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Universidade Federal de Minas Gerais

Escola de Engenharia
Depto. de Engenharia de Materiais e Construção

Autor: Giulliano Polito


OBJETIVO

Saber especificar o melhor sistema de pintura para


cada caso;

Saber identificar a causa das principais Patologias em


sistemas de pintura.

Via de regra, engenheiro não conhece pintura.

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CONCEITO

Pintar significa:

proteger e embelezar.

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QUALIDADE
Os Principais fatores que influenciam a
qualidade da pintura são:

„ Qualidade da tinta: Deve-se garantir que as tintas


permanecerão firmes e aderidas ao substrato
mantendo por um determinado tempo, as
propriedades essenciais

9
QUALIDADE
Os Principais fatores que influenciam a
qualidade da pintura são:

„ Preparação das superfícies: Sem a correta


preparação da superfície nenhuma pintura terá bom
desempenho

10
QUALIDADE

Os Principais fatores que influenciam a


qualidade da pintura são:

„ Qualidade da Mão de obra: Quando as tintas não


são corretamente aplicadas todas suas características
ficam prejudicadas.

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Componentes

Pigmento
Resina
Solvente
Aditivos

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Qualidade da Tinta
Ao variar a quantidade e o tipo de resina,
pigmento, porção líquida e aditivos, podem
criar uma vasta variedade de tintas
O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e
a qualidade de óxido de titânio são os três
indicadores da qualidade de uma tinta.

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Qualidade da tinta
Quanto maior a porcentagem
de sólidos em volume, não
em peso , na tinta, maior
espessura da película
Quanto maior a quantidade
de pigmento e ligante,
melhor será a qualidade da
tinta.

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COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMA
Qualidade TINTA LÁTEX

da Tinta 27% 26% PIGMENTO


8% 9%

65% 65% RESINA

ÁGUA,
Tinta com brilho Tinta semi-brilho
ADITIVOS
E CARGAS

23% 20%
12% 15%
65% 65%
Tinta acetinada Tinta fosca
para interiores

16% 6%

19% 19%

65% 75%

Tinta fosca para Tinta fosca para


interiores de interiores de
baixa qualidade baixa qualidade 15
e preço
TINTA LATEX
Qualidade
Alta Qualidade Baixa Qualidade
da Tinta
Resina e Pigmentos Resina e Pigmentos

Líquidos
Líquidos E
E Aditivos
Aditivos

Espessura do filme
antes da seca gem

Espessura do filme após da seca gem

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Qualidade da tinta
Variáveis para formulação de tintas
Variáveis da formação Mudança Benefícios
Espessura do filme Cobertura e
Teor de sólidos
seco durabilidade
Retenção da tinta,
resistência à
Porosidade e
Pigmento: proporção com a resina desintegração ( perda
integridade do filme
de pigmento, etc) e à
formação de trincas
Fungicida
Viscosidade, fluidez Cobertura, aparência e
Modificação Reológica
estruturação do filme durabilidade
Adesão, resist6encia à
chuva, flexibilidade,
Tipo de resina
resistência aos álcalis e
à radiação UV.
Nível de TIO2 Opacidade Cobertura
Tinta com alta
resistência à
Seleção de Carga Durabilidade
desintegração ( perda
de pigmento, etc.) 17
Pigmento
São materiais insolúveis, geralmente com
grande finura, sendo sintéticos ou naturais, que
dão cor e poder de cobertura à tinta.
O dióxido de titânio, pigmento branco, é o
mais empregado na formulação das tintas, é um
dos ingredientes que melhora a qualidade da
tinta, garantindo alto poder de cobertura,
alvura, durabilidade, brilho e opacidade.

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Pigmento
Os “extenders” ou “cargas” também são
pigmentos, inertes como o carbonato de cálcio,
silicatos de magnésio e de alumínio, sílica, etc.,
que são adicionados às tintas de modo a dar
volume, sem acrescentar praticamente nada em
seu custo.

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Pigmento

Os pigmentos Podem ser:

Orgânicos

Inorgânicos
20
Pigmentos Inorgânicos

Cargas
Pigmentos verdadeiros
„ Dióxido de titânio
„ Óxido de ferro

„ Azul de Prússia

„ Óxido de zinco

„ Negro fumo, etc.

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Pigmentos Orgânicos

Monoazóicos
Vermelho toluidina
Vermelho paraclorado
Laranja de dinitroanilina

São suscetíveis a desbotamento quando expostos


ao sol
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Resina
É um material ligante ou aglomerante,
normalmente um polímero, não volátil,
também chamado de “veículo sólido” que fixa,
junta e faz aderir as partículas do pigmento,
dando integridade à película de pintura.

23
Resina

Propriedades da tinta como dureza,


resistência a abrasão, resistência a álcalis,
retenção de cor, brilho, flexibilidade do filme
e, adesão são governadas basicamente pela
resina.

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Resina
É interessante ressaltar que mais de 90% das
tintas `a base de solvente usam resinas
alquídicas (reação de álcools polihidricos,
como os glicols e a glicerina, adicionando-se
ácidos orgânicos como o maleic e o sebaic)
como aglomerante

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Resina
Este aglomerante, explicando de outra maneira,
é composto por resinas modificadas com óleos
vegetais, como o de linhaça e de tungue que
secam rapidamente e formam uma película dura
Por isso uma boa especificação começa pela
escolha da resina

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Propriedade Resistência a Dureza Estabilidade Cores Custo
Luz solar Ambientes Abrasão Atmosfera Álcalis Solventes ao calor relativo
Úmidos ou ácida
imersão

Hidrocarbonetos 1 5 2 5 3 0 1 0 limitada 1,00

Nitrocelulósicas 2 1 2 2 2 1 1 0 todas 1,90

Borracha clorada 2 5 3 5 3 0 2 1 muitas 3,80

Borracha clorada/ 3 2/3 2 2/3 2 0 1 2 todas 2,80


alquídicas amarela

Vinílica / 3 3 2 3 2 2 1 2 todas 3,90


alquídica amarela
levemente

PVC 3 5 3 5 3 2 2 3 todas 5,50


copolimerizado

PVC 3 5 5 5 5 2 2 4 restrições 6,00

Vinil / acrílica 4 4 3 4 4 2 2 3 todas 5,20

Acrílica 5 3 3 3 4 2 2 3 todas 4,60

Epóxi poliamida 2 4/5 4 4 3 4 3 4/5 restrições 6,60

Epóxi poliamina 2 4/5 5 5 5 5 4 4/5 restrições 7,00

Poliuretano aromático 2 3 5 4 5 5 4 4/5 restrições 7,00

Poliuretano alifático 5 3 5 5 5 5 4 4/5 todas 10,40

Legenda 5 = Excelente 4 = Muito bom 3 = Bom 2 = Regular 1= Insuficiente 0 = Não indicado


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Solvente
Com diferentes funções, dependendo do tipo da
tinta, mantém os pigmentos e as resinas
dispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou
com baixa viscosidade, tornando a tinta fácil
de aplicar.

28
Solvente
Após a aplicação da tinta , a porção líquida
evapora totalmente e deixa atrás uma película
de pigmentos estruturada com a resina.
Normalmente não reagem com os constituintes
da tinta.

29
Solvente

Eles estão presentes nas tintas com duas


finalidades.

Solubilizar a resina

Conferir viscosidade adequada à aplicação

30
Solvente
A solubilização da resina é necessária para que
haja um melhor contato da tinta com o
substrato, favorecendo a aderência.

31
Solvente
Normalmente , são utilizadas composições de
solventes com diferentes pontos de ebulição, de
maneira que os solventes “mais leves” formam
a película logo após a aplicação, evitando o
escorrimento, e os “mais pesados” possibilitam
a correção de imperfeições como marcas de
pincel e crateras.

32
Solvente

Características gerais:
Incolores
Voláteis, sem formação de resíduos
Quimicamente estáveis, não se alterando no
armazenamento

33
Solvente

Características gerais:
Neutros (não devem reagir com os demais
componentes da tinta)
Inodoros ou de odor fraco ou agradável
Estáveis, com propriedades físicas constantes.

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Solvente
Os solventes mais utilizados são :
Hidrocarbonetos
„ Alifáticos (poder de solvência e volatilidade baixo
devido seu alto peso molecular)
„ aromáticos (forte poder de solvência e odor. São
eles: benzeno, tolueno, etc.).

35
Solvente
Os solventes mais utilizados são :
Oxigenados
„ Caracterizado genericamente por ser hidrosolúveis.
São eles: Álcoois, ésteres, cetonas e os glicóis

36
Solvente
Limites de tolerância.
A água é o único solvente absolutamente sem
perigo, como porém, muitas substâncias não se
dissolvem na água
Em função do perigo potencial que eles
representam fixaram limites de tolerância diária

37
Solvente
Limites de tolerância.
Entre eles alguns são poucos nocivos, como o
etanol e a acetona. Outros como o benzeno, o
dissulfeto de carbono e o sulfato de dimetila,
são extremamente perigosos

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Aditivos
Combinam-se aos componentes primários, de
modo a incrementar a performance da tinta.
Os aditivos variam, de preservativos (que
impedem que a tinta estrague ao ser estocada na
prateleira) aos fungicidas (que evitam o
crescimento de colônias de mofo na superfície
da película aplicada).

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Aditivos
As SÍLICAS garantem a homogeneidade do
revestimento, evitando o surgimento de
fissuras e outros tipos de deformação, seus
principais benefícios são: alto poder de
fosqueamento, alta porosidade, consistência,
fácil dispersão e qualidade de filme,
proporcionando excelente resistência a riscos e
manchas.

40
Tipos de Tintas

Existem duas classificações básicas para


tintas:

À base de óleo ou solventes

À base de água

41
Tintas à base de óleo

Vantagens

Proporciona melhor cobertura na primeira


demão

Adere melhor a superfícies que não estão muito


limpas

42
Tintas à base de óleo

Vantagens
Tempo de abertura maior (espaço de tempo em
que a tinta pode ser aplicada com pincel antes
de começar a secar)

Depois de seca apresenta maior resistência à


aderência e a abrasão

43
Tintas à base de óleo

Desvantagens
Em aplicações externas tendem a oxidar
fazendo com que a película fique quebradiça

Em aplicações internas costuma ocorrer o


amarelamento

44
Tintas à base de óleo

Desvantagens
são mais difíceis de aplicação que as
formuladas com látex
não devem ser aplicadas diretamente sobre
reboco e superfícies metálicas galvanizadas ,
Em ambos os casos haverá a saponificação do
filme.

45
Tintas à base de óleo

Desvantagens
Não devem ser aplicadas sobre superfícies com
características alcalinas e, mais
especificamente, sobre aquelas que não se
apresentem totalmente curadas
Por utilizar óleos vegetais pode favorecer o
aparecimento de fungos

46
Tintas base água

Vantagens
Melhor flexibilidade a longo prazo
Maior resistência a rachaduras e lascas
Maior resistência ao amarelecimento
Melhor resistência ao desenvolvimento de mofo

47
Tintas base água

Vantagens
Exala menos cheiro
Pode ser limpa com água
Não é inflamável
Maior variedade de cores
Retenção de brilho

48
Tintas base água

Tintas à base de PVA

Tintas à base de acrílico

49
Tintas à base de Acrílico
Oferece em relação ao látex maior resistência:
„ Ao amolecimento por gordura
„ Ao descascamento
„ À formação de bolhas
„ Ao crescimento de algas e fungos
„ À formação de manchas por água, mostarda,
molho de tomate, café

50
Tintas à base de Acrílico
Oferece em relação ao látex maior resistência:

„ Aosprodutos de limpeza doméstica


„ Manutenção de cor

„ Adesão em condições úmidas

51
Óleo X Água

As tintas à base de PVA oferecem


mais qualidades para fins externos
que as tintas à base de óleo

52
Óleo X Água
Tabela comparativa da performanceara avaliação de tintas de qualidade
ÓLEO LÁTEX
Adesão excelente. O ferecem elh or
Adesão excelente em todo tipo d e
adesão que as de látex quando
Durabilidade superfícies, oferecendo melhor
pintad as sobre superfíc ies
elasticidad e que as tintas à base de óleo
padronizadas
Nã o são melhore s que as lá tex. A
Retenção de Grande resistência contra a deterioração
pelícu la pode se degradar e m
cor da p elícula, quand o exposta à luz solar.
contato com o sol
São mais difíceis de aplicar, pois é
Facilidade de Mais pesada. No e ntanto, com
São mais fáceis de aplicar
aplicação apenas uma de mã o, oferecem maio r
cobertra
Sendo formad as á base de óleos Oferecem pouc as cond iç ões ao
Resistência ao vegetais, fornecem nutrientes para o cres cimento de c olô nias de mofo. O uso
mofo cre scimento ou d esenvolvimento do de fungicidas inibe o crescimento do
mofo. mofo.
Podem ser ap licad as na maioria das
superfícies,meno s em superfícies
cujo aglomera nte seja o cimento
portland, como concreto, emb oços e Podem ser ap licad as praticamen te sobre
Versabilidade rebo cos tradiciona is . Dever-se-á todo tipo de superfície. Sugere-se u sar
aplicar um p rotetor pen etrante para primer antes
isolar a s uperfície. Não podem ser
aplicadas diretamente sobre
superfícies ga lva nizadas
Só é possível com solventes
Limpeza deriva dos de petróleo, como xilol, Lavam-se apen as com água
toluol e e tc.
Tempo de 53
de 8 a 24 horas 1 a 6 horas, p ermitind o repintura
secagem
Qualidade das tintas

Características de aplicação

C aracterística Benefício
Excelente alastramento e nivelamento Suavidade da aplicação e boa aparência
Aparência, rapidez de aplicação,
Capacidade superior de cobertura necessidade de menos demãos

Não respinga quando aplicada com rolo Facilidade de limpeza e rapidez no trabalho

54
Qualidade das tintas

Característica de resistência x qualidade Tintas


Interiores
Característica Benefício
Alto grau de adesão Menor possibilidade de formação de
bolhas, descascamento, maior resistência a
umidade e a lavagem
Resistência a abrasão Maior resistência a limpeza
Resistência a polimento Não fica brilhante quando polida ou limpa
Não absorve sujeira e maior facilidade de
Resistência a manchas limpeza
Superfícies que não grudam quando se
Resistência a aderência tocam

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Qualidade

Característica de resistência x qualidade Tintas


Exteriores
Característica Benefício
Alta adesão Menor possibilidade de formar bolhas ou
de descascar

Menor desbotamento, menor escurecimento


Resistência a calcinação da superfície e baixa taxa de erosão
Resistência a mofo (bolor) e algas Impede o crescimento de fungos ou algas
Retenção de cores Manutenção da cor e a aparência
Resistência alcalina Resiste à deterioração em alvenaria fresca
Não aderência de partículas de sujeira em
Resistência a sujeira suspensão no ar
56
Aplicação
Não muito frio

5° C é a temperatura mínima de aplicação para


a maior parte das tintas à base de água ou de
solvente, seja em relação à superfície a ser
pintada ou ao ambiente.

57
Aplicação
Não muito quente
Temperaturas muito elevadas podem fazer com que a
tinta seque rápido demais, comprometendo a
durabilidade da pintura. Evite pintar sob as seguintes
condições
„ Temperatura do ar ou da superfície superior a 30° C
„ Luz do sol direta, principalmente ao usar cores escuras
„ Baixa umidade

58
Substratos
Propriedades das superfícies

„ Permeabilidade
„ Porosidade

„ Resistência a radiações energéticas

„ Plasticidade / fragilidade

„ Reatividade química

59
Substratos
Alvenaria são via de regra porosos, absorvem e
podem reter água, desenvolver e abrigar fungos
e possuem comportamento alcalino
Madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem
decomposição superficial sob efeito dos fungos
e das radiações solares

60
Substratos
Metais são basicamente as ligas ferrosas, são
altamente sensíveis à corrosão quando em
contato com a umidade, o oxigênio e os
elementos poluentes

61
Substratos

Propriedade das superfícies


SUPERFÍCIES
PROPRIEDADES
ALVENARIA MADEIRA METAIS
Porosidade alta alta nula
Permeabilidade alta alta nula
muito alta para
Retividade química média baixa metais ferrosos
Resistência a radiações solares alta baixa alta
sensibilidade à
Caracterísitca básica peculiar alcalinidade higroscopia corrosão

62
Especificação de sistemas de
pintura
Para a correta especificação do sistema de
pintura adequado devemos levar em conta o
regime anual de chuva, a agressividade do
ambiente e a exposição às intempéries.

63
Especificação de sistemas de
pintura

Regime anual de chuvas


Regime anual de Exemplo de
Classificação chuvas cidades brasileiras
baixo Mais de 6 meses secos Teresina, Fortaleza
Belo Horizonte, Cuiabá
médio de 4 a 5 meses secos Goiania
Belém. Manaus, Rio
de janeiro, São Paulo
Porto alegre, Curitiba,
elevado até 3 meses secos Florianópolis, Salvador

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Especificação de sistemas de
pintura

Agressividade ambiental

Classificação Atmosfera
Baixa Área não industrial (rural e urbana)
Média Área semi-industrial

Elevada Área industrial e marítima

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Especificação de sistemas de
pintura

Agressividade ambiental
Grau de Ambiente Ambiente
agressividade externo Interno
área afastada da orla marítima ( mais de 10km), Ambientes secos, bem ventilados, de
Fraco não industrial e com regime de chuva médio edifícios residenciais e comerciais
área próxima à orla marítima,urbana ou Ambiente com possibilidade de condensação
1 semi-industrial, com regime de chuva médio de umidade, como cozinhas e
Moderado área afastada da orla marítima,urbana ou semi- banheiros, ou com pouca necessidade
industrial, com poluição artmosférica média, de limpeza de superfície
2 mas afastada de fontes de poluição

1 área dentro da orla marítima( até 3km), não


industrial, com regime de chuva intenso
Ambiente frequentemente submetido à
umidade e condensação elevada

Intenso 2 área industrial, com poluição atmosférica elevada


ou com necessidade de limpeza
freqüente das superfícies
área dentro da orla marítima ( até 3km) e com Ambiente industrial e/ou com umidade e
Muito intenso elevada poluição atmosféria condensação elevadas

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Sistemas de acabamento
Escolha do sistema de pintura
Tipo de Grau de Tipos de pinturas
ambiente Acrílica Vinílico Esmalte Silicone
agressividade T B F B F B F A A S Cal Cimento

Fraco R R R X X R R R R R X R
1 R R X - - R X R R R X R
Moderado
2 R R X - - R R R R R - -
Interno Externo

1 R X - - - X - - R R X R

Intenso 2 R X - - - X - - R R - -

Muito intenso X - - - - - - - - R - -

Fraco R R R R R R R R - - - R
Moderado R - - - - R R R - - - R

intenso - - - - - R - - - - - R

R – Recomendável X – Recomendável até dois pavimentos T - Texturizado


A- acetinado B – Brilhante F -Fosco 67
Característica dos sistemas

Desempenho dos sistemas de pintura (A)


Borracha Epóxi Epóxi Epóxi
CARACTERÍST ICAS Óleo Acrílico Clorada Vinílica poliamina poliamida betuminoso
Dureza Baixa Média Média Média Alta Alta Alta
Flexibilidade Alta Média Média Média édia Média alta Média alta
Resistência à abrasão Baixa Média Média alta Média alta Alta Alta Alta
Resistência a álcalis Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta
Resistência à água Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta

Resistência à temperatura até 90ºC até 100ºC até 70ºC até 65ºC até 120ºC até 130ºC até 120ºC
Preparação mínima da Limpeza
1/ 2 1/ 2 1 /2
super fície mecânica sobre fundo Jato Sa2 Jato Sa 2 Jato Sa 2 Jato Sa 2 Jato Sa2

Resistência às intempéries Média Alta Média alta Média alta Média baixa Média baixa Média baixa
Resistência a solventes Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Alta Média baixa
Espessura µm/demão 30/40 30/40 35/75 25/70 50/150 50/150 150/250
Ressitência a ácidos Baixa Média Alta Alta Média baixa Média baixa Alta

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Característica dos sistemas

Desempenho dos sistemas de pintura (B)


Alquídic a Epóx i r ico Silic at rico
CARACT ERÍST IC AS fe nolad a Poliu retano em zin co em Zn Alqu ídica Silicone
Dureza Média Alta A lta Alta Média baixa Média alta
Flexibilidade Média alta Média alta Média Baixa Média alta Média
Resistência à abr asão Média Alta A lta Alta Média baixa Mé dia baixa
Resistência a álcalis Média Alta B aixa Baixa B aixa Média alta
Resistê ncia à água Alta Alta A lta Alta B aixa Alta

Resistência à tem peratur a até 120ºC até 120ºC até 250ºC até 400ºC até 105ºC até 600ºC
P repar ação mínim a da
superfície Sobre fundo sobre fundo Jato S a 3 Jato Sa 3 Limpeza mecânic a Jato S a 2

Resistência às inte mpéries Alta Alta(* ) Média alta Média alta Média alta Alta
Resistênc ia a solv entes Média baixa Alta A lta Alta B aixa Mé dia baixa
E spessur a µ m/ demão 30/40 30/ 80 70/80 75 30/40 20/ 25
Ressitência a ácidos Média alta Alta B aixa Baixa Média baixa Média

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Ensaios de uniformidade
MÉTODO S
DETERMINAÇÕES TO LERÂNCIA DE
TINTAS VERNIZES VARIAÇÃO
Material não volátil
(105º) ASTM D-2369 ASTM D-1644 ± 2%
Sólidos NBR - 8621 - ± 2%
Pigmentos NBR - 9944 - ± 2%
Dióxido de titãnio ASTM D-4563 - ± 2%
Devem apresentar
espectrogramas de
Espectroscopia de mesmas
infraver melho ASTM D-2621 ASTM D-2621 características
Massa específica NBR-5829 NBR-5829 ± 0,1%
Viscosidade ASTM D-562 ASTM D-562 ± 5%
70
Ensaios de desempenho
ESMALTE
Ensaio TINTAS LATEX SINTÉTICO
n. º PROPRI EDADES MÉTODOS LISO TEXTURIZADO ÓLEO VERNIZ SILICONE EX IGÊNCIAS
1 Poder de cobertura Proj. ABNT 2.02. 29-012 I .E I .E I.E - - Tolerância de variação em
2 absorção de água Proj. ABNT 2.02. 29-18 I .E I .E - - I.E relação ao valor indicado
3 evaporação de água Proj. ABNT 2.02. 29-17 I .E I .E - - I.E pelo fabricante
4 Resistência à água ASTM d870 - AS TM D 1647 I .E I .E I.E I(* ) - Não deve apresentar alterações
5 Resistência a Alcalis ASTM D 1647 I .E I .E I.E I(* ) - visí veis a olho nu nem
Resistência a Agentes Químicos deterioração da pelicula
6 de uso doméstico ASTM D 1308 I I I I -
7 Resistência à ef lorecência Proj. ABNT 2.02. 29-005 I .E I .E - I .E I.E
não deve apresentar falha na
pelícla após 3000 ciclos de
8 Resistência a la vabilidade Proj. ABNT 2.02. 29-006 I I I - - ensaio
Resistência ao desenvolvimento Proj. ABNT 2.02. 29-011 ou Baixa f requência de
9 de fungos ASTM D 3273 I .E I .E I.E I .E - empolamento
10 Resistência ao E mpolamento ASTM D 2366 - - E E* * - classificação 38
tensão de arrancamento
Fita adesiva ASTM D 3359 I .E - I.E - - 1,on/mm2
Não deve apresentar
11 Aderência arrancamento ABNT D 2.02.29-008 - I .E - - - bolhas,fissuração
Resistência à
variação de umidade alteração de cor, ou
12 3ciclos ASTM D 3469 - - I** I* * - descolamento de pelí cula
Weather-o-
metas(1000h) ASTM G-26 E E E E E
Envelhecimento C. V.U.B .
13 acelerado (500h) ASTM G-53 E E E E E
14 Envelhecimento Natural ( 1 ano) Proj. ABNT 2.02. 23-014 E E E E E
15 Ensaio de Névoa Salina (200h) * ** ASTM B-117 - - E - - Baixo grau de f errugem

* apenas para substr atos à base de cimento


** apenas em sustr atos de madeir a
** * apenas indicado par a substratos metálicos, em ambiente marítimo ou salino
I - Interno
E - Exter no
71
Conhecendo a qualidade de sua
tinta
Os testes mais representativos são os de:
lavabilidade, cobertura úmida, cobertura
seca e porosidade.

72
Conhecendo a qualidade de sua
tinta
A tinta de melhor cobertura pode ser observada
a olho nu, principalmente sobre a tarja preta.

73
Conhecendo a qualidade de sua
tinta

74
Conhecendo a qualidade de sua
tinta
O teste de porosidade, deixando cair sobre a
cartela uma corrente de água com o uso de um
conta-gotas, por exemplo. As tintas de baixa
qualidade têm maior porosidade e
conseqüentemente absorvem mais água,
fazendo com que a cobertura diminua e
deixando transparecer o substrato

75
Conhecendo a qualidade de sua
tinta
O teste de lavabilidade pode ser realizado
friccionando um pedaço de gaze cirúrgica
úmida sobre as tintas aplicadas na cartela de
extensão

76
Patologias – fatores envolvidos

Este trabalho reuniu 30 Patologias de


pinturas, suas causas e soluções. Por limites
de tempo apresentaremos apenas alguns.Os
demais estão disponíveis no trabalho escrito.

77
Patologias – fatores envolvidos

Baixa adesão a metais galvanizados


A tinta não adere à superfícies de metal galvanizado.

78
Patologias – fatores envolvidos
Baixa adesão a metais galvanizados
Possíveis Causas
• Incorreta preparação da superfície
• Falha na aplicação do selador antes de
aplicação de tinta
• Não lixar corretamente superfícies de
acabamento esmaltado ou brilhoso antes da
pintura.
•Reatividade do zinco com as resinas
79
Patologias – fatores envolvidos
Baixa adesão a metais galvanizados

Soluções
• Eliminar pontos de ferrugem
• No caso de usar tintas base óleo ou látex vinílico
em superfície bruta, a aplicação de um selador se
torna fundamental.
•Em re-pintura retirar todo a tinta e aplicar o primer

80
Patologias – fatores envolvidos
Bolhas
Esse problema, geralmente é resultante de perda
localizada de adesão e levantamento do filme da
superfície.

81
Patologias – fatores envolvidos
Bolhas
Possíveis Causas
• Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre
uma superfície úmida ou molhada.
• Umidade infiltrando através de paredes externas
(menos provável com tintas base água).
• Superfície pintada exposta à umidade, logo após
a secagem, principalmente se houve inadequada
preparação da superfície.
82
Patologias – fatores envolvidos
Bolhas
Soluções
• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as,
raspando e lixando as regiões comprometidas e
repinte com tinta acrílica.
• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de
umidade, raspe e lixe o local e aplique um selador
antes de aplicar a tinta.
• Considere a possibilidade de instalar, um
exaustor no ambiente. 83
Estudo de caso
Patologias sobre rebocos

•Emboços, rebocos e concreto aparente


caracterizam-se por sua alcalinidade, friabilidade e
propensão a absorver e reter a umidade.
• A alcalinidade é usualmente, derivada da cal
no revestimento ou propriamente do concreto
aparente pela hidratação do tricálcio .

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Estudo de caso
São exatamente estes álcalis, a fonte de todos os
problemas entre os substratos e a pintura com resinas
sensíveis aos álcalis.
Na presença de umidade, os álcalis atacam os grupos
éster da resina das tintas à base de óleo ou as
alquídicas, quebrando a ligação éster e formando o
conhecido sabão.
Chama-se saponificação ou hidrólise induzida por
álcalis.

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Estudo de caso

Chama-se saponificação ou hidrólise induzida


por álcalis.

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Estudo de caso
O O
Ág ua
C O CH + NaO H + H 2 O C O CH

“Ligação” éste r Hidróx ido de O H-


na re sina da sódio
pe lícula da tinta
O

C O CH
O H-

O
-
C OH + O CH

O
-
C O Na OH CH

Re sina Re síduo
Saponificação do grupo ester Sapo nifica da hidroxila do
(sabão) 87
Estudo de caso
A Friabilidade é muito comum em rebocos que
não apresentam um processo de hidratação
adequado.
Caracteriza-se pela ausência de coesão e
adesão à real superfície do substrato.
Pode ser solucionado aplicando primers do tipo
penetrantes de baixa energia superficial e
reduzida viscosidade.
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Estudo de caso
O que ocorre é que o filme adere na camada superficial
e a área imediatamente abaixo permanece sem coesão
para agüentar qualquer tensionamento.

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Estudo de caso
Eflorescência: Após a construção a água
dissolve estes sais fazendo com que a solução
escorra pelo substrato. Uma vez escorrendo
pelo substrato, seca com facilidade, formando
um filme cristalino ou ficando depositado na
superfície aquele material pulverulento branco.

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Estudo de caso

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Estudo de caso
Quando a película tem uma excelente poder de
adesão,os sais vão se depositando nos poros do
substrato,imediatamente abaixo do
filme,criando uma pressão cristalina que
desintegrará o sistema substrato/revestimento.
Este fenômeno particular é conhecido como
criptoflorescência.

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Estudo de caso

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Estudo de caso
Pintura epóxi

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Estudo de caso
Pintura epóxi
exposta ao sol

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Estudo de caso
Teste prático para bolor

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Estudo de caso
Teste prático para bolor

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