Você está na página 1de 102

FISIOLOGIA DO SISTEMA

RESPIRATÓRIO

Vanessa Duarte Ortiz

E-mail: vanessa_ro994@hotmail.com
TÓPICOS

1) INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA – Aspectos funcionais e estruturais

2) MECÂNICA VENTILATÓRIA
1. INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Aspectos funcionais e estruturais
O TERMO RESPIRAÇÃO

Troca de gás entre o meio Utilização intracelular do O2 e


EXTERNO e as células do corpo substratos orgânicos

Silverthorn, 2010.
O TERMO RESPIRAÇÃO

Troca de gás entre o meio Utilização intracelular do O2 e


EXTERNO e as células do corpo substratos orgânicos

Função:

Silverthorn, 2010.
O TERMO RESPIRAÇÃO

Troca de gás entre o meio Utilização intracelular do O2 e


EXTERNO e as células do corpo substratos orgânicos

QUAIS SÃO AS Função:


FUNÇÕES?

Silverthorn, 2010.
FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Fornecer oxigênio (O2) e eliminar


dióxido de carbono (CO2).
FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Regulação do pH através da excreção ou retenção de CO2

Modulação da frequência respiratória controla a perda de H2O e calor

Células quimiorreceptoras localizadas no teto das cavidades nasais são responsáveis por captar estímulos olfativos
FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Processamento do ar realizado na zona de condução das vias aéreas. Importante para condicionar o ar antes de chegar na
zona respiratória (trocas gasosas).

Movimento do ar pelas pregas vocais, criando vibrações

Mecanismos de defesa do epitélio respiratório capaz de aprisionar e destruir substâncias potencialmente nocivas antes que
elas possam entrar no corpo.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

1. VIAS ÁREAS SUPERIORES

2. VIAS ÁREAS INFERIORES

3. CAIXA TORÁCICA

4. MUSCULATURA RESPIRATÓRIA

5. SUPRIMENTO SANGUÍNEO

6. PLEURAS
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

• CAVIDADE NASAL • TRAQUEIA

• SEIOS NASAIS • BRÔNQUIOS

• FARINGE • BRONQUÍOLOS

• LARINGE • ALVÉOLOS

• GLOTE

• PREGAS VOCAIS

Netter, 2011.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

VIAS ÁREAS INFERIORES


• CAVIDADE NASAL • TRAQUEIA

• SEIOS NASAIS • BRÔNQUIOS

• FARINGE • BRONQUÍOLOS

• LARINGE • ALVÉOLOS

• GLOTE

• PREGAS VOCAIS

Berne&Levy, 2009.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

VIAS ÁREAS INFERIORES


• CAVIDADE NASAL • TRAQUEIA

• SEIOS NASAIS • BRÔNQUIOS

• FARINGE • BRONQUÍOLOS

• LARINGE • ALVÉOLOS

• GLOTE

• PREGAS VOCAIS
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

LARINGE
VIAS ÁREAS INFERIORES
• CAVIDADE NASAL Epiglote
• TRAQUEIA
• SEIOS NASAIS
• BRÔNQUIOS
• FARINGE
• BRONQUÍOLOS
• LARINGE
• ALVÉOLOS
• GLOTE

• PREGAS VOCAIS

Principal órgão responsável pela FONAÇÃO


ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

VIAS ÁREAS INFERIORES


• CAVIDADE NASAL • TRAQUEIA

• SEIOS NASAIS • BRÔNQUIOS

• FARINGE • BRONQUÍOLOS

• LARINGE • ALVÉOLOS

• GLOTE

• PREGAS VOCAIS
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

• CAVIDADE NASAL • TRAQUEIA

• SEIOS NASAIS • BRÔNQUIOS

• FARINGE • BRONQUÍOLOS

• LARINGE • ALVÉOLOS

• GLOTE

• PREGAS VOCAIS

Netter, 2011.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

As vias aéreas podem ser


divididas em:

• ZONA DE CONDUÇÃO

• ZONA RESPIRATÓRIA

Costanzo, 2007.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

ZONA DE CONDUÇÃO
COMPOSTA POR: Cavidade nasal > Faringe
> Laringe > Traqueia > Brônquios
(principal > lobar > segmentar) >
Bronquíolos > Bronquíolos terminais

FUNÇÃO:
CONDUÇÃO, UMIDIFICAÇÃO, FILTRAÇÃO E
AQUECIMENTO DO AR

Costanzo, 2007.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

ZONA RESPIRATÓRIA
COMPOSTA POR:
Bronquíolos respiratórios* > Ductos
alveolares > Sacos alveolares > Alvéolos
Zona respiratória ou Unidade de Trocas Gasosas

FUNÇÃO: TROCAS GASOSAS

*estruturas de transição (tem troca gasosa, mas em


níveis não significativos)

Costanzo, 2007.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
MAIOR ÁREA DE SECÇÃO
TRANSVERSAL dos alvéolos é o
que permite o pulmão ter a
capacidade de acomodar
volume máximo de 6L de ar.

Superfície de troca gasosa


(± 85m2)

Silverthorn, 2010.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

ZONA CONDUÇÃO:
• MENOR área de secção transversal
Fluxo
• MAIOR fluxo de ar
rápido
ZONA RESPIRATÓRIA:
• MAIOR área de secção transversal Fluxo
(devido ao grande nº de lento
ramificações)
• MENOR fluxo de ar
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

ÁREA DE SECÇÃO TRANSVERSAL


ZONA CONDUÇÃO:
• MENOR área de secção transversal
• MAIOR diâmetro Fluxo
• MAIOR fluxo de ar
rápido

ZONA RESPIRATÓRIA: Fluxo


• MAIOR área de secção transversal lento
• MENOR diâmetro (devido ao
grande nº de ramificações)
• MENOR fluxo de ar
Margarida, 2012.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

ZONA CONDUÇÃO:
Velocidade do fluxo e
• MENOR área de secção transversal
Fluxo
área de secção são
• MAIOR fluxo de ar
rápido
ZONA RESPIRATÓRIA: inversamente
• MAIOR área de secção transversal Fluxo
(devido ao grande nº de lento
ramificações) proporcionais.
• MENOR fluxo de ar
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

• CAVIDADE NASAL • TRAQUEIA

• SEIOS NASAIS • BRÔNQUIOS

• FARINGE • BRONQUÍOLOS

• LARINGE • ALVÉOLOS

• GLOTE

• PREGAS VOCAIS

Netter, 2011.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

PROTEÇÃO DAS VIAS ÁREAS INFERIORES

• 12 vértebras torácicas
• 12 pares de costelas
• Cartilagens costais
• Esterno
• Músculos associados
Silverthorn, 2010.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Esternocleidomastoideo
(eleva o esterno)

Músculos Escalenos Intercostais internos Músculos


(elevam as costelas (rebaixa as costelas)
INSPIRATÓRIOS superiores) EXPIRATÓRIOS
Músculos Músculos abdominais
intercartilaginosos (rebaixa as costelas inferiores,
(elevam as costelas) comprimem o conteúdo abdominal)

Intercostais externos
(elevam as costelas)

DIAFRAGMA
(aumenta a dimensão longitudinal do
tórax e eleva as costelas inferiores)

PRINCIPAL MÚSCULO DA INSPIRAÇÃO! Berne&Levy, 2009.


ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Rede de capilares
envolvendo os
alvéolos.

Sangue Venoso
Pobre em O2
Sangue Arterial
Rico em O2
Berne&Levy, 2009.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Rede de capilares
envolvendo os
alvéolos.

Sistema de BAIXA PRESSÃO e


ALTA TAXA DE FLUXO SANGUÍNEO
Artérias pulmonares são
muito complacentes (+ distensíveis)

Requer menor pressão para o sangue fluir pela


circulação pulmonar (baixa resistência); logo, maior
fluxo sanguíneo
Berne&Levy, 2009.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Sistema de BAIXA PRESSÃO e


ALTA TAXA DE FLUXO SANGUÍNEO
Artérias pulmonares são
muito complacentes (+ distensíveis)

Requer menor pressão para o sangue fluir pela


circulação pulmonar (baixa resistência); logo, maior
fluxo sanguíneo
Guyton, 2010.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

CIRCULAÇÃO SISTÊMICA QUE

NUTRE AS ESTRUTURAS

PULMONARES
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

PLEURA VISCERAL – recobre o pulmão

PLEURA PARIETAL – voltada para a


cavidade torácica
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

PLEURA VISCERAL – recobre o pulmão

PLEURA PARIETAL – voltada para a


cavidade torácica
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

PLEURA VISCERAL – recobre o pulmão

PLEURA PARIETAL – voltada para a


cavidade torácica
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

 Permite o deslizamento entre as pleuras, dando


mobilidade de retração/expansão aos pulmões;
 Mantém os pulmões aderidos à parede torácica;
 Amortecimento (atrito)
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

1. VIAS ÁREAS SUPERIORES

2. VIAS ÁREAS INFERIORES

3. CAIXA TORÁCICA

4. MUSCULATURA RESPIRATÓRIA

5. SUPRIMENTO SANGUÍNEO

6. PLEURAS
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

1. CÉLULAS CILIADAS

2. CÉLULAS CALICIFORMES

3. CÉLULAS ALVEOLARES

4. MACRÓFAGOS PULMONARES

5. FLUIDOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

6. INTERSTÍCIO PULMONAR

Silverthorn, 2010.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Células epiteliais ciliadas  produz fluido


periciliar (solução salina);
cílios > movimento mucociliar

Produtoras de muco 
Contém glicoproteínas, proteoglicanos e
imunoglobulinas
Silverthorn, 2010.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Costanzo, 2007; Berne&Levy 2006


ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

CÉLULAS ALVEOLARES DO TIPO I:


• 95%
• Células maiores e mais finas
• TROCAS GASOSAS

CÉLULAS ALVEOLARES DO TIPO II:


• 5%
• Células menores e mais espessas
• Síntese do SURFACTANTE (90%
lipídios, fosfolipídios, fosfatidilcolina,
fosfatidilglicerol; 10% proteínas)
Silverthorn, 2010.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

CÉLULAS ALVEOLARES DO TIPO I:


• 95%
• Células maiores e mais finas
• TROCAS GASOSAS

CÉLULAS ALVEOLARES DO TIPO II:


• 5%
• Células menores e mais espessas
• Síntese do SURFACTANTE (90%
lipídios, fosfolipídios, fosfatidilcolina,
fosfatidilglicerol; 10% proteínas)
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Fagocitose de partículas
estranhas que entram nos
pulmões
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

• Fluido periciliar (solução salina)


• Muco
• Surfactante
Componentes do
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

• Tecido linfoide

• Células musculares lisas

• Tecido conjuntivo

• Vasos linfáticos

• Capilares

• Fibroblastos – sintetizam colágeno e elastina

que fazem parte da matriz extracelular


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Renovação cíclica do gás Transporte do O2 e Difusão do O2 e CO2 entre os Controle nervoso


alveolar pelo ar CO2 no sangue alvéolos e capilares sobre a respiração
atmosférico pulmonares OU entre
capilares sistêmicos e células
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Renovação cíclica do gás Transporte do O2 e Difusão do O2 e CO2 entre os Controle nervoso


alveolar pelo ar CO2 no sangue alvéolos e capilares sobre a respiração
atmosférico pulmonares OU entre
capilares sistêmicos e células
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Renovação cíclica do gás COMO OCORRE


Difusão do O eESSA
Transporte do O2 e CO entreRENOVAÇÃO
2 os2Controle nervoso
alveolar pelo ar CO2 no sangue alvéolos e capilares sobre a respiração
atmosférico
DO AR DENTRO DOS
pulmonares OU entre
ALVÉOLOS?
capilares sistêmicos e células
2. MECÂNICA VENTILATÓRIA
MECÂNICA VENTILATÓRIA

CONTRAÇÃO/RELAXAMENTO DOS GRADIENTE DE


MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS VOLUME

GRADIENTE DE
PRESSÃO

FLUXO DE AR PARA DENTRO/FORA


DOS PULMÕES
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Processo mecânico no qual o ar


é movido para dentro e para
fora do pulmão

Resume-se nos processos de


INSPIRAÇÃO e EXPIRAÇÃO.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Esternocleidomastoideo*
(eleva o esterno)

Músculos Escalenos * Intercostais internos Músculos


(elevam as costelas (rebaixa as costelas)
INSPIRATÓRIOS superiores) EXPIRATÓRIOS
Músculos Músculos abdominais Contraem
Contraem
intercartilaginosos (rebaixa as costelas inferiores, durante a
durante a (elevam as costelas) comprimem o conteúdo abdominal) EXPIRAÇÃO
INSPIRAÇÃO
Intercostais externos FORÇADA
(elevam as costelas)

*Músculos DIAFRAGMA
acessórios (só (aumenta a dimensão longitudinal do
contraem na tórax e eleva as costelas inferiores)
inspiração forçada)
PRINCIPAL MÚSCULO DA INSPIRAÇÃO! Berne&Levy, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Diafragma CONTRAI
Tórax EXPANDE
Volume torácico AUMENTA
Silverthorn, 2010.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Diafragma RELAXA
Tórax RETRAI
Volume torácico DIMINUI
Silverthorn, 2010.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

O QUE ACONTECE COM AS


Diafragma CONTRAI Diafragma RELAXA
PRESSÕES DO SISTEMA
Tórax EXPANDE Tórax RETRAI
RESPIRATÓRIO? Volume torácico AUMENTA Volume torácico DIMINUI
MECÂNICA VENTILATÓRIA
Base da
ventilação
pulmonar

Lei de Boyle: Explica a relação entre pressão e


volume: Ao diminuir o volume de um recipiente, a
colisão das moléculas de gás umas com as outras e
com as paredes se tornará mais frequente, e assim,
a pressão do gás na mistura aumentará.

“Pressão inversamente
proporcional ao volume” P1 V 1 = P2 V 2 Silverthorn, 2010.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

FLUXO DE AR OCORRE
A FAVOR DE UM GRADIENTE DE PRESSÃO

Área de Área de
ALTA BAIXA
PRESSÃO PRESSÃO
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Pressão ALVEOLAR ou INTRAPULMONAR


• Pressão INTRAPLEURAL ou PLEURAL
• Pressão TRANSPULMONAR

Marieb, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Pressão ALVEOLAR ou INTRAPULMONAR


• Pressão INTRAPLEURAL
 Pressão oualvéolos
do ar dentro dos PLEURAL pulmonares
• Pressão TRANSPULMONAR
 Aumenta e diminui com as fases da ventilação
 SEMPRE, em algum momento (pausas
respiratórias), se iguala com a pressão atmosférica.

Marieb, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Pressão ALVEOLAR ou INTRAPULMONAR


• Pressão INTRAPLEURAL ou PLEURAL
•  Pressão
Pressão TRANSPULMONAR
do líquido pleural presente no espaço
intrapleural.
 Resultante da oposição das forças de expansão
da caixa torácica e da retração pulmonar
 É sempre NEGATIVA (–).

Marieb, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Pressão ALVEOLAR ou INTRAPULMONAR


• Pressão INTRAPLEURAL ou PLEURAL
•  Pressão
Pressão TRANSPULMONAR
do líquido pleural presente no espaço
intrapleural.
 Resultante da oposição das forças de expansão
da caixa torácica e da retração pulmonar
 É sempre NEGATIVA (–).
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Presença de
ar no espaço
intrapleural
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Pressão ALVEOLAR ou INTRAPULMONAR


• Pressão INTRAPLEURAL ou PLEURAL
• Pressão TRANSPULMONAR

 Diferença entre a PALVEOLAR e a PINTRAPLEURAL


 Amplitude da pressão transpulmonar determina o grau de
expansão dos pulmões (↑PRESSÃO = ↑EXPANSÃO)
 O pulmão requer pressão transpulmonar positiva para
aumentar seu volume.
Marieb, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Pressão ALVEOLAR ou INTRAPULMONAR


• Pressão INTRAPLEURAL ou PLEURAL
• Pressão TRANSPULMONAR

 Diferença entre a PALVEOLAR e a PINTRAPLEURAL


 Amplitude da pressão transpulmonar determina o grau de
expansão dos pulmões (↑PRESSÃO = ↑EXPANSÃO)
 O pulmão requer pressão transpulmonar positiva para
aumentar seu volume.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Consiste de uma inspiração seguida


de uma expiração

INSPIRAÇÃO:
• Músculos inspiratórios contraem
• Volume torácico aumenta
• PALVEOLAR e PINTRAPLEURAL REDUZ
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Consiste de uma inspiração seguida


de uma expiração

EXPIRAÇÃO:
• Músculos expiratórios contraem
• Volume torácico diminui
• PALVEOLAR e PINTRAPLEURAL aumenta
MECÂNICA VENTILATÓRIA

CONTRAÇÃO/RELAXAMENTO DOS GRADIENTE DE


MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS VOLUME

GRADIENTE DE
PRESSÃO

FLUXO DE AR PARA DENTRO/FORA


DOS PULMÕES
MECÂNICA VENTILATÓRIA
INSPIRAÇÃO • Inspiração Espontânea: Contração do diafragma, dos músculos intercartilaginosos e dos
intercostais externos .
• Inspiração Forçada (ex. exercício): Contração do diafragma, dos músculos intercartilaginosos e dos
intercostais externos (que sempre contraem) e dos esternocleidomastóideo e escalenos (acessórios).

Marieb, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA
. Retração elástica do pulmão
EXPIRAÇÃO • Expiração Espontânea (PASSIVA): Processo passivo; Relaxamento do diafragma e dos outros
músculos inspiratórios;
• Expiração Forçada (ATIVA): Intercostais internos e abdominais contraem.

Marieb, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS

• ELASTICIDADE

• COMPLACÊNCIA
MECÂNICA VENTILATÓRIA

∆𝑷
• Resistência é determinada pelo DIÂMETRO das vias aéreas. Fatores 𝑭 =
que influenciam o diâmetro e, consequentemente, a resistência:
𝑹
 Volume pulmonar
F = fluxo aéreo
 Muco
∆P = diferença de pressões
 Edema
entre a atmosfera e os alvéolos
 Broncoconstrição/Broncodilatação
R = resistência
 Densidade e a viscosidade do gás inspirado
• Fluxo aéreo é inversamente proporcional à resistência
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Parassimpático
• Histamina Broncoconstrição  Resistência   Fluxo aéreo

Broncodilatação  Resistência   Fluxo aéreo


• Simpático
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• ELASTICIDADE = propriedade de um determinado material


(pulmão) retornar ao seu estado de repouso após ter sofrido
deformação causada por uma força externa
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Forças elásticas dos pulmões:


 Força elástica dos tecidos pulmonares (fibras de elastina)
 Forças elásticas causadas pela tensão superficial do
líquido que reveste os espaços aéreos.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• TENSÃO SUPERFICIAL = força de atração (coesão) entre as


moléculas de água na interface ar-líquido.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Força que torna mais


difícil insuflar o pulmão!
• TENSÃO SUPERFICIAL = força de atração (coesão) entre as
moléculas de água na interface ar-líquido. LÍQUIDO
(H2O)
Síntese do
Composição: 90% lipídios (predominantemente,
fosfolipídios) ; 10% proteínas

Substância detergente  moléculas do surfactante se


intercalam entre as moléculas de água:
Força de coesão entre as moléculas
• TENSÃO SUPERFICIAL

Papel do :

Boron, 2009.
CÉLULAS ALVEOLARES DO TIPO II:

Síntese do
(90% lipídios, fosfolipídios, fosfatidilcolina,
fosfatidilglicerol; 10% proteínas)

Substância detergente  moléculas do surfactante se


Substância detergente  moléculas do surfactante se
intercalam entre as moléculas de água:
intercalam entre as moléculas de água:
Força de coesão entre as moléculas
Força de coesão entre as moléculas
• TENSÃO SUPERFICIAL

Papel do :

Boron, 2009.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

SEM surfactante COM surfactante


MECÂNICA VENTILATÓRIA

SEM surfactante COM surfactante


Surfactante pulmonar desempenha muitos papéis fisiológicos:
•  Trabalho da respiração
• Previne o colapso dos alvéolos
• Estabiliza os alvéolos
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Lei de Laplace:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝟐 𝐱 𝐓𝐞𝐧𝐬ã𝐨 𝐧𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐞𝐝𝐞


𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎/𝑎𝑙𝑣é𝑜𝑙𝑜 =
𝐫𝐚𝐢𝐨

Logo, seguindo a lei de Laplace, se a Tensão Superficial (TS) fosse a mesma


para alvéolos menores e maiores, a pressão nos alvéolos menores seria
muito MAIOR! Porém, isso não ocorre, pois esses alvéolos têm MAIS
SURFACTANTE para ajudar a diminuir a TS, igualando, dessa forma, as
pressões nos alvéolos menores em relação aos maiores!
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Lei de Laplace:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝟐 𝐱 𝐓𝐞𝐧𝐬ã𝐨 𝐧𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐞𝐝𝐞


𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎/𝑎𝑙𝑣é𝑜𝑙𝑜 =
𝐫𝐚𝐢𝐨

Logo, seguindo a lei de Laplace, se a Tensão Superficial (TS) fosse a mesma


para alvéolos menores e maiores, a pressão nos alvéolos menores seria
Sem surfactante Com surfactante
muito MAIOR! Porém, isso não ocorre, pois esses alvéolos têm MAIS Ar vai do alvéolo menor MAIS surfactante no alvéolo menor
(maior pressão) p/ o alvéolo para reduzir a TS; logo, a pressão nos
SURFACTANTE para ajudar a diminuir a TS, igualando, dessa forma, as maior (menor pressão). Logo, alvéolos menores e maiores se torna
alvéolos menores teriam similar, NÃO havendo o deslocamento
pressões nos alvéolos menores em relação aos maiores! muita dificuldade de inflar de ar do alvéolo menor p/ o maior.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• É a medida do grau de distensão do pulmão.


• É definida como a mudança do volume pulmonar (mL ou L)
que resulta de mudança de 1 cmH2O na pressão
CP = Complacência pulmonar
transpulmonar. ∆V = variação de volume
∆P = variação de pressão
MECÂNICA VENTILATÓRIA

• Descreve a distensibilidade pulmonar, ou seja, é a facilidade com que um objeto (PULMÃO)


pode ser deformado.
Determinada por dois fatores:
a) Distensibilidade do tecido pulmonar (fibras de colágeno – principal componente
que limita a distensão pulmonar)
b) Tensão superficial alveolar
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Diagrama da complacência pulmonar


(curva pressão-volume):
• Curva de complacência inspiratória
• Curva de complacência expiratória

Guyton, 2011.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

ESTADO DE MAL ASMÁTICO:


 Resistência das vias aéreas
(broncoespasmo + inflamação das vias aéreas
+ muco)
MECÂNICA VENTILATÓRIA

ENFISEMA:
 Elasticidade
 Complacência
(devido à destruição dos alvéolos)
MECÂNICA VENTILATÓRIA

FIBROSE PULMONAR:
 Complacência
(devido à deposição de fibras colágenas
no espaço intersticial  dificulta a
distensão pulmonar!)
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. VOLUME CORRENTE (VC)


2. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIA (VRI)
3. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA (VRE)
4. VOLUME RESIDUAL (VR)
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. VOLUME CORRENTE (VC)


2.Volume
VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIA (VRI)
de ar inspirado ou expirado durante
3. VOLUME
respiraçãoDE
emRESERVA EXPIRATÓRIA (VRE)
repouso (não-forçado).
4. VOLUME RESIDUAL (VR)
~500mL
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. VOLUME CORRENTE (VC)


2. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIA (VRI)
3. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA (VRE)
Volume de ar inalado na inspiração com
4. VOLUME RESIDUAL (VR)
máximo de esforço.
~3000mL
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. VOLUME CORRENTE (VC)


2. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIA (VRI)
3. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA (VRE)
4. VOLUME RESIDUAL (VR)
Volume de ar exalado na expiração com
máximo de esforço.
~1100mL
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. VOLUME CORRENTE (VC)


2. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIA (VRI)
3. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA (VRE)
4. VOLUME RESIDUAL (VR)

Volume de ar que permanece nos pulmões


mesmo ao final da mais vigorosa das expirações.
~1200mL
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. CAPACIDADE INSPIRATÓRIA
2. CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL
3. CAPACIDADE VITAL
4. CAPACIDADE PULMONAR TOTAL

Guyton, 2011.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. CAPACIDADE INSPIRATÓRIA
2. CAPACIDADE
CI =RESIDUAL
VC + VRI: FUNCIONAL
Máximo de ar que pode ser inalado
3. CAPACIDADE VITAL
após a expiração do volume
4. corrente.
CAPACIDADE ~3500mL TOTAL
PULMONAR

Guyton, 2011.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. CAPACIDADE INSPIRATÓRIA
2. CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL
3. CAPACIDADE VITAL
CRF = VRE + VR:
4. Quantidade de
CAPACIDADE ar que permanece
PULMONAR TOTAL
nos pulmões após a expiração do
volume corrente. ~2300mL

Guyton, 2011.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. CAPACIDADE INSPIRATÓRIA
2. CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL
3. CAPACIDADE VITAL
4. CAPACIDADE
CV = VRIPULMONAR
+ VC + VRE: TOTAL
É o máximo de ar que pode ser
movimentado desde o máximo de
inspiração até o máximo de expiração..
~4500mL
Guyton, 2011.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

1. CAPACIDADE INSPIRATÓRIA
2. CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL
3. CAPACIDADE VITAL
4. CAPACIDADE PULMONAR TOTAL

CPT = VRI + VC + VRE + VR:


Máximo de ar que os pulmões podem
conter. ~5800mL
Guyton, 2011.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

Silverthorn, 2010.
MECÂNICA VENTILATÓRIA

ANATÔMICO FISIOLÓGICO
(Vias condutoras) (vias condutoras +
• Não há trocas gasosas nesse alvéolos defeituosos)
seguimento das vias aéreas

• Corresponde a cerca de 1/3 do


volume corrente (150 ml)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Berne e Levy. Fisiologia – 6ª ed., Elsevier, 2009.

• Costanzo. Fisiologia – 3ª ed., Elsevier, 2007.

• Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Medica – 11ª ed., Elsevier, 2006.

• Marieb. Anatomia e Fisiologia – 3ª ed., Artmed, 2009.

• Netter. Atlas de Anatomia Humana – 5ª ed., Elsevier, 2011.

• Silverthorn. Fisiologia Humana, uma abordagem integrada – 5ª ed., Artmed, 2010.

• Margarida. Fisiologia – 4ª ed., Guanabara Koogan, 2012.

• Boron. Fisiologia médica – 2º ed., Artmed, 2009.


FISIOLOGIA DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO

Vanessa Duarte Ortiz

E-mail: vanessa_ro994@hotmail.com

Você também pode gostar