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Todo dispositivo cuja finalidade é produzir energia elétrica à custa de energia mecânica
constitui uma máquina geradora de energia elétrica (diz-se também, impropriamente,
máquina geradora de eletricidade --- eletricidade não é uma grandeza física, é um ramo da
Física).
Numa máquina elétrica (seja gerador ou motor), distinguem-se essencialmente duas partes,
a saber: o estator, conjunto de órgãos ligados rigidamente à carcaça e o rotor, sistema
rígido que gira em torno de um eixo apoiado em mancais fixos na carcaça. Sob ponto dê
vista funcional distinguem-se o indutor, que produz o campo magnético, e o induzido que
engendra a corrente induzida.
A corrente induzida produz campo magnético que, em acordo com a Lei de Lenz, exerce
forças contrárias à rotação do rotor; por isso em dínamos e alternadores, o rotor precisa ser
acionado mecanicamente. O mesmo concluímos do Princípio de Conservação da Energia:
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Diante de uma bobina fixa B (induzido) põe-se a girar um ímã SN (indutor), como ilustrado
acima. O ímã mantém um campo do qual o fluxo concatenado com a bobina varia
periodicamente, com a mesma freqüência de revolução do ímã. Se a rotação do ímã for
lenta, um galvanômetro sensível G indica aproximadamente a corrente instantânea no
decurso do tempo; se a rotação for rápida, é necessário um osciloscópio.
Convenção:
Corrente positiva, vetor unitário,
fluxo positivo.
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A FEM induzida não é senoidal mas segue, grosso modo, o gráfico posto acima, onde
ilustramos no mesmo par de eixos, o fluxo de indução e a corrente induzida em um
alternador, em um período (T).
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Adotemos como origem dos tempos um dos instantes em que a normal n à espira forma
com o campo de indução B ângulo igual a um reto, passando de agudo para obtuso.
Se a espira for substituída por uma bobina de N espiras, a força eletromotriz induzida é:
E = N.ω .B.A.cos ω .t
Como vemos, esta força eletromotriz induzida obedece a uma lei harmônica cuja amplitude
é:
Uma força eletromotriz que muda de polaridade periodicamente é designada como força
eletromotriz alternante; no caso presente, trata-se de uma força eletromotriz alternante
harmônica.
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Um exemplo numérico virá bem a calhar: Uma leve moldura de fibra, retangular, de área A
= 0,0100 m2 funciona como carretel onde se enrolam N = 42 espiras de fio de cobre
esmaltado. Esse quadro é posto a girar com freqüência f = 60 Hz (r.p.s.) em um campo de
indução uniforme de intensidade E = 1,00 Wb/m2 (ou, o mesmo que, 1,00 tesla). Reporte-se
à ilustração acima.
Para intensificar o fenômeno, as espiras do rotor são dispostas sobre um núcleo de ferro,
cujo efeito consiste em elevar o fluxo de indução concatenado com o quadro.
Os terminais do quadro são soldados a “anéis coletores” ; estes anéis são metálicos,
presos rigidamente ao eixo mas eletricamente isolados do mesmo; em cada anel apóia-se
uma “escova”, corpo sólido e condutor (geralmente de grafite), comprimido elasticamente
contra o anel, de modo a garantir bom contato elétrico do mesmo; as escovas estão presas
a um suporte isolante; a elas liga-se a parte externa do circuito.
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Nos alternador de grande porte, o estator é induzido (onde se recolhe a corrente alternante)
e o rotor é indutor (geralmente são eletroímãs alimentados por corrente contínua, por meio
de anéis coletores).
Sistema AC - Gerador/Motor
Nos geradores tipo alternadores (como os ilustrados acima) um artifício simples permite
retificar a corrente, ou seja, fazer com que fluam sempre num mesmo sentido.
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Nos instantes em que o fluxo de indução no rotor é máximo ou mínimo a corrente induzida
é nula; nos mesmos instantes invertem-se as conexões das es covas com os segmentos do
comutador pois são permutados os segmentos em contato com as escovas; portanto são
invariáveis a polaridade das escovas e o sentido da corrente no circuito externo (abaixo, em
-b-, a corrente retificada). Tal corrente, cuja intensidade varia periodicamente mas cujo
sentido se conserva, é denominada corrente pulsante.
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