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QUEM É JESUS

O Cordeiro de Deus

Se alguém pudesse olhar para você e dizer uma palavra para te definir, qual palavra
você acha que essa pessoa usaria?

Nós estamos aprendendo sobre Quem é Jesus. Na semana passada, vimos Jesus
falando de si mesmo. Ele se chama de Eu Sou, o que mostra a sua divindade e sua
humanidade.

Mas hoje nós veremos alguém olhando para Jesus e dizendo que ele é. Mas não é
uma opinião, é a palavra daquele que Deus designou para dizer quem Jesus era para o povo
de Israel. Vamos ver o que João Batista disse que Jesus era.

Vamos abrir no livro de João 1:29. Diz assim esse trecho da Palavra de Deus.

“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo”.

Aqui vemos João Batista falando sobre Jesus. Ele diz que Jesus é o Cordeiro de Deus,
e que tira o pecado do mundo. Esse pequeno verso, no entanto, é muito rico de informações
preciosas sobre Jesus. Vamos estudá-lo e aprenderemos muito sobre Jesus, o Cordeiro de
Deus.

Orar!

O texto que lemos diz que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo. Além de ser Deus/homem, Jesus é o Cordeiro de Deus. Vamos olhar o texto em
partes e aprender mais sobre QUEM É JESUS.

I – JESUS É O CORDEIRO DE DEUS

A. Exposição

1. A primeira vez que vemos a figura do cordeiro na Bíblia é na história de Abraão.


Vemos em Gênesis 22 que Deus provou a Abraão. Ele havia prometido que de
Isaque, filho de Abraão, Deus faria uma grande nação. Então Deus ordenou que
Abraão sacrificasse seu filho Isaque. Deus estava provando a obediência e a fé de
Abraão, pois se Deus havia prometido filhos de Isaac, como ele agora estava
ordenando que Abraão o sacrificasse? Mas ele foi obediente e levou seu filho ao
sacrifício. Porém, quando Abraão estava prestes a sacrificar seu filho, Deus
mandou que ele parasse, elogiou Abraão por sua fé e obediência, e providenciou
um cordeiro para ser morto no lugar de Isaac. Assim, vemos que o cordeiro serviu
como um substituto.

2. Outro acontecimento muito importante que envolveu um cordeiro está no segundo


livro da Bíblia, o livro do Êxodo. Aqui, Deus já havia formado o povo de Israel. Esse
povo escolhido de Deus estava escravizado no Egito por 400 anos. Deus então
chamou Moisés para libertar o povo. Porém, o Faraó do Egito não deixava que o
povo de Deus saísse da escravidão. Por isso Deus disse que enviaria dez pragas
ao Egito. Primeiro, as águas do rio se tornaram em sangue. A segunda praga foi
uma peste de rãs. Depois das rãs vieram piolhos e depois moscas. Então Deus
começou a mandar pragas piores. Mandou doenças aos animais, depois úlceras
nas peles dos homens, depois começou a chover pedras, e veio uma praga de
gafanhotos. A nona praga foram trevas, como nunca os egípcios haviam visto. Por
fim, Deus anunciou a décima praga, a pior de todas, e a que fez Faraó libertar o
povo. Deus disse para Moisés que iria matar todos os filhos primogênitos do Egito,
até o filho de Faraó. Em Êxodo 11:4-6 diz “Depois disse Moisés a Faraó: Assim diz
o Senhor: à meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todos os primogênitos na
terra do Egito morrerão, desde o primogênito de Faraó, que se assenta sobre o seu
trono, até o primogênito da serva que está detrás da mó, e todos os primogênitos
dos animais. Pelo que haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca
houve nem haverá jamais.”

3. Porém, Deus providenciou uma maneira dos primogênitos do seu povo não
morrerem. Ele ordenou que cada família, sem exceção, encolhesse um cordeiro
sem defeito, um cordeiro perfeito. Todos deveriam matar o cordeiro, pegar o seu
sangue e colocar nas portas das casas, nos lados e acima. Assim, quando fosse
meia noite, e o anjo de Deus passasse para matar os primogênitos, ele veria o
sangue do cordeiro na porta, e saberia que o cordeiro foi morto em lugar do
primogênito. Sendo assim, nós vemos que, mais uma vez, o cordeiro foi usado
como substituto; ele substituiu o primogênito de cada família. Todas as famílias que
não confiaram no sangue do cordeiro para se proteger, tiveram seus filhos mortos,
inclusive o faraó. Mas as famílias que usaram o cordeiro como substituto, não
tiveram seus filhos mortos. E aquele período, quando eles tiveram que matar um
cordeiro, continuou sendo lembrado todos os anos em uma festa chamada Páscoa.

4. Mais à frente, o uso do cordeiro como substituto ganhou mais uma função. No livro
de Números, que é um livro que trata da lei que Deus deu para o povo de Israel,
Deus dá uma lei sobre o cordeiro. Diz assim no capítulo 28:3 “Também lhes dirás:
Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor: dois cordeiros de um ano, sem
defeito, cada dia, em contínuo holocausto.”. O cordeiro deveria ser oferecido todos
os dias, de manhã e de noite como holocausto. Um holocausto era um sacrifício
feito para expiação; ou seja, Deus via o cordeiro morto como substituto e perdoaria
o pecado do povo. Assim, o cordeiro tanto era o substituto, como era o único meio
de Deus perdoar o pecado do povo.

5. Então, vemos que, quando João Batista chamou Jesus de Cordeiro era isso que ele
tinha em mente, um substituto e a única forma de Deus perdoar o homem. Quando
ele diz “Eis o Cordeiro de Deus” é como se ele dissesse “Vejam, aquele é o
Cordeiro que Deus enviou ao mundo como substituo dos homens. Os homens
deveriam morrer, mas esse cordeiro vai morrer no lugar deles. E esse Cordeiro,
além de ser o substituto, é o único que pode fazer Deus perdoar os homens”.

B. Contextualização

1. O nosso mundo faz de tudo para desviar a atenção das pessoas do Cordeiro,
do nosso substituto. Deus diz que nós precisamos de um substituto para morrer
em nosso lugar, e diz que a única forma de chegarmos até ele é através desse
substituto, mas o mundo arranja formas de desprezar o Cordeiro. Eis algumas:

2. Dizem que a salvação é por obras. A pessoa precisa fazer boas obras de
caridade, fazer promessas, se confessar, ir à igreja, comungar, e etc. Tentam
arranjar um jeito de chegar até Deus sem o Cordeiro, sem o substituto.

3. Mas também há pessoas que levam a vida de acordo com sua própria vontade,
enchem tanto a cabeça com os prazeres desse mundo, que esquecem a sua
necessidade do Cordeiro. E é por isso que o diabo inventou o coelhinho da
páscoa, o Papai Noel, e inventou as farras, as drogas, a prostituição, as
bebedeiras, para que o homem não lembre que precisa do Cordeiro e esqueça
a sua necessidade de ter o seu pecado perdoado.

C. Aplicação

1. Por isso, amados, atentemos para nossas vidas. Quanto temos nos lembrado
do Cordeiro que foi morto em nosso lugar? Quanto temos reconhecido e
adorado a Deus porque Ele providenciou um substituto para nós?

II – JESUS É O QUE TIRA O PECADO DO MUNDO

A. Exposição

1. A palavra “tira” aqui tem um significado muito interessante. Na época que João
Batista disse essa frase, essa palavra era utilizada no sentido de retirar e levar
algo. É mais ou menos assim: Se eu pegar a minha Bíblia desse púlpito e levasse
comigo, na época de João Batista a palavra que ele utilizaria seria “O Neto tirou a
Bíblia”, ou seja “O Neto pegou a Bíblia do púlpito e levou consigo”.

2. Pois João está usando essa mesma palavra para o que Jesus faz com o pecado do
mundo. Veja que ele não diz “que tirou o pecado do mundo”, mas diz “que tira o
pecado do mundo”.

3. Esse ato de tirar o pecado e levar é chamado na Bíblia de expiação. Já ouviram


falar no termo “bode expiatório”? Essa expressão vem também do Antigo
Testamento, quando Deus ordenava que o sacerdote impusesse as mãos sobre
um bode transferindo o pecado do povo para esse bode. Todavia esse bode não
deveria ser morto, mas levado para o deserto e soltado bem longe do povo. Esse
era o bode expiatório, que pegaria para si o pecado do povo e lançaria para bem
longe.

4. Assim, dizer que Jesus tira o pecado do mundo não significa que Deus deixa o
mundo sem pecado. Mas que Ele pega o pecado dos homens e lança para bem
longe, esquece deles. Jesus Cristo foi a nossa expiação, ou seja, os nossos
pecados foram colocados sobre Jesus, e ele nos perdoou dos pecados que
cometemos no passado, que cometemos no presente e que ainda cometeremos no
futuro. Por causa da morte de Cristo, nós podemos ter a certeza hoje que ele lança
os nossos pecados para muito longe de nós; ele nos perdoa, ele nos permite falar
com Deus, nos permite nos relacionar com Deus.

5. Assim, podemos responder à nossa segunda pergunta. “O que significa “que tira o
pecado do mundo”? Significa que Jesus é a nossa expiação, ou seja, ele tomou o
nosso pecado sobre si e hoje, cada vez que pecamos, ele os lança para muito
longe, não nos punindo, mas nos perdoando.

B. Contextualização e Aplicação

1. Quais as implicações de saber que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo? O que eu devo fazer se agora eu sei que Jesus é o meu substituto e
que ele pode lançar para muito longe o meu pecado? Quero sugerir algumas
atitudes:

2. Primeiro, aceite-o como seu único salvador. Jesus não é o substituto de todas as
pessoas, mas somente daqueles que o recebem em suas vidas. Você só poderá
chegar até Deus, clamá-lo nas dificuldades, andar com Ele e ir para o céu se você
aceitar ao Cordeiro que foi morto. Sem isso, você estará sujeito à condenação
eterna.

3. Segundo, saber que Jesus Cristo pode lançar para longe os nossos pecados nos
faz saber que não importa o quão pecadores somos, Jesus jamais guarda mágoas
de nós. Não importa o passado que você teve, não importa o que você fez contra
ele, ou deixou de fazer por ele, se você o buscar hoje, ele o receberá e lançará
para muito longe os seus pecados, e eles jamais serão lembrados.

4. Mas também, a nós que já somos crentes, nos lembra que podemos nos confessar
a Deus, e não importa o tamanho da nossa falha, ele nos perdoa. Ele diz em 1
João 1:9 “Se confessarmos o nosso pecado ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.” Deus não perdoa apenas pecadinho
pequeno, ele perdoa todos os tipos de falhas. Então, você pode chegar até Ele e,
por causa de Cristo, Ele lançará para longe os seus pecados.

5. A última implicação da frase de João Batista em nossas vidas é que devemos


adorar ao Cordeiro. Devemos render as nossas vidas em louvores ao Cordeiro que
foi morto. Devemos levar nossos filhos a amarem ao Cordeiro, e não ao coelho.
Devemos lembrar a todos que o Cordeiro é que é digno de receber toda honra,
toda glória e todo louvor para todo sempre, foi ele foi morto e com o seu sangue
nos comprou para Deus. Amem.

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