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Da Responsabilidade Civil
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Livro Eletrônico
DIREITO CIVIL
Da Responsabilidade Civil
Fabiana Borges
Responsabilidade Civil.....................................................................................................4
1. Conceito.......................................................................................................................4
2. Natureza Jurídica. ........................................................................................................4
3. Função........................................................................................................................5
4. Responsabilidade Civil e Penal. ....................................................................................5
5. Responsabilidade Civil Subjetiva e Objetiva. . ................................................................ 7
6. Responsabilidade Civil Contratual e Extracontratual...................................................9
7. Dos Pressupostos ou Elementos da Responsabilidade Civil....................................... 10
8. Das Causas Concorrentes.......................................................................................... 19
9. Da Ação Regressiva. ................................................................................................. 20
10. Da Responsabilidade Civil do Estado....................................................................... 20
11. Causas Excludentes do Dever de Indenizar............................................................... 21
12. Causas Excludentes de Nexo de Causalidade e da Cláusula de não Indenizar...........23
Resumo.........................................................................................................................25
Questões de Concurso.................................................................................................. 28
Gabarito........................................................................................................................ 51
Gabarito Comentado. .....................................................................................................52
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Apresentação
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Sucintamente pode-se de afirmar que o tema da responsabilidade civil fundamenta-se no
dever de não causar dano à outra pessoa, todavia, se o dano acontecer, o causador, deverá
reparar. Esta regra é de organização social para que vivamos bem em sociedade, e respeite-
mos o outro e seus bens. É o princípio neminem laedere, que significa que a ninguém é dado
causar prejuízo a outrem.
Para tanto o Estado cria normas, que regulamentam esse limite de ação entre particulares,
e também cria os mecanismos de reparar o dano, caso este seja causado. Vale notar que as
regras sobre responsabilidade não estão em capítulo próprio, vez que são inseridas em diver-
sas áreas do Código Civil e de outras leis.
Todas as peculiaridades do tema serão abordadas no discorrer desse material.
1. Conceito
2. Natureza Jurídica
1
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil Responsabilidade Civil. São Paulo:
Saraiva, 2016. p. 55.
2
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil Responsabilidade Civil. São Paulo:
Saraiva, 2016. p. 66.
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3. Função
A responsabilidade civil e a penal são esferas distintas, e assim são tratadas, note que até
podem se encontrar, mas o trâmite processual para apuração é diferente. A reprimenda do
direito penal é singular no direito brasileiro, não se confunde com nenhuma outra.
O Código Civil em seu art. 935 estabelece: “A RESPONSABILIDADE CIVIL É INDEPENDENTE
DA CRIMINAL, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem
seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”.
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O Código de Processo Penal prevê em seu art. 63: “Transitada em julgado à sentença
condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do
dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros”.
Ainda, sobre a fusão dos temas, o art. 74 da Lei n. 9099/95 preconiza: “A composição dos
danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível,
eficácia de título a ser executado no juízo civil competente”.
Vale lembrar as palavras Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery3: “o Brasil
adotou o princípio da independência das responsabilidades, ou seja, o mesmo fato pode dar
origem a sanções civis, penais e administrativas, aplicáveis cumulativamente”.
Ainda sobre a responsabilidade civil e criminal vale leitura dos artigos abaixo transcritos.
Note que se for homicídio, este crime será apurado na esfera penal, e poderá ser apurado na
esfera cível, e neste caso o art. 948 do Código Civil, determina:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a dura-
ção provável da vida da vítima.
Na hipótese de lesão ou ofensa a saúde, também reverberará na esfera criminal e poderá invocar
responsabilidade civil, e neste caso, é necessário observância dos arts. 949 e 950 do Código Civil:
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas
do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profis-
são, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento
e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do
trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga
de uma só vez.
3
NERY, Nelson Júnior; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. p. 935.
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E ainda, a incidência, o art. 951, que pode ser aplicado nos artigos anteriores:
O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que,
no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do
paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho”.
E por fim, se houver ofensa contra a liberdade pessoal, deve ser observado o art. 954 do
Código Civil:
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e
danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto
no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:
I – o cárcere privado;
II – a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III – a prisão ilegal.
Para introdução do tema, preferi me manter sobre a regra geral DUAL de responsabilidade
civil. Neste entendimento Pablo Stolze4 e Rodolfo Pamplona afirmam:
[…]A nova concepção que deve reger a matéria no Brasil é de que vige uma regra geral dual de res-
ponsabilidade civil, em que temos a responsabilidade civil subjetiva, regra geral inquestionável do
sistema anterior, coexistindo com a responsabilidade objetiva, especialmente em função da ativi-
dade de risco desenvolvia pelo autor do dano (conceito jurídico indeterminado a ser verificado no
caso concreto, pela atuação judicial […].
4
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil Responsabilidade Civil. São Paulo:
Saraiva, 2016. p. 62.
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5
SILVA, E. de Plácido. Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 1982. p. 237, 419, 433. v. 2.
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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. HAVERÁ OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO, INDEPENDENTEMENTE DE CULPA,
NOS CASOS ESPECIFICADOS EM LEI, OU QUANDO A ATIVIDADE NORMALMENTE DESENVOLVIDA
PELO AUTOR DO DANO IMPLICAR, POR SUA NATUREZA, RISCO PARA OS DIREITOS
Ainda sobre o tema, o ilustre Pablo Stolze6 citando o Desembargador Carlos Roberto Gonçalves:
há quem critique essa dualidade de tratamento. São os adeptos da tese unitária ou monista, que
entendem pouco importar os aspectos sob os quais se apresente a responsabilidade civil no ce-
nário jurídico, pois uniformes são os seus efeitos. De fato, basicamente as soluções são idênticas
para os dois aspectos. Tanto em um como em outro caso, o que, em essência, se requer para a
configuração da responsabilidade são estas três condições: o dano, o ato ilícito e a causalidade,
isto é, o nexo de causalidade.
6
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil Responsabilidade Civil. São Paulo:
Saraiva, 2016. p. 63.
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O art. 186, do Código Civil é base da Responsabilidade civil. Determina: “Aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a ou-
trem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Desse mesmo artigo se retira os elementos da Responsabilidade Civil: conduta humana,
dano e nexo de causalidade. Fique de olho no esquema:
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Em relação ao art. 932, acima citado, é necessário ligá-lo ao art. 933 do mesmo diploma
legal:”As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, AINDA QUE NÃO HAJA
CULPA DE SUA PARTE, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos”.
E também o parágrafo único do art. 942 do Código Civil: “São solidariamente responsáveis
com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932”.
Ainda, responsabilidade civil por fato do animal prevista no art. 936, do Código Civil: “O
dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima
ou força maior”.
Sobre fato do animal, importante leitura do Enunciado 4527, da V Jornada de Direito
Civil, que estabelece: “A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva,
admitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro”.
Quanto a responsabilidade pelo fato da coisa, prevista no art. 937 e 938, ambos do Código Civil:
Art. 937, CC: O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem
de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938, CC: Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano pro-
Defenestramento.
veniente das COISAS que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Coisas líquidas
ou sólidas
Sobre o art. 938 do Código Civil, importante leitura do Enunciado 5578, da VI Jornada de
Direito Civil que determina: “Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de
condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio,
assegurado o direito de regresso”.
E por fim, por grande incidência vale registrar sobre a responsabilidade civil objetiva no
contrato de transporte, previsto na parte de contratos em espécie do Código Civil, em seu art.
750 que prevê
7
Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/390. Acesso em: 8 fev. 2020.
8
Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/628. Acesso em: 8 fev. 2020.
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Neste sentido, o art. 734, do mesmo diploma, determina: “O transportador responde pelos
danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior,
sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade”.
Todavia, em relações de consumo, importante ver a previsão do art. 14, do Código de De-
fesa do Consumidor:
Informativo 628:
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO
Concessionária de transporte ferroviário deve pagar indenização à passageira que sofreu assédio
sexual praticado por outro usuário no interior do trem.
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O dano material tem sua extensão no art. 402, do Código Civil:”Salvo as exceções expressamente
previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
O que
efetivamente perdeu.
Lucro cessante
O dano moral refere-se à violação dos direitos da personalidade, como por exemplo, nome,
honra, imagem etc., denomina-se também dano extrapatrimonial, dano moral direto. Já o
dano moral indireto, é quando ocorre lesão a bem de natureza patrimonial, mas que reflexa-
mente afeta a esfera extrapatrimonial, como por exemplo, uma negativação indevida do nome
da pessoa, nos órgãos de proteção ao crédito. Portanto, tem-se o mapa:
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A previsão do dano moral está no final do art. 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, AINDA
QUE EXCLUSIVAMENTE MORAL, COMETE ATO ILÍCITO”.
A Constituição Federal/1988 em seu art. 5º garante:
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano ma-
terial, moral ou à imagem;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Por fim, vale registrar que a pessoa jurídica também pode sofrer dano moral, a teor do
art. 52 do Código Civil: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direi-
tos da personalidade”.
Já o dano estético é denominado como forma autônoma de dano extrapatrimonial, a teor
da Súmula 387 do Superior Tribunal de Justiça9:
”É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral”.
Há a outra espécie denominada DANO EM RICOCHETE, segundo os autores Pablo Stolze
e Rodolfo Pamplona10:
consiste no prejuízo que atinge reflexamente pessoa próxima, ligada à vítima, direta de atuação
ilícita. É o caso, por exemplo, do pai de família que vem a perecer por descuido de um segurança de
banco, inábil, em uma troca de tiros. Note-se que, a despeito de o dano haver sido sofrido direta-
mente pelo sujeito que pereceu, os seus filhos, alimentandos, sofreram os seus reflexos, por conta
da ausência, do sustento paterno”.
Os requisitos do dano indenizável, segundo os autores Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona11 são:
• Violação de um interesse jurídico patrimonial ou extrapatrimonial de uma pessoa física
ou jurídica;
• Certeza do dano.
9
Disponível em: http://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula387.pdf.
Acesso em: 29 jan. 2020.
10
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil Responsabilidade Civil. São Paulo:
Saraiva, 2016. p. 687.
11
Ibidem.
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Todavia, o Superior Tribunal de Justiça, decidiu algumas hipóteses cujo dano pode ser
presumido, o que também se denomina dano in re ipsa. São situações em que o próprio fato
configura o dano. Veja alguns casos:
Cadastro de inadimplentes: “No STJ12, é consolidado o entendimento de que a própria
inclusão ou manutenção equivocada configura o dano moral in re ipsa, ou seja, dano vinculado
à própria existência do fato ilícito, cujos resultados são presumidos (Ag 1.379.761)”.
Esse foi também o entendimento da Terceira Turma, em 2008, ao julgar um recurso especial envol-
vendo a Companhia Ultragaz S/A e uma microempresa (REsp 1.059.663). No julgamento, ficou de-
cidido que a inscrição indevida em cadastros de inadimplentes caracteriza o dano moral como pre-
sumido e, dessa forma, dispensa a comprovação mesmo que a prejudicada seja pessoa jurídica”.
Oportuno lembrar o Enunciado 553 da VI Jornada de Direito Civil, que afirma: “Nas ações
de responsabilidade civil por cadastramento indevido nos registros de devedores inadimplen-
tes realizados por instituições financeiras, a responsabilidade civil é objetiva”.
12
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/3167669/stj-define-em-quais-situacoes-o-dano-moral-pode-
-ser-presumido. Acesso em: 3 fev. 2020.
13
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/3167669/stj-define-em-quais-situacoes-o-dano-moral-pode-
-ser-presumido. Acesso em: 3 fev. 2020.
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Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, NÃO CABE INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
Atraso de voo: Segundo o STJ15: outro tipo de dano moral presumido é aquele que decorre
de atrasos de voos, o chamado overbooking. A responsabilidade é do causador, pelo des-
conforto, aflição e transtornos causados ao passageiro que arcou com o pagamento daquele
serviço, prestado de forma defeituosa.
Em 2009, ao analisar um caso de atraso de voo internacional, a Quarta Turma reafirmou o
entendimento de que o dano moral decorrente de atraso de voo prescinde de prova, sendo que
a responsabilidade de seu causador opera-se in re ipsa (REsp 299.532).
O transportador responde pelo atraso de voo internacional, tanto pelo Código de Defesa
do Consumidor como pela Convenção de Varsóvia, que unifica as regras sobre o transporte
aéreo internacional e enuncia: responde o transportador pelo dano proveniente do atraso, no
transporte aéreo de viajantes, bagagens ou mercadorias.
Desta forma, o dano existe e deve ser reparado. O descumprimento dos horários, por ho-
ras a fio, significa serviço prestado de modo imperfeito que enseja reparação, finalizou o rela-
tor, o então desembargador convocado Honildo Amaral.
A tese de que a responsabilidade pelo dano presumido é da empresa de aviação foi utili-
zado, em 2011, pela Terceira Turma, no julgamento um agravo de instrumento que envolvia
a empresa TAM. Neste caso, houve overbooking e atraso no embarque do passageiro em
voo internacional.
O ministro relator, Paulo de Tarso Sanseverino, enfatizou que o dano moral decorre da de-
mora ou dos transtornos suportados pelo passageiro e da negligência da empresa, pelo que
não viola a lei o julgado que defere a indenização para a cobertura de tais danos (Ag 1.410.645).
14
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula385.pdf.
Acesso em: 3 fev. 2020.
15
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/3167669/stj-define-em-quais-situacoes-o-dano-moral-pode-ser-
-presumido. Acesso em: 3 fev. 2020.
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16
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/3167669/stj-define-em-quais-situacoes-o-dano-moral-pode-ser-
-presumido. Acesso em: 3 fev. 2020.
17
Ibidem.
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1. À luz do comando normativo inserto no art. 1.060 do Código Civil de 1916, reproduzido no art.
403 do vigente códex, sobre nexo causal em matéria de responsabilidade civil – contratual ou
extracontratual, objetiva ou subjetiva – vigora, no direito brasileiro, o princípio da causalidade ade-
quada, também denominado PRINCÍPIO DO DANO DIRETO E IMEDIATO.
2. Segundo referido princípio ninguém pode ser responsabilizado por aquilo a que não tiver dado
causa (art. 159 do CC/1916 e art 927 do CC/2002) e somente se considera causa o evento que
produziu direta e concretamente o resultado danoso. 3.(art. 1060 do CC/1916 e 403 do CC/2002) A
imputação de responsabilidade civil, portanto, supõe a presença de dois elementos de fato, quais:
a conduta do agente e o resultado danoso; e de um elemento lógico-normativo, o nexo causal (que
é lógico, porque consiste num elo referencial, numa relação de pertencialidade, entre os elementos
de fato; e é normativo, porque tem contornos e limites impostos pelo sistema de direito, segundo o
qual a responsabilidade civil só se estabelece em relação aos efeitos diretos e imediatos causados
pela conduta do agente.
4. In casu, revela-se inequívoca a ausência de nexo causal entre o ato praticado pela ora recorrida
(entrega do veículo ao filho da autora e seus acompanhantes sem a apresentação do respectivo
comprovante de estacionamento) e o dano ocorrido (decorrente do acidente envolvendo o referido
veículo horas mais tarde), razão pela qual, não há de se falar em responsabilidade daquela pelos
danos materiais e morais advindos do evento danoso.
5. Recurso especial a que se nega provimento
(STJ – REsp: 325622 RJ 2001/0055824-9, Relator: Ministro CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ
FEDERAL CONVOCADO DO TRF, Data de Julgamento: 28/10/2008, T4 – QUARTA TURMA, Data de
Publicação: --> DJe 10/11/2008)
Para quantificar o valor da indenização sobre quaisquer desses danos, metrifica o 944
do Código Civil: “A indenização mede-se pela extensão do dano”, todavia, existem situações
específicas que precisam ser analisadas de forma individualizada.
As causas concorrentes são apuradas quando a vítima também teve participação para o
dano, e então cada parte envolvida responderá proporcionalmente a sua participação, o que
se denomina culpa concorrente.
Assim a culpa concorrente, é critério de quantificação da proporcionalidade da indeniza-
ção, previsto no art. 945 do Código Civil: “Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano”.
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9. Da Ação Regressiva
Na hipótese de terceira pessoa que for o causador do dano, aquele que ressarciu a vítima, que
sofreu a lesão terá direito a propor AÇÃO REGRESSIVA, nos termos do art. 930 do Código Civil:
No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do
dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano
(art. 188, inciso I).
A lei cria mecanismos para que o efetivo causador do dano seja, de fato, o responsável em ressarcir.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios OBEDECERÁ AOS princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[…]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Sem entrar nas discussões sobre as possíveis teorias, acerca da Responsabilidade Civil,
e me afiliando tão somente a leitura do artigo acima, tem-se, de forma geral, que o Estado é
responsável objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, todavia, o
mesmo artigo, prevê a possiblidade de ação regressiva contra o causador do dano, todavia,
neste caso, a responsabilidade civil será subjetiva, ou seja, dependerá de análise de culpa ou
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Legítima defesa:
O inciso I primeira parte, refere-se à legítima defesa, numa situação em que a pessoa está
diante de uma situação atual ou iminente de injusta agressão, seja o perigo a si OU em face
de terceira pessoa. Contudo, o se defender, ou a outrem, tem de ser moderado, para que não
incida em ato ilícito, a teor do art. 187 do mesmo diploma legal: “Também comete ato ilícito o
titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Tal excludente está prevista na segunda parte do art.188, I, CC. Note que nesta hipótese há um
direito reconhecido e o indivíduo está o exercendo, todavia, os limites não podem ser excedidos.
Pode-se citar como exemplo um lutador de box, em ringue.
Estado de necessidade
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Nesta hipótese a pessoa age agredindo direito de outrem, a fim de proteger outro bem. Há
colisão de interesses jurídicos tutelados.
Cita-se como exemplo um motorista, João, na velocidade da via, desvia o carro para não
atropelar uma criança, Maria, que atravessa a rua, nesta conduta, acerta uma casa de Paulo
e danifica o portão desta.
Na hipótese do estado de necessidade há a aplicabilidade do parágrafo único do art. 188
que determina: “No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias
o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a
remoção do perigo”.
Nestas situações, a depender do caso concreto, é possível aplicar os arts. 929 e 930 do
Código Civil:
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem cul-
pados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Sobre o art. 929, acima descrito, retomemos o exemplo acima narrado: Se Paulo, proprie-
tário do imóvel, não for o culpado do perigo, TERÁ DIREITO A INDENIZAÇÃO DO PREJUÍZO
QUE SOFREU.
Ainda sobre o tema, preconiza o art. 930 do Código Civil:
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá
o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
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O nexo causal é o liame existente entre a conduta e o dano sofrido, todavia existem
algumas excludentes de nexo de causalidade. São elas:
• Culpa ou fato exclusivo da vítima, situação narrada, por exemplo, no art. 936 do Código
Civil: “O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar
culpa da vítima ou força maior”.
• Culpa ou fato exclusivo de terceiro.
• Caso fortuito ou força maior, previstos em diversos artigos do Código Civil, quanto a
diferença entre um e outro, há divergência doutrinária, todavia afilio-me ao doutrinador
Flávio Tartuce20 que afirma ser o caso fortuito um evento totalmente imprevisível, e a
força maior como evento previsível mas inevitável.
• Cláusula de não indenizar: Refere-se a autonomia da vontade das partes em inserir tal
cláusula no contrato, para que não exista o dever de indenizar na hipótese de dano,
contudo, a aplicabilidade desta cláusula é de ordem restrita, tendo sua aplicabilidade
reconhecida em contratos civis e paritários, como decidido pelo Conselho de Justiça
Federal, exarado no Enunciado 631 da VIII Jornada de Direito Civil21:
20
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. São Paulo: Editora Gen. 2020. p. 534.
21
Disponível em: https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/
jornadas-cej/viii-enunciados-publicacao-site-com-justificativa.pdf. Acesso em: 8 fev. 2020.
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Como instrumento de gestão de riscos na prática negocial paritária, é lícita a estipulação de cláu-
sula que exclui a reparação por perdas e danos decorrentes do inadimplemento (cláusula ex-clu-
dente do dever de indenizar) e de cláusula que fixa valor máximo de indenização (cláusula limita-
tiva do dever de indenizar).
Contrário sensu, importante vermos algumas hipóteses em que a cláusula não é admitida:
Sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça22 decidiu:
22
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/5916569/recurso-especial-resp-1133111-pr-2009-0143980-9-stj.
Acesso em: 8 fev. 2020.
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RESUMO
• Responsabilidade Civil: fundamenta-se na ideia de não causar dano a outrem, todavia,
se causar, HÁ O DEVER DE INDENIZAR.
• Conceito de Pablo Stolze e Rodolfo Galiano:
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Art. 937, CC: O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína,
se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938, CC: Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das COISAS
que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/2018/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA)
Texto associado
Túlio, cidadão idoso, natural de Aracaju ‒ SE e domiciliado em São Paulo ‒ SP, caminhava
na calçada em frente a um edifício em sua cidade natal quando, da janela de um apartamento,
caiu uma garrafa de refrigerante cheia, que lhe atingiu o ombro e provocou a fratura de sua
clavícula e de seu braço. Em razão do incidente, Túlio permaneceu por dois meses com o
membro imobilizado, o que impossibilitou seu retorno a São Paulo para trabalhar. Por essas
razões, Túlio decidiu ajuizar ação de indenização por danos materiais. Apesar da tentativa, ele
não descobriu de qual apartamento caiu ou foi lançada a garrafa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Diante da impossibilidade de saber de qual apartamento caiu ou foi lançada a garrafa que
o atingiu, Túlio poderá buscar a responsabilização direta do condomínio, indicando-o como
réu na ação de reparação de danos.
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Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência do STJ, como o ilícito foi praticado por
terceiro, que clonou o cartão magnético e efetuou os saques, ficou configurado evento que
rompeu o nexo causal, afastando a responsabilidade da instituição financeira.
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De acordo com o STJ, a transferência de veículo pelo segurado, sem a prévia anuência da
seguradora, é, por si só, fato suficiente para eximi-la do dever de indenizar caso referido bem
sofra sinistro após a data da alienação.
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Texto associado
O instituto da responsabilidade civil é parte integrante do direito obrigacional, pois a prin-
cipal consequência da prática de um ato ilícito é a obrigação que acarreta, para o seu autor, de
reparar o dano, obrigação esta de natureza pessoal, que se resolve em perdas e danos.
Carlos Roberto Gonçalves. Responsabilidade civil.
A respeito da responsabilidade civil e com base nas ideias do texto acima, julgue os próximos itens.
Apesar dos fundamentos da teoria clássica, a lei civil brasileira vigente admite a imputação
da responsabilidade civil sem a comprovação da existência da prática de conduta culposa ou
dolosa por parte do agente.
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Texto associado
O instituto da responsabilidade civil é parte integrante do direito obrigacional, pois a prin-
cipal consequência da prática de um ato ilícito é a obrigação que acarreta, para o seu autor, de
reparar o dano, obrigação esta de natureza pessoal, que se resolve em perdas e danos.
Carlos Roberto Gonçalves. Responsabilidade civil.
A respeito da responsabilidade civil e com base nas ideias do texto acima, julgue os próximos itens.
A responsabilidade civil se assenta, segundo a teoria clássica, na existência de três pressu-
postos: um dano, a culpa do autor do dano e a relação de causalidade entre o fato culposo e
o referido dano.
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e) O Código Civil de 2002 introduziu regra geral segundo a qual é possível ser afastado o
consagrado princípio da restitutio in integrum, passando-se a considerar, em determinadas
hipóteses, não a extensão do dano, mas também a extensão da culpa.
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sem o conhecimento da avó, Júnior dirigiu o carro desta e envolveu-se em acidente de trân-
sito, causando dano a terceiro.
Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O adolescente deverá responder pessoalmente pelo dano causado a terceiro no acidente de
trânsito, podendo figurar como réu em ação de indenização, sem estar assistido.
b) O grupo familiar a que pertence Júnior não caracteriza “família extensa”, conforme defini-
ção contida no ECA, dado o reduzido número de integrantes.
c) Por ser emancipado, Júnior é considerado capaz, perdendo, com isso, a sua condição de
adolescente para os fins de proteção previstos no ECA.
d) Antes da emancipação, a avó poderia deter a guarda legal do neto, por ser ela arrimo de
família e proprietária da casa onde ambos moravam junto com a mãe do adolescente, que era
desempregada.
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b) O dono de edifício responde pelos danos causados pela ruína da edificação, dispensando
o lesado de provar que a ruína foi devida à falta de reparos e que a necessidade dessas repa-
rações era manifesta.
c) Somente há responsabilidade do empregador pelos danos que seus empregados, no exer-
cício de suas funções, causarem a terceiros se ficar demonstrado que o empregador infringiu
o dever de vigilância.
d) O Código Civil consagra a responsabilidade civil objetiva das empresas pelos danos causa-
dos pelos produtos postos em circulação.
e) Em caso de responsabilidade civil subjetiva, fica afastada a possibilidade de o juiz reduzir o
montante da indenização considerando o grau de culpa do agente, tendo em vista o princípio
da reparação integral do dano.
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d) Não constitui ato ilícito a destruição de coisa alheia para remover perigo iminente, e o dono da
coisa, ainda que não seja culpado do perigo, não tem direito à indenização do prejuízo que sofrer.
e) O empregador, exceto se comprovar que não há culpa de sua parte, responde pelos atos
ilícitos dos empregados no exercício do trabalho ou em razão dele.
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b) Como regra, a responsabilidade civil não passa da pessoa causadora do dano; assim, não
havendo determinação expressa do empregador para que seus empregados façam ou dei-
xem de fazer alguma coisa, não se pode responsabilizar o empregador pelos atos praticados
por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou
em razão dele.
c) As vítimas de lesão ou de outra ofensa à saúde têm direito de exigir do ofensor tão somente
as despesas provenientes do tratamento, estendendo-se a obrigação de reparar os danos até
o fim da convalescença, independentemente do tempo, e, nesse caso, o lesado, se preferir,
poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
d) Não comete ato ilícito civil aquele que, por ação voluntária, destrói coisa alheia a fim de re-
mover perigo iminente de dano, ainda que a ação não seja estritamente necessária, e o agente
exceda os limites do indispensável para a remoção do perigo.
e) Mesmo que a responsabilidade civil independa da criminal, a lei veda que se questione,
na esfera cível, fato decidido no juízo criminal; por conseguinte, a sentença penal absolutó-
ria, independentemente do motivo da absolvição, impede o processamento da ação civil de
reparação de dano causado pelo mesmo fato que tenha provocado a absolvição do agente
provocador do ilícito.
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e) O banco não é obrigado a restituir ao cliente os valores relativos aos cheques furtados e
descontados de sua contacorrente.
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d) Danilo responderá de maneira direta, enquanto Breno e Celso serão subsidiariamente res-
ponsáveis pela distribuição dos lucros ilícitos, pois detinham conhecimento da ilegitimidade
e receberam os valores distribuídos.
e) Abel, por ser sócio, poderá ser responsabilizado pela distribuição dos lucros ilícitos, mesmo
não possuindo conhecimento da ilegitimidade da distribuição.
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d) cinco anos, a contar da data do trânsito em julgado do processo criminal que responsa-
bilizar o tabelião.
e) três anos, a contar da data do trânsito em julgado do processo criminal que responsabilizar
o tabelião.
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c) deverá ser responsabilizada civilmente, de forma subjetiva e nos termos da CF, pelo dano
suportado por João.
d) não deverá ser responsabilizada civilmente, porque a segurança pública é dever do Estado.
e) não deverá ser responsabilizada civilmente nos termos da CF, porque não integra a admi-
nistração pública.
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d) responderá civilmente apenas se Pedro comprovar que sofreu prejuízos devido à inscrição
de seu nome nos órgãos de restrição ao crédito.
e) responderá civilmente na modalidade objetiva, com base no risco do empreendimento.
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GABARITO
1. C 28. c
2. C 29. c
3. E 30. d
4. E 31. c
5. E 32. d
6. E 33. a
7. E 34. d
8. C 35. e
9. E 36. a
10. C. 37. d
11. E. 38. b
12. C 39. a
13. E 40. a
14. C 41. e
15. C 42. a
16. C 43. c
17. b 44. b
18. c 45. b
19. e 46. c
20. c 47. a
21. d 48. e
22. e 49. c
23. d
24. e
25. a
26. d
27. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/2018/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA)
Texto associado
Túlio, cidadão idoso, natural de Aracaju ‒ SE e domiciliado em São Paulo ‒ SP, caminhava
na calçada em frente a um edifício em sua cidade natal quando, da janela de um apartamento,
caiu uma garrafa de refrigerante cheia, que lhe atingiu o ombro e provocou a fratura de sua
clavícula e de seu braço. Em razão do incidente, Túlio permaneceu por dois meses com o
membro imobilizado, o que impossibilitou seu retorno a São Paulo para trabalhar. Por essas
razões, Túlio decidiu ajuizar ação de indenização por danos materiais. Apesar da tentativa, ele
não descobriu de qual apartamento caiu ou foi lançada a garrafa.
Certo.
O caso em tela refere-se a responsabilidade civil defenestramento, e está CORRETA, conforme
o Enunciado 557 do Conselho de Justiça Federal23:” Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa
cair ou for lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade,
responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso”.
23
Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/628. Acesso em: 9 fev. 2020.
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Certo.
A assertiva está CORRETA, a teor do previsto no Enunciado 452 da V Jornada de Direito Civil24:
“A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a excludente
do fato exclusivo de terceiro”.
O enunciado acima está nos parâmetros do art. 936 do Código Civil: “O dono, ou detentor, do
animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”.
Errado.
A assertiva está ERRADA, pois o Superior Tribunal de Justiça entende que as instituições fi-
nanceiras respondem de forma objetiva pelos danos gerados aos cliente, mesmo por delitos
praticados por terceiros, a teor da Súmula 479:
As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno re-
lativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
Data da Publicação – DJ-e 1-8-2012
24
Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/390. Acesso em: 9 fev. 2020.
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Fabiana Borges
Atendendo a um pedido de seu amigo Flávio, Gustavo lhe deu carona no percurso compre-
endido entre o local de trabalho e a faculdade onde ambos estudavam. Em determinado mo-
mento do percurso, Gustavo reduziu a velocidade do veículo por ter avistado um transeunte
em uma faixa de pedestres, recebendo uma colisão violenta do carro que estava atrás com
o seu veículo. Em decorrência desse acidente, Flávio ficou paraplégico. Nessa situação, de
acordo com a jurisprudência do STJ, Gustavo poderá ser responsabilizado civilmente pelos
danos materiais e morais suportados por Flávio.
Errado.
A assertiva está ERRADA. O art. 736 do Código Civil prevê:”Não se subordina às normas do
contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia”. E a teor da Súmula
145 do Superior Tribunal de Justiça25: “No transporte desinteressado, de simples cortesia, o
transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado quando
incorrer em dolo ou culpa grave”.
Gustavo deu carona por amizade a Flávio, e ao dirigir não incorreu em dolo ou culpa, razão
pela qual não responde civilmente pelo dano suportado por Flávio.
Errado.
Incialmente importante lembrar o significado de prescindir, o que sempre gera dúvida.
Prescindir significa NÃO PRECISAR DE; DISPENSAR.
25
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_10_capSumula145.pdf.
Acesso em: 9 fev. 2020.
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Portanto, substituindo o verbo, a assertiva fica assim: Uma vez ajuizada ação de cobrança de
dívida já paga, o direito do requerido à restituição em dobro NÃO PRECISA da demonstração
de má-fé do autor da cobrança.
A assertiva está ERRADA, a teor do Informativo 576 26 do Superior Tribunal de Justiça
que determina:
COBRANÇA JUDICIAL DE DÍVIDA JÁ PAGA
Via processual adequada para se requerer sanção por cobrança judicial de dívida já adimplida.
Necessidade de demonstração de má-fé do credor para condenação ao pagamento em dobro.
Errado.
A assertiva está ERRADA, a teor do Informativo 640 do Superior Tribunal de Justiça 27,
que determina:
Concessionária de rodovia não responde por roubo e sequestro ocorridos nas dependências
de estabelecimento por ela mantido para a utilização de usuários. A segurança que a conces-
sionária deve fornecer aos usuários diz respeito ao bom estado de conservação e sinalização
da rodovia. Não tem, contudo, como a concessionária garantir segurança privada ao longo da
estrada, mesmo que seja em postos de pedágio ou de atendimento ao usuário. O roubo com
emprego de arma de fogo é considerado um fato de terceiro equiparável a força maior, que
exclui o dever de indenizar. Trata-se de fato inevitável e irresistível e, assim, gera uma impos-
sibilidade absoluta de não ocorrência do dano. STJ. 3ª Turma. REsp 1.749.941-PR, Rel. Min.
26
Disponível em: https://www.dizerodireito.com.br/2016/03/informativo-esquematizado-576-stj_26.html. Acesso em: 9 fev. 2020.
27
Disponível em: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/02/info-640-stj-resumido.pdf. Acesso em: 9 fev. 2020.
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Nancy Andrighi, julgado em 04/12/2018 (Info 640). Cuidado. O STF já reconheceu a respon-
sabilidade civil da concessionária que administra a rodovia por FURTO ocorrido em seu pátio:
STF. 1ª Turma. RE 598356/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/5/2018 (Info 901).
Errado.
A assertiva está ERRADA, por que a transferência de veículo pelo segurado, sem a prévia
anuência da seguradora, é, por si só, NÃO É fato suficiente para eximi-la do dever de indeni-
zar caso referido bem sofra sinistro após a data da alienação, a teor do art. 465 do Superior
Tribunal de Justiça, que determina: “Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco,
a seguradora não se exime do dever de indenizar em razão da transferência do veículo sem a
sua prévia comunicação”.
Certo.
A assertiva está CORRETA, a luz do art. 949 do Código Civil: “No caso de lesão ou outra ofensa
à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes
até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido”.
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Errado.
Comentários: O art. 938 do Código Civil determina: “Aquele que habitar prédio, ou parte dele, res-
ponde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido”.
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Certo.
A assertiva está CORRETA, conforme os fundamentos abaixo descritos:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Neste sentido, a Súmula 227 do Superior Tribunal de Justiça28 determina: “A pessoa jurídica
pode sofrer dano moral”.
Errado.
A assertiva está ERRADA, a teor do art. 935 do Código Civil: “A responsabilidade civil é inde-
pendente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre
quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”.
O art. 951 do Código Civil determina:
O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que,
no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do
paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
28
Disponível em: http://www.stj.jus.br/docs_internet/VerbetesSTJ_asc.txt. Acesso em: 9 fev. 2020.
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Certo.
A assertiva está CORRETA, a teor do art. 37, § 6º., da Constituição Federal, determina: “As
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegu-
rado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
E ainda o art. 22 do Código de Defesa do Consumidor:”Os órgãos públicos, por si ou suas empre-
sas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obri-
gados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos”.
E ainda, o julgado do Superior Tribunal de Justiça29:
29
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21051631/recurso-especial-resp-1095575-sp-2008-0230809-3-stj/
inteiro-teor-21051632?ref=serp. Acesso em: 9 fev. 2020.
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Errado.
A assertiva está ERRADA, pois a imagem é direito da personalidade, assim o art. 20 do Código
Civil, prevê:
Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da or-
dem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição
ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilida-
de, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
O Superior Tribunal de Justiça30 exarou seu entendimento através da Súmula 403 que determina:
“Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de
pessoa com fins econômicos ou comerciais”.
Texto associado
O instituto da responsabilidade civil é parte integrante do direito obrigacional, pois a prin-
cipal consequência da prática de um ato ilícito é a obrigação que acarreta, para o seu autor, de
reparar o dano, obrigação esta de natureza pessoal, que se resolve em perdas e danos.
Carlos Roberto Gonçalves. Responsabilidade civil.
30
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2014_38_capSumula403.pdf.
Acesso em: 9 fev. 2020.
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A respeito da responsabilidade civil e com base nas ideias do texto acima, julgue os próximos itens.
Apesar dos fundamentos da teoria clássica, a lei civil brasileira vigente admite a imputação
da responsabilidade civil sem a comprovação da existência da prática de conduta culposa ou
dolosa por parte do agente.
Certo.
A assertiva A está CORRETA, conforme previsão do art. 927, parágrafo único, do Código Civil:
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
Certo.
A assertiva está CORRETA, conforme previsão do art. 928 do Código Civil:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Texto associado
O instituto da responsabilidade civil é parte integrante do direito obrigacional, pois a principal
consequência da prática de um ato ilícito é a obrigação que acarreta, para o seu autor, de re-
parar o dano, obrigação esta de natureza pessoal, que se resolve em perdas e danos.
Carlos Roberto Gonçalves. Responsabilidade civil.
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A respeito da responsabilidade civil e com base nas ideias do texto acima, julgue os próximos itens.
A responsabilidade civil se assenta, segundo a teoria clássica, na existência de três pressu-
postos: um dano, a culpa do autor do dano e a relação de causalidade entre o fato culposo e
o referido dano.
Certo.
O art. 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
O doutrinador Pablo Stolze31, sobre o tema, afirmar:
Decompõe-se, pois, nos seguintes elementos:
a) (conduta (positiva ou negativa)
b) (dano
c. (Nexo de causalidade
31
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil Responsabilidade Civil. São Paulo:
Saraiva, 2016. p. 55.
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Letra b.
A assertiva B está CORRETA, a teor do art. 937 do Código Civil: “O dono de edifício ou cons-
trução responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos,
cuja necessidade fosse manifesta”.
A assertiva A está ERRADA, pois segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, há
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA entre o proprietário do veículo emprestado e aquele que o dirigia
no momento do acidente, por força de culpa do primeiro in vigilando ou in elegendo.
A assertiva C está ERRADA, a teor da previsão do art. 257, § 3º., do Código de Trânsito:”
Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.
A assertiva D está ERRADA, pois o art. 936 do Código Civil prevê: O dono, ou detentor, do ani-
mal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Neste sentido, caminha o Superior Tribunal de Justiça32:
32
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/549298343/agravo-em-recurso-especial-aresp-1151162-rs-
2017-0199817-8. Acesso em: 8 fev. 2020.
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presa. O cachorro estava solto no pátio, Olmir se deslocou até o pavilhão na parte de trás da loja e
onde foi atacado pelo cachorro” (fl. 22). Em depoimento pessoal JAIME esclareceu que o cachorro
havia sido comprado ainda filhote pelo seu irmão Raul, já falecido, e sempre permaneceu como
guardião das dependências da empresa IRMÃOS SANGALI LTDA. (fl. 144v). Assim, induvidosamen-
te o réu JAIME era o responsável pela guarda do animal e nessa condição responde civilmente de
forma solidária com a empresa. O Tribunal Estadual, analisando detidamente as provas acostadas
aos autos, concluiu que a conduta do recorrente foi culposa e determinante para a ocorrência do fa-
tídico resultado tratado nestes autos. Outrossim, o entendimento do acórdão recorrido não destoa
da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça quanto à responsabilidade solidária da empresa,
por danos causados pelos seu funcionários ou prepostos. Desta forma, alterar as conclusões a que
chegou o Tribunal a quo, no que concerne à responsabilidade civil do recorrente no evento narrado
nos autos, demandaria o revolvimento de fato e provas dos autos, procedimento este vedado pela
Súmula 7 desta Corte. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE
TRÂNSITO. ANIMAL NA PISTA. RESPONSABILIDADE CIVIL. DEVER DE INDENIZAR. RESPONSABI-
LIDADE DO DONO DO ANIMAL. PRETENSÃO DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. PREJUDICIALIDADE.
1. O reconhecimento de ocorrência de culpa de terceiro, qual seja, o proprietário dos animais, de-
mandaria incursão na seara fática dos autos, inviável na via estreita do recurso especial, ante o
óbice da Súmula 7/STJ.
2. Quanto à interposição pela alínea c do permissivo constitucional, a jurisprudência pacífica desta
Corte é no sentido de que a incidência da Súmula 7/STJ impede o exame de dissídio jurispruden-
cial, uma vez que falta identidade entre os paradigmas apresentados e os fundamentos do acór-
dão, tendo em vista a situação fática do caso concreto com base na qual deu solução à causa a
Corte de origem. Agravo regimental improvido.
(AgRg no AREsp 775.611/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
10/11/2015, DJe 20/11/2015).
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS
MORAIS. CONFIGURAÇÃO DE ATO ILÍCITO. QUANTUM FIXADO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7 DO STJ. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
1. O recurso especial não comporta o exame de questões que impliquem revolvimento do contexto
fático-probatório dos autos, a teor do que dispõe a Súmula n. 7 do STJ.
2. No caso concreto, o Tribunal estadual concluiu pela falha na prestação dos serviços prestados à
paciente e pela demonstração de conduta ilícita do Hospital Geral El Kadri Ltda. mantendo o valor
arbitrado a título de indenização por danos morais. Alterar esse entendimento é inviável em recurso
especial, ante o óbice da referida súmula.
3. Agravo interno improvido. (AgInt no AREsp 978.831/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZ-
ZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/02/2017, DJe 14/02/2017).
2. Do exposto, com fulcro no art. 932 do NCPC c/c Súmula 568/STJ, nego provimento ao recurso.
Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 1º de fevereiro de 2018. MINISTRO MARCO BUZZI Relator
(STJ – AREsp: 1151162 RS 2017/0199817-8, Relator: Ministro MARCO BUZZI, Data de Publicação:
DJ 05/02/2018)
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A assertiva E está ERRADA, pois o art. 938 do Código Civil: “Aquele que habitar prédio, ou
parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas
em lugar indevido”.
Letra c.
A assertiva C está CORRETA, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça33:
33
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6062245/recurso-especial-resp-1104665-rs-2008-0251457-1/
inteiro-teor-12198394?ref=juris-tabs. Acesso em: 8 fev. 2020.
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III – A chamada “teoria da perda da chance”, de inspiração francesa e citada em matéria de res-
ponsabilidade civil, aplica-se aos casos em que o dano seja real, atual e certo, dentro de um juízo
de probabilidade, e não de mera possibilidade, porquanto o dano potencial ou incerto, no âmbito da
responsabilidade civil, em regra, não é indenizável;
IV – In casu, o v. acórdão recorrido concluiu haver mera possibilidade de o resultado morte ter sido
evitado caso a paciente tivesse acompanhamento prévio e contínuo do médico no período pós-
-operatório, sendo inadmissível, pois, a responsabilização do médico com base na aplicação da
“teoria da perda da chance”; V – Recurso especial provido.
(STJ – REsp: 1104665 RS 2008/0251457-1, Relator: Ministro MASSAMI UYEDA, Data de Julgamen-
to: 09/06/2009, T3 – TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: --> DJe 04/08/2009)
A assertiva A está ERRADA, a teor da Súmula 403 do Superior Tribunal de Justiça34: “Indepen-
de de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa
com fins econômicos ou comerciais”.
A assertiva B está ERRADA, a teor do entendimento do Superior Tribunal de Justiça35:
A assertiva D está ERRADA, pois a Súmula 402 do Superior Tribunal de Justiça estabelece:
“O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula
expressa de exclusão”.
A assertiva E está ERRADO, a teor do Enunciado 159, da III Jornada de Direito Civil: “O dano
moral, assim compreendido todo dano extrapatrimonial, não se caracteriza quando há mero
aborrecimento inerente a prejuízo material”.
34
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2014_38_capSumula403.pdf.
Acesso em: 8 fev. 2020.
35
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7178351/recurso-especial-resp-783743-rj-2005-0159575-0-stj/
relatorio-e-voto-12917456. Acesso em: 8 fev. 2020.
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Letra e.
A assertiva E está correta, pois a indenização se mede pela extensão do dano, a teor do art.
944 do Código Civil, e ainda, sobre a extensão da dívida conforme o art. 945 do Código Civil:
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
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Todavia, a segunda parte da assertiva está ERRADA, pois nestes casos é necessário conjugar
os arts. 929 e 930 do Código Civil:
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpa-
dos do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá
o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
A assertiva B está ERRADA, pois disposta de forma divergente do art. 734 do Código Civil: “O
transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens,
salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade”.
A assertiva C está ERRADA, vez que está diferente do art. 939 do Código Civil: “O credor que
demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará
obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspon-
dentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro”.
A assertiva D está ERRADA, pois prevê o art. 948 do Código Civil:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, SEM EXCLUIR OUTRAS REPARAÇÕES:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a dura-
ção provável da vida da vítima.
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c) Antônio responderá pela reparação do dano somente se seus responsáveis não tiverem a
obrigação de reparar ou condições de fazê-lo.
d) No caso de Antônio responder pelo dano a reparação deverá ser integral, conforme a
regra geral da responsabilidade civil e indiferente à eventual limitação ou ao esgotamento
de seu patrimônio.
e) Os pais de Antônio poderão eximir-se da responsabilidade pelo dano, se o emanciparem
logo após o fato e antes de ajuizada a ação por José.
Letra c.
A assertiva C está CORRETA, a teor do art. 928 do Código Civil: “O incapaz responde pelos
prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou
não dispuserem de meios suficientes”.
A assertiva A está ERRADA, a teor do art. 928 do Código Civil: “O incapaz responde pelos pre-
juízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou
não dispuserem de meios suficientes”.
A assertiva B está ERRADA, pois o art. 932 do Código Civil prevê:
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
A assertiva D está ERRADA, pois Antônio, menor, se tiver de indenizar será de forma equitativa,
segundo o parágrafo único do art. 928 do Código Civil: “A indenização prevista neste artigo,
que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que
dele dependem”.
A assertiva E está ERRADA, pois a emancipação voluntária por si só, não excluem a respon-
sabilidade dos pais, a teor do entendimento do Superior Tribunal de Justiça: “A emancipação
por outorga dos pais não exclui, por si só, a responsabilidade decorrentes de atos ilícitos do
filho” (RSTJ, 115/275).
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Letra d.
A assertiva D está CORRETA, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
“A emancipação por outorga dos pais não exclui, por si só, a responsabilidade decorrentes de
atos ilícitos do filho” (RSTJ, 115/275).
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A assertiva A está ERRADA, pois preconiza o art. 12, parágrafo único do Código Civil:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar per-
das e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Portanto, o irmão, parente 2º Grau colateral, é legítimo para pleitear indenização por
danos morais.
As assertivas B e C estão ERRADAS, pois o art. 206 do Código Civil prevê prazos diferentes
para situações distintas de reparação de danos:
36
Disponível em: https://tatudomapeado.com/grau-de-parentesco-no-direito-civil/. Acesso em: 8 de fev. 2020.
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III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela
percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capi-
tal de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;
V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado
o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2º EM DOIS ANOS, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que
se vencerem.
§ 3º EM TRÊS ANOS:
I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II – a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III – a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V – a pretensão de reparação civil;
VI – a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da
data em que foi deliberada a distribuição;
VII – a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, con-
tado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercí-
cio em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar
conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;
VIII – a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas
as disposições de lei especial;
IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro
de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4º EM QUATRO ANOS, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5º Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores
pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos
contratos ou mandato;
III – a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Por fim, a assertiva E está ERRADA, pois o Superior Tribunal e Justiça entende de forma diferente:
Jurisprudência comentada: STJ37 – 4ª Turma – Danos morais – Legitimidade “ad causam” –
Noivo – Morte da nubente
37
Disponível em: https://vitorgug.jusbrasil.com.br/artigos/119998860/jurisprudencia-comentada-stj-4-turma-danos-mo-
rais-legitimidade-ad-causam-noivo-morte-da-nubente. Acesso em: 8 fev. 2020.
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EMENTA: Quarta Turma – DANOS MORAIS. LEGITIMIDADE AD CAUSAM. NOIVO. MORTE DA NUBENTE.
A Turma, ao prosseguir o julgamento, após voto-vista que acompanhou o relator, deu provimento
ao recurso especial para restabelecer a sentença que extinguiu o processo sem julgamento do
mérito, por considerar que o noivo não possui legitimidade ativa ad causam para pleitear indeni-
zação por danos morais em razão do falecimento de sua nubente. Inicialmente, destacou o Min.
Relator que a controvérsia em exame – legitimidade para propor ação de reparação por danos ex-
trapatrimoniais em decorrência da morte de ente querido – apesar de antiga, não está resolvida no
âmbito jurisprudencial. Entretanto, alguns pontos vêm se firmando em recentes decisões judiciais.
De fato, não há dúvida quanto à legitimidade ativa do cônjuge, do companheiro e dos parentes de
primeiro grau do falecido. Da mesma forma, é uníssono que, em hipóteses excepcionais, o direito à
indenização pode ser estendido às pessoas estranhas ao núcleo familiar, devendo o juiz avaliar se
as particularidades de cada caso justificam o alargamento a outros sujeitos que nele se inserem.
Nesse sentido, inclusive, a Turma já conferiu legitimidade ao sobrinho do falecido que integrava o
núcleo familiar, bem como à sogra que fazia as vezes da mãe. Observou o Min. Relator que, diante
da ausência de regra legal específica acerca do tema, caberia ao juiz a integração hermenêutica.
Após um breve panorama acerca das origens do direito de herança e da ordem de vocação heredi-
tária, e à vista de uma leitura sistemática de diversos dispositivos de lei que se assemelham com a
questão em debate (art. 76 do CC/1916; arts. 12, 948, I, 1.829, todos do CC/2002 e art. 63 do CPP),
sustentou-se que o espírito do ordenamento jurídico brasileiro afasta a legitimação daqueles que
não fazem parte do núcleo familiar direto da vítima. Dessarte, concluiu-se que a legitimação para
a propositura da ação por danos morais deve alinhar-se à ordem de vocação hereditária, com as
devidas adaptações, porquanto o que se busca é a compensação exatamente de um interesse
extrapatrimonial. Vale dizer, se é verdade que tanto na ordem de vocação hereditária quanto na
indenização por dano moral em razão da morte, o fundamento axiológico são as legítimas afeições
nutridas entre quem se foi e quem ficou, para proceder à indispensável limitação da cadeia de legi-
timados para a indenização, nada mais correto que conferir aos mesmos sujeitos o direito de he-
rança e o direito de pleitear a compensação moral. Porém, a indenização deve ser considerada de
modo global para o núcleo familiar, e não a cada um de seus membros, evitando-se a pulverização
de ações de indenização. Segundo se afirmou, conferir a possibilidade de indenização a sujeitos
não inseridos no núcleo familiar acarretaria a diluição indevida dos valores em prejuízo dos que
efetivamente fazem jus à reparação. Acrescentou-se, ainda, o fato de ter havido a mitigação do
princípio da reparação integral do dano, com o advento da norma prevista no art. 944, parágrafo
único, do novo CC. O sistema de responsabilidade civil atual rechaça indenizações ilimitadas que
alcançam valores que, a pretexto de reparar integralmente vítimas de ato ilícito, revelam nítida
desproporção entre a conduta do agente e os resultados ordinariamente dela esperados. Assim,
conceder legitimidade ampla e irrestrita a todos aqueles que, de alguma forma, suportaram a dor
da perda de alguém significa impor ao obrigado um dever também ilimitado de reparar um dano
cuja extensão será sempre desproporcional ao ato causador. Portanto, além de uma limitação
quantitativa da condenação, é necessária a limitação subjetiva dos beneficiários nos termos do
artigo supracitado. No voto-vista, registrou a Min. Maria Isabel Gallotti não considerar ser aplicável
a ordem de vocação hereditária para o efeito de excluir o direito de indenização dos ascendentes
quando também postulado por cônjuge e filhos, pois é sabido que não há dor maior do que a perda
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de um filho, uma vez que foge à ordem natural das coisas. Reservou-se, também, para apreciar
quando se puser concretamente a questão referente à legitimidade de parentes colaterais para
postular a indenização por dano moral em concorrência com cônjuge, ascendentes e descenden-
tes. Precedentes citados: REsp 239.009-RJ, DJ 4/9/2000, e REsp 865.363-RJ, DJe 11/11/2010.
REsp 1.076.160-AM, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 10/4/2012.
Letra e.
A assertiva B está CORRETA, conforme fundamento no art. 14 do Código de Defesa do Con-
sumidor:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela repa-
ração dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
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A Assertiva C está ERRADA, pois está disposta de forma contrária a Súmula 28 do Supremo
Tribunal Federal: “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso,
ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista”.
A assertiva D está ERRADA conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça38:
38
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/552196194/agravo-em-recurso-especial-aresp-1241784-sp-
2018-0023250-0. Acesso em: 8 fev. 2020.
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3. No tocante à alegada violação dos arts. 14, 17, II, 18, 335, 373, 385, 442, do Código de Processo
Civil, 927, 25 e 51 do Código de Defesa do Consumidor, cumpre trazer trecho do acórdão recorrido
que consignou: De início, a arguição de cerceamento de defesa fica afastada. O magistrado, como
destinatário da prova, não fica cativo de cumprir com a solicitação da parte por prova que se bate,
se de seu lado, não vê nela a importância assim enxergada para protrair o julgamento. Estando
convicto de poder extrair do que já se produzira seu convencimento, e sua a discricionariedade
para prosseguir com a decisão. No caso, por mais prova que se pudesse pretender, ela não se fazia
necessária para o desfecho do processo, máxime porque já encontrados nos autos o necessário
para o julgamento antecipado da lide, uma vez que a questão principal envolve, simplesmente,
a interpretação de cláusula contratual e se ela fere a legislação consumerista. Assim, não há se
concordar com a pretensão de ser anulada a r. sentença. (….) Porquanto, embora a responsabilida-
de do banco seja objetiva como assinalado, nos termos do art. 14, do CDC, tal fato, por si só, não
assegura a procedência dos pedidos formulados pelos autores aqui, uma vez quê, a condição de
consumidores, no caso, não os desobriga da prova do dano. Assim, em um argumento complemen-
tar a á, ao do magistrado “a quo”, a improcedência dos danos materiais m não está relacionada
só ao fato da cláusula 7 do contrato por á limitativa, mas, também, na falta de prova suficiente do
conteúdo á do cofre violado, uma vez que cabe ao lesado o ônus dessa prova. (…) E embora tenham
prestado declaração de quais seriam os bens que estavam guardados no cofre após o roubo (fis.
49/53), a prova correlata precedente sobre eles, termo próprio assinado com o banco, não deixaram
de reconhecer, nunca fora firmado. Deste modo, mesmo que se admita a “comprovação da existên-
cia dos bens que relacionaram, e que até constem da declaração dos mesmos junto à Secretaria
da Receita Federal no imposto de renda, quanto à titularidade, o núcleo probatório não está nisso,
mas de que estavam em depósito garantidos pelo banco réu. Aqui não houve esta prova. Não há
nos autos nada a indicar que os bens relacionados nas fls. 49/53 estavam depositados na respon-
sabilidade do banco. (…) Mais, ainda, e importante. O contrato firmado continha uma contrapartida
correlata a um interesse econômico pelo serviço, uma vez que, o que estivesse no cofre acima do
limite estabelecido iria gerar mais valor de aluguel. E o observado leva a entender que os autores,
ao sonegarem conhecimento à ré do que tinham em depósito no cofre, se incompatível com o
contrato, buscaram um ganho de escala no custo do serviço do aluguel no correr do tempo, e mes-
mo, porque sabiam que não poderiam exceder o limite estabelecido e poderiam perder o serviço
do banco réu. (…) De qualquer ângulo que se enxergue, faltaram com a boa-fé para manter o que
ali possuíam em silêncio ou mesmo para não terem o contrato rescindido, o que” agora vem em
detrimento de seus interesses. E nesse sentido, com a falta de certeza da posse dos bens nesse
cofre, não se dá por razoável lhes consentir o direito à indenização por danos materiais que se está
a perseguir pelo recurso. (…) Por efeito dessa compreensão, se há um limite contratual previamente
estabelecido pelo qual o banco assumiu responder, e o que além não souberam os autores provar
minimamente para vingar a razão de direito que trouxeram a juízo quanto aos danos materiais, no
tocante aos danos morais, esses mesmos componentes considerados servem para retirar, se há
previsibilidade potencial de roubo a banco, e sabidamente não ignoravam os riscos de não manter
um contrato aberto, transparente sobre eventual patrimônio ali mantido, o excesso a R$ 15.000,00,
mesmo pelo argumento do significado sentimental de bens perdidos, mais que os econômicos,
cai na mesma vala da falta de prova para se falar em danos morais, que o caso exige. (…) Em re-
lação à validade de cláusula limitativa de uso, nota-se que o acórdão recorrido está em harmonia
com a jurisprudência desta Corte. Para exame: RECURSO ESPECIAL – CONTRATO DE ALUGUEL DE
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Na ementa acima, FICA CLARO, que a responsabilidade pelos bens guardados nos cofres des-
sas instituições não será afastada SOMENTE em caso fortuito ou força maior.
A assertiva E está ERRADA, a luz do entendimento do Superior Tribunal de Justiça39, conforme
transcrição abaixo da ementa:
Dupla apelação cível. Agravo retido. Denunciação à lide. Desnecessidade. Legitimidade passiva.
Citra petita. Inocorrência. Indenização. Assalto. Agência bancária. Morte de cliente. Pai de família.
Dano moral devido. Dano material. Despesas de funeral. Comprovação. Construção do túmulo.
Meras conjecturas. Pensionamento. Ex-cônjuge e filhos. Direito de acrescer entre os pensionistas
remanescentes. Comerciante. Comprovação de renda. Juros de mora e correção monetária. Evento
danoso. Prequestionamento.
1. Desnecessária a denunciação à lide do Estado de Goiás e da União, nos termos do art. 70, III
do CPC, visto que o entes federativos não estão obrigadas por lei a indenizar, em ação regressiva,
o prejuízo que a instituição financeira sofrerá no caso de perder a demanda, em razão de assalto
ocorrido no interior de sua agência.
2. A instituição financeira é parte legítima para responder por danos causados aos seus clientes, no
interior de sua agência, porquanto obrigada pela Lei n. 7.102/83 a tomar todas as cautelas neces-
sárias a assegurar a incolumidade dos cidadãos. Ademais, se a instituição financeira obtém lucros
com a atividade que desenvolve, deve, de outra parte, assumir os riscos a ela inerentes.
3. Procedendo o julgador com a exposição dos elementos de sua convicção, de forma sucinta mas
suficientemente abrangente, não há falar-se em prolação de sentença citra petita.
4. Ocorrido o assalto no interior da agência bancária, firme o entendimento no Superior Tribunal de
Justiça que tais ocorrências são eventos previsíveis, dado o risco inerente da atividade bancária,
de modo que não há falar em fato de terceiro ou hipótese de força maior.
5. Estando em consonância aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade o quantum indeni-
zatório relativo aos danos morais, mister a manutenção do valor arbitrado na origem, qual seja, R$
200.000,00 (duzentos mil reais) para cada autor.
6. Os danos materiais, para serem ressarcidos, devem estar devidamente comprovados nos autos.
Não demonstrada por recibo a alegada despesa de construção do túmulo, não é possível o acolhi-
mento de tal pretensão.
7. Quanto ao pensionamento, em se tratando de alimentos devidos em razão do falecimento do pai,
o termo final deve ser a data em que o filho menor completar 25 anos de idade, pois, a partir daí,
presume-se que exercerá atividade laboral própria e/ou constituirá família.
8. À viúva, é inconteste ser devido o pagamento da pensão até a data em que a vítima completaria
70 (setenta) anos ou até a morte da beneficiária, o que ocorrer primeiramente.
9. Referente ao valor da pensão, age com acerto o magistrado singular ao considerar a média do
rendimento auferido pela vítima, por se tratar de comerciante, conforme relatos testemunhais, fi-
xando-se a pensão mensal na proporção de 2/3 da renda da vítima, divididos por 4 autores, tendo
sido observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
39
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2014-set-29/banco-brasil-indenizara-familia-vitima-tiroteio-agencia. Acesso
em: 8 fev. 2020.
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10. O direito de acrescer entre os pensionistas remanescentes tem sido aplicado nas hipóteses em
que há mais de um beneficiário de pensão mensal paga em decorrência de ilícito civil, com o obje-
tivo de recompor o status quo ante, por se tratar de benefício destinado ao núcleo familiar.
11. No caso de pensionamento, os juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e a correção
monetária pelo INPC do valor da pensão mensal fixada a título da danos materiais incidirão desde
a data do evento danoso (Súmulas 43 e 54 do STJ).
12. Relativo à inclusão da pensão mensal na folha de pagamento da instituição financeira, sabido
ser a recorrente empresa de grande monta, com notória capacidade econômica, de modo que a
tributação que recairá sobre a folha de pagamento relativa ao pensionamento em discussão não
irá lhe trazer grandes prejuízos.
13. No que tange ao prequestionamento, dentre as suas funções, não é dada ao Poder Judiciário
a atribuição de órgão consultivo. Apelações cíveis e agravo retido conhecidos. Primeiro apelo e
agravo retido desprovidos. Segunda apelação cível provida em parte.
Processo 200690057920
Letra d.
A assertiva D está CORRETA, a teor do art. 932 do Código Civil:
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Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela repa-
ração dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
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Letra d.
As assertivas CORRETAS são a II e III, conforme o entendimento do Superior Tribunal de Jus-
tiça40, no Resp 1.436.401-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em
02/02/2017, DJE 16/03/2017:
REsp 1.436.401-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 2/2/2017, DJe
16/3/2017.
RAMO DO DIREITO DIREITO CIVIL
TEMA: Responsabilidade civil por fato de outrem – pais pelos atos praticados pelos filhos menores.
Ato ilícito. Responsabilidade civil mitigada e subsidiária do incapaz pelos seus atos (CC, art. 928).
Litisconsórcio necessário. Inocorrência.
DESTAQUE Em ação indenizatória decorrente de ato ilícito, não há litisconsórcio necessário entre o
genitor responsável pela reparação (art. 932, I, do CC) e o menor causador do dano. É possível, no
entanto, que o autor, por sua opção e liberalidade, tendo em conta que os direitos ou obrigações
derivem do mesmo fundamento de fato ou de direito (art. 46, II, CPC/73) intente ação contra ambos
– pai e filho –, formando-se um litisconsórcio facultativo e simples.
INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR A principal discussão dos autos está em definir se, em ação
indenizatória, há litisconsórcio necessário do pai por apontado ato ilícito cometido por seu filho –
menor –, nos termos do art. 932, I do Código Civil. Em regra, no âmbito da responsabilidade civil
há responsabilização direta daquele que deu causa ao prejuízo e, por conseguinte, que se tornará
obrigado a responder pelos danos. A legislação brasileira também sempre previu a responsabilida-
de civil por fato de outrem, tendo o Código Civil de 2002 deixado para trás a presunção de culpa da
codificação anterior (culpa in vigilando ou in eligendo), para consagrar a responsabilidade objetiva,
também nominada de indireta ou complexa, pelas quais as pessoas arroladas responderão, na
correspondência do comando legal (art. 932), desde que provada a culpa daqueles pelos quais são
responsáveis (En. 451 das Jornadas de Direito Civil do CJF). O rol do dispositivo em apreço veicula
hipóteses taxativas, dentre as quais a responsabilidade civil dos pais pelos atos praticados pelos
seus filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. Nessa ordem de ideias,
o ponto crucial da controvérsia exsurge da redação do art. 928 do Código Civil, trazendo importante
40
Disponível em: http://www.stj.jus.br/docs_internet/informativos/PDF/Inf0599.pdf. Acesso em: 8 de fev. de 2020.
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Além de informativo acima, no que toca a forma equitativa a luz do art. 928 do Código Civil:
O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tive-
rem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
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Letra a.
A assertiva A está CORRETA, pois Júnior foi emancipado aos 17 anos, portanto tornou-se apto
a responder pelos seus atos da VIDA CIVIL, a teor do art. 5º., do Código Civil:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
[…]
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Razão pela qual Junior, neste caso responderá por si, em demanda de responsabilidade civil.
A assertiva B está INCORRETA, pois a família que Júnior está inserido é família extensa, con-
forme previsão do art. 25, parágrafo único do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Entende-se
por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou
da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade”.
Deste modo, demonstra-se que a família extensa não é considerada pelo número de integran-
tes, e sim pelo vínculo afetivo com parentes próximos.
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c) A assertiva C está INCORRETA, pois a emancipação que trata o art. 5º., do Código Civil, se refere
a atos da vida civil. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em regra é aplicado para pessoa até 18
anos, e em casos excepcionais para pessoas até 21 anos, conforme previsão do art. 2º Do Estatuto:
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incomple-
tos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pesso-
as entre dezoito e vinte e um anos de idade.
A assertiva D está ERRADA, primeiro porque Júnior era criado, na companhia da mãe, e ambos
moravam na casa da avó. A mãe é a detentora do poder familiar, a teor do art. 1.630, do Código Civil
O art. 33, § 2º., do Estatuto da Criança prevê:
Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situa-
ções peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito
de representação para a prática de atos determinados.
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Letra d.
A assertiva D está CORRETA, a teor do previsto no art. 734 do Código Civil:
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas baga-
gens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
Por oportuno vale observância o art. 745 do mesmo diploma legal: “A responsabilidade con-
tratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de terceiro,
contra o qual tem ação regressiva”.
A assertiva A está ERRADA, pois o art. 928 do Código Civil determina:”O incapaz responde pe-
los prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo
ou não dispuserem de meios suficientes”.
A assertiva B está ERRADA, no que toca a parte do benefício previdenciário, vez que a Consti-
tuição Federal de 1988, em seu art. 7º., XXVIII, determina como direito social do empregado:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
[…]
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
“Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele
caírem ou forem lançadas em lugar indevido”.
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Letra d.
A assertiva D está CORRETA a teor do enunciado 41 da I Jornada de Direito Civil, que preconiza:
“A única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com
seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo Código
Civil”, exatamente como se deu com Miguel que foi emancipado voluntariamente pelos pais.
VALE OBSERVAR, que este mesmo fundamento faz com que a assertiva B esteja ERRADA.
A assertiva C está ERRADA, pelo uso do advérbio de intensidade sempre”, vez que o art. 944,
do Código Civil, determina: “A indenização mede-se pela extensão do dano”, e seu parágrafo
único, relativiza o caput: “Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
A assertiva A está ERRADA. O enunciado 41 da I Jornada de Direito Civil, que preconiza: “A
única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com
seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo Código
Civil”, note que a assertiva não estabeleceu se o menor era emancipado ou não.
Se o menor citado for emancipado voluntariamente aplica-se o enunciado 41 acima descrito.
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Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à re-
paração do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente
pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas de-
signadas no art. 932.
e
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
[…]
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
E ainda caberia discussão sobre assertiva, sobre a natureza da dívida, pois no direito civil
existe proteção ao patrimônio mínimo, como por exemplo o bem de família (Lei n. 8.009/1990)
A assertiva E está ERRADA, pois prevê o art. 186, do Código Civil:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Este artigo refere-se
a responsabilidade civil subjetiva, e para haver o dever de indenizar deve ser comprovado
DOLO ou CULPA.
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Letra c.
A assertiva I está CORRETA, a teor da previsão do art. 157 do Código Civil, que determina:
“Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obri-
ga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”. No caso nar-
rado o indivíduo a fim de arcar com custos de uma cirurgia de emergência da mãe, celebrou
contrato de mútuo com taxa de juro mensal muito superior ao do mercado.
A assertiva II está CORRETA, pois os conceitos respectivos sobre decadência e prescrição
estão certos.
Decadência refere-se a direito potestativo.
Prescrição refere-se a perda da pretensão.
A assertiva III está CORRETA. O art. 206, § 3º., V, prevê:
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Como o acidente de trânsito teve repercussão penal, deve-se observar o art. 200 do Código
Civil, que determina:
Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição
antes da respectiva sentença definitiva
Por fim, a assertiva IV está ERRADA, pois o vendaval se enquadra na hipótese de caso fortuito
ou força maior, que são excludentes de nexo de causalidade, deste modo, o dono das aves
NÃO FICARÁ responsabilizado a ressarcir os danos a Antônio.
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Letra c.
As assertivas I e IV estão corretas, pelas razões abaixo descritas:
A assertiva I está CORRETA, pois o odontólogo é profissional liberal, e por esta razão sua
responsabilidade é subjetiva, conforme previsto no art. 14, § 4º., do Código de Defesa do
Consumidor: “A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a
VERIFICAÇÃO DE CULPA”.
A assertiva IV está CORRETA, observe o esquema:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual-
dade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
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E por fim, a assertiva III está ERRADA, pois o profissional liberal tem responsabilidade subje-
tiva, conforme previsão artigo do14, § 4º., do Código de Defesa do Consumidor: “A responsa-
bilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a VERIFICAÇÃO DE CULPA”.
Letra d.
A assertiva D está CORRETA, em perfeito acordo com o previsto no art. 931 do Código Civil:
“Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empre-
sas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos
em circulação”.
A assertiva A está ERRADA, pois quando houver responsabilidade civil em razão de ofensa
a saúde, o art. 949, do Código Civil, determina: “No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o
ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim
da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido”.
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A assertiva B está ERRADA, pois prevê o art. 937 do Código Civil: “Art. 937. O dono de edifício
ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de
reparos, cuja necessidade fosse manifesta”, todavia o que sofreu a lesão tem de provar suas
alegações em juízo, a teor do art. 373, I, do Código de Processo Civil:
A assertiva C está ERRADA, pois no caso do empregador face aos danos que cometerem
seus empregados, a RESPONSABILIDADE CIVIL É OBJETIVA, desse modo preconiza o art.
932 do Código Civil:
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Em um dos passeios, o referido animal, que estava sem a focinheira, atacou e mordeu uma
pessoa que passava no local.
Nessa situação hipotética, apenas Thiago, o dono do animal, poderia ser demandado para
ressarcir o dano causado à vítima.
c) A responsabilidade civil independe da criminal, de modo que a sentença penal absolutória,
por falta de provas quanto ao fato, não tem influência na ação indenizatória, que pode revolver
toda a matéria em seu bojo.
d) Não constitui ato ilícito a destruição de coisa alheia para remover perigo iminente, e o dono da
coisa, ainda que não seja culpado do perigo, não tem direito à indenização do prejuízo que sofrer.
e) O empregador, exceto se comprovar que não há culpa de sua parte, responde pelos atos
ilícitos dos empregados no exercício do trabalho ou em razão dele.
Letra c.
A assertiva C está CORRETA, a teor do previsto no art. 935, do Código Civil: “A responsabili-
dade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do
fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo
criminal”.
A assertiva A está INCORRETA, a teor do previsto nos arts. 942 caput e 943 do Código Civil:
Art. 942, CC: Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos
à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidaria-
mente pela reparação”.
Art. 943, CC: “O direito de exigir reparação E A obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
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[…]
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo imi-
nente.
Todavia, os arts. 929 e 930 do Código Civil garantem a indenização, nos seguintes termos:
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpa-
dos do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá
o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
E por fim, a assertiva E também está ERRADA, pois o art. 188 determina:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos es-
pecificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
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excesso aos limites do indispensável para a remoção do perigo, razão por que ao dono da coi-
sa deteriorada ou destruída não assistirá direito à indenização do eventual prejuízo que sofra.
d) No caso de lesão à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e
dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofen-
dido prove haver sofrido
e) Aquele que, sem justa causa, enriquecer à custa de outrem será obrigado a restituir o in-
devidamente auferido, ainda que a lei confira ao lesado outros meios para se ressarcir do
prejuízo sofrido.
Letra d.
A assertiva D está CORRETA, nos termos do art. 949 do Código Civil que determina: “No caso
de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamen-
to e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o
ofendido prove haver sofrido”.
A assertiva A está ERRADA.
O art. 186 do Código Civil prevê a responsabilidade subjetiva, prevalente no Código Civil, no
seguinte teor: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, vio-
lar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Há a
responsabilidade objetiva também, mas para o direito civil, fica alocada num segundo plano.
Assim, o art. 927, parágrafo único prevê:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A assertiva B está ERRADA, pois o art. 928, parágrafo único, do Código Civil determina:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
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Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados
do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá
o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
A assertiva E está ERRADA, pois os arts. 884 e 886 do Código Civil determinam:
Art. 884: Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o
indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Art. 886: Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros meios para
se ressarcir do prejuízo sofrido.
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d) Não comete ato ilícito civil aquele que, por ação voluntária, destrói coisa alheia a fim
de remover perigo iminente de dano, ainda que a ação não seja estritamente necessária, e o
agente exceda os limites do indispensável para a remoção do perigo.
e) Mesmo que a responsabilidade civil independa da criminal, a lei veda que se questione,
na esfera cível, fato decidido no juízo criminal; por conseguinte, a sentença penal absolutó-
ria, independentemente do motivo da absolvição, impede o processamento da ação civil de
reparação de dano causado pelo mesmo fato que tenha provocado a absolvição do agente
provocador do ilícito.
Letra a.
A assertiva A está CORRETA, e encontra seu fundamento nos arts. 944 e 945 do Código Civil:
A assertiva B está ERRADA, pois os arts. 932 e 933 do Código Civil preveem:
A assertiva C está INCORRETA, pois o art. 949 do Código Civil, determina: “No caso de lesão
ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos
lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido
prove haver sofrido”.
A assertiva D está INCORRETA, pois viola o art. 188 do Código Civil:
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II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção
do perigo.
A assertiva E está ERRADA, pois disposta de forma diferente do art. 935, do Código Civil que
determina:
decorrente de ato ilícito, implica o dever de reparação civil mediante indenização. Acerca des-
a) O grau de culpa do ofensor não pode constituir critério para se fixar a indenização patrimonial.
d) Para se definir a indenização pelo evento danoso, deve-se considerar se a vítima concorreu
e) A decisão, no juízo criminal, quanto à existência do fato ou quanto a sua autoria é irrelevan-
Letra d.
Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada
tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
A assertiva A está INCORRETA, a teor do art. 944, parágrafo único do Código Civil:
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A assertiva B está INCORRETA, pois prevê o art. 943 do Código Civil: O direito de exigir repara-
A assertiva C está INCORRETA, pois disposta de forma contrária ao art. 927 do Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos es-
pecificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Por fim, a assertiva E está ERRADA, pois o art. 935, do Código Civil prevê:
A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem deci-
didas no juízo criminal.
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e) O erro referente ao motivo do negócio não o vicia, exceto se o falso motivo for expresso
como razão determinante
Letra e.
A assertiva E está CORRETA, segundo literalidade do art. 140 do Código Civil: “O falso motivo
só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante”.
A assertiva A está INCORRETA, segundo prescrito nos arts. 174 e 175 do Código Civil,
que estabelecem:
Dispensada
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo de-
vedor, ciente do vício que o inquinava.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos
arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse
o devedor.
A assertiva B está INCORRETA, conforme previsão do art. 187 do Código Civil: “TAMBÉM CO-
METE ATO ILÍCITO o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
A assertiva C está INCORRETA, vez que o negócio jurídico celebrado por relativamente inca-
paz é ANULÁVEL, a teor do art. 171 do Código Civil:
Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
A assertiva D, por sua vez, também está INCORRETA, a teor do previsto no art. 108 do Código Civil:
Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos
que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de
valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
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Letra a.
Importante iniciar a explicação pela Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça41, que deter-
mina: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Desse modo, vejamos o art. 3º., § 2º., do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestação de serviços.
[…]
41
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2011_23_capSumula297.pdf.
Acesso em: 3 fev. 2020.
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Sobre a devolução de cheques, a Súmula 388 do STJ determina: “A simples devolução indevi-
da de cheque caracteriza dano moral”.
E a mesma corte, também definiu que a negativação do nome de forma indevida, no cadastro
de inadimplentes, é dano in re ipsa, portanto gera o dano moral.
Razões que fundamentam a A como assertiva CORRETA.
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Letra d.
A assertiva D está CORRETA a luz da Súmula 145 do Superior Tribunal de Justiça42, que diz:
“No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente res-
ponsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave”.
A assertiva A está INCORRETA, pois o art. 188 do Código Civil prevê:
Não constituem atos ilícitos:
42
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_10_capSumula145.pdf.
Acesso em: 2 fev. 2020.
43
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula385.pdf.
Acesso em: 2 fev. 2020.
44
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2012_32_capSumula362.pdf.
Acesso em: 2 fev. 2020.
45
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_36_capSumula388.pdf.
Acesso em: 2 fev. 2020.
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c) Via de regra, a responsabilidade do empresário individual por danos causados pelos produ-
tos por ele postos em circulação é subjetiva.
d) Somente se houver previsão contratual os donos de hotéis serão responsáveis pela repa-
ração civil aos seus hóspedes.
e) A admissão do dano moral, que não pode ser cumulado com o dano patrimonial, funda-
menta-se unicamente no Código Civil.
Letra b.
A assertiva B está CORRETA, conforme previsão do art. 928 do Código Civil: “O incapaz res-
ponde pelos prejuízos que causar, SE as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes”.
A assertiva A está INCORRETA, conforme previsão dos arts. 954 e 953 do Código Civil:
Art. 954, CC: A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e
danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto
no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:
I – o cárcere privado;
II – a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III – a prisão ilegal.
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas
resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativa-
mente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
A assertiva C está INCORRETA, a teor do art. 931, do Código Civil: “Ressalvados outros casos
previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independen-
temente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação”.
A assertiva D está INCORRETA, conforme previsão do art. 932, IV, do Código Civil:
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E por fim, a assertiva E está ERRADA, pois a Súmula 37 do Superior Tribunal de Justiça46 determi-
na: “São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato”.
E o dano moral tem fundamento na Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor,
em Súmulas e Enunciados, portanto não está só prevista no Código Civil.
Letra a.
A assertiva correta é a A, a teor do art. 1º Da Lei no. 7.347/1985, que disciplina a ação civil
pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, nos seguintes termos:
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de respon-
sabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l – ao meio-ambiente.
O art. 14 da Lei n. 6.938/1981, que dispõe sobre a política Nacional do Meio Ambiente, preconiza:
46
Disponível em: http://www.stj.jus.br/docs_internet/VerbetesSTJ_asc.pdf. Acesso em: 2 fev. 2020.
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Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e
danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:
[…]
§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, indepen-
dentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a
terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade
para propor ação de responsabilidade civil E criminal, por danos causados ao meio ambiente.
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d) Danilo responderá de maneira direta, enquanto Breno e Celso serão subsidiariamente res-
ponsáveis pela distribuição dos lucros ilícitos, pois detinham conhecimento da ilegitimidade
e receberam os valores distribuídos.
e) Abel, por ser sócio, poderá ser responsabilizado pela distribuição dos lucros ilícitos, mesmo
não possuindo conhecimento da ilegitimidade da distribuição.
Letra a.
O enunciado se refere ao tema da responsabilidade civil, na área empresarial, deste modo,
o art. 1009 do Código Civil determina: “A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarre-
ta responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os
receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade”, razão pela qual a única
assertiva CORRETA é a A.
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Letra e.
A assertiva E está CORRETA, a teor do art. 935 do Código Civil: “A responsabilidade civil é in-
dependente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre
quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”.
De forma mais específica, o art. 23 da Lei do. 8935/94 determina: “A responsabilidade civil
independe da criminal”.
A assertiva A está INCORRETA, pois o art. 24 da Lei no. 8935/94 determina: “A responsabilidade
criminal será individualizada, aplicando-se, no que couber, a legislação relativa aos crimes
contra a administração pública”, portanto, não será estendida aos notários e aos oficiais de
registro que prestem serviços na mesma serventia.
A assertiva B está ERRADA, pois o prazo prescricional, neste caso é de 3 anos, a teor do pará-
grafo único, do art. 22 da Lei no. 8935/34 que diz:
Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem
a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que
autorizarem, assegurado o direito de regresso.
Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data de
lavratura do ato registral ou notarial.
Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem
a terceiros, POR CULPA OU DOLO, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes
que autorizarem, assegurado o direito de regresso.
Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem
a terceiros, POR CULPA OU DOLO, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes
que autorizarem, assegurado o direito de regresso.
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À luz da Lei n. 8.935/1994, o prazo para que Pedro exerça a sua pretensão de responsabiliza-
ção cível do tabelião é de
a) três anos, a contar da data de lavratura da escritura pública.
b) cinco anos, a contar da data de lavratura da escritura pública.
c) três anos, a contar da data da configuração do dano.
d) cinco anos, a contar da data do trânsito em julgado do processo criminal que responsabi-
lizar o tabelião.
e) três anos, a contar da data do trânsito em julgado do processo criminal que responsabilizar
o tabelião.
Letra a.
A assertiva A está CORRETA, conforme previsão do art. 22 da Lei n. 13286/2016, que alterou
a Lei no. 8935 de 1994
Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que cau-
sarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou
escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.
Parágrafo único. PRESCREVE EM TRÊS ANOS a pretensão de reparação civil, contado o prazo da
data de lavratura do ato registral ou notarial.
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Letra c.
A assertiva C está CORRETA, conforme previsão do art. 22 da Lei n. 13286/2016:
Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que cau-
sarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou
escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.
Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data de
lavratura do ato registral ou notarial.
Todavia, a banca faz referência ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça47, que a teor
do Informativo 421 estabelece:
É subsidiária a responsabilidade do Estado membro pelos danos materiais causados por titular de
serventia extrajudicial, ou seja, aquele ente somente responde de forma subsidiária ao delegatário.
Por outro lado, a responsabilidade dos notários equipara-se às das pessoas jurídicas de Direito
Privado prestadoras de serviços públicos, pois os serviços notariais e de registros públicos são
exercidos por delegação da atividade estatal (art. 236, § 1º, da CF/1988), assim seu desenvolvi-
mento deve dar-se por conta e risco do delegatário (Lei n. 8.987/1995). Também o art. 22 da Lei
n. 8.935/1994, ao estabelecer a responsabilidade dos notários e oficiais de registro pelos danos
causados a terceiros, não permite uma interpretação de que há responsabilidade solidária pura
do ente estatal. Com esse entendimento, a Turma, ao prosseguir o julgamento, deu provimento ao
recurso do Estado membro condenado a pagar R$ 115.072,36 por danos materiais imputados ao
titular de cartório. Precedente citado do STF: RE 201.595-SP, DJ 20/4/2001. REsp 1.087.862-AM,
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 2/2/2010.
47
Disponível em: https://sites.google.com/site/informativosdostj/informativos/informativo-421-stj. Acesso em: 2 fev. 2020.
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Letra b.
A assertiva B está CORRETA, prevê o art. 37, § 6º., da Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[…]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O Supremo Tribunal Federal48, por sua vez, reconheceu responsabilidade objetiva em caso
análogo ao do enunciado. Veja:
A pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público possui responsabilidade civil
em razão de dano decorrente de crime de furto praticado em suas dependências, nos termos do
art. 37, § 6º, da CF/1988. Caso concreto: o caminhão de uma empresa transportadora foi parado
48
Disponível em: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2018/07/info-901-stf1.pdf. Acesso em: 2 fev. 2020.
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Letra b.
A assertiva B está CORRETA, a teor do enunciado 37 do Conselho de Justiça Federal49: “A
responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se
somente no critério objetivo-finalístico”.
Diante deste enunciado as demais assertivas estão ERRADAS.
Letra c.
I – Responsabilidade civil odontológica é o dever jurídico do cirurgião-dentista de responder
por atos praticados durante o exercício da profissão, quando ilicitamente causar danos a seu
paciente ou a terceiros. CORRETA.
49
Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/698. Acesso em: 2 fev. 2020.
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A assertiva I está CORRETA, pois preconiza o art. 186, do Código Civil: “Aquele que, por ação
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ain-
da que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Neste sentido, sendo o dentista profissional liberal, o art. 14, § 4º., do Código de Defesa do
Consumidor determina:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela repa-
ração dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação
de culpa.
Responsabilidade
IV Negligência, imprudência e imperícia são as modalidades de culpa. CORRETA civil objetiva.
A assertiva está CORRETA, a teor da previsão do art. 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ain-
da que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
II – Os danos indenizáveis pelo cirurgião-dentista são apenas os de natureza material. ERRADO
A assertiva II está ERRADA, pois os danos morais, materiais e estéticos podem ser indeniza-
dos. Desta feita, o art. 402 do Código Civil, determina:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Danos materiais.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual-
dade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…]
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano ma-
terial, moral ou à imagem;
[…]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
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Ainda, o art. 12, do Código Civil estabelece: “Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei”.
E ainda o dano estético a teor do entendimento do Superior Tribunal de Justiça, exarado atra-
vés da Súmula 387: “É lícita à cumulação das indenizações de dano estético e dano moral”.
E por fim, o art. 944 do Código Civil: “A indenização mede-se pela extensão do dano”.
III – A responsabilidade civil do cirurgião-dentista é de natureza objetiva, ou seja, não depen-
de da verificação de culpa. ERRADO
A assertiva III está ERRADA, vez que, sendo o dentista profissional liberal, o art. 14, § 4º., do
Código de Defesa do Consumidor determina:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela repa-
ração dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
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e) Ana poderá ajuizar ação para pleitear danos morais e materiais, mas não danos estéticos
isoladamente: dano moral já engloba dano estético.
Letra a.
A assertiva A está CORRETA, pois encontra guarida no art. 932, I do Código Civil:
As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua par-
te, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
A assertiva B está ERRADA, pois no ano de 2016, Douglas foi absolvido no processo penal, em
sentença transitada em julgado, assim o art. 200 do Código Civil determina: “Quando a ação
se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da
respectiva sentença definitiva”. Portanto, neste caso, o prazo começou a contar da sentença
transitada em julgado.
A assertiva C está ERRADA, pois o art. 935 do Código Civil prevê: “A responsabilidade civil é
independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou so-
bre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”.
A assertiva D também está ERRADA, pois disposta de forma divergente do art. 934 do Có-
digo Civil: “Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
relativamente incapaz”.
E por fim, a assertiva E está ERRADA, pois segundo entendimento do Superior Tribunal de
Justiça50 decidiu que dano estético é modalidade especifica, a teor do art. 387: “É lícita a
CUMULAÇÃO DAS INDENIZAÇÕES DE DANO ESTÉTICO E DANO MORAL”.
50
Disponível em: http://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula387.pdf.
Acesso em: 2 fev. 2020.
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Letra e.
O referido assunto já foi pacificado pelo Supremo Tribunal de Justiça, exarado na Súmula 479:
“As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito inter-
no relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”.
Data da Publicação – DJ-e 1-8-2012
Vale ressaltar que a regra incidente, neste caso, é do Direito do Consumidor. Desse modo pre-
vê o art. 3º., § 2º, desta lei:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestação de serviços.
[…]
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, IN-
CLUSIVE AS DE NATUREZA BANCÁRIA, FINANCEIRA, de crédito e securitária, salvo as decorrentes
das relações de caráter trabalhista.
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Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça51 entende que o Código de Defesa do Consumi-
dor é aplicável as instituições financeiras, a teor da Súmula 297, por isso a aplicação do art.
14 acima descrito.
Preconiza também o art. 14, caput da referida lei:
Responsabilidade
civil objetiva
51
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2011_23_capSumula297.pdf.
Acesso em: 2 fev. 2020.
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a) Francisco não pode cumular pedido de compensação por danos morais e estéticos,
porquanto os danos estéticos estão incluídos nos danos morais.
b) se Francisco não comprovar o valor auferido por seu trabalho, o juiz poderá determinar que
a eventual indenização arbitrada seja paga de uma só vez, mesmo contra a vontade da vítima.
c) a locadora de veículos e Pedro são solidariamente responsáveis pelos danos causados a
Francisco.
d) caso Francisco viesse a óbito, cessariam seus direitos da personalidade e seus pais não
poderiam pleitear perdas e danos.
e) a debilidade permanente causada a Francisco pode dar causa ao pagamento de pensão
alimentícia pela causadora do dano, no valor de no máximo um salário mínimo, até ele com-
pletar sessenta e cinco anos de idade.
Letra c.
A assertiva C está CORRETA, a teor do entendimento do Supremo Tribunal Federal52, exarado
na Súmula 492: “A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o loca-
tário, pelos danos por este causados à terceiro, no uso do carro locado”.
A assertiva A está INCORRETA, pois é possível cumular danos morais e estéticos a teor do
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, exarado através da Súmula 387: “É lícita à
cumulação das indenizações de dano estético e dano moral”.
A assertiva B está INCORRETA, segundo o art. 950, parágrafo único do Código Civil, prevê:
Parágrafo único. O PREJUDICADO, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga
de uma só vez.
52
Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2628. Acesso em: 30 jan. 2020.
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d) caso Francisco viesse a óbito, cessariam seus direitos da personalidade e seus pais não
poderiam pleitear perdas e danos.
e) a debilidade permanente causada a Francisco pode dar causa ao pagamento de pensão
alimentícia pela causadora do dano, no valor de no máximo um salário mínimo, até ele com-
pletar sessenta e cinco anos de idade.
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Graduada e pós-graduada pela Universidade de Franca. Advogada. Professora de cursinhos. Professora
do curso de Direito e supervisora de Atividade Complementar do Centro Universitário do Planalto.
Professora do curso de Direito do UniCEUB.
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