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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INAÍSE ARRUDA
JULIA MOURA
MADELYNE SILVESTRE

Projeto Elétrico
Planta Duplex
Introdução

A historia e o conhecimento sobre a eletricidade vêm evoluindo desde seus primórdios;


um filosofo grego chamado Tales de Mileto descobriu que ao esfregar um âmbar a um
pedaço de pele de carneiro, pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a
ser atraídas pelo próprio âmbar, a partir dai passou-se a observar a existência da
eletricidade .
Atualmente, a eletricidade passou a ser um bem essencial ao nosso confort, sua
importância possui valor imensurável, pois é através dela que obtemos as principais
fontes de luz, força e calor. A eletricidade, considerada uma fonte de energia
secundaria, é gerada a partir da conversão de outras fontes de energia, como energia
eólica, energia solar, gás natural, petróleo, energia nuclear e outras fontes naturais, que
são conhecidas como fontes primárias.
Os Sistemas de Energia Elétrica são compostos por equipamentos e instalações,
distribuídos ao longo de extensas regiões geográficas, que tem por objetivos a produção,
transmissão e distribuição de energia elétrica e por fim chegando aos consumidores.
Os componentes fundamentais para instalação elétrica de baixa tensão são os seguintes:
alimentação pública, quadro de distribuição, condutores e eletrodutos, tomadas,
interruptores, lâmpadas e sistema de proteção. Neste trabalho, iremos apresentar um
projeto elétrico residencial de um duplex, elaborado a partir da norma utilizada no
Brasil, a NBR 5410/2004 – Instalações elétricas de baixa tensão.
Memorial Descritivo

-Circuito elétrico residencial

Um circuito elétrico residencial é o conjunto de pontos de consumo, de luz e de


tomadas, alimentados por condutores e ligados ao dispositivo de proteção.
A energia elétrica é recebida através da rede da concessionária que faz a distribuição de
energia, e direcionada ao medidor residencial, que encaminha essa energia recebida até
o quadro de distribuição, popularmente conhecido como quadro de luz.
Na instalação elétrica de cada residência, os circuitos elétricos  começam a partir do
quadro de distribuição, e finalizam nos pontos de tomadas, iluminação e as demais
cargas.
Toda e qualquer instalação elétrica é composta por vários circuitos elétricos, sendo eles
circuitos de iluminação, circuitos de tomadas e circuitos tomadas de uso específicas.
Estes circuitos são constituídos basicamente de elementos como fontes, condutores,
dispositivos de proteção, dispositivos de comando (interruptores) e a carga do circuito.
Quando o circuito elétrico alimenta diretamente os equipamentos de utilização
específicos como chuveiro elétrico, ar condicionado, lâmpadas ou tomadas
de corrente de uso geral é chamado de circuito terminal.

-Iluminação

Segundo a NBR-5410/2004, cada ambiente residencial deve possuir pelo menos um


ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede e com potencia igual ou
superior a 100VA. Para ambientes com área igual a 6 m 2 ou inferior a esse valor,
atribuímos o valor mínimo de 100 VA, e para cada aumento de 4 m2, atribuímos 60VA.
A norma informa ainda que os valores indicados são para efeito de dimensionamento
dos circuitos, não havendo qualquer vínculo, portanto, com potência nominal de
lâmpadas. Ela não determina critérios para iluminação de ambientes residenciais
externos, ficando a critério do projetista e do cliente a instalação de cada um desses
pontos.

-TUG’S- Tomadas de uso geral

São destinadas à ligação de equipamentos móveis, portáteis e fixos, cuja corrente de


consumo não supere 10 A (ampère).
A NBR-5410/2004 determina os seguintes critérios para instalação do número de
tomadas de uso geral para ambientes residenciais:
•Em banheiros deve-se ter pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório com uma
distancia mínima de 60 cm do limite do boxe.
• Em cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos: um ponto de
tomada para cada 3,50m, ou fração de perímetro, independente da área do cômodo.
• Em salas e dormitórios, no mínimo um ponto de tomada para cada 5,0m (ou fração) de
perímetro, distribuídas o mais uniforme possível.
• Se a área do cômodo for inferior a 6,0m 2, se faz necessário a instalação de pelo menos
um ponto de tomada.
• Em subsolos, sótãos, garagens e varandas, se faz uso de pelo menos um ponto de
tomada.

-TUE’S- Tomadas de uso específico

São tomadas usadas para alimentar de modo exclusivo equipamentos fixos com corrente
nominal superior a 10 A, como por exemplo aparelhos de ar condicionado, maquina de
lavar, chuveiro elétrico, motor de portão automático, bomba de piscina e outros
equipamentos de maior porte e alguns eletrodomésticos como secador de cabelo. Além
disso, se faz necessário identificar no quadro o número do circuito e a qual equipamento
ele se destina. A instalação segue o mesmo esquema da TUG.

• O projetista deve escolher o número, a localização e o tipo delas em função do layout


da casa e das necessidades do usuário.
• Os pontos devem estar localizados no máximo a 1,50m do aparelho.

-Levantamento de cargas e divisão da instalação elétrica

A quantidade de circuitos de uma instalação elétrica depende, entre outros fatores, de


sua potência instalada e da potência unitária das cargas a serem alimentadas.
Além disso, há alguns critérios a serem adotados na distribuição dos pontos, e o grau de
flexibilidade da instalação futuras necessidades. Por isso, para realizar a divisão de
circuitos elétricos, é necessário primeiro, fazer o levantamento das potências de nossa
residência atribuindo potências a todos os pontos terminais.
As instalação elétrica residencial, devem ser divididas em circuitos separados, com o
objetivo de evitar  problemas de sobrecarga ou queda de tensão, assim como também
evitar incômodos, como por exemplo, ao trocar uma lâmpada ou tomada ter que desligar
toda a instalação elétrica apenas para isso.
Segundo a norma NBR 5410/2004 para instalações elétricas de baixa tensão, no artigo
4.2.5.2, estabelece que a divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender,
entre outras, às seguintes exigências:
• Segurança: Por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação
toda uma área;
• Conservação de energia: Por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de
climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades;
• Funcionais: Por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os
necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de
lazer, etc.;
• De produção: Por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma
ocorrência;
• De manutenção: Por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de
reparo.
-Potência elétrica

A tensão elétrica, que é a força que impulsiona e faz movimentar, de forma ordenada, os
elétrons livres nos condutores, originado assim a corrente elétrica, usada para acender
lâmpada, emitir calor. Essa intensidade de luz e calor recebidos é chamada de corrente
elétrica que foi transformada em potencia luminosa e potencia térmica, e ainda também
pode ser transformada em potencia mecânica. Para existir potencia elétrica, se faz
necessário existir tensão elétrica e corrente elétrica.
A potencia aparente é composta pela potencia ativa(medida em watt W) e pela potencia
reativa, onde a potencia ativa é a parcela transformada em potencia mecânica, potência
térmica e potência luminosa, e a potencia reativa(medida em volt-ampère Var) é a
parcela transformada em campo magnético, necessários ao funcionamento de motores,
transformadores e reatores.

-Fator de potência

O fator de potência é a relação entre potência ativa e a potência reativa, que indica a
eficiência com a qual a energia está sendo usada.
Essa eficiência é medida pela razão entre a potência ativa e a potência aparente,
que indica quanto da potência elétrica consumida está de fato sendo convertida em
trabalho útil (Kw).

Nos projetos elétricos residenciais, para determinação do quanto a potencia aparente foi
transformada em potencia ativa, utiliza-se o fator de potencia de 1,0 para iluminação e
de 0,8 para tomadas de uso geral. Pode-se dizer que quando o fator de potencia é igual
a 1 toda potencia aparente é transformada em potencia ativa. Isso acontece em
equipamentos que possuem resistência, como é o caso de lâmpadas incandescentes e
chuveiros elétricos .
-Sistema de iluminação

Em função da potência ativa total prevista para a residência, podemos determinar o tipo
de fornecimento, a tensão de alimentação e o padrão de entrada. Se a potencia total
estabelecida for até 12000W, o fornecimento é monofásico, feito por dois fios, uma fase
e um neutro, e sua tensão é de 127V. Se a potência total estabelecida estiver acima de
12000 W e até abaixo 25000 W, o fornecimento é bifásico, feito por três fios, duas fases
e um neutro, e sua tensão é de 127 V e 220 V. Se a potência total estabelecida estiver
acima de 25000 W e até abaixo 75000 W, o fornecimento é trifásico, feito por quatro
fios, três fases e um neutro, e sua tensão é de 127 V e 220 V.

-Corrente do circuito

A corrente do circuito de distribuição é aquela que sai do medidor residencial e chega


até o quadro de distribuição, no interior da residência.
O calculo é realizado da seguinte maneira:
Inicialmente se faz necessário realizar soma do fator potências de iluminação e do
fator de potencia dos pontos de tomada, e como resultado obtém-se a corrente.
Em seguida, calcula-se a potência instalada, que seria a multiplicação da corrente pelo
fator de demanda.
A Potencia independente é igual a Potência total multiplicada pelo fator de demanda.
O somatório total do circuito é a soma entre a potência instalada e a potencia
independente.
Para calcular a media dos valores do fator de demanda, somasse os três valores de fator
de demanda, que é de 1 para iluminação e tomada de uso especifico ; e 0,8 para
tomadas de uso geral, nesse caso somasse os três valores e divide por três, com isso
obtém-se a media, que é de 0,93 para esse caso especifico, arredondado ficaria 0,95.
A potência aparente total é calculada a partir da divisão entre o somatório total do
circuito e a media dos fatores de demanda. E por fim, dividimos o valor da potencia
aparente total pelo valor de tensão máxima do sistema, no caso do sistema trifásico é de
127V.
MEMORIAL DE CALCULO ENCONTRA-SE COMO ANEXO

PROJETO ELETRICO DUPLEX

MADELYNE
Conclusão

Para o correto funcionamento de uma instalação residencial muitos cuidados devem ser


tomados, se faz necessário sempre utilizar a norma brasileira regulamentadora NBR-
5410/2004, para que em consequência disso possamos obter resultados positivos para o
dimensionamento do projeto. Esta Norma estabelece as condições a que devem
satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de
pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.
Os benefícios de um projeto realizado por alguém capacitado são incontáveis e vão
além apenas da segurança. No projeto em questão, pode ser calculado e dimensionado
cada componente integrante do sistema. Foi visto as divisões que, se faz necessário
separar os circuitos, para que dessa forma, possamos garantir que um circuito não será
afetado pela falha do outro, caso ocorra defeito em um deles.
Referências bibliográfica:

NBR 5410- Instalações elétricas de baixa tensão

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/130060/mod_resource/content/1/S
ubestacoes-texto.pdf

https://www.saladaeletrica.com.br/projetos-eletricos-residenciais-aula-3/

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