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ONHB13 / Fase 3

ONHB / IFCH - Unicamp


Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

23 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

24 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

25 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

26 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

27 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

28 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

29 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

30 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

31 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

32 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

33 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

34 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

1
Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

001: Qual lado da corda você tá? . . . . . . . . . . 38

002: Casamento do Matuto é decretado Patrimônio


Cultural e Imaterial de Sergipe . . . . . . . . 39

003: Museu do Ipiranga 2022 . . . . . . . . . . . . 41

004: Diário da Obra - Ep. 01 . . . . . . . . . . . . . 42

005: Carta de Câmara Cascudo a Mário de Andrade,


1925 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

006: Carta de Mário de Andrade a Câmara Cascudo,


1925 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

007: AmarElo no Theatro Municipal I . . . . . . . . 46

008: AmarElo no Theatro Municipal II . . . . . . . . 47

009: AmarElo no Theatro Municipal III . . . . . . . 48

010: AmarElo - É Tudo Pra Ontem (Trailer oficial) . . 49

011: Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

012: 7 de outubro de 1963 ... o Massacre de Ipa-


tinga... 7 de outubro de 1984 ... o Massacre
Continua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

013: Mapa Rodoviário - 1960 . . . . . . . . . . . . 53

014: Mapa Rodoviário - 1970 . . . . . . . . . . . . 54

015: Mapa Rodoviário - 1980 . . . . . . . . . . . . 55

016: Mapa rodoviário - 1990 . . . . . . . . . . . . . 56

017: Mapa Rodoviário - 2000 . . . . . . . . . . . . 57

2
018: Mapa Rodoviário - 2010 . . . . . . . . . . . . 58

019: Mapa Rodoviário - Atual . . . . . . . . . . . . 59

020: Estradas de rodagem - a expansão de 1957-1964 60

021: Guerra dos Mascates . . . . . . . . . . . . . . 61

022: A fronda dos mazombos . . . . . . . . . . . . 62

023: 50 anos do Massacre de Manguinhos . . . . . 63

024a: Criança amarela 1 . . . . . . . . . . . . . . . 65

025: A epidemia de grippe e a defesa sanitaria do


Brazil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

026: Reclame . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

027: Para lei escolar do Império, meninas tinham


menos capacidade intelectual que meninos . 71

028: Retorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

029: Inserções em circuitos ideológicos: Projeto cé-


dula, 1970 - 1976 . . . . . . . . . . . . . . . 76

030: Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Cé-


dula, 2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

031: Inserções em Circuitos Ideológicos, 2018 . . . 78

032: Theatro Municipal . . . . . . . . . . . . . . . . 79

033: Racismo em São Paulo . . . . . . . . . . . . . 80

034: Inflação do ano chega a 1.764,86% . . . . . . 81

035: Autos da vila de Nossa Senhora da Assunção de


Benevente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

3
036: Um negócio de alto risco: roubo, pirataria e morte
no tráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

037: Paulo Freire de volta ao Brasil . . . . . . . . . 87

038: Mobral, 1971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

039a: Dedicatoria (página 1) . . . . . . . . . . . . . 89

039b: Dedicatoria (página 2) . . . . . . . . . . . . . 90

039c: Dedicaoria (página 3) . . . . . . . . . . . . . 91

040: Processo de Dona Catarina Quaresma (processo) 92

041: Processo de Dona Catarina Quaresma (autos) . 94

042: Numa procissão . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

043: Paridade em memória à família Maurício . . . 97

044: Nélson Lopes Sol . . . . . . . . . . . . . . . . 98

045: Entrevista: Gê Viana . . . . . . . . . . . . . . . 99

046: Jesus e Tiradentes . . . . . . . . . . . . . . . . 101

047: O Jornal das Senhoras, 01/02/1852 . . . . . . 103

048: Mapa – Pantanal Matogrossense . . . . . . . . 105

049: Comitiva Esperança . . . . . . . . . . . . . . . 106

050: O Fardo do Homem Branco . . . . . . . . . . . 107

051: A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas . . . . 108

052: Conto dos Orixás . . . . . . . . . . . . . . . . 109

4
Introdução

A aventura está ficando mais emocionante...

Sejam bem-vindo(a)s à Fase 3 da décima terceira edição da


Olimpíada Nacional em História do Brasil!
A terceira fase da 13ª Olimpíada inicia dia 17 de maio
(segunda-feira) e encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 22
de maio (sábado). Esta fase é composta por 11 Questões e 1
Tarefa. Cada uma das questões apresentadas possui quatro
alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a vocês
escolher qual alternativa consideram como a mais adequada e
selecioná-la.
Atenção: A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se
esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando
em “entregar”.
Bom trabalho a todos!

5
Questões

23 / Questão

Documento 037 Jornal p. 87

Paulo Freire de volta ao Brasil

A partir da leitura da reportagem de jornal acima, publicada em O


Estado de São Paulo, no dia 08 de agosto de 1979, é correto
afirmar que Paulo Freire:

A. voltou clandestinamente ao país, após exilado pela Ditadura


Civil-Militar. Freire defendia uma educação na qual alunos e
professores dialogassem de forma ativa para a construção
do conhecimento.

B. retornou do exílio ainda na Ditadura Civil-militar e optou por


não fazer análises precipitadas sobre a situação política do
país. Foi recebido por advogados, políticos e outros
indivíduos que se preocupavam com o seu futuro.

C. enfrentou a oposição de governos e setores sociais, durante


o período da Ditadura Civil-Militar, principalmente por
questões ideológicas. Sua proposta de educação
emancipadora ainda hoje é vista por alguns grupos como
uma ameaça à ”manutenção da ordem”.

D. foi exilado durante a Ditadura Civil-militar, quando escreveu


uma das obras mais difundidas entre educadores,
“Pedagogia do Oprimido”. Na Secretaria Municipal da
Educação de São Paulo, trouxe a proposta de construir um
novo sistema educacional.

Conteúdo adicional

LINK: Gestão de Paulo Freire http://www.scielo.br/pdf/pp/v25n3/v25n3a06.pdf

6
24 / Questão

Documento 038 Óleo sobre tela p. 88

Mobral, 1971

Observe a imagem e seu tema e escolha a alternativa mais


pertinente.

A. A tela representa o processo de aprendizagem de jovens e


adultos numa sala de aula no Brasil dos anos 1970.

B. Retratar os alunos como pequenos, em contraste com os


professores, desproporcionalmente maiores, indica uma
crítica à hierarquia em sala de aula.

C. A vista da janela cria na cena uma dicotomia entre liberdade


(o que está lá fora) e a opressão no processo de
aprendizagem.

D. O quadro refere-se ao Movimento Brasileiro de


Alfabetização (MOBRAL), um órgão implementado por Paulo
Freire durante o governo Costa e Silva.

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25 / Questão

O documento apresentado abaixo é a dedicatória escrita por


Francisco Adolpho de Varnhagen para a publicação da História
Geral do Brazil . Com base nele, escolha uma alternativa.

Documento 039a Livro p. 89

Dedicatoria (página 1)

Documento 039b Livro p. 90

Dedicatoria (página 2)

Documento 039c Livro p. 91

Dedicaoria (página 3)

A. O nacionalismo presente no livro foi característico de obras


literárias e artísticas do período, criando uma identidade
para o Império brasileiro.

B. Ao exaltar a figura do imperador, a ”História Geral do Brazil”


intentava romper com qualquer com a herança colonial
europeia.

C. Seguindo um costume também presente em outros países,


o historiador dedica a ”História Geral do Brazil” ao
Imperador do Brasil, D. Pedro II.

D. A leitura da dedicatória à obra indica que Francisco Adolpho


de Varnhagen se apresentava como monarquista e
patriótico.

Conteúdo adicional

LINK: Varnhagen em movimento

https://www.scielo.br/pdf/topoi/v8n15/2237- 101X- topoi- 8- 15- 00159.pdf

8
26 / Questão

Entre 1591 e 1595, permaneceu na América Portuguesa o


licenciado Heitor Furtado de Mendonça, acompanhado pelo
notário Manoel Francisco. Representando a Inquisição
portuguesa, receberam, neste período, denúncias feitas nas
capitanias da Bahia e de Pernambuco. 

Documento 040 Documento legal p. 92

Processo de Dona Catarina Quaresma (processo)

Documento 041 Documento Legal p. 94

Processo de Dona Catarina Quaresma (autos)

A partir dos excertos, é correto afirmar que:

A. A denúncia realizada por Anna [Dal] Uchoa durante seu


interrogatório dá indícios de que o controle social da
Inquisição se relacionava também às pessoas comuns, que
se vigiavam e se delatavam.

B. Os documentos correspondem a diferentes partes do


processo inquisitorial contra Catarina Quaresma
denunciada, em 1592, por manter relacionamentos com
outras mulheres.

C. Denúncias como a apresentada no processo contra Catarina


Quaresma levaram a Coroa Portuguesa a estabelecer um
Tribunal do Santo Ofício na capital, Salvador, em 1618.

D. Acusações que envolviam delitos morais relacionados à


sexualidade eram levadas ao Santo Ofício, a fim de que se
9
buscasse investigar e punir comportamentos que atentavam
contra o que era entendido como natural.

Conteúdo adicional

LINK: Visitações do Santo Ofício à América Portuguesa

http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/330744

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27 / Questão

Documento 042 Jornal p. 95

Numa procissão

Sobre o que trata o excerto, selecione a alternativa adequada:

A. O cerne do experimento está na tensão entre a ’força da


crença’ e a ’força da lei’, questionando o que motiva uma
multidão religiosa.

B. Segundo Flávio de Carvalho, a experiência em 1931 tinha


como intuito estudar o comportamento de uma multidão
religiosa.

C. O conflito entre artista e procissão ficou conhecido como


Experiência nº 3 e não atingiu os resultados esperados por
conta da intervenção policial.

D. Flávio de Carvalho, artista do modernismo brasileiro, foi


autor de diversas obras controversas e provocativas.

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28 / Questão

Observe as imagens abaixo e leia um trecho de entrevista com


sua autora, a artista maranhense Gê Viana:

Documento 043 Fotomontagem p. 97

Paridade em memória à família Maurício

Documento 044 Fotomontagem p. 98

Nélson Lopes Sol

Documento 045 Entrevista p. 99

Entrevista: Gê Viana

Tendo como base as informações acima e suas reflexões, é


correto afirmar sobre o trabalho “Paridade”:

A. A artista invoca a ideia de ancestralidade indígena por meio


do vínculo criado entre os indivíduos que compõem as
colagens ao sobrepor suas fotografias.

B. Os trabalhos da artista Gê Viana não são voltados para o


circuito de arte, evitando assim grandes exposições e
envolvimento com premiações da área.

C. As obras são caracterizadas pelo uso de fotomontagens e


intervenções urbanas buscando sensibilizar as pessoas para
os temas levantados pela artista.

D. O foco das fotomontagens consiste nos corpos e identidades


que são desvalorizados pela cultura colonizadora, excluídos
dos circuitos artísticos e invisibilizados pela sociedade.

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29 / Questão

Leia o repente a seguir, de autoria do artista Cesanildo:

Documento 046 Música p. 101

Jesus e Tiradentes

A partir do repente e de seus conhecimentos, escolha uma


alternativa:

A. Há uma tradição na imagem construída de Tiradentes


enquanto herói da independência brasileira, aproximando
sua figura à de Jesus conforme o cânone artístico
europeizado.

B. Papéis heróicos atribuídos a figuras masculinas como


messias salvadores da pátria compõem a história e a cultura
brasileira, reforçando ideias próprias ao imaginário popular
e reforçando a dependência e a minoridade política e cidadã.

C. O repente mostra como Jesus e Tiradentes são


representados dentro da história e da cultura popular
brasileiras, atribuindo-lhes valores como a liberdade e a
verdade, aproximando-os ao Rei D. Sebastião.

D. O repente aproxima duas figuras masculinas, às quais certos


grupos atribuem características heróicas: para os cristãos,
Jesus seria o salvador da humanidade e, no Brasil,
Tiradentes seria o salvador da pátria.

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30 / Questão

Abaixo você tem um trecho da coluna Modas, publicada no Jornal


das Senhoras do Rio de Janeiro em 1852, considerado o primeiro
periódico brasileiro voltado ao público feminino editado e redigido
apenas por mulheres.

Documento 047 Jornal p. 103

O Jornal das Senhoras, 01/02/1852

A partir do texto, escolha a alternativa que considere mais


adequada:

A. Ao comentar a origem dos modelos de vestuário


apresentados em suas páginas, o jornal reafirma uma
concepção de civilidade europeia culturalmente superior se
comparada ao Brasil.

B. Ao explicar a origem de seus modelos, o jornal marca uma


posição social, uma vez que somente uma elite abastada
teria condições de vestir-se à moda francesa a cada estação.

C. O artigo indica às suas leitoras de onde são retirados os


modelos de figurinos apresentados na revista, afirmando
que, por questões climáticas, não podiam ser idênticos aos
franceses daquele momento.

D. O jornal chama a atenção para o aparecimento da indústria


da alta moda que, ainda desconhecida em terras brasileiras,
onde não havia grandes estilistas, ganhava o mundo a partir
da França.

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31 / Questão

Observe o mapa do Pantanal Brasileiro e leia a letra e ouça a


canção ” Comitiva Esperança
[https://www.youtube.com/watch?v=pLlQL0XDyrg]
Comitiva Esperança ”.

Documento 048 Mapa p. 105

Mapa – Pantanal Matogrossense

Documento 049 Música p. 106

Comitiva Esperança

Escolha uma das alternativas.

A. O Pantanal, caracterizado por rica biodiversidade,


pluralidade de povos e culturas, não pôde ser classificado
como Patrimônio Natural da Humanidade devido à sua
dimensão internacional.

B. A ocupação do Pantanal e a consolidação da atividade


agropecuária na região deram-se de forma gradual,
enfrentando resistência de grupos indígenas, na defesa de
seus espaços.

C. Há relação entre características geográficas, atividades


econômicas e o modo de vida das populações pantaneiras,
sendo os rios mais do que elementos da paisagem e vias de
transporte.

D. As águas de Janeiro fazem alusão ao alagamento da região


do Pantanal, dificultando o deslocamento de comitivas
boiadeiras, forçando, na canção, a viagem pelos rios
pantaneiros.

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32 / Questão

Leia os trechos a seguir. O primeiro é parte do poema “O Fardo do


Homem Branco” (1899) do inglês Rudyard Kipling e o segundo foi
retirado da obra “A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas”, do
escritor francês Júlio Verne, publicada pela primeira vez em 1881:

Documento 050 Poema p. 107

O Fardo do Homem Branco

Documento 051 Literatura p. 108

A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas

A partir dos textos e seus conhecimentos, é correto afirmar que:

A. Relacionados aos imperialismos europeus do século XIX, os


trechos de Kipling e Verne explicitam como a expansão
europeia estava ligada à noção de progresso atrelado à
missão civilizatória.

B. Ideais como o progresso tiveram pouca influência no Brasil


do século XIX, que buscava distanciar-se de modelos
imperialistas europeus para constituir sua própria nação.

C. O progresso é compreendido como uma lei incontornável,


segundo a qual, no encontro entre homem branco e
populações nativas, a elas restam as opções de
“embranquecer” ou desaparecer.

D. O conceito de progresso, em voga no século XIX, pressupõe


concepções que hierarquizam diferentes povos de acordo
com suas características e a partir de um modelo idealizado.

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33 / Questão

Observe o documento abaixo e escolha a alternativa mais


adequada:

Documento 052 História em quadrinhos p. 109

Conto dos Orixás

A. As imagens da HQ apresentam a cosmogonia segundo a


mitologia Iorubá.

B. Nas religiões de matriz africana cultuam-se forças da


natureza personificadas na forma de ancestrais divinizados.

C. No último quadro da página temos representações


inspiradas em esculturas tradicionais iorubanas.

D. O culto a Iemanjá está ligado ao sincretismo, representando


os perigos do mar.

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34 / Tarefa

Nesta tarefa, fornecemos a vocês documentos históricos.


Vocês já os conhecem, pois apareceram em nossas questões até
esse momento.

Sua tarefa é organizá-los de duas formas:


1) Dentro de uma linha de tempo histórico de produção: coloque
cada documento dentro da época a que pertence, ou seja, a época
em que foi originalmente escrito ou produzido.
2) Dentro de uma linha de tempo histórico do tema abordado:
coloque cada documento dentro da época a que se refere, ou
seja, a época sobre a qual fala o documento. Observe que um
documento pode falar de um século específico ou abordar
períodos mais amplos, ou seja, abranger mais de um século, cabe
à equipe escolher apenas um deles, o que acredita ser o mais
adequado.
Os documentos que apresentam, nas questões, mais de uma
página ou foram separados em várias imagens, aqui aparecerão
apenas uma vez.
Para organizá-los, basta selecionar dentre a lista fornecida o
período histórico que considera correto.

Atenção!

O sistema não permite o envio da tarefa a menos que todos os


documentos estejam relacionados ao seu século de produção e
ao século a que se refere. Lembramos que só é possível
selecionar um período de produção e um período a que se refere
para cada documento.
É necessário confirmar a organização dos documentos depois que
a sua equipe terminar a tarefa. Ao clicar em “Salvar Rascunho” o
trabalho fica salvo em modo rascunho, e mesmo que você saia da
página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e
disponível.
O botão ”Entregar a questão” só fica disponível após todos os

18
documentos serem relacionados a um período de produção e um
a que se refere e de ser salvo em rascunho, ou seja, mesmo tendo
preenchido toda a tarefa, salvo o rascunho e deixado para
entregar depois, ao retornar será necessário clicar em “salvar o
rascunho” para liberar o botão de entrega da tarefa.
O envio definitivo ocorre apenas quando a equipe clicar em
“Entregar a questão”. Após clicar em “Entregar a questão”
nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso só clique em
“Entregar a questão” após ter organizado todos os documentos e
ter certeza de que deseja finalizar a tarefa.
Bom trabalho!

Documento 1

Documento 001 Grafite p. 38

Qual lado da corda você tá?

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 2

Documento 002 Jornal eletrônico p. 39

Casamento do Matuto é decretado Patrimônio Cultural e


Imaterial de Sergipe

19
Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 3

Documento 003 Vídeo p. 41

Museu do Ipiranga 2022

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 4

Documento 004 Vídeo p. 42

Diário da Obra - Ep. 01

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 5

20
Documento 005 Carta p. 43

Carta de Câmara Cascudo a Mário de Andrade, 1925

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 6

Documento 006 Carta p. 44

Carta de Mário de Andrade a Câmara Cascudo, 1925

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 7

Documento 007 Fotografia p. 46

AmarElo no Theatro Municipal I

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

21
Documento 8

Documento 008 Fotografia p. 47

AmarElo no Theatro Municipal II

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 9

Documento 009 Fotografia p. 48

AmarElo no Theatro Municipal III

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 10

Documento 010 Trailer p. 49

AmarElo - É Tudo Pra Ontem (Trailer oficial)

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

22
[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 11

Documento 011 Música p. 50

Brasil

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 12

Documento 012 Folheto p. 52

7 de outubro de 1963 ... o Massacre de Ipatinga... 7 de


outubro de 1984 ... o Massacre Continua

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 13

Documento 013 Mapa p. 53

Mapa Rodoviário - 1960

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

23
Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 14

Documento 014 Mapa p. 54

Mapa Rodoviário - 1970

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 15

Documento 015 Mapa p. 55

Mapa Rodoviário - 1980

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 16

Documento 016 Mapa p. 56

Mapa rodoviário - 1990

Século em que foi produzido

24
[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 17

Documento 017 Mapa p. 57

Mapa Rodoviário - 2000

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 18

Documento 018 Mapa p. 58

Mapa Rodoviário - 2010

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 19

Documento 019 Mapa p. 59

Mapa Rodoviário - Atual

25
Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 20

Documento 020 Mapa p. 60

Estradas de rodagem - a expansão de 1957-1964

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 21

Documento 021 Texto on-line p. 61

Guerra dos Mascates

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 22

26
Documento 022 Texto acadêmico p. 62

A fronda dos mazombos

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 23

Documento 023 Revista p. 63

50 anos do Massacre de Manguinhos

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 24

Documento 024a História em quadrinhos p. 65

Criança amarela 1

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

27
Documento 25

Documento 025 Jornal p. 66

A epidemia de grippe e a defesa sanitaria do Brazil

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 26

Documento 026 Charge p. 70

Reclame

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 27

Documento 027 Jornal Eletrônico p. 71

Para lei escolar do Império, meninas tinham menos capa-


cidade intelectual que meninos

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

28
[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 28

Documento 028 Música p. 74

Retorno

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 29

Documento 029 Cédulas p. 76

Inserções em circuitos ideológicos: Projeto cédula, 1970


- 1976

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 30

Documento 030 Cédulas p. 77

Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Cédula, 2013

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

29
Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 31

Documento 031 Cédulas p. 78

Inserções em Circuitos Ideológicos, 2018

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 32

Documento 032 Propaganga p. 79

Theatro Municipal

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 33

Documento 033 Jornal p. 80

Racismo em São Paulo

Século em que foi produzido

30
[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 34

Documento 034 Jornal p. 81

Inflação do ano chega a 1.764,86%

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 35

Documento 035 Documento legal p. 82

Autos da vila de Nossa Senhora da Assunção de Bene-


vente

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 36

31
Documento 036 Texto acadêmico p. 84

Um negócio de alto risco: roubo, pirataria e morte no trá-


fico

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 37

Documento 037 Jornal p. 87

Paulo Freire de volta ao Brasil

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 38

Documento 038 Óleo sobre tela p. 88

Mobral, 1971

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]


32
Documento 39

Documento 039a Livro p. 89

Dedicatoria (página 1)

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 40

Documento 040 Documento legal p. 92

Processo de Dona Catarina Quaresma (processo)

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 41

Documento 041 Documento Legal p. 94

Processo de Dona Catarina Quaresma (autos)

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

33
[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 42

Documento 042 Jornal p. 95

Numa procissão

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 43

Documento 043 Fotomontagem p. 97

Paridade em memória à família Maurício

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 44

Documento 044 Fotomontagem p. 98

Nélson Lopes Sol

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

34
Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 45

Documento 045 Entrevista p. 99

Entrevista: Gê Viana

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 46

Documento 046 Música p. 101

Jesus e Tiradentes

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 47

Documento 047 Jornal p. 103

O Jornal das Senhoras, 01/02/1852

Século em que foi produzido

35
[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 48

Documento 048 Mapa p. 105

Mapa – Pantanal Matogrossense

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 49

Documento 049 Música p. 106

Comitiva Esperança

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 50

Documento 050 Poema p. 107

O Fardo do Homem Branco

36
Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 51

Documento 051 Literatura p. 108

A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 52

Documento 052 História em quadrinhos p. 109

Conto dos Orixás

Século em que foi produzido

[Pré-História] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-história] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

37
Documentos

Documento 001

Qual lado da corda você tá?

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Grafite ORIGEM: Guiles, Qual lado da corda você tá? Grafite, Barra Funda/SP.
12/06/2020. Foto por Nelson Almeida (AFS-m Agence France Press) CRÉDITOS: Grafite: Guilles
Foto: Nelson Almeida (AFS-m Agence France Press) TÉCNICA: Grafite/fotografia
PALAVRAS-CHAVE: saúde pública, arte urbana, grafite

38
Documento 002

Casamento do Matuto é decretado Patrimônio


Cultural e Imaterial de Sergipe

Celebração acontece todo mês de junho no Povoado Colônia


Treze, em Lagarto.

Casamento do Matuto no Povoado Colônia Treze, em Lagarto —


Foto: Alese/Divulgação/Arquivo

A celebração do Casamento do Matuto, que é realizada no


Povoado Colônia Treze durante o mês de junho, em Lagarto, foi
oficialmente declarada Patrimônio Cultural e Imaterial de
Sergipe e foi incluída no calendário oficial de eventos do
estado.
A votação do Projeto de Lei (PL), apresentado pela deputada
Goretti Reis (PSD), foi realizada em dezembro do ano passado,

39
mas a decisão foi publicada esta semana no Diário Oficial da
União.
De acordo com deputada, a Festa do Casamento do Matuto está
na 24ª edição, e se apresenta como uma vitrine para o
entretenimento cultural, expressa a tradição de um povo, além
de movimentar a economia local, circulando recursos que
contribuem para o desenvolvimento da região.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: G1 SE, 12/01/2021. Disponível em: 
https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2021/01/12/casamento-do-matuto-e-decretado-patrimonio-
cultural-e-imaterial-de-sergipe.ghtml
[https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2021/01/12/casamento- do- matuto- e-
decretado- patrimonio-cultural- e-imaterial- de- sergipe.ghtml]
https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2021/01/12/casamento-do-matuto-e-decretado-patrimonio-
cultural-e-imaterial-de-sergipe.ghtml CRÉDITOS: G1 SE PALAVRAS-CHAVE: sergipe, festas
populares, patrimônio cultural

40
Documento 003

Museu do Ipiranga 2022


Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Vídeo ORIGEM: Museu do Ipiranga 2022, Canal do Museu do Ipiranga,
Youtube. Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=83fXs9aj0Fs
[https://www.youtube.com/watch?v=83fXs9aj0Fs]
https://www.youtube.com/watch?v=83fXs9aj0Fs CRÉDITOS: Museu do Ipiranga
PALAVRAS-CHAVE: museus, restauro

41
Documento 004

Diário da Obra - Ep. 01


Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Vídeo ORIGEM: Diário da Obra - Ep. 01, Canal do Museu do Ipiranga, Youtube.
Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=T6CMdv_iJpc
[https://www.youtube.com/watch?v=T6CMdv_iJpc]
https://www.youtube.com/watch?v=T6CMdv_iJpc CRÉDITOS: Museu do Ipiranga
PALAVRAS-CHAVE: restauro, museus

42
Documento 005

Carta de Câmara Cascudo a Mário de Andrade,


1925

Natal, 19 de maio de 1925.

Mário de Andrade,

(...) Por que não se resolve a ver o Brasil que o Catete


esqueceu?  Inojosa  em Recife e eu em Natal seríamos os
hospedeiros. Venha ver estas coisas. Casas, capitães-mores,
jornais – dente-de-cação, autos Fordes... venha!

E as igrejas da Bahia e Recife e Olinda... Tanta coisa! E teria


raiva dos frades estrangeiros que estão vendendo mosaicos,
obras de telha, velhos anjinhos bochechudos, cadeiras de
mogno, jacarandás, para a Europa. E os projetos de  Luís
Cedro  e de  Augusto de Lima  engasgados. Lástima!

E receba V. um longo abraço do

Luís da Câmara Cascudo.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Carta ORIGEM: MORAES, Marcos Antonio de (org.). Câmara Cascudo e Mário
de Andrade: Cartas, 1924/1944. SP: Editora Global, 2010 CRÉDITOS: Luís da Câmara Cascudo
GLOSSÁRIO: Inojosa : Joaquim Inojosa, escritor pernambucano.
Luís Cedro : deputado pernambucano que apresentou, em dezembro de 1923, projeto de lei que
favorecia a proteção a monumentos artísticos e históricos brasileiros.
Augusto de Lima : escritor e deputado mineiro, submeteu em 1924 projeto que impedia a evasão de
bens culturais para o exterior. PALAVRAS-CHAVE: correspondência, modernismo

43
Documento 006

Carta de Mário de Andrade a Câmara Cascudo,


1925

Araraquara, 26 de junho de 1925.

Luís da Câmara Cascudo,

(...) Você nem imagina o gosto que me deu o campeiro vestido


de couro que você me mandou. Andei mostrando pra toda
gente e mais a fotografia do maravilhoso cacto. (...) Meu Deus!
Tem momentos em que eu tenho fome, mas positivamente
fome física, fome estomacal de Brasil agora. Até que enfim
sinto que é dele que me alimento! Ah, se eu pudesse nem
carecia você me convidar, já faz muito que tinha ido por essas
bandas do Norte visitar vocês e o Norte. (...) Queria ver tudo,
coisas e homens bons e rúins, excepcionais e vulgares. Queria
ver, sentir, cheirar. Amar já amo. Porém você compreende
demais, este Brasil monstruoso tão esfacelado, tão diferente,
sem nada nem sequer ainda uma língua que ligue tudo, como é
que a gente o pode sentir íntegro, caracterizado,
realisticamente? Enquanto me penso brasileiro e você pode
ter certeza que nunca me penso paulista (...) quando me penso
brasileiro e trabalho e ao que nem brasileiro, me apalpo e me
parece que sou maneta, sem um poder de pedaços de mim,
que eu não posso sentir embora meus, que estão no mistério,
que estão na idealização, posso dizer que estão na saudade!... É
horrível. Doloroso. (...)

Mário.

44
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Carta ORIGEM: MORAES, Marcos Antonio de (org.). Câmara Cascudo e Mário
de Andrade: Cartas, 1924/1944. SP: Editora Global, 2010 CRÉDITOS: Mário de Andrade
PALAVRAS-CHAVE: correspondência, modernismo

45
Documento 007

AmarElo no Theatro Municipal I

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Fotografia de Jeferson Delgado. Disponível em: 
http://www.labfantasma.com/emicida-lancamento-turne-amarelo-no-teatro-municipal [http:
//www.labfantasma.com/emicida- lancamento- turne- amarelo- no- teatro- municipal]
http://www.labfantasma.com/emicida-lancamento-turne-amarelo-no-teatro-municipal
CRÉDITOS: Jeferson Delgado PALAVRAS-CHAVE: teatro municipal, negritude, são paulo

46
Documento 008

AmarElo no Theatro Municipal II

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Fotografia de Jeferson Delgado. Disponível em:
http://www.labfantasma.com/documentario-emicida-netflix/
[http://www.labfantasma.com/documentario- emicida- netflix/]
http://www.labfantasma.com/documentario-emicida-netflix/ CRÉDITOS: Jeferson Delgado
PALAVRAS-CHAVE: são paulo, teatro municipal, negritude

47
Documento 009

AmarElo no Theatro Municipal III

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Reprodução de AmarElo. Disponível em:
 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55710653
[https://www.bbc.com/portuguese/brasil- 55710653]
 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55710653 CRÉDITOS: AmarElo - Netflix
PALAVRAS-CHAVE: teatro municipal, são paulo, negritude

48
Documento 010

AmarElo - É Tudo Pra Ontem (Trailer oficial)

Assista o trailer do documentário (2020): 

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: AmarElo - É Tudo Pra Ontem | Trailer oficial | Netflix.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FQ9hCN0ZYSg
[https://www.youtube.com/watch?v=FQ9hCN0ZYSg]
https://www.youtube.com/watch?v=FQ9hCN0ZYSg CRÉDITOS: Netflix PALAVRAS-CHAVE: são
paulo, negritude, teatro municipal

49
Documento 011

Brasil

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha

Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer

Não me sortearam

50
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer sim, sim

Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil,
qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Grande pátria desimportante


Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: Brasil
LP: Ideologia
Gravadora: Polygram
Ano: 1988
Compositores: Cazuza; George Israel; Nilo Romero
Intérprete: Cazuza
Vídeo: Cazuza e Gal Costa CRÉDITOS: Compositores: Cazuza; George Israel; Nilo Romero
Intérprete: Cazuza
Vídeo: Cazuza e Gal Costa PALAVRAS-CHAVE: música, governo sarney

51
Documento 012

7 de outubro de 1963 ... o Massacre de


Ipatinga... 7 de outubro de 1984 ... o Massacre
Continua

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Folheto ORIGEM: Folheto de convocação, 1984. Arquivo do Sindicato dos
Empregados do Comércio de Ipatinga. Disponível em:
http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-
Imagens%20Sobre%20Massacre%20Ipatinga.pdf?sequence=1&isAllowed=y
[http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-
Imagens%20Sobre%20Massacre%20Ipatinga.pdf?sequence=1&isAllowed=y]
http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-
Imagens%20Sobre%20Massacre%20Ipatinga.pdf?sequence=1&isAllowed=y CRÉDITOS: Sindicato
dos Empregados do Comércio de Ipatinga GLOSSÁRIO: Comemoração: ato para rememorar.
PALAVRAS-CHAVE: movimentos populares, violência, mundos do trabalho

52
Documento 013

Mapa Rodoviário - 1960

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – 1960. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: transportes, rodovias, cartografia

53
Documento 014

Mapa Rodoviário - 1970

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – 1970. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: transportes, rodovias, cartografia

54
Documento 015

Mapa Rodoviário - 1980

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – 1980. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: cartografia, transportes, rodovias

55
Documento 016

Mapa rodoviário - 1990

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – 1990. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: transportes, rodovias, cartografia

56
Documento 017

Mapa Rodoviário - 2000

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – 2000. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: transportes, cartografia, rodovias

57
Documento 018

Mapa Rodoviário - 2010

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – 2010. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: transportes, rodovias, cartografia

58
Documento 019

Mapa Rodoviário - Atual

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil: Mapa Rodoviário – Atual. Brasília foi marco para a expansão da
fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola [https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/
brasilia- foi-um- marco- para- a-expansao- da- fronteira- agricola]
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-para-a-expansao-
da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agência do Senado.
PALAVRAS-CHAVE: transportes, rodovias, cartografia

59
Documento 020

Estradas de rodagem - a expansão de


1957-1964

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa ORIGEM: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A evolução
das estradas rodoviária no Brasil:Estradas de rodagem - a expansão de 1957-1964. Brasília foi marco
para a expansão da fronteira agrícola. Agência do Senado/Redação. Brasília 29 de maio de 2020.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/05/brasilia-foi-um-marco-
para-a-expansao-da-fronteira-agricola CRÉDITOS: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil;
Agência do Senado. PALAVRAS-CHAVE: rodovias, cartografia, transporte

60
Documento 021

Guerra dos Mascates

No alvorecer da segunda década do século XVIII, eclode em


Pernambuco um conflito explosivo entre as cidades de Olinda
e Recife. A primeira, dominada em grande parte por uma elite
latifundiária, tinha sua principal atividade baseada na
produção e venda de açúcar. O declínio desse produto resultou
na sua crescente dependência em relação aos comerciantes do
Recife, portugueses, em sua maioria, e engajados em
atividades mercantis e empréstimos a juros. Dado o
desenvolvimento econômico paulatino do Recife, os
comerciantes, que também eram intitulados ”mascates”,
recorreram à Coroa portuguesa solicitando sua emancipação
de Olinda e instalação de uma câmara municipal em seu
território. O pedido, atendido pela Coroa em 1710, provocou a
ira dos senhores de engenho de Olinda e a tensão entre os dois
grupos escalou em conflito armado.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto on-line ORIGEM: Douglas Bandeira, Mariane Figueiredo, Rógger Manoel,
Tainá Cristina e Thayara Cristina. Revolta dos Mascates - Pernambuco. In: Impressões Rebeldes.
Disponível em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?revoltas_categoria=1710-revolta-
mascates-pernambuco. Acesso em:  15 de jan. de 2021. CRÉDITOS: Douglas Bandeira, Mariane
Figueiredo, Rógger Manoel, Tainá Cristina e Thayara Cristina. PALAVRAS-CHAVE: guerra dos mascates,
aristocracia açucareira, identidades políticas

61
Documento 022

A fronda dos mazombos

”A confrontação entre a loja e o engenho tendeu


principalmente a assumir a forma de uma contenda
municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife
florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda
decadente que procurava mantê-Io numa sujeição irrealista.
Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo,
resistir ao embate dos interesses em choque. Logo revelou-se o
que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo
poder entre o credor urbano e o devedor rural.”

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos,
São Paulo, Cia. das Letras, 1995, p. 123. CRÉDITOS: Evaldo Cabral de Mello
PALAVRAS-CHAVE: guerra dos mascates, aristocracia açucareira, identidades políticas

62
Documento 023

50 anos do Massacre de Manguinhos

50 ANOS DO MASSACRE DE MANGUINHOS: QUANDO A


DITADURA MILITAR PERSEGUIA ATÉ OS CIENTÍSTAS
Diversos médicos e cientistas do Instituto Oswaldo Cruz foram
perseguidos pelo governo militar. Entenda o caso

Augusto Cid Mello Perissé, Tito Arcoverde Cavalcanti de


Albuquerque, Haity Moussatché, Fernando Braga Ubatuba,
Moacyr Vaz de Andrade, Hugo de Souza Lopes Massao Goto,
Herman Lent, Sebastião José de Oliveira, Domingos Arthur
Machado Filho. - Crédito: Instituto Oswaldo Cruz

Diferentemente do que muitos afirmam hoje em dia, a ditadura


militar brasileira (1964-1985) foi responsável pela
perseguição política e ideológica de diversos brasileiros e
estrangeiros, em seus mais diversos motivos.
63
A perseguição não se limitou a poucas áreas ligadas à política,
à esquerda e à guerrilha, mas foi um sistema repressivo
generalizado que, além da tortura, afetou diretamente uma
infinidade de grupos de áreas completamente distintas. Um
desses grupos foi a cúpula de cientistas brasileiros
internacionalmente reconhecidos que trabalhavam para o
Instituto Oswaldo Cruz durante os anos de chumbo.
Dez cientistas renomados da instituição foram perseguidos e
diretamente afetados pela truculência das cassações políticas
e perseguições policiais nos anos 1970, além de um mar de
aposentadorias compulsórias e limitações das liberdades. Em
1970, esse ataque aos dez cientistas do IOC ficou conhecido
como Massacre de Manguinhos, nome dado por Herman Lent
(médico e entomologista) em referência ao Castelo Mourisco,
sede do IOC no RJ, no bairro de Manguinhos.
Trata-se da cassação política dos pesquisadores Haity
Moussatché, Herman Lent, Moacyr Vaz de Andrade, Augusto
Cid de Mello Perissé, Hugo de Souza Lopes, Sebastião José de
Oliveira, Fernando Braga Ubatuba e Tito Arcoverde Cavalcanti
de Albuquerque no dia 1° de abril de 1970 e, dois dias depois,
da aposentadoria compulsória desses servidores.
O choque do evento foi gigante, pois todos eram líderes de
pesquisas inovadoras no combate a enfermidades comuns no
território brasileiro e muitos estudavam curas para doenças
negligenciadas, sendo que a cassação levou ao desmonte de
diversos laboratórios de pesquisa do IOC e a precarização da
pesquisa em medicina na época.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Revista ORIGEM: André Nogueira. “50 anos do Massacre de Manguinhos:
quando a ditadura militar perseguiu até os cientistas”. Aventuras na História – UOL. 14/04/2020.
Disponível em:  https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-massacre-de-
manguinhos-ditadura-perseguiu-ate-os-cientistas.phtml
[https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia- o-
massacre- de- manguinhos-ditadura-perseguiu- ate- os- cientistas.phtml]
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-massacre-de-manguinhos-
ditadura-perseguiu-ate-os-cientistas.phtml CRÉDITOS: André Nogueira
PALAVRAS-CHAVE: ditadura civil-militar, ciência, repressão

64
Documento 024a

Criança amarela 1

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos OBSERVAÇÃO: Agradecemos Monge Han (Eric Han
Schneider) por gentilmente ceder as imagens para uso na ONHB. ORIGEM: Monge Han (Eric Han
Schneider). Criança amarela, 2017. Disponível em:
https://twitter.com/mongehan/status/1089175547727568898?lang=pt
[https://twitter.com/mongehan/status/1089175547727568898?lang=pt]
https://twitter.com/mongehan/status/1089175547727568898?lang=pt CRÉDITOS: Monge Han (Eric
Han Schneider) PALAVRAS-CHAVE: imigração, racismo

65
Documento 025

A epidemia de grippe e a defesa sanitaria do


Brazil

”Provindencias novas se impõem. O que existe em materia de


hygiene administrativa, de assistencia publica, não pôde
satisfazer-nos. Fomos tão duramente provocados pela visita
esperada e não prevenida desse flagello, que já não ha mais
como restabelecer uma confiança que se perdeu.
(...) reconhecendo mesmo que na fatal emergência em que nos
achámos, a balburdia e a confusão eram inevitáveis, lastimo,
entretanto, que a Directoria Geral de Saúde Publica não
houvesse, em tempo, procurado obter informações exactas
sobre a marcha e os caracetres dessa doença, que vinha, de
ha muito, reinando epidemicamente em paizes europeus, e já
havia alcançado a costa d’Africa (...)
Ao irromperem aqui os primeiros casos, e mesmo dias depois,
reinava ainda em nossa repartição sanitaria a mesma
ignorancia máxima (...)
É igualmente lamentavel que se houvesse querido identificar
esta doença poteiforme , grave, lethal, pandêmica, com a
grippe nostras , isto é, com aquelle mal que o nosso povo se
habituou a denominar grippe e do qual se curava com
remédios caseiros.
Affirmou-se categoricamente que era impossivel evitar a
contaminação do paiz; que, por toda parte onde tem lastrado, a
grippe zomba dos recursos de prophylaxia de defesa.
Reconheço que, uma vez contaminada a cidade, dado o
caracter pandemico, e a facilidade de transmissão dessa
doença, mui difficil e talvez mesmo impossivel seria impedir
que ella se disseminasse pelos arrabaldes e pelo interior do
paiz, seguindo as vias internas de comunicação.
Duvidar, porém da efficacia, ou affirmar a fallencia dos
recursos de hygiene moderna, no tocante à importação por via

66
maritima, é, no meu fraco entender, um crime de
lesa-medicina.
Já não se admitte hoje em dia que germens pathogenicos se
conservem impunemente na atmosfera e alcancem grandes
distancias, levados pelo vento. Doença contagiosa,
transmittindo-se, muito provavelmente, por contacto de
individuo a individuo, a grippe hespanhola não teria chegado à
nossa terra, si medidas de rigor houvessem sido applicadas,
em tempo, contra todos os navios procedentes de portos
suspeitos ou contaminados.
Convenho na impossibilidade em que se encontrou a nossa
Directoria de Saúde Publica para evitar a entrada da doença,
visto como para tanto não estava apparelhada. Seja em virtude
de vicios de organização, já por mim apontados, seja por
fraqueza, desleixo ou má orientação dos seus dirigentes, o
facto é que, no momento, não dispunha ella dos recursos
indispensaveis a uma bôa defesa maritima. E mesmo que
quizesse, com toda bôa vontade e solicitude, não conseguiria
impedir a entrada da grippe, nem talvez a da cholera asiática,
do typho maculoso e da peste do oriente , si porventura
chegassem na mesma occasião a um dos portos do Brazil.
Já tive ensejo (...) de dizer desta tribuna que a organização
sanitaria federal, feita com o intuito quase exclusivo de dar
combate à febre amarela no Rio de Janeiro, não podia mais
satisfazer-nos, tantos os vicios, deficiências e absurdos que
encerra.
Ao delinea-la, em 1903, OSWALDO CRUZ, convencido
intimamente de que na luta contra aquella doença, existente já
no Brazil, careciam completamente de valor as desinfecções
maritimas e terrestres, os lazaretos e o isolamento hospitalar,
deixou em segundo plano estas medidas (...)
Não tendo procurado melhorar e ampliar os recursos que
dispunha não podia à Directoria Geral de Saúde Publica ter
evitado a entrada da influenza hespanhola. E ainda permitiu
entrasse ella em nossas plagas de braços dados com a cholera
asiática ou a peste levantina .

67
Uma vez contaminada a cidade, nenhum passo deram as
autoridades sanitárias para restringir a disseminação do mal,
nem siquer estabeleceram a notificação compulsoria, recurso
indispensável para poder acompanhar com segurança a
marcha da epidemia. Obsecadas pela convicção intima da
inutilidade de seus esforços, quedaram-se dias seguidos sem
nada fazer, para depois concentrarem sua acção em crear
postos de doentes, distribuir dietas e medicamentos e publicar
conselhos e receitas, com affirmações categoricas sobre o valor
desta ou daquela droga. E tudo isto sem escapar, por vezes, a
um ridiculo manifesto.
(...) a notificação [era o] meio unico de que dispunha a Saúde
Publica para saber quantas pessôas enfermaram, para seguir,
enfim, a marcha da doença. Em S. Paulo, a notificação foi feita
desde o primeiro dia da pandemia. Recebiamos aqui noticias
telegraphicas com as cifras exactas dos acometidos. No Rio de
Janeiro inventaram-se algarismos que nos faziam crer ter a
epidemia começado a declinar desde o principio; ainda não
attingira ella o seu fastigio e já se lhe annunciava o declinio,
porque as autoridades sanitárias, porque o Governo não
dispunham de elementos sufficientes de informação.
(...) No momento, de hygiene propriamente dita, nada se fez.
Directoria de Saúde Publica poz de lado todo seu armamento
hygienico para cuidar tão somente de assitencia publica, feita
às pressas e atabalhoadamente. Nem mesmo pôde isolar os
primeiros casos, porque o unico hospital de que dispunha, o de
S. Sebastião, que outr’ora, por ocasião dos surtos epidemicos
da febre amarella, tão assignalados serviços prestára, fora
inutilizado pela Saúde Publica, que o convertera
irreflectidamente em hospital de tuberculosos.
Razão de sobra me assistia, pois (...) quando ao iniciar este
discurso, affirmei que havíamos sido testemunhas de uma
quase fallencia de nossos serviços de hygiene e assistencia
publica.”

Ficha técnica

68
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: O Brazil-Medico. Revista semanal de medicina e cirurgia. Rio
de Janeiro, 14 de dezembro de 1918, ano XXXII, nº 50, pp. 396-397
Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=081272x&pesq=&pagfis=14391
[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=081272x&pesq=&pagfis=14391]
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=081272x&pesq=&pagfis=14391 . CRÉDITOS: O
Brazil-Medico GLOSSÁRIO: Caracetres:  palavra grafada incorretamente -  o correto é caracteres.
Prophylaxia (Profilaxia):  a parte da medicina que tem por objeto as precauções precisas para preservar
das doença.
Poteiforme : multiforme.
Nostras : nossas.
Arrabaldes: periferia da cidade.
Lazareto: estabelecimento para controle sanitário, onde são postas em quarentena as pessoas que,
chegadas a um porto ou aeroporto, podem ser portadoras de moléstias contagiosas.
Plagas: regiões, espaços do território.
Peste levantina/Peste do Oriente : Peste bubônica.
Ensejo: oportunidade, ocasião favorável.
Fastigio: ponto mais alto, cume. PALAVRAS-CHAVE: saúde pública, gripe espanhola, história da
medicina

69
Documento 026

Reclame

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Charge ORIGEM: Belmonte. Reclame. D. Quixote, n. 00251. Rio de Janeiro, 1
de março de 1922, p. 17. Disponível em:
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=095648&pagfis=7654
[http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=095648&pagfis=7654]
http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=095648&pagfis=7654 CRÉDITOS: Belmonte
PALAVRAS-CHAVE: modernismo no brasil, movimentos artísticos

70
Documento 027

Para lei escolar do Império, meninas tinham


menos capacidade intelectual que meninos

A primeira grande lei educacional do Brasil, de 1827,


determinava que, nas “escolas de primeiras letras” do Império,
meninos e meninas estudassem separados e tivessem
currículos diferentes. Em matemática, as garotas tinham
menos lições do que os garotos. Enquanto eles aprendiam
adição, subtração, multiplicação, divisão, números decimais,
frações, proporções e geometria, elas não podiam ver nada
além das quatro operações básicas. (...)
— A questão é se as meninas precisam de igual grau de ensino
que os meninos. Tal não creio. Para elas, acho suficiente a
nossa antiga regra: ler, escrever e contar. Não sejamos
excêntricos e singulares. Deus deu barbas ao homem, não à
mulher — discursou o senador Visconde de Cayru (BA).
A fala do Visconde de Cayru está guardada no Arquivo do
Senado, em Brasília. Antes de ser assinada pelo imperador
dom Pedro I e virar lei, a proposta que estruturava o ensino
primário do Brasil foi discutida e votada na Câmara e no
Senado. Os senadores travaram acalorados debates sobre qual
seria o currículo mais apropriado para as crianças do sexo
feminino nesse Brasil oitocentista.
No Senado, o Visconde de Cayru foi um dos defensores de que
o currículo de matemática das garotas fosse o mais enxuto
possível. Nas palavras dele, o “belo sexo” não tinha capacidade
intelectual para ir muito longe:
— Sobre as contas, são bastantes [para as meninas] as quatro
espécies, que não estão fora do seu alcance e lhes podem ser
de constante uso na vida. O seu uso de razão é mui pouco
desenvolvido para poderem entender e praticar operações
ulteriores e mais difíceis de aritmética e geometria. Estou
convencido de que é vão lutar contra a natureza.

71
O senador Marquês de Caravelas (BA) fez uma argumentação
semelhante:
— Em geral, as meninas não têm um desenvolvimento de
raciocínio tão grande quanto os meninos, não prestam tanta
atenção ao ensino. Parece que a sua mesma natureza repugna
o trabalho árido e difícil e só abraça o deleitoso. Basta-lhes o
saber ler, escrever e as quatro primeiras operações da
aritmética. Se querem dar-lhes algumas prendas mais,
ensinem-lhes a cantar e tocar, prendas que vão aumentar a sua
beleza. O que importa é que elas sejam bem instruídas na
economia da casa, para que o marido não se veja obrigado a
entrar nos arranjos domésticos, distraindo-se dos seus
negócios.
(...)

Procurando provocar medo nos colegas, o Visconde de Cayru


insinuou que os estudos poderiam até mesmo corromper as
mulheres:
— Não nego que tem havido mulheres de capacidade varonil. A
história tem aplaudido as Aspásias, Cleópatras, Isabéis e
Catarinas, mas são raridades da espécie. Todavia, não foram
famosas em moral. Modernamente têm aparecido mulheres
distintas na matemática. Torno a dizer, são raridades da
espécie. Tem havido mulheres que até se lançaram ao mar da
política, especialmente depois da revolução da França [em
1789]. Não se têm visto bons resultados. Bastará nomear a
famosa inglesa Mary Wollstonecraft, que fez a obra Uma
Reivindicação pelos Direitos da Mulher. Ela foi condenada por
adúltera. Se formos nesse andar, não causará admiração que
também se requeira que as mulheres possam ir estudar nas
universidades, para termos grande número de doutoras.
A lei educacional de 1827 foi sancionada por dom Pedro I em
15 de outubro. Pela importância da norma, a data se tornaria,
em 1963, o Dia do Professor.

72
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal Eletrônico ORIGEM: Ricardo Westin. Para lei escolar do Império,
meninas tinham menos capacidade intelectual que meninos. Agência Senado. Disponível em: 
https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/nas-escolas-do-imperio-menino-estudava-
geometria-e-menina-aprendia-corte-e-costura
[https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo- s/nas- escolas- do-
imperio- menino-estudava-geometria- e- menina- aprendia- corte- e- costura]
https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/nas-escolas-do-imperio-menino-estudava-
geometria-e-menina-aprendia-corte-e-costura CRÉDITOS: Ricardo Westin / Agência do Senado
PALAVRAS-CHAVE: legislação, mulheres, história da educação

73
Documento 028

Retorno

Quanto tempo de nós foi tirado?


Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Filhos da terra, de volta pra terra, todo canto do mundo é seu
lar
Nossa alma não grita mas berra,
Nosso canto é guerra que atravessa rio e mar
Não vão mais roubar, não vão mais ousar
Da história de um povo se apropriar
Cocar não é enfeite ou brinquedo,
Se exige respeito, repensa antes de usar
Não deixamos de ser o que somos por conta de um celular
São mais de 500 anos, que eles causam danos visando apenas
cédulas
Territórios originários e não fundiários, herança viva secular
Crença nas criança, o levante avança, trazendo vitória
incrédula
Querendo a pintura, querendo o sagrado
Querendo a cultura, querendo o legado
Não somos só figura pra ser estudado
Somos ruptura de colonizados
Feitos de bravura, não domesticado
Força que perdura, não catequizados
Eles captura, traz escravatura,
E nós é que tem que ser civilizado?
Dispenso elogio ”exótica”, homenagens racistas patéticas

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Nossa presença além de estatística
Lógicas sexistas antiética
Sem tempo pra ser didática
Queremos a prática enfática que tanto se fala
Se ver por completo e não só objeto de sala de aula
Entre dor e trauma, história e drama
Carrego na alma das histórias a trama
De raiz nordeste como cajarana
Ceará agreste sem a raça ariana
Somos suçuarana , somos Sagarana
Na saga em busca e nada ofusca
A volta pra terra de Pindorama
(Pindorama)
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: Composição: Souto MC
Intérprete: Souto MC
Ano: 2019 CRÉDITOS: Souto MC GLOSSÁRIO: Cajarana: fruta encontrada nas regiões Norte e
Nordeste do Brasil.
Suçuarana: felino de médio porte encontrado nas Américas, também conhecido como “onça-parda” ou
“puma”.
Sagarana: livro de contos publicado por Guimarães Rosa em 1946, cujo título é composto pela palavra
dos mitos germânicos “saga” e pelo sufixo tupi-guarani “rana” (semelhante). Histórias que se
assemelham às sagas.
Pindorama: designação dada ao Brasil por parte dos povos originários, mais precisamente pelos
habitantes dos Andes e dos Pampas. PALAVRAS-CHAVE: indígenas, ocupação do território, música

75
Documento 029

Inserções em circuitos ideológicos: Projeto


cédula, 1970 - 1976

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Cédulas ORIGEM: Cildo Meireles. Inserções em circuitos ideológicos: Projeto
cédula. 1970 - 1976. Disponível em:  https://artsandculture.google.com/asset/inseres-em-circuitos-
ideolgicos-projeto-cdulas/8gE9m4t21caEDw [https://artsandculture.google.com/asset/
inseres- em- circuitos-ideolgicos-projeto- cdulas/8gE9m4t21caEDw]
https://artsandculture.google.com/asset/inseres-em-circuitos-ideolgicos-projeto-
cdulas/8gE9m4t21caEDw CRÉDITOS: Cildo Meireles TÉCNICA: Carimbos de borracha sobre
cédulas. DIMENSÕES: 6,5 x 15 cm PALAVRAS-CHAVE: repressão estatal, arte contemporânea,
cédulas

76
Documento 030

Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto


Cédula, 2013

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Cédulas ORIGEM: Cildo Meireles, Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto
Cédula. 2013 [1970-2013]. Disponível em: 
http://revistacarbono.com/artigos/04carbono-entrevista-cildo-meireles/attachment/cildo-amarildo-1/
[http://revistacarbono.com/artigos/04carbono- entrevista- cildo- meireles/
attachment/cildo-amarildo- 1/]
http://revistacarbono.com/artigos/04carbono-entrevista-cildo-meireles/attachment/cildo-amarildo-1/
CRÉDITOS: Cildo Meireles PALAVRAS-CHAVE: repressão estatal, cédulas, arte contemporânea

77
Documento 031

Inserções em Circuitos Ideológicos, 2018

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Cédulas ORIGEM: Cildo Meireles. Inserções em Circuitos Ideológicos. 2018
[1970 - 2018]. Disponível em:  https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1645130369734518-cildo-
meireles-expoe-150-obras-no-sesc-consolacao [https://fotografia.folha.uol.com.br/
galerias/1645130369734518- cildo- meireles- expoe- 150- obras- no- sesc- consolacao]
https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1645130369734518-cildo-meireles-expoe-150-obras-no-
sesc-consolacao CRÉDITOS: Cildo Meireles PALAVRAS-CHAVE: arte contemporânea, violência,
cédulas

78
Documento 032

Theatro Municipal

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganga ORIGEM: Diário da Noite, n. 7844, São Paulo (SP), 10 de julho de
1950, p. 21. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=093351&pasta=ano%20195&pesq=&pagfis=18099
[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=093351&pasta=ano%20195&pesq=
&pagfis=18099]
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=093351&pasta=ano%20195&pesq=&pagfis=18099
CRÉDITOS: Teatro Municipal, Diário da Noite PALAVRAS-CHAVE: cultura, teatro municipal, são paulo

79
Documento 033

Racismo em São Paulo

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Pequeno Jornal: Jornal Pequeno, n. 154, Recife (PE), 12 de
julho de 1950, p. 2. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=800643&pasta=ano%20195&pesq=&pagfis=82450
[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=800643&pasta=ano%20195&pesq=
&pagfis=82450]
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=800643&pasta=ano%20195&pesq=&pagfis=82450
CRÉDITOS: Pequeno Jornal: Jornal Pequeno PALAVRAS-CHAVE: cultura, racismo, são paulo

80
Documento 034

Inflação do ano chega a 1.764,86%

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: O Estado de S. Paulo, edição de 29 de dezembro de 1989, p.
1. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19891229-35236-nac-0001-999-1-not
[https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19891229- 35236- nac- 0001- 999- 1- not]
https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19891229-35236-nac-0001-999-1-not CRÉDITOS: O
Estado de S. Paulo PALAVRAS-CHAVE: governo sarney, economia

81
Documento 035

Autos da vila de Nossa Senhora da Assunção de


Benevente

Auto de Independência

[...] nesta vila de Nossa Senhora da Assunção de Benevente


Comarca da Província do Espírito Santo (...) declararam
solenemente a sua independência e que por ela protestarão
dar a vida por causa das Cortes de Portugal, pois todas as suas
máximas (...) eram a procurar toda a nossa infelicidade e nos
escravizar, e colonizar este Reino do Brasil, e por isso mesmo
desde já declamavam, (...) pois, que aquelas Cortes não
querem igualdade deles entre os brasileiros [...].

Auto de Aclamação
Ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil
oitocentos e vinte dois, aos doze dias do mês de outubro do dito
ano nesta vila de Nossa Senhora da Assunção de Benevente
Câmara da Capitania do Espírito Santo, nas casas da Câmara
paço do Conselho, onde estava o presidente do Senado o
Capitão Antonio Rodrigues Cardoso, e os mais vereadores e
Procurador do conselho abaixo assinados, o reverendo pároco
desta freguesia, sargento-mor, capitães, e mais Povo desta vila,
e todos unanimemente disseram que visto termos declarado
nossa independência, e se ter nomeado o deputado para a
Assembleia Geral Constituinte, e Legislativa do Brasil, era
forçoso (ilegível) quem faça executar as leis que os nossos
deputados iam deferir, e por isso desde já aclamaram por
primeiro Imperador do Brasil ao Senhor Dom Pedro Primeiro
hoje príncipe regente e defensor perpétuo do Brasil por contar
unanime do mesmo Povo, com declaração que o mesmo
senhor prestará previamente o juramento solene, de jurar,
guardar, manter, e defender, a Constituição política que fizer

82
Assembleia Geral constituinte do Brasil, que todos lhe
prometeram dar seu sangue, para a defesa da nossa
independência, e monarquia brasileira; e logo todos por
repetidas e numerosas vezes, bradaram como vivas seguintes
– viva a nossa santa religião – viva a independência do Brasil –
viva a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Brasil –
viva o Imperador Constitucional do Brasil o Senhor Dom Pedro
Primeiro – viva a Imperatriz do Brasil (...) – viva o Povo
constitucional do Brasil de que de tudo para
constar mandarem lavrar esta ata com que todos assinaram [...]

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Documento legal ORIGEM: Autos da vila de Nossa Senhora da Assunção de
Benevente, outubro de 1822. Arquivo Nacional. Série Interior Idd 9 – 607. Rio de Janeiro. In: Rodrigo da
Silva Goularte. Portos e Sertões: a província do Espírito Santo e a emancipação da América Portuguesa
(1815-1825). 2015. 220 p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências
Humanas e Filosofia. Niterói, RJ. Disponível em: https://www.historia.uff.br/stricto/td/1757.pdf
[https://www.historia.uff.br/stricto/td/1757.pdf]
https://www.historia.uff.br/stricto/td/1757.pdf CRÉDITOS: Arquivo Nacional/Rodrigo da Silva Goularte
PALAVRAS-CHAVE: atores políticos, celebrações, independência

83
Documento 036

Um negócio de alto risco: roubo, pirataria e


morte no tráfico

Uma das principais características dos negócios negreiros era


o risco. Todas as etapas da circulação dos escravos, desde as
trocas realizadas na esfera africana até aquelas que, efetuadas
no Brasil, ensejavam o consumo final da mercadoria humana,
enfrentavam enormes perigos, visto ter sido o cativo um bem
altamente requerido e constantemente exposto à morte.
O risco tinha início na própria África, a partir do momento em
que, prisioneiro ou oferecido em tributo, o escravo chegava às
mãos dos mercadores nativos. Havia, de início, as mortes
durante o longo trajeto entre as zonas da captura no interior e
a costa africana, que somavam às ocorridas durante a espera
nos barracões e portos. Joseph Miller (...) afirma que
provavelmente 40% dos negros escravizados em Angola
pereciam durante o deslocamento até o litoral, onde outros
10% ou 20% morriam antes de serem embarcados. Em geral,
pois cerca da metade do contingente de cativos poderia
perecer ainda em solo africano (...)
Os mercadores de almas ainda sofriam freqüentes roubos
durante as longas jornadas entre o interior e os portos
africanos (...) Nestes últimos, nos barracões onde os cativos
ficavam concentrados à espera de embarque, ou mesmo nas
próprias embarcações – ancoradas às vezes por semanas ou
meses, à espera de completar a lotação – também havia a
possibilidade de perda (...)
Durante a etapa marítima, mais do que em qualquer outra,
aumentavam os riscos dos traficantes estabelecidos no Rio. A
perda da mercadoria humana através da ação corsária ou
mesmo do naufrágio era possibilidade sempre presente em
qualquer tipo de operação mercantil marítima, importando
menos a natureza da mercadoria do que seu valor enquanto

84
presa. Não se deve esquecer, porém, que o escravo constituía
uma mercadoria literalmente perecível, dado constantemente
levado em conta pela ação empresarial.
Uma vez no mar, o primeiro perigo era a subtração da
mercadoria humana por piratas (...)
Problema antigo, o corso não atingia somente os traficantes de
escravos. Sua freqüência podia chegar a níveis tão altos que,
muitas vezes, aos comerciantes não restava alternativa senão
recorrer à proteção do Estado. Foi o que fizeram os
mercadores lisboetas, em 1761, quando solicitaram ao
Conselho de Estado a organização de uma armada para a
defesa dos navios e frotas do Brasil, constantemente atacadas
por naus mouras e holandesas (...)
O naufrágio era, por definição, outro tipo de risco marítimo.
Suas causas deitavam-se ao acaso, que punha homens e
equipamentos frente uma natureza por vezes volúvel, e a erros
de comando e de cálculo. Parece ter sido grande o número de
naus idas a pique, mas mesmo assim os prejuízos dependiam
dos caprichos de Netuno. (...)
Logo depois do corso eram as mortes durante a travessia
oceânica as que mais diretamente atingiam os traficantes do
porto do Rio de Janeiro. Mortandades freqüentes no tempo,
mas extremamente variáveis em cada expedição (...)
Pode-se imputar as mortes a bordo a fatores como a escassez
de alimentos e água, maus tratos, superlotação e até mesmo ao
medo, que minava a resistência física, moral e espiritual de
contingentes muitas vezes fatigados prisioneiros de guerra.
Havia, porém, o próprio tráfico enquanto veículo de
aproximação e contágio entre esferas microbianas distintas,
cujos resultados, mesmo quando tendenssem à acomodação a
médio e longo prazos, traduziam-se de imefiato em mortes (...)
Em todos os períodos [1795-1811 e 1821-1830] perdiam-se
quase três vezes mais escravos entre os cativos embarcados no
Índico do que na área congo-angolana, fato perfeitamente
explicável pela duração da travessia: enquanto os negreiros
provenientes desta última região levavam de 33 a 40 dias no

85
mar até o Rio de Janeiro, os daquela podiam navegar até 76
dias.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico OBSERVAÇÃO: Nossa homenagem ao historiador Manolo
Florentino (1958-2021), professor aposentado do Instituto de História da UFRJ e do seu Programa de
Pós-Graduação em História Social (PPGHIS/UFRJ).  ORIGEM: Manolo Florentino. Em costas negras:
uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX). São Paulo:
Companhia das Letras, 1997, pp. 140-146. CRÉDITOS: Manolo Florentino PALAVRAS-CHAVE: rio
de janeiro, tráfico negreiro, áfrica

86
Documento 037

Paulo Freire de volta ao Brasil

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Paulo Freire de volta ao Brasil. O Estado de São Paulo. São
Paulo: 08 de agosto de 1979, p.12. Disponível em: 
https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,a-volta-de-paulo-freire,70002958279,0.htm
[https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo, a- volta- de- paulo- freire,
70002958279, 0.htm]
https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,a-volta-de-paulo-freire,70002958279,0.htm
CRÉDITOS: O Estado de São Paulo PALAVRAS-CHAVE: paulo freire, ditadura civil-militar, história da
educação

87
Documento 038

Mobral, 1971

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: Maria Auxiladora Silva. Mobral, 1971. Coleção
Paulina e Moisés Pinsky, São Paulo, Brasil. Disponível em:
https://amlatina.contemporaryand.com/pt/editorial/maria-auxiliadora/
[https://amlatina.contemporaryand.com/pt/editorial/maria- auxiliadora/]
https://amlatina.contemporaryand.com/pt/editorial/maria-auxiliadora/ CRÉDITOS: Maria Auxiladora
Silva PALAVRAS-CHAVE: história da educação, arte, alfabetização

88
Documento 039a

Dedicatoria (página 1)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro ORIGEM: Francisco Adolpho de Varnhagen [Visconde de Porto Seguro].
História Geral do Brasil – Antes da sua separação e independência de Portugal. Tomo Primeiro. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Laemert, 1877. Disponível em:
https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up
[https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up]
https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up CRÉDITOS: Francisco
Adolpho de Varnhagen [Visconde de Porto Seguro] GLOSSÁRIO: Lucubrações: Meditação
profunda; Grande aplicação mental para criar e realizar um trabalho intelectual.
PALAVRAS-CHAVE: brasil imperial, historiografia

89
Documento 039b

Dedicatoria (página 2)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro ORIGEM: Francisco Adolpho de Varnhagen [Visconde de Porto Seguro].
História Geral do Brasil – Antes da sua separação e independência de Portugal. Tomo Primeiro. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Laemert, 1877. Disponível em:
https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up
[https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up]
https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up CRÉDITOS: Francisco
Adolpho de Varnhagen [Visconde de Porto Seguro] PALAVRAS-CHAVE: brasil imperial, historiografia

90
Documento 039c

Dedicaoria (página 3)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro ORIGEM: Francisco Adolpho de Varnhagen [Visconde de Porto Seguro].
História Geral do Brasil – Antes da sua separação e independência de Portugal. Tomo Primeiro. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Laemert, 1877. Disponível em:
https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up
[https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up]
https://digital.bbm.usp.br/view/?45000030097&bbm/4825#page/6/mode/2up CRÉDITOS: Francisco
Adolpho de Varnhagen [Visconde de Porto Seguro] PALAVRAS-CHAVE: brasil imperial, historiografia

91
Documento 040

Processo de Dona Catarina Quaresma


(processo)

Aos vinte e seis dias do mês de outubro de mil e quinhentos e


noventa e dois anos, nesta cidade de Salvador Capitania da
Bahia de todos os santos, nas casas da morada do senhor
visitador do Santo Ofício Heitor Furtado de Mendonça, perante
ele apareceu sendo chamada Anna [Dal] Uchoa a qual recebeu
juramento dos santos evangelhos em que pôs sua mão direita,
sob cargo do qual prometeu dizer em tudo verdade e foi logo
admoestada pelo senhor visitador com muita caridade que ela
não tem acabado de confessar todas suas culpas que, portanto,
faça confissão inteira de todas elas e declare a verdade de tudo,
porque assim fora despachado.[...]
E disse que ora novamente lhe lembra que haverá seis ou sete
anos, que foi naquele primeiro ano em que Diego Gonçalves
Lapso, com sua mulher Guiomar Lopes, cristã nova, e com sua
filha Catarina Quaresma, que ora está nesta cidade casada com
Pedro de Aries, castelhano, e se chama dona Catarina
Quaresma, vieram da capitania dos Ilhéus para Itaparica,
sendo ela, Ré, já casada e tendo amizade com a dita Guiomar
Lopes e sua filha Catarina Quaresma [...]; aconteceu um dia
véspera do São João que foi ela, Ré, visita-las a sua casa e ficou
com elas aquela noite, e ela com a dita Catarina Quaresma, que
então era solteira, se deitaran ambas em sua rede, como se
costuma neste Brasil, para dormirem aquela noite, ambas em
camisa e logo como se deitaram a dita Catarina Quaresma
começou a abraça-la e a pôs a ela Ré em cima de si e ajuntaram
se ambas ... ela Ré decima, e a dita Catarina Quaresma a
debaixo [...] como se fora homem com mulher [...]
Nisso, perguntada se sabia ela que este pecado era pecado
nefando que chamam contra natureza, respondeu que sabia
que era ofensa de Deus e logo na primeira vez que se confessou

92
depois disso, confessou este pecado a seu padre espiritual, e
perguntada de que idade era a dita Catarina Quaresma quando
foi este caso, disse que [...] seria de idade dela, Ré, e que ela, Ré,
era de vinte e seis anos, pouco mais ou menos. E disse mais
que na dita noite lhe disse a dita Catarina Quaresma [...] que
também ela lá por Ilhéus fazia o mesmo com outras meninas
[...] e do costume disse que é comadre da dita Catarina
Quaresma, a qual, depois do sobre dito caso acontecer, levou a
pia sua uma menina filha dela, Ré, e são amigas [...].
Seja chamada Catarina Quaresma que apareça nesta mesa.
Bahia, a 6 de agosto de 1593. Mendonça.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Documento legal OBSERVAÇÃO: Grafia atualizada ORIGEM: Processo de
Dona Catarina Quaresma. Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 1289, 14 fl. (papel), cópia
microfilmada, Portugal, Torre do Tombo, mf. 5441. Bahia, 1593. Pp. 1-5. Disponível em:
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2301177
[http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2301177]
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2301177 CRÉDITOS: Tribunal do Santo Ofício/Torre do Tombo
GLOSSÁRIO: Admoestar: Chamar atenção de (alguém), consurando-o por falta cometida; censurar;
repreender; advertir alguém quanto a seu procedimento, para que o corrija ou não o repita.
N efando: Abominável, ímpio; perverso; pervertido; moralmente degradado; corrupto.
PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, américa portuguesa, inquisição

93
Documento 041

Processo de Dona Catarina Quaresma (autos)

E feitas as ditas audiências e sessões, logo pelo senhor


visitador me foi mandado fazer estes autos conclusos, os quais
logo fiz Manoel Francisco, notário do Santo Ofício nesta
visitação o escrevi.

Conclusão

Foram vistos estes autos em mesa e pareceu a todos os votos


quanto o modo por que a ré se ouve em suas audiências e
outras considerações que se tiveram, pague somente dez
cruzados para as despesas do Santo Ofício e cumpra as
penitências espirituais seguintes: que se confesse quatro
vezes em tempo de um ano e receba o santíssimo sacramento
[...] de seu conselho e reze nove meses de Rosário de Nossa
Senhora, e três os salmos penitenciais e pague as custas.
Bahia, 18 de agosto de 1593.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Documento Legal OBSERVAÇÃO: Grafia atualizada ORIGEM: Processo de
Dona Catarina Quaresma. Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 1289, 14 fl. (papel), cópia
microfilmada, Portugal, Torre do Tombo, mf. 5441. Bahia, 1593. p. 12. Disponível em:
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2301177
[http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2301177]
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2301177 CRÉDITOS: Tribunal do Santo Ofício/Torre do tombo
GLOSSÁRIO: Salmos penitenciais: referem-se a sete capítulos do livro de Salmos constantes na Bíblia
Cristã, são eles:  6, 31, 37, 50, 101, 129 e 142. PALAVRAS-CHAVE: américa portuguesa, história das
mulheres, inquisição

94
Documento 042

Numa procissão

Transcrição

NUMA PROCISSÃO
UMA EXPERIENCIA SOBRE A PSYCHOLOGIA DAS MULTIDÕES
DA QUAL RESULTOU SÉRIO DISTURBIO
Domingo, ás 15 horas, quando desfilava pelas ruas do centro
da cidade, a procissão de “Corpus Christi”, um rapaz muito
bem posto, que se achava na esquina da rua Direita e praça do
Patriarcha, não se descobriu, conservando ostensivamente seu
chapeu na cabeça.
Os crentes, que acompanhavam o cortejo, revoltaram-se com
essa atitude e exigiram em altos brados que elle se descobrisse.
Elle, no entanto, sorrindo, para a turba, não tirou o chapeu,
embora o clamor da multidão já se tivesse transformado em
95
franca ameaça. Foi então que innumeros populares tentaram
lynchal-o, investindo contra elle. O rapaz pos-se em fuga,
occultando-se na Leiteria Campo Bello, situada á rua de São
Bento, até onde foi perseguido pelos mais exaltados.
O sub-delegado de plantão na policia Central compareceu ao
local, onde deu garantias ao moço, protegendo-o contra a ira
do povo.
Na policia Central, para onde foi conduzido, declarou a victima
da exaltação popular, ser o engenheiro Flavio de Carvalho, de
31 annos de edade, residente à praça Oswaldo Cruz, 1.
Nas suas declarações, disse que, ha tempos, se vem dedicando
a estudos sobre a psychologia das multidões e tem mesmo
alguns trabalhos ineditos sobre a materia. Para melhor
orientação dos seus estudos, resolvera fazer uma experiencia
sobre a ”capacidade aggressiva de uma massa religiosa á
resistencia da força das leis civis, ou determinar se a força da
crença é maior do que a força da lei e do respeito à vida
humana”.
Com esse intuito se postou no ponto citado e quando passava a
procissão de ”Corpus Christi” não se descobriu, sendo quasi
lynchado pelos crentes, revoltados com essa sua attitude.
Terminou suas declarções dizendo que, não visava offender a
religião do povo, pois esperava de facto que se verificasse tal
reacção.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Numa Procissão. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 9 de junho
de 1931, p. 6. Disponível em: 
https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19310609-18879-nac-0006-999-6-not
[https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19310609- 18879- nac- 0006- 999- 6- not]
https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19310609-18879-nac-0006-999-6-not CRÉDITOS: O
Estado de S. Paulo PALAVRAS-CHAVE: história da arte, comportamento, religião

96
Documento 043

Paridade em memória à família Maurício

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotomontagem ORIGEM: Gê Viana. “Paridade em memória à família Maurício.
Primeira camada: Maria dos Anjos Maurício e sua neta Jéssica. Segunda camada: ilustração da Famiglia
Indiana Caraíba”. Disponível em: https://www.premiopipa.com/ge-viana/
[https://www.premiopipa.com/ge- viana/] https://www.premiopipa.com/ge-viana/
CRÉDITOS: Gê Viana PALAVRAS-CHAVE: identidade indígena, maranhão, arte contemporânea

97
Documento 044

Nélson Lopes Sol

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotomontagem ORIGEM: Gê Viana“Primeira camada: ‘Nélson Lopes Sol’,
segunda camada: D. Tilkin Gallois, (aldeia Taitetuwa, 1991)”
. Disponível em: https://www.premiopipa.com/ge-viana/
[https://www.premiopipa.com/ge- viana/] https://www.premiopipa.com/ge-viana/
CRÉDITOS: Gê Viana PALAVRAS-CHAVE: identidade indígena, maranhão, arte contemporânea

98
Documento 045

Entrevista: Gê Viana

“Eu sou Gê Viana, os meus trabalhos eles têm se desenvolvido


a partir dessa descoberta, né, pela minha ancestralidade tanto
indígena quanto desse entendimento dessa identidade de
gênero. Essa segunda participação ao prêmio PIPA é uma
reafirmação a todos esses anos que eu tenho desenvolvido nas
ruas. A principal ferramenta de trabalho que eu utilizo é a
fotografia, junto com a fotomontagem, fazendo essa
remixagem de imagens. São imagens de arquivo remixadas,
alteradas, adulteradas [...] O trabalho “Paridade” é um trabalho
que chega num momento muito íntimo, nessa busca de saber
mais sobre mim. Eu me coloco em segundo plano e começo a
fotografar pessoas que descendem desse lugar indígena, dessa
origem, e eu falo dessa parecença, dessa semelhança, só que
na verdade esse trabalho extrapola o lugar das paridades, ele
na verdade é um momento para que eu encontre um momento
de conversa com essas pessoas, para que elas se afirmem, pra
que elas entendam um pouco da sua origem, porque, no meio
desse descobrir todo as dores acabam alimentando o
silenciamento e esse silenciamento acaba destruindo muitas
pessoas. Neste momento eu estou repensando sobre esta
minha retomada interna, sobre essa decolonização da minha
mente pra que isso seja percebido nos meus trabalhos, que
eles floresçam nesse acompanhamento e que essa retomada
também se aplique a outros corpos, às pessoas que têm essa
possibilidade de perceber, de ver, de apreciar o meu trabalho.
Eu venho de um estado que é o Maranhão, que é um estado que
está completamente deslocado do circuito da arte, dessa arte
contemporânea, então é uma reafirmação também a esse lugar
que é, por várias vezes, descartado, que não é visto por esse
circuito da arte. Então eu acredito que a minha arte, ela se
transforme numa potência maior por ela estar na rua.”

99
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Entrevista ORIGEM: Transcição de trechos da Entrevista com Gê Viana. Página
do Youtube: PIPA 2020 - Gê Viana. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=lehYKux87sI&ab_channel=Pr%C3%AAmioPIPA
[https://www.youtube.com/watch?v=lehYKux87sI&ab_channel=Pr%C3%AAmioPIPA]
https://www.youtube.com/watch?v=lehYKux87sI&ab_channel=Pr%C3%AAmioPIPA CRÉDITOS: Gê
Viana; PIPA. PALAVRAS-CHAVE: identidade indígena, maranhão, arte contemporânea

100
Documento 046

Jesus e Tiradentes

Achei muito parecido Tiradentes com Jesus


Todos os dois alvos e loiros, fortes, dos olhos azuis
Um era mártir da forca o outro mártir da cruz.

Jesus Cristo e Tiradentes morreram no mês de Abril


Um na forca outro na cruz nas mãos de um povo imbecil
Um salvava a Palestina o outro salvava o Brasil

Morreram se parecendo da forca para o madeiro


Jesus Cristo não casou-se, Tiradentes foi solteiro
Um era da Palestina e o outro brasileiro

Eu quero pedir desculpas na comparação que fiz


Um julgado pelo povo o outro pelo juiz
Um salvava o mundo inteiro e o outro seu país.

Todos os dois foram traídos, condenados pelas leis


Jesus traído por Judas o símbolo da malvadez
E Tiradentes traído pelo Silvério dos Reis

Num mundo dos homens falsos não se acaba a crueldade


Enforcaram Tiradentes porque pediu liberdade
Crucificaram Jesus porque falou a verdade

Jesus enfrentou Herodes o rei do poder profundo


Tiradentes enfrentou a avó de Pedro Segundo
Um salvava sua pátria e o outro salvava o mundo

Os dois mártires pareciam um com outro até na sorte


Tiradentes muito afoito, Jesus Cristo muito forte
Nem Tiradentes correu, nem Jesus temeu a morte

101
Caso não exista engano da história pra profecia
Enforcaram Tiradentes as onze e meia do dia
E as três e meia da tarde Jesus também falecia

Jesus morreu numa cruz, Tiradentes enforcado


Com um carrasco na frente, de cada lado um soldado

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música OBSERVAÇÃO: Segundo Cláudio José de Carvalho Neto: “Jesus e
Tiradentes”, repente. Gravação de Cesanildo gentilmente cedida pelo Professor Dr. Francisco
José Gomes Damasceno, da Universidade Estadual do Ceará (UECE). (Neto, 2019, p. 94)
ORIGEM: “Jesus e Tiradentes”, repente. Gravação de Cesanildo. In. Cláudio José de Carvalho Neto.
“Quem será o herói dessa nossa história? Quem vai tecer o amanhã?”: A disputa de narrativas e
representações de Tiradentes e da Inconfidência Mineira na ditadura civil-militar. (Dissertação de
Mestrado). Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2019, pp. 94-92. Disponível em:
http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/49327/3/2019_dis_cjcarvalhoneto.pd
[http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/49327/3/2019_dis_cjcarvalhoneto.pd]
http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/49327/3/2019_dis_cjcarvalhoneto.pd f CRÉDITOS: Cesanildo;
Cláudio José de Carvalho Neto. GLOSSÁRIO: Herodes: antigo rei do território da Palestina
PALAVRAS-CHAVE: inconfidência mineira, música popular, minas gerais

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Documento 047

O Jornal das Senhoras, 01/02/1852

Transcrição de trecho da coluna


(...)
Dizia eu n’esse artigo: Paris tem suas estações e nós ca temos
as nossas em diverso tempo; os nossos figurinos são feitos
para o nosso jornal; e algumas vezes teremos de
apresentar-vos modas e indicarmos fazendas , as quaes ainda
teem de aparecer na primavera de Paris. E logo depois
offereço-vos um figurino de verão, chegado de lá, onde todos
tremem o queixo com frio. Poderá isto ser?
- Será um figurino velho, ou pelo menos do verão passado?
- Será elle feito no Rio de Janeiro?
Eis as perguntas que já tenho ouvido fazer em diversas casas
onde tenho estado, e que ainda me farão todas as senhoras que
não quiserem tomar o trabalho de continuar a lêr este artigo,
103
para o qual reservei a resposta, afim de não atraiçoar o meu
incógnito , que tanta gente trabalha por descobrir.
Queridas leitoras, não é um figurino antigo; porque esse jôgo
não se pode ligar ao caracter de JORNAL DAS SENHORAS, que
facilmente seria apanhado em abuso de fé, desde que vós,
folheando qualquer dos jornaes antigos de modas de Paris,
encontrasseis o original, cuja cópia vos apresento.
Não é figurino das modas que lá se usão hoje, porque, como já
vos disse, a moda ainda por estes dois mezes é de inverno.
Não é feito aqui no Rio de Janeiro, porque Deus não nos deu o
dom especial de idear, combinar, e executar modas com essa
graça, originalidade e gosto delicado, que para ellas tem os
Parisienses, e ninguem mais. Temos sim actualmente quem os
possa copiar com perfeição (ja não é tão pouco) mas a invenção
é, e será sempre dos Francezes.
Ora, não sendo elle feito aqui, não sendo cópia de figurinos
antigos, e não sendo dos que se usão actualmente em Paris,
segue-se que é feito, ou para representar a moda que ainda lá
se ha de usar na primavera (e é uma verdade) ou para
expressamente representar a moda de verão no Rio de Janeiro.
Porque com este figurino e com todos os mais que, com o favor
de Deus, vierem, tambem chegarão as fazendas e os enfeites
que elles indicarem com as suas competentes variações para
todos os gostos, estados, e posições.
De qualquer das formas entendo, que as elegantes estão
comigo: ufane-me de vêr Paris condescendendo comnosco
na partilha das modas (...)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: O Jornal das Senhoras, 01/02/1852, ed. 5, p. 34. Disponível
em:  http://memoria.bn.br/pdf/700096/per700096_1852_00005.pdf
[http://memoria.bn.br/pdf/700096/per700096_1852_00005.pdf]
http://memoria.bn.br/pdf/700096/per700096_1852_00005.pdf CRÉDITOS: O Jornal das Senhoras;
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. GLOSSÁRIO: Fazendas: tecido, pano, estofo.
Atraiçoar: trair, ser infiel, faltar a.
Incógnito: que ou quem procura não ser reconhecido, quer esconder sua identidade.
Ufane-me: vanglorio-me, envaideço-me, orgulho-me.
Condescendendo: consentindo, cedendo em alguma coisa (por interesse, lisonja, bondade, temos ou
fraqueza), renunciando à sua superioridade. PALAVRAS-CHAVE: imprensa, história das mulheres,
história da moda

104
Documento 048

Mapa – Pantanal Matogrossense

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Mapa OBSERVAÇÃO: Fonte para a produção do mapa: Silva e Abdon, 1998
Digitalização e edição: Ary T. Rezende Filho, UFMS, Campus de Três Lagoas, Laboratório de Cartografia e
Análise Ambiental, 2003. ORIGEM: Mapa – Pantanal Matogrossense - Localização e compartimentação
do Pantanal Matogrossense. In: Mauro Henrique Soares da Silva, Messias Modesto Dos Passos et Arnaldo
Yoso Sakamoto. As Lagoas Salitradas do Pantanal da Nhecolândia: um estudo da paisagem baseado no
modelo GTP – Geossistema, Território e Paisagem. Confins – Revista Franco-Brasileira de Geografia.
Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/8614
[https://journals.openedition.org/confins/8614]
https://journals.openedition.org/confins/8614 CRÉDITOS: Mauro Henrique Soares da Silva; Messias
Modesto Dos Passos; Arnaldo Yoso Sakamoto; PALAVRAS-CHAVE: pantanal matogrossense,
cartografia

105
Documento 049

Comitiva Esperança

Nossa viagem não é ligeira, ninguém tem pressa de chegar


A nossa estrada, é boiadeira, não interessa onde vai dar
Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piquiri, o São Lourenço e o Paraguai
Tá de passagem, abre a porteira, conforme for pra pernoitar
Se a gente é boa, hospitaleira, a Comitiva vai tocar
Moda ligeira, que é uma doideira
Assanha o povo e faz dançar
Oh moda lenta que faz sonhar
Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piquiri, o São Lourenço e o Paraguai
Ê, tempo bom que tava por lá
Nem vontade de regressar
Só vortemo, vô confessar
É que as águas chegaram em Janeiro, deslocamos um barco
ligeiro
Fomos pra Corumbá

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: Comitiva esperança
LP/CD: Pantaneiro
Gravadora: BMG-Ariola
Ano: 1990
Compositores: Almir Sater e Paulo Simões
Intérpretes: Sérgio Reis CRÉDITOS: Compositores: Almir Sater e Paulo Simões
Intérprete: Sérgio Reis PALAVRAS-CHAVE: pantanal matogrossense, pecuária, música

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Documento 050

O Fardo do Homem Branco

“Tomai o fardo do Homem Branco


Enviai vossos melhores filhos
Ide, condenai seus filhos ao exílio
Para servirem aos vossos cativos;
Para esperar, com chicotes pesados
O povo agitado e selvagem
Vossos cativos, tristes povos,
Metade demônio, metade criança.
(...)
Tomai o fardo do Homem Branco!
Acabaram-se vossos dias de criança
O prêmio leve ofertado
O louvor fácil e glorioso:
Vinde agora, procurai vossa virilidade
Através de todos os anos difíceis,
Frios, afiados com a sabedoria adquirida,
O reconhecimento de vossos pares.”

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Poema ORIGEM: Rudyard Kipling. ”O Fardo do Homem Branco”. [1899].
Disponível em: 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/o-fardo-do-homem-branco-exaltacao-do-imperialismo/
[https://ensinarhistoriajoelza.com.br/o- fardo- do- homem- branco- exaltacao- do-
imperialismo/]
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/o-fardo-do-homem-branco-exaltacao-do-imperialismo/
CRÉDITOS: Rudyard Kipling. PALAVRAS-CHAVE: neocolonialismo, populações nativas, literatura

107
Documento 051

A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas

Não é difícil imaginar como o comércio evoluirá em toda essa


imensa, rica e inigualável bacia. Contudo, o futuro é uma faca
de dois gumes: o progresso só é obtido em detrimento das
raças indígenas.
De fato, no Alto Amazonas, muitas raças de índios já
desapareceram. (...) Nas margens do rio Negro , onde
atualmente só existem mestiços de portugueses com índios, já
existiram até 24 nações indígenas diferentes.
É a lei do progresso. Os índios estão fadados ao
desaparecimento. Com a chegada da raça anglo-saxã,
aborígenes australianos e tasmanianos se extinguiram.
Depois dos conquistadores do Velho Oeste, os índios da
América do Norte sumiram.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Literatura ORIGEM: Júlio Verne. A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas. Porto
Alegre, RS: L&PM. 2020 [1881]. p. 15. CRÉDITOS: Júlio Verne. GLOSSÁRIO: Aborígenes:
população nativa.
Rio Negro: maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas.
Tasmanianos: povos da Tasmânia. PALAVRAS-CHAVE: populações nativas, amazônia, literatura

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Documento 052

Conto dos Orixás

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: História em quadrinhos ORIGEM: Hugo Canuto. Conto dos Orixás. Salvador:
Selo independente, 2017, p.6. CRÉDITOS: Hugo Canuto PALAVRAS-CHAVE: história e cultura
afro-brasileira, história em quadrinhos

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