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1.

Fontes para o Estudo da História de África e de Moçambique

1.1.Conceito:

Fonte de estudo compreende-se aquilo que por ter sido produzido pelos seres humanos ou por
ter trazido vestígios de suas acções e interferência, pode nos proporcionar um acesso
significativo a compreensão do passado humano e do seus desdobramento no presente,
(FERREIRA, 1975).

1.1.2.Pré-História de África século V:

Segundo Ki-zerbo (2010), A classificação das fontes por períodos históricos não basta por si
só. Convém levarmos em conta a articulação da África em áreas etno-culturais, cuja
caracterização resulta de uma conjugação de factores, e a própria tipologia das fontes
disponíveis, que se coloca além dos períodos históricos, para estudo deste período são usada
as fontes arqueológicas, as botânica, a geologia, para melhor perceber está fase.
Interdisciplinaridade, diante da necessidade de combinação de fontes devido à complexidade,
às características e às particularidades da realidade africana neste período.

1.1.3.A África Antiga até África do Século VII-XVIII:

Para estudo deste período à predominância das fontes orais, a linguística e arqueológicas e
textos de navegadores e crónicas, períplos sobre os territórios africano deste período. As
fontes escritas referentes ao Egipto até o primeiro milénio são egípcias; trata-se dos papiros
hieráticos e dos ostraka da 19a e 20a dinastia do Novo Imperio. As fontes usadas nestes
períodos apresentam um panorama do continente em seus aspectos geográficos, sociais,
culturais, políticos e religiosos (idem)

1.1.7.África do século XIX-XX até pós-independências

Para este período de história da África, o estudo é realizado com as narrativas dos
antropólogos, etnólogos, os trabalhos monográficos de administradores colónias que relata
sobre os povos africanos, também as colecções de historiografias escritos pelos africanos, que
constituem as fontes escritas, a tradição oral.

Podem destacar alguns aspectos as fontes escrita exemplos da problemática do


subdesenvolvimento e a luta pela independência económica, a evolução sociopolítica após as
Independências, o pan-africanismo e sua relação com os processos de libertação e integração
a partir de 1935 e a África independente e o contexto mundial e o contexto africano o período
posterior às independências, problematizando na África o conceito de desenvolvimento
adoptado, as heranças coloniais, as políticas culturais do período pós-colonial e uma
reinvenção da África por africanos e afro-descendentes, além de destacar antigos e novos
desafios do continente buscando compreender nas dinâmicas contemporâneas as rupturas e
permanências relacionadas aos fenómenos da longa duração (KI-ZERBO, 2010).

2.Periodização de Fontes para o Estudo da História de Moçambique

A reconstituição de certos períodos da História de Moçambique enfrenta muitas vezes de


uma falta de informação escrita fiável ou de fontes inacessíveis aos investigadores. As fontes
para o estudo da História de Moçambique são: fontes matérias ou arqueológica, fontes orais e
fonte escrita (FERREIRA, 1975).

2.2.1. Da Pré-história até Expansão Bantu nos anos 400-900 d. C.

Para o estudo da pré-história até Expansão Bantu, através de poucas informações que existem
e onde a arqueológica e tradição oral é, praticamente, única fonte. O estudo das primeiras
comunidades em Moçambique neste período a arqueologia, a tradição oral a linguística que
se encontra distribuída e documentada nas tradições (tipo de Olaria tipo Urewe, Kwale,
Nkope e tradições culturais) encontra-se as Tradição Gokomere (século V e VII), Tradição
Lydenburg e Tradição Matola, e os estudos arqueológicos estão registados nas estacões
arqueológicas de Manyikeni, Hola-Hola e Mavita Caime, Zitudo entre os século XII e os
séculos XVI/XVII (SOUTO, 1996)

2.2.2. Períodos de Reinos, Estados e trocas Comerciais em Moçambique século X-XV

Para estudo destes períodos recorre-se o apoio dos achados arqueológico, a linguística e a
tradição oral, crónicas e relatos Árabes e os documentos portugueses que aludem à década de
1480, os vários registos e vestígios são usados para o estudo destes períodos de formação
desenvolvimentos de reinos e Estados e as fases de Ouro, Marfim, Escravos (Ajaua e reinos
Afro-Islâmicos da Costa), e a presença dos povos Árabes, Persas mais tarde europeus na sua
dinâmica política, económica, social e os factores do declínio (SOUTO, 1996).
2.2.3. Período de Penetração Mercantil e Ocupação Efectiva Portuguesa nos séculos
XVI-XX.

Para o estudo deste período as fontes orais, a linguística e as crónicas Árabes dos
navegadores muçulmanos, e achados numismáticos, documentos portugueses (decretos,
cartas régias, Carta Constitucional, decretos, Acto Colonial, legislação, relatórios do
governador, trabalhos de missionários), neste época a pouco registos sobre a população
indígenas por isso deve se cruzar as fontes para melhor o estudo. As fontes existentes são
sobre administração colonial, políticas laborais, educação e económicas (FERREIRA, 1975).

2.2.4. Moçambique Pós-independência 1974/75 até 1994

Para o estudo deste período de história de Moçambique, as fontes orais, as escritas e a


achados numismáticos, para ilustrar o período de economia centralmente planificada, e a fase
da guerra de destabilização entre a FRELIMO e RENAMO partido único e eclosão do
multipartidarismo e a realização das primeiras eleições (Idem).
3.Referências Bibliográficas

FERREIRA, A. Rita. Pequena História de Moçambique Pós-Colonial. Tempográfica:


Lourenço Marques, 1975.

SOUTO, Neves Amélia. Guia Bibliográfico: Para o Estudo de História de Moçambique.


CDEA: Maputo, 1996.

KI-ZERBO, Joseph. Introdução Geral. In: KIZERBO, Joseph (editor). História Geral da
África, I: Metodologia e pré-história da África. 2. ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. p.
XXXI-LVII.

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