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AULA 3
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Na interação entre docentes e discentes, pode-se encontrar em Martins
(2006) que a metodologia de sistematização coletiva do conhecimento segue a
seguinte sequência:
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TEMA 2 – O PROCESSO DE ENSINO NA ESCOLA
O livro didático é necessário, mas por si mesmo ele não tem vida. É
um recurso auxiliar cujo uso depende da iniciativa e imaginação do
professor. Os conteúdos do livro didático somente ganham vida
quando o professor os toma como meio de desenvolvimento
intelectual, quando os alunos conseguem ligá-los com seus próprios
conhecimentos e experiências, quando por intermédio deles
aprendem a pensar com sua própria cabeça.
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poderá utilizá-lo de forma independente e criativa nas mais variadas situações
escolares e na prática social e profissional do dia a dia. Outra consideração é
a adequada preparação dos alunos para enfrentar matérias novas. Ao perceber
dificuldades de compreensão em uma nova matéria, entende-se que a
assimilação da anterior pode não ter sido eficiente. O ensino efetivo
compreende a solidez do aprendizado e, para tanto, há que se conectar o novo
conhecimento com o que já foi apreendido. Mais um ponto a considerar:
trabalhar “fora dos muros da escola” (visitas, passeios, teatro etc.) é uma ação
didática positiva para a aprendizagem, tendo o ensino como referência da
prática e da realidade social em que se vive. É também no desenvolvimento da
percepção e da observação em relação ao conteúdo a ser trabalhado que está
a intenção do ensino e aprendizagem como mediação dos saberes escolares e
das capacidades cognoscitivas.
Concluindo, entende-se o ensino na sua ação transmissão/assimilação
como processo progressivo e gradativo das capacidades intelectuais dos
alunos (saberes, habilidades, posturas, convicções e desdobramentos
cognoscitivos), a partir de uma intenção sistemática e planejada do conteúdo
dos saberes escolares pelo professor.
Neste contexto de ensino, o que são saberes escolares e capacidades
cognoscitivas?
Saberes escolares ou conteúdo do saber escolar são, segundo Libâneo
(2013), conhecimentos agrupados de modo sistematizado e estruturados por
métodos e técnicas de ensino e aprendizagem, que de modo interdisciplinar se
permeiam e se complementam.
Capacidades cognoscitivas são energias mentais disponíveis nos
indivíduos, ativadas e desenvolvidas no processo de ensino, em estreita
relação com os conhecimentos. Verifica-se que, durante o processo de
transmissão-assimilação, acontece o desenvolvimento das capacidades
intelectuais cognoscitivas dos alunos, como por exemplo a dinâmica de
observação, percepção, raciocínio, memória, linguagem e motivação. Ao
contextualizar os conhecimentos de forma assimilável, o professor permite uma
ação ativa de pensamento, de reflexão, de autonomia docente.
Pode-se estabelecer, assim, que a função de assimilar conhecimentos
está diretamente ligada à estimulação das habilidades cognoscitivas pessoais,
com o objetivo de promover a autonomia e a independência do cidadão.
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TEMA 3 - O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Crédito: Imageflow/Shutterstock.
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TEMA 4 - RACIOCÍNIO INDUTIVO E DEDUTIVO
para o
do maior
do menor
menor
O raciocínio dedutivo, por sua vez, testa hipóteses conhecidas
(axiomas) para, a partir delas, comprovar teorias, chamadas de teoremas.
Também conhecido como método hipotético-dedutivo ou lógico-dedutivo, faz
análises mais minuciosas e profundas, o que equivale a dizer que transforma
um conhecimento que é geral em um conhecimento específico. Portanto,
argumenta do maior para o menor. Exemplo:
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do
para o maior
para o menor
menor
O quadro a seguir fornece uma visão resumida dos dois raciocínios.
Quadro 2 – Raciocínios
- Uma vez que todas as premissas são - Uma vez que todas as premissas se
verdadeiras, a conclusão deve ser apresentarem verdadeiras, determina-se
verdadeira. seu resultado como verdadeiro, porém, não
necessariamente verdadeiro.
- Toda informação ou fato verdadeiro em
sua conclusão, já se mostrava, de modo - A conclusão traz consigo informações que
implícito, nas premissas. não constavam, expressamente, nas
premissas.
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mais simples para se atingir as mais elaboradas (método indutivo), e a
taxonomia proposta por Bloom é, justamente, a de ajudar o ato de planejar,
organizar e controlar os objetivos de aprendizagem.
A taxonomia (classificação sistemática) de Bloom encontra-se
estruturada em níveis de complexidade, que vão desde o mais simples até o
mais complexo. No plano educacional significa que, para a conquista de uma
nova habilidade ou conhecimento de um próximo nível, o estudante deverá ter
o domínio de conhecimentos ou habilidades do nível anterior. Nesse contexto,
a taxonomia de Bloom não apenas esquematiza uma classificação, como
também organiza hierarquicamente os processos cognitivos. Na medida em
que os processos cognitivos mostram resultados positivos quanto à
aprendizagem esperada, caracteriza a importante dependência entre os níveis
de organização e processos cognitivos.
O domínio cognitivo dá conta da memória, dos meios de raciocínio, da
resolução de problemas e do pensamento criativo e flexível. Nesse contexto,
os objetivos educacionais precisam levar em consideração os conhecimentos
prévios e os novos conteúdos a serem ensinados aos alunos. Isso acarreta
uma classificação da ação mental esperada do aluno como reação após a
efetivação dos objetivos.
Na prática, a utilização de verbos, em função do comportamento que se
espera, organiza os objetivos de aprendizagem devidamente distribuídos em
seis níveis – que, por ordem de complexidade, apresentam-se da seguinte
forma.
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Figura 1 – Taxonomia
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