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HAMARTIOLOGIA

(Doutrina do Pecado)

A PERSPECTIVA BIBLICA DA NATUREZA DO PECADO

Embora muitas pessoas desconheçam o tópico ou sintam-se incomodadas com ele, é


imperativo discutirmos essa doutrina. A Bíblia apresenta uma série de perspectivas
quanto à natureza do pecado.

1. Pecado é uma inclinação interior (Mt 5.21, 22, 27, 28). Não somos pecadores
porque pecamos; pecamos porque somos pecadores. Pecado é qualquer falta
de conformidade, ativa ou passiva, com alei moral de Deus. Isso pode ser uma
questão de ato, de pensamento ou de disposição ou estado interior. Pecado é a
incapacidade de viver de acordo com o que deus espera de nós no que diz
respeito ao que fazemos, pensamos e somos.

2. Pecado é rebelião e desobediência. A Bíblia entende que toas as pessoas estão


em contato com a verdade e Deus. Paulo nota que isso inclui ate mesmo os
gentios, que,embora não tenham a revelação especial, tem a lei de Deus escrita
no coração (Rm 2.14,15). A incapacidade de crer na mensagem, particularmente
quando ela é apresentada de forma expressa e exclusiva, é desobediência ou
rebelião contra Deus.

3. Pecado implica em incapacidade espiritual. Com respeito ao seu efeito sobre os


pecadores espirituais do homem, a corrupção original herdada toma o nome de
incapacidade total. Aqui, de novo, é necessário fazer adequada distinção. Na
atribuição de incapacidade total à natureza do homem, não queremos dizer que
lhe é impossível fazer o bem em todo e qualquer sentido da palavra. Os teólogos
reformados (calvinistas) geralmente dizem que ele ainda é capaz de realizar: (1)
o bem natural; (2) o bem civil ou a justiça civil; e (3) exatamente, o bem religioso.
Admite-se que o mesmo o não regenerado possui alguma virtude, a qual se
revela nas relações da vida social, em muitos atos e sentimentos que merecem
a sincera aprovação e gratidão dos seus semelhantes, e que ate encontram a
aprovação de Deus, até certo ponto. Ao mesmo tempo, afirma-se que esses
mesmo atos e sentimentos, quando considerados em relação a Deus, são
radicalmente defeituosos. Seu defeito fatal é que não são motivados pelo amor
a Deus, nem pela consideração de que a vontade de Deus os exige. Quando
falamos da corrupção do homem em termos de incapacidade total, queremos
dizer duas coisas: (1) que o pecador não regenerado não pode praticar nenhum
ato, por insignificante que seja, que fundamentalmente obtenha a aprovação de
Deus e corresponda às exigências da santa lei de Deus; e (2) que ele não pode
mudar a sua preferência fundamental pelo pecado e por isso mesmo, trocando-
a pelo amor a Deus; não pode sequer fazer algo que se aproxime de tal
mudança. Numa palavra, ele é incapaz de fazer qualquer bem espiritual. Há
abundante suporte bíblico para esta doutrina: Jô 1.13; 3.5; 6.44; 8.34; 15.4, 5;
Rm 7.18, 24; 8.7, 8; 1 Co 2.14; 2 Co 3.5; Ef 2.1, 8-10; Hb 11.6.

4. Pecado é o cumprimento incompleto de dos padrões de Deus. Um elemento


comum que perpassa todas as caracterizações bíblicas do pecado é a idéia de
que o pecador falhou no cumprimento da lei de Deus. Á várias maneiras pelas
quais deixamos de atingir seus padrões de justiça. Podemos simplesmente ficar
aquém da norma estabelecida ou não fazer, de modo nenhum, o que Deus
ordena e espera. Saul é um exemplo (I Sm 15.23) as vezes, podemos fazer o
que é certo, mas pelo motivo errado de modo a cumprir a letra da lei, mas não
seu espírito (Mt 6. 2, 5, 16)

5. Pecado é desalojar Deus. Colocar outra cois, qualquer coisa, no lugar supremo
que pertence a Deus é pecado. Preferir qualquer objeto finito acima de deus é
errado, por mais altruísta que pareça tal escolha (Ex 20.3; Mc 12.30)
A UNIVERSALIDADE DO PECADO

Poucos se inclinarão a negar a presença do mal no coração humano, mas há muitas


divergências quanto à natureza desse mal e quanto ao modo como se originou. Mesmo
os pelagianos e os socinianos estão prontos a admitir que o pecado é universal. Este é
um fato que se impõe à atenção de toda gente.

1. HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DA FILOSOFIA O ATESTA. A história das


religiões dá testemunho da universalidade do pecado. A pergunta de Jó, “Como seria
justo o homem perante Deus?” (ver Jó 25.4) não foi feita somente nos domínios da
revelação especial, mas também fora deles, no mundo gentílico. As religiões pagãs
atestam uma consciência universal do pecado, e a necessidade de reconciliação com o
Ser Supremo. Há um sentimento generalizado de que os deuses estão ofendidos e
devem ser aplacados de algum modo. Há uma voz universal da consciência dando
testemunho do fato de que o homem carece do ideal e está condenado à vista de algum
Poder mais alto. Altares cheirando ao sangue dos sacrifícios, muitas vezes dos
sacrifícios de filhos queridos, repetidas confissões de más ações, e orações para
livramento do mal – tudo aponta para a consciência de pecado. Os missionários vêem
isso por onde vão. A história da filosofia indica o mesmo fato. Os mais antigos filósofos
gregos já tiveram que lutar com o problema do mal moral, e desde a época deles,
nenhum filósofo de renome pôde ignora-lo. Todos foram constrangidos a admitir a sua
universalidade, e isso a despeito do fato de que não foram capazes de explicar o
fenômeno. Houve, é verdade, um otimismo superficial no século dezoito, que sonhava
com a inerente bondade do homem, mas, em sua insensatez, fugia dos fatos e recebeu
cortante censura de Kant. Muitos teólogos modernistas forma induzidos a crer e a pregar
essa bondade humana inerente como na verdade evangélica, mas hoje em dia muitos
deles o qualificam como um dos mais perniciosos erros do passado. Uma coisa é certa:
os fatos da vida não autorizam esse otimismo.

2. A BÍBLIA O ENSINA CLARAMENTE. Há inequívocas declarações a Escritura


que indicam a pecaminosidade universal do homem, como nas seguintes passagens: 1
Rs 8.46; Sl 143.2; Pv 20.9; Ec 7.20; Rm 3.1-12, 19, 20, 23; Gl 3.22; Tg 3.2; 1 Jo 1.8, 10.
Várias passagens da Escritura ensinam que o pecado é herança do homem desde a
hora do seu nascimento e, portanto, está presente na natureza humana tão cedo que
não há possibilidade de ser considerado como resultado de imitação, Sl 51.5; Jó 14.4;
Jo 3.6. Em Ef 2.3 diz o apóstolo Paulo que os efésios eram “por natureza” filhos da ira,
como também os demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza”indica uma coisa
inata e original, em distinção daquilo que é adquirido. Então, o pecado é uma coisa
original, da qual participam todos os homens e que os faz culpados diante de Deus.
Além disso, de acordo com a Escritura, a morte sobrevém mesmo aos que nunca
exerceram uma escolha pessoal e consciente, Rm 5.12-14. esta passagem implica que
o pecado existe no caso de crianças, antes de possuírem discernimento moral. Desde
que sucede que as crianças morrem e, portanto, o efeito do pecado está presente na
situação delas, é simplesmente natural supor que a causa também está presente.
Finalmente, a Escritura ensina também que todos os homens se acham sob condenação
e, portanto, necessitam da redenção que há em Cristo Jesus. Nunca se declara que as
crianças constituem exceção a essa regra; Cf. As passagens recém-citadas e também
Jo 3.3, 5; 1 Jo 5. 12. Não contradizem isto as passagens que atribuem certa justiça ao
homem, como Mt 9.12, 13; At 10.35; Rm 2.14; Fp 3.6; 1 Co 1.30, pois esta pode ser a
justiça civil, cerimonial ou pactual, a justiça da lei ou a justiça que há em Cristo Jesus.
A TRANSMISSÃO DO PECADO

A Relação do pecado de Adão com a raça humana

a. Teoria Realista. O mais antigo método usado para explicar a relação existente
entre o pecado de Adão e a culpa e corrupção de todos os seus descendentes foi a
teoria realista. Essa teoria pretende que a natureza constitui uma única unidade, não
apenas genérica, mas também numericamente. Adão possuía a natureza humana
completa, e nele ela se corrompeu, por ato de apostasia dela em Adão. Individualmente,
os homens não são substâncias isoladas, mas, sim, manifestações da mesma
substância geral; são numericamente um só. Essa natureza humana universal tornou-
se corrupta e culpada em Adão, e, conseqüentemente, cada individualização dela nos
descendentes de Adão também é corrupta e culpada desde o inicio da sua existência.
Quer dizer que todos os homens pecaram de fato em Adão, antes de ter começo a
individualização da natureza humana. Essa teoria foi aceita por alguns dos “pais da
igreja” primitivos e por alguns dos escolásticos, e foi defendida mais recentemente pelo
dr. Shedd. Contudo, está sujeita a diversas objeções: (1) Descrevendo as almas dos
homens como individualizações da substância espiritual geral que estava presente em
Adão, parece implicar que a substância da alma é de natureza material, e assim nos
larga inevitavelmente nalgum tipo de materialismo. (2) É contrária ao testemunho da
consciência e não protege suficientemente os interesses da personalidade humana.
Todo homem tem consciência de que é uma personalidade à parte, e, portanto, é muito
mais que uma simples onda que passa no oceano geral da existência. (3) Ela não
explica por que os descendentes de Adão são responsabilizados somente pelo primeiro
pecado dele, e não por seus pecados posteriores, nem pelos pecados de todas as
gerações de antepassados subseqüentes a Adão. (4) tampouco essa teoria responde a
importante indagação, por que Cristo não foi responsabilizado pela prática fatual do
pecado em Adão, pois certamente Ele compartilhou a mesma natureza que pecou de
fato em Adão.

b. A doutrina da aliança das obras ou imputação imediata. Esta implica que Adão
tinha dupla relação com os seus descendentes, a saber, a de chefe natural da
humanidade, e a de chefe representativo de toda a raça humana na aliança das obras.
(1) A relação natural. Em sua relação natural, Adão foi o pai de toda a humanidade.
Quando foi criado por Deus, estava sujeito a mudança, e não tinha direito legítimo a um
estado imutável. Estava obrigado a obedecer a Deus, e esta obediência não lhe dava
direito a nenhuma recompensa. Por outro lado, se pecasse, ficaria sujeito à corrupção
e ao castigo, mas o pecado seria só dele, e não poderia ser lançado na conta dos seus
descendentes. Dabney sustenta que, de acordo com a lei de que os iguais se
reproduzem (o igual gera o seu igual), a corrupção de Adão passaria aos seus
descendentes. Mas, seja como for – e é útil especular sobre isso – eles não poderiam
se responsabilizados por essa corrupção. Não poderiam ser considerados culpados em
Adão meramente em virtude da relação natural que havia entre ele e a raça. A
apresentação reformada (calvinista) habitual é diferente. (2) A relação pactual. À relação
natural de Adão com os seus descendentes, Deus, por Sua graça, acrescentou uma
relação pactual composta de vários elementos positivos: (a) Um elemento de
representação. Deus ordenou que nessa aliança Adão não estaria só por si próprio, mas
como o representante de todos os seus descendentes. Conseqüentemente, ele foi o
chefe da raça, não somente num sentido paterno, mas também num sentido federal. (b)
Um elemento de prova. Enquanto que, sem essa aliança, Adão e os seus descendentes
estariam num continuado estado de prova, em constante risco de pecar, a aliança
garantiu que a perseverança persiste por um período fixo de tempo, seria recompensada
com o estabelecimento do homem num permanente estado de santidade e bem-
aventurança. (c) Um elemento de recompensa ou punição. Segundo os termos da
aliança, obteria legítimos direitos à vida eterna, se cumprisse as condições da aliança.
E não somente ele, mas também todos os seus descendentes participarem dessa
bênção. Portanto, em sua operação normal, as disposições pactuais seriam de
incalculável benefício para a humanidade. Mas havia a possibilidade de que o homem
desobedecesse, e, nesse caso, os resultados seriam correspondentemente
desastrosos. A transgressão do mandamento incluso na aliança redundaria em morte.
Adão escolheu o curso da desobediência, corrompeu-se pelo pecado, tornou-se culpado
aos olhos de Deus e, como tal, sujeito à sentença de morte. E porque ele era o
representante federal da raça, sua desobediência afetou os seus descendentes todos.
Em Seu reto juízo, Deus imputa a culpa do primeiro pecado, cometido pelo chefe da
aliança, a todos quantos se relacionam federalmente com ele. E, como resultado,
nascem também numa condição depravada e pecaminosa, e essa corrupção inerente
envolve culpa também. Esta doutrina explica por que somente o primeiro pecado de
Adão, e não os seus pecados subseqüentes nem os dos outros antepassados nossos,
é-nos imputado, e também salvaguarda a impecabilidade de Jesus, pois Ele não era
uma pessoa humana e, portanto, não fazia parte da aliança das obras.

c. Teoria da imputação mediata. Essa teoria nega que a culpa do pecado de Adão
seja diretamente imputada aos seus descendentes, e apresenta a matéria como segue:
Os descendentes de Adão herdam dele a sua corrupção inata por um processo de
geração natural, e somente com base na depravação inerente que eles compartem com
ele, são considerados culpados da apostasia dele. Não nascem corruptos porque são
culpados em Adão, mas são considerados culpados porque são corruptos. Sua
condição não se baseia em sua posição legal, mas a sua posição legal se baseia em
sua condição. Essa teoria, defendida primeiramente por Placeus, foi adotada por
Vitringa e Venema, ambos juniores, por vários teólogos da Nova Inglaterra e pro alguns
teólogos da Escola Nova, da Igreja Presbiteriana. Essa teoria é objetável por diversas
razões: (1) Uma coisa não pode ser mediada por suas próprias conseqüências. A
depravação inerente com a qual nascem os descendentes de Adão já é resultado do
pecado de Adão e, portanto, não pode ser considerada como a base sobre a qual são
culpados do pecado de Adão. (2) Ela não oferece base objetiva nenhuma para a
transmissão da culpa e depravação de Adão e todos os seus descendentes. Mas é
preciso que haja uma base legal objetiva para isso. (3) Se essa teoria fosse coerente,
teria que ensinar a imputação mediata dos pecados de todas as gerações precedentes
às subseqüentes, pois a sua corrupção conjunta é transmitida por geração. (4) Ela parte,
ainda, do pressuposto de que é possível haver corrupção moral que não é culpa ao
mesmo tempo, corrupção que não torna a pessoa passível de punição. (5) E, finalmente,
se a corrupção inerente, que está presente nos descendentes de Adão, pode ser
considerada como a base legal para a explicação de alguma outra coisa, já não há
necessidade de nenhuma imputação mediata.

A DOUTRINA DO PECADO HERDADO

Como somos afetados o pecado de Adão? As escrituras nos ensinam que nós
herdamos o pecado de Adão de duas maneiras.

1. Herdado culpa: Nós somos culpados por causa do pecado de Adão. Paulo
explica os efeitos do pecado de Adão ra da seguinte forma: "Através de um homem o
pecado entrou no mundo e pelo pecado veio a morte ea morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram "(Romanos 5:12).O contexto nos diz que Paulo não está
falando sobre os pecados que as pessoas cometem todos os dias, porque o parágrafo
inteiro (Romanos 5:12-21) está fazendo uma comparação entre Adão e Cristo. Ele está
nos dizendo que pela morte de Adão o pecado se espalhou para todos os homens
porque todos pecaram.

A idéia de que "todos pecaram" significa que Deus pensa de nós, pois todo pecado
quando Adão desobedeceu, é ainda mais enfatizada nos próximos dois versos, onde
Paulo diz:
Antes da promulgação da lei, não era pecado no mundo. É verdade que o pecado não
é levado em conta quando não há lei, no entanto, desde Adão até Moisés reinou a morte,
mesmo sobre aqueles que não o fez pecado por quebrar um comando, como fez Adão,
que é uma figura daquele que havia de vir. (Romanos 5:13-14)

Paulo está dizendo aqui que desde o tempo de Adão até o tempo de Moisés, o povo
não tinha lei escrita de Deus. Seus pecados não foram "tidos em conta" (como violações
da lei), mas ainda assim morreu. O fato de que eles morreram é uma boa prova de que
Deus considerou-os culpados com base do pecado de Adão.

A idéia de que Deus os tem por culpado por causa do pecado de Adão é ainda
reafirmada em Romanos 5:18-19:

Como uma só ofensa veio a condenação para todos, até mesmo um ato de justiça veio
a justificação que dá vida para todos. Porque, como pela desobediência de um só
homem muitos se tornaram pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos
justos.

Paulo está dizendo explicitamente que pela transgressão de um homem "muitos


foram feitos [gr. Kadsísthmi, que também é um indicativo aoristo que fala de uma ação
passada concluído] pecadores.” Quando Adão pecou, Deus considerou os pecadores
todos os descendentes de Adão. Embora ainda não existisse, Deus, olhando para frente
e sabendo que existiríamos, começou a considerar-nos culpados como Adam. Isto
também é consistente com a afirmação de Paulo de que "quando éramos ainda
pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8). Claro, alguns de nós sequer existia
quando Cristo morreu, mas mesmo assim, Deus considerou os pecadores que
precisavam de salvação.

A conclusão que podemos tirar desses versos é que todos os membros da raça
humana foram representados por Adão no tempo de testar no Jardim do Éden. Como
nosso representante, Adão pecou, e Deus nos encontrou culpados, assim como Adão.
(Um termo técnico é usado às vezes, neste contexto, é imputada, o que significa "culpa
atribuída a outro crime ou delito.")Deus viu que a culpa de Adão foi até nós, e uma vez
que Deus é o juiz supremo de todas as coisas no universo, e uma vez que seus
pensamentos estão sempre corretas, a culpa é nossa também. Deus corretamente que
imputou a culpa de Adão.

Às vezes, a doutrina do pecado herdado de Adão é chamada a doutrina do "pecado


original". Essa expressão não se refere ao primeiro pecado de Adão, mas a culpa e a
tendência para o pecado que nascemos. É "original" no sentido de que vem de Adão, e
também é original em que temos desde o início de nossa existência como pessoas, mas
todo o nosso pecado, não o pecado de Adão, a conversa. Este é o aspecto da herança
do pecado de Adão temos vindo a falar-se a idéia de que herdamos a culpa de Adão.

Quando confrontado pela primeira vez a idéia de que somos considerados culpados
do pecado de Adão, nossa tendência é a queixar-se que parece injusto. Não é realmente
escolher o pecado, não é? Como então podemos ser culpado? É justo para Deus agir
bem?

Nós podemos dizer três coisas para responder a esta:

(1) Qualquer pessoa que protesta que isso é injusto para esquecer que ele também
voluntariamente cometido muitos pecados para que Deus autêntica também
considerados culpados. Estes constituem a base essencial em que seremos julgados
no último dia, pois Deus "retribuirá a cada um segundo as suas obras" (Rm 2:6), e
"aquele que faz de errado vai pagar por seu próprio mal" (Cl 3:25).

(2) Além disso, alguns argumentaram, "se estivéssemos no lugar de Adão, também
o pecado como ele fez, e nossa rebelião contra Deus posterior é mostrado." Eu acho
que isso é provavelmente verdade, mas não parece ser um argumento decisivo, porque
ele assume muito sobre o que poderia ter acontecido ou não aconteceu. Essa incerteza
não pode ajudar muito a aliviar a sensação de que há alguma injustiça.

(3) A resposta mais convincente a essa objeção é apontar que, se pensarmos que
é injusto fazer-se representar por Adão, também devemos pensar que é injusto fazer-
se representar por Cristo e Deus escreve para nós a Sua justiça. Como o procedimento
utilizado foi o mesmo Deus, e é exatamente isso que Paulo está dizendo em Romanos
5:12-21: "Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram
pecadores, assim pela obediência de um muitos se tornarão justos "(Romanos
5:19).Adão nosso primeiro representante pecou, e Deus nos encontrou culpados. Cristo,
porém, o representante de todos os que crêem nele, obedeceu a Deus perfeitamente, e
Deus nos considera justos. Esta é simplesmente a maneira como Deus o fez funcionar
a raça humana. Deus considera a raça humana como um todo orgânico, representado
por Adão como seu cabeça. E Deus também tem a nova geração de cristãos, que são
redimidos por Deus, como um todo orgânico, uma unidade representada por Cristo
como chefe de seu povo.

No entanto, nem todos os teólogos evangélicos concordam que somos considerados


culpados por causa do pecado de Adão. Alguns, especialmente os teólogos acham que
isso seria injusto de Deus e não acreditar que Paulo está ensinando em Romanos 5. No
entanto, os evangélicos de todas as denominações concordam que recebemos uma
disposição pecaminosa ou tendência para o pecado como uma herança de Adão, uma
questão que consideramos abaixo.

2. Legado Corrupção: Temos um pecado na ação pecaminosa de Adão.Além da culpa


legal imputada a nós por Deus por causa do pecado de Adão, herdamos uma natureza
pecaminosa por causa do pecado de Adão. Essa natureza pecaminosa herdada é às
vezes chamada de “pecado original” e às vezes é mais precisamente chamado de
"poluição original." Eu tenho usado ao invés do termo "herdou a corrupção", porque
parece expressar mais claramente a idéia específica na mão.

David diz: "Eu sei que sou pecador no momento do nascimento, o pecado que a
minha mãe me concebeu" (Sl 51:5).Alguns equivocadamente pensaram que o que
temos aqui é o pecado da mãe de David, mas isso é incorreto, porque o contexto não
tem nada a ver com a mãe de David. David está confessando seu pecado pessoal ao
longo desta seção. Ele diz:

Tem misericórdia de mim, ó Deus,

... Apaga as minhas transgressões.

Lave toda a iniqüidade minha

e purifica-me do meu pecado.

Eu conheço as minhas transgressões;

Pequei contra ti ... (Salmo 51:1-4)

David é tão oprimido por sentimentos de culpa quando ele examina sua vida, ele
percebe que pecou desde o início. Em tudo o que ele se lembra de si mesmo, sempre
teve uma natureza pecaminosa. Desde quando ele nasceu, diz: "Eu sei que sou ruim de
nascimento." Além disso, mesmo antes do nascimento tinha uma disposição para o
pecado e afirma que no momento da concepção tinha uma natureza pecaminosa que
"o pecado que a minha mãe me concebeu" (Sl 51:5).Esta é uma afirmação muito forte
da tendência herdada para o pecado está na nossa vida desde o início. Uma idéia similar
aparece no Salmo 58:3: "O ímpio se desviar do nascimento, desde o ventre desviam
mentirosos."

Portanto, “a nossa natureza inclui uma disposição para o pecado, para que Paulo
pode dizer que antes de sermos cristãos “, como os outros fossem por natureza sujeitos
à ira de Deus" (Ef. 2:3). Todo mundo que tem levantado as crianças podem testemunhar
piloto todos nascemos com essa tendência para o pecado. As crianças não têm a
ensiná-los a fazer o mal, eles descobrem por si mesmos. O que temos que fazer como
pais é ensinar-lhes a fazer o bem, trazê-los "na disciplina e na admoestação do Senhor"
(Ef. 6:4).

Esta tendência herdada para o pecado não quer dizer que os seres humanos são
tudo o que poderia ser mal. As restrições da lei civil, as expectativas da família e da
sociedade, e a convicção da consciência humana (Romanos 2:14-15) nos fornecer
restrições sobre as influências das tendências pecaminosas do coração. Portanto, para
a "graça comum" de Deus (isto é, o favor imerecido que ele dá a todos os seres
humanos), as pessoas têm sido capazes de fazer muito bem em termos de educação,
o desenvolvimento da civilização, o progresso científico e desenvolvimento tecnológico
de beleza e habilidades artísticas, o desenvolvimento de leis justas e atos gerais da
benevolência e bondade humana para com os outros. Na verdade, a influência mais
cristã em uma sociedade tem geralmente mais ver claramente a influência da "graça
comum" na vida dos incrédulos. Mas, apesar de a capacidade de fazer bem em muitos
sentidos da palavra, a nossa corrupção herdada, a nossa tendência ao pecado,
recebemos de Adão, o que significa que Deus está preocupado não podemos fazer
qualquer coisa que você gosta. Isto pode ser visto de duas maneiras:

a. . Em nossas naturezas totalmente faltou bem espiritual diante de Deus: Não há


dúvida de que algumas partes de nós são pecaminosas e outras pura. Pelo contrário,
cada parte de nosso ser é afetado pelo pecado, nosso intelecto, emoções, desejos,
coração (o centro dos nossos desejos e de tomada de decisão), as nossas metas e
motivações e até mesmo os nossos corpos físicos. Paulo diz: "Eu sei que em mim, isto
é, na minha carne, não habita bem algum" (Romanos 7:18), e "para o nada corrupto e
descrente é puro. Em vez disso, eles corromperam a mente ea consciência "(Tt 1:15).
Além disso, Jeremias nos diz: "Não há nada tão enganosa como o coração. É
impossível. Quem pode entender? " (Jer 17:9). Nestas passagens das Escrituras não
estão negando que os incrédulos podem fazer o bem para a sociedade em alguns
aspectos, mas eles estão negando que eles podem fazer qualquer bem espiritual ou ser
bom em termos de relacionamento com Deus.Além da obra de Cristo em nossas vidas,
somos como outros incrédulos "por causa da ignorância que domina e da dureza de
seus corações, eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida que vem
de Deus" ( Ef 4:18).
b. Em nossas ações que são totalmente incapazes de fazer o bem diante de Deus:
Essa idéia está relacionada com a anterior.Não são apenas todos os pecadores que
não têm nenhum bem espiritual em nós, mas também não têm a capacidade de agradar
a Deus e a capacidade de se aproximar de Deus por nós mesmos. Paulo diz que
"aqueles que vivem na carne não podem agradar a Deus" (Romanos 8:8).Além disso,
em termos de dar frutos para o reino de Deus e não o que lhe agrada, Jesus diz: "Sem
Mim nada podeis fazer" (Jo 15:5). Na verdade, os incrédulos não agradar a Deus, se
não por outro motivo, simplesmente porque suas ações não são devido a ter fé em Deus
e amá-lo, e "sem fé é impossível agradar a Deus" (Atos 11:06 .) Ao se referir aos leitores
de Paulo ficaram incrédulos, Paulo diz: "Ao mesmo tempo que você estava morto em
delitos e pecados em que você usou" (Ef 2:1-2). Os incrédulos estão em um estado de
escravidão e submissão ao pecado, porque "todo aquele que comete pecado é escravo
do pecado" (Jo 8:34). Embora do ponto de vista humano pessoas podem ser capazes
de fazer muita coisa boa, Isaías diz que "todas as nossas justiças são como trapo da
imundícia" (Isaías 64:6, cf. Ro 3:9-20). Os incrédulos não podem entender as coisas de
Deus corretamente, porque "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de
Deus, pois é uma loucura, e não pode entendê-las porque elas se discernem
espiritualmente" 1 Coríntios 2: 14, Também não podemos voltar para Deus por nossos
próprios recursos, porque Jesus disse: "Ninguém pode vir a mim se o Pai atrai aquele
que me enviou" (Jo 6:44).]

Mas se temos uma total incapacidade de fazer o bem espiritual aos olhos de Deus,
ainda temos liberdade de escolher? Claro, todos que estão fora de Cristo ainda pode
fazer voluntário, ou seja, eles decidem o que querem fazer, e eles fazem. Neste sentido,
há ainda algum tipo de "liberdade" nas decisões que as pessoas fazem. No entanto,
devido à sua incapacidade de fazer o bem e escapar de sua rebelião contra Deus básica
e sua preferência fundamental para o pecado, os incrédulos não são livres no sentido
mais importante da liberdade: a liberdade de fazer o bem e que agrada a Deus.

O pedido de nossas vidas é evidente. Se Deus dá a alguém o desejo de se


arrepender e confiar em Cristo, essa pessoa não deve ser adiado e endurecem seus
corações (cf. Eu 3:7-8, 12:17). Esta capacidade de se arrepender e desejo de confiar
em Deus não é a nossa maneira natural, mas vem a nós pelo estímulo do Espírito Santo,
e não vai durar para sempre. "Se você ouvir a sua voz, não endureçais o vosso coração"
(Atos 3:15).

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