1. Não é a consciência dos homens que determina a sua existência, pelo contrário, é a
sua existência social que determina a sua consciência” (Aron 2000: 149-150).
Explique esta formulação de Marx.
R: Com esse postulado procura Marx reformula a dialéctica hegeliana, negando que as
ideias determinem a existência social. Para ele, o que dizemos ou pensamos é no fim de
contas determinado pelo que fazemos, o que equivale a postular que os nossos jogos
linguísticos repousam em práticas históricas.
Neste sentido, Marx explica que deve-se compreender que o pensamento está enraizado
nas próprias condições materiais. Com isso queria afirmar que, são os homens, pelo
contrário, que, ao desenvolverem a sua produção e a sua comunicação materiais, tanto
transformam essa sua realidade como transformam o seu pensamento e os produtos do
pensamento.
A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e dos homens
entre si.” É desse processo (e nunca fora dele) que emerge a consciência do homem sobre
si próprio. Neste sentido, defende Marx, a consciência do homem é produto das
condições existenciais prevalecentes. Assim, nesta perspectiva, devemos explicar a
maneira de pensar dos homens pelas relações sociais nas quais eles se encontram
integrados. Karl Marx levam-no a sustentar que primeiramente mudam as condições
económicas, e somente DEPOIS, de modo correspondente, muda a consciência dos
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homens. Assim, o fundamento deste ou daquele ideal deve ser encontrado, não no cérebro
dos homens, não em sua fantasia, mas no desenvolvimento de suas condições
económicas.
2. Como Karl Marx e Friedrich Engels definem os seguintes conceitos básico da sua
teoria: Proletariado
Para Marx proletariado ou classe operaria: é todo conjunto de indivíduo que se encontram
na mesma situação em função da posse, ou seja, aqueles indivíduos detém e vende a força
de trabalho. Neste sentido, o proletariado ou classe operária tinha como objectivo
principal a luta contra a Burguesia. Assim, essa classe era a força política que realizaria a
destruição do Capitalismo e uma transição para o Socialismo, ou seja, era a classe a que
pertence o futuro.
O proletariado ou classe operaria surge com intuito da luta contra a burguesia e atravessa
várias fases de desenvolvimento. No primeiro momento começou a luta de forma
individual dos trabalhadores e pelos trabalhadores de uma fábrica, passando para as lutas
locais que se centralizaram ajuda dos modernos meios de comunicação, transformando-se
em uma luta nacional entre classes.
Os marxistas responderam a essa situação de várias maneiras, classe operaria não podia,
pelos seus próprios meios, alcançar uma consciência revolucionária, mas sim a partir de
um partido de revolucionários marxistas comprometido com sua causa. Esta posição foi
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criticada também por pretender substituir a classe operaria pelo partido e a levar a uma
ditadura partidária sobre a classe. Foi através dessa concepção que viu o crescimento da
Classe média, ou a emergência de uma “nova classe operária”
Para que haja o avanço na direcção do socialismo depende de uma aliança entre a classe
operária e grandes segmentos da classe média. E essa a continuidade da “marcha para o
socialismo” dependente da acção política da classe operária organizada, que continua
sendo a mais poderosa força política para a transformação radical da sociedade.
Marx também afirmou que o proletariado é uma classe realmente revolucionária, porque
a revolução proletária assinalaria o fim das classes e do carácter antagónico da sociedade
capitalista.
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4. De acordo com Karl Marx, "a história da sociedade até aos nossos dias é a história
da luta de classes." (Manifesto do Partido Comunista, p. 106). Explique
sucintamente o raciocínio do autor.
R: Marx, a história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes, com
isso queria dizer que, sempre houve e haverá luta de classes desde Homem livre e
escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre e oficial, opressores e oprimidos
sempre estiveram em constante oposição empenhados numa luta sem trégua, ora velada,
ora aberta, a luta pela democracia, monarquia, direito de voto etc. esta são apenas
maneiras ilusórias nas quais se desenvolve a verdadeira luta de classes. Mas a que ter
cuidado de que a luta de classes não é apenas um confronto armado, mas algo presente
em todos os procedimentos institucionais, políticos, policiais, legais, que a classe
dominante lança mão para obter sua dominação.
R: Neste trecho Marx pretendia mostrar que não existe uma separação da compreensão e
da acção. O pensamento de Marx deve ser vista numa perspectiva de analise e de
compreensão da sociedade capitalista no seu funcionamento actual.
O conflito entre o proletariado e os capitalistas são visto por Marx como traço principal
das sociedades modernas, o que revela a natureza dessas sociedades e permitem prever o
desenvolvimento histórico. E por fim, afirmamos que, o pensamento de Marx é uma
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interpretação antagónico ou contraditório das sociedade capitalista na qual, esse carácter
é inseparável da estrutura do regime capitalista ou como alavanca do desenvolvimento
histórico.
R: Com isso Marx pretendia afirmar que, não se pode compreender a sociedade moderna
sem referência ao funcionamento do sistema económico, nem compreender a evolução do
sistema económico negligenciado a teoria do funcionamento.