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RESUMO
Abstract
The collapse of the Fundão dam in Mariana, Minas Gerais was considered by many experts to
be the biggest environmental disaster in the history of Brazil. Called “Mariana's tragedy”, the
disaster claimed several lives and left many people with no prospect of life, in addition to
degrading kilometers of areas, eliminating native vegetation and contaminating rivers and
soils. The present work aims to study the recovery of degraded areas in the Rio Doce Basin in
the last five years with investments from the Renova Foundation, performing a critical and
punctual analysis of the actions carried out by the foundation. Knowing that the effects of the
disaster on the environment and the affected populations are incalculable and indeterminate,
the Foundation works in the overlap of the search for the quality of life of those affected.
Keywords: dam burst; Mariana's disaster; Renova Foundation; degraded areas; Rio Doce
basin.
INTRODUÇÃO
Em 05 de novembro de 2015, ocorreu um dos maiores desastres ambientais em terras
brasileiras. No subdistrito de Bento Rodrigues, localizado a 30 km do município de Mariana,
em Minas Gerais, a barragem de rejeitos de mineração denominada “Fundão”, controlada pela
Samarco Mineração S.A., um empreendimento conjunto das maiores empresas de mineração
do mundo, a brasileira Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton, rompeu-se causando o
considerado maior impacto ambiental da história brasileira.
O presente trabalho possui como objetivo principal realizar uma abordagem crítica,
científica e pontual sobre a recuperação de áreas degradadas com investimentos da Fundação
Renova na Bacia do Rio Doce nos últimos cinco anos.
A barragem de “Fundão”
A barragem de rejeitos minerais denominada “Fundão” estava localizada no
subdistrito de Bento Rodrigues, a 30 km do município de Mariana, cidade histórica de Minas
Gerais. Próxima a essa barragem, havia também a barragem de Santarém que, devido ao
rompimento da de Fundão, transbordou somando ainda mais lama aos 34 milhões de metros
cúbicos liberados da barragem de Fundão.
Essas barragens eram controladas pela Samarco Mineração S.A., uma mineradora do
grupo Vale S.A, uma empresa brasileira de grande visibilidade em mineração, e da anglo-
australiana BHP Billiton. Ambas as barragens faziam parte da Mina Germano, situada no
distrito de Santa Rita Durão, município de Mariana, localizado na Microrregião de Ouro
Preto da Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte.
Todas essas afirmações foram baseadas nos fatos e falhas ocorridos anteriormente ao
desastre, o que fundamentou as especulações dos especialistas.
A vida e cultura dos povos da região onde aconteceu o desastre foram totalmente
afetadas. Os impactos mais evidentes, em longo prazo, segundo Freitas et al (2016), “se
relacionam à qualidade da água para o consumo humano e a sua distribuição. Os efeitos
envolvem metais pesados e se apresentarão com o tempo, portanto deverão ser monitorados”.
A lama dos rejeitos soterrou uma área estimada de 27,9 km² em várias localidades do
distrito de Bento Rodrigues. Na sub bacia do rio do Carmo, no alto Rio Doce, o desastre
devastou os ecossistemas aquáticos e o curso dos rios, modificando a paisagem e destruindo
propriedades e localidades (ESPÍNDOLA et al, 2019). No médio e baixo Rio Doce a lama
afetou drasticamente diversas espécies e ecossistemas aluviais, prejudicando as populações
ribeirinhas e toda a população que depende do rio para o abastecimento de água.
O Centro de Sensoriamento Remoto do IBAMA concluiu que o desastre devastou
“1.469 hectares ao longo de 77 km decursos d’água, incluindo Áreas de Preservação
Permanente” (BRASIL, 2015, p. 10)
Segundo o Relatório Final do Grupo de Força Tarefa de Minas Gerais, Agencia Minas
Gerais (2016), o relevo também foi afetado. A descida da lama de rejeitos minerais remodelou
o relevo e causou processos erosivos.
Em relação à vegetação, a lama arrancou e soterrou árvores e vegetação herbácea. A
vegetação afetada, segundo o IBAMA (2015), é caracterizada dentro do domínio da Floresta
Atlântica.
Metodologia da Pesquisa
Trata-se de pesquisa de revisão bibliográfica com abordagem técnica qualitativa.
Resultados e discussão
Programa Descrição
Ano Valores
2016 2 Bilhões
Apesar de todo empenho para a recuperação das áreas degradadas, segundo o biólogo
e ecólogo André Ruschi (2020), que atua na Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, no
distrito de Santa Cruz, município de Aracruz, no Espírito Santo, os rejeitos só começarão a ser
eliminados do mar em cem anos, no mínimo.
Conclusão
O desastre ocasionado pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana foi
caracterizado de altíssima magnitude e considerado o maior desastre ambiental relacionado à
mineração no Brasil. O rompimento da barragem causou um impacto de grandes proporções
ao meio ambiente e na vida das comunidades que vivem no entorno da Bacia do Rio Doce.
É notório que, apesar do empenho para a normalização dos efeitos do desastre, torna-
se praticamente impossível retomar tudo “como era antes”. Os prejuízos causados, em sua
grande parte, são perenes. Seria como o homem tentar refazer a obra divina, mas o homem
não tem o poder da criação.
Referências bibliográficas
ESPINDOLA, H.S; NODARI, E.S; SANTOS, M.A. Rio Doce: riscos e incertezas a partir
do desastre de Mariana (MG). Revista Brasileira de História. vol.39 no.81 São
Paulo maio/ago. 2019 Epub 29-Jul-2019. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
01882019000200141&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acessado em: 28 de novembro de 2020.
SCHAEFER, C.E. Mariana: estudos mostram caminhos para recuperar solo com
rejeitos. Agência do Brasil. Por Léo Rodrigues. 25 de fevereiro de 2020. Rio de Janeiro.
Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-02/mariana-estudos-
mostram-caminhos-para-recuperar-solo-com-rejeitos>.Acessado em: 29 de novembro de 200