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Pintura de Tanques:
1. Pintura Industrial
1.1 Preparação da Superfície
1.1.3.3 Abrasivos
1.2.1 O Processo
Esquema de
Pintura
1.2.3.1 Trincha
1.2.3.2 Rolo
1.2.9.1 Tintas
1.2.9.3 Película
1.2.9.4 Aderência
1.2.9.7 Descontinuidade
1. PINTURA INDUSTRIAL
O Sucesso do esquema de pintura depende do preparo da superfície a ser pintada, pois nada
adianta utilizar tintas de última geraçao se o preparo da superfície não for o adequado para
tinta a ser utilizada. A preparação da superfície tem como principal finalidade a remoça0 de
contaminantes e criar rugosidade na superfície, permitido assim a aderência da tinta ao
substrato.
Em primeiro lugar, devemos fazer uma inspeção visual em toda a superfície antes de ser
iniciada qualquer procedimento de limpeza ou preparação. O inspetor de pintura deve marcar
os locais onde existam vestígios de 61eo, graxa, cimento, concreto, gorduras, carepa de
laminação, pontos de corrosão e outros materiais estranhos (Tabela 1), além de classificar o
grau de corrosão da superfície.
'1'
Método de preparação de superfrcies de aço para pintura, pelo emprego de materiais abrasivo
tais como: granalha de aço, óxido de alumínio sintetizado, escória de cobre, dentre outros
abrasivos, impelidos por meio de ar comprimido ou através de força centrífuga. É o método
mais utilizado e eficiente na preparação de superfícies ferrosas.
Obs.: Este método utilizando areia esta proibido de ser utilizado no Brasil desde 2004 (NR 15)
em razão das partículas de sílica causar uma doença chamada silicose ("pulmão de pedra").
1 - Compressor
2 - Mangueira de ar
3· Máquina de jato
4· Mangueira de abrasivo
5 Bico de jato
6· Válvulas de controle remoto
7· Filtro de ar
8 - Jato abrasIvo
9 - Abrasivo
10 - Capacete de segurança e filtro de ar
(6) 11 Roupa de couro ou de borracha
1.1.3.3 Abrasivos
o abrasivo deve permitir que o perfil de rugosidade médio fique situado entre 40 e 85 Jlm,
podendo~se misturar abrasivos de granulometria diferentes de forma a se obter um perfil dentro
do valor desejado. O abrasivo pode ser reaproveitado e reutilizado para isso deve ser
aprovado nos ensaios (conforme Norma Petrobras N-9) onde são verificadas as seguintes
características:
~ Granalha . granulometria
. oxidação
. contaminações
6
- Outros . granulometria
. umidade
. contaminações
Abrasivo
II
Tamanho Máximo da
Partícula que
Atravessa Peneira
Altura Máxima
do Perfil
. Abertura, mm Nota 1
(~m)
Granalha de aço
(partículas angulosas).
ver Nota 2
N° 40 - G 80
0,42 40
60
N° 25 - G 50
0,7 25
85
N° 18 - G 40
1,0 18
90
N° 16 - G 25
1,2 16
100
I N° 12 - G 16
1,7 12
200
Granalha de aço
N° 8-110
0,6 30
50
N° 8-230
1,0 18
80
N° 8-280 1,2
16
90
N° 8-330 I 1,4
147
95
Óxido de Alumínio
0,4 40
80
i 8interizado
I
• • • • • • • • • • • • • • •7:,;4'~~~\~*~.I;~~i
ARREDONDADO SHOT
~
ANGULAR GRIT
~
Figura 4 -Influência da Forma do Abrasivo no Perfil de Rugosidade
7
A utilização de cabine de jato é uma pratica bastante utilizada quando se deseja fazer uma
reciclagem do abrasivo de forma reaproveitá-Io. A cabine de jato possui dispositivos para
separação da parte do abrasivo que virou pó, assim como os óxidos e outros resíduos
removidos da superfície jateada. O inconveniente é a limitação do tamanho dos equipamentos,
muitas vezes os mesmos têm que ser feitos por partes e com uma posterior montagem.
Para medição do perfil de rugosidade usamos um instrumento chamado rugosímetro (Figura 6),
e utilizamos o procedimento abaixo:
- Instrumentos:
Medidor de perfil de rugosidade do tipo agulha deslizante com precisão de pelo
menos 5 micrometros;
Padrões visuais (Norma NACE TM - 01170).
- Freqüência:
No primeiro metro linear ou no primeiro metro quadrado da área jateada e para
cada 30 miou 30 m2.
- Método:
Zerar o instrumento numa placa de vidro;
Selecionar uma região de 200 x 200 mm e efetuar 5 mediçOes, sendo uma no
centro e os demais em suas diagonais;
200
D
x
x 200
x x
o valor do perfil de rugosidade será obtido pela média aritmética das cinco
mediçOes efetuadas;
Figura 6 - Rugosimetro
9
Método de preparação de superfícies de aço para pintura pelo emprego de água sob alta
pressão [70 MPa a 170 MPa (10 000 psi a 25 000 psi)] ou ultra alta pressão [acima de
172 MPa (25 000 psi)]. Este processo não abre perfil de ancoragem, portanto fica restrito a
pintura de manutenção.
1.2.1 O Processo
Resina: parte não volátil da tinta que serve para aglomerar as partículas de
pigmentos. A resina é que denomina o tipo da tinta. Quando dizemos que a resina é
alquídica, significa dizer que a tinta é alquídica.
Ex.: Dióxido de titAnio (cor branca), cromato de Chumbo (cor amarela), fosfato de
zinco (proteção anticorrosiva).
Solvente: líquido volátil de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas para
dissolver a resina.
12
SOLVENTE
(volátil)
I
RESINA
(nllo volátil)
11
PIGMENTO
(não volátil)
III
111- PIGMENTO
(100% SÓLIDOS) 25 - 25
TOTAL 100 55 45
I
Tabela 3
A Tabela 3 mostra uma tinta que foi fabricada com 35% de solventes que, por
definição, são 100% voláteis (ou seja, não deixam resíduos), com uma resina líquida
dissolvida em solventes, cujo teor é de 50%, isto é, metade (20%) é não-volátil e a
outra metade (20%) é volátil, e com pigmentos que são não - voláteis (o teor de
umidade, ou material volátil, não é significativo), ao ser ensaiada quanto ao teor de
sólidos por massa o resultado deveria ser um valor bem próximo de 45%.
Apenas com objetivo didático, faremos uma classificação das tintas levando em conta
a etapa da pintura em que são utilizadas:
c) Seladora (tie-coat): pode ser aplicada como primeira demão sobre superfícies
porosas, como por exemplo, primer de zinco. Ex.: N-1202
Resina
Substrato
Verniz
Substrato-_ _ _ _ _......
...
Tinta
Tinta de acabamento--i-~[~][[[~~[~[~~~
Tinta intermediária
Tinta de fundo _ _ _- .
Substrato _------..
Esquema de Pintura
14
1.2.3.1 Trincha
É o mais elementar dos métodos de pintura, por ser uma ferramenta simples, de baixo
custo, além de não requerer grande capacitação do aplicador. É o método mais
adequado para a aplicação da primeira demão de tinta em cordão de solda,
reentrâncias, cantos vivos e demais acidentes, onde outros métodos de aplicação
poderiam deixar falhas, devido
à dificuldade de penetração ou a disposição da tinta. Conseguem-se altas espessuras
de película seca, mas possui baixa produtividade comparada com os demais métodos.
1.2.3.2 Rolo
Como desvantagem, este método requer uma mão de obra mais qualificada, além de
se obter espessuras baixas em razão da diluição da tinta para permitir sua aplicação.
Também para tintas com espessuras superiores a 100 !-Im torna-se difícil à utilização
deste método. Além disso, o possui uma perda em torno de 25%, além de riscos na
segurança.
Estas tintas depois de misturadas devem ser respeitados os tempo de indução (tempo
necessário para início das reações) e o tempo de vida útil da mistura (pot life). O
Para tintas convencionais a aplicação da tinta deve ser imediatamente após o término
do jateamento, obedecendo às condições abaixo:
RT = SvxlO
EFS
Onde:
Sv
EFS = EFUx
100
Onde:
Obs.:
17
58 Etapa da aplicação influencia em razão das primeiras demãos terem que cobrir o
. perfil rugosidade e irregularidades da superfície, portanto, as demãos de tinta de
fundo tendem a ter um maior consumo que as demãos posteriores.
SvxF
Rp = - -
e
-+Cr
10
i
I
i
PINCEL OU BROCHA INTERIORES: 0,90 A 0.95
(estruturas e tubulações) EXTERIORES: 0,85 A 0,90
ROLO INTERIORES: 0.85 A 0,90
(cha(:)aria}
EXTERIORES: 0,80 A 0,85
PISTOLA CONVENCIONAL
INTERIORES: 0,75 A 0,80
(chaparia)
EXTERIORES: 0,65 A O 75
..
TABELA 4 - Fração Aproveltavel de Tintas
18
RUGOSIDADE COEFICIENTE
MÉDIA (!.Im) DE RUGOSIDADE - Cr
20 1,3
30 2,0
45 3,0
55 3,7
70 4,7
75 5,0
80 5,4
150 9,0
TABELA 5- Coeficiente de Rugosldade - Cr
Uma outra forma de calcular o rendimento prático é utilizando uma fórmula que
considera um fator de perda em relação ao rendimento teórico, o difícil é determinar
este fator, que vai depender muito da experiência profissional de quem vai fazer a
previsão do consumo de tintas.
RP = RT (1 - -Fp )
100
Onde:
FP -+ Fator de perda.
As tintas como foi visto no item 1.2.2.1 possuem o nome em função da resina que as
compõem. Abaixo, são relacionadas às principais tintas utilizadas nos serviços de
pintura de tubulações na Petrobras com algumas de suas principais características:
19
Faixa de variação de cor: tipo 1 verde até 260°C e tipo 2 azul até 180 °C
20
21
Uma questão importante a ser levado em conta na hora de comprar tintas para um
esquema de pintura é cornprar todas de um mesmo fabricante, ou seja, a tinta de
fundo, a intermediária e a de acabamento. Desta forma, teremos a garantia de todo o
esquema de pintura de um mesmo fabricante, pois seria difícil apurar
responsabilidades em uma eventual falha entre demãos de tintas de fabricantes
diferentes.
substrato
Esquema de Pintura
22
Primeira Camada
(I)
"C
cu cu
Camada Posterior c::: "C o
cu 'E 'E c::: o
o
o « cu cu
cu
.5:! § ~
'x
I
'x
.5:! ~ .scu ~C> o .
:J -o -o 'o .2 o .... o
'i: c::: = o c:::
o C'" a. a. (I) Õ
« « w w LL o.. cn_N
. C:::'
Acrílica B NR B B B B B
Alquídica N B B B B B NR
Epóxi-Amina NR NR B B NR B B
I
~
• Epóxi-Amida NR NR B B NR B
• Fenólica B B B B B B
Poliuretano NR NR B B NR B
Silicato Inorgânico NR NR NR NR NR NR I NR
de Zinco
4.7 Condlçio 7
Nota: Aplicável a condiçOes especialmente agressivas, causadas por ventos fortes com
presença de areia e/ou de alta salinidade do ar (névoa saUna).
4.7.1 Tinta de Fundo
Aplicar 1 demão de tinta de zinco etil-silicato, conforme norma PETROBRAS N-1661, por
meio de pistola convencional (com agitação mecânica) ou pistola sem ar (com agitação
mecânica), com espessura minima de película seca de 75 J.lm. Caso haja necessidade de
retoque, utilizar o preparo de superfície manual ou mecânica (St 2 ou St 3) e aplicar a tinta
de fundo epóxi-pó de zinco amida curada, conforme norma PETROBRAS N-1277, em
2 demlos, com espessura mínima seca de 70 J.lm por demlo, por meio de rola, trincha ou
pistola sem ar. Observar um intervalo de, no mínimo, 18 horas e, no máximo, de 24 horas
entre as demãos.
4.7.3.1 Para produtos, tais como: gasolinas automotivas e de aviação, uslop" claro,
querosene, diesel, naftas, óleo cru, água potável e álcool etilico hidratado ou anidro, aplicar
1 demão de tinta de poliuretano acrílico, conforme norma PETROBRAS N-2677, na cor
branca (código 0095) conforme norma PETROBRAS N-1219, por meio de rolo ou pistola,
com espessura mfnima de pelfcula seca de 70 J.lm. O intervalo entre esta demão e a última
demão de tinta intermediária, deve ser de, no mfnimo, 16 horas e, no máximo, 48 horas. No
rodapé. nas faixas de identificação promocional deve ser aplicada 1 demão de poliuretano
acrílico, conforme norma PETROBRAS N-2677, nas cores estabelecidas pela norma
PETROBRAS N-4, com espessura minima de pelicula seca de 70 J.lm por demão, por meio
de rolo ou trincha.
4.7.3.2 Para produtos, tais como: asfalto, óleos combustiveis, gas6leo, aSfaHo, "slop"
escuro, óleos lubrificantes e água não potável, aplicar 2 demlos de tinta de alumínio
fenóUca, conforme norma PETROBRAS N-1259, na cor aluminio (código 0170) conforme a
norma PETROBRAS N-1219 (exceto no rodapé, faixa vertical adjacente às escotilhas de
medição e nas faixas de identificação promocional), com espessura mínima de película seca
de 25 J.lm por demão, por meio de rolo ou pistola sem agitador mecânico. O intervalo entre
as demãos deve ser de, no mínimo, 24 horas e, no máximo, 72 horas. No rodapé, nas faixas
de identificação promocional e na faixa vertical, devem ser aplicadas 2 demãos de esmalte
sintético brilhante, conforme norma PETROBRAS N-2492. nas cores estabelecidas pela
norma PETROBRAS N-4, com espessura mfnima de peHcula seca de 30 J.lm por demão. por
meio de rolo ou trincha. O intervalo entre as demãos deve ser de, no mfnimo. 18 horas e. no
máximo, 72 horas.
24
in. 30 e max. 48 h
in. 8 e max. 72 h
in. 16 e max. 48 h
branca min. 8 e max. 48 h
T ---+ Trincha
1.2.9.1 Tintas
Para cada lote de tinta recebido, devem ser comparados os resultados do certificado
de análise emitido pelo fabricante com a especificação da tinta.
1.2.9.3 Película
Examinar se cada demão de tinta (durante a aplicação e após a exposição) está isenta
a) escorrimento;
b) empolamento;
c) enrugamento;
d) fendimento;
e) crateras;
g) descascamento;
h) oxidação/corrosão;
i) inclusão de pelos;
j) poros;
k) sangramento;
25
I) mancha menta;
m) pulverização seca.
1.2.9.4 Aderência
o teste de aderência deve ser efetuado após decorrido o tempo mínimo de secagem
para repintura de cada demão. Sempre que possível, o teste de aderência deve ser
realizado em corpos-de-prova (réplicas) representativos da superfície que está sendo
revestida. Desta forma, evita-se danificar a pintura aplicada sobre os equipamentos ou
estruturas. Caso isto não seja possível, o teste pode ser realizado na superfície que
está sendo revestida, desde que, posteriormente, a área danificada seja
adequadamente retocada.
Em tubulações, deve ser realizado, pelo menos, um teste para cada 100 m ou fração
do comprimento.
Durante a aplicação da tinta, a espessura de película úmida deve ser criteriosa mente
acompanhada pelo inspetor de pintura, de modo a evitar variações inaceitáveis na
espessura de película seca. Em tubulações, deve ser realizada, pelo menos, uma
medição para cada 10m ou fração do comprimento.
1.2.9.7 Descontinuidade
- Na operação de pintura deve ser utilizada máscara com filtro mecânico (contra pó) ou
no caso de se trabalhar com solventes tóxicos com filtro químico (contra gases).
- As latas de tintas e solventes vazias, bem como todo material de consumo (lixas
devem ser separadas e descartadas de forma adequada de maneira que não causem
danos ao meio ambiente.
Referências: