filhos, por não darmos oportunidade ou, por
falta de tempo, pode trazer prejuízos irreparáveis na formação do caráter
de cada um deles.

Exemplos de omissão, e de transmissão da herança espiritual

Um exemplo doloroso é o que registra Juízes 2:7,8,10 a 13.

7 O povo serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias


dos anciãos que sobreviveram a Josué e que tinham visto toda
aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a favor de Israel.
8 Morreu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, com a
idade de cento e dez anos;
10 O foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e
após ela levantou-se outra geração que não conhecia ao Senhor,
nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.
11 Então os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do
Senhor, servindo aos baalins;
12 abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra
do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos
povos que havia ao redor deles, e os adoraram; e provocaram o
Senhor à ira,
13 abandonando-o, e servindo a baalins e astarotes.

Uma geração partiu para o Senhor, tendo se omitido de transmitir


a herança espiritual aos filhos; o resultado: foram após outros deuses, se
encurvaram a eles, foram servir a Baal e a Astarote, provocando a ira do
Senhor.
Foram entregues aos roubadores, aos inimigos que estavam ao
redor e não puderam estar de pé diante dos seus inimigos.
A mão do Senhor era contra eles por onde quer que andassem.
(Juízes 2:14 e 15)

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Aonde estava a culpa: nos filhos ou nos pais?

O sacerdote Eli se omitiu na orientação aos filhos: ele e toda a sua


família, que tinham a promessa do sacerdócio (era hierárquico, passava
de pai para filho), teve a sua bênção retirada e a sentença de que toda a
multidão da sua casa morreria ainda na idade jovem. Exterminou a
família.
O Senhor disse que Eli bem conhecia a iniqüidade de seus filhos (o
pecado) pois fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu
(execrável=abominável, maldito) (I Samuel 3:12 a 14).
Dura experiência por omissão.
A pergunta é a mesma: em quem está a culpa?
Moisés, retirado do rio pela filha de faraó, através da interferência
de sua irmã, é levado para ser criado por sua mãe, sendo mais tarde
levado para o palácio de faraó, onde é criado como filho de sua filha.
Tinha toda a aparência de egípcio (Ex. 3:19) mas a sua formação
era de hebreu.
Quando você instrui o “seu filho no caminho” ele pode viver em
qualquer meio. Não há razão de preocupação com a faculdade, ou
com o lugar de trabalho. Seu filho vai estar como Moisés no palácio de
faraó, vestido de egípcio, mas com o coração hebreu. Ele pertence ao
Senhor, foi salvo pelo poder do sangue de Jesus, e está selado pelo
Espírito Santo, selo este, que é indestrutível.
E você continua, mesmo que ele seja adulto, a usar o betume e o
pez (jejum e oração) em favor dele.

Quem instruiu Moisés?


Joquebede, sua mãe preparou-o para não se contaminar nem se
encantar com a glória, riqueza e pompa que teria como egípcio. Ele era
hebreu e como tal, serviu e amou a Deus, nada mudando, isto é, nada
influenciando o seu caráter.
Jesus era sujeito aos seus pais. (Luc. 2:51)
O grande exemplo de fé passada de geração em geração:
Timóteo, “trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual
habitou primeiro em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice e estou certo
de que também habita em ti”. (II Tim. 1:5).

CONCLUSÃO

“Quando não educamos em casa, os nossos filhos aprendem no


mundo”.
“O mundo doutrina com velocidade”. (O ensino do mundo é
competente, veloz e destruidor).
“Cria uma mentalidade deformada”.

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222

“É preciso trabalhar em função da prevenção em não do curativo”.


“Prevenir é a palavra do momento”
“Vacinar” é prevenir a doença.
“Temos uma mensagem para os nossos filhos e condição de
transmitir esta mensagem”.
“Os pais devem ter intimidade com os seus filhos, conversar com
eles, saber as suas necessidades. Saber o que estão pensando, com
quem estão andando”.
“Sem perda de tempo, vamos socorrer os nossos filhos”.

Mensagem da 4.ª Etapa para o Grupo de Senhoras.

222
223

51-“DECLARA-ME QUAL É O TEU SALÁRIO;”


GEN.29:15

I) A EXPERIÊNCIA DE JACÓ COM O SENHOR NO DESERTO.

O Senhor está neste Lugar e eu não sabia. E temeu. => A grande


descoberta do homem em saber que ele não está só, mas que o Senhor
está pronto para se revelar ao homem e compartilhar com ele em todo o
seu caminhar.
E temeu => Evidência do encontro, ouvir a voz do Senhor. O inicio
de um novo caminhar, mas agora com o temor do Senhor. ( O temor do
Senhor é o principio da Sabedoria).
Este lugar não é outro senão a casa de Deus e esta é a porta do
Céu .=> Agora não mais sem direção, sem saber onde está, mas agora
com discernimento sabendo identificar a casa de Deus (Igreja vivendo o
Corpo) => e Jesus como a Porta dos Céus.

II) O ACORDO DE JACÓ COM LABÃO:

Porque és meu irmão me servirás de graça, declara-me qual é o


teu salário. E Jacó amava a Raquel.

=> A Obra está acima de qualquer valor. Não se mede por valores
materiais, por serem temporais.
A obra é de amor. Jacó se deu por Raquel (obra) pelo muito que a
amava. Assim também o Senhor Jesus se deu pela sua Igreja Pelo muito
que Ele a amou. Assim Também nós que fomos chamados da mesma
forma como Jacó devemos nos entregar pela Obra.

=> É o nosso bem maior. Dormimos com Ela, acordamos com Ela,
andamos com Ela. Ela passou a ser para nós uma nova forma de vida,
pelo muito que nós a amamos.

=> Só ha ganho (salário com Raquel(Obra) . Não há ganho sem a


Obra. “ Louco nesta noite te pedirão a tua alma e para quem serás?
Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma?”).

III) DISPOSIÇÃO DE JACÓ PARA RECEBER RAQUEL (OBRA).

Sete anos te servirei por Raquel (Obra). => Sete Anos => dentro do
tempo profético ou seja, dentro do tempo de Deus. Não é dentro de um
tempo contável que se finda, mas servir ao Senhor por toda uma vida. “

223
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Sê fiel até a morte...” este é o compromisso que nós também um dia


assumimos com o Senhor. Sete anos te servirei. Não importa as lutas, as
provas, porque há um amor que esta acima de tudo. I Cor. Tudo crê,
tudo suporta, tudo espera. Romanos quem me separará do Amor de
Cristo? A fome, a enfermidade,
a tristeza, a morte ? Estou certo de que nada me separará deste grande
amor.

=> “E foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a
amava.”
O tempo para nós agora não é mais contado, porque estamos no tempo
de Deus, vivendo na velocidade da Revelação, onde o tempo não é mais
contado.

=> Esta é a proposta do Senhor para cada um de nós: Gen.29:15. Qual é


teu salário ?

ANA

A experiência vivida pela Igreja é a mesma de Ana, Não mais a


experiência do Pedido pelo filho Samuel, mas toda sua luta para atender
o VOTO, O COMPROMISSO que ela assumiu diante do Senhor “Se me
deres um filho varão eu o consagrarei todos os dias da sua vida.” Por isso
todo o seu trabalho, todo o seu empenho a favor de Samuel.
Estamos no encerrar de um ano e a posição da Igreja nesta hora
deve ser vivida a mesma de Ana, vivendo a experiência de Samuel (Obra
que a cada ano cresce e que precisa ser cuidada). A experiência que
estamos vivendo hoje, não é o resultado do hoje, mas de todo um
trabalho que foi realizado no decorrer do ano para trazermos a Samuel
uma pequena túnica , mas foram resultados da nossa oração, das visitas,
das reuniões, dos cultos, madrugadas, jejuns. Uma pequena túnica, é
tudo que a Igreja nesta hora pode trazer. (Pequena oferta), mas que
agrada ao Senhor.
Ana era responsável por Samuel, assim também a Igreja é
responsável pela Obra.
Eli representado na tradição, religião estava alheio a Samuel; não cuidava
nem dos seus filhos, qual o interesse para com Samuel? Por isso no
decorrer de todo o ano Ana tecia uma túnica nova para Samuel.
Todo o trabalho realizado pela Igreja foi num só motivo para que a
obra se apresentasse, mas de forma nova. Não podemos nos conformar
pelo que já alcançamos, mas dedicarmos para que sempre a obra seja
nova para cada um de nós. Aqueles que compartilham se alegram e

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225

vivem a experiência de uma obra que se renova a cada dia na nossa


vida.

O que Samuel mais desejava de Ana => O que nós temos para
oferecer nesta hora também a Obra? O Senhor está preocupado com o
material? Com a capacidade do Homem? Só uma coisa nesta hora o
senhor deseja de nós: Dedicação. (Corpo, alma, espírito).
A Grande promessa do crescimento da Obra. ”O Senhor te dê
semente desta mulher pela petição que fez ao Senhor.”
Mostrando que Obra haveria de crescer, mas num crescimento
que não haveria de comprometer, por ser da mesma semente, e fruto da
Petição que fez ao Senhor, a obra é mesma em qualquer lugar, pois é
resultado da Petição e do Compromisso feito ao Senhor.
O Grande detalhe na vida de Ana foi que o seu pedido estava
ligado a um voto(consagrar ao Senhor). E consagrar ao Senhor é: Eu sou
Responsável.

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226

52-VÓS QUE ESCAPASTES DA ESPADA


JEREMIAS 51:50
“Vós, que escapastes da espada, ide-vos, não pareis; de longe lembrai-vos
do Senhor, e suba Jerusalém ao vosso coração.”
Espada - Juízo. O mundo está debaixo de um juízo. Longe do caminho.
Sem direção. Morte -> Não tem vida eterna.
Escapaste da espada - Do juízo.
“Nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus” Romanos 8:1.
Estão no caminho. Na revelação. Do que a revelação nos poupou este
ano?
(Queda, doênça, problemas no lar, no trabalho, de acidentes)
Ide-vos... - A salvação na Obra de Deus não é um ato isolado, mas um
processo
dinâmico, realizado no corpo.
...não pareis - Estamos no caminho, não podemos parar (“Conheçamos e
prossiga-
mos em conhecer o Senhor.” Oséias 6:3).
“Este é o caminho, andai nele.” Isaías 30:21. A revelação é dinâmica, a
doutrina é dinâmica, se paramos acabou a Obra.
“Não que já tenha alcançado mas, uma coisa faço, deixando as coisas
que para trás ficam, prossigo...” Filipenses 3:13-14.
A religião é estática, parou. Parou nas experiências do passado, na
bênção que outros receberam.
A Obra é novidade de vida. Vivemos da bênção que recebemos todos
os dias. As experiências se renovam.
...de longe lembrai-vos do Senhor -
 Se as nossas ocupações nos põem longe
 Se as lutas diárias nos põem longe
 Se a prova da enfermidade nos põe longe
 As dificuldades no lar
 Dificuldades financeiras
Se essas coisas nos afastam, prejudicam nossa comunhão, lembremo-nos
do Senhor, Ele sempre está perto.
 Clama pelo Sangue de Jesus
 Jejua (Mateus 9:15)
 Madruga
 “Aquele que vem a mim de maneira nenhuma lançarei fora.” João
6:37.

5 - ...e suba Jerusalém ao vosso coração - Nova Jerusalém. Eternidade.


Jerusalém fala da cidade santa, da morada eterna. Toda expectativa da
Igreja Fiel é esta, ela vive esta experiência todos os dias. Toda

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preocupação do Senhor foi mostrar isto à sua Igreja. Sempre que Jesus
falou de vida Ele estava falando de eternidade.
A eternidade deve ser sempre o grande objetivo do crente.
 Quando escolhemos uma profissão, clamamos ao Senhor, porque
no coração está a eternidade.
 No casamento, clamamos ao Senhor, buscamos, porque no
coração está a eternidade.
 Nos negócios (colocamos diante do Senhor) porque no coração
está a eternidade.
 A eternidade (a Nova Jerusalém) é o grande objetivo da Igreja.

“O espírito e a esposa dizem: vem...” Apocalipse 22:17

Texto: Marcos 06:03


“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e
de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E
escandalizavam-se nele”.

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228

Tema 53-: O CARPINTEIRO.

Introdução:
Jesus veio cumprir um projeto do Pai, estabelecido desde a eternidade.
Tudo que Jesus fez, seus atos, seus feitos era profético, até sua profissão
era profética.
E qual era a sua profissão?
Jesus era carpinteiro.

Desenvolvimento:
A matéria prima do carpinteiro é a madeira.
 A Madeira - Homem;
 Carpinteiro - Jesus;

Jesus veio como o carpinteiro, para fazer com o homem o que o


carpinteiro faz com a madeira.

O Processo de fabricação:
 Adquirir a madeira - O preço : Jesus pagou um preço pelo
homem;
 Local de trabalho - Carpintaria : A igreja;

Todo trabalho é feito na carpintaria é lá que ele de um tronco de uma


árvore, e trabalha com suas próprias mãos e vai dando forma até fazer
da madeira um móvel pronto para ser usado.
É assim que Jesus faz com o homem, tira lá do mundo e traz para o ceio
da igreja (o corpo), e começa a trabalhar na vida do homem, vai dando
forma, até ficar pronto.
Não é a madeira que escolhe o carpinteiro, mas o carpinteiro é que
escolhe a madeira. (Jesus disse: não vos escolhestes a mim...).
Quando corta a árvore - as raízes ficam na terra, é desta mesma forma
que Jesus trabalha com o homem, as suas raízes ficam para traz, deixar
tudo para seguir a Jesus, (quem estar em cristo nova criatura é, as cosas
velhas ficam para traz, tudo se faz novo), deixar a tradição, sua razão, etc.
Há carpinteiros que só trabalha com determinadas madeiras, mais Jesus
trabalha com todas, ele não faz acepção.
Há madeiras que muitos carpinteiros rejeitam, mais Jesus não rejeita
ninguém, porque ele opera milagre.
O carpinteiro conhece a madeira só no olhar, Jesus também conhece o
homem a sua intimidade etc...

228
229

Quando o carpinteiro escolhe a árvore ele já tem em mente o que fazer


com aquela madeira.
O projeto de Jesus é fazer do homem um vaso de honra, de glória e
louvor.
O móvel depois de pronto ele tem um destino, levar para casa.
O que o carpinteiro o Senhor Jesus quer e trabalhar na vida do homem,
fazer dele um móvel, levar para sua casa, que é a eternidade, por isso ele
disse: na casa de meu Pai tem muitas moradas.

Conclusão:
Hoje este Carpinteiro esta aqui p/ trabalhar na vida do homem, dar uma
nova forma, moldar sua vida, e preparar porque ele tem um lugar
separado para homem, que é a casa do Pai.
O homem esta sem forma, vazio, etc..., mas Jesus veio para da uma nova
forma de vida.

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230

LUCAS 12:16 A 20

54-“O QUE TENS PREPARADO, PRÁ QUEM SERÁ?”

1. INTRODUÇÃO
 O desejo (problema) do homem atual:
 ter em abundância
 esta abundância só traz mais problemas

2. DESENVOLVIMENTO
 Arrazoava consigo mesmo. Que farei?
 próprios recursos e entendimento
 não consulta ao Senhor sobre os seus passos (isto é coisa
estranha para o mundo)
 o mundo está longe de Deus
 Farei isto: derribarei e edificarei...
 auto-suficiência humana
 o homem se sente dono de si mesmo
 é soberbo, governa sua própria vida
 segue seu próprio projeto
 E direi à minha alma...
 Já que não dá ouvidos à voz de Deus, o homem só pode
ouvir o que diz a sua razão e o seu próprio entendimento
 Muitos anos...
 presunção de vida longa
 o homem vive, em média, 60 a 70 anos. O que é isso
diante da eternidade. O homem é um ser temporal.
 Descansa, come, bebe e folga...
 necessidades básicas do homem
 necessidades espirituais da alma do homem
 no seu próprio projeto, o homem nunca consegue saciar
as necessidades da sua alma
 Louco, esta noite pedirão a tua alma...
 louco por desprezar o Projeto de Deus
 louco por julgar que pode satisfazer a necessidade da sua
alma
 esta noite: hoje, agora, pois Jesus pode voltar a qualquer
momento neste período de trevas espirituais
 “pedirão” - Trindade

3. CONCLUSÃO
 Apenas no projeto de Deus o homem alcança a satisfação de
todas as suas necessidades espirituais

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 A Obra do Espírito Santo nos revela isto


 A maior necessidade do homem é a Vida Eterna
 “O que tens preparado, prá quem será?”

55-LUZ E TREVAS - SINAIS DO AMANHECER

EXODO 10:22, 23 - E Moisés estendeu a sua mão


para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três
dias.
Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu
lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas
habitações.

Nós conhecemos bem a história de Israel no momento


da sua saída do Egito, mas nós devemos levar em conta dois elementos
fundamentais daquele êxodo, que são: escravidão e a promessa de
liberdade, ou de libertação.

O escravo não tem autodeterminação, Israel era um


povo escravo no Egito e a saída da escravidão para a liberdade não era
tarefa fácil, era necessário um preparo, haviam muitos questionamentos,
muitas perguntas entre o próprio povo que ia sair, tais como: “Quem nos
libertará? Para onde vamos? Qual será o caminho?”.
Nós entendemos que a saída de uma posição para
outra requer determinação porque em tudo há sempre o perigo do
novo.
Eu vou aplicar, diretamente, um aspecto desse perigo
que se corre numa saída.
Nós tivemos grupos evangélicos que saíram da
Tradição em busca de uma bênção, mas hoje estão no mundo. Tiveram

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a primeira experiência, saíram, começaram a caminhar, mas não


prosseguiram.
Da escravidão para a liberdade existe um abismo e é
necessário transpor isso, é um salto muito perigoso que exige
determinação.

A saída não é feita de qualquer maneira e nós


conhecemos muito bem o modo que Deus usou para tirar o seu povo
do Egito.

O que fez Deus?

1) Deus preparou um homem, um líder.

2) Deus conscientizou o povo multiplicando as suas


maravilhas na terra do Egito...

2.1) Para fortalecer o povo.

Israel sofreu com as pragas enviadas sobre o Egito,


especialmente com as quatro primeiras, mas isso o fortalecia porque via
que a mão de Deus estava sobre eles.

2.2) Para mostrar a Israel que aquele lugar (Egito) não


era bom.

Havia uma pré-tribulação e Deus queria conscientizar


o povo de Israel que aquele lugar não era bom para se viver. As pragas
se sucediam, a qualquer instante as coisas aconteciam, não havia mais
como ficar naquele lugar, eles precisavam de um lugar de descanso,
uma terra que fosse deles.

2.3) Para ter conhecimento e percepção do momento


que estavam vivendo.

Aquele povo não tinha essa consciência do momento,


mas Deus a trouxe para eles.
De que maneira?

Pelos sinais.

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Nós vemos na economia de Deus que os momentos


foram diversos em toda a Bíblia.
Esses momentos especiais são identificados por sinais
característicos. Por exemplo, luz e trevas são sinais que identificam o
momento do êxodo de Israel.
As trevas prenunciaram a última praga, que foi a
morte dos primogênitos. Ao mesmo tempo que havia trevas para o
Egito, Deus providenciou luz para Israel. Esses eram os sinais, trevas e luz.
As trevas foram a última praga que Israel presenciou.
Em Cantares nós vemos o mesmo momento da saída
da Igreja deste mundo para a eternidade com Deus, a terra prometida.
Cantares fala das trevas, da noite, do amanhecer do novo dia.
Em Mateus 25 Jesus fala desse momento de luz e de
trevas que nós estamos vivendo; é a parábola das dez virgens, cinco
delas tinham luz e as outras cinco não tinham, estavam nas trevas, foram
condenadas com as trevas.
Em Apocalipse encontramos o anúncio das trombetas
e vemos os sinais da quarta trombeta, que é a última para a Igreja Fiel,
que falam do escurecimento do sol, da lua, das estrelas e falam desse
momento que estamos vivendo.

Por que Deus envia os sinais?

Os sinais caracterizam determinados momentos do


projeto de Deus.
Dentro do projeto de Deus as mudanças não se dão
abruptamente, o homem está avisado, Deus fala com o homem, Deus
mostra os seus sinais, Deus aponta o momento para que os seus
queridos sejam salvos, sejam livres.

Para que a luz?

Israel não tinha identidade, ele precisava de luz para


preparar-se.
O mundo está em trevas, mas a Igreja está vivendo o
momento do batismo com o Espírito Santo, ela tem luz para poder
preparar-se. O Egito está em trevas, na confusão, no desespero, mas a
Igreja está-se preparando para a saída. É o derramamento do Espírito
Santo, é a luz que Israel tinha e que hoje nós temos.
As trevas estão aí, é a última praga que a Igreja vai
presenciar, ela está vivendo esse momento, mas não está dominada
pelas trevas.
Israel tinha um questionamento: “Quem vai-nos
libertar?”. Nós, porém, não temos mais esse tipo de dúvida porque nós

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234

sabemos que o Senhor tem providenciado o libertador, que é o Espírito


Santo.
O Espírito Santo está realizando essa grande obra de
libertação.
Nós sabemos qual é o caminho porque a luz está
sobre a Igreja do Senhor, e ela está apontando para Jesus, Ele é o
Caminho.

3) Deus deu um código para Israel.

Israel era um povo que vivia na escravidão, ele tinha


que organizar-se, ter uma identidade própria, um código próprio para
estabelecer-se na terra prometida, e esse código era o cordeiro assado
no fogo.
Nós também temos um código, que é a Palavra do
Senhor, que é o Cordeiro revelado.

Quais foram as doutrinas para a saída de Israel do


cativeiro? Quais são as doutrinas para o nosso momento?

3.1) O cordeiro assado no fogo.

Até aquela data eles preparavam o cordeiro de outras


maneiras, mas ali o Senhor determinava que eles assassem o cordeiro no
fogo porque, no momento da saída, o alimento tinha que ser
substancial, consistente, aquilo que era necessário para a vida.

Nós temos a bênção do batismo com o Espírito Santo.

Onde estava a revelacão para Israel?

A revelação para Israel estava em duas coisas: O


cordeiro e o fogo.

1) O Cordeiro.

Eles conheceram o cordeiro, a intimidade do cordeiro,


quando este foi morto.

2) O fogo.

Eles conheceram o fogo quando se alimentaram do


cordeiro assado no fogo.

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Onde está a revelação para a Igreja Fiel?

Para nós, nesta hora, a revelação está, também, em


duas coisas: A Palavra e os dons do Espírito.

1) A Palavra.

É o Cordeiro revelado em toda a sua intimidade:


cabeça, pés e fressura.

Cabeça - É o governo.
Pés - É o caminho.
Fressura - É o íntimo, a intimidade.

2) Os dons do Espírito.

É o fogo que está dentro dessa Palavra maravilhosa.

Eu era pastor de uma igreja e um grupo subiu ao


monte para orar. Eles viram o fogo, a presença do Senhor, em algumas
folhas ali.
O Senhor disse, então, para uma irmã: “Leva esta folha
(das que se tinham queimado) e manda o teu marido abrir a minha
Palavra porque Eu quero falar com ele”.
Quando ela chegou em casa, ele estava na janela,
muito aborrecido (e com razão).
Ela adiantou-se logo e foi dizendo: “Eu tenho uma
palavra do Senhor para você. Antes de dizer alguma coisa, você vai
ajoelhar-se”.
Ele estava zangado, mas obedeceu (porque mulher
manda mesmo, não é?).
Quando ele abriu a Bíblia, aquela folha que a irmã
trouxera do monte estava pegando fogo. Foi uma experiência viva.
Nesta hora é o fogo da Palavra, a Palavra revelada.
A Religião, de um modo geral, o evangelho está em
dificuldade hoje, ele não tem mais nada para dizer, a letra esgotou-se e
para isso só tem duas saídas: tolice e misticismo.

3.2) Permanecer em casa.

Todos deveriam permanecer em casa naquela noite,


na intimidade do cordeiro, com a consciência de que o cordeiro havia
morrido para que eles tivessem vida.

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Nós, também, esperamos em casa, na comunhão, na


revelação, na intimidade do Cordeiro.
Tudo está sendo feito. Agora é dar sentido de corpo à
Igreja que vai sair, ela vai ser arrebatada na luz, na revelação, no
alimento específico, que é a Palavra de Deus.

Israel tinha um corpo?

Não, Israel não tinha um corpo preparado, ele tinha


uma estrutura profética do corpo.
Onde estava esta estrutura profética do corpo?

Ela estava nos ossos de José, que prefigura Jesus. Eles


levaram, profeticamente, para a terra de Canaã a estrutura da Igreja que
se organizou depois, com o corpo ressurgido de Jesus.

3.3) O sangue nas umbreiras e na verga da porta.

É o clamor.

Onde estava o segredo de Israel? Qual era o clamor


de Israel?

Para Israel o sangue do cordeiro estava nas umbreiras


e na verga da porta , nas casas onde o haviam comido. Eles entrava e
saíam em comunhão, tudo o que eles tinham que fazer do lado de fora
era em comunhão.

Onde está o segredo da Igreja? Qual é o clamor da


Igreja?

Para a Igreja o sangue do Cordeiro está na porta do


nosso coração. Nós entramos e saímos para o mundo no clamor.
Não há diferença nenhuma, aquilo que foi para Israel,
é para nós porque Deus não muda, o projeto é o mesmo. Tudo o que
acontece a Israel é profético e com a Igreja é a mesma coisa.
Hoje está tudo pronto. Tudo o que foi profetizado está
cumprido. Não sabemos nem o dia e nem a hora, só temos que nos
preparar porque o amanhecer está diante de nós. Dentro de casa está a
luz, o Cordeiro está presente, a porta de saída está pronta, revestida pelo
sangue, apontando para o caminho da vida.
Para o Egito o caminho é para a morte, a grande
tribulação.

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A Igreja espera o amanhecer, a sua grande libertação,


vamos partir para o novo e eterno dia.
Quem crê está salvo, mas quem não crê já está
condenado!

Luz e trevas sãos sinais do amanhecer!

Amém.

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56- VINHOS E ODRES NOVOS

TEXTO: Marcos 2: 18-22 TEMA: VINHO NOVO EM ODRES


NOVOS...
Introdução
O cristianismo hoje se tomou em algo tradicional, que se faz por
costume ou por conveniência social. Uma situação semelhante
ocorria em Israel, quando vivia sob o Império Romano. A vida
espiritual era dominada por diversos partidos religiosos, como os
saduceus e os fariseus, pois estavam sem profetas há cerca de 400
anos.
O sentido da Obra profética de Deus tinha sido perdido. Israel
experimentava o envelhecimento espiritual. substituindo a presença e
a direção de Deus pela razão humana e uma tradição religiosa. Algo
sem vida e incapaz de trazer bênçãos para a nação.
O aspecto exterior da vida espiritual de Israel era como uma "roupa
velha." O desgaste era visível a todos, nas práticas e costumes do
povo. Isto refletia o aspecto interior, que era como "odres velhos." No
coração do homem havia apenas a tradição e lembranças da
operação de Deus no passado - um "vinho" que há 400 anos não era
renovado.
Desenvolvimento
Mas quando os sinais do envelhecimento estava bem visíveis e a
situação muito difícil, o Senhor Deus providenciou um renovo para o
seu povo, revelando uma nova etapa de um Projeto estabelecido
antes do mundo ser criado, desde a eternidade. É dado a conhecer o
que estava oculto no Velho Testamento e agora está revelado no
Novo Testamento - o Senhor Jesus. Ele é a revelação de Deus e a
resposta para toda necessidade humana.
Hoje também o Senhor renova a sua igreja, preparando-a para
uma nova etapa da sua Obra. Podemos testemunhar um derramar
do Espírito Santo muito especial - um "vinho novo", preparando a
igreja para um grande acontecimento profético: o arrebatamento. A
igreja, como uma noiva, é formada pelos "filhos das bodas" que se
preparam para ir ao encontro do seu Senhor. Vem chegando o dia
perfeito; as bodas do cordeiro de Deus.
Como aconteceu naquela época em Israel, hoje também muitas
pessoas têm dificuldade de entender e aceitar a Obra de Deus através
do Senhor Jesus. Havia um contraste entre os discípulos de Jesus e os
discípulos de João e dos Fariseus. Por isso as dúvidas, os
questionamentos e as comparações " ... não jejuam os teus discípulos?" A
dificuldade residia na mentalidade reinante na época, que é a mesma de
hoje. O senhor Jesus resgata o homem dessa condição, preso a
costumes e tradições religiosas, revelando com toda clareza o projeto de

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239

Deus, onde tudo tem um tempo e um modo determinado por Deus Pai.
O Senhor está no controle e todas as coisas contribuem para o bem do
seu povo. O homem é chamado a experimentar uma nova forma de
vida, sob a direção do Espírito Santo no seu interior. Uma Obra realizada
por revelação.
Não é uma questão de fazer jejuns, orações, ofertas... Não existem
substitutos para a revelação. Hoje, como naquela época, a questão é
conhecer Jesus por revelação, Jesus vivo. Enquanto tiver Jesus revelado
(o esposo) o homem não precisa utilizar meios (jejum) de alcançar a
graça de Deus, pois ela está presente na direção do Espírito Santo -
"enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar." Apenas quando o
homem perde a revelação, ficando somente com a razão ou os
costumes, então deve utilizar os meios de graça e buscar o Senhor -
"tirado o esposo, e então jejuarão." Não se trata de ter boas idéias e
seguir costumes religiosos, por melhores que sejam, mas de ser capaz de
ouvir a voz de Jesus e realizar o projeto de Deus para as nossas vidas.
A Obra de Deus requer uma mudança completa de estilo de vida,
uma nova mentalidade. Muitas vezes queremos entregar a Deus
apenas o aspecto exterior, que nos traz dificuldade e que não
conseguimos resolver , colocar "remendo de pano novo em roupa
velha", para continuarmos com o interior igual ao que era antes -
com o "odre velho." Mas não importa o quanto tentemos, este
procedimento não vai trazer a solução. O problema interior e os seus
aspectos externos irão aumentando a cada tentativa frustrada.
Muitos hoje se encontram assim, diante de dificuldades que parece
insuperáveis - "'... a rotura fica maior .. os odres estragam-se." A Obra
de Deus não pode ser alcançada dessa maneira entorna-se o vinho."
A benção para as nossas vidas, a Obra que o Senhor tem
preparado para nós, requer unia mudança completa, uma
renovação da mente e da maneira de ser. Uma mudança tanto
exterior (conduta) quanto interior (coração) - "vinho novo em odres
novos." O Senhor nos deu o Espírito Santo para nos guiar -, não há
mais lugar para os nossos costumes e tradições. Tudo já está
preparado para as bodas, temos apenas que receber o presente de
Deus - Cristo em nós, esperança da glória. O dia perfeito vem
chegando.
Conclusão
Quando aprendemos a caminhar com Jesus, sendo seus discípulos,
recebemos através do Espírito Santo aquilo que Deus Pai já tem
preparado para cada um de nós. Uma Obra profética onde Deus vai
revelando a sua vontade a cada dia. indicando o, tempo e o modo
de cada coisa, nos fazendo experimentar a sua graça maravilhosa.
Preparando a sua igreja.

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57-MIFIBOSETE

II Samuel 19: 24 - 30

INTRODUÇÃO - Quando Absalão se rebelou contra o rei Davi, seu pai,


para tomar-lhe o trono de Israel, ele preferiu fugir com todos aquele que
lhe permaneceram fiéis, do que enfrentar seu próprio filho. Aquele foi
um grande momento de prova e humilhação para Davi, mas aquela
situação não perdurou por muito tempo e logo Absalão foi derrotado e
morto numa batalha entre seus homens e os de Davi.
Após a batalha, as coisas começaram a se normalizar, então Davi saiu do
exílio e retornou a Jerusalém para reassumir o trono. Muitos que
permaneceram na capital durante a revolta, saíram ao encontro do rei
para recebê-lo no meio do caminho até Jerusalém.
Também Mefibosete, filho de Jônatas, que após a morte de seu pai foi
recebido no palácio para ser sustentado pelo rei, com a honra de sentar-
se com ele à mesa e tomar posse de todas as terras que pertenceram a
Saul, seu avô, saiu a encontra-se com Davi. Mefibosete era coxo das
pernas, por causa de uma queda que sofreu quando criança, e no
momento de encontrar-se com o rei apresentou-se de uma maneira
completamente indigna para a situação e para a forma como era tratado
pelo seu benfeitor, o rei Davi.

Assim se apresentou Mefibosete ao rei que voltava para retomar o


governo de Israel:

 PÉS SUJOS - Os pés falam do caminhar e quando eles estão sujos, isso
significa um caminhar descalço (sem os pés calçados na preparação
do Evangelho da paz), tortuoso, sem santificação e pureza, mas na
sujeira deste mundo e no lamaçal do pecado. Quando alguém deixa
de caminhar segundo a Revelação da Palavra e passa a seguir suas
próprias paixões e pensamentos, logo perde o revestimento para seus
pés e eles se tornam sujos.

 BARBA GRANDE - Uma das coisas que nos identificam é o nosso rosto.
Cada pessoa tem um rosto diferente que as torna conhecidas até por
fotografias, desenhos, etc. O rosto representa a nossa identidade, ou
aquilo que nos identifica. Mas se alguém usa uma barba, logo a sua
identificação se torna difícil, pois ela esconde suas verdadeiras feições,
por isso quando alguém vai tirar a carteira de identidade o órgão
expedidor não aceita que a pessoa apresente sua fotografia com
barba. A barba por fazer, isto é, crescida, representa uma falta de

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identidade ou de definição em relação a alguma coisa. Existem


pessoas que se dizem servos de Jesus, mas não têm nenhuma
identificação com Ele. A presença do Senhor Jesus na vida de um
servo aformoseia seu rosto.

 VESTIDOS SUJOS - Os vestidos revestem o nosso corpo e muitas fezes


representam de forma exterior aquilo que somos interiormente.
Quando alguém olha para nós logo percebe nossos vestidos e através
deles faz um julgamento a nosso respeito. Se eles estiverem sujos, esse
julgamento não será dos melhores. Os vestidos apontam para a nossa
vida espiritual e para o nosso testemunho. Há pessoas cujas obras e
atitudes exteriores não condizem com a fé que pregam. Os vestidos de
Mefibosete estavam sujos quando ele foi encontrar-se com o rei, e
aquilo representava o seu estado interior.

Esta era a situação de Mefibosete quando o rei Davi voltou para reinar
novamente em Jerusalém. Ele não havia se preparado nem procurando
cuidar de sua vida e de sua aparência para receber o rei. Diante daquela
situação Davi perguntou a Mefibosete porque ele não o seguiu (não o
obedeceu) quando saiu da cidade em direção ao deserto, e ele
respondeu que a culpa era de Ziba, seu servo, que o havia enganado,
transferindo assim a culpa pela sua situação para outras pessoas. Davi
então mandou que ele parasse de falar dos seus problemas e negócios e
que tratasse de repartir as terras com Ziba, mas ele recusou, dizendo:
“Tome ele também tudo”.

CONCLUSÃO - O Senhor tem tirado o pecador (o coxo) do meio em que


se encontrava (o mundo) e o colocado na sua presença, assentado nas
regiões celestiais com Cristo, para se alimentar daquilo que pertence ao
Senhor. Em Jesus o homem tem recuperado tudo que perdeu ao
desobedecer a Deus. O Senhor Jesus foi rejeitado pelos seus
compatriotas, mas em breve seus inimigos serão derrotados e Ele voltará
vitorioso para reinar sobre todo o mundo. Jesus ordenou que seus
servos se preparassem para o dia de sua volta, que seria de surpresa. No
entanto, muitos não têm se preparado e serão encontrados como
Mefibosete. Há aqueles que não têm cuidado de manter seus pés
calçados na Palavra revelada e limpos de toda sujeira. Há aqueles que
não se preocupam com sua identificação com o Senhor diante do
mundo e outros não cuidam do seu testemunho e vida espiritual,
provocando até escândalos para o Evangelho. Quando o Senhor voltar,
muitos procurarão colocar a culpa pelos seus problemas e pecados nas
outras pessoas, e por isso não terão motivarão para tomar posse da terra

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prometida, deixando tudo para os outros. Esses ficarão de fora quando o


Senhor inaugurar o seu reino milenar aqui nesta terra (Apocalipse 22:
15).

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58-A FESTA DE BELSAZAR (A vida no mundo)

“O rei Belsazar deu um grande banquete...” Daniel 5:1 a 4

A festa pagã de Belsazar é símbolo perfeito do mundo sem Deus,


em declínio, que não se dá por avisado diante do juízo de Deus. Nela
vemos o retrato da conduta repreensível vulgar no mundo e
encontramos os ingredientes que compõem os manjares oferecidos ao
homem dos nossos dias. Os quatro fundamentos que firmam e animam
a vida do homem sem Deus, atraindo-o aos banquetes e conduzindo-o
à morte estão nesta festa babilônica.
- Embriaga-se com vinho - O vinho (símbolo de alegria) que Belsazar
bebeu com os seus grandes não foi o vinho do Espírito Santo que gera
vida, mas o vinho do mundo em que há pecado sob toda forma. As
festas do mundo (os atrativos, as diversões, os eventos musicais, os
programas...) convidam as pessoas à dissolução, à alegria da banalidade,
àquilo que é nocivo e carnal.
- Apega-se aos grandes - A sociedade tem fabricado os seus ídolos,
aqueles que aos seus olhos são tidos como grandes. E tomando-os por
modelos os trazem para animar as suas festas (os grandes
acontecimentos sociais). Quantos jovens - e até adultos - não querem
imitar os que aparecem nas televisões, nos jornais e revistas e os
tomarem por modelos?
- Traz os vasos da casa de Deus - Vasos, na palavra, significam vidas
humanas que são trazidas do templo (casa de Deus) para a festa (o
mundo) para serem usadas nas mãos de Belsazar (adversário) para
apagar o nome de Deus. Os vasos preciosos, as vidas, uma vez tirados
do templo em Jerusalém, da presença do Senhor e a fortaleza da
comunhão, tornam-se presa fácil no mundo, para serem objeto de
escárnio. O mundo está debochando das coisas de Deus com os lábios
(palavras torpes), nos gestos (gestos obscenos), no vestir e numa mente
contaminada por tudo o que é nocivo.
- Entrega-se à idolatria - “Porquanto não quiseram o amor de Deus para
se salvarem, Deus os entregou a um sentimento perverso” Rm. 1:28.
Vivemos um mundo marcado pela perversão espiritual, onde o
misticismo, a superstição e toda sorte de adoração a ídolos tomou lugar
na prática religiosa do povo. Consulta a horóscopos, a prática de
feitiçaria, a invocação de espíritos malignos, simpatias são apenas alguns
dos exemplos das iguarias que fazem parte da grande mesa de Belsazar.
Diante deste quadro assustador que configura no mundo onde a
morte (o inferno) é o pago (salário) da irresponsabilidade com que
atentam para os avisos de Deus, a hora do juízo de Deus não tarda
sobre o impuro. No verso 5 vemos o tempo do Senhor - “Na mesma
hora...”. Estavam ainda no calor da animação, na euforia de uma noite

244
245

que não parecia ter fim, quando foram surpreendidos pela mão que
escrevia na parece. “Como um relâmpago...assim será a vinda do filho
do homem” Mat. 24:27-28.
- O semblante do rei mudou - A descrição da mudança do rei nos fala
de toda a fraqueza e insegurança daqueles que tem posto sua
esperança na certeza deste mundo. Aquele que era o grande, o sábio e
o poderoso anfitrião (os grandes astros, os políticos famosos, os grandes
empresários...) revela à vista de todos, toda a sua pobreza material e
espiritual (suas enfermidades, sua vida íntima degenerada...). Por certo
seus súditos se interrogavam: “Onde pusemos nossa confiança?”.
- Mandou chamar os adivinhos - O rei procurou apoio naquilo que já
havia se revelado falido nos dias de seus pais: os sábios, adivinhos,
magos, astrólogos. Não puderam fazer nada. Toda ciência e tudo o que
para o rei tinha muito valor, foi considerado nada no momento do juízo.
Ninguém pode fazer nada quando Deus trata com o homem.
- O terceiro no reino - O que é que o rei ofereceu àqueles que
interpretassem a visão? Aquilo que tinha - os ornamentos (materiais) que
ostentavam as glórias de um reino que já havia acabado.
Diante desse quadro sombrio em que vive o mundo, no qual o
homem incauto torna-se cativo no reino da Babilônia (do adversário),
muitos acabam confundidos e perdem a noção da sua origem, o
sentido da sua existência e rumo do seu destino. A igreja é como Daniel,
conhece o dia e a hora, sabe seu passado, identifica o presente e
vislumbra o futuro.
- A posição do servo - Ser definido como Daniel (não o ancião, mas o
jovem Daniel), “não se contaminar com as iguarias do rei”. A experiência
externa de Daniel era fruto de uma definição interior. Sabia que se sua
escolha vacilasse, a sua fé manquejava. “Não se contaminar - não
comer”. Era ato de todo dia e do dia todo. Não havia férias, nem feriado.

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59-I REIS 21:1-3 - A HERANÇA


I - INTRODUÇÃO
1.1 - Um Bem Maior
1.2 - A Vinha de Nabote
II - A HERANÇA
2.1 - Único bem
2.2 - Sustento
2.3 - Segurança - Descanso, Paz, Alegria
III - INIMIGOS DA HERANÇA
3.1 - Rei - O Adversário \ O
3.2 - Rainha - A carne / mundo
IV - ARGUMENTOS DO REI
4.1 - Sou seu vizinho
4.2 - Dependo disto
4.3 - Troco por outra igual
4.4 - Pago qualquer valor
V - O FIEL HERDEIRO
5.1 - Jamais trocar a herança
5.2 - Herança ( A Obra)
VINHA - ESP. SANTO
HERANÇA - DO PAI
MORTE - DO FILHO
BEM MAIOR - O homem anda sempre em busca de um bem maior.
Varia sempre de acordo com nossas aspirações: profissional, financeira,
escolar, cargos, etc.). As pessoas não estão satisfeitas. Existe hoje no
mundo um mal que se chama Crise existencial. Não sabem porque
nascem, porque da desilusão, desencanto, o desejo dele é um bem
maior. Nós lutamos por este bem maior. O homem é um eterno
insatisfeito.
A HERANÇA - O crente fiel encontra na obra do Espírito aquilo que ele
precisa: Um bem maior.
O bem maior traz: Descanso - Mt. 11:29 (Encontr. descanso para
vossas...)
Paz - Rm. 14:17 (O reino de Deus é justiça, paz e ...
Alegria - ... alegria no Espírito Santo).
Nabote possuía uma vinha que era o seu sustento, segurança. Era
sua herança. A vinha é permanente. Ali estava o seu descanso, sua paz,
alegria. Nós temos nossa herança. Nesta herança temos a paz, o
descanso, a alegria, a nossa segurança. A obra para nós é a nossa
herança, é o nosso bem maior. Nós temos que vigiar esse bem maior.
* Para Nabote: Descanso - sombra debaixo das parreiras.
Paz - lugar tranqüilo.
Alegria - ver os frutos.

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INIMIGOS DA HERANÇA - O inimigo é seu vizinho. Estão nos olhando,


olhando a herança. Os vizinhos da herança eram o rei e a rainha, o
adversário e a carne. Eles querem a herança.
ARGUMENTOS DO REI - Sou seu vizinho - São os que estão perto, que
está conosco sempre, participa das nossas idéias, gostos, vivemos em um
mundo de envolvimentos. Às vezes perdemos a bênção porque damos
ouvidos ao vizinho (parente, escola, trabalho...). O vizinho está de olho
na herança.
Dependo disto - O adversário não dá folga ao que está com o herança.
Queria a vinha de Nabote, tirar a alegria de Nabote. O adversário não
está satisfeito é com você. A vinha é coisa permanente. Quero plantar
uma horta, coisa parecida, mas o que ele quer é acabar com o vinho.
Troco por outra igual - Deus está em todo o canto, tudo é a mesma
coisa, o que vale é a intenção, mesmo Deus. Obra é Obra, religião é
religião. A planta que está na obra não tem outra igual. A revelação não
se troca.
Pago qualquer valor - Que argumento convincente. Pode pedir o que
quiser. Mt. 4:9 “Tudo isto te darei, se prostrado me adorares”. Só o caído
adora o adversário. Quer tirar os que foram chamados para adorar o
Senhor. São as insinuações, as propostas, um olhar, um sorriso... O
homem cai porque não é grato a Deus. Ele é um insatisfeito. Botou na
cabeça que é alguma coisa e não é nada. Não encontrou o bem maior
na sua vida.
O FIEL HERDEIRO - Jamais trocar a herança - A herança não tem preço.
Não tem para onde ir. “Guarda-me o Senhor, ...jamais trocar a herança”.
Resposta muito segura. A carne estava do lado, junta-se ao adversário.
“Aquilo que você não pode eu posso”. Esta Obra é o nosso bem maior.
A herança está relacionada com a vida eterna.
O herdeiro é o que nos vem. Custou a morte do Senhor Jesus. Jamais
trocar a herança do Senhor Jesus.
A vinha - O Espírito Santo. Bênção do Espírito Santo.
Herança - do Pai.
Morte - do Filho (tipificado na morte de Nabote)-OBS.: Ou você mata a
carne ou a carne te mata.

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60-O DEUS DA ALIANÇA

“E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no


seu templo: e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e
grande saraiva”. Apoc. 11:19

OBJETIVO DA MENSAGEM DO DIA 31/12/00

1 – Apresentar o Senhor nosso Deus como o Deus da Aliança.

1.1 – Trazer à memória de todos que o propósito de Deus com


relação ao homem foi sempre o mesmo: firmar com ele uma aliança.
DEUS NUNCA MUDOU.

1.2 – Para tanto, desde a criação Ele busca se revelar ao homem


de diversas formas e em diversas épocas.

1.3 – Para cada época, uma forma de agir, buscando se relacionar


com o homem para torná-lo dele e, ao mesmo tempo, ser sua
testemunha aqui na terra.

2 – Resgatar o homem para junto de si mesmo, já que o homem, por ser


racional é, na verdade, todo o objeto de sua preocupação sendo, por
isso mesmo, a coroa da criação.

3 – No objetivo de resgatar o homem, Deus cria um projeto e insere nele


todos os recursos possíveis para alcançar o seu objetivo.

3.1 – Ao examinarmos a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, que é a


base escrita do projeto para o resgate do homem, levando-o à
eternidade, podemos citar alguns exemplos dessa relação misteriosa que
perpetuou nomes como: Adão e Eva, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Jefté,
1
Davi e os profetas e, por último, enviou o seu próprio filho: Jesus.
Se nos detivermos um pouco em alguns dos exemplos citados
acima, vamos observar como Deus trata com os servos:
ABRAÃO: Deus trata com Abraão de forma peculiar: a maneira como lhe
fala – a conversa através dos anjos; como dirige os seus passos;
como se revela chamando-o de amigo; preocupado com o seu
destino, tira-o da terra, da sua parentela “... sai-te da tua terra, e da
tua parentela...”. Gen. 12:1; como lhe faz promessas e as cumpre:
“E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o
teu nome e tu serás uma bênção”. Gên. 12:2.

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249

- Como lhe dá satisfação dos seus atos quando envia anjos para
anunciar a destruição de Sodoma e Gomorra “E disse o Senhor:
ocultarei eu a Abraão o que faço?”. Gên. 18:17.
- Como Abraão é introduzido na terra de Canaã. Gên. 12:7. “...à tua
semente darei esta terra...”.
MOISÉS: “... Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a
minha casa; boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figura,
pois ele vê a semelhança do Senhor...”.Num. 12:7-8.
- Como se revela a ele na sarça através do fogo;
- Como dá-lhe as Tábuas da Lei no monte com relâmpagos e
trovões ao amanhecer do terceiro dia;
- Como entrega-lhe um povo ao seu governo, sua direção;
- Como revela-lhe com riqueza de detalhes como o tabernáculo
seria levantado para lugar de sua habitação. “E me farão um
santuário, e habitarei no meio deles”.
Êxodo 25:8.

2 DAVI: “...Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração,


que executará toda a minha vontade”. Atos 13:22.
- Como Deus não vê a aparência. Quando Samuel vai à casa de
Jessé e se depara com os seus filhos logo indaga se não era um
daqueles o ungido, mas o Senhor prontamente lhe responde:
“...Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua
estatura,... porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o
homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para
o coração”. I Samuel 16:7.
- Como Davi é tirado do rebanho. “Ainda falta o menor, e eis que
apascenta as ovelhas...” I Samuel 16:11. “...Eu te tomei da malhada,
de detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o meu povo,
sobre Israel”. II Samuel 7:8.
- O Homem sensível – como Deus o inspira para profetizar.
- O salmista profetizando acerca do Messias.
“O Senhor é o meu pastor...” Salmo 23:1.
“Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”. Salmo 22:1.
“Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor
poderoso na guerra”. Salmo 24:8.
“Disse o Senhor ao meu Senhor: assenta-te à minha mão direita;
até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés”.
Salmo 110:1.
CONCLUSÃO:
3

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250

Em todas as alianças: com Adão, com Abraão, Isaque, Jacó, Jefté,


Davi e os profetas, o Senhor revelou parte dos seus
mistérios que apontavam profeticamente para uma nova ordem de
coisas, uma nova aliança.
Para a Igreja Deus revelou todo o mistério.
A aliança é universalizada em Jesus que, quando expirou na cruz,
rasga de alto a baixo o véu, revelando todo o mistério que estava
oculto: a arca da aliança que estava no Santo dos Santos.
Naquele instante, a aliança estava selada, uma aliança firmada no
seu sangue, no seu grande amor que está à disposição do
homem. No seu próprio amor, no seu Espírito Santo derramado
que dá ao homem uma nova visão de vida, do novo nascimento
que passa a ser herdeiro da eternidade.
A maior aliança, a grande aliança foi providenciada por Deus,
dando todo o seu amor ao homem através de Jesus, que
derramou o seu próprio sangue.
Hoje a grande aliança já está selada através do Espírito Santo,
nosso Consolador, nosso Caminho, nossa Verdade, nossa Vitória.
O nosso Salvador.

250
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MARANATA! O SENHOR JESUS VEM!

IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE


4

61-NEEMIAS

“Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei


descer”

Neemias 6:3

INTRODUÇÃO

Neemias estava no reino persa, assim como Éster. Servia como


copeiro do rei, porém, seu coração estava com o povo que por ordem
de Ciro, rei da Pérsia, havia voltado para Jerusalém liderado por
Zorobabel e Esdras.
Quando veio Hanani, um dos seus irmãos, veio com outros de
Judá, Neemias perguntou logo pelo povo, pela cidade de
Jerusalém.
Ao ouvir que os muros de Jerusalém estavam fendidos, as portas
queimadas a fogo e que os judeus estavam em grande miséria e
desprezo, Neemias imediatamente se posiciona ao lado do seu povo.

ATITUDE DE NEEMIAS

Meditou na situação, buscou ao Senhor em confissão pelos


pecados do povo e os seus, não acusou, mas confessou, numa busca de
solução para tão grande mal. Jejuou, orou e compareceu perante ao rei
e Neemias corajosamente expõe o que estava no seu coração. O rei foi
tocado por seu semblante triste, quando nunca antes estivera.

Neemias 2:4 “E o rei me disse: Que me pedes agora...?”

E orei ao Deus dos céus - foi um clamor para ser usado com graça e
poder.
Peço-te que me envies.
Dêem-se-me cartas para governadores;
Carta para Ozafe, guarda do jardim do rei para que me dê madeira;

251
252

Uma casa para morar.


Glorificou ao Senhor reconhecendo a boa mão de Deus.
Não dignificou a si, mas ao Senhor, atribuiu a ele a primeira vitória
alcançada.
Neemias agiu no silêncio. Não chamou atenção para si.

RESPOSTA DE NEEMIAS AO ATAQUE DO INIMIGO

O adversário logo se manifestou, mostrando desagrado que


alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.
Neemias 2:10

“O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo


amonita, ficaram extremamente agastados de que alguém
viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.”

Diante das zombarias e afrontas, Neemias responde ao inimigo,


não se acovarda e mostra-se forte.

Neemias 2:20

“Então lhes respondi: O Deus do céu é quem nos fará


prosperar; e nós seus servos, nos levantaremos e edificaremos:
mas vós (os inimigos) não tendes parte, nem justiça, nem memória
em Jerusalém”.

OS INIMIGOS CONSPIRAM PARA INTIMIDAR NEEMIAS

Os inimigos manifestaram-se cinco vezes para fazerem Neemias


desistir da obra que se dispôs a fazer. Intentavam um acordo, mas o
servo respondia da mesma forma:

Neemias 6:3 “Estou fazendo uma grande obra de modo que não podia
descer.”

Neemias revelou-se vitorioso (vencestes o maligno).


Levantemo-nos.
Edifiquemos.
Esforçavam suas mãos para o bem.

Neemias era forte, a Palavra de Deus habitava nele, e como resultado o


maligno foi vencido.

Neemias tinha consciência da grandeza da obra.


Sabia que seu lugar era junto à obra.

252
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Tinha consciência do prejuízo que viria se ele a negligenciasse.

v. 9 “Pois todos eles nos procuravam atemorizar, dizendo: As


suas mãos hão de largar a obra, e não se efetuará. Mas agora, ó
Deus, fortalece as minhas mãos.”

Neemias entendeu que o inimigo queria aterroriza-lo fazendo


largar a obra. Orou a Deus: “Agora pois ó Deus, esforça as minhas
mãos”.
O trabalho precisava das mãos. Era reconstrução de muros de
Jerusalém.

v. 10 “Fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel,


que estava em recolhimento; e disse ele: Ajuntemo-nos na casa de
Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão
matar-te; sim, de noite virão matar-te.”
Por ainda não o ter intimidado, partiram para induzi-lo ao medo da
morte: “Virão matar-te à noite.”
A força se manifesta num desafio.

“Um homem como eu fugiria?”

O covarde foge ante às ameaças, mas o que está na força do


Senhor, confia na vitória.
Subornaram homens para atemorizar o servo.
Finalmente a vitória: a obra foi construída em cinqüenta e dois dias.

Os inimigos não só foram derrotados, mas reconheceram que


Deus fizera aquela grande obra determinada por Deus: “A reconstrução
dos Muros de Jerusalém.”

v.16 “Quando todos os nossos inimigos souberam disso, todos


os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito em
seu próprio conceito; pois perceberam que fizemos esta obra com o
auxílio do nosso Deus.”

I João 2:14 “Sois fortes”. A palavra de Deus habita em vós. Já venceste o


maligno.

Este é o grito de vitória que Deus quer em cada os seus servos.


Neemias experimentou a vitória contra o inimigo, porque ele sabia
que o seu Deus era o Deus da vitória.

Neemias 6:16 “Quando todos os nossos inimigos souberam disso,


todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se

253
254

muito em seu próprio conceito; pois perceberam que fizemos esta obra
com o auxílio do nosso Deus.”

Para maiores esclarecimentos, dirigir-se ao Presbitério pelo e-mail:


secretaria@presbiterio.org.br

Rua Torquato Laranja, 90 – Centro


Vila Velha - CEP.: 29.100-370
Espírito Santo - Brasil
Tel.: 27 – 320-3300 Fax.: 27 – 329 – 0219

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62-ZAQUEU
IGREJA CRISTÂ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE

Tema: MINISTÉRIO EVANGELÍSTICO DO SENHOR JESUS


Título: O CHAMADO: A EXPERIÊNCIA DE ZAQUEU
Objetivo: Preparo para a evangelização e assistência aos novos
convertidos.
Texto: João 17:4-5,8
Mateus 10:16,19,20-26
Lucas 19:1-10

1ª AULA

INTRODUÇÃO

O Senhor deseja a participação de todos, especialmente dos jovens

e secundaristas de Sua igreja na assistência ao visitante, no cuidado com

o acompanhamento pessoal aos novos e, assim, revelou que a primeira

aula iniciasse lembrando a Obra realizada por Jesus na sua oração

intercessora ao Pai que se encontra em João 17.

 O Senhor escolheu o homem para transmitir e realizar a sua Obra

Marcos 16:15 – “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda


criatura”.

 O homem não está só

O Espírito Santo orienta e lembra todas as coisas que Jesus


ensinou:

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256

João 14:26 –“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai


enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo vos tenho dito”.

O que Jesus enfrentou, durante o seu ministério, está registrado


para que, tendo o conhecimento da Palavra, possamos, também, saber
como agir. Quando um visitante nos contar um problema, vamos orar
para que o Espírito Santo nos ajude a lembrar como Jesus agiria naquela
situação.

DESENVOLVIMENTO

 Como os discípulos, nós também fomos chamados para fazer a


Obra.

Mateus 9:37 - “A seara é grande, os trabalhadores são poucos”.

Vocês estão sendo chamados para levar palavras de vida eterna


aos aflitos, aos cansados, aos que estão sem direção. Este trabalho
começa aqui, dentro da igreja, no atendimento ao visitante, no
acompanhamento dos novos na fé, e continua nas escolas, no trabalho,
nos lares, enfim, por onde quer que formos.
O Senhor Jesus nos chama; nós atendemos o Seu chamado.
Agora, Ele nos envia, com a seguinte orientação: “sede prudentes e
símplices”.

Mateus 10:16

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos: portanto,


sede prudentes como as serpentes e símplices como as
pombas.”

Jesus disse que seremos enviados como ovelhas no meio de lobos.

Essa é a situação: ovelhas no meio de lobos. O trabalho não é fácil


- “Não temais”, mas o Espírito Santo fará todas as coisas; seremos, apenas,
instrumentos usados pelo Senhor.

ZAQUEU

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257

Em Lucas 19: 1-2 o texto nos mostra as características de Zaqueu:

 Morava em Jericó
 Chefe dos publicanos - chefe dos cobradores de impostos
públicos.
 Cargo malvisto entre os judeus.
 Suspeito de enriquecimento ilícito. Era rejeitado por muitos, e até
odiado.
 Era rico. O Senhor Jesus fala, em Mateus 19:24; “... É mais fácil
passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um
rico no reino de Deus”.

O Senhor quer nos mostrar, através destas características, que


também encontraremos pessoas com estes atributos, mas que o Espírito
Santo de Deus pode operar e transformar.

 DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ZAQUEU

Lucas 19:3-4

“E procurava ver quem era Jesus e não podia, por


causa da multidão, pois era de pequena estatura. E,
correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver,
porque havia de passar por ali.”

Procurava ver quem era Jesus, mas não conseguiu, por dois

motivos:

A multidão o impedia.

Era de pequena estatura.

Hoje não é diferente. O homem tenta ver Jesus, mas as multidões

envolvidas com os “movimentos” em torno de Jesus, criam seus próprios

257
258

conceitos, e impedem que o homem tenha um verdadeiro encontro

com o seu Salvador.

O homem tenta aproximar-se de Jesus, mas as próprias multidões

que o pregam, o impedem de vê-lo e conhecê-lo. O resultado é que este

continua sem saber quem é o Senhor.

Sua pequena estatura nos fala de uma limitação própria, pessoal,

do homem, que pode impedir o seu encontro com Jesus.

 SOLUÇÃO IMEDIATA

 Sobe em uma figueira brava, para ver Jesus passar.


Zaqueu tenta ver Jesus através do seu esforço humano, em cima

da árvore, por entre as folhagens.

Este é o projeto do homem, que, com todo seu esforço, só faz com

que ele tenha, no máximo, um ponto de vista limitado a respeito de

Jesus.

 O ENCONTRO COM JESUS

Lucas 19:5

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“E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e

disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém

pousar em tua casa.”

O apelo de Jesus: “Zaqueu, desce depressa, pois hoje me convém

pousar em sua casa”:

Zaqueu – O Senhor o conhecia pelo nome

Desce depressa - da sua vaidade, do seu ponto de vista, da sua

religiosidade, da sua posição, do seu orgulho.

Desce depressa - o homem precisa reconhecer a necessidade de

ter o Senhor em sua vida.

Hoje - Deus tem pressa em salvar o homem

Hoje é o tempo do Chamado de Deus, da oportunidade de

salvação: “se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos

corações”(Hebreus 3:15). O Senhor está preocupado em ver o homem,

em propiciar um encontro com ele e, muito mais do que isto, entrar em

sua casa espiritual - seu coração - e fazer, ali, morada.

O atendimento ao apelo: Lucas 19:6 - “Apressando-se, desceu e o

recebeu com alegria”.

259
260

Apressando-se – compreendeu o hoje de Jesus

Desceu – Zaqueu descendo da sua limitação humana encontra

com Jesus descobriu a maior riqueza: o projeto de salvação de Deus

para sua vida.

Recebeu com alegria – É a alegria da salvação.

Cada homem tem suas limitações pessoais. As de Zaqueu eram a

baixa estatura e a posição social, mas Deus providencia os meios para

solucionar cada problema.

 DIFICULDADE ENFRENTADA POR JESUS

Lucas 19:7

“E vendo todos isso murmuravam dizendo que entrara para ser

hóspede de um homem pecador”

 MURMURAÇÃO DA MULTIDÃO

A multidão se achava justa, exercia a justiça da lei, não exercia o

amor e nem entendia o amor do Senhor Jesus.

260
261

Jesus quer nos tornar cientes que fatos como estes acontecerão. E

quer nos prevenir para que não sejamos impedimento ao necessitado

com nossos julgamentos e murmurações.

 O RESULTADO DA EVANGELIZAÇÃO

Lucas 19:8

“E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou

aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho

defraudado alguém, o restituo quadruplicado.”

 Zaqueu reconhece Jesus como Senhor


 Zaqueu sente a necessidade de exercer a misericórdia para com o
próximo
 Produziu pela operação do Espírito Santo, um desejo de
reconciliação.

CONCLUSÃO

261
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Com este estudo o Senhor quer nos mostrar que está sempre

pronto para providenciar os meios para que as limitações dos homens

sejam vencidas. Ele nos alerta a não sermos um empecilho para aqueles

que precisam ter um encontro real com Jesus, tendo suas vidas

restauradas em todos os seus valores, e passando imediatamente a viver

dias de alegria na presença do Senhor.

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63-“O FILHO PRÓDIGO”

Tema: “O cuidado para não perder a ALIANÇA”

Lucas 15:11-24

v.11 “Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos.


v.12 O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens
que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres.
v.13 Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu
para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo
dissolutamente.
v.14 E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma
grande fome, e começou a passar necessidades.
v.15 Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o
mandou para os seus campos a apascentar porcos.
v.16 E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os
porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.
v.17 Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai
têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
v.18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei
contra o céu e diante de ti;
v.19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos
teus empregados.
v.20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe,
seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-
se-lhe ao pescoço e o beijou.
v.21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou
digno de ser chamado teu filho.
v.22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa,
e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés;
v.23 trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e
regozijemo-nos,
v.24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido,
e foi achado. E começaram a regozijar-se.”

1 – O QUE LEVA O HOMEM A QUEBRAR A ALIANÇA?

v.12 – “O mais moço...”

 Fala do imaturo; (não conhece o projeto para a sua vida)

263
264

 Fala do homem sem experiência; (despreza a benção)

O homem sem experiência com o SENHOR (imaturo), está


propício a desprezar a ALIANÇA com o PAI.

v.12 – “Dá-me a parte da herança...”

 Fala do homem que não alcançou todo o projeto, mas sim


parte dele;

 O homem que vive o evangelho para o tempo presente


(esta vida), um dia vai romper com a aliança.

 Fala do homem sem compromisso (culto, grupo de


assistência).

 Ex. 12:10 “E nada dele deixareis...” comer todo o cordeiro.

 Fala do homem que só alcançou parte do projeto, parte


dele; do homem que fica somente com a bênção de Deus
para esta vida. Associa a benção de Deus às coisas materiais.

 Ex.: Esaú e Jacó Enquanto Jaci lutava pela benção da


primogenitura (Eternidade); Esaú trocou
tudo por um prato de lentilhas, trocou a
benção maior pelas coisas desta vida.
Esaú eu tenho o bastante
Jacó eu tenho tudo

2 – CONSEQÜÊNCIA DO ROMPIMENTO DA ALIANÇA

v.13 – “Partiu para uma terra longínqua...”

 Longe do Pai;
 Longe da presença do PAI;
 Longe, impossibilitado de ouvir o PAI;
 Fora da comunhão.

v.13 – “Vivendo dissolutamente...”

 O homem longe da comunhão com o Pai, é levado a viver


sobre o domínio do adversário, uma vida sem sentido;

264
265

 Não tenho Pai, não tenho Herança para herdar, não tem
mais ninguém por ele, está só.

v.14 – “Grande Fome...”

 Longe da comunhão com o Pai, logo falta o PÃO (palavra


revelada) pois o mundo não tem o que o homem precisa.

v.14 – “Padecer necessidades...”

 Desprovido dos benefícios da comunhão com o Corpo.


 Quando doente A igreja visita (I Sam. 30:13);
 Quando só A assistência do Espírito (Luc. 22:43).

v.15 – “Apascentar porcos...”

 Humilhação;
 Posição desfavorável;
 O homem dos nossos dias que não tem nenhuma benção
do Senhor, estar apascentando porcos, estar comendo
bolotas, estar no meio da sujeira e não tem como sair.

3 – COMO RETORNAR A ALIANÇA?

v.17 – “Tornando em si...”

 Uma necessidade, o homem precisa olhar para dentro de si.

v.18 – “levanta-me-ei...”

 Um propósito de rever sua posição.


 O propósito tem que ser seguido de uma ação.

v.20 – “Levantando-se...”

 Uma ação, pois somente o propósito, sem uma ação não


resolve;
 Levantar (sair do comodismo);
 Ir pelo caminho (JESUS) Dinâmica da caminhada.

v.21 – “Pequei contra o Céu,... Já não sou digno...”

 Fala da humildade, reconhecer o erro (afastamento).

265
266

 O homem que se acha justo, não vai entrar no reino do


céus;
 Pequei; ou seja, falhei com o projeto de Deus, ele tem
consciência do seus atos.

4 – OS BENEFÍCIOS DA ALIANÇA RENOVADA

 O Pai o recebe de volta (O amor do Pai);


 Beijou seu pescoço (O renovo da comunhão);
 Melhor vestido (Vestes de Salvação, Cobertura do Sangue de
Jesus);
 Anel na mão (Aliança renovada / Compromisso com a
Eternidade);
 Alparcas nos pés (Preparo para a caminhada / dinamismo
da caminhada);
 Bezerro cevado (Consciência do Sacrifício).

5 – CONSEQÜÊNCIA

 “Comamos e Alegremo-nos.”

266
267

64-QUE SAISTES A VER NO DESERTO

Mateus 11: 7

1. Que saístes a ver no deserto?

 A mensagem de João Batista tinha algo especial; era uma


mensagem de Obra, que tirava as pessoas de suas casas para ir
ouvi-la em um lugar onde elas normalmente não pensariam em ir,
isto é, as nossas igrejas.

2. Uma cana agitada pelo vento?

 Assim é a mensagem da religião, ela pende para onde o vento


(idéias, filosofias, modismos, etc.) está soprando, e segue a direção
que o mundo aponta. À medida que o mundo com sua influência
se agita, ela se agita também, pois o seu propósito é baseado no
compromisso que tem com a sociedade (direitos humanos, lutas
de classes, política e outros).

3. Um homem ricamente vestido?

 Referência a outra característica da religião, isto é, a aparência e a


pompa dos homens. A eloqüência e outros recursos usados por
pessoas preocupadas com sua projeção e imagem, que buscam
destaque pessoal e não a honra do Senhor.

 A estrutura das religiões hoje em dia está baseada naquilo que é


aparente e causa admiração. Ela está firmada em liturgias e
recursos que são puramente humanos e que não satisfazem a
alma. É o poder econômico, político e religioso que cativa a muitos
neste mundo, mas sem transmitir vida eterna.

4. Um profeta?

 A mensagem na Obra tem uma direção profética, e está


comprometida com a eternidade, por isso as pessoas têm vindo de
muitos lugares para ouvi-la.

267
268

 As roupas de João eram feitas de pêlos e estas devem ser


profeticamente as vestimentas dos pregadores desta Obra, isto é, o
revestimento do sangue de Jesus e a identificação com sua morte
e ressurreição. As vestes de pêlos falam de uma experiência com o
Senhor Jesus, e isto está no interior, no coração do servo.

 A mensagem na Obra é um testemunho e um anúncio de que o


reino está próximo, é uma convocação para o arrebatamento e a
vinda de Jesus.

 Por isso o Senhor Jesus deu testemunho de João Batista naquela


ocasião, e o faz hoje também em relação à sua Obra, pelo Espírito
Santo (o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia).

65-SAMUEL

Texto: I Sam. 1:9-20 e 2:1-2

Texto chave: I Sam. 1:20

“E aconteceu que passando algum tempo, Ana concebeu, e teve


um filho, e chamou o seu nome Samuel; porque, dizia ela, o tempo
pedido ao Senhor.”

I – INTRODUÇÃO

 O grande problema.

268
269

Solução: “Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas


grandes e firmes que não sabes.” Jr. 33:3

O caminho para mover o coração de Deus – Oração.

II – A busca – o preparo – madrugada, jejum, culto ao meio dia,


santificação.

Encontrando barreiras – Eli a toma por embriagada e diz: “aparta-te de


ti o teu vinho.”
O mundo – homem sem discernimento das coisas
espirituais – deseja que nos apartemos da
presença do Senhor.

A fé não vê barreiras, mas o poder de Deus.

A resposta à fidelidade – o fruto.


O fruto – Samuel.

INTRODUÇÃO

Ana vivia angustiada, triste, abatida porque era estéril. Era


humilhada contentemente por sua adversária.
As mulheres israelitas conheciam a promessa de um salvador, que
nasceria da semente da mulher, e por este motivo, aquelas que eram
estéreis não possuíam esta alegria, esta esperança gloriosa de poderem
gerar Jesus em seu ventre. E Ana passou por esta grande dificuldade em
sua vida. Hoje conhecemos jovens servos do Senhor, também nesta
situação por presumirem de si mesmo que não são capazes de gerar
Samuel. Ana foi um instrumento nas mãos do Senhor e o que nela foi
gerado foi pelo Espírito Santo, foi da vontade de Deus.
Não podemos permitir que o adversário nos humilhe lançando no
nosso rosto a esterilidade.
Os recursos para ser usado na obra: a oração, o preparo.
O Senhor nos privilegiou hoje com o exemplo da
instrumentalidade de Ana. Ela sabia o caminho para mover o coração de
Deus a seu favor.
Ana, tocou diferente o coração de Deus, de tal maneira que a sua
resposta foi imediata. Logo ela gerou a Samuel e a outros cinco filhos:
três homens e duas mulheres.
Este mês é dedicado a evangelização dos universitários. Temos
uma meta, um norte traçado pelo Senhor e precisamos alcança-lo.
Façamos como Ana que tendo uma barreira humanamente
intransponível à sua frente, não recuou, mas avançou firmemente,
confiadamente e a ultrapassou. A fé não olha obstáculos, mas vê o poder

269
270

de Deus, vê o que para a maioria é invisível. Embora o caminho fosse


difícil, ela o percorreu, passo a passo, até alcançar a graça almejada. Ela
não produziu apenas um fruto, mas seis. Aconteceu o que nos diz a
palavra: “dá fruto, e um produz cem, outro sessenta e outro trinta.” O
caminho para mover o coração de Deus.
A vida de Ana é caracterizada pela fidelidade ao Senhor e isto lhe
proporcionou a grande vitória que nós bem conhecemos. Seu nome
significa “Graça”. Podemos afirmar que ela achou graça aos olhos do
Senhor que abundantemente a abençoou. Não obstante ser estéril e os
problemas no lar, ela era fiel como esposa e como serva. Se formos fiéis
ao Senhor, Ela não nos negará bem algum, por mais impossível que nos
pareça. Vamos seguir o exemplo de Ana.
Oração e fidelidade farão com que a virtude de Deus seja
derramada sobre nós. O fruto virá com a fidelidade às orientações: a
oração, ao jejum, madrugada, culto ao meio dia, etc...
A fé não vê barreiras. Além de Elí, com sua falta de discernimento,
só havia uma pessoa que não se agradava da posição de Ana. Penina,
sua adversária, que a cada dia a perturbava com o seu ciúme e a
instigava à inveja. Hoje também temos um inimigo que não está satisfeito
com as vidas que se empenham na busca constante do Senhor, com
aqueles que querem gerar novas vidas. Ela sabe que estes não ficarão à
mercê do seu ciúme e do seu deboche, mas terão a fé fortalecida a cada
resposta do Senhor. O ensino da palavra é que não devemos estar
ansiosos com coisa alguma, mas que apresentemos tudo a Deus. A
oração da fé é provada a cada instante. Ana foi incompreendida, aviltada
mesmo, em sua sinceridade, ela não deu atenção a isto, mostrando-se
realmente definida em sua fé. A oração nos leva à maturidade espiritual
os obstáculos, como falta de tempo e outros, não impedem o objetivo
das servas do Senhor. Todo jovem deve vencer os adversários para estar
aos pés do Senhor como nossa irmã Ana.
“Ensina-nos o que faremos pela criança.”
Certamente receberemos d’Ele toda direção necessária. Com sua
oração perseverante, Ana não conhecia barreiras.
Uma gestação requer muitos cuidados especiais, assim como: uma
alimentação sadia, bom repouso, vícios nunca, etc... Para gerarmos frutos
na presença do Senhor precisamos nos abster da comida pesada que o
mundo nos oferece, e deixarmos que o médico dos médicos cuide de
nós. (Aqui pode-se comentar sobre as más influências na vida dos
jovens.).
Ana amou aquela criança desde o dia em que foi pedida a Deus.
Amar Jesus é condição básica para que o nosso pedido seja respondido.

CONCLUSÃO

270
271

A oração de Ana foi atendida. Recebeu do Senhor o precioso


presente. O nome Samuel significa pedido a Deus. Todos os jovens
podem viver a experiência de Ana. Ana é tipo da Igreja fiel. Quantos aqui
podem dizer: “Eu tenho um Samuel.” Samuel é tipo de Jesus que um dia
foi gerado em nossos corações. Ter um Samuel também é ter um fruto
da nossa oração. O jovem estará gerando Jesus a cada dia. A salvação é
um processo. Não é só hoje que estaremos vivendo esta benção, mas
todos os dias da nossa vida, em santificação continua para que no dia
em que formos chamados pelo Senhor possamos apresentar esta vida
que foi gerada em nós (Jesus).

271
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66-TODA CRIAÇÃO GEME

Mensagem para o dia 31/12 - Ano Novo

"Porque sabemos que toda criação geme e está juntamente com


dores de parto até agora.
E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito,
também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a
redenção do nosso corpo".
Romanos 8:22-23

I- Introdução

Estamos no limiar do terceiro milênio cristão, a Igreja está vivendo e


vendo o que foi profetizado e predito pelos profetas, apóstolos e santos e
que almejavam ver este tempo e que não puderam ver.
Nossa geração tem sido privilegiada em todos os sentidos, porque
estamos vendo e vivendo não somente as grandes transformações do
mundo físico nas suas explosões de progresso baseada na ciência e na
tecnologia, mas também como Igreja podemos presenciar e conferir
tudo aquilo que anteriormente foi anunciado pelos profetas e
confirmado pelos apóstolos e pela Palavra do SENHOR JESUS.
A passagem do primeiro milênio para o segundo milênio da era cristã
não teve historicamente, nem espiritualmente fatos marcantes que
pudessem ser anotados, já que este período ficou conhecido como um
período obscuro da história. Marcado pelo domínio político-religioso de
um cristianismo que saiu do objetivo e do projeto de DEUS dominando o
mundo político e religioso daquela época. Somente no próposito
material e fora do projeto profético de DEUS.
Com o grito de alerta através da Reforma religiosa do século XVI, o
mundo saiu com grandes lutas do obscurantismo para uma fase que se
chamou Renascimento.
A partir dai ocorreram as grandes mudanças do mundo até os
nossos dias, quando nos preparamos para a entrada do setimo milênio (
3º milênio do cristianismo ). O relógio que marca o nosso tempo não
deve ser confundido com o tempo profético de DEUS, embora possam
andar pare-passo, unidos apenas como referencial para a Igreja dos
últimos dias. ( "Ninguém sabe o dia nem a hora" )
As grandes transformações deste final de milênio tem trazido para o
homem de certa forma enormes benefícios, consolidando o projeto
material do homem e consolidando as suas aspirações materialistas.

272
273

Neste aspecto tudo evoluiu aceleradamente ("a ciência se


multiplicará"), como exemplo, a facilidade nos meios de comunicação, a
informática, o aumento da velocidade, a genética e outros ramos da
ciência e da tecnologia. O esporte também evoluiu e o homem supera
os seus próprios limiteS.

Um fato que nos deixa atônitos é a situação do mundo religioso atual,


cada dia que passa mais se identifica com o mundo no seu materialismo,
no seu imediatismo e no próprio envolvimento do pecado.
O evangelho perdeu a sua caracteristica de fé para usufruir os
benefícios imediatos do mundo que perece. Deixou de ser sal,
abdicando sua caracteristica de agente preservador e transformador
para ser insípido, pisado e condenado com o mundo.
O cristianismo de hoje tem buscado no mundo todo socorro possível
na tentativa de enganar a sua clientela, não se importando de que fonte
venha o socorro, ainda que a fonte seja da carne ou das trevas.
A entrada no terceiro milênio.

Como Igreja vivemos um projeto.


Vejamos a rapidez e a precipitação dos acontecimentos mundiais tais
como:
1- Esfacelamento do sistema ideológico e desagregação dos
países da Cortina de Ferro
representados pela antiga União Sovietica;
2- Queda do Muro de Berlim;
3- O acordo de Paz firmado por Israel com seus vizinhos nos
levam a concluir que novas surpresas de
grande repercursão estão para ocorrer.
4- A soltura do cavalo amarelo (representado pelos Tigres
asiáticos).
TODA CRIATURA GEME

O Mundo Fisíco:

Por que geme ? "Porque está morrendo"

O Apocalipse no Cap. 8 menciona este fato no Toque das Trombetas:


a) Primeira trombeta: destruição da terça parte das florestas;
b) Segunda trombeta: destruição da terça parte das criaturas do mar;
c) Terceira trombeta: poluição da terça parte das águas.

Estamos vivendo um momento de juízos sobre a Obra criadora

"O Mundo agoniza, o mundo geme" - Este é um grande sinal para a


Igreja no mundo físico

273
274

"Um grande sinal para a Igreja - A quarta trombeta soará"

O Mundo Espiritual geme:

O cristianismo corre velozmente para cair nos braços do materialismo


à espera de um socorro que evite a sua extinção como religião .
O materialismo que domina o mundo através do progresso, da
ciência e da tecnologia é o grande argumento para sobrevivênvia da
religião
Enquanto isso a Igreja fiel também geme na expectativa de vida,
ansiando e aguardando a revelação de JESUS. A Igreja fiel suporta com
alegria este momento porque sabe que o gemido é profético para ela,
prenunciando a nova vida que está para chegar.

Finalmente o sétimo milênio se aproxima, o mundo se prepara de


todas as formas para essa passagem, sem dúvidas um grande
acontecimento; há expectativas em todos os setores de atividades
humanas, a passagem para o próximo milênio deverá ser marcada por
comemorações e eventos, com programação intensa de espetáculos
talvez nunca antes presenciados.
Na explosão destas comemorações entre os gritos de euforia da
população e do mundo ao receber o novo milênio por certo, hão de
marcar esta geração.
Contudo "TODA CRIATURA GEME" ("como nos dias de Noé"). Da
mesma forma o mundo estará passando para o outro milênio sem a
preocupação daquilo que foi prenunciado pelos profetas. O mundo
explode, a igreja infiel dorme e a Igreja fiel aguarda o momento.
Aprouve ao Espírito Santo de DEUS dar o grito de alerta em todos os
recantos do mundo, em especial em nossa pátria, aos ouvidos de todos
os servos de que a hora está avançada, o grito da meia-noite ecoa. É a
saida para o encontro que não deve tardar, estamos antecipando não a
passagem de um milênio, mas a preocupação de que o tempo se
aproxima. A Igreja irá participar de todos acontecimentos mundiais
sabendo que o gemido do mundo, apesar da inconciente euforia para
muitos é o gemido para a morte. "TODA CRIAÇÃO GEME"
A criação geme para a morte e o seu grito é o grito profético para a
Igreja, anunciando o novo dia, a noite dos séculos se espreguiça na
morte da criação. O mundo geme para a morte e a Igreja geme para a
VIDA - é o novo dia que se aproxima é o raiar de um novo dia.
Está é a expectativa da Obra para os próximos tempos.
A Obra viverá daqui para frente este grande momento, se
antecipando em trabalhos e vitórias - os albôres da aurora eternal.

JESUS VIRÁ - MARANATA

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GLOSSÁRIO

Albôr - Primeira luz da manhã


Almejar - Desejar
Aspiração - Anseio
Atônito - Espantado, pasmado
Aurora - Claridade que precede no horizonte antes do
nascer do sol.

Desagregação - Separação (das partes agregadas)


Esfacelamento - Ruína
Genética - Ramo da biologia que trata da hereditariedade e
variação dos seres organizados.

Ideológico - Concernente à ideologia (ciência que trata da formação


de idéias).
Limiar - Entrada
Milênio - Período de mil anos.
Obscurantismo - Estado do que vive na escuridão.
Renascimento - O renovamento artístico, literário e científico, que se
operou nos séculos XV e XVI.

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67- A VEREDA DO JSUTO


MENSAGEM PARA A VIGÍLIA DE ANO NOVO

TEXTO
Provérbios 4:18
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais
e mais até ser dia perfeito”.

Introdução
01) O caminho do homem
O homem tem se debatido na busca de uma direção segura para sua
vida. A busca da razão do viver e tantas perguntas e indagações sem
resposta.
O recursos utilizados pelo homem estão sempre na sua própria razão
ou em princípios filosóficos e até mesmo na religião e na cultura. São
infrutíferos e decepcionantes para muitos tais artifícios.
O tempo passa, tudo passa, o relógio acelera o movimento dos
ponteiros, mais um dia, mais um ano, uma existência e tudo passa em
vão, nenhuma descoberta.

02) Deus tem um caminho traçado para o homem.


Como é este caminho?
Que caminho é este?
Para onde leva este caminho?
É:
a) Vereda dos Justos (caminho dos justos).
Quem é o justo para Deus?
a.1) Conceito humano
É o que anda corretamente para com os seus semelhantes.
É o que respeita as leis da pátria
É o virtuoso que encontra em si mesmo os motivos para se justificar.
Não mata, não rouba, não deseja mal ao seu próximo, etc...
a.2) Conceito divino
- O homem não é justo em si mesmo, mas é justificado
Romanos 5:1
- No Senhor será justificada toda descendência de Jacó (de Israel).
Isaías 45:25
Justificado
No sentido bíblico o justo ´essencialmente o homem aprovado por
Deus.
Há uma série de variantes nesta aprovação libertadora.
Será livre da opressão dos inimigos. Salmos 143:11 - 12
Será livre da tirania do pecado
Será livre do mundo e da carne

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277

Neste caso, o homem percebe no seu coração que esta justiça é


essencialmente de misericórdia e de perdão.
Essa justiça é sempre libertadora e muito ativa agindo no sentido de
levantar o homem para uma situação melhor
Salmo 143:8 - 10 - Trindade
Mostra-me o caminho - Jesus
Guia-me o teu bom Espírito - Espirito Santo
Pois tu és o meu Deus - Pai
03) A vereda do justo
A justiça no Novo testamento não está em dar esmolas, rezas, jejuns
como prática da lei ou tradição (práticas legais).
É a justiça de Deus que envia um justo (seu filho Jesus).
“...Para todo aquele que n’ele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna...”. João 3:16
É uma justiça capaz de atingir de uma vez por todas o pecado, (I cor.
15:3) é uma vitoria sobre todas as potestades e tiranias do homem e do
universo.
É uma sujeição incondicional àquele que assumiu todo nosso pecado
e pelo seu sangue (seu Espírito - Espírito Santo), nos lava e nos faz
herdeiro das promessa de Deus.
O justo viverá por fé
A vereda do Justo
O caminho de que foi justificado por Jesus. É a Salvação.
04) Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.
A madrugada ou aurora é o romper de um novo dia. “Novas são a
cada manhã as misericórdias do Senhor”. Salmos 92:2

Noite
Muitos vivem na noite, não sabem o caminho não tem direção, não
sabem de onde vem nem para onde vão. O homem como ser solitário
se apavora quando chega a noite e muitos vivem este pavor todos esses
dias. Este não é o caminho dos justos.
No caminho dos justos a noite é passada, não voltará jamais.
O medo, as incertezas, a falta de paz, a desconfiança e o pavor
desaparecem porque é o raiar de um novo dia em sua vida. Uma luz que
desponta no horizonte anunciando que um novo dia virá.
“Mas para vós, que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, e
salvação trará debaixo das suas asas...” Malaquias 4:2
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.
É o novo nascimento “...Eu sou a luz do mundo, quem me segue não
andará em trevas...” Quem está na luz não erra o caminho.

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05) Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.

O justo, o crente, o justificado por Jesus, tem a revelação ou a luz que


começa como a luz da madrugada (da aurora), vai crescendo cada vez
mais, vai brilhando mais e mais.
Jesus vai se revelando mais e mais cada dia ao que está no caminho
até ser dia perfeito

06) Ser dia perfeito


Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.
A salvação em Jesus é o caminho traçado para o justo
É como a luz da aurora (esperança do futuro). Esperança de um dia
novo, de uma vida nova, de um dia perfeito.
Tudo passa: mais um ano está se findando. Nada de tristezas, nada de
desanimo, nada de desespero, nada de infelicidade porque você está na
vereda dos justos.
Está no caminho - Em Jesus
Está na luz da aurora - Revelação do Espírito Santo mostrando cada
dia o caminho a percorrer.
Brilhando mais e mais, conhecendo e mando o Senhor Jesus mais e
mais através da revelação até chegar o dia perfeito que é:

Eternidade - É a eterna e longa vida.


Dia perfeito - Dia feito pelo Pai. Dia do Pai
Dia eternal - Tudo ficará claro. Nem tristezas, nem dor, nem lágrimas,
nem aflição, nem temor, nem medo, nem morte, nem lutas, só vitórias,
tudo claro, todas as revelações claras, nada oculto. Tudo revelado.
É jesus
É o dia perfeito sem sombras - dia perfeito
Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.

Conclusão
Deus preparou um caminho para o homem, deus tem um plano
para cada vida.
Por que vacilar? Por que buscar em si mesmo os recursos que não
são de Deus e não estão nos seus planos.
Há uma direção segura. O amanhã virá para muitos e para muitos as
trevas também virão. Se você estiver no caminho você estará no plano
que Deus traçou para sua vida. O Espírito Santo te mostrará a cada
instante o caminho. Você não errará o caminho. Você não errará o
caminho porque a luz vai brilhando mais e mais e o sol nunca mais se
porá em sua vida.

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Até ser dia perfeito

279
280

68-VOCÊS TERÃO A VIDA Josué 9:23


O povo do Senhor, saindo da terra do Egito, enfrentaram muitos
obstáculos.

Muitas lutas foram travadas, lutas terríveis com povos que se


interpunham ao seu caminho, até a terra de Canaã.

Durante as batalhas, naquele período de 40 anos em que o povo esteve


caminhando, peregrinando no deserto, Deus realizou prodígios e
maravilhas.

Uma obra maravilhosa foi realizada e o nome do Senhor foi glorificado


através destes feitos e de tudo aquilo que se passava no meio do povo. O
inimigo era destruído e no deserto não faltava o pão, a água e as roupas
não se envelheciam nem os sapatos se estragavam.

A fama do povo de Deus correu por todas as terras naquela época e


todas as nações tinham conhecimento da profecia, da promessa de deus
para o povo de Israel.

Era de se estranhar que um povo que tinha vivido como escravo no


Egito, de Faraó, um povo sem mestragem, sem nenhum conhecimento
de guerra, tivesse condições de enfrentar inimigos tão perigosos, tão
terríveis. Exércitos que eram treinados para a guerra.

Mas o povo tinha saído do Egito. A palavra nos diz que Deus havia tirado
o povo do Egito com mão forte e não havia nenhum obstáculo para que
Deus levasse aquele povo para a terra de Canaã.

E a fama de tudo o que acontecia, corria por todas as terras vizinhas e os


reis que estavam em Canaã se prepararam, armaram-se, confederaram-
se para constituir uma força maior, para irem contra os israelitas, que
vinham destruindo tudo que estavam a sua frente, para tomarem posse
da terra.

Mas a palavra nos mostra que houve um povo, os gibeonitas, que


usaram de astúcia, de inteligência, porque eles imaginaram: “Bem, nós
sabemos o que Deus tem feito do meio desse povo que vem aí e
sabemos que ninguém vai impedir que eles tomem posse desta terra. A
única maneira é fazermos uma aliança com eles”.

280
281

Então os Gibeonitas pegaram alguns homens e se fingiram


embaixadores, e tomaram sacos velhos sobre seus jumentos, e odres de
vinho velhos, e rotos, e remendados, e nos seus pés sapatos velhos, e
vestidos velhos sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era
seco e bolorento e foram até Josué. De tudo isso, eles arrumaram um
jeito de enganar, de fazerem aliança. Já tinham programado tudo, e
foram em direção ao povo de Israel.

Chegando lá, eles procuraram a Josué, e nós sabemos que Josué é a


mesma palavra de Jesus. Josué quer dizer: “Jeová é salvação”. Quando
eles chegaram até Josué, disseram: “Olha; vimos de uma terra distante,
olha as nossas roupas, nossos sapatos; todos eram novos quando saímos
da nossa casa. Veja a nossa situação, nossos odres, nosso vinho, nosso
pão e tudo que trouxemos pelo caminho, como estão agora. E nós
vimos aqui porque temos ouvido falar da fama de vocês e daquilo que
Deus tem realizado, e tudo isso nos moveu a vir fazer aliança com vocês;
vamos ser servos de vocês”.

Josué comoveu-se daquela situação e chamou os príncipes e todo o


povo de Israel e fizeram um juramento, uma aliança com os gibeonitas.
Depois de três dias, Josué descobriu que os gibeonitas eram um povo
que também deveriam ser destruídos pois ficavam no meio daqueles
outros povos.

Ele descobriu porque do acampamento que o povo de Deus estava, até


Gibeão, ficava a apenas três dias de viagem. Quando Josué descobriu,
chamou os príncipes e disse-lhes: “Nós descobrimos que estes homens
não são aquilo que falaram mas já fizemos aliança com eles e não
podemos voltar atrás no juramento que fizemos, mas uma coisa vamos
fazer.

Josué chamou os gibeonitas e disse-lhes: “Nós vamos fazer uma aliança


com vocês; não vamos tirar-lhes a vida, vamos dar-lhes a vida porque já
demos nossa palavra. Já fizemos nosso juramento e, diante de Deus, esse
juramento não pode ser quebrado. A partir de hoje vocês serão
MALDITOS, SERVOS, RACHADORES DE LENHA E TIRADORES DE ÁGUA
PARA A CASA DO SENHOR”. E os gibeonitas disseram: “Mas nós vamos
Ter a vida?” E Josué lhes disse: “VOCÊS TERÃO A VIDA” e os gibeonitas
responderam: “Então não tem problema”.

O Senhor tem, a partir daqui, um ensino para nós:

O primeiro ensino nos mostra que, quando vimos à presença do Senhor,


passamos a ser MALDITOS. Malditos porque nos tornamos indesejáveis
para o mundo, assim com os gibeonitas se tornaram para os cincos reis

281
282

que se confederaram contra eles. Mas também nos tornamos benditos


para o Senhor. Há muitas pessoas que pensam que podem ser benditos
para o mundo e benditos para o Senhor, e pensam de todas as
maneiras, querendo contornar uma situação dentro do lar, no emprego,
no colégio, para serem bonzinhos com o mundo, já desfrutando das
bênçãos do Senhor em suas vidas. Tiago 4:4 diz: “...não sabeis vós que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que
quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.

È impossível participar deste mundo e da bênção de Deus. O Senhor nos


chamou para sermos “servos malditos” para o mundo, mas benditos para
Ele.

O segundo ensino vem da outra determinação que Josué falou para os


gibeonitas: “A partir de hoje vocês também serão SERVOS”. E os
gibeonitas perguntaram: “Mas nós teremos a vida?” e Josué lhes
respondeu: “Vocês terão a vida”. Então os gibeonitas falaram: “Então, nós
seremos servos”.

O Senhor nos tem chamado nesta hora para sermos servos, para servi-lo.
Mas, às vezes, existem pessoas que vem para a Obra do Senhor achando
que terão cargos, funções de liderança ou posição de destaque, não
entendendo que o Senhor as chamou para serem servos.

O Senhor Jesus nos deu uma lição do que é servir quando, durante uma
ceia, lavou os pés dos seus discípulos e enxugou-lhes com a toalha com
que estava cingido (Jo 13:5)

O terceiro ensino nos fala sobre outra determinação que Josué impôs
sobre os gibeonitas: “também, a partir de hoje, vocês serão
RACHADORES DE LENHA”.

Era um serviço bruto, muito difícil, muito pesado pois sabemos que
naquele tempo não existia máquina, nem serra elétrica. A lenha era
tirada com muita dificuldade e eles tinham que abastecer a casa do
Senhor com muita lenha.

A palavra do Senhor quando fala de lenha, ela se refere (tipologia) ao


homem. Rachar lenha é o trabalho que realizamos, principalmente na
evangelização. A pessoa quando chega à presença do Senhor, vem
como árvore bruta, como madeira cheia de casca, nós, galhos,
problemas, dificuldades...e, é aqui na igreja, primeiramente, que vamos
fazer um trabalho com ela.

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Vamos começar a rachar, a trabalhar, a tirar todas essas dificuldades até


a vida se tornar um vaso de honra na casa do Senhor. Este é um serviço
nosso. Somos nós que fazemos este serviço. É um serviço aparentemente
difícil, mas é um serviço que precisa ser realizado por nós.

E eles perguntaram a Josué: “Mas...nós teremos a vida? Vocês terão a


vida. Então não tem problema: Nós seremos rachadores de lenha”.

O quarto ensino nos fala de quando Josué falou ao gibeonitas que, a


partir daquele dia, eles seriam também TIRADORES DE ÁGUA para a
casa do senhor.

A água naquele tempo e naquela região não era fácil. Teriam que cavar
poços fundos, colocadas em odres e transportadas no lombo de animais
até a casa do Senhor. Era um serviço difícil e árduo, mas os gibeonitas
perguntaram se teriam a vida. “Vocês terão a vida. Então não tem
problema; nós seremos tiradores de água”.

O tirar a água para nós, é o nosso viver na presença do Senhor (“...sede


fervorosos no espírito, servindo ao Senhor”. Rm12:11). É o culto que nós
oferecemos ao Senhor, vinte e quatro horas por dia, de comunhão, em
Sua presença. É o momento quando nos levantamos e clamamos uma
bênção para os nossos afazeres, clamamos uma bênção para nosso
trabalho, para o culto à noite, pelo visitante que vai entrar na igreja, pelas
necessidades dos irmãos.

É a água que nós já estamos tirando durante todo o dia para levarmos à
noite para a casa do Senhor. É um dia de comunhão, de culto na
presença do Senhor. Essa água, todos nós precisamos tirá-la.

O Senhor nos chamou para servimos em Sua casa e trazermos água


para a igreja, para o sedento, para o faminto, para aquele que vem lá de
fora, deste mundo que aí está causticante.

A palavra do Senhor também nos ensina que o Senhor Jesus também foi
Maldito, quando foi rejeitado pelo seu povo; Foi Servo, quando serviu
fazendo tão somente a vontade do Pai; Foi Rachador de lenha, não só
na carpintaria (profético), como também durante todo o seu ministério,
quando muitas vidas foram transformadas; e foi Tirador de água para
muitos que estavam sedentos, a exemplo da mulher samaritana, junto ao
poço de Jacó.

Meus irmãos; a nossa preocupação precisa ser:

NÓS TEREMOS A VIDA?

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O Senhor nos diz: “SIM; VOCÊS TERÃO A VIDA”.

ENTÃO NÓ DIZEMOS:

NÓS SERVIREMOS NA CASA DO SENHOR.

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69- - A EXPERIÊNCIA DE TOMÉ

JOÃO 20:24 a 28 - Ora, Tomé, um dos doze ... Senhor meu, e Deus meu!

Nós conhecemos muito bem a história narrada aqui no evangelho


de João, que é a experiência de Tomé.
20:24 - Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava
com eles quando veio Jesus
20:25 - Disseram-lhe pois os outros discípulos: Vimos o Senhor.
Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e
não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão
no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

O interessante é que Tomé esteve com o Senhor Jesus, ele o


amava, mas agora, nesse exato momento de que fala o texto, Jesus já
tinha morrido e para Tomé isso já era fato consumado, Jesus estava
morto e pronto. Mas isso não tirava dele a consideração e a admiração
que ele tinha por Jesus, certamente Tomé tinha o desejo de falar aquilo
que Jesus falou, de pregar tudo aquilo que Jesus pregou, de ensinar
tudo aquilo que Jesus ensinou.
Para Tomé, entretanto, Jesus estava morto e não poderia falar com ele
novamente e foi por isso que quando os discípulos disseram que Jesus
estava vivo, ele não creu, ele não acreditou porque em sua mente Jesus
estava morto.
Há muitas pessoas que gostam de Jesus, falam de Jesus, citam
Jesus, até amam Jesus, mas vivem como se Ele estivesse morto.
Jesus aparece novamente aos seus discípulos.

20:26 - E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos


dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas
fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.

Oito dias depois, conforme diz o texto, os discípulos estavam


reunidos e então Jesus apareceu a eles.
Jesus não apareceu para o mundo lá fora, Ele não apareceu para os
soldados romanos, nem para os religiosos, mas apareceu tão somente
para os seus discípulos.

O toque.

20:27 - Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas


mãos;...

Tomé havia dito que se não visse o sinal dos cravos nas mãos do
Senhor Jesus, e se não metesse o dedo no lugar daqueles cravos e se

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não metesse a sua mão no lado do Senhor, onde ele havia sido ferido,
de maneira nenhuma ele creria tratar-se do Senhor Jesus, aquele que ele
acreditava estar morto.
Para Tomé não era suficiente ver Jesus, ele era diferente dos
outros, todos viram e creram, mas ele precisava tocar, era uma
necessidade dele e o Senhor Jesus atendeu: Tomé, põe aqui o teu dedo
e vê as minhas mãos.

Por que Tomé precisava colocar o seu dedo nas mãos de Jesus?

O dedo tem uma característica muito importante porque é através


dele que sentimos o tato, sentido pelo qual temos conhecimento da
forma, temperatura, consistência, pressão, estado da superfície e peso
dos objetos, ou seja, uma função altamente especializada. O médico é
capaz de fazer um diagnóstico somente pelo tato, ele é capaz de pegar
um gânglio, palpar e dizer a sua natureza. O tato são os olhos do cego,
através dele o deficiente visual é capaz de ler, perceber e conhecer.
Tomé precisava sentir as mãos de Jesus, tocar aquelas marcas, para
acreditar que Jesus estava vivo.
Hoje, para crer, o homem precisa ver a mão de Jesus operando,
do contrário, ele será um homem igual a Tomé antes dessa experiência
com o Senhor Jesus.
Existem muitos cristãos que nunca tiveram uma experiência com
Jesus vivo. Eles falam de Jesus, mas é Jesus morto e quando você diz
que Jesus está vivo, eles não aceitam e dizem: Você está doido. Isso é
um caso psiquiátrico.
Quantas vezes o homem entra na igreja como cristão sem nunca
ter tido uma experiência real com Deus, mas naquele momento ele sente
a mão de Jesus e percebe que Ele está vivo?
Eu lembro da experiência que uma senhora teve. Ela era uma boa cristã,
professora universitária, dava um bom testemunho, mas não cria que
Deus falava, ela citava Jesus, mas para ela Jesus estava morto.

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Num domingo à noite ela estava a caminho da sua igreja quando,


de repente, ouviu uma voz que dizia: Pára aqui. Ela parou o seu carro e
saiu dele. Então a voz disse: Entra naquele templo ali. Era um dos
nossos templos. Ela entrou e sentou-se no último banco. Quando
terminou o culto, o pastor disse: Está aqui uma mulher que quando
dirigia o seu carro, o Senhor mandou que ela entrasse aqui. E o Senhor
diz para ela: Aqui é o seu lugar.
Ela começou a chorar e, depois do atendimento, ela disse: Eu não
pensei que Deus falava, mas eu ouvi a sua voz hoje e agora sei que Ele
está vivo, presente neste lugar, eu não posso vê-lo, mas pude sentir a sua
mão aqui, hoje.
Eu tenho três filhas, três Anas, se eu tivesse um filho, o nome dele
seria Tomé. Eu gosto de certos personagens da Bíblia e eu gosto de
Tomé porque eu fui igualzinho a ele.
Tomé esperou oito dias para ter essa experiência e eu esperei dois
anos.
Um colega meu dizia para mim: Deus fala..
Eu respondia: Você é doido.
Ele dizia: Fui a uma reunião e a irmã viu um anjo e ele falou com
ela.
Eu respondia: Essa irmã é maluca, ela não viu anjo nenhum.
Ele dizia: Isso é porque você não é salvo, você não tem Jesus no
seu coração.
Eu respondia: Mas é claro que eu tenho.
Eu era igualzinho a Tomé, mas um dia eu entrei num culto e Deus
falou comigo, eu me lembro que fiquei todo arrepiado e, naquele
momento, eu disse: Deus está aqui.
O homem precisa disso, dessa experiência com Deus, dessa
experiência que o Senhor concede porque, depois que ele vê, que
ele sente a mão do Senhor, ele se define, ele crê.

... e chega a tua mão, e mete-a no meu lado; ...

É a mão de Jesus e o seu corpo, só assim o homem entende.

... e não sejas incrédulo, mas crente.

Jesus morreu, mas ressuscitou, Ele está vivo e se revela ao homem. Essa
é uma experiência que o crente precisa ter, do contrário ele terá apenas
o rótulo de cristão.

20:28 - Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!

A grande experiência do homem, hoje, é saber que Jesus está vivo, é a


experiência no corpo, na Igreja, essa operação que o Senhor faz na vida

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da Igreja e é isso que nós precisamos sentir todos os dias e que aquele
que entra precisa sentir também.

Amém.

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70- “Vem!”
(PRIMEIRA PARTE)

Eu saúdo a todos com a paz do Senhor. Estamos alegres de estar


aqui com nossos irmãos, nossos amigos, visitantes. Esse é um momento,
um dia especial para nós.
Nesses últimos dias temos estado em alguns lugares no nosso
estado, em algumas regiões, vindos de São Mateus, Linhares, São
Francisco, Colatina. E, em todos os lugares, nós temos visto aquilo que
Deus está fazendo. Nós temos entendido com muita clareza que o
Espírito Santo está operando de um modo todo especial e particular.
Porque, na verdade, o tempo que estamos vivendo é um tempo
profético e nós sabemos que esse tempo fala. É como se fosse um grito
de alerta anunciando que o tempo da Igreja está chegando ao seu final
e que a Igreja vai partir. Ela vai ser arrebatada, ela vai deixar esse mundo!
DIZERES QUE NÃO ESTÃO NA BÍBLIA
Quando falamos nisso as pessoas confundem, elas ficam
pensando que o mundo vai se acabar. Então muitas pessoas dizem
assim: “A dois mil chegará, e a dois mil não passará”. São palavras ao
vento que não estão na bíblia. As mesmas que dizem: “Mateus, primeiro
os teus”. Também não está na bíblia. “Faz por onde que eu farei por ti”.
Também não está na bíblia. Então, as pessoas inventam essas coisas e
criam em torno disso idéias, pensamentos errôneos, errados, que
atrapalham a própria vida espiritual.
A IGREJA NÃO É ENGANADA
Agora, nós temos um roteiro. A Igreja é mestra, a Igreja fiel é
mestra. Ela não pode estar sendo enganada. Por que ela não pode estar
sendo enganada? Porque o Espírito Santo está agindo! Sim, é que o
Espírito Santo está agindo. Então, se o Espírito Santo está agindo, Ele não
vai deixar ninguém confuso, enganado. Ele não vai permitir isso.
Exatamente isso que o Espírito Santo está fazendo. E toda a nossa
função, toda a nossa preocupação nessa hora, é falar a um povo, é falar
a uma nação, é falar à pessoas desse momento profético que nós
estamos vivendo, que fala da proximidade da vinda do Senhor Jesus.
ARREBATAMENTO DA IGREJA
A Igreja vai ser arrebatada! As pessoas ficam pensando: “Como é
que vai ser arrebatada a Igreja?”. A Igreja vai ser arrebatada , é um
projeto, é um processo da economia de Deus. Paulo diz que ao toque
da última trombeta, a Igreja será arrebatada. Primeiro os mortos
ressucitarão, os que morreram em Jesus. Depois, os que ficaram vivos.

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Mas o mundo vai continuar. Onde vai ficar a diferença? É que o


Espírito Santo está preparando a Igreja para tirar, e Ele vai junto. E o
mundo vai ficar cheio de religião até com o nome de Cristianismo, mas
sem o Espírito Santo! E é muito justo mesmo porque o Espírito Santo está
preocupando com Jesus, em revelar Jesus, e nem sempre o Cristianismo
está preocupado com Jesus, está preocupado com outras coisas. Então,
aqueles que estão sendo revelados pelo Espírito Santo a respeito de
Jesus, esses vão embora, esses vão subir. E vai ficar aqui no mundo o
quê? Uma religião, a mesma religião que todo mundo conhece. Até
com o nome de Cristianismo, mas os crentes fiéis não vão permanecer
aqui porque será um período de grande tribulação., como diz a Palavra
do Senhor: “Qual nunca houve sobre a face da Terra”. Aí você pergunta:
“Mas não estamos vivendo em tribulação, não?”. Isso é o “princípio das
dores”, é o que está escrito em Mateus. As dores virão depois que a
Igreja for arrebatada. Mas porque a Igreja foi arrebatada, porque os
crentes bonzinhos foram embora? Não! É porque o Espírito Santo que
detém uma obra que não é dele, que não é de Deus, Ele vai embora e
vai deixar isso por conta, por conta de quem quiser. Por conta da religião,
por conta do mal, por conta do pecado, por conta de tudo. E será uma
tribulação o qual nunca houve sobre a face da Terra.
A Igreja vai ser retirada. Aí você pergunta: “Mas como é que nunca
me disseram isso, na minha igreja?”. É porque a religião não está
preocupada , não tem compromisso com a eternidade. A religião está
preocupada com quem vai dar mais, quem vai poder pagar, quem vai
dar dinheiro, quem não vai. Religião está preocupada com isso. Com
números. E a palavra do Senhor diz assim: “São poucos os que se
salvam”. A religião diz: “São muitos”. Não, não, não! Jesus disse: “são
poucos os que se salvam. Porfiai por entrar pelo caminho estreito porque
largo e espaçoso é o caminho da perdição, e muitos são os que entram
por ele”.
O MUNDO DE HOJE
Mas eu vou voltar aqui ao que eu estava dizendo anteriormente.
Nós temos estado em todos os lugares. Há uma sede do evangelho, há
uma sede de salvação. Vidas que você nunca imaginava que podiam se
converter, estão se convertendo. Pessoas difíceis, pessoas problemáticas,
pessoas cheias de lutas, elas estão vindo. A Igreja hoje, é como se fosse
um hospital para muitas vidas que chegam doentes, cansadas, oprimidas,
enfermas. Meus irmãos, tem vidas... O mundo está vivendo assim, porque
o mundo está vivendo os seus piores momentos, piores dias. Isso a bíblia
fala que é a chamada “plenitude dos gentios”. Onde há grandes
descobertas, onde há grandes vitórias da ciência, onde a velocidade
aumentou, onde a ciência multiplicou com o computador, onde o
homem pode explorar todo esse universo que aí está através das suas
naves espaciais.

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O homem tem crescido muito. Mas ele tem crescido mais em


pecado do que qualquer outra coisa. È o período negro. Por isso a bíblia
fala de uma hora que Jesus viria buscar a sua Igreja. Sabe que horas Ele
vem? Meia-noite. É a parábola das virgens. Por que é meia-noite? Porque
é a hora mais escura do mundo, da história do mundo. Não é meia-noite
nosso fuso horário, onde meia-noite aqui é meia-noite no Japão. Meia-
noite é o período da trevas..
O mundo está vivendo a sua pior história. Mas você vai dizer: “O
mundo sempre teve dificuldades, sempre”. Mas hoje é diferente e eu vou
mostrar porque é diferente: porque hoje nós temos o que se chama
globalização. Primeira coisa, o que acontece na América do Norte hoje, o
que acontece no Iraque, chega aqui on-line. Muitas pessoas pegaram
aquela destruição daquelas torres de Nova Iorque. Ninguém podia
imaginar uma loucura daquelas, dos aviões entrando dentro de duas
torres e a televisão filmando, e todo mundo assistindo aqui, sem poder
fazer nada. On-line!
Hoje, nós temos um mundo diferente, porque hoje nós temos os
aglomerados urbanos. Antigamente não existia isso, é a sociedade
urbana, industrial, e tudo é muito diferente. No passado, era a sociedade
de trocas, onde a casa era inviolável, o lugar onde se morava era
inviolável. Hoje você mora como se estivesse morando em um enxame,
como se fosse um monte de abelhas entrando e saindo. Então por causa
disso, por causa dessa massificação, por causa dos meios de
comunicação.
Hoje você liga um aparelho de televisão, tem pessoas que ligam de
manhã e só desligam de noite, só passa o que não presta! Só o que não
presta! O que dá Ibope, o que vende. É como o jornal. Jornal, se não
botar as piores coisas ,ele não vende. Ele tem que botar na primeira
página. O jornalista virou jornaleiro, ele faz jornal pra vender. A imprensa
não é mais imprensa, é encrenca! Porque ela precisa vender.
Então, nós estamos vivendo uma situação que é um prenúncio. A
Igreja vai continuar nessa situação? Essa é a pergunta. Dois mil anos,
perseguições, mortes. Os mártires estão diante do trono do Senhor, noite
e dia estão. A bíblia diz que eles estão “vestidos de branco , clamando
noite e dia” e a palavra deles diz assim : “Até quando, Senhor? Tu
vingarás o sangue nosso e das testemunhas de Jesus?”.
Meus irmãos, nós estamos vendo um povo sendo sacudido para
entender o momento profético que nós estamos vivendo. E nós estamos
aqui, não como profissionais, mas como servos do Senhor para dizer isso
a uma Igreja, um povo que precisa ouvir isso.
UNIÃO SOVIÉTICA
Eu vou terminar essa primeira parte, porque a minha mensagem
será curta, para dizer uma coisa. Poucas pessoas sabem aqui que hoje
nós temos na União Soviética, antiga União Soviética que teve o seu
desmoronamento quando quinze repúblicas que faziam parte da

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República Socialista, elas ficaram independentes. Então são: Uzbequistão,


Arzebajão, Turcomênia, Moldávia, Ucrânia, então, uma série deles, né?
Bielorússia, Estônia, Lituânia, Letônia. Esses países todos ficaram
independentes. Sabe o que está acontecendo lá? Uma operação de
Deus!
Hoje nós temos, estamos indo agora para lá para um seminário, só
na Bielorússia seiscentos pastores. Tivemos a visita de duzentos pastores
russos aqui conosco nos nossos seminários e eles disseram: “Nós
queremos essa obra! Nós temos recebido visitas do mundo inteiro,
dinheiro também, ofertas. Não queremos dinheiro, somos pobres, mas
não queremos dinheiro. Nós queremos essa obra que aqui nos
identificamos no Brasil. Essa obra séria! Essa obra que, nós sabemos, da
última hora”.
Dentro de dois anos a três, nós teremos lá um povo de uma obra
maior que a nossa população hoje, aqui no Brasil. As igrejas lá, elas
começaram a crescer e começou a haver um problema: as pessoas
vinham e não encontravam nada. Eles não tinham estrutura, não tinham
o que dizer para o povo, porque eles saíram do Evangelho subterrâneo
das perseguições de morte, das geleiras da Sibéria, eles não sabiam o
que iam fazer. Quando eles chegaram aqui no Brasil que viram a obra,
disseram: “É isso que nós queremos. E nós vamos levar para o nosso
povo!”.
Um dos pastores, que esteve o ano passado no período do
carnaval, é um dos líderes da região, de uma igreja com oitocentos
membros. Não são igrejas pequenas, não! Oitocentos membros. Não
tinham um Dom espiritual, nenhum! Veio, conheceu a obra, voltou para
lá. Com sete meses, a Igreja estava cheia de dons espirituais: batismo com
o Espírito Santo, curas, operações de maravilhas. O bispo regional, pastor
regional também é chamado lá, chamou esse irmão que estava indo lá e
perguntou: “O que está acontecendo na sua igreja? Estou sabendo de
notícias da sua igreja!”. Ele ficou com o bispo quatro horas explicando a
obra, o que ele viu aqui no Brasil. E o bispo disse: “Ah, então eu vou lá
também!”. Quatro meses depois, veio esse ano no carnaval aqui. Aliás,
veio em novembro do ano passado. Fevereiro, carnaval, novembro ele
veio e quando chegou, trouxe toda a liderança. E disse: “nós queremos
essa obra! Nós queremos essa obra! Porque nós nunca ouvimos nem
vimos nada semelhante ao que nós estamos vendo na Bielorússia!”. E,
exatamente lá dos quatro seminários que nós vamos fazer, vamos fazer
um com seiscentos pastores e três mil vidas. Seiscentos pastores e três mil
vidas! E eu tenho dito: “Vocês vão receber lá na União Soviética, um
presente da parte de Deus que é esta obra para que vocês possam levar
a termo a grande benção que o Senhor tem para derramar sobre a
União Soviética”.
E os irmãos vão anotar o que eu estou dizendo aqui: O Leste
Europeu dentro de três anos terá o maior movimento chamado

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“Avivarista”. Só com um detalhe: diferente dos movimentos que já


existiram anteriormente, porque agora eles têm corpo, eles têm
revelação, eles têm a palavra revelada, o que era diferente do século XVIII
quando veio aquele grande avivamento onde não tinha governo, onde
não tinha corpo, onde as coisas aconteciam, e os líderes usavam o
Espírito Santo. Eu disse para eles: “Agora é diferente, o Espírito Santo é
que tem que usar vocês!”. Vocês não tem que usar o Espírito santo. Nos
movimentos aqui no Brasil, os líderes usam o Espírito Santo, mas na obra
do Espírito, o Espírito é que usa seus servos para a glória do seu nome! A
nossa Igreja vai estremecer!

(SEGUNDA PARTE)
MENSAGEM: VEM! VEM! VEM!

Vamos aqui à palavra, ainda de pé, no livro de Cantares de


Salomão, capítulo dois, verso dez: “levanta-te , amiga minha, formosa
minha e vem. Porque eis que passou o inverno: a chuva cessou, e se foi:
aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola
ouve-se em nossa terra: A figueira já deu os seus figuinhos, e as vides em
flor exalam o seu aroma: levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem.
Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das
ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz
é doce....”, verso dezesseis: “O meu amado é meu, e eu sou dele: ele
apascenta o seu rebanho entre os lírios. Antes que refresque o dia e
caiam as sombras, volta amado meu”. Os irmãos podem se assentar.
LIVRO DE CANTARES
Meus irmãos, o livro de Cantares fala da história profética de Jesus
e da Igreja. O conteúdo do livro é todo uma história muito bem
seqüenciada. Pode-se ver , no primeiro capítulo, segundo, terceiro,
quarto, até o oitavo, você vê uma disposição didática. Quando você
entende, o primeiro capítulo fala do início da Igreja, o amanhecer da
madrugada. Depois fala do dia em que começou a clarear, meio-dia, a
tarde, o cair da tarde, a noite, a meia-noite e o outro dia. Então, é muito
didático todo o aspecto profético do livro.
No capítulo dois fala de um momento que está relacionado com a
vinda, com a vinda do Senhor Jesus. O tempo profético que anuncia a
vinda do Senhor Jesus. E três aspectos estão colocados, que marcam
esse momento profético que é chamado “Vem!”.
APOCALIPSE: APELO DO VEM
No Apocalipse, quando nós lemos o Apocalipse, que é o último
livro da bíblia, existe um texto que diz assim: “O Espírito Santo e a Esposa
(que é a Igreja de Deus), dizem: ‘Vem!’. Quem ouve diga : ‘Vem!’. Quem
tem sede, venha! E, quem quiser, tome de graça da água da vida”. Então,

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há um apelo final com relação à necessidade de que Jesus venha logo.


Toda a preocupação da Igreja, desde o primeiro dia de existência, desde
a conversa dos discípulos com Jesus, era quando Jesus viria buscar a
Igreja. O tempo iria passar. As profecias estavam todas colocadas para os
apóstolos, mas o tempo seria marcado pelo relógio profético de Deus.
TRÊS ASPECTOS DO VEM
Nós vamos ver aqui três aspectos do “Vem!”. Esses três aspectos
estão relacionados com esse tempo profético último, o último período da
Igreja. A greja vai embora, ninguém sabe a que dia, ninguém sabe a que
hora. Mas nós sabemos que a Igreja está sendo preparada para a sua
partida.
O PRIMEIRO VEM
No primeiro “Vem”, é o apelo do Senhor Jesus. Ele está falando a
uma Igreja que estava vivendo um período de inverno. Passou o inverno,
a chuva cessou e seu foi, aparecem as folhas na terra, o tempo de cantar
chega, a voz da rola ouve-se em nossa terra. “Levanta-te, querida minha,
formosa minha e vem”. Esse é o primeiro apelo do Senhor Jesus para
despertar um povo, uma Igreja, que estava vivendo no marasmo,
descansada, misturada com o mundo, despreocupada com a sua vinda.
O INVERNO ESPIRITUAL
Meus irmãos, interessante que este “despertar” ele tem dois
aspectos. Um é o aspecto geral, outro é o aspecto pessoal. Muitas
pessoas têm vivido ,assim, como se estivessem acomodadas. O inverno é
o frio, o capote pesado, as ruas enlameadas, o sol que não aparece no
horizonte. Há vidas assim, que estão aquém, desse jeito, como se
estivessem vivendo um inverno em sua vida. Tristeza, tristeza. “Fulano foi
embora e não voltou mais”, “Meu filho, não sei o que vai ser dele, o meu
filho está preso!”. Entrou aqui uma pessoa nessa manhã cujo o esposo
está preso, essa pessoa está desesperada. É a noite, a noite dela, é o
inverno dela, é a tristeza. A família pra cuidar, as coisas estão
acontecendo, ela não queria isso, mas aconteceu. O mundo está
vivendo assim e ,de um modo global, o primeiro apelo de Jesus é para
que um povo se levante.
A PRIMAVERA E O CANTO DO ZAMIR
Eu me lembro, meus irmãos, quando nós começamos a entender
o que Deus queria de nós. Este apelo foi um apelo que nos chocou
porque nós sabíamos que nós estávamos vivendo em um inverno
espiritual. Mas, ao mesmo tempo, nós começamos a nos alegrar, por
quê? Porque era, agora era primavera. Aparecem as flores na terra, os
dons espirituais, a voz, o canto de Zamir, né? Em Israel, na ecologia de
Israel, existe um pássaro chamado Zamir. . Quando fala “chegou o
tempo de cantar”, está se referindo a esse pássaro porque ele vem nessa
época, na primavera. O ano inteiro ele fica lá esquecido. Ele não canta,
ninguém sabe onde foi parar o Zamir. Mas quando chega nessa época

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ele tem um cântico brilhante, melodioso, sabe por quê? Porque ele vai se
acasalar.
ZAMIR, SÍMBOLO DE JESUS E A ROLA SÍMBOLO DA IGREJA
A igreja agora, ela está ouvindo um cântico melodioso das
revelações de uma Palavra séria, de uma palavra segura, de uma palavra
de ânimo, porque o inverno espiritual passou e agora chegou o tempo
de cantar, a voz da rola ouve-se em nossa terra. Meus irmãos, a rola é
símbolo da Igreja, o Zamir é símbolo de Jesus, a rola é o símbolo da
Igreja. As rolas descem nessa época para os quintais. Existe uma palavra
em hebraico para significar a palavra “rola” que é o “torr”. É um gutural,
por quê? Porque quando elas, as rolinhas, as rolas começam a fazer um
“torr”, a rulhar, é sinal de que também está chegando a época do seu
acasalamento. O interessante é que ela estufa o peito, as penas, e ela
começa a rulhar. Por que ela está rulhando? Porque ela sabe que ela vai
também se acasalar. Então, da mesma forma como Jesus é a voz do
canto do pássaro, a Igreja é a voz da rola que se ouve em toda a terra. A
Igreja está sendo despertada nessa hora para esse grande grito, e ela
está indo embora com o seu noivo. Ela vai se casar com o noivo que é o
Zamir, que é o Senhor Jesus. E o “Vem” é esse.
Para muitas vidas que estão aqui nesta manhã, Deus tem um apelo
especial: “Vem!”. O inverno espiritual passou, aparecem as flores na terra,
chegou o tempo de contar, e a sua voz, aquilo que sai de dentro do seu
coração, o Senhor está vendo por que é o seu anseio, é o seu desejo de
partir, é o momento em que a Igreja está sendo preparada para o
arrebatamento.
O SEGUNDO VEM
Segundo “Vem”. O primeiro foi o apelo de Jesus para a greja se
levantar. No segundo “vem”, são os aspectos, agora, proféticos, o que
está acontecendo neste momento no mundo que denuncia que Jesus
vem está aqui: “A figueira já deu seus figuinhos, e as vides em flor exalam
o seu aroma”. Quando Jesus entrou em uma cidade, com os discípulos,
Ele viu uma figueira frondosa. A figueira é símbolo de Israel na tipologia
bíblica, como a videira é o símbolo da Igreja. Ele chegou e perguntou,
pediu aos discípulos: “Vocês vão buscar o figo na figueira?”. Eles foram
buscar e voltaram dizendo assim: “Não tem figo na ffigueira!”. Jesus disse
assim: “Seque-se a figueira!”. Eles entraram na cidade, quando voltaram,
olharam: “Ué?!? A figueira secou! O que aconteceu?”. Jesus estava
falando a respeito de Israel que não tinha dado frutos até ali, que ia
crucificá-lo, que ia levá-lo ao calvário. A partir dali, o templo foi destruído,
as cidades tomadas pelos desertos, e a profecia disse assim: “Não se
ouvirá mais o grito das crianças, como estamos arruinados! A morte
subiu pelas nossas janelas, os cadáveres desse povo jazerão como o
esterco nas ruas. Os desertos tomaram conta dos jardins”. Meus irmãos,
foi isso que aconteceu com Israel.

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Mas esse “vem”, agora ele está relacionado com a volta de Israel à
sua pátria, “A figueira já deu seus figuinhos”, Israel já voltou á sua pátria,
agora é o reflorescer da figueira. A figueira, agora ela vai dar seus frutos.
Israel montou a sua pátria.
A VIDEIRA
A videira, “as vides em flor”, é a Igreja. Nessa hora, o
derramamento do Espírito é o vinho, é o suco da uva, é a benção, meus
irmãos, porque a igreja é a videira. As nossas videiras estão floridas e,
dentro de alguns instantes, são os frutos que estão começando a dar
para dar o gosto, o fermento da alegria maravilhosa do Espírito Santo. É
isso que nós estamos vivendo, é esse momento profético que nós
estamos vivendo. “As videiras em flor”.
AS POMBAS SELVAGENS
As rolas selvagens estão vindo, o que é que está acontecendo
agora? A voz da rola ouve-se em nossa terra. As pombas selvagens , elas
descem , elas são as últimas a descer nos quintais das casas. Não é a
rolinha, são pombas. Elas são maiores, é como a nossa juriti, não é?
Então, mas elas só descem em uma determinada época do ano. E elas
fazem casas, os ninhos, lá nos penhascos, nas ladeiras, por quê? Porque
elas sabem que o inverno vai vir, as nevascas, as tempestades, os ventos,
então ela vai fazer a sua proteção, a proteção do seu ninho lá naqueles
lugares.
O inverno quando vai começar em Israel, a primeira coisa que se
enunciava, que era o início, que ia dar início ao inverno, e os colonos, os
trabalhadores, eles diziam assim: “Vamos juntar tudo o que nós temos no
celeiro porque o inverno vai chegar, porque as rolas, as pombas
selvagens estão chegando. Elas já estão descendo para pegar os
elementos, e fazer um ninho lá nos penhascos”.
AS CONVERSÕES DESTA HORA
Meus irmãos, quando nós olhamos muitas vidas, até aqui, mas
onde nós moramos , em todos os lugares, sabe o que nos surpreende?
Pessoas que nós nunca imaginávamos se convertendo. Eu disse ontem
em uma reunião que tivemos ali, eu estou sempre no Maanaim, às vezes
eu estou dando uma aula, e, não raro, freq6uentemente, como eu moro
ali em Vitória, Vila Velha, nasci praticamente ali, vivi a vida inteira e as
pessoas me conhecem muito. E um cidadão estava lá, parado, ouvindo a
minha aula, enfim, e eu estava olhando pro rosto dele e ele estava
dando aquele sorriso. Quando terminou a aula eu fiquei parado no
púlpito e ele veio. Olhou pra mim: "“Você está me reconhecendo?”. Aí eu
disse: “Não, não estou te reconhecendo...”. “Olha bem pra mim ..”. “E eu
disse: “olha, eu vou falar a verdade: eu acho você uma pessoa
conhecida, mas eu confesso que não estou te reconhecendo”. Ele disse
assim: “Eu sou fulano de tal”. E eu disse: ”Hein?!?! Qual?? De onde?!?!?
Você é daquele lugar...é você mesmo?!??”. “sou eu mesmo”. “Rapaz, º...o
que você está fazendo aqui?!?!”, eu falei com ele. Ele disse: “O mesmo

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que você está fazendo”. “Rapaz, mas você se converteu? Como é que
pode ser isso? Eu nunca vi cascavel chorar! Nem...rapaz, aquele veneno
que você tinha, rapaz, acabou?” E ele começou a chorar. “Eu estou
admirado rapaz”. Aí ele falou assim: “Você também não está aqui?”. Eu
disse: “É... você tem razão...e eu até acho que você é melhor do que eu,
porque Jesus disse que quanto mais pecou, mais perdoou”. Eu não
achava que tinha os pecados dele não, mas tinha mais.
Meus irmãos, são as pombas selvagens. Vidas que Deus está
trazendo agora, sabe por quê? Porque o inverno está para chegar. A
Igreja vai ser arrebatada. É fazer a casa lá no oculto das ladeiras, quando
cair o inverno aqui no mundo, nós estaremos na rocha. As pombas
selvagens estarão na rocha que é o Senhor Jesus, que é a eternidade, e
esse inverno não vai pegar a Igreja fiel, nem os servos de Deus, nessa
hora.
JESUS VEM
Meus irmãos, a nossa mensagem é simples, nós estamos só te
dizendo uma coisa: é que Jesus vem! Ele vem! Toda a expressão da Igreja
nessa hora! Como é que você expressa a vida? Bom, eu expresso minha
vida, coloco a mão no coração e tá o coração batendo: “Tum, tum,
tum...”, né? Quem tem um coração, pode colocar a mão do lado... direito
ou esquerdo? É melhor botar no meio né? Então, você começa a ver
“Ah, eu tô vivo”, o coração está batendo. Sabe o que o coração está
fazendo? Aquilo que o corpo de Cristo está fazendo nessa hora, um
apelo veemente. Jesus está fazendo isso, impulsionando o seu Espírito,
nesse corpo vivo que é a Igreja Fiel. E quando ele impulsiona o sangue,
ele está dizendo: “Vem!”. E quando ele traz o sangue de volta: “Vem!”. O
que faz o espírito Santo nessa hora no corpo? Ele alimenta e purifica. A
mesma função do sangue! “Vem! Vem! Vem!”, o Espírito e a esposa
dizem: “Vem!”. Quem tem sede venha! E quem quiser tome de graça da
água da vida. “Vem! Vem!”.
O TERCEIRO VEM
O terceiro e último “Vem” agora. O primeiro tipifica Jesus: “Vem!
Porque o inverno cesou, já deu seus figuinhos”. As vides em flor, a Igreja
foi batizada com o Espírito Santo, derramamento do Espírito profético. As
vidas, o Senhor está trazendo para subir rapidamente , o inverno está
para chegar e o Senhor está salvando vidas e você pode colocar a sua
mão agora no seu peito e dizer assim: “Eu sou uma pomba selvagem,
um dia Deus me chamou!” Nessa brevidade de tempo que te aguardo
para a eternidade. Há vidas que o Senhor está trazendo nessa última
hora porque nunca poderiam viver uma vida inteira servindo ao Senhor.
Há tempos atrás, vou contar uma experiência, uma irmã nossa
lutou muito, lutou com o esposo. Lutou, lutou, lutou, lutou. O esposo era
muito rico então ele não queria. Mas, um dia, ele resolveu assistir um
culto. Entrou na igreja e ali aceitou Jesus. Porque em uma operação do
Espírito Santo, ele aceitou Jesus: “Quero ser batizado!”. Aí perguntaram:

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“Você quer ser batizado?” “Eu quero porque não sei quanto tempo eu
ainda tenho nessa vida, e agora quero servir Senhor”. Pouco tempo
depois, ele morreu. Aí todo mundo ficou: “Uá?!? Por que que ele
morreu? Logo agora que ele aceitou a Jesus?”. E o Senhor deu uma
revelação: “Tirei-o antes que ele volte para o mundo. Antes que ele volte
para o mundo eu recolhi uma vida preciosa!”. Porque para Deus não
existe morte nem vida, tudo é um tempo, um tempo que não é contado.
E Ele tirou, a esposa ficou totalmente consolada ela disse: “Não, é isso
mesmo! Se ele continuasse, possivelmente, ele poderia cair, quem sabe?”.
Não, isso não quem se converter vai morrer. Mas há vidas que não
podem suportar nessa hora a benção, o compromisso é muito grande
com o mundo. Mas aqueles que se entregam ao Senhor Jesus podem
ver que Ele tem a benção de preservar a sua vida para a eternidade.
Vem!
O último “Vem” está aqui. “Vem porque o inverno passou, a chuva
cessou e se foi. Aparecem as flores na terra. Antes que refresque o dia.
Antes da meia-noite, antes que ciam as sombras”. Agora é um apelo da
Igreja, agora quem diz é a Igreja: “Vem! Vem! Vem!”. É todo o grito da
Igreja! A Igreja expressa a forma de vida nossa hora através do “Vem”. Há
um povo que está pregando, anunciando, testemunhando. E tudo isso
vivendo. Tudo isso é um apelo de vida. É aquilo que sai do interior da
Igreja. É aquilo que é a grande proclamação nessa hora. Pedindo,
suplicando, clamando para que o Senhor venha logo. Vem!
Meus irmãos, há dias atrás eu escrevi uma carta. Um irmão nosso perdeu
a esposa e eu escrevi. Uma pequena correspondência para aquele
irmão. Ele é do exterior, e ele estava muito triste, muito aflito. E a
carta que eu escrevi para ele tinha um teor que se relacionava com
a vinda do Senhor Jesus. não somos como os que não têm
esperança, nós temos esperança. Nós sabemos que Jesus vem! e
eu disse para ele: “Sua esposa foi retirada, Deus colheu o lírio do
seu jardim. Vai te colher também. Nós só temos uma coisa agora.
É lutar por esse Evangelho, é pregar para apressar a vinda
maravilhosa do Senhor Jesus”. Todas as vezes que damos esse
grito de “Vem!”, nós estamos apressando a vinda gloriosa do
Senhor Jesus.
Nós estamos encerrando aqui. A nossa palavra poderia ser até um
pouco mais curta.. Mais uma oportunidade que nós estamos tendo de
estar juntos, nesse dia tão quente, né? Mas, o povo está aqui. As crianças
acomodadas, o que é um milagre! Os adultos...nós até observamos a
educação do povo, dos nossos visitantes, das crianças. Isso pra nós é um
conforto muito grande.
VEM! VEM! VEM!
Mas hoje, hoje nós queremos deixar essa palavra para a sua vida. É
o “Vem! Vem!”. O Espírito diz: “Vem!”, a Igreja diz: “Vem!”. Jesus quer vir e
nós temos que gritar bem alto e em bom som, com nosso testemunho,

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com a mensagem da palavra, com a oração, com o clamor, com a


comunhão. Expressar toda a forma de vida desse corpo que é a Igreja fiel
de Jesus. e que pulsa dentro dela o Espírito santo, esse sangue poderoso
que dá toda essa vida a esse corpo. Nessa expressão poética e profética
do “Vem”.
Nós podemos dizer nessa hora: “vem! Vem! Vem! vem porque
passou o inverno! Vem porque os sinais estão cumpridos, o
derramamento do Espírito! Vem porque as pombas selvagens estão
vindo!”
Há pombas selvagens aqui, nesta manhã, elas estão vindo. E elas
são sinais para todos os que estão aqui, de que o inverno está para
chegar e elas precisam refazer suas casas no oculto das ladeiras, nas
rochas, na rocha dos séculos que é o Senhor Jesus. Porque as nevascas
vão cair, a chuva vai cair, as tempestades, o céu nublado, a lama das
ruas, o frio, a tristeza virá para o mundo. Mas a Igreja estará no seu
abrigo solene!

* Mensagem “VEM “ entregue em Nova Venécia – Pelo Pr Gidelti – Em


14/05/04

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