Máquinas Térmicas
Prof.: Gustavo
Provençano
Ementa do Curso:
Fundamentos da Termodinâmica
• Capítulo 8 – Exergia Tradução da 8ª edição norte-americana
• Capítulo 9 - Sistemas de Potência e Refrigeração - com Mudança de
Fases
Capítulo 9
• Capítulo 10 – Sistemas de Potência e Refrigeração – Fluidos de
Trabalhos Gasosos Sistemas de Potência e Refrigeração
• Capítulo 13 – Reações Químicas – com Mudança de Fase
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
• Algumas centrais de potência, como a central simples a vapor d’ • Diz as vezes, que o motor de combustão interna e a turbina a gás
água, operam segundo um ciclo. O fluido de trabalho sofre uma série operam segundo um ciclo aberto, e a unidade motora a vapor opera
de processos e, finalmente, retorna ao seu estado inicial. segundo um ciclo fechado.
• Em outras centrais de potência, tais como motor de combustão • A mesma distinção entre ciclos abertos e fechados, pode ser feita em
interna e a turbina a gás, o fluido de trabalho não passa por um ciclo relação aos aparelhos de refrigeração.
termodinâmico, ainda que o equipamento opere segundo um ciclo
mecânico.
• No caso acima, o fluido de trabalho, ao final do processo, apresenta
uma composição química diferente ou está em um estado
termodinâmico diferentes do inicial.
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.1 Introdução aos Ciclos de Potência 9.1 Introdução aos Ciclos de Potência
Considere uma máquina térmica cíclica
que utilize quatro processos distintos, e
que operem em regime permanente.
Essa máquina térmica cíclica pode
produzir trabalho na forma de rotação de
um eixo (figura 5.18), ou a partir de
processos que envolvem movimento de
fronteira de um sistema (figura 5.19),
como em um pistão em um cilindro.
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.1 Introdução aos Ciclos de Potência 9.1 Introdução aos Ciclos de Potência
Considere agora um ciclo de potência composto
de quatro processos em regime permanente,
como esquematizado na figura ao lado.
Vamos admitir que todos os processos sejam
internamente reversíveis e que estes não
apresentem variações significativas de energia
cinética e potencial.
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.1 Introdução aos Ciclos de Potência 9.1 Introdução aos Ciclos de Potência
Para facilitar a modelagem do ciclo, vamos
admitir:
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.1 Introdução aos Ciclos de Potência 9.1 Introdução aos Ciclos de Potência
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.1 Introdução aos Ciclos de Potência 9.1 Introdução aos Ciclos de Potência
Analisando a figura ao lado, nota-se que as
áreas relativas aos processos de expansão A área líquida pelas linhas que representam
(do estado 2 ao 3 e do estado 3 ao 4) são os processos 1-2-3-4-1 no diagrama P-υ
maiores que as áreas relativas aos processos (figura ao lado) representa o trabalho líquido
de compressão (estado 4 a 1 e do estado 1 produzido em qualquer dos dois casos
ao 2). analisados (máquinas rotativas ou
Assim, a área líquida e o trabalho líquido alternativas).
produzido pelo ciclo são positivos.
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.2 Ciclo Rankine 9.2 Ciclo Rankine
Consideremos agora um ciclo baseado em
quatro processos que ocorrem em regime
permanente como mostrado na figura ao
lado, no qual o estado 1 seja líquido É conveniente mostrar os estados e os
saturado e o estado 3 seja vapor saturado processos em um diagrama T-s,
ou superaquecido. conforme mostrado na figura ao lado.
Esse ciclo recebe a denominação de ciclo
Rankine.
O ciclo Rankine é o modelo ideal para uma
planta de potência simples a vapor.
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.2 Ciclo Rankine 9.2 Ciclo Rankine
Os quatros processos que compõem o ciclo
são:
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Capítulo 9 Capítulo 9
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9.2 Ciclo Rankine 9.2 Ciclo Rankine
Devemos ressaltar que, na análise dos ciclos
ideais, as variações de energias cinética e O rendimento térmico do ciclo Rankine é
potencial de um ponto do ciclo a outro serão menor que o ciclo de Carnot (ciclo 1’-2’-3-4-
desprezadas. 1’) que opera as mesmas temperaturas
máxima e mínima do ciclo Rankine, porque a
Em geral, isso é uma hipótese razoável para temperatura média entre 2 e 2’ é menor que a
os ciclos ideais. temperatura durante a evaporação.
Capítulo 9 Capítulo 9
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9.2 Ciclo Rankine 9.2 Ciclo Rankine
Podemos, então, perguntar: Primeira razão: envolve o processo de
bombeamento.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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9.2 Ciclo Rankine
Segunda razão: envolve o superaquecimento de vapor. Exemplo 9.1
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.3 Efeitos da pressão e da Temperatura no Ciclo Rankine 9.3 Efeitos da pressão e da Temperatura no Ciclo Rankine
Efeito da pressão e da temperatura na seção de saída
da turbina (Figura ao lado).
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.3 Efeitos da pressão e da Temperatura no Ciclo Rankine 9.3 Efeitos da pressão e da Temperatura no Ciclo Rankine
Efeito do superaquecimento do vapor na caldeira Influência da pressão máxima do vapor (Figura ao
(Figura ao lado). lado).
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.3 Efeitos da pressão e da Temperatura no Ciclo Rankine 9.3 Efeitos da pressão e da Temperatura no Ciclo Rankine
Influência da pressão máxima do vapor (Figura Resumindo:
ao lado).
O trabalho líquido e o rendimento térmico de um
ciclo Rankine podem ser aumentado pela redução da
Portanto, o trabalho líquido tende a permanecer pressão no condensador, pelo aumento da pressão
o mesmo, mas o calor rejeitado diminui e, no fornecimento de calor e pelo superaquecimento
portanto, o rendimento do ciclo Rankine do vapor.
aumenta com o aumento da pressão máxima. O título do vapor que deixa a turbina aumenta com o
superaquecimento de vapor e diminui pela redução
O título do vapor que deixa a turbina diminui de pressão do condensador e aumento da pressão do
quando a pressão máxima do ciclo aumenta. fornecimento de calor
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.4 Ciclo com Reaquecimento 9.4 Ciclo com Reaquecimento
O ciclo com reaquecimento foi desenvolvido A principal vantagem desse reaquecimento é
para tirar vantagem do aumento de a diminuição do teor de umidade nos estágios
rendimento provocado pela utilização de de baixa pressão da turbina.
pressões mais altas e, ao mesmo tempo,
evitar que a umidade seja excessiva nos
estágios de baixa pressão da turbina. Se houver metais que possibilitam um
superaquecimento até 3’, o ciclo Rankine
Um esquema desse ciclo e o diagrama T-s simples seria mais eficiente que o ciclo com
associado está mostrado na figura ao lado reaquecimento, e esse ciclo modificado não
seria necessário.
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Exemplo 9.3 Como já dito anteriormente, o rendimento
térmico do ciclo Rankine é menor que o do
ciclo de Carnot correspondente (ver figura ao
lado).
Isto ocorre porque a temperatura média do
fluido de trabalho durante o processo 2-2’
(ciclo Rankine), é muito inferior à
temperatura do processo de vaporização 2’-3
(ciclo de Carnot)
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Consideremos, incialmente, um ciclo
regenerativo ideal, como mostrado na figura
ao lado.
No ciclo regenerativo, o fluido de trabalho O aspecto singular desse ciclo, quando
entra na caldeira em algum estado entre 2 e comparado com o ciclo Rankine, é que após
2’, e consequentemente, obtém-se uma deixar a bomba, o líquido circula ao redor da
aumento na temperatura média na qual o carcaça da turbina, em sentido contrário ao
calor é fornecido ao fluido de trabalho. do vapor na turbina.
Assim é possível transferir calor do vapor,
enquanto este escoa na turbina, ao líquido
que escoa ao redor da carcaça da turbina.
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Consideremos esta transferência de calor Áreas 2-3-b-a-2 e 5-4-d-c-5 são iguais e
reversível. congruentes e representam o calor
A linha 4-5 no diagrama T-s, que representa os transferido do vapor ao líquido.
estados do vapor escoando através da
turbina, é exatamente paralela à linha 1-2-3 Área 3-4-d-b-3 representa a transferência de
que representa o processo de bombeamento calor ao fluido de trabalho.
(1-2) e os estados do líquido que escoa ao
redor da turbina.
Área 1-5-c-a-1 representa a transferência de
calor do fluido de trabalho.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
A área 3-4-d-b-3 é exatamente igual à área b-
3-4-d-b, que é o calor fornecido no ciclo de
Carnot (1’-3-4-5’-1’).
Na prática, não é possível implantar o ciclo
A área 1-5-c-a-1 é exatamente igual à área 1’- regenerativo ideal (alto teor de umidade no
5’-d-b-1’, que é o calor rejeitado no ciclo de estado 5, e impossibilidade de transferência
Carnot (1’-3-4-5’-1’). de calor dos estados 4 ao 5).
Assim, o ciclo regenerativo ideal (1-2-3-4-5-1)
apresenta rendimento térmico exatamente
igual ao rendimento do ciclo de Carnot (1’-3-
4-5’-1’)
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
O vapor entra na turbina do estado 5.
Logo, o ciclo regenerativo real envolve a Após a expansão até o estado 6, parte do
extração de uma parte de vapor que escoa na vapor é extraída e entra no aquecedor de
turbina, após ter sido parcialmente água de alimentação.
expandido, e a utilização de aquecedores de
água de alimentação, conforme mostrado na
figura ao lado. O vapor não extraído expande na turbina até
o estado 7 e é, então, condensado no
condensador.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
O líquido descarregado do condensador é
bombeado para o aquecedor da água de
alimentação em que ocorre a mistura com o
vapor extraído da turbina.
Capítulo 9 Capítulo 9
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9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
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9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
É um tanto difícil mostrar esse ciclo no Área 4-5-c-b-4 da figura ao lado representa o
digrama T-s porque amassa de vapor que calor transferido por quilograma ao fluido de
escoa pelos vários componentes não é a trabalho.
mesma.
Por esse motivo, o digrama T-s da figura ao Área 1-7-c-a-1 da figura ao lado representa o
lado mostra, simplesmente, os estados do calor transferido por quilograma do fluido de
fluido nos vários pontos. trabalho que escoa no condensador.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Exemplo 9.4 Outro tipo de aquecedor de água de
alimentação muito utilizado, é o aquecedor
de superfície.
Aquecedor de superfície é aquele em que o
vapor e a água de alimentação não se
misturam, porém o calor é transferido do
vapor extraído, que condensa na parte
externa dos tubos, à água de alimentação,
que escoa no interior dos tubos
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
O vapor pode ter pressão diferente da Considere o funcionamento de um aquecedor
pressão da água de alimentação. de superfície que opere sem a bomba de
O condensado pode ser bombeado para a condensado indicada na figura ao lado.
tubulação de água de alimentação ou pode
ser removido por meio de um purgador para Pode-se admitir que as temperaturas de
um aquecedor de baixa pressão ou para o descarga do aquecedor (T3), do condensado
condensador principal. (T6a) e de descarga do conjunto (T4) sejam
Purgador é um aparelho que permite que o iguais.
líquido, e não o vapor, escoe para uma região
de pressão inferior.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação 9.5 Ciclo Regenerativo e Aquecedores de Água de Alimentação
Os aquecedores de mistura para água de alimentação tem a
vantagem, quando comparados com os aquecedores de
superfície, de apresentar menor custo e melhores características
na transferência de calor.
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.6 Afastamento dos Ciclos Reais em Relação aos Ciclos Ideais 9.6 Afastamento dos Ciclos Reais em Relação aos Ciclos Ideais
As perdas mais importantes que afasta os ciclos reais em relação aos Perdas na Turbina (3-4)
ciclos ideais são:
Apresentam o maior
- Perdas na Turbina afastamento.
- Perdas na Bomba Associado ao escoamento do
- Perdas nas Tubulações fluido de trabalho pelos canais e
palhetas na turbina
- Perdas no Condensador
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.6 Afastamento dos Ciclos Reais em Relação aos Ciclos Ideais 9.6 Afastamento dos Ciclos Reais em Relação aos Ciclos Ideais
Perdas na Bomba (1-2) Perdas nas Tubulações
(a-b & b-c)
Análogas as perdas na turbina.
Decorrem, principalmente, das Estados a-b: perdas por atrito
irreversibilidades associadas ao
escoamento do fluido. Estados b-c: perdas por
transferência de calor
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.6 Afastamento dos Ciclos Reais em Relação aos Ciclos Ideais
Perdas no Condensador Exemplo 9.5
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.7 Cogeração e Outras Configurações 9.7 Cogeração e Outras Configurações
Existem unidades que utilizam um ciclo de Assim, não sendo necessário a construção
potência a vapor para gerar eletricidade e e utilização de uma segunda caldeira
o processo produtivo requer um dedicada unicamente ao processo
suprimento de outra forma de energia produtivo.
(na forma de vapor ou água quente).
Nesses casos, é apropriado considerar a
utilização do vapor expandido até uma Este tipo de aplicação é denominada
pressão intermediária, em uma turbina cogeração (ver figura ao lado).
de alta pressão do ciclo de potencia, como
fonte de energia do processo produtivo.
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.7 Cogeração e Outras Configurações 9.7 Cogeração e Outras Configurações
Aplicação do ciclo Rankine Aplicação do ciclo Rankine
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
Problemas Para Estudo: 9.8 Introdução aos Sistemas de Refrigeração
9.13 9.43 9.82
9.16 9.48 O ciclo ideal de
9.20 9.50 refrigeração é similar
9.21 9.60 ao ciclo de potência
9.26 9.61 descrito anteriormente,
mas apresenta cada
9.31 9.64
processo como reverso
9.33 9.73 de seu respectivo no
9.36 9.79 ciclo de potência.
9.40 9.80
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.8 Introdução aos Sistemas de Refrigeração 9.8 Introdução aos Sistemas de Refrigeração
Note que, se o ciclo inteiro ocorresse dentro do
domo que representa os estados de mistura Observe também, que o trabalho líquido
líquido-vapor, o ciclo resultante seria, como no requerido pelo ciclo é igual a área limitada pelas
caso do ciclo de potência, o ciclo de Carnot, já que linhas que correspondem aos processos 1-2-3-4-1
os dois processos isobáricos são também independentemente de o processo ocorrer em
isotérmicos. regime permanente ou em um conjunto cilindro-
pistão.
De outras forma, não seria o ciclo de Carnot.
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
Nota-se que o estado 3 é referente ao líquido
saturado à temperatura do condensador.
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
Assim, troca-se a turbina por um dispositivo de
O processo de expansão isoentrópica 3-4 estrangulamento que pode ser uma válvula ou um
ocorrerá na região bifásica com título baixo. tubo de pequeno diâmetro com um comprimento
preestabelecido.
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
Então, o ciclo ideal de refrigeração pode ser visto O processo 3-4 é um processo de
na figura ao lado. estrangulamento adiabático. Este processo é
Vapor saturado a baixa pressão (estado 1) entra irreversível.
no compressor e sofre uma compressão
adiabático reversível 1-2. O fluido de trabalho é vaporizado a pressão
O calor é rejeitado no processo 2-3 no constante no processo 4-1, no qual completa o
condensador. O fluido de trabalho deixa o ciclo.
condensador (estado 3) como líquido saturado.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
A razão do afastamento do ciclo ideal de O ciclo ideal para a refrigeração por compressão a
refrigeração (1-2-3-4-1) para o ciclo de Carnot (1’- vapor tem quatro processos:
2’-3-4’-1’) consiste:
- 1 processo isoentrópico (1-2)
1) na conveniência de se ter um compressor que - 2 processos isobáricos (2-3 & 4-1)
opere apenas com vapor (estado 1) e não com
uma mistura de líquido e vapor (estado 1’). - 1 processo isoentálpico (3-4)
2) Na substituição da turbina (processo 3-4’) por
um dispositivo de estrangulamento (3-4).
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
O ciclo ideal para a refrigeração por compressão a O ciclo de refrigeração tem o objetivo de manter um
vapor tem quatro processos: espaço refrigerado a uma temperatura mais baixa
que a temperatura ambiente.
Em aplicações reais, a temperatura do condensador é
- 1 processo isoentrópico (1-2) maior que a temperatura do ambiente, e a do
- 2 processos isobáricos (2-3 & 4-1) evaporador é menor que a do espaço refrigerado, e
isso é feito para termos de taxas finitas de
- 1 processo isoentálpico (3-4) transferência de calor nesses componentes.
Assim, a finalidade desse ciclo é a transferência de
calor qL.
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.9 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
Exemplo 9.6
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.11 Afastamento do Ciclo de Refrigeração Real de
Compressão de Vapor em Relação ao Ciclo Ideal Exemplo 9.7
Os ciclos de refrigeração reais se afastam do ciclo
ideal, principalmente em virtude das quedas de
pressão associadas ao escoamento do fluido de
trabalho e da transferência de calor para ou das
vizinhanças.
O ciclo real pode ser representado,
aproximadamente, pelo mostrado na figura ao
lado.
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.12 Configurações de Ciclos de Refrigeração 9.12 Configurações de Ciclos de Refrigeração
O ciclo básico pode ser modificado com Um regenerador pode ser
vistas a atender requisitos de aplicações utilizado para a liquefação
especiais e também para aumentar o de gases usando o
COP. processo Linde-Hampson,
Quando há uma grande diferença de como mostrado na figura
temperatura uma melhoria do ao lado, que é uma versão
desempenho pode ser obtida com uma simples da instalação de
compressão em dois estágios com dois produção de oxigênio
circuitos, como mostrado na figura ao líquido apresentada na
lado. figura ao lado.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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9.12 Configurações de Ciclos de Refrigeração 9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção
A faixa de temperaturas pode ser ampla O ciclo de refrigeração por absorção de
que dois ciclos de refrigeração diferentes amônia difere do ciclo por compressão a
podem ser utilizados, com duas substâncias vapor na maneira pela qual a compressão é
diferentes como fluido de trabalho. efetuada.
No ciclo de absorção, o vapor de amônia a
Essa configuração apresenta um ciclo acima baixa pressão é absorvido pela água e a
do outro, e normalmente, é chamada solução líquida é bombeada a uma pressão
sistema de refrigeração em cascata, superior por uma bomba de líquido.
conforme mostrado na figura ao lado.
Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção 9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção
O vapor de amônia a baixa pressão, que deixa O vapor de amônia vai para o condensador,
o evaporador, entra no absorvedor, m que é onde é condensado, como no sistema de
absorvido pela solução fraca de amônia, compressão a vapor, e, então, se dirige a
liberando calor para vizinhança. válvula de expansão e para o evaporador.
A solução forte de amônia é, então, bombeada A solução fraca de amônia retorna ao
ao gerador passando por um trocador de calor, absorvedor passando pelo trocador de calor.
onde são mantidas altas temperaturas e
pressão. A característica particular do sistema de
Sob essas condições, o vapor de amônia se absorção consiste em requerer um
separa da solução em consequência da consumo muito pequeno de trabalho,
transferência de calor da fonte de alta porque o processo de bombeamento
temperatura. envolve líquido.
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Capítulo 9 Capítulo 9
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Mudança de Fase Mudança de Fase
9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção 9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção
O vapor de amônia vai para o condensador, Todos os equipamentos
onde é condensado, como no sistema de situados a esquerda dos
compressão a vapor, e, então, se dirige a estados 1 e 4 na figura
válvula de expansão e para o evaporador. ao lado são
A solução fraca de amônia retorna ao equipamentos que
absorvedor passando pelo trocador de calor. substituem o
A característica particular do sistema de compressor na adição
absorção consiste em requerer um de trabalho no ciclo de
consumo muito pequeno de trabalho, refrigeração ideal.
porque o processo de bombeamento
envolve líquido.
Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção 9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção
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Capítulo 9 Capítulo 9
Sistemas de Potência e Refrigeração – com Sistemas de Potência e Refrigeração – com
Mudança de Fase Mudança de Fase
9.13 O Ciclo de Refrigeração Por Absorção Problemas Para Estudo:
9.83 9.106
9.84 9.108
9.85 9.109
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