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Belo Horizonte
2010
Sumário
Apresentação ........................................................................................................................ 3
Quando o indivíduo adquire uma nova informação com pouca ou nenhuma relação com
os subsunçores existentes em sua estrutura cognitiva, este conhecimento não se relaciona
subsunçores específicos e é armazenado de forma literal e arbitrária. Segundo Ausubel, apesar de
antagônica a aprendizagem significativa se relaciona mesmo localizando em posições opostas.
1.3 Subsunçores
Ao longo da vida de uma criança ocorrem diversos tipos de interações com a realidade,
em que vão se formando redes de conhecimentos em sua estrutura cognitiva. Contudo, essas
redes apresentam-se de forma aleatória, não correlacionando de forma lógica, mas esses
conhecimentos são utilizados para satisfação do próprio ego da criança. Para Ausubel (1978) a
criança adquire subsunções através do que chamou de processo de formação de conceitos, onde
ocorrem generalizações e são adquiridos por assimilação, diferenciação progressiva e
reconciliação integrativa.
Como mapear subsunções num individuo? Segundo Fialho (1996), só se pode
compreender um indivíduo a partir de toda sua história cognitiva. Ausubel também sugeriu o uso
de organizadores prévios como veículos facilitadores da aprendizagem significativa quando não
existem na estrutura cognitiva os subsunçores adequados. Os organizadores prévios são materiais
introdutórios apresentados em nível mais alto de abstração, inclusividade e generalidade antes do
material a ser aprendido em si. O papel desses facilitadores é formar uma ponte cognitiva entre as
ideias a serem ancoradas na estrutura cognitiva do estudante às novas informações.
Ausubel propõe duas condições básicas para que ocorra a aprendizagem significativa:
1.4.1 Conceitos relacionáveis
Para que uma informação seja potencialmente significativa, o aprendiz deve estar
disposto para aprendê-la, caso contrário esse modelo irá caracterizar uma aprendizagem mecânica.
Com isso, o material deve ser potencialmente significativo, para que o processo de
aprendizagem como um todo seja significativo.
A Estática está localizada no eixo da Mecânica Newtoniana. Pode ser chamada também
de Isostática. A isostática funciona como um conjunto de conhecimentos prévios para as
disciplinas; Resistência dos Materiais, Teoria das Estruturas, Concreto, Estruturas de Aço,
Madeira e Projetos Estruturais.
A estática é sem dúvidas uma área da mecânica que antecede as disciplinas resistência dos
materiais e estruturas gerais, de máquinas, construções civis, metálicas e outras. Pois, abre
caminho para a compreensão de materiais e sua utilização no contexto e está intimamente
vinculada à realidade dos engenheiros, técnicos, profissionais de diversas áreas e o
desenvolvimento do conhecimento científico. A ciência a medida que evolui, fica presa ao
desenvolvimento de novas tecnologias para observação e análise de fenômenos. Por isso, essa
área de conhecimento liga teorias da mecânica aos grandes modelos práticos. Como isso se torna
uma das grandes áreas da física. Sem equacionar estaticamente uma estrutura, não podemos
prever que tipo de material a ser utilizado, logo, a compreensão dessa área se torna cada vez mais
importante, num mundo onde se busca cada vez mais materiais alternativos, técnicas de controle
e uso de materiais, reciclagem, economia, diminuição do peso de estruturas e vantagens
econômicas.
BIBLIOGRAFIA
AUSUBEL Ausubel, D., Novak, J., & Hanesian, H. Educational Psychology: A Cognitive View.
2.ed. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1978.
BEER, Ferdinand P., JOHNSTON JR., E. Russel. Resistência dos materiais. 3. ed. São Paulo:
Makron Books do Brasil, 1996.
F. P. Beer & E. R. Johnston Jr., Mecânica Vetorial para Engenheiros: Estática, v.1,
Makron.
Quadro decimetrado, Cordonê ou cordinhas finas (que suporta até 5 kg), dois (02) dinamômetros
(de até 30N), Peso, aste ou barra rígida (torre), uma (01) balança, quatro massas de 1kg, cinco
(05) massas de 100 gramas e uma (01) massa de 0,5 kg (500g), quatro (04) roldanas com
prendedor ou parafusos.
3 r r
FA( y ) TBA( y ) ĵ TCA( y ) ĵ T DA( y ) ĵ 0 (forças atuantes na direção de y)
i 1
4 r r r
FA( Z ) TCA( z )k̂ TBA( z )k̂ TDA( z )k̂ RZ 0 (forças atuantes na direção de z)
i 1
A Montagem,
Consiste em um quadro decimetrado, ver figura 4, contendo indicações dos eixos, para ser
estabelecido um conjunto de coordenadas, três massas de pesos conhecidos (1 kg), e uma quarta
massa de peso variável (entre 1 e 3 kg variando a cada 100 gramas).
3.1.5.1 Prenda as roldanas em posições onde podem ser determinadas suas coordenadas em
relação aos eixos x e y (figuras 4 e 5). E coloque essas coordenadas na tabela abaixo (olhe por
cima da roldana e localize ou posicione na coordenada desejada). Dica: Coloque duas roldanas
de cada lado do quadro ou faça conforme a figura 6.
3.1.5.2 Amarre as massas no cordonê. Amarre as quatro extremidades dos corndonês e coloque
sobre as roldanas as respectivas massas. Coloque os valores das massas na tabela 1, a baixo,
3.1.5.3 Coloque um pequeno prumo (figura 7) para indicar as coordenadas do ponto O e insira
esse dado na tabela 1, a seguir;
Figura 4. Quatro tensões causadas por quatro Figura 5. Quatro tensões causadas por quatro
pesos agindo sobre um ponto - vista 1. pesos agindo sobre um ponto - vista 2.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 6. Vista parcial da carga e um peso Figura 7. Prumo colocado no ponto O, comum
agindo sobre causando trações e o equilíbrio. aos cabos para verificação das forças.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 7. Vista parcial da carga de um peso Figura 8. Dois cabos tracionados e uma barra
variável agindo sobre uma roldana ( ponto A). OC apoiada na origem sofrendo compressão.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
3.1.6 Questionário
1) Quais devem ser os vetores, em notação de unitários, existente em cada cabo da figura 4 que
representam as tensões AO, BO, CO e DO?
5) É possível encontrar as tensões que agem nos cabos mostrados na figura 8? Que dados devem
ser concedidos no problema? O que há em comum essa estrutura com a estrutura da figura 4?
Esse modelo pode justificar a construção de treliças espaciais? Explique.
6) Qual é o tipo de força sofrida pela barra, paralela ao eixo z, com extremidade na origem,
mostrado na figura 8?
8) Se retirar uma das massas, ficando a montagem da figura 4 com apenas três tensões, será
possível o equilíbrio? Justifique a geometria do equilíbrio. É possível aplicar a lei dos senos para
resolver essa situação? Justifique?
3.1.7 Estudo de vetores e equilíbrio no espaço – tensões e torres.
3.1.7.1Apresentaçãodamontagem:
Figura 10. Torre apoiada em uma balança e sustentada por três cabos.
Fonte: Arquivo pessoal.
3.1.7.2 A montagem consiste em basicamente num quadro decimetrado, para que possam ser
visualizadas com certa facilidade as coordenadas onde serão aplicadas as tensões nas direções de
AB, AC e AD. A origem (base da torre) será considerada o ponto O (0,0,0). Esse ponto poderá
variar ao procurar o equilíbrio da torre na vertical. Já o ponto A deve está a uma altura Z. Note
que Z será a altura da treliça H mais a altura da balança H`, portanto Z =H+H`. Veja as
dimensões da balança: 24cm x 17cm x 4cm.
3.1.7.3 A balança serve para apoiar a torre e medir a força de compressão devido às demais
tensões aplicadas aos cabos. O peso estrutura treliçada deve ser levado em consideração no
momento de achar a reação na balança. Para isso deve-se zerar a balança.
3.1.7.4 Os cabos servem para comunicar trações ao solo (quadro) e deverão ser conectados nas
posições sugeridas a seguir na tabela abaixo.
3.1.7.5 A massa M = 1 kg (podem ser sugeridos outras massas) deverá executar uma tensão e
comunicá-la a extremidade da barra que depois será comunicada as outras duas cordas.
3.1.7.6 Os dinamômetros podem ser colocados nos pontos de apoio C e D para medir as trações
nas duas cordas. Para que isso seja possível deverá existir um ponto de origem adequado, onde a
torre deverá ser deslocada até ficar equilibrada na vertical (em z).
Figura 11. Torre apoiada em uma balança e sustentada por cabos com a inserção de
dinamômetros D1 e D2.
Fonte: Arquivo pessoal.
3.1.7.7 Após montar a estrutura (figura 11), equilibrar as tensões, coloque os dados na tabela e
preencha os demais campos.
Tabela 3.1.7.1 Dados Gerais
Pontos X Y V RES
A UNITÁRIOS TENSÕES(N) TENSORES (N)
U CA = T TCA =
C U DA = T TDA =
D U BA = T TBA =
Dinamômetro Massa do bloco suspenso:
1: N kg
Compressão na treliça em Dinamômetro2: Medida da balança:
A: N. N kg
r
VETOR rOA =
3.1.7.1 Questionário
1) Qual é o tipo de força executada na direção axial da torre? Qual deve ser o valor dessa força?
4) Quais valores de cada tração nos cabos, encontrados através da análise teórica do equilíbrio?
NASH, William A. Resistência dos materiais. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1982.
NOGUEIRA, J.B. Mecânica dos solos: Ensaios de laboratório, São Carlos: EESC-USP, 1995.
3.2.2 Objetivos:
3.2.2.1 Verificar centro de massa e encontrar as reações de apoios, força cortante, momentos
através da análise do equilíbrio estático.
O homem sempre esteve envolvido no processo das edificações, construindo muralhas, torres,
casas, pontes, palácios, etc. Essas construções além de serem úteis, transmitem ao longo dos
tempos, relações históricas, do homem e suas ansiedades, habilidades, a arte e a cultura. Para
garantir a sustentabilidade de uma edificação, os homens sempre procuram lidar com a força da
gravidade, utilizando técnicas de combinação de materiais e formas, chegando ao estágio da arte.
Para dominar conhecimentos e técnicas milenares vêm, ao longo da história, sendo desenvolvidas
metodologias cada vez mais eficazes. Os egípcios utilizam uma grande quantidade de
conhecimentos matemáticos em suas construções, contudo, os primeiros registros datam no
século XV, quando Leonardo da Vinci documentou testes de carregamentos e avaliação de
estruturas. Para BEER & JOHNSTON (1982), Galileu Foi um dos pioneiros do método empírico
aplicou testes de carregamentos, diferenciando também a tração simples da flexão, calculando
tensões em barras rígidas, “a resistência dos corpos sólidos é muito grande quando o esforço
solicitante é aplicado na direção longitudinal e muito pequena quando aplicada na transversal”.
Com a Revolução industrial, surge a necessidade de trabalhar a qualidade dos testes e os tipos de
materiais. Com isso surge a Mecânica Aplicada, com objetivo de conhecer materiais e suas
propriedades físicas. No século XIX, as construções eram realizadas com pequenos manuais de
resistência dos materiais envolvidos e havia grandes imprecisões nos cálculos. No século XX,
com demanda maior no setor habitacional, Leonhardt, na Alemanha realizou grandes quantidades
de ensaios e procedimentos experimentais propondo também Normas de Dimensionamento.
Atualmente existe no Brasil a NBR que define a utilização adequada de materiais conforme
carregamentos externos dentro de um padrão experimental pré-estabelecido. As cargas são
analisadas em condições de ensaios e utilização de métodos analíticos (que fica mais barato) e
tem-se um conjunto de informações sobre as cargas.
3.2.4.2DistribuiçãodeCargaseMomentodeInércia.
A figura 13 relaciona o carregamento da viga ao seu comprimento dxi que tem uma quantidade
de carga dM i . E a quantidade de carga total M será o somatório desses elementos dxi e dyi
numa região dAi onde, a carga total será a quantidade de carga por área ( x, y) na região
x2
BDF
( x2 y2 z 2 )dzdydx
AC E
densidade ( x, y) medida em kg / m 2 .
Figura 12. Raio de giração de um sistema de massas. A equivalência dos momentos estáticos
e o raio de giração.
Fonte: Arquivo pessoal.
3.2.4.2.4 O teorema de Steiner
O teorema de Steiner ou teorema dos eixos paralelos é uma fórmula que nos permite calcular o
momento de inércia, de um sólido rígido, relativo a um eixo de rotação que passa por um ponto
O. Quando conhecemos o momento de inércia relativo a um eixo paralelo ao anterior e que passa
pelo centro de massas e a distância entre os eixos. O momento de inércia relativo ao eixo z é
verificado por,
Iz = ICM+Md2
Onde, I CM é o momento de inércia no centro de massa, M é a massa e d é a distância
perpendicular aos dois eixos.
Onde numa direção onde a densidade ρ(x,y)=M/S é uma função da densidade superficial, ou seja,
a quantidade de massa M sobre uma área S , no plano xy . Para análise em uma única direção,
distribui ao longo do eixo das abscissas numa posição x , cuja densidade linear de carga é
M / L . Como
L/2 L/2 3 3 3 3
M 2 M x3 M L L M L L ML2
I x dx
L/2
L L 3 L/2
3L 2 2 3L 8 8 12
3.2.4.2.6 Apoios
Para uma estrutura ser estaticamente determinada, os apoios devem obedecer as seguintes
condições:
i) Uma estrutura bi apoiada deve conter dois apoios sendo um móvel e outro fixo.
ii) O apoio móvel permite a ação dos esforços em apenas uma direção, impedindo translações.
Esse tipo de apoio pode agir em apenas uma direção. Exemplos: dobradiças, roletes e trilhos.
iii) O apoio fixo impede a existência de momentos e age em qualquer direção produzindo uma
reação que apresenta uma (01) ou mais componentes vetoriais.
Figura 14. Apoio fixo. A Figura 15. Apoio móvel Figura 16. Esquema dos
estrutura é parafusada no com roletes. Existem apoios utilizados na
furo. outros formatos. experimentação.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
Para distribuições de massas contínuas, temos, associamos a massa M aos momentos estáticos
constante e igual a 1,
Mx Mx My My xdA e M x ydA .
y e x para M y
M Area M Area R R
1 1
(x, y) (M y , M x ) ou ainda ( x , y ) (M y , M x )
Area Massa
A) Um extremo.
B) Da segunda massa.
C) Do centro de massa.
Figura 20 – Momento de inércia em B onde uma barra está submetida a vários pesos.
Fonte: Arquivo pessoal.
3.2.5 Questionário
1) Aplicando o teorema de Steiner, calcule o momento de inércia da distribuição de carga relativo
a um eixo perpendicular a mesma que passa por um de seus extremos.
2) Responda:
A) Em vez de calcular de forma direta os momentos de inércia, podemos calcular de forma
indireta empregando o teorema de Steiner?
3.2.5.3.3 As balanças servem para apoiar a as vigas e medir assim a reação de apoio em cada lado
da estrutura.
3.2.5.3.4 Os diversos formatos das vigas servem para explorar conceitos de centro de massa,
integrais duplas aplicadas a centros de massa, momento de inércia, reações nos apoios e
momentos. Cada vértice das vigas apresenta um pequeno furo onde serão pendurado para
determinação experimental dos centros de massa, através da suspensão dos vértices e utilizando
um prumo. Para isso é necessário traçar linhas na viga suspensa por onde a linha do prumo passa.
No cruzamento das linhas está o centro de massa.
3.2.5.4VIGA2–Formatodefinidoporfunçõeslineares.
A viga 2 é definida por uma massa M na região R {A x D, 0 y f ( x)} . Como a função
na reta BC é uma reta, a f ( x) será a equação da reta que passa por estes pontos, considerando A
(0,0,0). Com isso o cálculo da massa envolver a densidade de distribuição de carga ( x, y) na
seguinte relação.
As grandezas como massa M , centro de massa e o momento de Inércia I , são definidas por
geometria simplificada, quando se pode, ou usando o cálculo integral.
3.2.5.5VIGA3–Formatodefinidopormaisdeumafunção.
A viga 3 é definida por uma função que corresponde à massa M contida na região
ponto C e pela coordenada f (G) , conforme a figura abaixo. As grandezas como massa M ,
centro de massa e o momento de Inércia I , são definidas por geometria simplificada, quando se
pode, ou usando o cálculo integral. Com isso o cálculo da massa envolver a densidade de
distribuição de carga ( x, y) constante na seguinte relação a seguir.
3.2.5.6VIGA4–Formatodefinidopormaisdeumafunçãoqualquer.
A Viga 3 tem um formato misto e poderá variar de acordo a necessidade estrutural. As grandezas
como massa M , centro de massa e o momento de Inércia I , são definidas pela resolução da
integral da região que define o formato da estrutura, utilizando o cálculo integral.
Figura 24. Viga definida por uma distribuição que varia conforme uma função.
Fonte: Arquivo pessoal.
As grandezas físicas podem ser encontradas fazendo o uso direto do cálculo integral onde a
massa da viga tem densidade constante em relação ao eixo z e varia em relação a x e y, logo a
região de integração será R={0<x<80; 0<y<f(x)} onde f(x) é a função que define a curva que
passa pelo ponto C, conforme a figura acima.
3.2.5.7PARTE2–Procedimentosparaencontraocentrodemassa
3.2.5.7.1 Pendure cada uma das vigas sobre o furo num suporte, conforme a figura.
3.2.5.7.2 Coloque uma linha de 100 cm amarrada sobre o suporte e na outra extremidade
coloque um pequeno peso (ver figura 26), marcando com um lápis ou pincel na madeira, uma
linha por onde passa o fio do prumo.
3.2.5.7.3 Após repetir 3.2.5.7.1 e 3.2.5.7.2 para cada furo, será determinado o centro de massa
cuja posição é o ponto de interseção das linhas desenhadas sobre a placa de madeira. Mostre
também que a linha divide a placa de madeira em partes iguais.
3.2.5.7.4 Verifique utilizando uma régua, a posição do centro de massa (x, y), colocando esses
dados na tabela 2.
3.2.5.7.6 Coloque as balanças a uma distancia de 100 cm. Coloque a viga 1 sobre as balanças, nos
dois apoios (figura 27) e verifique os pesos fornecidos pelas balanças e anote os dados na tabela
2.
3.2.5.8 Questionário
1) Qual é o tipo de força executada pela balança? Qual deve ser o valor do peso de cada balança
quando a distribuição de massa é contínua? Por que isso ocorre?
2) Se adicionarmos pesos extras a viga 1, no ponto G, o que deve ocorre com as reações em D?
Qual deve ser o valor dessa massa para equilibrar as reações nas balanças?
4) Quais valores para os centros de massa de cada viga, utilizando o cálculo integral e diferencial.
3.2.5.8.1Atividadedeverificaçãodaaprendizagem
Uma barra de 3 m de comprimento e pesando 400N, tem densidade linear constante e está
apoiada nas extremidades suportando duas cargas, de 40 N e 60 N, situadas a 1 m de cada
extremidade, conforme a figura. Determine: a) as reações nos apoios, b) o momento causado pelo
peso da barra sobre o ponto A, c) e faça o diagrama das flechas para as cargas atuantes e o
momento ao longo da barra.
3.2.5.9ConfecçãodaViga3-FunçãodoCortenaMadeira
Viga 1: consiste numa placa de madeira MDF de dimensões: espessura = 2,3 cm , comprimento
= 100 cm e altura = 10 cm).
Utilizado uma chapa de madeira (MDF) de dimensões iniciais conhecidas (espessura = 2,3 cm ,
comprimento = 80cm e altura = 30 cm).
i) Obtenha a massa dessa chapa para conhecer a densidade (massa por unidade de área)
3 2
ii) Conhecida a função f ( x) 3 10 x 10 que delimita a chapa, criar uma tabela onde se
obtém um conjunto dos pontos por onde passa o corte superior;
iii) Depois de cortadas as peça (VIGA 1, VIGA 2 e VIGA 3). Verifique a massas e coloque seus
valores na tabela 1. Através da geometria, crie uma forma de verificar o valor aproximado da área
frontal da chapa. Utilize integração para encontrar o valor dessa área e compare os dados
experimentais com os dados teóricos. Discuta o método com os colegas.
iv) Faça pequenos furos nos vértices das chapas para que possam ser encontrados os centros de
massa numa análise da linha de ação pela força peso.
BEER, Ferdinand P., JOHNSTON JR., E. Russel. Resistência dos materiais. 3.ed. São Paulo:
Makron Books do Brasil, 1996.
NASH, William A. Resistência dos materiais. 2.ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1982.
NOGUEIRA, J.B. Mecânica dos solos: Ensaios de laboratório, São Carlos: EESC-USP, 1995.
3.3.4.2TreliçasPlanas
Uma treliça é plana quando todos os pontos (nós), denominado aqui de elemento básico que estão
em um único plano e obedece a leis de formação, ou seja, relações simples entre a quantidade de
reações em cada nó R , o número de barras N e o número de nós n . Vejamos as relações básicas
que revelam a estaticidade das treliças:
i) N R 2n Relação entre número das barras, número das reações e número dos nós.
ii) N 2n 3 Relação entre o número de barras e o número de nós (treliça isostática).
Figura 34. Treliça plana – formação dos módulos planos a partir de um elemento básico.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 35. Treliça plana. Figura 36. Treliça plana de garrafa pet.
Fonte: www.fec.unicamp.br/.../ teoria / Fonte: Arquivo pessoal.
estrutur/4.htm.
3.3.4.3TreliçasEspaciais
Segundo Silva (1999, p. 1), “as estruturas espaciais são aquelas compostas de malhas planas ou
curvas, tridimensionais, interligadas por elementos estruturais chamados barras ou membros,
conectados entre si por intermédio de peças ou dispositivos especiais, chamados juntas ou nós”.
As treliças tridimensionais são formadas a partir de quatro nós e seis barras rígidas, aqui
denominado de elemento básico. Na adição de cada nó, são adicionadas três novas barras e assim
sucessivamente. As treliças espaciais apresentam as vantagens apresentadas acima e suportam
maiores cargas. O elemento básico da treliça apresenta quatro planos e pode ter maior resistência
quando as barras são isométricas (quando as barras apresentam mesmas secções retas, mesmo
comprimento e mesmas propriedades físicas; resistência a tração e compressão, mesmo módulo
de elasticidade e mesma taxa de escoamento).
Numa treliça espacial, o número de barras N e a quantidade dos nós n serão relacionados por,
N 3n 6 .
Figura 37. Elemento básico de uma treliça espacial – Adição de nós e barras.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 38. Treliça espacial construída Figura 39. Treliça espacial. Aplicações de
por alunos – modelo: pé de galinha. estruturas espaciais.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
3.3.4.4Traçãoe Compressão.
As tensões nas barras são forças axiais (que agem na direção da maior dimensão da barra)
podendo ser de tração ou compressão. As trações agem impedindo o distanciamento dos dois
pontos onde está conectada. As compressões agem impedindo a aproximação dos dois pontos
onde é conectada.
OBS: Quando é construído o diagrama de corpo livre (DCL), as trações e compressões utilizadas
devem ser as forças executadas pela barra (vermelho) e não a força executada na barra (preto).
Como pode ser visto na figura acima, as tensões axiais, trações e compressões, agem na direção
da barra e transmitem o módulo dessas forças até os pontos extremos. Quando se conhece
propriedades físicas de um material, pode-se conhecer a tensão aplicada ao corpo, através da
deformação. Pela Lei de Hook, E , em que é a força por unidade de área, é a deformação unitária,
(grandeza adimensional) sofrida pela barra e E é denominado módulo de Young. É importante
lembrar que essas deformações aqui salientadas devem ocorrer apenas na direção axial da
barra. Caso ocorra flexão, deve-se recorrer as equações diferenciais, fazendo analogia com cabos
e catenárias. A tensão ao longo de uma catenária tem módulo constante e varia em direção,
portanto faz-se uso de um vetor unitário direcional para determinar a tensão transmitida. Com isso
não será interessante e viável apresentar nesse momento tais expressões.
3.3.4.6Momentodeinércianasbarras
Genericamente, o momento de inércia I é:
n
I ri 2 mi
i 1
3.3.4.7CentrodemassadeumaTreliçaPlana.
As coordenadas do ponto ( x , y ) representam o centro de massa. Para chegar a seus valores é
n n n n
CM ( x , y ) encontrado por x xi mi / mi e y yi mi / mi .
i 1 i 1 i 1 i 1
3.3.4.8Análisedoequilíbrio
No equilíbrio a soma das forças e momentos deve ser nula. Daí deve-se escolhe um dos métodos
abaixo para solucionar o conjunto de esforços e reações existentes.
r n
r r r n r
As equações do equilíbrio estático: M ri Fi 0 e F Fi 0
i 1 i 1
3.3.4.9MétododosNósouMétododeCremona Consiste
em verificar o equilíbrio de cada nó da treliça: i)
Determinação das reações de apoio.
ii) Identificação do tipo de tensão em cada barra (tração T ou compressão C),
iii) Fazer o diagrama de corpo livre e verificar o equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se
sempre a análise a partir do nó que tenha o menor número de tensões desconhecidas.
3.3.4.10MétododeRitterouMétododasSecções i)
Secciona-se a estrutura em duas partes.
ii) Escolha uma região da treliça que apresente no máximo três tensões, para gerar um sistema
determinado e proceda a análise das forças e momentos, aplicando o diagrama de corpo livre
(DCL).
iii) Escolha uma região vizinha à primeira secção, onde se tem uma tensão conhecida (encontrada
em ii) e faça novo corte para verificação das forças. Repita esse procedimento até finalizar toda
estrutura.
3.3.5.2Formatos
As treliças mostradas nas figuras 45 a 50 representam a treliça da figura 41, feita em barras de
madeira de dimensões (1,5 cm x 1,5 cm x 50 cm) (ver montagem em 4.3.5.9). No ponto médio
de cada barra é colocado um anel de PVC (tubo PVCE de 75 mm) com largura de 1,5 cm. Esse
anel tem a função de indicar se a barra sofre tração ou compressão.
Figura 43. Barra de madeira com Figura 44. Barra de madeira com pseudo anel
pseudo anel em compressão. sofrendo uma força de tração.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
3.3.5.3 Conforme a figura 46 e apoie a treliça nos pontos A e E. Coloque as massas de 1 kg*
sobre o ponto C e observe em cada pseudo anel o comportamento de barra e coloque na tabela se
é tração (T) ou compressão (C).
Figura 45. Treliça plana – dimensões. Figura 46. Treliça. Apoios em C e E.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
*(pode ser acrescida para gerar melhor visualização nas deformações da treliça.)
3.3.5.4 Conforme a figura 46, apóie a treliça nos pontos C e E. Coloque uma massa de 2 kg (+/-)
sobre o ponto A e observe em cada pseudo anel o comportamento de barra e coloque na tabela se
é tração (T) ou compressão (C).
Tabela 3.3.5.2 Dados das Trações entre os Pontos C e E
Barras AB AC BC BD CD CE DE
Tipo de tensão
3.3.5.5 Conforme a figura 17 e apóie a treliça nos pontos A e E. Coloque uma massa de 2 kg
sobre o ponto B e observe em cada pseudo anel o comportamento de barra e coloque na tabela se
é tração (T) ou compressão (C).
Figura 47. Treliça plana A – montagem 2. Figura 48. Treliça plana A – montagem 3.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
Tabela 3.3.5.3 Tipos de Tensões
Barras AB AC BC BD CD CE DE
Tipo de tensão
3.3.5.6 Conforme a figura 48 e apóie a treliça nos pontos A e E. Coloque uma massa de 2 kg
sobre o ponto C e observe em cada pseudo anel o comportamento de barra e coloque na tabela se
é tração (T) ou compressão (C).
Figura 49. Treliça plana A – montagem 4. Figura 50. Treliça plana A – montagem 5.
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
4.3.5.7 Meça a massa de cada barra, na figura 45 (ou pese a treliças e divida seu peso pelo
numero de barras, desconsiderando o peso dos nós), e coloque na tabela abaixo as coordenadas
dos centros de massa (CM) de cada barra da treliça. (responda a questão 9).
3.3.5.8 A figura 51 mostra uma torre feita de madeira. Duas das laterais paralelas são feitas de
treliças planas (de palitos de picolé) e as outras duas laterais apresentam apenas barras (palito de
picolé) conectadas na horizontal, formando quadrados. Aplique duas forças nas laterais
superiores da torre e verifique o comportamento. Discuta com os colegas suas conclusões.
Figura 51. Ação de forças horizontais em estruturas. Uma simulação forças laterais.
Fonte: Arquivo pessoal.
3.3.6 Questionários
1) Ao Aplicar as cargas nos pontos mencionadas nos procedimentos 4.3.5.3 ao 4.3.5.6 alguma
das barras modificou o comportamento das tensões? Quais? Tente explicar o que acontece.
2) Em qual (is) situação (ões) as reações nos apoios são iguais? Por quê?
4) Observando o formato dos anéis, faça o diagrama de corpo livre para cada ponto da treliça
para a montagem representada pela figura 46.
5) Sabendo que cada barra da treliça é igual a 50 cm, calcule as reações em cada apoio na
montagem representada pela figura 46.
6) Coloque as massas, conforme a figura 49 e verifique os valores mostrados pela balança. Que
conclusões pode-se ter em relação à questão anterior?
7) O que deve ocorrer se for colocado uma massa de 1 kg (ou mais) em um dos anéis, conforme a
figura 50? Esse procedimento é correto? Justifique.
8) Mostre no diagrama de corpo livre que quando há dois apoios fixos a estruturas se torna
estaticamente indeterminável.
9) Onde deve está o centro de massa da treliça? Anote os dados na tabela 5. Considerações: o
comprimento de cada barra é de 50 cm e o ponto A está na origem.
10) Qual deve ser o momento de inércia na treliça da figura 45 em relação ao ponto A? Qual o
momento, em relação ao ponto E, causado pelo peso próprio da estrutura na mesma figura?
3.3.7Esquemabásicodemontagemdatreliça
Montagem:
i) Fure nas extremidades da madeira e parafuse os anéis formando a peça conforme a figura 41.
1) Projete uma treliça plana de aço, secção cilíndrica de diâmetro 2 mm, contendo sete nós e
barras de densidade uniforme, onde deverá ser colocada entre dois pilares, a uma distância de 6
metros.
A densidade do aço é 7860 kg/m³. Desconsidere a massa de parafusos e dos conectores.
Calcule: a) a massa total da estrutura. b) as reações nos apoios se o centro de massa estiver no
centro geométrico. c) quais barras sofrem tração e compressão devido o peso da própria estrutura?
d) Quais os valores das trações e compressões?
(Problema) Se a treliça da figura 49 fosse de aço e recebesse mais 8 nós, nas mesmas proporções
geométricas e bi apoiada, a) qual deveria ser a quantidades de reações? b) As quantidades de
barras necessárias? Qual a metragem total de barras utilizadas? Seria possível estabelecer o
equilíbrio estático? Justifique as condições.
3.4 Visual Barras – Tutorial para Cálculo e Análise de Estruturas.
Para auxílio dos cálculos, depois de verificada a aprendizagem dos alunos, é sugerido neste
Roteiro a utilização do Visual Barras. É um software gratuito utilizado para cálculo de estruturas
metálicas. O programa é de uso técnico mas por apresentar uma interface amigável e exigir
poucas propriedades físicas nos computadores, pode ser utilizado para fins didáticos.
Desenvolvido por bolsistas de engenharia e arquitetura da Universidade de Passo fundo (UPF) no
programa de
apoio FAPERGS, encontra-se disponível no site: HTTP://www.etools.upf.br.
Ao clicar em “ler arquivos de dados” podem ser visualizadas estruturas pré projetadas. Para
executar um novo projeto deve-se trabalhar no modo interativo.
3.4.1 Iniciando um projeto
Clicando na opção treliça plana, poderá iniciar o processo de elaboração da treliça. (recomenda-
se aqui para o aluno ter em mão o projeto da estrutura a ser montada).
3.4.4 Materiais
Escolhido (s) o(s) material (is), escolha a seção do material, entre circular e retangular. Para
circular será solicitado o valor do diâmetro, para retangular, será solicitado o valor da altura e da
largura.
3.4.5 Coordenadas
Ao clicar em gravar informações, será aberta a nova aba, solicitando as coordenadas.
Figura 55. Configurando os nós no VB.
Fonte: Dados da pesquisa.
Nesta opção deve ser escolhida a quantidade de nós. Depois será solicitado para inserir as
coordenadas de cada nó. Clique em gravar as coordenadas. Será então aberta nova aba
“elementos”.
3.4.6 Barras
Nessa tela é gerado um pequeno gráfico (tela preta) onde são apresentadas as posições dos nós.
Clicando em confirmar, abrirá uma tabela onde serão inseridas as ligações de Cada elemento
(barras rígidas), ou seja, quando é escolhido um elemento, por exemplo, a barra 2, nó i = 2 e nó j
= 4, significa que a barra 2 liga as coordenadas do ponto 2 ao ponto 4. Confirme os dados e abrirá
a próxima aba “apoios”.
Figura 56. configurando apoios no VB.
Fonte: Dados da pesquisa.
3.4.7 Apoios
Os apoios são fixos e móveis, conforme discutido na seção 4.2.4.2.6 desse roteiro. Quando uma
estrutura apresenta dois apoios um deverá ser fixo e outro móvel, ou seja, um apoio permite
pequenos deslocamentos numa determinada direção. No VB, uma barra pode sofre deslocamento
e x e não permitir deslocamentos em y, para isso, o programa exige que dx=0 (permite
deslocamento na direção de x) e dx=1 ( não permite deslocamento em x).
Figura 58. Inserindo apoios no VB.
Fonte: Dados da pesquisa.
3.4.9 Análises dos resultados. Podem ser analisadas as variações elásticas ocorridas nas direções
axiais das barras, as reações nos apoios, os esforços de tração ou compressão.
Figura 61. Análise dos dados no VB.
Fonte: Dados da pesquisa.
3.4.11 Conclusão:
Existem diversos problemas em estática e problemas de física geral, como os problemas que
envolvem um corpo suspenso por dois cabos, que podem ser analisados pelo VB. A partir do
módulo de elasticidade e propriedades geométricas, podem ser idealizadas várias estruturas de
madeira, de aço, ferro, etc. Com uma interface relativamente amigável, diversos profissionais
podem ser treinados e posteriormente utilizar o software na elaboração e análise de estruturas.
Serralheiros poderão utilizar o programa na confecção de pequenas estruturas (currais, cancelas,
grades, etc), carpinteiros poderão utilizar para cálculos de pequenas peças de madeira
emestruturas simplificadas, ou outros profissionais na análise simplificada de pequenas estruturas.
O software representa uma ferramenta adicional que pode contribuir para qualificação dos
profissionais citados acima e se torna significativo no ensino por relacionar claramente elementos
utilizados no cotidiano com estruturas padronizadas. Os autores também advertem a utilização
desse software para cálculo de vários modelos estruturais, onde deverão ser acompanhados por
profissionais qualificados.
3.4.13 Questionário
4) Qual deve ser o diâmetro mínimo para que cada barra venha suportar os esforços solicitados?