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Pelavras chaves :
Arte contemporânea, hibridismo, modelos estéticos
Resumé :
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16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas
Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis
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Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis
usuário como navegar, são um recurso integrante deste regime visual híbrido,
tanto em termos de cores e formas quanto medidas e disposição na tela.
Na Web art estes três regimes de imagem dificilmente podem ser
usados isoladamente, quase sempre aparecendo integrados em uma mesma
proposta criativa. No site Buenos Aires Word, por exemplo, o grafismo
aparentemente ganha destaque, mas as letras disponibilizadas ao público para
escrever pequenos textos foram geradas de fotos de cartazes que outros
usuários enviaram. Uma maneira diferenciada de escrever mensagens,
utilizando as letras tipográficas presentes no meio urbano, através de pôsteres,
banners, letreiros e luminosos captados pela cidade. O funcionamento é o
seguinte: são enviadas fotografias para o site, de letreiros urbanos, e as
palavras são recortadas por letras. Depois é possível montar novas frases com
as letras de diversas origens. É possível, ainda, visualizar a fotografia de
origem de cada letra. Um jogo de realidade e imaginação poética se
desenvolve a partir das possibilidades que se inauguram neste hibridismo
conceitual e formal.
A comunicação na Web é sempre dependente das palavras e das
leituras de significados que as mesmas determinam no circuito de navegação.
Na medida em que o usuário clica sobre as palavras elas intercalam-se e a
leitura surge como elemento essencial da significação na experiência interativa.
Assim, a forma das palavras é um elemento fundamental neste regime de
imagens, de uma maneira que nunca foi antes na arte ocidental, que quase
sempre prescindiu do texto na sua fruição.
As imagens captadas, as construídas e o letrismo, concorrem para a
construção de uma hibridação, na qual os diferentes regimes imagéticos se
articulam, construindo universos complexos, em uma linguagem que dilui os
limites de cada regime empregado, trazendo para seu interior as inter-relações
e interconexões de diferentes fontes visuais.
Em, Pluralmaps- lost in São Paulo, de Lucia Leão, imagens geradas por
computador, labirinto em VRML, conduz a pontos específicos da cidade. Os
usuários participam enviando sons, vídeos, textos que, incorporados, passam a
compor este labirinto. Também o grafismo dos comandos e informações é
parte fundamental do resultado visual do site.
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Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis
Isto pode ser percebido bem claramente no site Eternal Sunset, que cria
a experiência de um pôr-do-sol contínuo e permanente, através do uso de
imagens geradas em tempo real por webcâmeras distribuídas ao redor do
mundo. Conforme o sol se desloca para oeste, dispositivos sintonizam
diferentes câmeras, perseguindo o pôr-do-sol pelo mundo. Cria-se assim um
espaço virtual, onde o tempo passa, mas o ciclo de dia e noite permanece
congelado no ocaso; um espaço onde o sol sempre cai, mas nunca
desaparece. O conceito de representação se anula ao ser utilizado
conjuntamente, e justapostas, as imagens de uma realidade que é ao mesmo
tempo real e ficcional. Pode-se dizer que a simulação substituiu a própria idéia
de tempo enquanto movimento circulatório da terra em torno do sol. Nesta
proposta, embora real, tudo é uma simulação, a artificialidade é total neste
poente que migra continuamente. Cada nova implantação é parte da mesma
ação, portanto é outro e o mesmo a um só tempo. No site, todos os lugares do
planeta co-habitam, em uma circularidade que pode se refazer infinitamente. O
imaginário é tão real quanto o virtual enquanto potência em devir.
Ao estabelecer suas propostas, os artistas da net art experimentam o
potencial fluído e rizomático do meio em que estão atuando, assim como as
novas possibilidades de interação com o publico de que podem dispor.
Potencializam, assim, a diversidade e a amplitude deste a novo meio, e do
regime hibrido de imagens por ele possibilitado.
Referencias bibliográficas:
ARANTES, Priscila. @rte e mídia, perspectivas da estética digital. São Paulo, SENAC,
2005.
COUCHOT, Edmond. Da fotografia à realidade virtual. Porto Alegre, EDUFRGS, 2003.
LEÃO, Lucia.(org). O chip e o caleidoscópio. São Paulo, SENAC, 2005.
GIANETTI, Claudia. Aesthetic Paradigms of Media Art, in www.medienkunstnetz.de
acesso 06/04/2007
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RAMOS, Alexandre.Mídia e Arte, aberturas contemporâneas. Porto Alegre, Zouk, 2006
RUSH, Michael. Novas Mídias na arte contemporânea.São Paulo, Martins Fontes,
2006
SOULAGES. François. Imagem, Virtual & Som, in Ars, ano 3 n. 6, ECA/USP, 2005
VENTURELLI, Suzete. Arte: espaço-tempo-imagem. Brasília, UNB, 2004
Resumo
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16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas
Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis
Pelavras chaves :
Arte contemporânea, hibridismo, estética
Currículo do autor:
Doutora pela USP, Professora Titular de História, Teoria e Crítica da Arte da UFRGS,
onde coordenou o PPG em Artes Visuais (1991/95). Foi representante da área de
Artes Visuais na CAPES(1993/95); Presidente da ANPAP(1992/94) e da ANPPAV
(1997/99). Curadora do Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo/UFRGS
(1998/2000) e de várias exposições: 90 Anos do Instituto de Artes – Acervo, no
MARGS (1998); representação brasileira na Bienal de Cuenca (1999); Acervo da
Fundação Iberê Camargo (1999); O Acervo se Mostra (2000); Exposição inaugural do
Museu da UFRGS (2002); Dos cuidades, Museu de Arte Contemporânea de Caracas
(2003). Foi coordenadora e co-autora dos seguintes livros: Artes Plásticas na América
Latina Contemporânea (1994), e Questões do Sagrado na Arte Contemporânea da
América Latina (1997), América Latina: territorialidade e práticas artísticas (2001) e
Memória em caleidoscópio (2005), todos publicados pela EdUFRGS. Pesquisadora
sênior do CNPq. Esteve como Pesquisador visitante na Universidade Paris I,
Sorbonne (1996/97). Foi diretora do Instituto Cultural Brasil Venezuela (2003);
atualmente é diretora do Interactive Global Art (IG.art.br)
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