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MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO DE CARGA

I.Classificação

As Máquinas de Elevação de carga classificam em :

1.Pelo seu uso

-Máquinas de Elevação de uso Geral

Máquinas de Elevação de uso Geral são aquelas que se destinam unicamente ao processo de
levantamento de carga.

-Máquinas de Elevação de uso Específico

As Máquinas de Elevação de uso específico para alem de levantar a carga deslocam na , ou o processo
de levantamento da carga é efectuado por meio de processos especiais.

2.Pelas caracteristicas construtivas

-Mecanismos de Elevação(prensas, macacos, etc.)

-Elevadores(de carga, de passageiros, ascenssores etc.)

Elevadores

-Guindastes e Gruas, Empilhadeiras Etc.

1
Empilhadeira Talha eléctrica Talha Manual Guincho

TIPOS DE GUINDASTES

Os Guindastes classificam se em:

A-Pelas caracteristicas construtivas

1. .Guindaste de ponte rolante(com uma ou duas vigas)

2
Mastro Telescópico de Ponte Rolante para Ponte Rolante Manuseio de Bobinas de Alumínio

Manuseio de Bobinas de Alumínio

2. Guindaste giratório(com apoio exterior 3. Guindaste de coluna(consola)


de cima e guindaste de coluna(poste)

Estrutura de Derrick

4. Guindaste de cavalete 5. Guindaste de Torre

6.

3
6

.Guindaste Flutuante Guindaste Flutuante

7.Guindaste de construção

Construção da Barragem de Itaipú (1982) com Pórtico a


Frente e Guindastes com Lanças Treliçadas ao Fundo.
8.Guindaste pórtico

4
B-Pelas caracteristicas construtivas dos elementos de captação de carga

1.Para o transporte de carga granulada, nas escavações, etc.

Descarregador de Navios com Caçamba para Manuseio de Minério.

2.Para o transporte de aço e ferro fundido

3.Para o transporte de carga paletizada

5
4.Para o transporte de contentores

C.Pela forma como se deslocam

1-Estacionários

2.De movimento

D-Pela construção do elementosque deslocaam o Guindaste

1-De linha Ferrea

6
2-De lagarto

3-Flutuantes

7
4-De cabo

5-De automóveis

Guindastes de automóveis

E- pelo grau de rotação

.De aste giratória De aste semi-giratoria

8
II.Guindastes

1.Parametros fundamentais dos guindastes

Os guindastes caracterizam-se pelos seguintes parâmetros:

Capacidade de carga a -Altura de elevação de carga, -Alcane do guindaste, L,M


manusear (carga nominal H, M
maxima),Q, N;Kgf -Largura do guindaste, B, M
-Regime de Serviços
-Velocidade da carga, M/s -Etc.

Por outro lado os guindastes caracterizam-se pela repetição de curtas ligações no momento em que os
elementos de captação de carga realizam o movimento de translação de vai vem dentro do ciclo.

No ciclo de trabalho as máquinas de elevação estão sujeitas a cargas seguintes:

a)Forças (momentos) motrizes

b) Forças (momentos) de resistência

c)Cargas de inercia

-As forças motrizes nas máqui9nas são o momento do motor(binário, forces dos gases(vapor,
liquido).

No computo geral para conhecê-los é preciso saber as forces tecnológicas utéis, resistências nocivas e
forcas de inércia dos elemntos em movimento.

-As forças de resistência nas máquinas são forcas de resistência tecnológica de que depende a aplicação
da máquina e de condições de trabalho

-As forcas de inercia nos mecanismos surgem no momento de arranque, travagem, e variação da
velocidade

No momento de instabilidade do movimento nos mecanismos surgem cargas dinámicas de character


vibratório.A grandeza e o carácter destas cargas depende do grau de elasticidade dos elos de
ligação , grandeza e distribuição das massas motrizes no sistema e o comportamento das forças
externas(forces motrizes e forças de resistência)

A actuação de forças num sistema elástico conduz à oscilação de massa consequentemente o surgimento
de cargas dinámicas que podem superar por muito as cargas estáticas fundamentalmente nos
mecanismos de deslocação e giratório durante um arranque rápido e travagem.2.Parâmetros que
caracterizam os regimes de serviços dos Guindastes

Os regimes de serviços de um guindaste se escolhem pelo mecanismo principal, que é o mecanismo de


elevação de carga.

9
Tabela 1

Regimes Kcarga Kdia Kano TL/DL Tom.ambt Quan.arranqu

L 0,25:0,5 N é regular Né regular 15 25 Até 60

M 0,5:0,75 0,5:0,75 0,33:0,5 25 25 Até 120

P 0,75:1 0,75:1 0,67 40 25 Até 240

MP 1 1 1 40 25:40 Acima de 240

MPC 1 1 1 40:60 40:60 Acima de 240

Q
K c arg a  m (1)
Qn
Qm  c arg a.media. por.turno Dias.de.trabalho. por.ano 250
K ano   (2)
Qn  c arg a.no min al Dias.do. Ano 365
K ano  Coeficiente.de.utilizacao.do.guindaste. por.ano
Tempo.de.trabalho
DL%ouTL %  .100%(4)
Tempo.do.ciclo(Tc ) N o .de.horas.de.trabalho.do.guindaste. por.dia
K dia  (3
Tc  Tempo.de.trabalho  Tempo.de. paragem 24
K dia  coeficiente.de.utilizacao.do.guindaste. por.dia
Tc  t arr  t festavel  t trav  t par
3600
nciclos  , c / h(5)
 Tc

Regime de serviços do guindaste


O regime serviços do guindaste é determinado pelo mecanismo principal que é o mecanismo de elevação
de carga.
Guindastes de regime Leve(L) são aqueles que trabalham nas oficinas fechadas das estações eléctricas,
guindastes de torre, guindastes que trabalham nas oficinas de reparação, guindastes que trabalham nas
oficinas de montagem e desmontagem etc.
Guindastes de regime médio(M) 95% das máquinas de elevação de carga pertencem a este grupo.São
guindastes que se utilizam nas empresas metalomecânicas de montagem.
Guindastes de regime pesado(P)São aqueles que operam nas oficinas de produção em massa e de
produção em série, que tranportam cargas pesadas em zonas onde circulam pessoas.

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3.Principais Mecanismos dos Guindastes

1. Mecanismo de Elevação de carga

2. Mecanismo de Translação do
Guindaste

3. Mecanismo de Translação do carrinho


do Guindaste

4. Mecanismo de variação da lança

11
5. Mecanismo de Rotação do Guindaste
etc.

6. Mecanismo de abertura da colher

7. Etc.

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3.1.MECANISMO DE ELEVAÇÃO DE CARGA

Figura 1

Onde:

1. Motor Eléctrico 4. União Flexível 8. Aparelho de Gancho

2. União com Freio 5. Tambor 9. Roldana Móvel

3. Redutor de Rodas 6. Cabo de aço Roldana Fixa


dentadas Cilíndricas
7. Gancho

Tipos de sistemas cadernais

Existem dois sistemas cadernais:

1. Sistema cadernal Simples

2. Sistema cadernal Duplo

Sistema cadernal Simples

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Vantagens do sistema cadernal simples

 São de construção simples  São de pequeno gabarito relativamente ao sistema


duplo
Desvantagens

 Não garantem o levantamento verticalpreciso da  -Possuem diferentes esforços nos apoios do


carga(inclinado) , o que origina o blanceamento da tambor durante o processo de levantamento da
carga carga

 Desgastes não uniformaes nos apoios do tambor

Sistema cadernal Duplo

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Vantagens

 Levantamento vertical da carga e sem balanceamento

 O desgaste nos apoios do tambor são uniformes

 Os apoios do tambor sofrem esforços iguais

Desvantagens

 É de grande gabarito comparado com o cadernal simples

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Coeficiente de multiplicidade “a”(vantagem mecanica) do sistema cadernal define-se como sendo a
relação do número de cabos (m) que asseguram a carga e o número (Z) de cabos que se enrolam no tambor.

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Sistemas para o ganho de força e de velocidade
Sistemas para o ganho de força e de velocidade
Sistemas para o ganho de força
Sentido fisico
Quando a carga e levantada ate a altura h,o tambo enrola
uma cabo com comprimentoigual a 2h.
Quando o sistema esta em equilibrio pode se escrever a seguinte equacao.
Q  S1  S 2 com S 2  S1  S ma x ( forca max ima no cabo) .
Q Q
S ma x   onde a  a razao mecanica ou coeficient e
2 a
de multiplici dade
Tendo em conta o esquema de ganho de forca da figura conclui se que
Vt  2Vcar  aVc arg a
Durante a subida, considerando o rendimento nas roldanas teremos:
Trabalho Util
Re n dim ento   
Trabalho Gasto
Q.h Q
  S2   conclusao, ha ganho de forca
a.S 2 h a

Sistemas para o ganho de velocidade

Sentido fisico
Quando a carga e levantada ate a altura h,o tambor enrola
uma cabo com comprimentoigual a 1 quarto da altura h.

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Cadernal: é a associação de várias polias fixas (num único bloco) com várias polias móveis (todas num
mesmo bloco), com o objectivo de obter uma vantagem mecânica. A associação também é conhecida por
moitão ou simplesmente por talha. Há várias configurações; eis algumas:

Polia ou roldana, consta de um disco que pode girar em torno de um eixo que passa por seu
centro. Além disso, na periferia desse disco existe um sulco, denominado gola, no qual passa
uma corda contornando-o parcialmente.
As polias, quanto aos modos de operação, classificam-se em fixas e móveis. Nas fixas os
mancais de seus eixos permanecem em repouso em relação ao suporte onde foram fixados. Nas
móveis tais mancais se movimentam juntamente com a carga que está sendo deslocada pela
máquina. Eis algumas ilustrações:

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Na roldana fixa, numa das extremidades da corda aplica-se a força motriz F (aplicada, potente) e
na outra, a resistência R. Na móvel, uma das extremidades da corda é presa a um suporte fixo e
na outra se aplica a força motriz F --- a resistência R é aplicada no eixo da polia.

Na polia fixa a vantagem mecânica vale 1, sua função como máquina simples e apenas a de
inverter o sentido da força aplicada, isto é, aplicamos uma força de cima para baixo numa das
extremidades da corda e a polia transmite á carga, para levantá-la, uma força de baixo para
cima. Isso é vantajoso, porque podemos aproveitar o nosso próprio peso (ou um contrapeso)
para cumprir a tarefa de levantar um corpo.

3.1.2.Sistemas de levantamento de carga(Talha exponencial e sistema cadernal)

Polias fixas e móveis

Talhas exponenciais e sistema cadernal

Determinação do esforço máximo de tracção no cabo durante o levantamento da


carga
Tomemos como base o mecanismo de elevação simples com o coeficiente de multiplicidade a=4.

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Durante o repouso o esforço de tracção no cabo é igual em todos os ramais

Q
S1  S 2  ........  S a 
a

Durante o levantamento de carga teremos nos vários ramais do sistema diferente resistência, por
conseguinte esforços de tracção diferentes no cabo. Na saída do tambor o ramal do cabo sofre
esforço máximo

S 1  S max ; S 1  S 2 ; S 2  S 1 . ; S 3  S 2 . ; S 4  S 3 . ; S a 1  S a .
Sabendo que Q  S 1  S 2  S 3  S 4 1 teremos
2
Q  S 1  S 1 .  S 1 . ....... S 1 . a
2   Q  S max  S max .  S max . 2 ....... S max . a 3 

Q  S max 1     2 ....... a  4   
onde 1     2 ....... a e uma progrecao geometrica do tipo
1 a 1 a
daqui podemos dizer que : Q  S max 5 
1    1   

Q 1   
S max  6 
1 a

Rendimento nas roldanas fixas e moveis


O rendimento da roldana movel é maior que o da roldana fixa mas para efeitos de calculo se tomam
valores iguais =0,97

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Re n dim ento do sistema cadernal

Tendo em conta o esquema de ganho de forca teremos :


TrabalhoUtil Q.H
Re n dim ento Sist .Cadernal     Sist .Cadernal  7 
Trabalho Gasto S max a H

Substituindo 6  em 7 teremos   Sist .Cadernal 


1  
a
8
a 1   

Para mecanismo simples o esforco max imo no cabo sera :

Q
S max 
a Sist .Cadernal .

Para o sistema duplo

Q
S max  onde a  coeficiente de mu ltiplicidade Q  capacidade de c arg a, N
2a Sist .Cadernal

Rendimento geral do sistema

   t rol.droesv onde  t e o numero de roldanas de desvio .


geral Sist.Cadernal

Escolha do diametro cabo

O diametro do cabo se escolhe em funcao do esforco de roptura

S S .n onde n e a m arg em de seguranca


ropt max
Para regime Leve n  5 Para regime Medio n  5,5; Para Re gime Pesado n  6
S tab  S
ropt

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3.1.1Dispositivos de sujeição de carga

Os dispositivos de sujeição de carga se escolhem em função do peso e tipo de carga, e se agrupam em


Universais e Especiais

A.Dispositivos Universais

Os dispositivos universais são de uso generalizado e fazem parte deste grupo os seguintes:

A1. Laços

São constituídos de um elemento flexível com terminais que facilitam a amarração das cargas unitárias
sujeitas a elevação.

Dividem-se em laços de cabos de aço, laços de corrente e laços de corda.

Laços de cabo de aço

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Laços de corrente Laços de corda

São de grande flexibilidade devem receber os mesmos As cordas têm grande aplicação na
cuidados e manutenção dispensada aos cabos.Os cálculos de suspensão de cargas de pouca
resistência a tracção são idênticos aos dos cabos de aço e se
responsabilidade, devido a baixa tensão
escolhem em função do esforço de roptura.Fig.pagina-94 de roptura.Têm grande flexibilidade
podendo ser facilmente amarradas(nós).
São fabricados de correntes de elos.Usados Ropem se facilmente quando actuam
predominantemente em serviços pesados, altas temperaturas sem protecção sobre os cantos vivos.
e grandes variações de temperatura.Sua alta flexibilidade
permite firme amarração a carga. As cordas são fabricadas de
sisal, cânhamo ou material sintético,
Tem o incoveniente do elevado peso e ferir os cantos vivos nylon ou plástico.
das embalagens frágeis em elevação.São dimensionados em
função do esforço de tracção e se escolhem pelo esforço de
roptura. Fig.pagina-94

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A2. Ganchos
São usados como dispositivos de sujeição de cargas unitárias nas pontes rolantes e guindastes e podem
ser simples, duplos e articulados (triangulares)

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1. -Simples-Forjados, Estampados e Laminados

-Simples com massa auxiliar

2. Duplos- Forjados, Estampados e Laminados

3. Articulados e triangulares

Os ganchos são fabricados de aço20, Mn, etc pelos métodos de forjadura ou estampagem.Os ganchos 1 e
2 forjados são padronizados, no processo de fabricação a sua haste roscada* é testada a Tensão de
Tracção( 6 ) .As demais dimensões são estimadas e em seguida testadas através de cálculos de

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resistência é quando suas proporções são definitivamente estabelecidas.Cada gancho sofre um ensaio
sob carga de 125% da carga nominal durante 10minutos.Cada gancho na sua face obrigatoriamente deve
possuir suas características de capacidade de carga.

Em guindastes com grande capacidade de elevação carga (acima de 100T).usam-se os ganchos


triangulares, sendo que o gancho triangular articulado é o mais empregue por facilidade de fabricação.

O reduzido peso do gancho nos equipamentos de elevação de pequena capacidade com apenas um cabo
de sustentação e a possibilidade de torção do cabo faz com que se use massas auxiliares, para dar
estabilidade ao dispositivo de sujeição.

*-Nos ganchos de pequena capacidade a rosca da haste é Métrica ,Q<5tf; para Q>5tf a rosca é trapezoidal
ou dente de serra.

Q 4Q
t     t  500kgf / 2 ( 6 )
A d12 cm

Exigências para dispositivos de sujeição de carga

 Assegurar a carga durante o trabalho

 Deve ter um peso mínimo

 Deve ter uma construção simples

 Tempo mínimo para assegurar a carga

Aparelhos de sujeição de ganchos


Aparelho é a parte completa da talha suspensa, a qual inclui: ganchos, travessa, polias inferiores
e placas de carcaça com talas.

Os aparelhos para múltiplas polias são projectados com altura normal (longos) e altura reduzida
(curtos) e ainda os de coeficiente de multiplicidade variável

Figura 3.

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B.Dispositivos Especiais

Os laços e ganchos são dispositivos de sujeição de uso generalizado. Quando um equipamento de


elevação apresenta elevado factor de utilização os tempos requeridos para sujeição e remoção da carga
deve ser mínimos, o que se consegue com a utilização de dispositivos especiais.

Requisitos de um dispositivo especial de sujeição

1. Adaptar-se a carga sem danificá-la

2. Permitir o engate e desengate fácil

3. Ser de peso reduzido

4. Apresentar segurança

O dispositivo de sujeição pode ser projectado para atender ao transporte de um produto específico ou
grupo de produtos que apresentam características semelhantes.

Grupos de Cargas

1. Cargas unitárias de grande porte,Exs:máquinas, bombas, motores, reservatórios, estruturas,


vagões, etc.

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2. Cargas unitárias de médio porte.Exs:Partes de máquinas, barras, caixas, fardos, botijões, etc.

3. Tubos e barras.

4. Chapas

5. Peças em lotes ( paletizadas ou contentorizadas). Exs.pregos, parafusos, rodas dentadas e eixos


pequenos, elementos de máquinas, conesões hidráulicas, etc.

6. Material a granel.Exs:carvão, areia, aparas de metal, cinzas, etc.

7. Material líquido.Exs:Fofo, aço e outros materiais fundidos etc.

Para cada grupo de carga existem dispositivos que melhor se adaptam.Entre os de uso mais generalizado
podem-se citar os seguintes:

a)Travessas

b)Plataformas

c)Tenazes e garras

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d)Caçambas

e)Electro-imãs

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Elementos Flexíveis
Na qualidade de elementos flexíveis nas maquinas de elevação são usadas as cadeias e os cabos de aço

Cabos de aço
Os cabos de aço são amplamente usados em máquinas de elevação como órgãos flexíveis de elevação.

Vantagens dos cabos com relação às correntes.

1. São mais leves

2. Menor suscetibilidade de danos

3. São de operação silenciosa

4. São de maior velocidade que os cadeias

5. Operam com maior confiança

Classificação dos cabos de aço

A. Segundo o seu emprego os cabos de aço classificam em:

1. Cabos de movimento

 Cabos de elevação

 Cabos de tracção

 Cabos especiais (industria energética, aviação e industria petrolífera)

2. Cabos estacionários

 Cabos de sustentação

 Cabos para amarrar

 Cabos de transporte de energia

B. Pelas características construtivas os cabos podem ser:

1. Cabos normais (cabos de contacto cruzado)-Na construção do cabo as camadas dos fios cruzam
se em vários pontos ao longo do cabo. O contacto cruzado tem o inconveniente

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de originar tensões no cabo, limitando deste modo a vida do cabo. Este cabo não é
recomendado para as METs

2. Cabos paralelos (cabos de contacto linear)- Na construção do cabo os fios da camada posterior
ocupam os sulcos deixados vazios pelos fios da camada anterior. As tensões dentro do cabo são
quase nulas e são os cabos mais usados nas máquinas de elevação de carga

Vantagens:

 Não há desgaste interno no cabo, como conseqüência do atrito resultante do cruzamento de fios.

 Têm maior durabilidade comparativamente aos cabos de contacto cruzado

 A flexibilidade do cabo é inversamente proporcional ao diâmetro dos fios externos do mesmo


cabo enquanto que a resistência a abrasão é directamente proporcional a este diâmetro

Tipos de cabos de contacto lineares mais usados

1. SEALE- características- tem fios externos grossos, o numero de fios na primeira e segunda camada é
igual. São indicados para resistir na abrasão

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SEALE-6X19+AF

1+9+9

2. FILLER. -Na composição da perna há arames de enchimento. Este cabo é mais flexível e indicado
para maiores esforços de tracção como, por exemplo, o levantamento de cargas

FILLER-6X21+AACI

1+5+5+10

AACI-alma de aço com cabo independente

3. Warrington- na construção do cabo a camada geral externa possui alternadamente fios de diferentes
diâmetros .São indicados para teleféricos uma vez possuírem uma forma não redonda, funcionam
como cabo guia.

Warrington-8x19+AF

1+6+(6+6)

C. Pela forma como são torcidas as pernas os cabos classificam em:

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1. Cabos de torção a direita

2. Cabos de torção a esquerda

D. Quanto a torção dos fios na perna os cabos classificam em:

1. Regular (oposto)-Os fios de cada perna são torcidos no sentido oposto da torção das pernas no cabo

Vantagens- menor tendência a torcer

2. Torção Lang- os fios de perna são torcidos no mesmo sentido que as próprias pernas.

Vantagens- aumenta a resistência a abrasão e flexibilidade.

3. Cabos não rotativos- as duas camadas de fios se enrolam no sentido contrario

Factores que influenciam na vida dos cabos de aço

 Galvanização

 No de flexões

 Tensão de tracção nos cabos

 Tensão de flexão

 Forma e material do canal da polia e tambores

 Qualidade e diâmetro do fio

 Lubrificação

 Cuidados e manutenção

A inspecção dos cabos devem deve observar os seguintes aspectos

 Corrosão,

 Abrasão,

 Quebra de fios,

 Soltura de fios

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 Defeitos de manuseio

Após a inspecção se pode recomendar ou calcular a carga corrente a partir do esforço máximo de
tracção.

1. Para o caso de abrasão do cabo

P  A. ropt
P2  S max 2  A2 . ropt
Q2
S max 2 
2 a M
S max 2  Forca.de.traccao. max ima.corrente.do.cabo
Q2  Capacidade.de.c arg a. max ima.corrente

2. Por soltamento ou quebra de fios de fios usando gráfico apropiado

3. Por quebra de fios tomando uma amostra de cabo de um metro para 12 fios e em diante
reduzir a carga Q em 20%.

O diâmetro de fios varia de 0,2…5mm e na prática de 0,2..a 2mm.

Os cabos escolhem se em função da carga de roptura

S ropt .cal  S max .n


S ropt .cal  S tabelado
n  5. paraservi cos .leves
n  5,5. para.servi cos .medios
n  6. para.servi cos . pesados.e.muito. pesados

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Tambores do mecanismo de elevação de carga

Os tambores dos mecanismos de elevação de carga destinam se a enrolar o cabo, dar movimento e por
conseguinte conservar o cabo.

A. Pela sua construção os tambores distinguem se :

Tambores cilindricoscilíndricos

Tambores cilíndricos lisos(a)

Tambores cilíndricos ranhurados

Tambores cónicos

1. Tambores para umas camadas ranhurados, são usados para trabalhos de grande responsabilidade em
capacidades nominais Q> 25T

2. Tambores para várias camadas Lisos, usados em trabalhos de pequena responsabilidade e capacidade
de carga pequena

B. Pela sua forma os tambores classificam se

1. Tambores cónicos empregam se nos casos em que o momento de torção varia em grandes magnitudes

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2. Tambores cilíndricos São os mais usados em mecanismos de elevação de carga

Os tambores fabricam se aço ou de ferro fundido assim como de chapas de aço.

Parâmetros principais do tambor

1. Diâmetro do tambor pela sua ranhura

Dt  d c (e  1)
d c  diametro.do.cabo
e  coeficiente.que.depende.do.regime.de.servi cos .do.guindaste

2. Diâmetro do tambor pelo centro do cabo enrolado

Dtcal  d c .e...(1)
Dtcal  Dt  d c ...(2)
Dtcal  d c (e  1)  d c  d c .e

TL%/DL% 20 25 40 Manual

e 20 25 30 18

Regime L M P Manual

Comprimento da parte roscada do tambor

36
37
Ltroscada  t.Z
t  passo.da.rosca
Z  numero.de.espiras.da. parte.roscada.do.tambor
t  d c  (2..3)mm

H .a
Z  (1,5..2)  3..4
 .Dt
1,5...2  m arg em.de.seguranca,...3..4  numerodefiosnecessarios. para.a.montagem.dos.elementos
que. fixam.o.cabo
Para.o.mecanismo.de.elevacao.simples
Ltot .tambor  t.Z
Para.o.mecanismo.de.elevacao.duplo
Ltot .tambor  2.t.Z  l 0

CÁLCULO DA ESPESSURA DO TAMBOR

A.espessura. .do.tambor.do.mecanismo.de.elevacao.de.c arg a.clcula.se. pela. formula.segu int e :


  0,02 Dt  (6...10)mm. para.tambores.de. ferro. fundido
  0,01Dt  (6...10)mm. para.tambores.de.aco
Este valor testa-se a tensão de compressão, mas na verdade existem tambem tenões de flexão e torção.

 tor .e. flex  0,1 comp . Por essa razão despreza se por ser insignificante comparativamente a tensão de
compresão.

Smax
 comp    comp
t.
onde  t  passo.dotambor
  a.espessura.do.tambor
Para.o.regime.medio.as.tensoes

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39
Forcas que actuam no Mecanismo de Elevação nas varias etapas de exploração

Os esforcos que actuam no mecanismo de elevação durante o funcionamento do guindaste no periodo


estavel, arranque e travagem são:

1. Momento de resistencia estática


Actua no período estável de exploração e depende do momento criado pela carga
2. Momento de arranque
No arranque para além do momento estático, o motor vence a inércia da carga e dos elementos giratórios
do accionamento. Principio d’Almbert

3. Momentos que actuam no periodo de travagem (Momento de travagem)

Nest periodo a energia adicional produzida pelo motor eléctrico é absorvida pelo freio

1. Momento de Resistencia Estática

Dt
Test  i.S max (1) para i  2 teremos
2
Q
Test  S max .Dt S max  (2)
2a sistc
QDt
Test  (3)
2a sistc
Test Q.Dt
Test (1)  (4)  Test (1) 
U g . g 2a M  sistc

Q.Dt
Test (1)  (5)
2aU g g

2. Momento de arranque
transl rot
Tarr  Test  Tdin  Tdin  Tdin  Tdin
Q.Dt
Test (1)  (1)
2aU g g
a) Momento de inercia ou dinamico dos elementos do mecanismo que se encontram em translação

40
Dt Fin
Tintrans  2S max .  S max .Dt  Tintrans  S max .Dt (2) ; S max  (3)
2 2a sistc
Q.Dt .Vc arg Q Vc arg
Tintrans  (4) Fin  m.a  Fin  .
2 ga sistc .t arr g t arr
Vt Dt .nt n
Vc arg  ; Vt  ; nt  1
a 60 Ug
2
Q.Dt .Vt Q .Dt .nt  1
Tintrans  2
 Tintrans  ; 
2 ga  sistc .t arr 2.60.g.a 2 sistc .t arr 2.60.g 375
2
1 QD .n1
Tintrans  . 2 t
(5)
375 a Ug sistc .t arr

Tintrans 1 QD 2 .n
Tintrans
(1)  ( 6) Tintrans
(1)  . 2 2 t 1
Ug. M 375 a U g . M . sistc .t arr

1 QD 2 .n
Tintrans
(1)  . 2 2 t 1 ( 7)
375 a U g . g .t arr

b) Momento de inercia ou dinamico de todos os elementos em rotação no mecanismo


rot
Tdin  . 1 I  momento de inercia,   aceleracao angular de todas partes
rotativas no mecanismo
rot rot rot
Tdin ( 2)
Tdin ( 3)
Tdin ( n)
T rot
din T rot
din (1)   ......  2
U 1 2 .1 2 U 13 .13 U 1n1n

rot  arr 2n n1


Tdin (1)
 . (3)   ;  arr  
tarr 60 30
GD 2
2
  mr 
4g

rot GD 2n1  1
Tdin (1)
  
4.30.g .t arr 4.30.g 375
1 GD 2 n1
rot
Tdin (1)
 . 5
375 t arr

41
rot
A grandeza Tdin (2,3,…..n) na pratica não excede 10---15% do total.Por isso despreza- se a ficando equacao
assim.

rot 1 GD 2 n1
Tdin (1)
 (1,1...1,15) .
375 t arr
Q.Dt 1 QDt2 .n1 1 GD 2 n1
Tarr   .  (1,1...1,15) .
2aU g g 375 a 2U g2 . g .t arr 375 t arr

3. Momento de Travagem
O momento de travagem e calculado de forma analoga ao momento de arranque

2
Q.Dt g 1 QDt .n1 g 1 GD 2 n1
Ttrav   . 2 2  (1,1...1,15) .
2aU g 375 a U g . .t trav 375 t trav

42
Mecanismo de Translacao do guindaste
Nas maquinas de elevacao de carga os mecanismos de translacao ou de avanco, são utilizados para o
deslocamento da carga no plano horizontal,inclinado e vertical.

Diferenciam se dois tipos de mecanismos de avanço mais empregues:

1. Com tracção de cabo ou cadeia(montam se em separado com o elemento de deslocação da carga)


2. Com rodas de marcha(montam se junto do carrinho ou do carro do guindaste)

Mecanismo de translação por tracção de cabo

Vantagens

 Pode deslocar a carga a grandes velocidades


 Podeocar deslocar se em guias inclinadas, horizontais e verticais.

Desvantagens

 Tem sua limitacao na construcao embora tenha menor peso


 Não pode ser usado para diferentes tipos de guindastes porque devem ser montados em separado com
o elemento de translacacao.

Nos guindastes de ponte rolante, de torre e cavalete tem mais aplicacao os mecanismos translacao por
rodas nos carris.

Mecanismo de translacao com rodas sobre carris

Existem varios tipos de mecanismos de translacao com rodas sobre carris entre estes os
mais empregues são os seguintes:

1. Mecanismo de translacao com arranque central e veio de transmissao para


deslocamento lento

Neste caso o veio tem o numero de rotacoes igual o numero de rotacoes das rodas e o veio
transmite o momento de rotacao m áximo ás rodas.

O veio, a união do veio e os apoios do veio tem dimensoes de maior gabarito.

2. Mecanismo de translacao com arranque central e transmissao intermedia(1.redutor


fechado e 2.transmissao aberta)

43
Aqui o momento de torção transmitido é relativamente o que menor para os mesmos
parâmetros permite reduzir a massa do veio. No geral a massa não reduz tanto, uma vez
mais uma transmissão aberta que esta sujeita a desgaste.

3. Mecanismo translação com arranque central e veio de transmissão para deslocamento


rápido.

O veio de transmissão e relativamente menor que o de deslocamento lento, diâmetro 2-3


vezes; massa 4-6 vezes. O seu uso requer exactidão na montagem. Por isso o seu uso
recomenda se quando a envergadura e de 15-20m

4. Mecanismo de translação com arranque separado

Tem se para cada lado da ponte pelo menos um accionamento eléctrico. A potencia calcula
se em cerca de 60% do total para cada lado.

Rodas usadas nos mecanismos de translacao


As rodas fabricam se de aço45 e 55 e de ferro fundido. As rodas podem ser construídas com rebordo ou
sem rebordo. Quanto a sua forma podem ser cilíndricas, cónicas e em forma de barril.

As rodas de avanço são fornecidas com a caixa de ganchos numa serie de diâmetros Dr normalizados de
160, 200, 250, 320, 420, 500, 560, 630,710, 800,900 e 1000mm.

O número de rodas depende da capacidade de carga do guindaste e da carga a elevar.

As rodas motrizes podem ser 1, ½, ou ¼ do numero total de rodas no mecanismo.

Calculo das rodas dos mecanismos de translação

De acordo com as normas, no cálculo das rodas se determinam o diâmetro da roda Dr a largura da
espessura útil da roda, o tipo do carril e a tensão de contacto entre a roda e o carril.

O calculo da roda efectua se pela carga estática máxima Pmax.que actua na roda com maior solicitação
durante uma determinada o posição da carga.

No inicio a roda é escolhida pelo seu diâmetro normalizado e dimensões do carril e depois calcula se a
tensão admisível de esmagamento σesm.

 esm   esm
k d N max
 esm  7500k . k t .3 2
  esm  Tensao de esmagamento para rodas de contacto pontual
Drm

44
k N .k d N max
 esm  340kt   esm  tensao de esmagamento para rodas de contacto pontual
bDrm
k N  2  coeficienteq que tem em conta a var iacao da c arg a; k  coeficiente geometrico r / Drm ;
k t  coeficiente que tem em conta as condicoes trabalho e velocidade
Para o carrinho do guindaste

Pest . max  1,1


Qcarr  Qc arg a  1
4
Pest . max  c arg a estatica max ima numa roda para um mecanismo de translacao do carrinho com
quatro rodas
Qcarr  Peso do carrinho, Qc arg a  Peso da c arg a
0 .9
Pest . min  Qcarr 2
4

Para o guindaste
Q carr  Qc arg a  Q guindaste 
Pest . max  1,1 3 Pest . max  c arg a estatica max ima numa roda do guindaste
4
0,9Qcarr  Q guindaste 
Pest . min  4
4

de rodas em função da carga estatica maxima


Carga estatica máxima na rodaP, Diâmetro da roda, Drm Tipo do carril - Lagura do carril
kN mm Designação
b0, CM

45
30….50 200; 250 P24Gost 6368 82 4;4,5;5
Acima de 50 ate 100 incluso 320; 400 P43Gost 717354 5;5.5;6;6,5;7
KP70Gost 4121 76
idem
100….200 400;500 P43Gost 7173 54
P50Gost 7174 75
KP70Gost 4121 76
200….250 500; 560; 630 P43Gost 7173 54 6;6,5;7;7,5;8
250….320 630; 710 P43Gost 7173 54
P50Gost 7174 75
KP80Gost 4121 76
KP100Gost 4121 76
320….500 710; 800 KP80Gost 4121 76
500….800 800; 900; 1000 KP100Gost 4121 76
800….1000 900; 1000 KP120Gost 4121 76
KP140Gost 4121 76

Forcas que actuam no mecanismo de translação do carrinho e do guindaste durante a exploração

As cargas que actuam no mecanismo de translação trabalham em três regimes: o arranque,


funcionamento estável e travagem.
1. Momento de resistência estática

Este momento depende de três factores que são: a resistência ao movimento devido a acção do atrito,
resistência ao movimento devido a inclinação e resistencia ao movimento que surge por acção do vento.

Tendo em conta a figura1, pode se calcular:

46
W .Dr
Test (1).  1; W  W Atr  Winclin  Wvento
2U g M
W Atr  resistencia devido a
accao das forcas do atrito
Winclin  resistencia devido
a inclinacao
Wvento  resistencia devido
a accao do vento
Resistencia devido ao atrito

W Atr  (W1  W2 ). ;


W1  resistencia ao movimento durante o
Fig.1 rolamento da roda nos carris
W2  resistencia ao movimento no rolamento de
  coeficiente que tem em conta a resistencia apoio da roda
nos rebordos das
rodas.   1,35.....1,9  mancais de deslizamento
Para rodas cilindricas   2........3,2  Para Para rodas conicas    1,2
mancais de rolamento; f  0,08....0,1  mancais de deslizamento
f  0,015  mancais de rolamento (esferas,
  0,5.....0,8 em rodas de aco rolos ); f  0,02  rolamentos coni cos

A resistência ao movimento durante o rolamento da roda calcula se pela condição de equilibrio de


momentos em relação ao ponto 0 de todas as forcas que actuam entre a roda e o carril.
M 0  0
D 
W1 . r  G  Q .  W1  G  Q .2  ondeG  e o peso do carrinho; Q  capacidade
2 Dr
da c arg a no min al ,   coeficiente de atrito em cm
.
A resistência ao movimento devido ao atrito no apoio do rolamento calcula se de forma análoga à resistência
anterior.
M 0  0
Dr d fd
W2 .  G  Q . f . rol  W2  G  Q  rol
2 2 Dr

47
Resistencia devido a inclinacao

Winclin  G  Q sen

Resistencia devido a accao do vento

Wvento  F . F  area da maquina sujeita a inf luencia do nto


  forca do vento por unidade a de area
  q.c.n. . ' ;  q  fluxo de vento a 10metros de altura
c  0,8...1,2  coeficiente aerodinamico escolhe se em funcao da zona
n  coeficiente que tem em conta a altura apartir do chao. ate 10m  n  1;
acima de 10m n  .
  coeficiente de sobrec arg a; para Vvento  15m / s  estado de funcionamento normal
Vvento
Para Vvento  15m / s 
15

 G  Q   
 2  fd    (Q  G )Sen  F Dr
W .D  D r  
Test 1   r 
2U g M 2U g Mec

48
49
50
Mecanismo de Rotacao

51
52
Freios

53

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