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INDICE
Caracterização do sector 3
1- Diagnóstico 7
2- Estratégia Regional 11
6- Zonas de produção 15
7- Tipologia de projectos 18
A região Centro, é a segunda zona do país no que respeita á área de olival, segundo o
INE , a média da área ocupada com olival nos anos 2003 e 2004 foi 90 343 ha e uma
produção média de azeite de 8728,53 toneladas .
Abrange diversas zonas agro-ecológicas com características bastante diversas no que
respeita ao olival, quer do ponto de vista da produtividade como da sua qualidade.
A zona do Pinhal Interior Sul tem cerca de 11,3 % da área e apenas representou 11,0 %
da produção de azeitona e 9,5 % da produção de azeite, sendo a produtividade média de
752 Kg /ha de azeitona e 81 Kg de azeite/ha.
A zona de Riba Côa com 10,9 % da área ,representou 12,8% da produção .de azeitona e
10,9 % do azeite 886 kg /ha e 96 Kg de azeite por ha.
16.000
12,00
14.000
10,00
12.000
10.000 8,00
8.000 6,00
6.000
4,00
4.000
2,00
2.000
0 0,00
Baixo Baixo Pinhal Pinhal Dão- Pinhal Serra da Beira Beira Cova da
Vouga Mondego Litoral Interior Laf ões Interior Estrela Interior Interior Beira
Norte Sul Norte Sul
Azeitona Proveniência (Ton) Azeitona Laborada (Ton) Total Azeite (Ton) Rendimento (%)
O Pinhal Interior Norte com 9,6 % da área, representou 12,4 % da produção média dos
anos referidos em azeitona e 24,9 % do azeite, sendo 971 kg/ha a produtividade média
de azeitona, pelo que o valor indicado para a produção de azeite só é justificado pela
compra de azeitona noutras regiões sendo esta ali laborada, pois doutra forma a
produção de azeite por ha seria de 250 Kg o que seria um bom valor se fosse real.
A zona de Dão Lafões com 9,3 % da área ,contribuiu com 15,7 % da produção de
azeitona e 11,5 % de azeite, tendo um rendimento de 1277 Kg/ ha e 120 Kg de azeite por
ha.
A Cova da Beira com 8,8% da área contribuiu com 12,0% da produção de azeitona e
10,2 % de azeite com 1020 Kg / há de azeitona com 112 Kg /ha
São estas seis regiões as responsáveis por 81 % da área e 80% do total da produção,
onde deverá desenvolver-se essencialmente o Plano de Fileira para o sector.
Qualidade do azeite
Com base nos dados do INE no ano de 2005, no Pinhal Interior Norte, cerca de 33% da
azeitona laborada veio de fora da região. Nas restantes zonas não há grande variação
entre a azeitona de proveniência da região e a total laborada.
O rendimento em azeite varia entre os 10 e os 12,4 para o Baixo Vouga e Serra da
Estrela respectivamente.
No ano de 2005 a zona principal produtora foi o Pinhal Norte com 1782 ton de azeite e um
rendimento de 11,6 %.
REGIÃO CENTRO
Qualidade do Azeite
2500 90
80
2000
70
60
1500
50
Azeite Total
40 (1000 l)
1000
30 Até 0,8ª (%)
500 20
De 0,8º a 2º (%)
10
> 2º (%)
0 0
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Be
Pi
No que respeita á qualidade do azeite nesse mesmo ano e apenas com base no
parâmetro acidez, as zonas que apresentaram melhor qualidade com maior percentagem
de azeite extra virgem (acidez < 0,8 º) foi a Cova da Beira com 77,6 %, a Beira Interior
Norte com 70,3 %, a Beira Interior Sul com 61,3% e Pinhal Interior Sul com 52,6 %.As
restantes zonas tiveram, uma percentagem de azeite com acidez inferior 0,8 % menor que
50 % do total da produção, dando-nos indicação das zonas que no ano em causa
proporcionaram azeite com inferior qualidade.
O Baixo Vouga teve 9,4 % de azeite lampante , o Baixo Mondego 6,4 % e Pinhal Interior
Norte 6 %, indicando grande falta de qualidade e algum problema estrutural que deverá
ser solucionado.
Lagares
Analisando o numero de lagares em laboração e o rácio da azeitona laborada e azeite
produzido, verifica-se que as zonas do Pinhal têm um excessivo numero de lagares,
muitos deles de muito pequena dimensão, tendo no caso do Pinhal Interior Sul 79 lagares
em laboração na campanha de 2004/05 e uma média de 95 t de azeitona e 10 t de azeite.
10.000 53 25.000
42
8.000 20.000
6.000 24 15.000
23 23
16
4.000 10.000
9 8
2.000
1 7 5.000
0 0
Serra da Estrela
Pinhal Interior
Campina e C.
Pinhal Interior
Albicastrense
Baixo Mondego
Cova da Beira
Alto Mondego
Dão e Lafões
Pinhal Litoral
Baixo Vouga
Cimo-Coa
Riba Côa
Norte
Sul
Lagares
AZEITONA POR LOCAL DE PROVENIÊNCIA ( ton ) PRODUÇÃO DE AZEITE (ton) ÁREA (ha)
O alto Mondego é a zona com uma média mais favorável, 7 lagares, 561 t de azeitona e
66 t de azeite, tendo o Dão Lafões 24 lagares,445 t de azeitona e 42 t de azeite.
A zona de Riba Côa com 23 lagares ,Serra da Estrela com 8 lagares e Cova da Beira
com 23, têm valores intermédios com 360 t de azeitona e 40 t de azeite por lagar.
Azeitona de mesa
A azeitona de mesa tem pouca expressão na região, tendo representado nos anos de
referência apenas 3 % da área.
De uma forma geral não há olivais com a produção orientada para azeitona de mesa,
optando os produtores por fazer uma colheita antecipada para conserva e posteriormente
o restante para azeite.
A zonas com maior produção são Riba Côa com a cultivar Negrinha e Campina com a
Galega.
REGIÃO CENTRO
(ha) (Kg)
AZEITONA DE MESA
3000 2500000
2500 2000000
2000
1500000
1500
1000000
1000
500000
500
0 0
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na
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am
1.Diagnóstico
A fileira apresenta debilidades, mas também muitas capacidades que integradas numa
estratégia consistente lhe permitirão vencer as adversidades e aproveitar as
oportunidades que o mercado lhe oferece.
Numero excessivo de lagares de prensas, que laboram durante poucos dias, geralmente
apenas para o auto consumo dos olivicultores.
Algum azeite que é laborado nestes lagares e que vai para o mercado, geralmente tem
pouca qualidade, pela dificuldade que têm em moer a azeitona num intervalo curto de
tempo (defeito tulha).
Falta de lagares contínuos que substituam com vantagem os lagares de prensas, nalguns
locais ,pois noutros a capacidade instalada é suficiente.
Falta de apoio técnico especializado aos lagares. Embora transformem a azeitona local,
não a compram, devido à heterogeneidade de rendimento e qualidade.
Impactos ambientais negativos ao nível dos lagares – sem área disponível para instalação
de sistemas de tratamento (lagares cegos)
Pouca implantação no norte da Beira Interior e sem implantação na Beira Litoral, onde
não existe qualquer associação de cúpula.
1.3 AMEAÇAS
Falta de esclarecimento no mercado das diferentes tipos do produto azeite (azeite, azeite
virgem, azeite virgem extra) .
Elevada concorrência pelo preço de produto de menor qualidade: é mais fácil vender
azeite (barato) do que azeite virgem extra (pouco mais caro).
Falta de dimensão na concentração da oferta face à distribuição que está cada vez mais
estruturada e detém forte poder negocial.
1.4 OPORTUNIDADES
É reconhecida a capacidade da região para produzir azeites de elevada qualidade.
Produto cada vez mais associado a uma alimentação saudável, fazendo parte da Dieta
Mediterrânica, a que é associada uma imagem de requinte e distinção.
Possibilidade de valorizar a faceta de um produto saudável e obtido de forma sustentável,
nalgumas zonas agro ecológicas é perfeitamente viável a o produção de azeite em Modo
de Produção Biológico.
Apetência do consumidor por produtos resultantes de uma agricultura menos intensiva.
Possibilidade de associar a imagem a uma cabaz de produtos reconhecidos pela sua
qualidade e tipicidade, queijos, enchidos.,mel ,vinhos.
Existem oportunidades de mercado nos países de acolhimento dos emigrantes
portugueses, “mercado da saudade” que podem servir de trampolim a outras realidades.
É de sublinhar a importância da exportação para o Brasil .
Tendência evolutiva da Política Agrícola Comum em privilegiar cada vez mais a
agricultura ecologicamente sustentável em detrimento da vertente produtivistas. Esta
constitui sem dúvida uma das formas de melhor valorizar parte da olivicultura da região: a
comercialização de produtos que transportam um pouco de história, a paisagem e o saber
fazer tradicional.
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2. ESTRATÉGIA REGIONAL
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Criação de núcleos de dinamização local, que terão como base os lagares cooperativos
ou privados que deverão dinamizar e potenciar a plantação de olival em seu redor,
garantindo a transformação e a comercialização quer directa ou através das Unidades de
Embalamento e Comercialização Regional de que serão sócios.
Criação conjunta com outras fileiras de lojas de produtos ´´Gourmet´´ nos principais
centros comerciais, para comercializar os azeites ,azeitona de mesa e outros produtos de
topo.
Criação de um azeite tipo ´´ Beiras `` com qualidade média, para comercialização com
valores competitivos quer no mercado nacional como internacional.
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Criar condições para que a execução das diversas operações culturais possa ser
realizada pelas cooperativas ou apoiar a criação de empresas prestadoras de serviços
que possam fazer a gestão conjunta dos olivais, detidos muitas vezes por proprietários
ausentes das explorações.
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Azeitona de
Azeite
Mesa
(ha) (ton) (ton) (1000 EUR) (1000 EUR) Nº de TER (1000 EUR)
Modos de produção
Biológico n.e. n.d. n.d. n.d.
Produção Integrada n.e. n.d. n.d. n.d.
Multifuncionalidade
Agroturismo em áreas
abrangidas por nomes n.d. 52 633
protegidos (1000 EUR)
Agroturismo em áreas
abrangidas por nomes
n.d. 52 778
protegidos e em Rede Natura
(1000 EUR)
5- Valorização Futura da Fileira
Em qualquer dos casos, prevê-se efectuar novas plantações e reconversão dos olivais
existentes, reconversão que poderá passar por uma grande intervenção ao nível de
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TIPO DE VAL.
OLIVAL AREA PRODUTIV. AZEITONA AZEITE UNIT. VALOR
(1000
ACÇÔES (ha) (Kg/há) (ton) (ton) (€/ton) €)
Olival
Manutenção tradicional 78000 750 58500 6423 2500 16060
Olival
Intensivo/PI 2500 4000 7500 820 3000 2460
Reconv.
Reconversão Cultural 10000 2000 20000 2196 3000 6590
Rec. em
MPB 2500 3000 3750 410 3500 1440
Novas
Plantações MPB 2500 4000 3000 360 3500 1260
Prod.
Integrada 5000 6000 10000 1200 3600 2970
TOTAIS 100500 20750 122 780 11 209 30780
15
(1000
% (1000 EUR) (%)
EUR)
Valor Global da Fileira
Azeite 21 820 89,2 30 680 40,6
Azeitona de Mesa 1 230 5,0 1 230 0,0
Agroturismo em áreas
abrangidas por nomes 633 2,6 633 0,0
protegidos (1000 EUR)
Agroturismo em áreas
abrangidas por nomes
778 3,2 778 0,0
protegidos e em Rede
Natura (1000 EUR)
6-Zonas de Qualidade
Existem duas DOP´s na Região, sendo a Beira Interior toda a abrangida pela DOP do
mesmo nome, estando Pombal, Alvaiázere e Porto de Mós abrangidos pela DOP do
Ribatejo
16
17
18
7.TIPOLOGIA DE PROJECTOS
7.1 PRODUÇÃO
7.2 TRANSFORMAÇÃO
7.3 Comercialização
Estes projectos devem ter em conta a certificação (ISO, BRC, HACCP) e a aquisição de
dimensão crítica pelas organizações de concentração de oferta e comercialização.
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Informação de mercado
Previsão e balanço da produção
Indicadores da fileira com origem na “base de dados da produção”
Criação de uma “base de dados da produção” alimentada pelos produtores e gerida pelas
suas organizações, com indicadores úteis às actividades de gestão dos produtores e das
organizações e fundamental para o aumento de competição entre os empresários
agrícolas.
Implementação de um plano de assistência técnica com objectivos contratualizados.
Estabelecimento de contratos programa com Associações de Produtores para
operacionalizar o desenvolvimento da fileira em determinada área geográfica:
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o Apoio técnico aos lagares seus associados para dinamizar uma política de
qualidade e promover a concentração da produção de azeite na Central de
embalamento e comercialização.
7.9 Inovação
7.10 Multifuncionalidade
Projectos que permitam abordar a fileira segundo uma perspectiva multifuncional ,nas
diversas vertentes;
Preservação do ecossistema natural do olival tradicional nas zonas escarpadas, hoje não
cultiváveis, mas que constituem um património natural indiscutível.
Projectos que visem a criação da Rota dos Lagares de Azeite das Beiras.
Deverão ser dadas prioridades claras aos projectos apresentados numa lógica de fileira.
COMERCIALIZAÇÃO-TRANSFORMAÇÃO-PRODUÇÃO, com majoração para os
diferentes tipos de projecto em função do grau de associação e de complementaridade
entre os diversos intervenientes.
Na produção deverão ser majorados os projectos agrupados, com a definição de área
mínima de parcela 0,5 há e por olivicultor 2 há, e por projecto agrupado de 5 ha.
Os projectos de plantação deverão estar obrigatoriamente associados a uma unidade de
transformação, cooperativa ou privada e que se comprometa a comercializar o azeite ou
azeitona produzidos.
Na transformação a capacidade mínima de laboração de 1000 t
No embalamento definir o dimensionamento, mediante estudo técnico económico.
Deverá ser dada prioridade aos projectos de jovens agricultores e de preferência a
projectos especializados em olivicultura.
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Na formação contínua dos olivicultores devem ser escolhidos lideres em cada região onde
se instalem campos de demonstração, que serão acompanhados pelos técnicos e
objecto de visitas regulares dos restantes. Entre os produtores deve ser estimulada a
competição relativa à produtividade qualidade e resultado económico obtido.
A formação do produtor, além da técnica, deve incidir sobre a gestão da produção –
quando fez, quanta mão-de-obra, quanto tempo, quanto gastou, quanto produziu, com
que qualidade, com que valor – criando-lhe a exigência de ser rigoroso e proceder ao
registo dos seus indicadores.
A formação deve ser ministrada por formador com experiência prática e integrar
componentes de demonstração (por parte dos formadores) e de experimentação/
execução (por parte dos formandos). Além disso, deve ainda ser de curta duração e em
horário que atenda à disponibilidade dos interessados
São temas prioritários para a formação: cadernos de campo, gestão de recursos
humanos, produção Integrada, poda e condução, fertilização, controlo de pragas e
doenças e colheita.
A formação dos técnicos que intervenham na fileira deve privilegiar a realização de visitas
de estudo regulares ou de estágios em regiões produtoras de referência ou que
empreguem tecnologias inovadoras.
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