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Corrida de Drones e perspectivas do entorno.

Não era de meu conhecimento a existência do esporte de corrida de drones,


muito menos do quão profissionalizada as ligas e copas eram, com possibilidades
grandes de locais e de modos. Pelo que se assemelha, a geração Z é mais íntima a esse
tipo de prática, mostrando-se maior parte de público, ainda que os profissionais
participem de maneira mais significativa da geração Y. Este é um grande investimento
para a geração Z, que pegará avanços e profissionalizações significativas dentro desta
modalidade, como por exemplo a inteligência artificial que tem sido utilizada no
treinamento e disputa, de acordo com a notícia do site SapoDesporto de Portugal.
Inclusive abriu-se a possibilidade de fazer disto uma competição de programadores de
IA para corrida de drones.

A problemática que pode acabar sendo envolvida neste meio é da diversidade a


ser integrada, onde diferentemente do futebol, por exemplo, as gerações mais antigas
(como Boomers e X) não são as mais apropriadas no assunto, tendo em vista ser uma
tecnologia nova e um método de interação diferente. Um dos meios de comunicação a
se usar para esta conexão com a diversidade é a TV, onde já se faz um trabalho bastante
intenso nesse quesito, tendo em vista que em 2016, antes mesmo dos e-sports estarem
sendo transmitidos, a ESPN já havia colocado a final do US National Drone
Championship no ar. Creio que o primeiro passo seja o de inserção de um público
diversificado dentro das gerações, despertando o interesse dos envolvidos para que
participem posteriormente. A questão negativa que pode ser pensada é sobre a
polarização desse conteúdo, não disseminando dentre as culturas, mas ao que parece já
está se inserindo de forma significativa.

Enxergo mais aspectos positivos nesta causa, principalmente direcionados para


redes sociais. Como pontuado pelo curso, os atletas estão em predominante construção
de identidade nas redes sociais, ainda mais neste caso de esportes alternativos, onde a
internet que proporciona um espaço grande para que os atletas possam não somente se
desenvolver, mas também disseminar o seu conteúdo e profissionalizar seu esporte. O
feedback real e constante pode ser muito utilizado também para ter noção do público
atingido, se disseminando de maneira globalizada. Um dos torneios em Dubai chegou a
premiar o vencedor com 1 milhão de dólares, que ficou com o jovem de 15 anos, Luke
Bennister, membro fervoroso da geração Z.

Este esporte alternativo não se atém somente a competir e disseminar os seus


conteúdos dentro da própria bolha, como também tem feito o nível da Inteligência
Artificial e da evolução dos drones crescer mundo afora. Inclusive o artigo de Jung et al
(2017) traz apontamentos específicos de como a funcionalidade do drone e do atleta
podem ser potencializadas e avanços que este meio tem tido nesses quesitos. De acordo
com as linhas de pesquisa recentemente pontuadas e as procuras do esporte, se abre uma
lacuna bastante importante relacionada ao feedback descritivo, que se faz muito
necessário com as gerações de dominância entre os atletas e treinadores das corridas de
drone. A alta tecnologia dentro do esporte implica na necessidade de alta tecnologia fora
dele, por isso a utilização de softwares como o Handicap e Performance ainda podem
ser bastante utilizados e trabalhar alinhados a necessidade tecnológica que se busca
neste meio.

Ao meu ver a atualização para novas demandas de trabalho e um meio de


conversa e atualização diante dos esportes não-convencionais não é somente importante,
é fundamental. Falo isso tendo em vista que os e-sports, por exemplo, que chegaram
recentemente, têm atraído a geração Z não somente para participar, como também para
ser um público assíduo deste meio. De acordo com a NewZoo, os espectadores de
esportes online aumentam exponencialmente a cada ano, podendo chegar a 100 milhões
em 2021, o que ultrapassaria alguns esportes tidos como convencionais. Uma rápida
atualização seria interessante para a psicologia, estudando este campo com novas
potencialidades e traduzindo os conhecimentos já abordados continuamente no modo
convencional para esta nova realidade.

Neste ponto, podemos trazer o que Hawkins cita sobre o aprendizado de


maneira geral: evolução a partir do processo de aprender e desaprender, construção e
desconstrução, a realidade necessita disso para que a ciência esteja a favor do grande
público e do que realmente interessa a estes. As habilidades nos esportes não-
convencionais tendem a ser ainda mais precisas tendo em vista que estes envolvem mais
tomadas de decisão e a forma de lidar com mídias sociais (Nagorsky & Wiemeyer,
2020). Acredito em uma excelente perspectiva de futuro, com avanços tecnológicos por
parte da ciência para a utilização nos esportes, como também no modo de tratamento e
evolução psicológica/psicomotora dos atletas.
Referências e links

https://desporto.sapo.pt/esports/artigos/corridas-de-drones-automaticos-controlados-por-
ia-ja-competem-contra-humanos

https://www.b9.com.br/64436/espn-vai-passar-transmitir-corridas-de-drones/

https://tecnologia.educacional.com.br/vcmaker/drone-racing-conheca-o-esporte-do-
seculo-21/

Jung, Sunggoo; Cho, Sungwook; Lee, Dasol; Lee, Hanseob; Shim, David Hyunchul
(2017). A direct visual servoing-based framework for the 2016 IROS Autonomous
Drone Racing Challenge. Journal of Field Robotics

https://influencermarketinghub.com/growth-of-esports-stats/

Nagorsky, Eugen; Wiemeyer, Josef; Pessôa Filho, Dalton Müller (2020). The


structure of performance and training in esports. PLOS ONE, 15(8),
e0237584–. doi:10.1371/journal.pone.0237584 

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