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SISTEMA DE SEPARAÇÃO
Essas expressões são equivalentes a uma divisão perfeita, provendo que não
existem componentes com um valor de Ki entre 0,1 e 10.
As expressões de divisão perfeita ignoram o equilíbrio líquido-vapor. Entretanto,
nós podemos sobrepor essas relações de equilíbrio nas nossas expressões para os fluxos.
Assim, a composição do líquido em equilíbrio com um componente vapor tendo uma
fração molar
f fi
yi = i = (7.1-10)
V ∑ fi
é
y fi
xi = i = (7.1-11)
Ki Ki ∑ f i
O fluxo de líquido desse componente é então
f i∑ f i
l i = Lx i = (7.1-12)
Ki ∑ f i
Aproximação Exato
Componente fj Kj vj lj vj lj
benzeno 265 0,0104 29,6 235,4 28,2 236,8
tolueno 91 0,00363 3,6 87,4 3,6 87,4
difenil 4 0,00008 0 4 0 4
Misturas Não-ideais
Não há procedimentos de cálculo de atalho para misturas não-ideais. Entretanto,
todos os pacotes CAD, isto é, FLOWTRAN, PROCESS, DESIGN 2000, ASPEN, etc.,
irão controlar esses problemas.
Estratégia
Nós projetamos o sistema de recuperação de vapor antes de considerarmos o
sistema de separação de líquido porque, geralmente, cada um dos processos de
recuperação de vapor gera uma corrente líquida que deve ser purificada. Para o caso de
um absorvedor do gás, onde nós necessitamos fornecer um solvente ao absorvedor, nós
introduzimos também um novo reciclo entre os sistemas de separação (veja Fig. 7.2-2).
Normalmente, nós necessitamos estimar o tamanho e os custos de cada unidade para
determinar qual é o mais barato.
1. Como devem ser removidos os produtos leves caso eles possam contaminar o
produto?
2. Qual deve ser o destino dos produtos leves?
3. Nós reciclamos os componentes que formam azeótropos com os reagentes, ou
separamos os azeótropos?
4. Que separações podem ser feitas por destilação?
5. Que seqüência de colunas nós usamos?
6. Como nós devemos realizar separações se a destilação não for praticável?
Cada uma destas decisões é discutida abaixo. Lembre que nós queremos tomar
estas decisões em função das variáveis de projeto acima da faixa de potencialidade
lucrativa de operação.
Produtos leves
Alguns produtos leves serão dissolvidos no líquido que sai dos divisores de fase
mostrados nas Figs. 7.1-3 e 7.1-4, e normalmente alguns serão dissolvidos nos fluxos de
líquidos que saem dos sistemas de recuperação de vapor. Se estes produtos leves podem
contaminar o produto, devem ser removidos.
ALTERNATIVAS PARA REMOÇÃO DE PRODUTOS LEVES. As escolhas que
nós tomamos para remover os produtos leves são estas:
DESTINO DOS PRODUTOS LEVES. Para o destino dos produtos leves, podemos
ventilá-los (possivelmente para um sistema de queima), emitindo os produtos leves para
o combustível, ou reciclando os produtos leves para o sistema de recuperação de vapor
ou para o cilindro de flash. Se os produtos leves tiverem valor muito pequeno, queremos
removê-los do processo através de ventilação. Se esta ventilação causar problemas de
poluição do ar, tentamos descarregá-los através de um sistema queimador para queimar
o componente perturbador. Se a maioria dos produtos leves for inflamável, tentamos
recuperar o combustível de valor. Entretanto, se os produtos leves forem valiosos,
queremos retê-los no processo. Se nós os reciclamos para o sistema de recuperação de
vapor, introduzimos outras correntes de reciclo no processo.
Aplicabilidade da Destilação
Em geral, destilação é o meio menos caro de separar misturas de líquidos.
Porém, se as volatilidades relativas dos dois componentes com pontos de ebulição
vizinhos são menores que 1,1 ou próximos, a destilação fica muito cara; i.e., uma
relação de refluxo grande é requerida o que corresponde a uma taxa de vapor grande,
um diâmetro de coluna grande, grandes condensadores e refervedores, e grandes custos
com vapor e água fria. Sempre que encontramos dois componentes vizinhos que tem
uma volatilidade relativa menor que 1,1 em uma mistura, agrupamos estes componentes
e tratamos este grupo como um único componente da mistura. Em outras palavras,
desenvolvemos a melhor seqüência de destilação para o grupo e os outros componentes,
e então separamos os componentes agrupados usando outros procedimentos. (veja Fig.
7.3-2).
HEURÍSTICOS GERAIS. Há alguns heurísticos gerais que podem ser usados para
simplificar o procedimento de seleção para seqüência de colunas (veja Tabela 7.3-3). O
primeiro heurístico nesta lista está baseado no fato de que o material de construção da
coluna é muito mais caro que aço carbono se componentes corrosivos estão presentes.
Assim, quanto mais colunas pelas quais um componente corrosivo passa, mais caro será
o equipamento de destilação.
Outros heurísticos
1. Os projetos 3 e 4 juntos termicamente devem ser considerados alternativas para os
projetos 1 e 2, respectivamente, se menos da metade da alimentação é produto
intermediário.
2. Os projetos 3, 4, 6 e 7 devem ser consideradas para separação de todas as misturas
onde uma baixa pureza do produto intermediário é aceitável.
Estratégia
1. Reduza a separação de N-componentes em seqüências de separações pseudoternárias,
e realize a separação ternária mais difícil por último.
2. Estes heurísticos não garantem uma estrutura otimizada ou explicitada considerando
todas as alternativas de coluna complexa.
Colunas Complexas
Antes de considerar somente seqüência de colunas simples (uma corrente de
topo e uma de fundo), podemos considerar o uso de colunas com correntes laterais,
divisores e refervedores com correntes laterais, prefractionators, etc. Um conjunto de
heurísticos para colunas deste tipo foi publicado por Tedder e Rudd (veja Tabela 7.3-5 e
Figs. 7.3-5 e 7.3-6). Outro conjunto foi apresentado por Glinos e Malone (veja Tabela
7.3-6). Alguns procedimentos de atalho de projeto que são úteis para colunas complexas
são dados no Apêndice A.5.
1. Sucessão Simples
a. Use a sucessão direta se xAF/(xAF + xCF) > (AB – 1)/( AC – 1).
b. Use a sucessão indireta se xAF/(xAF + xCF) < 1/( AC + 1).
c. Calcule a taxa de vapor se (AB – 1)/ (AC – 1) > xAF/(xAF + xCF) > 1/( AC +
1).
5. Pré-Fracionadores
a. Não considere um pré-fracionador se uma coluna de Petlyuk pode ser usada.
b. O rendimento máximo depende das volatilidades e qual alimentação está
controlando o processo.
1) se a alimentação superior controla, o rendimento máximo é ( AC -
AB)/ ( AC – 1), como ocorre em xB 1
2) se a alimentação mais leve controla, o rendimento máximo é ( BC –
1)/ ( AC – 1) que acontece quando xC 0
1. Extração
2. Destilação Extrativa
3. Destilação Azeótropa
4. Destilação Reativa
5. Cristalização
6. Adsorção
7. Reação
Balanços do Tolueno. O tolueno que entra no reator TOL R,in é a soma da alimentação
fresca de tolueno TOLFF, do tolueno na corrente de reciclo de gás TOL GR, e do tolueno
na corrente de reciclo líquido TOLLR:
TOLR,in = TOLFF + TOLGR + TOLLR (7.5-1)
O tolueno que deixa o reator TOLR,out é o tolueno que não foi convertido no
reator:
TOLR,out = TOLR,in.(1-x) (7.5-2)
Se definirmos fTOL,FV como a fração de tolueno saindo no flash de vapor TOL FV,
então a fração 1-fTOL,FV sai com o flash líquido TOLFL:
TOLFV = fTOL,FV . TOLR,out (7.5-3)
TOLFL = (1- fTOL,FV). TOLR,out (7.5-4)
Se definirmos fPG como a fração de tolueno que sai na purga TOL PG, então a
fração 1- fPG de tolueno estará na corrente de recilco de gás TOLGR:
TOLPG = fPG. TOLFV (7.5-5)
TOLGR = (1- fPG). TOLFV (7.5-6)
Se definirmos fTOL,ST como a fração de tolueno que sai no destilado da coluna
estabilizadora TOLST,D, então uma fração 1- fTOL,ST sairá com os produtos de fundo da
estabilizadora TOLST,B:
TOLST,D = fTOL,ST.TOLFL (7.5-7)
TOLST,B = (1- fTOL,ST ). TOLFL (7.5-8)
Se uma fração fTOL,PR sai com o produto benzeno TOLPR,D, então uma fração
1 - fTOL,PR sairá da coluna de produtos no fundo TOLPR,B:
TOLPR,D = fTOL,PR . TOLST,B (7.5-9)
Podemos usar este resultado para resolver todos outros fluxos de tolueno.
Repare que se não existir perdas de tolueno do processo, i.e.,
PG = 0 TOL,RC = 0 TOL,PR = 0 TOL,ST = 0
onde podemos substituir a equação 7.5-16 por TOLR,in. O benzeno que sai do reator é o
benzeno produzido [xS(TOLR,in)] positivo à corrente de benzeno do reator:
BZR,out = BZR,in + xS(TOLR,in) (7.5-20)
Definindo BZ,FV como a fração de benzeno que sairá no topo do tambor de flash
(a qual é relatada para TOL,FV pela equação 7.1-19) e PG como a fração de benzeno
perdida na purga (a qual é a mesma para todos os componentes), nós podemos mostra
que a corrente de reciclo de gás é
BZGR = (1 - PG) BZ,FV [BZR,in + xS(TOLR,in)] (7.5-21)
Agora podemos usar este resultado para calcular todas outras correntes de
benzeno.
Variáveis de Otimização
Em nosso prévio balanço material aproximado, especificamos a taxa de
produção de benzeno, o produto puro de benzeno, a composição de hidrogênio na purga
(a qual nós mostramos que era equivalente ao especificar a taxa de alimentação pura de
hidrogênio e metano), a conversão, e a relação molar de hidrogênio para aromáticos na
entrada do reator. Para nosso problema de balanço material linear, podemos assumir que
a conversão e a composição das correntes de gás são variáveis de otimização (como a
composição de alimentação da composição da corrente de gás é fixada, especificando a
composição do fluxo de gás fixa-se a taxa de alimentação pura de hidrogênio e metano).
Como discutido mais cedo, estas são as variáveis de otimização dominantes.
A fração perdida de benzeno no topo do estabilizador também corresponde a um
problema de otimização (perda de benzeno combustível versus o número de bandejas na
secção retificante e a pressão da coluna). A fração perdida de tolueno e difenil no topo
do estabilizador são então fixadas pelo projeto da coluna. Especificando a fração de
metano perdida de metano no fundo do estabilizador, fixaremos o projeto do
estabilizador (pequenas perdas correspondem a um grande número de bandejas na
secção de divisão), e uma vez fixado o projeto da coluna, a perda de hidrogênio no
fundo é fixada. Entretanto, esperamos que todo hidrogênio e metano saiam na corrente
de fundo do estabilizador e que também saiam com o produto benzeno. Então a fração
de tolueno que vai no topo da coluna do produto e sai com a corrente do produto
benzeno mais o hidrogênio e o metano deixando com esta corrente é fixada pela taxa de
produção especificada e a pureza do produto.
Para se obter pequenas quantidades de tolueno no topo da coluna do produto,
devemos incluir um grande número de bandejas na secção retificante desta coluna.
Assim há um trade-off entre usar um número maior de bandejas no secção do
estabilizador (para manter pequeno os fluxos de hidrogênio e metano na corrente de
produto) contrabalançado o uso de um número maior de bandejas na secção retificante
da coluna de produto [para manter pequeno o fluxo de tolueno (e difenil) na pequena
corrente de produto], para um caso onde a soma dos fluxos de hidrogênio, metano,
tolueno e difenil são fixados.
A fração perdida de benzeno no fundo da coluna de produto é também uma
variável de otimização (bandejas na seção contrabalançadas com o custo de reciclo de
benzeno através do sistema do reator), como são fração perdida de tolueno no fundo da
coluna de reciclo (tolueno perdido para combustível versus bandejas na secção) e a
fração perdida de difenil no topo da coluna de reciclo (custo de reciclo de difenil na
entrada do reator versus badejas na secção de divisão).
Para se evitar todos estes sistemas de otimização de separação, fixamos a
recuperação fracionária de chaves para corresponder ao valor da regra do polegar maior
que 99% e fixamos as frações perdidas de não-chaves arbitrariamente como sendo 0,15
a 0,3 vezes as frações perdidas das chaves. Alternativamente, poderíamos usar a
equação de Fenske para estimar as frações perdidas de não-chaves. Assim, nossos
balanços materiais não são rigorosos, mas desde que nós esperamos que estes termos
sejam pequenos, nós não teremos muitos erros.
Restrições
A maioria das correntes pode ser escrita em função da taxa de alimentação pura
de tolueno TOLFF (veja Eq. 7.5-16). Porém, queremos resolver o problema de projeto
em função da taxa de produção PROD de benzeno. Conseqüentemente, precisamos
calcular as correntes de benzeno, hidrogênio, metano, tolueno e difenil que deixam o
topo da coluna de produto e então eliminar TOL FF destas expressões e substituir por
PROD. Este procedimento removerá a restrição da taxa de produção. Além disso, temos
que escrever a expressão hidrogênio-a-aromáticos na razão da entrada do reator, fixar
este valor em 5/1, e então resolver a divisão fracionária do fluxo de purga (fPG), que
satisfaz esta expressão. Este procedimento remove a outra restrição do processo.
Infelizmente, a álgebra necessária pra remover estas restrições é tediosa. Assim,
talvez seja mais fácil resolver para correntes de reciclo de cada componente, resolver
para todas outras correntes componentes, e então ajustar as soluções, iterar até que as
restrições sejam satisfeitas. Alternativamente, um dos programas de projeto simulador-
computacional, tal como FLOWTRAN, PROCESS, DESIGN 2000, ASPEN, etc., pode
ser usado para revisar os cálculos dos balanços materiais. Nós discutiremos o uso dos
programas CAD para revisar o balanço material a seguir no texto.
Resumo
As decisões que devemos tomar para sintetizar um sistema de separação caem
em três categorias: a estrutura geral, o sistema de recuperação de vapor, e o sistema de
separação de líquidos. Estas decisões estão listadas abaixo.
1. Estrutura geral
a. Precisamos de unidades de recuperação de líquido e de vapor, ou somente de
líquido?
2. Sistemas de recuperação de vapor
a. O sistema de recuperação de vapor deveria ser colocado na corrente de purga, na
corrente de reciclo de gás, ou na corrente de vapor do flash? Ou é melhor não incluir
este item?
b. Deveríamos usar um processo de condensação, absorção, adsorção, um processo
com membrana, ou um sistema de reator como o sistema de recuperação de vapor?
3. Sistema de separação de líquido
a. Como os produtos leves deveriam ser separados se eles podem contaminar o
produto?
b. Qual deveria ser o destino dos produtos leves?
c. Reciclamos os componentes que formam azeótropos com um reagente, ou
dividimos o azeótropo?
d. Quais separações podem ser feitas por destilação?
e. Qual seqüência de colunas deveríamos usar?
f. Como deveríamos realizar as separações se as destilações não são viáveis?
Algumas linhas de projeto que ajudam nas tomadas de decisão estão listadas
abaixo: