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INTRODUÇÃO

A tosse é um problema de saúde autolimitado quando ocorre de forma aguda, sendo uma grande causa de busca pelo
atendimento farmacêutico em farmácias comunitárias. A tosse é comumente associada a infecções do trato respiratório
superior e normalmente autolimitada, apresentando resolução espontânea em duas semanas quando na sua forma
aguda (KENNEDY; CLYDE, 2008). A prescrição farmacêutica para o tratamento de problemas de saúde autolimitados
deve ser realizada com base nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, pautada em
princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes. O farmacêutico poderá realizar a prescrição de
medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija prescrição médica (CONSELHO
FEDERAL DE FARMÁCIA, 2013a, 2013b)

ACOLHIMENTO DA DEMANDA
Acolher significa receber bem, dar conforto, escutar e tornar-se responsável pelo atendimento da queixa apresentada
pelo paciente, ou no mínimo, auxiliá-lo na escolha do melhor itinerário terapêutico. O farmacêutico deve identificar
situações que requerem intervenção ou necessidade de atendimento rápido do paciente por outro profissional ou serviço
(CFF, 2016). No caso de pacientes com tosse, o farmacêutico deve reconhecer sinais e sintomas que o mesmo
apresenta, e discernir os casos em que medidas não farmacológicas e medicamentos isentos de prescrição são
suficientes para o tratamento daqueles casos em são necessários encaminhamento ao médico.

ANAMNESE

Definição da condição
A tosse é um dos mecanismos de depuração para proteção das vias aéreas com relação à entrada de partículas
procedentes do meio externo.
Ela decorre da estimulação de um sistema arco reflexo complexo, que é iniciado pela irritação dos receptores da tosse
(químicos e mecânicos), que existem no epitélio da laringe e da árvore brônquica proximal (BELVISI; DUBUIS; BIRRELL,
2011; BIRRELL et al., 2009; GRONEBERG et al., 2004; KHALID et al., 2014; MORICE; GEPPETTI, 2004; TREVISANI et
al., 2004). O ato de tossir pode estar sob controle voluntário e involuntário (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2006).
A classificação da tosse é feita de acordo com o tempo de duração, sendo aguda, subaguda ou crônica. A tosse aguda é
aquela com menos de três semanas de duração. A tosse que está presente por mais de três semanas é considerada
subaguda (três a oito semanas) ou crônica (mais de oito semanas) (IRWIN et al., 2006; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2006).

Sinais e sintomas característicos


A tosse é considerada "produtiva” quando é acompanhada por expectoração (expulsão de secreção), e pode ser
considerada “eficaz”, quando as secreções são facilmente expelidas, ou então “ineficaz”, quando as secreções são
difíceis de expulsar. A tosse produtiva é benéfica, na medida em que impede a obstrução do trato respiratório. Assim,
deve ser encorajada e não se deve ser feita nenhuma tentativa de suprimi-la (BASSONS; CACHÁ; FERRE’S, 1993;
BELON, 1995; CORDERO et al., 2001; KENNEDY; CLYDE, 2008).

A tosse é considerada seca quando não existe a produção de secreção, e é causada por estímulos irritantes nos
receptores (BASSONS; CACHÁ; FERRE’S, 1993; BELON, 1995; CORDERO et al., 2001).

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Causas

Asma Resfriado comum / Gripe

Doença do Refluxo Gastroesofágico Neoplasia

Bronquite Rinite Alérgica

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Medicamentos, como IECA

Infecções virais Exposição a alérgenos ou irritantes

Insuficiência Cardíaca Rinossinusite aguda e crônica

Laringite Tabagismo

Pneumonia Corpo estranho


IECA – inibidores da enzima conversora de angiotensina

Estimulantes dos receptores da tosse

Mecanismos químicos (gases) Mecanismos térmicos (ar frio, mudanças bruscas de temperatura)

Mecanismos mecânicos (secreções, corpos estranhos) Mecanismos inflamatórios (asma, fibrose cística)

METAS TERAPÊUTICAS
O objetivo do tratamento da tosse é a redução ou eliminação completa da tosse, melhorando a qualidade de vida do
paciente. Porém, quando as metas do tratamento não são atingidas, ou seja, o tempo de duração da tosse não é
diminuído ou então a tosse não é eliminada após 7 a 10 dias de tratamento, é um sinal de alerta.

ENCAMINHAMENTO
O farmacêutico deve fazer encaminhamento a outros profissionais de saúde ou estabelecimento de saúde sempre que o
paciente apresentar um dos seguintes sinais de alerta:
• Tosse subaguda (3-8 semanas) e crônica (>8 semanas)
• Tosse associada à dispepsia, dor no peito e rouquidão
• Tosse com secreção excessiva, aspecto purulento, fétido e/ou presença de sangue
• Tosse com secreção de aspecto amarelo-esverdeado
• Tosse associada a febre acima de 38°C, persistente por período superior a 24 horas, mesmo sob tratamento
• Tosse seca noturna crônica
• Tosse crônica, associada a sibilância ou chiado
• Ausência de melhora após 7-10 dias em terapia com medicamentos
• Crianças com idade inferior a 2 anos
• Idosos com idade superior a 75 anos ou em situação de fragilidade

PLANO DE CUIDADO
A partir da análise das informações coletadas, o farmacêutico, excluindo os casos de encaminhamento identificados na
anamnese farmacêutica, procederá à seleção de condutas e elaboração de seu plano de cuidado, de forma
compartilhada com o paciente, a fim de atender as suas necessidades e problemas de saúde. O plano de cuidado
envolve a seleção de condutas para promover o alívio ou resolução da tosse, proporcionando bem-estar e manutenção
das atividades da vida diária. O plano contém as ações pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, embasadas nas
melhores evidências disponíveis, e de forma coordenada com o restante da equipe de saúde envolvida no cuidado.
No atendimento da demanda “tosse” são possíveis as seguintes condutas (CFF, 2013a, 2013b):
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• Encaminhamento ao médico ou a outro serviço de saúde;
• Terapias não farmacológicas;
• Terapias farmacológicas;
• Outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente.

Medidas não farmacológicas para o tratamento da tosse


Quadro 1. Tratamentos não farmacológicos da tosse

Conduta Justificativa/Comentários

Mel Apresenta efeito positivo no alívio da tosse noturna, com baixo potencial de risco
para crianças com mais de um ano. Deve apenas ser evitado em crianças
menores que esta idade devido ao risco de botulismo.

A Organização Mundial da Saúde e a Associação Americana de Pediatria


sugerem como um potencial tratamento em crianças pequenas acima de um ano
(0,5 a 1 colher de chá [2,5 a 5 mL], conforme necessário).

Hidratação oral A ingesta hídrica de cerca de 1,5-2 litros de água por dia pode auxiliar na
hidratação pulmonar e consequente formação e expulsão de muco, trazendo alívio
de sintomas e redução no tempo de duração deles (BERARDI et al., 2009).

Elevação da cabeceira A elevação da cabeceira da cama pode auxiliar em casos de tosse produtiva na
da cama expectoração do muco (opinião de especialistas).

Fluidos quentes Fluidos quentes (por exemplo, chá, sopa) auxiliam no alívio da tosse (opinião de
especialistas).

Limpeza nasal Em crianças, a limpeza adequada é recomendada para redução de incômodo


(BERARDI et al., 2009).

Terapia com vapor A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que a terapia com vapor não
deve ser utilizada no tratamento da tosse (WORLD HEALTH ORGANIZATION.,
2001).

Fonte: Adaptado de “Guia de Prática Clínica: Sinais e Sintomas Respiratórios: Tosse”, CFF, in prelo.

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Medidas farmacológicas para o tratamento da tosse

Sedativos da tosse / Antitussígenos Expectorantes / Mucolíticos

• Codeína • Guaifenesina

• Clobutinol • Ambroxol

• Doxilamina • Acetilcisteína

• Dropropizina • Carbocisteína

• Dextrometorfano • Bromexina

• Antihistamínicos • Iodeto de potássio

• Cloperastina

VIDE ANEXO 1.

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS


A tosse aguda tem resolução espontânea, sendo autolimitada na maioria das suas ocorrências, resolvendo-se dentro de
14 dias de duração (BLENKINSOPP; PAXTON; BLEKINSOPP, 2005). Caso o paciente não apresente melhora ou tenha
piora do sintoma, com aparecimento de sinais de alerta ou mais sintomas associados, ele deve ser encaminhado ao
médico (BASSONS, M.; CACHÁ, F.; FERRE’S, I, 1993).

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FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO

Fonte: O autor (2018)


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REFERÊNCIAS

BASSONS, M.; CACHÁ, F.; FERRE’S, I. Protocol d’actuació farmacéutica davant d’una consulta sobre tos Circular Farmacêutica, v.
3, p. 10–14, 1993.
BELON, J. Conseils à l’officineParisMasson S.A, , 1995.
BELVISI, M. G.; DUBUIS, E.; BIRRELL, M. A. Transient receptor potential A1 channels: insights into cough and airway inflammatory
disease. Chest, v. 140, n. 4, p. 1040–7, out. 2011.
BIRRELL, M. A. et al. TRPA1 agonists evoke coughing in guinea pig and human volunteers. American journal of respiratory and
critical care medicine, v. 180, n. 11, p. 1042–7, dez. 2009.
BLENKINSOPP, A.; PAXTON, P.; BLEKINSOPP, J. Symptoms in the Pharmacy: A Guide to the Management of Common Illness.
[s.l: s.n.].
o
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n 586 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.].
o
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n 585 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.].
CORDERO, L. et al. Protocols for minor ailments of the TESEMED project: cough. Pharm Care Esp, v. 3, p. 77–92, 2001.
GRONEBERG, D. A. et al. Increased expression of transient receptor potential vanilloid-1 in airway nerves of chronic cough. American
journal of respiratory and critical care medicine, v. 170, n. 12, p. 1276–80, dez. 2004.
IRWIN, R. S. et al. Diagnosis and management of cough executive summary: ACCP evidence-based clinical practice guidelines.
Chest, v. 129, n. 1 Suppl, p. 1S–23S, jan. 2006.
KENNEDY, E.; CLYDE, J. Responding to Minor Ailments. [s.l.] NHS Education for Scotland, 2008.
KHALID, S. et al. Transient receptor potential vanilloid 1 (TRPV1) antagonism in patients with refractory chronic cough: a double-blind
randomized controlled trial. The Journal of allergy and clinical immunology, v. 134, n. 1, p. 56–62, jul. 2014.
MORICE, A. H.; GEPPETTI, P. Cough. 5: The type 1 vanilloid receptor: a sensory receptor for cough. Thorax, v. 59, n. 3, p. 257–8,
mar. 2004.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. II Diretrizes brasileiras no manejo da tosse crônica. Jornal Brasileiro
de Pneumologia, v. 32, n. (Supl 6), p. s403–s446, nov. 2006.
TREVISANI, M. et al. Antitussive activity of iodo-resiniferatoxin in guinea pigs. Thorax, v. 59, n. 9, p. 769–72, set. 2004.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Cough and cold remedies for the treatment of acute respiratory infections in young
children, 2001.

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Realização:

Coordenação Geral:
GT de Saúde Pública – Conselho Federal de Farmácia

Concepção Pedagógica:
Cassyano Januário Correr
Thais Teles de Souza
Walleri Christini Torelli Reis

Coordenação Pedagógica:
Thais Teles de Souza
Walleri Christini Torelli Reis

Tutoria:
Alcindo de Souza Reis Junior
Aline de Fátima Bonetti
Bruna Aline de Queirós Bagatim
Cínthia Caldas Rios Soares
Fernanda Coelho Vilela
Fernando Henrique Oliveira de Almeida
Inajara Rotta
Livia Amaral Alonso Lopes
Natália Fracaro Lombardi
Wallace Entringer Bottacin

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Quadro 2: Medicamentos utilizados no tratamento da tosse, monoterapias e combinações

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

MONOTERAPIA – TOSSE SECA

Clobutinol* • Solução oral • Crianças de 2-3 anos: 10 • Indicado para tosse seca – • Pacientes com insuficiência renal, • Hipersensibilidade a • Pode ocasionar agitação,

60 mg/ml gotas, 3 x/dia. Redução do quadro de tosse história pessoal ou familiar de epilepsia, qualquer um dos tremores, exantema
• Crianças de 3-6 anos: 10 (ação direta no centro da devem ter precaução no uso. componentes da fórmula pruriginoso, náuseas,
a 15 gotas, 3x/dia. tosse) • Não existem informações de que o • Gravidez vômitos, vertigens,
• Crianças de 6-12 anos: • O cloridrato de clobutinol cloridrato de clobutinol passe para o • Lactação fadiga, sonolência e
15 a 20 gotas, 3x/dia. promove o alívio rápido e leite materno. Entretanto, o produto está • Pacientes portadores de distúrbios
prolongado da tosse irritativa contraindicado durante a gravidez e o uma arritmia rara, gastrintestinais.
• Xarope 4 • Adolescentes e adultos:
sem catarro (tosse seca). período de lactação. conhecida como • Raramente foram
mg/mL – 1-2 copos-medida, 3
• O efeito da administração oral síndrome congênita do observados falta de ar,
frasco 60 ml, x/dia
de cloridrato de clobutinol QT Longo. hipertonia muscular
100 ml e 120
inicia-se dentro de 15 a 30 • Crianças com idade (contração muscular) e
ml
minutos, perdurando por 4 a 6 inferior a 2 anos. convulsões.
horas. • Nos raros casos de
• Não deve ser utilizado em reações alérgicas, foram
crianças <2 anos relatados: angioedema,
urticária e alguns casos
isolados de anafilaxia
(reação alérgica muito
grave, que pode levar à
morte).

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

Dextrometor- • Xarope 15 • Crianças de 2-5 anos: ½ • Indicado para tosse seca - • O produto deve ser administrado com • Hipersensibilidade a • Pode ocasionar
fano mg/5 ml colher de chá (2,5 mL) a Redução importante do quadro cuidado em pacientes com asma ou com qualquer um dos constipação intestinal,
cada 6-8 horas. de tosse. insuficiência hepática, glaucoma, componentes da fórmula dor de cabeça, enjoo,
• Crianças de 6-12 anos: 1 retenção urinária, hipertrofia prostática e • Não deve ser sonolência, dor de
• Boa efetividade no quadro de
colher de chá (5 ml) a obstrução piloro-duodenal. administrado a pacientes estômago, náuseas ou
tosse noturna
cada 6-8 horas. • Recomenda-se cautela em pacientes com risco de desenvolver vômitos

• Crianças acima de 12 diabéticos, pois contém açúcar líquido e insuficiência respiratória
• Em frequência não
anos: 2 colheres das de glicose líquida. • Tosse persistente ou
conhecida pode causar
chá (10 ml) a cada 6-8 h • Não exceder a dose recomendada ou crônica, falta de ar
confusão, excitabilidade,
• Adolescentes e adultos: tomar por mais de 7 dias consecutivo. crônica, doença
irritabilidade, nervosismo
10 mL a cada 6-8 horas pulmonar (incluindo
e síndrome
asma), tosse flegmática
serotoninérgica.
• Crianças com idade
inferior a 2 anos.
• Gravidez e lactação.
• Pacientes com
problemas hereditários
raros de intolerância à
frutose, má-absorção de
glicose-galactose ou
insuficiência de
sacarase-isomaltase não
devem tomar esse
medicamento.

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

Dropropizina • Xarope 15 • Adolescentes e adultos: • Indicado para tosse seca - • Deve ser usada com cautela, visando • Hipersensibilidade a • Pode induzir hipotensão

mg/ 5 ml 1 copo-medida (10 mL), Redução da tosse, ação nos ajustes individuais de doses, em idosos qualquer um dos ortostática, sonolência,
3-4 x/dia. receptores periféricos e em e em pacientes com insuficiência renal componentes da fórmula náusea e eritema.

seus condutores aferentes ou hepática • Pacientes com

envolvidos no reflexo da tosse • Recomenda-se cautela em pacientes insuficiência respiratória


diabéticos, pois contém açúcar grave e hipotensão
• Deve-se evitar seu uso, principalmente • Asmáticos
no 1º trimestre e no final da gestação. • Crianças com menos de
2 anos de idade
• Não deve ser
administrada a mulheres
que estejam
amamentando, pois
poderá passar para o
leite materno.

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

• Xarope 7,5 • Crianças de 3 a 12 anos:

mg/ 5 ml 1 copo-medida (10 mL),


3-4 x/dia.

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

Cloperastina • Suspensão • Crianças até 12 anos de • Indicado para resolução da • Em crianças utilizar sempre a dose • Hipersensibilidade a • Incomum: boca seca e
oral 35,4 mg/ idade: 1 – 2 gotas/kg/dia tosse seca e produtiva calculada de acordo com o peso qualquer um dos sonolência, reações
mL dividida em três tomadas corpóreo componentes da fórmula dose dependentes
diárias • Gestantes: utilizar com precaução, não • Pode aumentar o efeito • Frequência
• Adultos: 20 gotas 3 vezes utilizar no primeiro trimestre da sedativo do álcool. O uso desconhecida: reações
ao dia gestação, e em caso de necessidade, concomitante da anafiláticas e
utilizar com orientação médica cloperastina e o álcool é anafilactóides e
• Em mulheres em período de desaconselhado. urticária.
amamentação não existem dados,
portanto não é recomendado.

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

• Xarope 3,54 • Crianças até 12 anos de

mg / mL idade: 0,5-1,0 mL/kg/dia


dividida em três tomadas
diárias
• Adultos: 10mL 3 vezes
ao dia

MONOTERAPIA – TOSSE PRODUTIVA

Guaifenesina • Xarope 100 • Crianças de 2 a 6 anos: 5 • Indicado para tosse produtiva - • Não tomar o medicamento em caso de • Hipersensibilidade a • Pode ocasionar

mg/15 ml ml a cada 4 horas. Produz expectoração e tosse crônica como causada por asma, qualquer um dos náuseas, vômitos,
redução de secreção pulmonar fumo, bronquite crônica ou efisema, ou componentes da fórmula diarreia, dor de
• Xarope 200 • Crianças de 6 a 12 anos:
• O limite máximo diário de se a tosse for acompanhada de muco estômago, urolitíase, dor
mg/15 ml 7,5 ml a cada 4 horas. • Guaifenesina é
administração do excessivo de cabeça, sonolência,
• Crianças maiores de 12 considerada insegura
medicamento para adultos e • Não utilizar por mais de 5 dias vertigem
anos: 15 ml a cada 4 para pacientes com
crianças maiores 12 anos é de • Não deve ser utilizado durante a • Rash cutâneo,
horas porfiria, pois apresentou-
2400 mg/dia, para crianças de gravidez e a amamentação hipouricemia
se porfirogênica em
• Adolescentes e adultos: 6 a 12 anos é de 1200 mg/dia • Recomenda-se cautela em pacientes • Em casos de ingestão
animais.
15 ml a cada 4 horas e para crianças de 2 a 6 anos diabéticos, pois contém açúcar de grandes quantidades:
• Este medicamento é
é de 600 mg/dia nefrolitíase
contraindicado para
menores de 2 anos de

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

idade.

Ambroxol • Xarope 15 • Crianças de 2 a 5 anos: • Indicado para tosse produtiva - • Informe seu médico a ocorrência de • Hipersensibilidade a • Pode ocasionar
mg/5 ml 1⁄4 copo-medida (2,5 Auxilia na expectoração e gravidez na vigência do tratamento ou qualquer um dos manifestações
mL), 3 x/dia. fluidificação do muco e produz após o seu término. Não tome o produto componentes da fórmula gastrintestinais leves
efeito anestésico tópico durante os primeiros três meses de (principalmente pirose,
• Crianças de 5 a 10 anos: • Crianças com idade
gravidez. dispepsia e
1⁄2 copo-medida (5 mL), inferior a 2 anos.
• Informe ao médico se está ocasionalmente
3 x/dia.
amamentando. O produto passa para o náuseas, vômitos e
• Xarope 30 • Adolescentes e adultos: leite materno diarreia); rash cutâneo e
mg/5 ml 1/2 copo-medida (5 mL), fadiga
3 x/dia

Acetilcisteína • Xarope • Crianças até 3 meses: 1 • Indicado para tosse produtiva - • Acetilcisteína deve ser usada durante a • Hipersensibilidade a • Prurido, rash cutâneo,
20mg/ml mL, 3 x/dia. Ação mucolítica, fluidificando o gravidez e lactação somente se os qualquer um dos urticária, diarreia,
muco e tornando mais fácil benefícios esperados do tratamento para componentes da fórmula náuseas, vômitos.
• Crianças de 3 a 6 meses:
sua expectoração. a mãe superarem os riscos potenciais
2,5 mL, 2x/dia. • Úlcera péptica • Broncoespasmos,
• Pode ocasionar epigastralgia para o bebê.
• Crianças de 6 a 12 depressão respiratória,
em pacientes predispostos • Não se sabe se acetilcisteína é
meses: 2,5 mL, 3 x/dia. reação de
excretada no leite materno. Informar ao
hipersensibilidade,
• Crianças de 1 a 4 anos: 5 médico se está amamentando.
mL, 2-3 x/dia ou a critério • Recomenda-se cautela no uso dos
médico. granulados de 100 e 200mg em

• Crianças acima de 4 pacientes diabéticos, pois contêm

anos: 5 mL, 3x/dia ou a açúcar


critério médico

• Adolescente ou adulto:
10 mL 3 x/dia (8/8 h)

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

• Granulado • Adolescente ou adulto: 1


100 mg – envelope 2-4 x/dia -
envelope 5g Dissolver o conteúdo de
1 envelope em meio copo
com água

• Granulado • Adolescente ou adulto: 1


200 mg – envelope 2-3 x/dia-
envelope 5g Dissolver o conteúdo de
1 envelope em meio copo
com água

• Granulado • Adolescente ou adulto: 1


600 mg – envelope / dia - Dissolver
envelope 5g o conteúdo de 1
envelope em meio copo
com água

Carbocisteína • Xarope 250 • Adolescente e adulto: 1/2 • Indicado para tosse produtiva - • Precauções de uso em pacientes com • Hipersensibilidade a • Mais comuns: Distúrbios
mg/5 ml a 1 copo-medida (5 - 10 Ação mucolítica, fluidificando o asma brônquica e insuficiência qualquer um dos gastrintestinais:
mL) 3 x/dia muco e tornando mais fácil respiratória. componentes da fórmula náuseas, diarreia e
sua expectoração. • Não deve ser utilizado durante a desconforto gástrico.
• Úlcera péptica.
• Xarope 100 • Crianças entre 5 e 12 • Podem induzir a náuseas, gravidez e a lactação, a menos que, a
• Crianças com idade • Incomuns: Insônia,
mg/5 ml anos de idade: 1/2 a 1 diarreia, desconforto gástrico, critério médico, os benefícios esperados
inferior a 2 anos. cefaleia, tontura e
copo-medida (5 - 10 mL) sangramento gastrointestinal e ultrapassem substancialmente o risco
erupções cutâneas.
3 x/dia erupções dermatológicas potencial para a criança.
• Frequência

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

• Solução oral • Crianças entre 2 e 5 • Recomenda-se cautela no uso do desconhecida:

50mg/ml anos de idade: 2 gotas/kg xarope em pacientes diabéticos, pois Sangramento

de peso 3 vezes ao dia. contêm açúcar gastrintestinal,


palpitações, hipoglicemia
leve

Bromexina • Xarope 4 • Dose geral: 0,1 mg/Kg de • Indicado para tosse produtiva - • Até o momento, estudos pré-clínicos • Hipersensibilidade a • Incomuns: dor abdominal
mg/5 mL peso, repetida 3x/dia. Ação mucolítica, fluidificando o disponíveis e a experiência clínica não qualquer um dos superior, náusea,
muco, e expectorante, evidenciaram efeitos prejudiciais durante componentes da fórmula vômitos, diarreia.
• Crianças de 6 a 12 anos:
estimulando sua eliminação a gravidez. Mesmo assim, devem ser
1/2 copo-medida (5 ml), 3 • Raras:
• Pode ocasionar diarreia, observadas as precauções habituais a
x/dia. hipersensibilidade,
náusea, vômito e outras respeito do uso de fármacos durante a
• Crianças de 2-6 anos: 1/4 erupção cutânea.
manifestações gastrintestinais gravidez, sobretudo durante o primeiro
copo-medida (2,5 ml), 3 trimestre. • Frequência
leves. Relataram-se também
x/dia. desconhecida: reação
reações alérgicas, incluindo • É eliminado pelo leite materno e,
• Crianças >12 anos: 1 anafilática, choque
erupções cutâneas, urticária, portanto, seu uso deve ser evitado
copo-medida (10 ml), 3 anafilático,
broncoespasmo, angioedema durante a lactação.
x/dia broncoespasmo, edema
e anafilaxia.
angioneurótico, urticária,
• Xarope 8 mg/5 • Adolescentes e adultos: prurido.
mL 1 copo-medida (10 ml), 3
x/dia

• Gotas 2 mg/ • Crianças de 2 a 6 anos:


ml (15 gotas) 20 gotas, 3 x/dia.

• Crianças de 6 a 12 anos:
2 ml (30 gotas), 3 x/dia.

• Adolescentes e adultos: 4
ml (60 gotas), 3 x/dia

• Frasco de 100 • Crianças: 1 colher de • Podem surgir, em alguns • Recomenda-se não ministrar o produto • Hipersensibilidade a • Casos raros de iodismo,
Iodeto de
mL (100mg / chá 3 a 4 vezes ao dia. casos, sintomas de irritação em gestantes até o terceiro mês e qualquer um dos caracteriza-se por
potássio
5mL) gastrintestinal e fenômenos de período da lactação. O uso em pacientes componentes da fórmula diversas erupções
• Adultos: 1 colher de
hipersensibilidade aguda do idosos (acima de 65 anos) requer

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Posologia de acordo com


Fármaco Apresentações Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
a faixa etária

sopa 4 vezes ao dia tipo Doenças do soro. rigoroso controle médico com ajuste de • Tuberculose pulmonar cutâneas acneformes,
posologia. ativa. pruriginosas ou
eritematosas, e
• Insuficiência renal e
hepática. cafaleias. Aumento da
secreção das glândulas
• Hipertiróides
exócrinas como nasais,
• Realização de testes da lacrimais e
glândula tiroide. traqueobrônquicas.

ASSOCIAÇÕES FIXAS – TOSSE SECA

Cloridrato de • Xarope 4 mg + • Crianças de 2 a 3 anos: • Indicado para tosse seca ou • Informe ao seu médico a ocorrência de • Hipersensibilidade a • Pode causar agitação,
clobutinol + 0,75 mg/ml 2,5 mL-5 mL (¼-½ copo- alérgica gravidez ou lactação na vigência do qualquer um dos tremores, exantema
medida), 3 vezes ao dia. • Produz redução da tosse, tratamento ou após o seu término. componentes da fórmula pruriginoso, náuseas,
Succinato de
ação no centro da tosse. • Não deve ser utilizado por mulheres vômitos, vertigens,
doxilamina • Crianças de 3-12 anos: 5 • Pacientes com glaucoma
• Produz efeito antialérgico e grávidas sem orientação médica. fadiga, sonolência e
mL-10 mL (½-1 copo- de ângulo fechado
redução da rinorreia. • Pacientes com insuficiência renal devem distúrbios gastrintestinais
medida), 3 vezes ao dia. • Primeiro trimestre da
• ter precaução
• Crianças >12 anos: 10 gravidez • Pode causar sonolência

mL (1 copo-medida), 3 • Pacientes portadores de


vezes ao dia uma arritmia rara,
• Adolescentes e adultos: conhecida como
10 mL (1 copo-medida), 3 síndrome congênita do
x/dia QT Longo.

• Crianças menores de 2
anos de idade

Fonte: Truven Health Analitycs (2015); Micromedex (2015); UpToDate (2015); Bulas oficiais dos medicamentos

Quadro 3: Fitoterápicos e plantas medicinais utilizadas no tratamento da tosse

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Princípio ativo – Posologia de


Nome científico Apresentações acordo com a Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
(Nome popular) faixa etária

Hedera helix • Xarope • Lactentes e • O tratamento deve durar o mínimo • Não deve ser indicado como • Hipersensibilidade a qualquer um dos •
7mg/mL crianças até 7 de uma semana em casos de medicação antiasmática única, componentes da fórmula
anos de idade inflamações menores do trato embora possa ser coadjuvante nestes
• Pó efervescente - Por conter
– 2,5 ml 3x/dia. respiratório, devendo ser mantido casos.
aspartame, não deve ser administrado
durante dois a três dias após a • Contém em sua fórmula sorbitol, que
• Crianças acima a fenilcetonúricos.
diminuição dos sintomas, de forma é metabolizado no organismo em
de 7 anos de
a assegurar a manutenção da frutose, sendo conveniente avaliar
idade – 5 ml
eficácia. sua indicação a pacientes com
3x/dia
• Pode provocar um ligeiro efeito intolerância a esta substância.
• Adultos – 7,5
laxante, provavelmente vinculado
ml 3x/dia.
à presença de sorbitol em sua

• Xarope • Crianças de 3 a fórmula. •


15mg/mL 7 anos de
idade – 2,5 ml
2x/dia.

• Crianças acima
de 7 anos de
idade – 5 ml
2x/dia

• Adultos – 7,5
ml 2x/dia.

• Pó • Adultos e •
efervescente crianças acima
65mg em de 12 anos: um
3,4mg de sachê com pó
sachê efervescente
2x/dia

Mentol + • Unguento - Uso tópico: • Alivio da tosse, congestão nasal e • Não deve ser utilizado em crianças • Hipersensibilidade a qualquer um dos •
Cânfora + Óleo Mentol 28.2 do mal-estar muscular que menores de 2 anos componentes da fórmula
• Crianças,

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Princípio ativo – Posologia de


Nome científico Apresentações acordo com a Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
(Nome popular) faixa etária

de eucalipto mg/g + adolescentes e acompanham gripes e resfriados


Cânfora 52.6 adultos: Aplicar
mg/g + Óleo uma camada
de eucalipto fina até 3x/dia
13.3 mg/g - • No peito para
Latas de 12g acalmar a
e potes tosse; no
plásticos de pescoço para
30g e 50g que quando
você inalar
seus vapores
medicinais eles
aliviem a
congestão
nasal e
facilitem a
respiração; nas
costas para que
a sensação de
calor oferecida
por mentol,
cânfora e óleo
de eucalipto
ajude a acalmar
o mal-estar
muscular que
acompanha as
gripes e
resfriados.

Inalação:

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Princípio ativo – Posologia de


Nome científico Apresentações acordo com a Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
(Nome popular) faixa etária

• Crianças,
adolescentes e
adultos: 2
colheres das de
chá do
composto
(mentol,
cânfora e óleo
de eucalipto)
em uma vasilha
com meio litro
de água quente
e inalar.

Mikania • Xarope Uso oral • Utilizado em gripes e resfriados, • A utilização pode interferir na • Contraindicado na gravidez, lactação •
glomerata bronquites alérgica e infecciosa, coagulação sanguínea. e crianças menores de 2 anos.
0,5 mL/mL • Adultos:
como expectorante e • Pode interagir com anti-inflamatórios
(Guaco) Ingerir 5ml, • Hipersensibilidade a qualquer um dos
broncodilatador não-esteroidais
3 x / dia. componentes da fórmula
• Pode ocasionar hipertensão. • Pacientes com problemas hepáticos
• Crianças • O guaco não deve ser empregado
Eventualmente, pessoas podem apresentar toxicidade com o
acima de 5 simultaneamente com
hipersensíveis aos componentes uso prolongado.
anos: Ingerir anticoagulantes, pois as cumarinas
do guaco podem apresentar um • Recomenda-se maior critério na
2,5ml, 3 x / podem potencializar seus efeitos e
agravamento da dispneia e da administração de guaco em
dia. antagonizar o da vitamina k.
tosse. pacientes com quadros respiratórios
• Crianças de • Doses acima da recomendada crônicos não diagnosticados,
2 a 5 anos: podem provocar vômitos e diarreia devendo-se afastar a hipótese de
Ingerir tuberculose e câncer.
2,5ml, 2 x /
dia.

• Em casos
de afecções

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Princípio ativo – Posologia de


Nome científico Apresentações acordo com a Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
(Nome popular) faixa etária

respiratórias
agudas,
recomenda-
se o uso por
7 dias e, em
casos
crônicos, por
2 semanas.

• Infusão de Uso oral •


folhas: 3 g em • Adultos:
150 mL Utilizar 1
xícara de
chá 3 x ao
dia

Glycyrrhiza • Xarope Uso oral • Atua como anti-inflamatório, • O produto não deve ser • Pacientes que apresentam pressão •
glabra antialérgico e antitussígeno. administrado em altas doses e por alta, desordens cardíacas, renais ou
222mg/mL • Adultos:
• Pode interferir com tratamentos mais de 4 a 6 semanas, visto que hepáticas, diabetes, neoplasias
(Alcaçuz) Tomar 5 mL,
hormonais e terapias pode ocorrer aumento da pressão hormônio-dependentes e grande
4 x / dia.
hipoglicemiantes. A sua sanguínea, desequilíbrio eletrolítico liberação do hormônio estrogênio não
• Crianças
administração é incompatível com e inchaço, os quais desaparecem devem utilizar o produto.
acima de 4
anti-hipertensivos e após a descontinuação do uso.
anos: Tomar • Não deve ser utilizado na lactação,
corticosteroides. Pode, também, • Atenção diabéticos: Este
2,5 mL, 2 x / em casos de glaucoma, rigidez
interferir com diuréticos, além dos medicamento contém açúcar.
dia. muscular e diminuição dos níveis de
glicosídeos digitálicos,
potássio no sangue.
• Agitar o antiarrítmicos, inibidores da
produto • Não deve ser utilizado por mulheres
monoamino oxidase e laxantes
antes de grávidas ou que possam ficar grávidas
contendo cáscara sagrada e óleo
usar. durante o tratamento.
mineral.

• O produto • Contraindicado na faixa etária inferior

não deve a 4 anos de idade.

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ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Princípio ativo – Posologia de


Nome científico Apresentações acordo com a Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
(Nome popular) faixa etária

ser
administrado
por um
período
superior a 4
a6
semanas.

• Infusão da Uso oral • Principais eventos adversos: • Deve haver cautela ao associar com • Não deve ser utilizado na gravidez e •
raiz: 4,5 g em possível quadro de anticoagulantes, corticoides e anti- pessoas com hipertensão arterial,
• Adultos:
150 ml pseudoaldosternismo por ação inflamatórios hiperestrogenismo e diabetes
Utilizar 1
mineralocorticoide (caracterizado
xícara de chá • Hipersensibilidade a qualquer um dos
por retenção de sódio, cloro e
3 a 4x / dia componentes
água, edema, hipertensão arterial
e ocasionalmente mioglobinúria)

Justicia • Infusão das Uso oral • Atua como expectorante e • Devido à falta de estudos do uso do • Contraindicado em pacientes com •
pectoralis partes broncodilatador anador em casos de gravidez e problemas de coagulação e em uso
• Adultos:
aéreas: 5 g lactação, seu uso não é indicado de anticoagulantes e analgésicos
(Chambá, Utilizar 1
em 150 mL nestas circunstâncias.
Chachambá, xícara de • Hipersensibilidade a qualquer um dos
Trevo-cumaru) chá 2 a 3x / componentes
dia

Malva sylvestris • Infusão das Uso oral • Usado em afecções respiratórias • Consumida em excesso, a malva • A malva está contraindicada durante •
flores e como expectorante torna-se muito laxativa e pode causar a gravidez e a amamentação.
(Malva) • Adultos:
folhas: 2 g em diarreias.
Utilizar 1 • Hipersensibilidade a qualquer um dos
150 mL xícara de componentes
chá 4 x ao
dia

Mentha • Infusão das Uso oral • Usado em afecções respiratórias • A administração em doses e tempo • Não deve ser utilizada na gravidez, •
pulegium partes como expectorante de uso acima dos recomendados lactação e em crianças menores de 6
• Adultos:
aéreas: 1 g pode promover danos no fígado e anos
Utilizar 1
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE TOSSE

Princípio ativo – Posologia de


Nome científico Apresentações acordo com a Orientação ao paciente Situações especiais Contraindicações Eventos adversos
(Nome popular) faixa etária

(Poejo) em 150 mL xícara de ocasionar problemas na gravidez • Contraindica-se o uso prolongado e a


chá 2 a 3 x inalação
ao dia • Hipersensibilidade a qualquer um dos
durante ou componentes
após
refeições

Sambucus nigra • Infusão das Uso oral • Utilizado em gripes e resfriados • O uso em quantidades maiores que • Não utilizar folhas por conterem •
flores: 3 g em o recomendado pode promover glicosídeos cianogênicos que podem
(Sabugueiro) • Adultos:
150 mL hipocalemia ser tóxicos
Utilizar 1
xícara de • Hipersensibilidade a qualquer um dos
chá 2 a 3 x componentes
ao dia

Fonte: Truven Health Analitycs (2015); Micromedex (2015); UpToDate (2015).

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